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Questão 1)
Sobre circuitos elétricos de corrente alternada, circuitos trifásicos, cargas em delta e em estrela,
assinale a alternativa CORRETA.
A)
Num sistema trifásico simétrico e equilibrado, com carga equilibrada, a potência aparente
fornecida à carga é dada pelo produto da tensão de linha pela corrente de linha e por 3.
B)
O circuito 1 apresenta um gerador em delta e uma carga em estrela, e o circuito 2 apresenta um
gerador em delta e uma carga em estrela.
C)
O circuito 1 apresenta um gerador em delta e uma carga em delta, e o circuito 2 apresenta um
gerador em estrela e uma carga em estrela.
D)
O circuito 1 apresenta um gerador em estrela e uma carga em delta, e o circuito 2 apresenta um
gerador em estrela e uma carga em delta.
E)
O circuito 1 apresenta um gerador em estrela e uma carga em estrela, e o circuito 2 apresenta
um gerador em delta e uma carga em delta.
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Questão 2)
O Método das Componentes Simétricas foi desenvolvido por Charles LeGeyt Fortescue (1876-
1936), que é um sistema desequilibrado de n fasores correlacionados pode ser decomposto em
n sistemas de fasores equilibrados denominados componentes simétricos dos fasores originais.
Os n fasores de cada conjunto de componentes são iguais em módulo e os ângulos entre fasores
adjacentes do conjunto são iguais. Ele desenvolveu o método durante a sua pesquisa
relacionada com eletrificação ferroviária, no final de 1913, quando se defrontou com o problema
da operação de motores de indução sob condições desequilibradas. A aplicação prática deste
método para análise de curto-circuito em sistema de potência foi desenvolvida por C. F. Wagner
e R. D. Evans, entre o final de 1920 e o começo de 1930, e com W. A. Lewis adicionando
simplificações valiosas em 1933.
PORQUE
II. As componentes de sequência negativa e zero só aparecerão em decorrência do Teorema de
Fortescue quando o sistema trifásico apresentado contenha algum grau de desequilíbrio, seja de
módulo ou ângulo de fase.
O teorema de Blondel formaliza o chamado método dos ( n-1 ) wattímetros: “Se a energia é
fornecida a uma carga polifásica através de n fios, a potência total na carga é dada pela soma
algébrica das leituras de n wattímetros, ligados de tal maneira que cada um dos n fios contenha
uma bobina de corrente de um wattímetro, estando a correspondente bobina de potencial ligada
entre este fio e um ponto comum a todas as bobinas de potencial, o ponto O. Se este ponto
estiver sobre um dos n fios, bastam (n-1) wattímetros.” (http://www.ggte.unicamp.br).
A figura abaixo ilustra o esquema elétrico para medição de Potência Ativa Trifásica em uma carga
Trifásica a 3 fios, onde a soma das potências ativas registradas pelos Wattímetros 1 e 2, dada
por e , será igual à potência ativa total desenvolvida pela carga, dada
por , ou seja,
Se a carga for do tipo RL ou RC, a formulação para se descobrir o montante de Potência Reativa
Trifásica será dada por:
A)
B)
C)
D)
E)
Desta forma, se conectarmos duas fontes de tensão de fases iguais em um mesmo sistema, ao
alimentarmos as duas cargas, vamos obter um sistema monofásico a três fios. Entretanto, se as
fontes de cada fase desse sistema trifásico estiverem interligadas em forma de estrela
(representada por um Y), teremos um sistema trifásico Y-Y. Por fim, também podemos realizar
transformações (Y-Y) nas ligações em estrela, conhecidas como transformações de cargas.
Em relação aos sistemas monofásicos a três fios, trifásicos Y-Y e transformações Y-Y, julgue os
itens a seguir.
II. Os sistemas trifásicos Y-Y são aqueles em que as fontes e as cargas estão conectadas em
estrela (Y) e podem ser descritos como (Y-Y). Nesse caso, esse sistema trifásico irá conter
sempre quatro fios, pois há a necessidade de haver o condutor neutro (N) conectado, além das
outras três fases presentes no circuito (L1, L2 e L3).
III. Nas transformações Y-Y, as tensões e correntes de uma dada fase são denominadas
grandezas de fase, e as tensões entre as linhas e as correntes das linhas conectadas aos
geradores são denominadas grandezas de linha. As relações entre as grandezas de linha e as
de fase para um dado gerador ou carga dependem do tipo de conexão de carga.
É correto o que se afirma em
A)
II, apenas.
B)
I e II, apenas.
C)
I e III, apenas.
D)
III, apenas.
E)
I, II e III.
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Questão 5)
A Energia elétrica é composta de duas parcelas distintas: energia reativa e energia ativa. A
energia ativa é responsável pela execução de tarefas, enquanto que a energia reativa é a
responsável pela formação de campos magnéticos, necessário ao funcionamento de alguns
aparelhos que possuem motor (geladeira, freezer, ventilador, máquinas de lavar, sistemas de
climatização, escada rolante e etc.) ou indutor (reator eletromagnético utilizado nas luminárias
com lâmpadas fluorescentes).
II. A energia reativa realiza trabalho útil e produz perdas por provocar aquecimento nos
condutores.
III. A energia reativa tem como unidades de medida usuais o varh e o kvarh (que corresponde a
1000 varh), e a potência reativa, a unidade de var ou kvar.
Há uma outra abordagem à solução dos circuitos com transformadores, a qual elimina a
necessidade das conversões explícitas dos níveis de tensão em cada transformador do sistema.
Em lugar disso, as conversões necessárias são executadas automaticamente pelo próprio
método, sem que o usuário precise se preocupar com as transformações de impedância. Como
tais transformações de impedância podem ser evitadas, os circuitos que contêm muitos
transformadores podem ser resolvidos facilmente com menos possibilidade de erro. Esse
método de cálculo é conhecido como sistema por unidade (PU) de medidas.
PORQUE
II. Os valores base de um sistema PU são expressos como frações dos valores reais de tensão,
corrente, potência e impedância dos transformadores componentes do sistema em análise.
O sistema "por unidade", ou mais brevemente, sistema p.u., consiste na definição de valores de
base para as grandezas (tensão, corrente, potência, etc.), seguida da substituição dos valores
das variáveis e constantes (expressas no Sistema Internacional de unidades) pelas suas
relações com os valores de base predefinidos. A utilização do sistema p.u. traz vantagens
significativas para a efetuação de cálculos em redes com vários níveis de tensão, ao permitir
ignorar a presença da maior parte (ou da totalidade) dos transformadores, por estes ficarem com
razão de transformação em p.u. de 1:1. Adicionalmente, não se distinguem em p.u tensões
simples e compostas nem potências por fase e potências totais. A facilidade de representação
do sistema de energia elétrica decorrente da utilização do sistema p.u. levou a sua generalização
em todos os modelos de análise do SEE (e não apenas nos de trânsito de potências), salvo
indicação em contrário, supõe-se sempre, neste âmbito, que as grandezas indicadas e as
expressões utilizadas são "por unidade".
KAGAN, Nelson; OLIVEIRA, Carlos César Barioni de; SCHMIDT, Hernán Prieto; ROBBA,
Ernesto João. Introdução a Sistemas Elétricos de Potência: componentes simétricas. 2. ed.
São Paulo: E. Blücher, 2000. 484 p (adaptado).
I. Os valores p.u. fornecem uma visão melhor do problema, pois em circuitos com vários
transformadores, as quedas de tensão em volt diferem de um circuito de alta tensão para um de
baixa, o que não é verificado se utilizados valores p.u.
PORQUE
II. Ao se utilizar um sistema p.u., converte-se todo o sistema elétrico de potência para a mesma
base de potência e tensão, eliminando assim, a necessidade de converter tensões e correntes,
quando se passa de um enrolamento a outro em cada transformador pertencente ao sistema
elétrico.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
B)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
C)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
D)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
E)
As asserções I e II são proposições falsas.
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Questão 8)
UMANS, Stephen D.; FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY JÚNIOR, Charles. Máquinas elétricas:
com introdução à eletrônica de potência. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 648 p.
Uma carga industrial, consistindo de doze motores de indução iguais, absorve uma potência
média de 240 kW, com um fator de potência atrasado de 0,8 e fator reativo de 0,6. Com o objetivo
de melhorar o fator de potência da carga, quatro dos motores foram substituídos por motores
síncronos que dissipam 20 kW cada um, mas com fator de potência adiantado de 0,6 e fator
reativo de 0,8. Considere os motores de indução como uma carga puramente resistiva/indutiva
e os motores síncronos como uma carga puramente resistiva/capacitiva.
I. A potência aparente exigida por um dos motores de indução é menor que a potência aparente
exigida por um dos motores síncronos.
PORQUE
II. O fator de potência dos motores de indução é maior que o fator de potência dos motores
síncronos.
Com base no circuito descrito acima, qual é o valor de potência indicado pelo wattímetro?
A)
P = 10W.
B)
P = 1W
C)
P = 2,5W
D)
P = 5W
E)
P = 7,5W
Geração, Transmissão e Distribuição de Energia
Questão 12)
Uma das principais aplicações dos capacitores está relacionada com a correção de fator de
potência, para evitar que a unidade de consumo seja onerada na conta de energia no final do
mês, devido ao excesso de consumo de energia reativa indutiva e/ou de demanda de potência
reativa indutiva. Para isso, são instalados bancos de capacitores de baixa ou média tensão
comandados ou não por contatores, disjuntores ou por chaves apropriadas, como no caso das
chaves de média tensão para manobra. Os capacitores reunidos em bancos sem nenhum
controle da potência capacitiva injetada no sistema elétrico são denominados bancos fixos. Já
os bancos de capacitores manobrados através de controlador de fator de potência são
denominados bancos automáticos e são empregados na compensação de cargas reativas
indutivas, cuja variação de demanda é lenta e resulta em poucas manobras do banco de
capacitores.
MAMEDE FILHO, J. Manual de equipamentos elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013
(adaptado).
Nesse contexto, considere o projeto de um banco de capacitores para corrigir o fator de potência
de uma instalação industrial para 0,95, admitindo que a potência ativa do sistema é de 120 kW
e a potência aparente é igual a 155 kVA.
Potência é uma grandeza elementar nos estudos de corrente alternada (AC). É uma prática
padrão representar as componentes da potência alternada na forma de um triângulo, conhecido
como triângulo de potência, mostrado na figura a seguir. O triângulo de potência tem quatro itens
- a potência aparente/complexa (S), a potência ativa (P), a potência reativa (Q) e o ângulo do
fator de potência (FP). Dados dois desses itens, os outros dois podem ser facilmente obtidos a
partir do triângulo. Complementarmente, quando a componente S está no primeiro quadrante,
temos uma carga indutiva e um FP atrasado. Quando S está no quarto quadrante, a carga é
capacitiva e o FP é adiantado. Também é possível que a potência complexa esteja no segundo
ou terceiro quadrante. Isso requer que a impedância de carga tenha uma resistência negativa, o
que é possível com circuitos ativos.
I. A componente de potência reativa Q de uma carga AC deve ser controlada de forma a otimizar
a relação entre a potência aparente S e a potência ativa P.
PORQUE
II. A potência ativa P é a única das componentes que integra a potência alternada, que é
convertida em trabalho pela carga alimentada.
Gisele é engenheira e desenvolve diversos serviços para uma concessionária de energia elétrica
local. A supervisora da concessionária solicitou a Gisele que fizesse uma breve apresentação
aos funcionários da concessionária sobre as faltas nos sistemas de transmissão de energia.
Gisele, então, desenvolveu o serviço solicitado preparando sua apresentação com alguns tópicos
sobre as faltas nos sistemas de transmissão de energia elétrica.
Com base no texto apresentado, avalie as afirmações a seguir sobre o que Gisele pode
mencionar, na apresentação, sobre as faltas nos sistemas de transmissão de energia elétrica.
I. Ela pode comentar que os sistemas de transmissão de energia elétrica são expostos a faltas
causadas principalmente pela oscilação da rede elétrica em equipamentos como geradores e
transformadores.
II. A engenheira pode afirmar que as faltas possíveis são de diferentes tipos e motivos, o que
requer do profissional o conhecimento dos distúrbios gerados nos sistemas elétricos, associados
às suas causas, para que possa corrigi-los prontamente.
III. Gisele pode mencionar que o principal objetivo dos sistemas de proteção de linhas de
transmissão é impedir que esses defeitos comprometam a integridade do sistema elétrico, de
transformadores e de geradores, preservando a confiabilidade e a continuidade do fornecimento
de energia elétrica.
Considere uma rede de distribuição para atendimento de três unidades consumidoras. Medições
apontaram as características das cargas de cada unidade consumidora, conforme mostrado no
quadro a seguir.
Dados: cos 14° = 0,97; sen 14° = 0,24; tg 14° = 0,25; cos 25,8°= 0,9; sen 25,8°= 0,44; tg 25,8°=
0,48; cos 36,9°= 0,8; sen 36,9°= 0,6; tg 36,9°= 0,75.
UMANS, Stephen D.; FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY JR., Charles. Máquinas elétricas: com
introdução à eletrônica de potência. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 648 p.
O fator de potência (FP) é a grandeza referente à relação entre a potência ativa e a potência
aparente. Quanto maior for essa relação, maior será a igualdade entre as duas potências. Uma
instalação industrial com fator de potência controlado, isto é, que possui valor quase unitário,
possibilita a otimização do sistema elétrico da instalação. Isso diminui a taxa de ocupação do
sistema de distribuição interna, adiando investimentos e evitando a cobrança do consumo de
potência reativa, que é uma taxa cobrada caso o fator de potência seja menor que o valor
determinado pelo órgão nacional responsável. No Brasil, o valor mínimo do fator de potência
definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é 0,92. O triângulo de potências da
figura a seguir ilustra essa grandeza, sendo: P – potência ativa; Q – potência reativa; S – potência
aparente da instalação.
II. A correção do fator de potência da instalação pode ser realizada a partir do balanceamento
das cargas ativas e reativas do sistema.
O fator de potência é um dos diversos parâmetros existentes para avaliar a qualidade da energia
elétrica e tem implicação direta em questões relacionadas à utilização, ao carregamento e ao
planejamento das redes de distribuição de energia elétrica. Para amenizar o impacto do baixo
fator de potência e, consequentemente, uma baixa qualidade de energia, é importante que as
indústrias, em suas plantas elétricas, corrijam o fator de potência (Fonte: Revista O SETOR
ELÉTRICO, 2011).
I - Deve-se aumentar a parcela de energia reativa e diminuir a ativa para se corrigir o fator de
potência e torná-lo próximo da unidade.
II - O aumento da corrente devido ao excesso de energia reativa leva a quedas de tensão
acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga
em certos elementos da rede.
III - A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza sua plena utilização,
condicionando a instalação de novas cargas a investimentos que seriam evitados se o fator de
potência apresentasse valores mais altos.
I. A adição do capacitor em paralelo à carga indutiva, ilustrado em (b), é uma prática comum e
incentivada em instalações, atuando na diminuição do ângulo de fase entre a tensão fornecida e
a corrente, como ilustrado em (c), aumentando o fator de potência da instalação e a parcela de
potência ativa utilizada pelo equipamento.
PORQUE