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03/02/2024, 16:05 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplicado às execuções fiscais Portal Jurídico Magis

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ook
Coluna (https://magis.agej.com.br/C/colunas/), Um Tributo ao Direito
(https://magis.agej.com.br/C/colunas/um-tributo-ao-direito/) s_2)

Incidente de desconsideração da
personalidade jurídica aplicado às
execuções fiscais

José Antonino Marinho Neto (https://magis.agej.com.br/autor/jose-antonino-marinho-neto/),


Bernardo Cabral Filgueiras (https://magis.agej.com.br/autor/bernardo-cabral-filgueiras/), Vinícius
Andre de Oliveira Soares (https://magis.agej.com.br/autor/vinicius-andre-de-oliveira-soares/)

novembro 13, 2023(https://magis.agej.com.br/2023/11/13/) 11:00 am

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03/02/2024, 16:05 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplicado às execuções fiscais Portal Jurídico Magis

Para Victor Hugo Piller Menezes

Mesmo antes de ser contemplada por previsão legal, a figura da desconsideração da


personalidade jurídica era amplamente utilizada pela jurisprudência. Somente com o advento
do Código Civil de 2002 é que o instituto veio a ser positivado no ordenamento jurídico
brasileiro, como lembrou HUMBERTO THEODORO JÚNIOR.1 Tal instituto permite que o
patrimônio de sócios e administradores das pessoas jurídicas seja atingido em caso de
responsabilidade por atos ilícitos pela sociedade, no sentido amplo da palavra, consoante se
depreende da leitura original do art. 50 do Código Civil:

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de


finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Ocorre que a Lei nº 13.874/2019 modificou a redação do citado dispositivo, a respeito das
hipóteses em que é autorizada a desconsideração, nele incluindo parágrafos que especificam
os termos presentes no caput para que seja possível compreender o instituto, de forma que não
reste dúvidas sobre o seu conteúdo:

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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de


finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados
direta ou indiretamente pelo abuso.

1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da


pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de
qualquer natureza.

2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os


patrimônios, caracterizada por:

I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do


administrador ou vice-versa;

II – transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto


os de valor proporcionalmente insignificante; e

III – outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.

3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão


das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.

4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que


trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da
pessoa jurídica.

5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade


original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.

Nesse sentido, fica claro que a utilização da PJ de modo contrário à sua finalidade é
caracterizada como hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, que, por
consequência, afeta o patrimônio de sócios e administradores responsáveis pelo
desvirtuamento.

O princípio da autonomia patrimonial da sociedade empresária, como qualquer princípio, não é


absoluto, e o abuso por parte de sócios e administradores o afasta. E, assim, por consequência,
possibilita a confusão entre o patrimônio da sociedade e o dos responsáveis pelos atos
abusivos e ilegais.

Tendo isso em vista, o principal efeito da desconsideração da personalidade jurídica é a


responsabilização dos sócios e administradores pelas ações por eles praticadas dentro da
empresa que tenham ocasionado prejuízos a terceiros. Desse modo, os responsáveis
respondem com seus patrimônios pessoais, no limite dos danos causados.

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Por sua vez, o CPC/15 estabelece que o incidente de desconsideração da personalidade


jurídica poderá ser instaurado a pedido das partes ou do Ministério Público (art. 133). Além
disso, a norma processual define que a desconsideração poderá ser requerida em duas
oportunidades, desde que seja atendida uma das hipóteses do art. 50 do Código Civil, sendo
estas tanto na inicial quanto em petição autônoma no curso da ação.2

No primeiro caso, ao ajuizar a ação, deverá constar o pedido fundamentado da inicial e, assim,
será citado o sócio. Neste caso, não será instaurado o incidente propriamente dito, conforme
dita o § 2° do art. 134 do CPC/15. Já no segundo caso, poderá ser cabível em todas as fases
do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título
executivo extrajudicial, no qual o incidente ocorrerá, em congruência com o caput do art. 134 do
CPC/15.

Ressalta-se que o pedido feito na inicial não suspende o processo, ao contrário dos outros
pedidos feitos em qualquer outro momento do feito, o que leva à suspensão. Nesse último
caso, o sócio tem um prazo de 15 dias para se defender, e o processo só retoma o seu curso
após a decisão, passível de recurso, que determina se haverá desconsideração ou não da
personalidade jurídica.

Nesse sentido, o incidente de desconsideração é uma das modalidades de intervenção de


terceiros (Capítulo IV da Seção III do Título III do Digesto Processual), no qual instala-se
procedimentos específicos que suspendem o processo até que seja proferida uma decisão, e
assim é assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório à pessoa que foi citada.
Diferentemente do que ocorre no redirecionamento de execução fiscal ou nos títulos
extrajudiciais que constam os nomes dos sócios e administradores da sociedade, como é o
caso da Certidão de Dívida Ativa (CDA).

Como é cediço, o processo de execução fiscal é regulado pela Lei n. 6.830/80 (LEF), a qual
dispõe sobre a cobrança das Dívidas Ativas dos entes federativos, dentre as quais se incluem a
tributária. Com efeito, a CDA é título abstrato que goza de presunção de certeza, liquidez e
exigibilidade, como observou de SACHA CALMON:

A certidão de dívida ativa é título abstrato. Assegura ao crédito tributário grau


eficacial máximo. Enseja a imediata constrição dos bens do devedor (contribuinte
ou responsável) em prol da Fazenda Pública, gozando da presunção juris tantum de
certeza, liquidez e exigibilidade. A certeza é do direito do credor (accipiens). A
liquidez é do quantum devido. A exigibilidade é condição para o exercício do direito
de ação de execução (…). A exigibilidade é requisito comum a todos os títulos
judiciais e extrajudiciais; liga-se à ação de execução (execução processual de um
direito material).3

A presunção, vale dizer, é apenas relativa, como já aduziu HUGO DE BRITO MACHADO
SEGUNDO,4 admitindo prova em sentido contrário, apta a desconstituí-la, a teor do art. 204 do
CTN:

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Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e


tem o efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida
por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

Ainda no âmbito do CTN, ao garantir a presunção relativa da dívida ativa, há a previsão de que o
termo de inscrição da dívida ativa deve conter uma série de requisitos,5 que, se descumpridos,
por erro ou omissão, podem levar à “nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela
decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para
defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada” (art. 203).

Ora, ao contrário dos demais títulos executivos extrajudiciais, que são constituídos
bilateralmente, a CDA pode ser constituída unilateralmente pela autoridade administrativa, sem
que o contribuinte participe e tenha assegurado o seu direito de ampla defesa, conforme
preconiza MACHADO SEGUNDO. É possível provocar a instauração de um processo
administrativo para discutir um ato administrativo, como é o exemplo de um auto de infração,
mas nem sempre ela existe. Ainda consoante MACHADO SEGUNDO, mesmo que seja possível
discutir em esfera administrativa, não se trata de uma discussão imparcial, uma vez que se
discute com o órgão administrativo para que ele revise um ato que ele próprio realizou. Tendo
em vista que a jurisdição estatal é reservada apenas ao Judiciário, o processo administrativo
consiste em meras sequências ordenadas de atos tendentes a revisar o ato de um funcionário
público.

Por mais que existam órgãos julgadores paritários – como o CARF, no âmbito federal – alguns
recursos administrativos são julgados apenas por representantes do Fisco, como ocorre nos
julgamentos no âmbito das Delegacias da Receita Federal.

Dessa forma, é difícil alcançar um direito ao contraditório eficiente, uma vez que não se tem um
terceiro imparcial para julgar. E, muito em razão da ausência do poder jurisdicional, são
apresentadas excelentes defesas que provam os fatos, mas que impedem um julgamento
adequado por tratar-se de questão controversa na lei, buscando o Fisco manter um
posicionamento mais conservador que pode negar-se a enxergar o óbvio.

Ademais, depreende-se da Súmula 24 do STF6 que o lançamento só será definitivo com o fim
do processo administrativo. Nesse sentido, em julgamentos em que não houve o direito à
ampla defesa e ao contraditório, a CDA constituída não poderia ter as características de que
goza, como a presunção relativa de liquidez, certeza e exigibilidade. Assim, ao ser ajuizada uma
execução fiscal fundada num título executivo extrajudicial, que não deveria gozar de suas
características fundamentais, o devedor é muito prejudicado.

Esse prejuízo se deve muito à necessidade de garantir a dívida para que se discuta a existência
e exigibilidade do crédito. Trata-se de opção do legislador, de modo que se reduza as chances
de o Estado ficar “a ver navios”. Entretanto, coloca o devedor numa situação desfavorável, que

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não se percebe em outras áreas do direito. Numa comparação que não deve ser analisada a
fundo, a mero título de demonstrar o absurdo, é como se o acusado de um crime devesse ser
preso para que tenha assegurado o seu direito de defesa.

Em regra, a CDA deveria ter a presunção de liquidez, certeza e exigibilidade, mas, por nem
sempre ter se instaurado um processo administrativo que respeitou todos os direitos
constitucionais, o contribuinte e outros devedores não deveriam sofrer o ônus de garantir a
execução fiscal para que tivessem o direito à defesa. Nesse sentido, muitas execuções fiscais
são fundadas em títulos extrajudiciais que não deveriam sê-lo. E, desse modo, muito se deve
questionar sobre as informações contidas na CDA.

Já o incidente de desconsideração da personalidade jurídica – diferentemente dos


redirecionamentos de execução fiscal e das CDAs, de que constam o nome dos sócios e
administradores – é muito mais benéfico ao contribuinte, pois abre a possibilidade de discutir
se praticou atos abusivos de modo que o processo principal fique suspenso, sem que exista a
presunção de ter praticado abuso e sem precisar garantir a dívida, gravames estes que advêm
com a execução fiscal.

Neste sentido, o incidente seria a forma mais justa para que o contribuinte e outros devedores
pudessem se defender sem sofrer os ônus, antes de comprovar a sua responsabilidade.
Entretanto, não foi isso que o STJ decidiu no bojo do REsp 1.786.311/PR, ao fixar a tese de que
o incidente de desconsideração da personalidade jurídica não é compatível com a execução
fiscal, sendo compatível apenas o redirecionamento da EF.

O art. 135 do CTN prevê que deverá ocorrer o redirecionamento da execução fiscal quando
forem praticados atos com excesso de poderes ou com infração de lei, contrato social ou
estatuto. Entretanto, existem algumas hipóteses extra legem, como é o caso da dissolução
irregular da pessoa jurídica, acrescida pela súmula 430/STJ.7 Com isso, julgados admitem que
o redirecionamento ocorra se executada a dissolução irregular ou na presunção de sua
ocorrência (Tema 962/STJ8 e 981/STJ9). Assim, ela pode se dar pela liquidação inadequada da
sociedade, ou, simplesmente, por não localizar a empresa no endereço fornecido como
domicílio fiscal (Súmula 435/STF10).

Ainda que a aplicação do CPC/15 seja subsidiária, em razão da especialidade da LEF, deveria
alterar esta de modo que o devedor consiga se defender antes de sofrer os ônus processuais
que a lei lhe impõe, ou seja, a LEF deveria replicar o art. 133 do CPC/15.

Faz-se necessário que os procedimentos que asseguram a ampla defesa e o direito ao


contraditório no incidente de desconsideração da personalidade jurídica estejam presentes no
redirecionamento da execução fiscal tratado no art. 135 do CTN, para que assim os direitos
individuais previstos na Constituição da República de 1988 sejam garantidos. Como bem
observaram FIGUEIRAS e MORETTI:

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A partir da instauração do incidente, torna-se possível para o sócio administrador


ter o contraditório e a ampla defesa garantidos, de forma que seu patrimônio não
seja executado sem a devida observância das garantias processuais devidas. Isso
porque, essas garantias, na sistemática adotada atualmente pelas procuradorias
fazendárias, não são observadas.11

E, por mais que seja necessário provar que foram praticados atos com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatuto, o contraditório e a ampla defesa são essenciais
para o redirecionamento. As provas não são capazes de trazer a verdade em si, pois são
apenas recortes de um contexto muito mais complexo que a realidade. Nesse sentido, a mera
apresentação de provas não poderia dar possibilitar a aplicação de um instituto que tanto
prejudica os contribuintes e devedores de dívidas não tributárias.

Portanto, em face do exposto, resta claro que a positivação da possibilidade de quebra da


autonomia patrimonial foi um marco muito importante para responsabilizar aqueles sócios e
administradores que agem com dolo e que tanto prejudicam o Estado e a sociedade brasileira.
Mas, para além disso, foi o incidente de desconsideração da personalidade jurídica que deu o
caráter democrático e constitucional para o instituto, que não tinha regulação processual,
assegurando, assim, direitos como contraditório e ampla defesa, elencados no rol dos direitos
individuais.

Numa análise do processo de execução fiscal, percebe-se que também não existe uma
regulação que assegure os princípios e direitos elencados na Constituição de 1988. Com isso,
entende-se que o redirecionamento de execução fiscal para sócios e administradores, bem
como a inclusão destes nas CDAs deve seguir uma sequência lógica encadeada de atos que
possibilitem a defesa daqueles que poderão arcar com ônus. E, com isso, fala-se na
necessidade de prazo hábil para fazer a defesa, um terceiro imparcial para julgar e a
possibilidade de discutir os fatos apresentados.

Sob tal ótica, o modelo baseado no capítulo “Do Incidente de Desconsideração da


Personalidade Jurídica”, regulado pelos arts. 133 a 137 do CPC/15, deve ser utilizado como
referência, para que assim se tenham processos de execuções fiscais mais justos e que
atribuam menos gravames aos devedores. Portanto, entende-se que a LEF e o CTN devem
contar com alterações de modo que se adequem à Constituição Cidadã.

Referências

____________________

COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 17. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2020.

https://magis.agej.com.br/incidente-de-desconsideracao-da-personalidade-juridica-aplicado-as-execucoes-fiscais/ 7/14
03/02/2024, 16:05 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplicado às execuções fiscais Portal Jurídico Magis

FIGUEIRAS, Marcos Simão; MORETTI, Deborah Aline Antonucci. O Incidente da


Desconsideração da Personalidade Jurídica na Execução Fiscal diante da Lei n. 13.105/2015
(Novo Código De Processo Civil). Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 69, pp. 371 – 387,
jul./dez. 2016.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Vol. 1: Teoria Geral do
Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento, Procedimento Comum. 58 ed. Rio de
Janeiro. Editora Forense, 2016..

SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo Tributário. 12. ed. São Paulo. Editora Atlas, 2020.

1. JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil – Vol. 1: Teoria Geral do
Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento, Procedimento Comum. 58 ed. Rio de
Janeiro. Editora Forense, 2016, p. 401.

2. JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil – Vol. 1: Teoria Geral do
Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento, Procedimento Comum. 58 ed. Rio de
Janeiro. Editora Forense, 2016, p. 404.

3. COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 17. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2020, p. 1011.

4. SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo Tributário. 12. ed. São Paulo. Editora Atlas,
2020, p. 309.

5. Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:

I – o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível,
o domicílio ou a residência de um e de outros;

II – a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;

III – a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que


seja fundado;

IV – a data em que foi inscrita;

V – sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da
folha da inscrição.

6. “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da
Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo” (Súmula Vinculante n° 24/STF).

7. O redirecionamento da execução fiscal, e seus consectários legais, para o sócio-gerente da


empresa, somente é cabível quando reste demonstrado que este agiu com excesso de poderes,
infração à lei ou contra o estatuto, ou na hipótese de dissolução irregular da empresa.

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8. “O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa


jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, não pode ser autorizado contra o sócio
ou o terceiro não sócio que, embora exercesse poderes de gerência ao tempo do fato gerador,
sem incorrer em prática de atos com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social
ou aos estatutos, dela regularmente se retirou e não deu causa à sua posterior dissolução
irregular, conforme art. 135, III, do CTN” (Transitado em julgado em 10/03/2022)

9. “O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa


jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, pode ser autorizado contra o sócio ou o
terceiro não sócio com poderes de administração na data em que configurada ou presumida a
dissolução irregular, ainda que não tenha exercido poderes de gerência quando ocorrido o fato
gerador do tributo não adimplido, conforme art. 135, III, do CTN”

10. “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente” (Súmula 435/STJ)

11. FIGUEIRAS, Marcos Simão; MORETTI, Deborah Aline Antonucci. O Incidente da


Desconsideração da Personalidade Jurídica na Execução Fiscal diante da Lei n. 13.105/2015
(Novo Código De Processo Civil). Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 69, pp. 371 – 387,
jul./dez. 2016, p. 178.

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03/02/2024, 16:05 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplicado às execuções fiscais Portal Jurídico Magis
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