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C ombatente

Trimestral - Edição 407 - março 2024 - 2€ Diretor: Joaquim Chito Rodrigues www.ligacombatentes.org

CONSERVAÇÃO
DAS MEMÓRIAS

Angola
Operação “Embondeiro”

Congresso Internacional A vida dos Núcleos 50 Anos do 25 de Abril


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núcleos no País núcleos no País
Abiul Castelo Branco Ilhas de São Miguel e Santa Maria Manteigas Oliveira de Azeméis Sabugal Viana do Castelo Cabo Verde - S. Vicente/Mindelo
Travessa da Praça de Touros,1 Rua de Santa Maria, 104 Rua José Maria Raposo do Amaral, 28 Rua Dr. Pereira de Matos Rua António Alegria, 223, 1.º Rua Dr. João Lopes, 7 - 6320-420 Sabugal Rua de S. Pedro, 37 - R/C Leonildo Monteiro - Tel: +2389915367
3100-012 Abiul - Pombal 6000-178 Castelo Branco 9500-078 Ponta Delgada 6260-111 Manteigas 3720-234 Oliveira de Azeméis Tlm: 926882002/961630443/968734125 4900-538 Viana do Castelo - Tel: 258 827 705
Tlm: 919 770 934 / 918 946 691 Tel: 272 092 316 Tels: 296 282 333 Tel: 275 982 300 Tel.: 256 688 112 sabugal@ligacombatentes.org viana.castelo@ligacombatentes.org Gent (Bélgica)
abiul@ligacombatentes.org castelo.branco@ligacombatentes.org ponta.delgada@ligacombatentes.org manteigas@ligacombatentes.org oliveira.azemeis@ligacombatentes.org Bruno Joos de ter Beerst
Santa Margarida da Coutada Vila Franca de Xira Kortrijksesteenweg 245 - 9000 Gent
Abrantes Chaves Lagoa/Portimão Marco de Canaveses Oliveira do Bairro Rua Luís de Camões, 9 Rua da Barroca de Baixo, 9/9-A Tel: +32 493 56 03 67
Rua do Arcediago, 16 - 2200-399 Abrantes Terreiro de Cavalaria, 2 Rua Alexandre Herculano, 20, r/c Avenida Gago Coutinho, 169 Rua António de Oliveira Rocha, 2250-066 Constância 2600-112 Vila Franca de Xira consuladohonorarioportugal-gent@sapo.pt
Tel: 241 372 885 5400-193 Chaves Apartado 265 - 8400-370 Lagoa 4630-206 Marco de Canaveses Edifício da Estação da CP Tlm: 912 664 316 / 919 166 651 Tel: 263 276 146 - Tlm: 915 750 540
abrantes@ligacombatentes.org Tel: 276 402 761 / 910 270 478 Tel: 282 089 169 Tel: 255 532 390 3770-206 Oliveira do Bairro santa.margarida@ligacombatentes.org vfxira@ligacombatentes.org Hong Kong e Macau (China)
chaves@ligacombatentes.org lagoa.portimao@ligacombatentes.org marco.canaveses@ligacombatentes.org Tel: 234 296 606 Av. Marciano Batista, 26
Alcácer do Sal oliveira.bairro@ligacombatentes.org Santarém Vila Meã Ed. Centro Comercial Chong Fok, 10º E-J
Calçada 31 de Janeiro, 21 Coimbra Lagos Marinha Grande Rua Miguel Bombarda, 12 Largo da Feira, 66 – Ataíde Macau
7580-098 Alcácer do Sal Rua da Sofia, 136 - 3000-389 Coimbra Rua Castelo dos Governadores, 60 Rua do Ponto da Boavista, 12 Penafiel 2000-080 Santarém 4605-032 Vila Meã | Tlm: 918 104 379
Tel: 265 081 958 / 968 764 323 Tel.: 239 823 376 8600-563 Lagos 2430-051 Marinha Grande - Tel: 244 096 830 Rua Eng.º Matos, 20 (Antigo Matadouro Municipal) Tel: 243 324 050 vila.mea@ligacombatentes.org Lillers et Environs (França)
alcacer.sal@ligacombatentes.org coimbra@ligacombatentes.org Tel: 282 768 309 - Tlm: 928 024 581 marinha.grande@ligacombatentes.org 4560-465 Penafiel - Tel: 255 723 281 santarem@ligacombatentes.org Ligue D’Anciens Combattants
lagos@ligacombatentes.org penafiel@ligacombatentes.org Vila Nova de Foz Côa Portugais de Lillers et Environs 44,
Alcobaça Covilhã Matosinhos São Teotónio Rua das Atafonas, 7 Rue du Cavin – 62151 Burbure
Rua Luís de Camões, 63, r/c - D Rua Acesso à Estação, Lote 2 - r/c Loja 6 Lamego Av.ª Rodrigues Vieira, 80 - Araújo (Antiga Peniche Rua do Comércio, 4 5150-542 Foz Côa Lilers – France - Tel: + 0033 3 21 02 42 76
2460-014 Alcobaça - Tel: 262 597 616 6200-494 Covilhã Urbanização da Ortigosa Escola Básica 1.º Ciclo do Araújo) Rua Bairro do Calvário, 54 7630-620 São Teotónio Tel: 279 098 180
alcobaca@ligacombatentes.org Tel.: 275 323 780 / 914 782 026 Rua Eng.º Pina Manique e Albuquerque, Bl 8-c/v 4465-738 Leça do Balio 2520-626 Peniche Tlm: 914 272 306 foz.coa@ligacombatentes.org Montreal, Quebec (Canadá)
covilha@ligacombatentes.org Esq. 5100-003 Lamego Tel: 224 901 476 / 915 750 461 Tel: 262 380 073 sao.teotonio@ligacombatentes.org 185, Rue du Bordeaux
Aljezur Tel: 254 613 565 matosinhos@ligacombatentes.org peniche@ligacombatentes.org Vila Nova de Santo André Consville – Québec
Rua 29 de Agosto, Bl B - Fracção Q-Lj I Elvas lamego@ligacombatentes.org Seixal Coletiva do Bairro Azul, B 6 - R/C Dto J2K 0B2 Canadá - Tel: 450 659 02 07
Barrada -8670-130 Aljezur Av. 14 de Janeiro - Portas da Esquina, 16 - R/c Esq. Mêda Pico Rua 1.º de Maio, 83 - Loja A - Amora Travessa Zeca Afonso asantiago41@hotmail.com
aljezur@ligacombatentes.org 7350-092 Elvas Leiria Av. Gago Coutinho e Sacadura Cabral Estrada Regional, 45 - S. Miguel Arcanjo 2845-125 Seixal - Tel: 210 899 236 7500-100 Vila Nova de Santo André
Tlm: 966 795 962 Av. 25 de Abril, Lote 12, r/c - Dto. Imóvel Conde Ferreira, 1º 9940-312 São Roque do Pico seixal@ligacombatentes.org Tel: 269 185 254 Paris et d’Ile-de France
Almada elvas@ligacombatentes.org 2400-265 Leiria - Tel.: 244 001 600 6430-183 Meda - Tlm: 925 674 611 Tlm: 919 241 476 santo.andre@ligacombatentes.org 133, Rue Falguière, Hall D1. Appt. 212
Praça Gil Vicente, 13, 4.º - F leiria@ligacombatentes.org meda@ligacombatentes.org pico@ligacombatentes.org Sesimbra 75015 Paris - France - 0033 6 58037099
2800-098 Almada - Tel: 211 397 391 Entroncamento/V. Nova da Barquinha Travessa Cândido dos Reis, 9, 1.º Vila Real georges.viaud@gmail.com
almada@ligacombatentes.org Rua Eng. Ferreira Mesquita, 1 Lisboa Miranda do Douro Pinhal Novo 2970-789 Sesimbra - Tel: 210 867 160 Largo Conde de Amarante,
2330-152 Entroncamento Rua João Pereira da Rosa, 18, r/c Rua D. Dinis, 4 - R/C Urbanização Vale Flores sesimbra@ligacombatentes.org Edifício do Governo Civil, r/c Nova Inglaterra (USA)
Arouca Tel: 249 195 959 1249-032 Lisboa 5210-217 Miranda do Douro - Tel: 273 432 201 (Monte Francisquinho) 5000-529 Vila Real | Tlm: 915 750 973 6, General Sherman Street Taunton
Rua Dr. António Casimiro Leão Pimentel entroncamento@ligacombatentes.org Tlm.: 913 509 035 / 913 508 979 miranda.douro@ligacombatentes.org 2955-409 Pinhal Novo Setúbal vila.real@ligacombatentes.org MA - 02780 USA
(perto do Tribunal) – 4540-132 Arouca nucleo.lisboa@ligacombatentes.org Tlm: 917 820 781 / 967 625 598 Rua dos Almocreves, 62 r/c - 2900-213 Setúbal evdefaria@yahoo.com
Tel: 256 944 637 Espinho Mirandela pinhal.novo@ligacombatentes.org Tel: 265 525 765 - Tlm: 913 531 745 Vila Real de Santo António
Apartado 7 - FACE (Fórum de Arte e Cultura APCA-Associação Portuguesa dos Rua da República, 25, 1.º – 5370-347 Mirandela setubal@ligacombatentes.org Rua Almirante Cândido dos Reis, 86 Richebourg (França)
Aveiro de Espinho), Rua 41 Capacetes Azuis Tel: 278 990 562 Pinhel 8900-254 Vila Real de Santo António 61, Rue des Haies 62136 Richebourg
Rua Eng. Von Haffe, 61, 1.º - C Av.ª João de Deus - Sala 35 EC Anta Tlm: 910501674 mirandela@ligacombatentes.org Travessa Portão Norte, 2 Sintra Tel: 281 544 877 France - Tel: 0033 3 21613870
Tel: 234 036 096 - 3800-177 Aveiro 4501-908 Espinho apca@ligacombatentes.org 6400-303 Pinhel Rua Dr. António José Soares, 2 - Portela vrsanto.antonio@ligacombatentes.org I.Avenir.sas@gmail.com
aveiro@ligacombatentes.org Tel: 227 324 799 Monção Tlm: 967 397 369 2710-423 Sintra - Tel: 219 243 288
espinho@ligacombatentes.org Lixa Rua Dr. Álvares Guerra, 48/52 pinhel@ligacombatentes.org Tlm: 925 663 075 Vila Viçosa Roubaix (França)
Batalha Rua dos Bombeiros Voluntários, 63 (Apartado 92) - 4950-433 Monção sintra@ligacombatentes.org Bairro Santo António - Rua I, Lote 99 Association Socioculturelle des Anciens
Rua Maria Júlia Sales Oliveira Zuquete Estremoz 4615-604 Lixa - Tel: 255 495 280 Tel: 251 652 521 / 915 750 875 Ponte de Lima São Romão Ciladas Combattants des Ex-colonies Portugaises
Moinho de Vento - Ap. 104 Portas de Sta. Catarina lixa@ligacombatentes.org moncao@ligacombatentes.org Rua Conselheiro António Ferreira, 45 Tábua 7160-120 Vila Viçosa - Tlm: 968 647 124 Núcleo de Roubaix da Liga dos Combatentes 48,
2440-901 Batalha - Tel: 244 765 738 Prédio Militar 22 (Ant. Escola Primária) 4990-080 Ponte de Lima Rua do Bairro da Paz, 19 vila.vicosa@ligacombatentes.org Rue Bavai - 59100 Roubaix – France
batalha@ligacombatentes.org 7100-110 Estremoz - Tel: 268 322 390 Loulé Montargil Tlm: 967 039 844 3420-021 Candosa - Tlm: 968 404 272
estremoz@ligacombatentes.org Av. José da Costa Mealha, 150 Travessa dos Combatentes, 5 ponte.lima@ligacombatentes.org tabua@ligacombatentes.org Vinhais Timor-Leste
Beja 8100-501 Loulé - Tel.: 289 413 726 7425-141 Montargil - Tel: 242 904 060 Rua Tenente Assis Gonçalves, 1 +670 78104896
Rua Infante D. Henrique Évora loule@ligacombatentes.org Portalegre Tarouca Tel: 273 106 169 - 5320-337 Vinhais
(Escola Primária n.º 4) 7800-318 Beja Rua dos Penedos, 10 - 7000-531 Évora Montemor-o-Novo Rua 15 de Maio, 3 Rua D. João Teles da Silva Toronto, Ontário (Canadá)
Tel: 284 322 320 / 967 820 093 Tel: 266 708 682 Loures Largo Paços do Concelho, 18 7300-206 Portalegre Edifício Ponte Pedrinha, 180 -Bloco 3, R/C Esqº Viseu Ontário Assotiation of Portugueses Veterans
beja@ligacombatentes.org evora@ligacombatentes.org Rua Dr. Alberto Alves de Oliveira, 5 A 7050-127 - Montemor-o-Novo Tel.: 245 202 723 | Tlm: 915 755 950 3610-099 Tarouca - Tlm: 939 353 837 Rua da Prebenda, 3, R/C 2000 Dundas Street West
2670-401 Loures Tlm: 913 509 156 portalegre@ligacombatentes.org tarouca@ligacombatentes.org 3500-173 Viseu | Tel: 232 423 690 Toronto, ON M6R 1W6
Belmonte Faro Tlm.: 917 248 827 - 919 738 428 montemor.novo@ligacombatentes.org viseu@ligacombatentes.org Tel.: +416 533 2500
Edifício Multiusos – Sala 1 Rua Dr. José de Matos, 115 - B, r/c loures@ligacombatentes.org Porto Tavira +647 221 7034 - +647 292 3828
Rua Pedro Álvares Cabral 8000-501 Faro Montijo Rua Formosa, 133 Rua TCor Melo Antunes, 2, R/C - Dto. Vizela combatentes.toronto@yahoo.com
6250-086 Belmonte – Tlm: 935 717 647 Tel.: 289 873 067 Lourinhã (Delegação do Núcleo de Torres Vedras) Rua Pocinho das Nascentes, n.º 255 4000-251 Porto 8800-687 Tavira - Tlm: 914 719 477 Casa das Colectividades
belmonte@ligacombatentes.org faro@ligacombatentes.org Mercado Municipal da Lourinhã 2870-307 Montijo Tel: 222 006 101 / 913 060 168 tavira@ligacombatentes.org Av.ª dos Bombeiros Voluntários, 415 Turlock, California (USA)
Av. Dr. José Catanho Meneses, 30-B-1º Tel: 211 338 247 porto@ligacombatentes.org 4815-394 Vizela 9143 Countryside Ave - Delhi
Braga Figueira da Foz 0B, 1.º Sala M8 - 2530-163 Lourinhã, montijo@ligacombatentes.org Tomar Tlm: 910 428 090 95315, California - USA
Bêco do Eirado, 13, 1.º Rua Rancho das Cantarinhas, 44, r/c Tel: 261 438 207 Póvoa de Varzim Praceta Dr. Raul Lopes, 1, R/C vizela@ligacombatentes.org
4710-237 Braga – Tel: 253 216 710 Buarcos - 3080-250 Figueira da Foz Mora Apartado 000121 - EC – Póvoa de Varzim 2300-446 Tomar - Tel: 249 313 411 Winnipeg, Manitoba (Canadá)
braga@ligacombatentes.org Tel: 233 428 379 Macedo de Cavaleiros Rua S. Pedro, 31 CV - 7490-208 Mora 4494-909 Póvoa de Varzim tomar@ligacombatentes.org 1331 Downing St. Winnipeg

Bragança
figueira.foz@ligacombatentes.org Prédio Alameda - Rua da Biblioteca,
8 - 1.º Dto - Escritório n.º 1 e 6
Tel: 266 403 247 - Tlm: 938 529 226
mora@ligacombatentes.org
povoa.varzim@ligacombatentes.org
Torres Novas
e no estrangeiro Manitoba, R3E 2R8 - Canadá
Tels: 204 772 1760/228 1132
Rua General Sepúlveda, 10 Funchal 5340-201 Macedo de Cavaleiros Queluz Rua Miguel de Arnide - pascpasc41@yahoo.ca
5300-054 Bragança - Tel: 273 326 394 Casa do Combatente – Beco do Paiol, 32-A Tel: 961 248 246 Moura Rua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A Prédio Alvorão, 69-A, r/c - C Áustria
braganca@ligacombatentes.org São Pedro 9000-198 Funchal macedo.cavaleiros@ligacombatentes.org Largo dos Quartéis, Edifício dos Quartéis, Lote 12 2745-158 Queluz 2350-522 Torres Novas - Tel: 249 822 038 Wien Taekwondo Centre
Tel: 291 220 141 Caixa Postal 3012 Tel: 216 067 036 torres.novas@ligacombatentes.org Auf der Schmelz, 10
Caldas da Rainha
Rua do Sacramento, 7 - R/C Esq.º
funchal@ligacombatentes.org Macieira de Cambra
Rua do Souto, 190
Tlm: 962 323 710 - 7860-119 Moura queluz@ligacombatentes.org
Torres Vedras
1150 Vienna – Austria
Tel: +436764249138
r  esidências senior
2500-182 Caldas da Rainha Gouveia 3730-226 Macieira de Cambra Mourão Reguengos de Monsaraz Rua Cândido dos Reis, 1-A - 1º (Ed. Ex-SMAS) cesar@cesarvalentim.com
Tlm: 913 534 239 / 262 843 142 Rua da República, 43 Tel: 256 284 566 Praça da República, 4 - 1º Dtº Rua Dr. Francisco Salles Gião, 21 Apartado 81 Porto (Creche, Jardim de Infância e Lar)
caldas.rainha@ligacombatentes.org 6290-518 Gouveia macieira.cambra@ligacombatentes.org Tel: 266 568 073 - 7240-233 Mourão 7200-303 Reguengos de Monsaraz 2560-312 Torres Vedras - Tel: 261 314 175 Belo Horizonte (Brasil) Complexo Social Nossa Senhora da Paz
Tlm.: 910 133 472 mourao@ligacombatentes.org Tel: 266 501 478 - Tlm: 913 534 592 torres.vedras@ligacombatentes.org Associação Nacional dos Veteranos da Força da Liga dos Combatentes
Campo Maior gouveia@ligacombatentes.org Mafra reguengos.monsaraz@ligacombatentes.org Expedicionária Brasileira – Regional BH Rua Oliveira Monteiro, n.º 887
2|Combatente março 2024

3|Combatente março 2024


Rua Fonte Nova, 2 - Estrada Nacional 371 Largo dos Combatentes - 2640-445 Mafra Oeiras/Cascais Valença Av.ª Francisco Sales, 199 - Bairro Floresta 4050-446 Porto
7370-201 Campo Maior Guarda Tel: 261 092 480 Rua Cândido dos Reis, 216, 1.º Ribeirão Arquivo Municipal de Valença Belo Horizonte - Minas Gerais – Brasil Tel: 228 329 417
Tel: 268 030 134 Praça Dr. Francisco Salgado Zenha mafra@ligacombatentes.org 2780-212 Oeiras Rua Dr. José Leite dos Santos, 2 - Santa Ana Antiga Assembleia Valenciana CEP: 30150.220 complexosocial.porto@ligacombatentes.org
campo.maior@ligacombatentes.org 6300-694 Guarda - Tel: 271 211 891 Tlm: 929 059 248 4760-726 Ribeirão - Tel: 252 414 219 Rua Mouzinho de Albuquerque, 131
guarda@ligacombatentes.org Maia oeiras@ligacombatentes.org ribeirao@ligacombatentes.org 4930-733 Valença Bissau - RGB Estremoz (Lar)
Cantanhede Av. Senhor de Sta. Cruz valenca@ligacombatentes.org Cor INF PQ Chauky Danif Residência de São Nuno de Santa Maria
Largo Pedro Teixeira Ilha Terceira (Escola EB1/JI de Santa Cruz) Olhão Rio Maior Tel: 002456637031 da Liga dos Combatentes
Casa dos Bugalhos, 1.º Rua Nova, s/n.º - Conceição Castêlo da Maia Av. Sporting Clube Olhanense, 6-A Rua D. Afonso Henriques, 79 A Vendas Novas Estrada Nacional 18 - Às Quintinhas
3060-132 Cantanhede 9700-132 Angra do Heroísmo 4475-051 Maia 8700-314 Olhão 2040-273 Rio Maior Rua General Humberto Delgado, 47-C Bordeaux (França) 7100-074 Estremoz
Tlm: 913 531 422 Tel: 295 212 277 Tlm: 915 943 150 / 927 407 321 Tel: 289 722 450 Tel/: 243 908 107 7080-167 Vendas Novas - Tel: 265 087 654 B14, Cours Journu Auber Tel: 268 334 204
cantanhede@ligacombatentes.org angra.heroismo@ligacombatentes.org maia@ligacombatentes.org olhao@ligacombatentes.org rio.maior@ligacombatentes.org vendas.novas@ligacombatentes.org F – 33300 Bordeaux - Tel: +33 6 23 190183 residenciasocial.estremoz@ligacombatentes.org

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núcleos no País núcleos no País


Abiul Castelo Branco Ilhas de São Miguel e Santa Maria Manteigas Oliveira de Azeméis Sabugal Viana do Castelo Cabo Verde - S. Vicente/Mindelo
Travessa da Praça de Touros,1 Rua de Santa Maria, 104 Rua José Maria Raposo do Amaral, 28 Rua Dr. Pereira de Matos Rua António Alegria, 223, 1.º Rua Dr. João Lopes, 7 - 6320-420 Sabugal Rua de S. Pedro, 37 - R/C Leonildo Monteiro - Tel: +2389915367
3100-012 Abiul - Pombal 6000-178 Castelo Branco 9500-078 Ponta Delgada 6260-111 Manteigas 3720-234 Oliveira de Azeméis Tlm: 926882002/961630443/968734125 4900-538 Viana do Castelo - Tel: 258 827 705
Tlm: 919 770 934 / 918 946 691 Tel: 272 092 316 Tels: 296 282 333 Tel: 275 982 300 Tel.: 256 688 112 sabugal@ligacombatentes.org viana.castelo@ligacombatentes.org Gent (Bélgica)
abiul@ligacombatentes.org castelo.branco@ligacombatentes.org ponta.delgada@ligacombatentes.org manteigas@ligacombatentes.org oliveira.azemeis@ligacombatentes.org Bruno Joos de ter Beerst
Santa Margarida da Coutada Vila Franca de Xira Kortrijksesteenweg 245 - 9000 Gent
Abrantes Chaves Lagoa/Portimão Marco de Canaveses Oliveira do Bairro Rua Luís de Camões, 9 Rua da Barroca de Baixo, 9/9-A Tel: +32 493 56 03 67
Rua do Arcediago, 16 - 2200-399 Abrantes Terreiro de Cavalaria, 2 Rua Alexandre Herculano, 20, r/c Avenida Gago Coutinho, 169 Rua António de Oliveira Rocha, 2250-066 Constância 2600-112 Vila Franca de Xira consuladohonorarioportugal-gent@sapo.pt
Tel: 241 372 885 5400-193 Chaves Apartado 265 - 8400-370 Lagoa 4630-206 Marco de Canaveses Edifício da Estação da CP Tlm: 912 664 316 / 919 166 651 Tel: 263 276 146 - Tlm: 915 750 540
abrantes@ligacombatentes.org Tel: 276 402 761 / 910 270 478 Tel: 282 089 169 Tel: 255 532 390 3770-206 Oliveira do Bairro santa.margarida@ligacombatentes.org vfxira@ligacombatentes.org Hong Kong e Macau (China)
chaves@ligacombatentes.org lagoa.portimao@ligacombatentes.org marco.canaveses@ligacombatentes.org Tel: 234 296 606 Av. Marciano Batista, 26
Alcácer do Sal oliveira.bairro@ligacombatentes.org Santarém Vila Meã Ed. Centro Comercial Chong Fok, 10º E-J
Calçada 31 de Janeiro, 21 Coimbra Lagos Marinha Grande Rua Miguel Bombarda, 12 Largo da Feira, 66 – Ataíde Macau
7580-098 Alcácer do Sal Rua da Sofia, 136 - 3000-389 Coimbra Rua Castelo dos Governadores, 60 Rua do Ponto da Boavista, 12 Penafiel 2000-080 Santarém 4605-032 Vila Meã | Tlm: 918 104 379
Tel: 265 081 958 / 968 764 323 Tel.: 239 823 376 8600-563 Lagos 2430-051 Marinha Grande - Tel: 244 096 830 Rua Eng.º Matos, 20 (Antigo Matadouro Municipal) Tel: 243 324 050 vila.mea@ligacombatentes.org Lillers et Environs (França)
alcacer.sal@ligacombatentes.org coimbra@ligacombatentes.org Tel: 282 768 309 - Tlm: 928 024 581 marinha.grande@ligacombatentes.org 4560-465 Penafiel - Tel: 255 723 281 santarem@ligacombatentes.org Ligue D’Anciens Combattants
lagos@ligacombatentes.org penafiel@ligacombatentes.org Vila Nova de Foz Côa Portugais de Lillers et Environs 44,
Alcobaça Covilhã Matosinhos São Teotónio Rua das Atafonas, 7 Rue du Cavin – 62151 Burbure
Rua Luís de Camões, 63, r/c - D Rua Acesso à Estação, Lote 2 - r/c Loja 6 Lamego Av.ª Rodrigues Vieira, 80 - Araújo (Antiga Peniche Rua do Comércio, 4 5150-542 Foz Côa Lilers – France - Tel: + 0033 3 21 02 42 76
2460-014 Alcobaça - Tel: 262 597 616 6200-494 Covilhã Urbanização da Ortigosa Escola Básica 1.º Ciclo do Araújo) Rua Bairro do Calvário, 54 7630-620 São Teotónio Tel: 279 098 180
alcobaca@ligacombatentes.org Tel.: 275 323 780 / 914 782 026 Rua Eng.º Pina Manique e Albuquerque, Bl 8-c/v 4465-738 Leça do Balio 2520-626 Peniche Tlm: 914 272 306 foz.coa@ligacombatentes.org Montreal, Quebec (Canadá)
covilha@ligacombatentes.org Esq. 5100-003 Lamego Tel: 224 901 476 / 915 750 461 Tel: 262 380 073 sao.teotonio@ligacombatentes.org 185, Rue du Bordeaux
Aljezur Tel: 254 613 565 matosinhos@ligacombatentes.org peniche@ligacombatentes.org Vila Nova de Santo André Consville – Québec
Rua 29 de Agosto, Bl B - Fracção Q-Lj I Elvas lamego@ligacombatentes.org Seixal Coletiva do Bairro Azul, B 6 - R/C Dto J2K 0B2 Canadá - Tel: 450 659 02 07
Barrada -8670-130 Aljezur Av. 14 de Janeiro - Portas da Esquina, 16 - R/c Esq. Mêda Pico Rua 1.º de Maio, 83 - Loja A - Amora Travessa Zeca Afonso asantiago41@hotmail.com
aljezur@ligacombatentes.org 7350-092 Elvas Leiria Av. Gago Coutinho e Sacadura Cabral Estrada Regional, 45 - S. Miguel Arcanjo 2845-125 Seixal - Tel: 210 899 236 7500-100 Vila Nova de Santo André
Tlm: 966 795 962 Av. 25 de Abril, Lote 12, r/c - Dto. Imóvel Conde Ferreira, 1º 9940-312 São Roque do Pico seixal@ligacombatentes.org Tel: 269 185 254 Paris et d’Ile-de France
Almada elvas@ligacombatentes.org 2400-265 Leiria - Tel.: 244 001 600 6430-183 Meda - Tlm: 925 674 611 Tlm: 919 241 476 santo.andre@ligacombatentes.org 133, Rue Falguière, Hall D1. Appt. 212
Praça Gil Vicente, 13, 4.º - F leiria@ligacombatentes.org meda@ligacombatentes.org pico@ligacombatentes.org Sesimbra 75015 Paris - France - 0033 6 58037099
2800-098 Almada - Tel: 211 397 391 Entroncamento/V. Nova da Barquinha Travessa Cândido dos Reis, 9, 1.º Vila Real georges.viaud@gmail.com
almada@ligacombatentes.org Rua Eng. Ferreira Mesquita, 1 Lisboa Miranda do Douro Pinhal Novo 2970-789 Sesimbra - Tel: 210 867 160 Largo Conde de Amarante,
2330-152 Entroncamento Rua João Pereira da Rosa, 18, r/c Rua D. Dinis, 4 - R/C Urbanização Vale Flores sesimbra@ligacombatentes.org Edifício do Governo Civil, r/c Nova Inglaterra (USA)
Arouca Tel: 249 195 959 1249-032 Lisboa 5210-217 Miranda do Douro - Tel: 273 432 201 (Monte Francisquinho) 5000-529 Vila Real | Tlm: 915 750 973 6, General Sherman Street Taunton
Rua Dr. António Casimiro Leão Pimentel entroncamento@ligacombatentes.org Tlm.: 913 509 035 / 913 508 979 miranda.douro@ligacombatentes.org 2955-409 Pinhal Novo Setúbal vila.real@ligacombatentes.org MA - 02780 USA
(perto do Tribunal) – 4540-132 Arouca nucleo.lisboa@ligacombatentes.org Tlm: 917 820 781 / 967 625 598 Rua dos Almocreves, 62 r/c - 2900-213 Setúbal evdefaria@yahoo.com
Tel: 256 944 637 Espinho Mirandela pinhal.novo@ligacombatentes.org Tel: 265 525 765 - Tlm: 913 531 745 Vila Real de Santo António
Apartado 7 - FACE (Fórum de Arte e Cultura APCA-Associação Portuguesa dos Rua da República, 25, 1.º – 5370-347 Mirandela setubal@ligacombatentes.org Rua Almirante Cândido dos Reis, 86 Richebourg (França)
Aveiro de Espinho), Rua 41 Capacetes Azuis Tel: 278 990 562 Pinhel 8900-254 Vila Real de Santo António 61, Rue des Haies 62136 Richebourg
Rua Eng. Von Haffe, 61, 1.º - C Av.ª João de Deus - Sala 35 EC Anta Tlm: 910501674 mirandela@ligacombatentes.org Travessa Portão Norte, 2 Sintra Tel: 281 544 877 France - Tel: 0033 3 21613870
Tel: 234 036 096 - 3800-177 Aveiro 4501-908 Espinho apca@ligacombatentes.org 6400-303 Pinhel Rua Dr. António José Soares, 2 - Portela vrsanto.antonio@ligacombatentes.org I.Avenir.sas@gmail.com
aveiro@ligacombatentes.org Tel: 227 324 799 Monção Tlm: 967 397 369 2710-423 Sintra - Tel: 219 243 288
espinho@ligacombatentes.org Lixa Rua Dr. Álvares Guerra, 48/52 pinhel@ligacombatentes.org Tlm: 925 663 075 Vila Viçosa Roubaix (França)
Batalha Rua dos Bombeiros Voluntários, 63 (Apartado 92) - 4950-433 Monção sintra@ligacombatentes.org Bairro Santo António - Rua I, Lote 99 Association Socioculturelle des Anciens
Rua Maria Júlia Sales Oliveira Zuquete Estremoz 4615-604 Lixa - Tel: 255 495 280 Tel: 251 652 521 / 915 750 875 Ponte de Lima São Romão Ciladas Combattants des Ex-colonies Portugaises
Moinho de Vento - Ap. 104 Portas de Sta. Catarina lixa@ligacombatentes.org moncao@ligacombatentes.org Rua Conselheiro António Ferreira, 45 Tábua 7160-120 Vila Viçosa - Tlm: 968 647 124 Núcleo de Roubaix da Liga dos Combatentes 48,
2440-901 Batalha - Tel: 244 765 738 Prédio Militar 22 (Ant. Escola Primária) 4990-080 Ponte de Lima Rua do Bairro da Paz, 19 vila.vicosa@ligacombatentes.org Rue Bavai - 59100 Roubaix – France
batalha@ligacombatentes.org 7100-110 Estremoz - Tel: 268 322 390 Loulé Montargil Tlm: 967 039 844 3420-021 Candosa - Tlm: 968 404 272
estremoz@ligacombatentes.org Av. José da Costa Mealha, 150 Travessa dos Combatentes, 5 ponte.lima@ligacombatentes.org tabua@ligacombatentes.org Vinhais Timor-Leste
Beja 8100-501 Loulé - Tel.: 289 413 726 7425-141 Montargil - Tel: 242 904 060 Rua Tenente Assis Gonçalves, 1 +670 78104896
Rua Infante D. Henrique Évora loule@ligacombatentes.org Portalegre Tarouca Tel: 273 106 169 - 5320-337 Vinhais
(Escola Primária n.º 4) 7800-318 Beja Rua dos Penedos, 10 - 7000-531 Évora Montemor-o-Novo Rua 15 de Maio, 3 Rua D. João Teles da Silva Toronto, Ontário (Canadá)
Tel: 284 322 320 / 967 820 093 Tel: 266 708 682 Loures Largo Paços do Concelho, 18 7300-206 Portalegre Edifício Ponte Pedrinha, 180 -Bloco 3, R/C Esqº Viseu Ontário Assotiation of Portugueses Veterans
beja@ligacombatentes.org evora@ligacombatentes.org Rua Dr. Alberto Alves de Oliveira, 5 A 7050-127 - Montemor-o-Novo Tel.: 245 202 723 | Tlm: 915 755 950 3610-099 Tarouca - Tlm: 939 353 837 Rua da Prebenda, 3, R/C 2000 Dundas Street West
2670-401 Loures Tlm: 913 509 156 portalegre@ligacombatentes.org tarouca@ligacombatentes.org 3500-173 Viseu | Tel: 232 423 690 Toronto, ON M6R 1W6
Belmonte Faro Tlm.: 917 248 827 - 919 738 428 montemor.novo@ligacombatentes.org viseu@ligacombatentes.org Tel.: +416 533 2500
Edifício Multiusos – Sala 1 Rua Dr. José de Matos, 115 - B, r/c loures@ligacombatentes.org Porto Tavira +647 221 7034 - +647 292 3828
Rua Pedro Álvares Cabral 8000-501 Faro Montijo Rua Formosa, 133 Rua TCor Melo Antunes, 2, R/C - Dto. Vizela combatentes.toronto@yahoo.com
6250-086 Belmonte – Tlm: 935 717 647 Tel.: 289 873 067 Lourinhã (Delegação do Núcleo de Torres Vedras) Rua Pocinho das Nascentes, n.º 255 4000-251 Porto 8800-687 Tavira - Tlm: 914 719 477 Casa das Colectividades
belmonte@ligacombatentes.org faro@ligacombatentes.org Mercado Municipal da Lourinhã 2870-307 Montijo Tel: 222 006 101 / 913 060 168 tavira@ligacombatentes.org Av.ª dos Bombeiros Voluntários, 415 Turlock, California (USA)
Av. Dr. José Catanho Meneses, 30-B-1º Tel: 211 338 247 porto@ligacombatentes.org 4815-394 Vizela 9143 Countryside Ave - Delhi
Braga Figueira da Foz 0B, 1.º Sala M8 - 2530-163 Lourinhã, montijo@ligacombatentes.org Tomar Tlm: 910 428 090 95315, California - USA
Bêco do Eirado, 13, 1.º Rua Rancho das Cantarinhas, 44, r/c Tel: 261 438 207 Póvoa de Varzim Praceta Dr. Raul Lopes, 1, R/C vizela@ligacombatentes.org
4710-237 Braga – Tel: 253 216 710 Buarcos - 3080-250 Figueira da Foz Mora Apartado 000121 - EC – Póvoa de Varzim 2300-446 Tomar - Tel: 249 313 411 Winnipeg, Manitoba (Canadá)
braga@ligacombatentes.org Tel: 233 428 379 Macedo de Cavaleiros Rua S. Pedro, 31 CV - 7490-208 Mora 4494-909 Póvoa de Varzim tomar@ligacombatentes.org 1331 Downing St. Winnipeg

Bragança
figueira.foz@ligacombatentes.org Prédio Alameda - Rua da Biblioteca,
8 - 1.º Dto - Escritório n.º 1 e 6
Tel: 266 403 247 - Tlm: 938 529 226
mora@ligacombatentes.org
povoa.varzim@ligacombatentes.org
Torres Novas
e no estrangeiro Manitoba, R3E 2R8 - Canadá
Tels: 204 772 1760/228 1132
Rua General Sepúlveda, 10 Funchal 5340-201 Macedo de Cavaleiros Queluz Rua Miguel de Arnide - pascpasc41@yahoo.ca
5300-054 Bragança - Tel: 273 326 394 Casa do Combatente – Beco do Paiol, 32-A Tel: 961 248 246 Moura Rua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A Prédio Alvorão, 69-A, r/c - C Áustria
braganca@ligacombatentes.org São Pedro 9000-198 Funchal macedo.cavaleiros@ligacombatentes.org Largo dos Quartéis, Edifício dos Quartéis, Lote 12 2745-158 Queluz 2350-522 Torres Novas - Tel: 249 822 038 Wien Taekwondo Centre
Tel: 291 220 141 Caixa Postal 3012 Tel: 216 067 036 torres.novas@ligacombatentes.org Auf der Schmelz, 10
Caldas da Rainha
Rua do Sacramento, 7 - R/C Esq.º
funchal@ligacombatentes.org Macieira de Cambra
Rua do Souto, 190
Tlm: 962 323 710 - 7860-119 Moura queluz@ligacombatentes.org
Torres Vedras
1150 Vienna – Austria
Tel: +436764249138
r  esidências senior
2500-182 Caldas da Rainha Gouveia 3730-226 Macieira de Cambra Mourão Reguengos de Monsaraz Rua Cândido dos Reis, 1-A - 1º (Ed. Ex-SMAS) cesar@cesarvalentim.com
Tlm: 913 534 239 / 262 843 142 Rua da República, 43 Tel: 256 284 566 Praça da República, 4 - 1º Dtº Rua Dr. Francisco Salles Gião, 21 Apartado 81 Porto (Creche, Jardim de Infância e Lar)
caldas.rainha@ligacombatentes.org 6290-518 Gouveia macieira.cambra@ligacombatentes.org Tel: 266 568 073 - 7240-233 Mourão 7200-303 Reguengos de Monsaraz 2560-312 Torres Vedras - Tel: 261 314 175 Belo Horizonte (Brasil) Complexo Social Nossa Senhora da Paz
Tlm.: 910 133 472 mourao@ligacombatentes.org Tel: 266 501 478 - Tlm: 913 534 592 torres.vedras@ligacombatentes.org Associação Nacional dos Veteranos da Força da Liga dos Combatentes
Campo Maior gouveia@ligacombatentes.org Mafra reguengos.monsaraz@ligacombatentes.org Expedicionária Brasileira – Regional BH Rua Oliveira Monteiro, n.º 887
2|Combatente março 2024

3|Combatente março 2024


Rua Fonte Nova, 2 - Estrada Nacional 371 Largo dos Combatentes - 2640-445 Mafra Oeiras/Cascais Valença Av.ª Francisco Sales, 199 - Bairro Floresta 4050-446 Porto
7370-201 Campo Maior Guarda Tel: 261 092 480 Rua Cândido dos Reis, 216, 1.º Ribeirão Arquivo Municipal de Valença Belo Horizonte - Minas Gerais – Brasil Tel: 228 329 417
Tel: 268 030 134 Praça Dr. Francisco Salgado Zenha mafra@ligacombatentes.org 2780-212 Oeiras Rua Dr. José Leite dos Santos, 2 - Santa Ana Antiga Assembleia Valenciana CEP: 30150.220 complexosocial.porto@ligacombatentes.org
campo.maior@ligacombatentes.org 6300-694 Guarda - Tel: 271 211 891 Tlm: 929 059 248 4760-726 Ribeirão - Tel: 252 414 219 Rua Mouzinho de Albuquerque, 131
guarda@ligacombatentes.org Maia oeiras@ligacombatentes.org ribeirao@ligacombatentes.org 4930-733 Valença Bissau - RGB Estremoz (Lar)
Cantanhede Av. Senhor de Sta. Cruz valenca@ligacombatentes.org Cor INF PQ Chauky Danif Residência de São Nuno de Santa Maria
Largo Pedro Teixeira Ilha Terceira (Escola EB1/JI de Santa Cruz) Olhão Rio Maior Tel: 002456637031 da Liga dos Combatentes
Casa dos Bugalhos, 1.º Rua Nova, s/n.º - Conceição Castêlo da Maia Av. Sporting Clube Olhanense, 6-A Rua D. Afonso Henriques, 79 A Vendas Novas Estrada Nacional 18 - Às Quintinhas
3060-132 Cantanhede 9700-132 Angra do Heroísmo 4475-051 Maia 8700-314 Olhão 2040-273 Rio Maior Rua General Humberto Delgado, 47-C Bordeaux (França) 7100-074 Estremoz
Tlm: 913 531 422 Tel: 295 212 277 Tlm: 915 943 150 / 927 407 321 Tel: 289 722 450 Tel/: 243 908 107 7080-167 Vendas Novas - Tel: 265 087 654 B14, Cours Journu Auber Tel: 268 334 204
cantanhede@ligacombatentes.org angra.heroismo@ligacombatentes.org maia@ligacombatentes.org olhao@ligacombatentes.org rio.maior@ligacombatentes.org vendas.novas@ligacombatentes.org F – 33300 Bordeaux - Tel: +33 6 23 190183 residenciasocial.estremoz@ligacombatentes.org

02-03.indd All Pages 29/02/2024 09:11:34


s umário e ditorial

Jovens e Veteranos
C ontrastes da vida real vêm-nos à
memória. Parece que foi ontem. Aos
gritos o povo português entoava “Angola
do Antigo Combatente” e no outro, uma
frase um pouco mais explicita, “Dignificar
e respeitar os antigos combatentes e a

6 12
é nossa!”. Já lá vão 63 anos… Angola é sua memória avaliando o aumento dos
hoje um país independente. apoios que lhe são concedidos”.
Parece que foi ontem. Aos gritos o povo Confessamos que gostaríamos de ler
português entoava “Grândola Vila Mo- algo mais positivo e mais concreto. Du-
rena…”, “Liberdade!”. Há precisamente rante a campanha eleitoral nada mais foi

6
CONGRESSO INTERNACIONAL
50 anos… Portugal é hoje um país de-
mocrático e comemora o cinquentenário
avançado por nenhum deles. Continua-
remos a apoiar o próximo governo de Joaquim Chito Rodrigues
Tenente-general
do 25 de abril. Há uma parte do povo Portugal, ao qual enviaremos a proposta Presidente da Liga dos Combatentes
“Promoção da História e do Apoio Social
português que foi ator decisivo nestes de lei elaborada pela Liga dos Comba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias”
momentos importantes da História de tentes, já transmitida em 2021, 2022, e
Portugal. Alguns deles deram a vida ao 2023 ao governo e Assembleia da Repú- Combatentes e são a garantia da preser-

14 18 12
escrever essa História. Outros sobrevive- blica cessantes. vação da nossa memória e da nossa His-
ram, observam e vivem hoje, na genera- Os Combatentes que fizeram a guerra, tória. Que não sejam eles a testemunhar
DESCERRAMENTO DE PLACA EVOCATIVA
lidade, os últimos anos das suas vidas. fizeram o 25 de abril e continuaram nas e repetir frases infelizmente conhecidas,
DA FUNDAÇÃO DA LC
De facto, quem em 1961 foi chamado suas vidas a servir Portugal, merecem pa- como seja “O Estado abandonou-os”.
às fileiras das Forças Armadas, com os ra além do Reconhecimento Moral, a revi- Tenho fundadas esperanças de que não.

14
50 ANOS DO 25 DE ABRIL
seus 20 anos, para marchar para Angola,
tem hoje 83 anos. Quem com 20 anos,
são positiva dos direitos adquiridos quan-
to ao Reconhecimento Material. Saliento
Está na hora derradeira de isso poder ser
evitado. Termino este editorial com um
marchou em 1974, no final da guerra ou que nos referimos sempre aos Comba- poema que intitulo:
O General Almeida Viana e a
fez e comemora o 25 de abril, tem hoje tentes que não pertenceram aos quadros
democratização da LC

34 40 18
70 anos. Sim, é essa parte de Portugal permanentes das Forças Armadas.
a quem, após ter servido denodadamen- Temos fundadas esperanças que qual- Jovens e Veteranos
te o seu país, tanto em tempo de guerra quer que seja o Governo que inicie as
como em tempo de Paz, tratam hoje por suas funções em 2024, vai desenvolver, Jovens na flor da idade
BÉLGICA RECORDOU COMBATENTES Marcham para terras estranhas
Liga Solidária - NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8 PORTUGUESES NA I GUERRA MUNDIAL
Antigos Combatentes.
Esquecem que uma vez Combaten-
com medidas concretas, aquela frase
simples, mas esperançosa que escreveu
Vão p’ra guerra de verdade
Dificuldades tamanhas.
tes… Combatentes para toda a Vida. no seu programa. Como Combatentes
Do antecedente.........................................................................................................................106.252,90€
Altide Dias Pires...........................................................................................................................40,00€
Carlos Manuel Chito Pereira.........................................................................................................50,00€
34
A POLÍCIA MILITAR NO ULTRAMAR
Por outro lado, quem decide hoje em
Portugal e nasceu com o 25 de abril,
de armas na mão e como Combatentes
na construção da Democracia no 25 de
Dizem-lhe que são nossas
As terras a defender
Pelas cidades ou roças
Capela do Forte do Bom Sucesso - 4.º Trimestre 2023.............................................................531,65€ comemora os seus 50 anos, mas não abril e ao longo das suas vidas, mere- Haveriam que morrer.
Fernando de Jesus....................................................................................................................100,00€ teve a vivência nem da ditadura, nem cem. Mais do que isso, perderam o direi-
Jaime M. Magueijo......................................................................................................................20,00€
Mário Ascenção Pereira..............................................................................................................50,00€
Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes......................................................................50,00€
40
IN MEMORIAM
do PREC, recebendo nas mãos a De-
mocracia. Importa, pois, essa juventude
to à vida e à liberdade durante um perío-
do significativo da sua juventude.
A muitos aconteceu
Outros vieram contar
Portugal empalideceu
ouvir o que os mais veteranos têm para Hoje, na Liga dos Combatentes, esfor-
Sócios do Núcleo de Queluz da Liga dos Combatentes.............................................................43,86€
Vice-almirante José Alberto Lopes Carvalheira Com juventude a lutar.
Saldo em 31-01-2024...............................................................................................................107.138,41€ contar e para sugerir. çam-se, muitos deles por, voluntariamen-
Hoje e agora, que se viveu um período te, se organizarem em apoio dos seus Serviram na ditadura
de eleições democráticas e os Comba- camaradas e famílias mais necessitadas. E servem na democracia
tentes, já idosos, esperavam algumas pa- É importante que o Estado cumpra a sua Política pura e dura
Diretor: Joaquim Chito Rodrigues Consultor: Hélder Freire Conselho Editorial: Direção Central Diretor Executivo: José Geraldo lavras concretas de esperança que lhes parte. E é agora ou nunca. A ditadura do Esquece sua postura.
Combatente Editor (Redação): Jorge Henrique Martins - revistacombatente@ligacombatentes.org Fotografia: Hugo Gonçalves melhorassem os direitos materiais adqui- tempo está a substituir o Estado elimi-
Edição n.º 407 - Trimestral - março 2024 Hoje já anos passados

5|Combatente março 2024


Publicidade: Elisabette Caboz - Tlm.: 965 599 991 / 968 452 700 ridos em 2002, revistos negativamente nando-os. Será a História a julgar? Pela política esquecidos
Secretariado: Anabela Rodrigues - anabelarodrigues@ligacombatentes.org Execução gráfica: Departamento de Informática LC em 2009 e esquecidos em 2020 com Estamos passando o testemunho às Sentem-se abandonados
Proprietário e Editor:
Liga dos Combatentes Impressão: Lisgráfica, S.A. - Rua Consiglieri Pedroso, 90 - Casal de Santa Leopoldina - 2730-053 Barcarena - Tel: 214 345 444 a publicação de um Estatuto chamado novas gerações que continuam a ser- E pouco reconhecidos.
Rua João Pereira da Rosa, 18 - 1249-032 Lisboa Expedição: Translista, Lda. - Rua Miguel Bombarda, 9 - Queluz de Baixo - 2745-124 Barcarena - Tel: 214 266 886 do Antigo Combatente, ao rebuscar os vir os interesses superiores do país em
Tel.: 213 468 246 - geral@ligacombatentes.org Tiragem: 50.000 exemplares Depósito Legal: 210799/04 - ISSN – 223 582 - Nº. ERC – 101 525
Foram e são militares
programas dos dois partidos do leque Portugal e em Forças Nacionais Desta- Às ordens de um poder
NIPC/NIF 500 816 905 Estatuto Editorial: www.ligacombatentes.org/revista-combatente/ governamental podemos ler num deles cadas. Combatentes que, já hoje, dirigem Não pedem nenhuns altares
Redação: Os artigos publicados com indicação de autor são da inteira responsabilidade dos mesmos. uma única frase, “Revisitar o Estatuto a maior parte dos Núcleos da Liga dos Pedem p´ra melhor viver. C
Rua João Pereira da Rosa, 18 - 1249-032 Lisboa A publicidade na revista «COMBATENTE» é da inteira responsabilidade dos anunciantes.

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s umário e ditorial

Jovens e Veteranos
C ontrastes da vida real vêm-nos à
memória. Parece que foi ontem. Aos
gritos o povo português entoava “Angola
do Antigo Combatente” e no outro, uma
frase um pouco mais explicita, “Dignificar
e respeitar os antigos combatentes e a

6 12
é nossa!”. Já lá vão 63 anos… Angola é sua memória avaliando o aumento dos
hoje um país independente. apoios que lhe são concedidos”.
Parece que foi ontem. Aos gritos o povo Confessamos que gostaríamos de ler
português entoava “Grândola Vila Mo- algo mais positivo e mais concreto. Du-
rena…”, “Liberdade!”. Há precisamente rante a campanha eleitoral nada mais foi

6
CONGRESSO INTERNACIONAL
50 anos… Portugal é hoje um país de-
mocrático e comemora o cinquentenário
avançado por nenhum deles. Continua-
remos a apoiar o próximo governo de Joaquim Chito Rodrigues
Tenente-general
do 25 de abril. Há uma parte do povo Portugal, ao qual enviaremos a proposta Presidente da Liga dos Combatentes
“Promoção da História e do Apoio Social
português que foi ator decisivo nestes de lei elaborada pela Liga dos Comba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias”
momentos importantes da História de tentes, já transmitida em 2021, 2022, e
Portugal. Alguns deles deram a vida ao 2023 ao governo e Assembleia da Repú- Combatentes e são a garantia da preser-

14 18 12
escrever essa História. Outros sobrevive- blica cessantes. vação da nossa memória e da nossa His-
ram, observam e vivem hoje, na genera- Os Combatentes que fizeram a guerra, tória. Que não sejam eles a testemunhar
DESCERRAMENTO DE PLACA EVOCATIVA
lidade, os últimos anos das suas vidas. fizeram o 25 de abril e continuaram nas e repetir frases infelizmente conhecidas,
DA FUNDAÇÃO DA LC
De facto, quem em 1961 foi chamado suas vidas a servir Portugal, merecem pa- como seja “O Estado abandonou-os”.
às fileiras das Forças Armadas, com os ra além do Reconhecimento Moral, a revi- Tenho fundadas esperanças de que não.

14
50 ANOS DO 25 DE ABRIL
seus 20 anos, para marchar para Angola,
tem hoje 83 anos. Quem com 20 anos,
são positiva dos direitos adquiridos quan-
to ao Reconhecimento Material. Saliento
Está na hora derradeira de isso poder ser
evitado. Termino este editorial com um
marchou em 1974, no final da guerra ou que nos referimos sempre aos Comba- poema que intitulo:
O General Almeida Viana e a
fez e comemora o 25 de abril, tem hoje tentes que não pertenceram aos quadros
democratização da LC

34 40 18
70 anos. Sim, é essa parte de Portugal permanentes das Forças Armadas.
a quem, após ter servido denodadamen- Temos fundadas esperanças que qual- Jovens e Veteranos
te o seu país, tanto em tempo de guerra quer que seja o Governo que inicie as
como em tempo de Paz, tratam hoje por suas funções em 2024, vai desenvolver, Jovens na flor da idade
BÉLGICA RECORDOU COMBATENTES Marcham para terras estranhas
Liga Solidária - NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8 PORTUGUESES NA I GUERRA MUNDIAL
Antigos Combatentes.
Esquecem que uma vez Combaten-
com medidas concretas, aquela frase
simples, mas esperançosa que escreveu
Vão p’ra guerra de verdade
Dificuldades tamanhas.
tes… Combatentes para toda a Vida. no seu programa. Como Combatentes
Do antecedente.........................................................................................................................106.252,90€
Altide Dias Pires...........................................................................................................................40,00€
Carlos Manuel Chito Pereira.........................................................................................................50,00€
34
A POLÍCIA MILITAR NO ULTRAMAR
Por outro lado, quem decide hoje em
Portugal e nasceu com o 25 de abril,
de armas na mão e como Combatentes
na construção da Democracia no 25 de
Dizem-lhe que são nossas
As terras a defender
Pelas cidades ou roças
Capela do Forte do Bom Sucesso - 4.º Trimestre 2023.............................................................531,65€ comemora os seus 50 anos, mas não abril e ao longo das suas vidas, mere- Haveriam que morrer.
Fernando de Jesus....................................................................................................................100,00€ teve a vivência nem da ditadura, nem cem. Mais do que isso, perderam o direi-
Jaime M. Magueijo......................................................................................................................20,00€
Mário Ascenção Pereira..............................................................................................................50,00€
Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes......................................................................50,00€
40
IN MEMORIAM
do PREC, recebendo nas mãos a De-
mocracia. Importa, pois, essa juventude
to à vida e à liberdade durante um perío-
do significativo da sua juventude.
A muitos aconteceu
Outros vieram contar
Portugal empalideceu
ouvir o que os mais veteranos têm para Hoje, na Liga dos Combatentes, esfor-
Sócios do Núcleo de Queluz da Liga dos Combatentes.............................................................43,86€
Vice-almirante José Alberto Lopes Carvalheira Com juventude a lutar.
Saldo em 31-01-2024...............................................................................................................107.138,41€ contar e para sugerir. çam-se, muitos deles por, voluntariamen-
Hoje e agora, que se viveu um período te, se organizarem em apoio dos seus Serviram na ditadura
de eleições democráticas e os Comba- camaradas e famílias mais necessitadas. E servem na democracia
tentes, já idosos, esperavam algumas pa- É importante que o Estado cumpra a sua Política pura e dura
Diretor: Joaquim Chito Rodrigues Consultor: Hélder Freire Conselho Editorial: Direção Central Diretor Executivo: José Geraldo lavras concretas de esperança que lhes parte. E é agora ou nunca. A ditadura do Esquece sua postura.
Combatente Editor (Redação): Jorge Henrique Martins - revistacombatente@ligacombatentes.org Fotografia: Hugo Gonçalves melhorassem os direitos materiais adqui- tempo está a substituir o Estado elimi-
Edição n.º 407 - Trimestral - março 2024 Hoje já anos passados

5|Combatente março 2024


Publicidade: Elisabette Caboz - Tlm.: 965 599 991 / 968 452 700 ridos em 2002, revistos negativamente nando-os. Será a História a julgar? Pela política esquecidos
Secretariado: Anabela Rodrigues - anabelarodrigues@ligacombatentes.org Execução gráfica: Departamento de Informática LC em 2009 e esquecidos em 2020 com Estamos passando o testemunho às Sentem-se abandonados
Proprietário e Editor:
Liga dos Combatentes Impressão: Lisgráfica, S.A. - Rua Consiglieri Pedroso, 90 - Casal de Santa Leopoldina - 2730-053 Barcarena - Tel: 214 345 444 a publicação de um Estatuto chamado novas gerações que continuam a ser- E pouco reconhecidos.
Rua João Pereira da Rosa, 18 - 1249-032 Lisboa Expedição: Translista, Lda. - Rua Miguel Bombarda, 9 - Queluz de Baixo - 2745-124 Barcarena - Tel: 214 266 886 do Antigo Combatente, ao rebuscar os vir os interesses superiores do país em
Tel.: 213 468 246 - geral@ligacombatentes.org Tiragem: 50.000 exemplares Depósito Legal: 210799/04 - ISSN – 223 582 - Nº. ERC – 101 525
Foram e são militares
programas dos dois partidos do leque Portugal e em Forças Nacionais Desta- Às ordens de um poder
NIPC/NIF 500 816 905 Estatuto Editorial: www.ligacombatentes.org/revista-combatente/ governamental podemos ler num deles cadas. Combatentes que, já hoje, dirigem Não pedem nenhuns altares
Redação: Os artigos publicados com indicação de autor são da inteira responsabilidade dos mesmos. uma única frase, “Revisitar o Estatuto a maior parte dos Núcleos da Liga dos Pedem p´ra melhor viver. C
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c eamps
da Guerra do Ultramar», em homena-

Congresso Internacional gem aos Combatentes do concelho de


Resende, que já resultou na edição do
livro “Memórias de um Combatente”. O
“Promoção da História e do Apoio Social workshop foi completado com o filme
«12 Rostos – 12 Histórias de Vida» ba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias” seado na tese de mestrado “A condição
de idoso Antigo Combatente: relatos de
vida, vulnerabilidade e processos de

N a edição anterior do «Combatente»


apresentou-se um artigo introdutório
do Congresso Internacional organizado
Para o cumprimento dos restantes
objetivos foi elaborado um Programa
Social e um Programa Científico com
No dia seguinte, data da cerimó-
nia evocativa do Armistício da Gran-
de Guerra, presidida pela Ministra da
reconhecimento público”, da autoria da
Dr.ª Dulce Correia (Diretora Técnica da
Residência da LC em Estremoz).
Intervenções iniciais das Delegações da Guiné-Bissau, Timor-Leste e Brasil

pela Liga dos Combatentes (LC) e pelo múltiplas atividades a decorrerem nos Defesa Nacional, Helena Carreiras, os No dia 12 de novembro, organizada
seu Centro de Estudos de Apoio Médi- dias do Congresso. elementos das Delegações foram con- pelo Núcleo da Batalha da LC, decorreu
co, Psicológico e Social (CEAMPS), entre Em 10 de novembro, a Direção Cen- vidados a marcar presença na tribuna e a visita das Delegações ao Túmulo do
os dias 10 e 16 de novembro de 2023, tral da LC recebeu as Delegações no assistir ao cerimonial militar nacional de Soldado Desconhecido e ao Museu das
no âmbito das comemorações do Cen- Salão Nobre da Sede para o processo homenagem ao Combatente português Oferendas no Mosteiro da Batalha com
tenário da instituição. Neste novo artigo de acreditação e distribuição de ma- realizado em frente ao Monumento aos a realização de nova cerimónia evoca-
são descritas com mais detalhe todas as terial de apoio aos participantes. Esta Combatentes do Ultramar, em Lisboa. tiva do Armistício da Grande Guerra,
atividades desenvolvidas e referidas as receção foi aberta com a mensagem De tarde, no Forte do Bom Sucesso, seguindo-se um almoço oficial num res-
conclusões gerais do Congresso. de boas-vindas do Presidente da LC, decorreu o workshop «O Reconheci- taurante local. Na viagem de regresso a
O Congresso teve como objetivo ge- Tenente-general Joaquim Chito Rodri- mento dos Antigos Combatentes» mo- Lisboa, as Delegações tiveram oportu-
ral o estreitamento das relações histó- gues, apresentando a história e obra derado pela Dr.ª Ana Melo (Assistente nidade de visitar o Santuário de Fátima.
ricas e promoção de uma reflexão mul- da Centenária instituição. Prosseguiu Social do CAMPS 4 – Coimbra), con- O Programa Científico decorreu nos
tidimensional e interdisciplinar na área com um brífingue sobre o programa do tando com as intervenções das Profes- dias 13 e 14 de novembro, no Audi-
dos cuidados de saúde e apoio social Congresso pelo responsável pela logís- soras Fátima Silva e Fátima Soledade tório Marquês de Sá da Bandeira, na
aos Combatentes e suas famílias em tica, Coronel Paulo Belchior, terminando sobre o projeto que têm com o Núcleo Academia Militar – Amadora, cedido
Portugal, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, com a exibição de um filme sobre a LC. de Lamego da LC denominado «Heróis gratuitamente pelo Exército. A compo-
Moçambique e Timor-Leste. Os objeti- nente científica do Congresso foi or-
vos específicos consistiram na partilha ganizada em cinco painéis temáticos,
de conhecimentos científicos e expe- distribuídos pelos dois dias, com in- Intervenção do Dr. Reis Lima no Painel 1

riências de modelos e práticas sobre tervenções múltiplas de especialistas


o quadro concetual e de evolução dos nas áreas de psicologia, psiquiatria, Após as primeiras intervenções, teve No dia 14, decorreram mais quatro
cuidados de apoio médico, psicológico saúde e assistência social. lugar o Painel 1 – Apoio Médico, modera- painéis. No Painel 2 – Estudos e Investi-
e social, e na partilha de estratégias e No dia 13 teve lugar a sessão de do pelo Dr. Margalho Carrilho (CMG e gações – Saúde Mental e PSPT, moderado
modelos de organização dos cuidados abertura com uma mensagem gra- médico psiquiatra), com comunicações pela Professora Doutora Catarina Vaz
de saúde e apoio social, enquanto me- vada em vídeo da Ministra da Defesa do Dr. Reis Lima (Combatente e médi- Velho (investigadora da Universidade
canismo de minimização das desigual- Nacional e as intervenções da mesa co), Dr. João Hipólito (Combatente, de Évora), foi apresentada uma comu-
dades e de promoção de respostas composta pelo Presidente da LC, psiquiatra e psicoterapeuta) e Dr.ª Rita nicação pelo especialista internacional
para a população Combatente. Comandante da Academia Militar e Magalhães (Major médica no HFAR), na área do trauma, Tenente-coronel
Para o cumprimento do objetivo de Presidente da FMAC, a que se segui- realçando-se a ligação de Portugal Gregor Jazbec (professor de psicolo-
estreitamento das relações históricas, ram dois conjuntos de intervenções: aos PALOP e a memória das marcas gia militar na Eslovénia), sobre as ex-
a organização do Congresso convidou 1) Presidente da ADFA, Presidente da da guerra, o trauma psicológico de periências traumáticas vivenciadas pe-
diversas associações de Combatentes a Federação dos Antigos Combaten- guerra nos Combatentes e suas famílias, los Combatentes em consequência da
nível internacional. Visita das Delegações ao Mosteiro da Batalha tes e Veteranos da Pátria de Angola nomeadamente as relações empáticas exposição ao combate, seguindo-se a
e Secretário-geral da Associação dos e a disponibilidade de tempo para os intervenção do Major Psicólogo Carlos
Combatentes da Luta de Libertação profissionais de saúde escutarem os pa- Casquinha (Centro de Psicologia Apli-
Nacional (Moçambique); 2) Presiden- cientes, e a avaliação pericial e gestão da cada do Exército) sobre o modelo de
Delegações Internacionais
6|Combatente março 2024

7|Combatente março 2024


te da Associação de Ex-Combaten- saúde mental e assistencial aos Militares aprontamento e apoio psicológico apli-
Federação Mundial dos Antigos Combatentes (FMAC): Presidente Dr. El Mostafa El Ktiri e Chairman do Standing Committee on European Affairs General Andrej
Kockbek; Federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola: Presidente Tenente-general Ludgério Peliganga; Associação dos Ex-Combatentes tes das Forças Armadas Portuguesas das Forças Armadas utentes do HFAR. cado nas Forças Nacionais Destaca-
do Brasil: Cônsul Honorário Dr. João Pedro Teixeira e Conselheiro Dr. Humberto Oliveira; Associação de Ex-Combatentes das Forças Armadas Portuguesas (Guiné- (Guiné-Bissau), Presidente do Con- O primeiro dia do Programa Científico das e a intervenção da Primeiro-tenen-
Bissau): Presidente Amadu Djau; Associação de Militares das Forças Armadas Portuguesas (Guiné-Bissau): Augusto Baldé; Associação dos Combatentes da selho de Combatentes de Libertação terminou com um jantar na Messe da te Psicóloga Carolina Rodrigues (Chefe
Luta de Libertação Nacional (Moçambique): Secretário-geral Dr. Fernando Faustino e Deputada Helena Música; Conselho de Combatentes de Libertação Nacional
(Timor-Leste): Presidente Vidal de Jesus “Riak Leman” e outros elementos (Mário Nicolau dos Reis, Ilda da Conceição, Cecílio Fernandes, Elídio Gusmão, Umbelina Nacional (Timor-Leste) e do represen- Marinha, em Cascais, com a presença do Serviço de Psicologia e Aconse-
de Jesus Pires Amaral, Jacob Noronha Ximenes). tante da Associação dos Ex-Comba- das Delegações, membros da LC e ou- lhamento da Unidade de Tratamento
tentes do Brasil. tras entidades convidadas. Intensivo de Toxicodependências e

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c eamps
da Guerra do Ultramar», em homena-

Congresso Internacional gem aos Combatentes do concelho de


Resende, que já resultou na edição do
livro “Memórias de um Combatente”. O
“Promoção da História e do Apoio Social workshop foi completado com o filme
«12 Rostos – 12 Histórias de Vida» ba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias” seado na tese de mestrado “A condição
de idoso Antigo Combatente: relatos de
vida, vulnerabilidade e processos de

N a edição anterior do «Combatente»


apresentou-se um artigo introdutório
do Congresso Internacional organizado
Para o cumprimento dos restantes
objetivos foi elaborado um Programa
Social e um Programa Científico com
No dia seguinte, data da cerimó-
nia evocativa do Armistício da Gran-
de Guerra, presidida pela Ministra da
reconhecimento público”, da autoria da
Dr.ª Dulce Correia (Diretora Técnica da
Residência da LC em Estremoz).
Intervenções iniciais das Delegações da Guiné-Bissau, Timor-Leste e Brasil

pela Liga dos Combatentes (LC) e pelo múltiplas atividades a decorrerem nos Defesa Nacional, Helena Carreiras, os No dia 12 de novembro, organizada
seu Centro de Estudos de Apoio Médi- dias do Congresso. elementos das Delegações foram con- pelo Núcleo da Batalha da LC, decorreu
co, Psicológico e Social (CEAMPS), entre Em 10 de novembro, a Direção Cen- vidados a marcar presença na tribuna e a visita das Delegações ao Túmulo do
os dias 10 e 16 de novembro de 2023, tral da LC recebeu as Delegações no assistir ao cerimonial militar nacional de Soldado Desconhecido e ao Museu das
no âmbito das comemorações do Cen- Salão Nobre da Sede para o processo homenagem ao Combatente português Oferendas no Mosteiro da Batalha com
tenário da instituição. Neste novo artigo de acreditação e distribuição de ma- realizado em frente ao Monumento aos a realização de nova cerimónia evoca-
são descritas com mais detalhe todas as terial de apoio aos participantes. Esta Combatentes do Ultramar, em Lisboa. tiva do Armistício da Grande Guerra,
atividades desenvolvidas e referidas as receção foi aberta com a mensagem De tarde, no Forte do Bom Sucesso, seguindo-se um almoço oficial num res-
conclusões gerais do Congresso. de boas-vindas do Presidente da LC, decorreu o workshop «O Reconheci- taurante local. Na viagem de regresso a
O Congresso teve como objetivo ge- Tenente-general Joaquim Chito Rodri- mento dos Antigos Combatentes» mo- Lisboa, as Delegações tiveram oportu-
ral o estreitamento das relações histó- gues, apresentando a história e obra derado pela Dr.ª Ana Melo (Assistente nidade de visitar o Santuário de Fátima.
ricas e promoção de uma reflexão mul- da Centenária instituição. Prosseguiu Social do CAMPS 4 – Coimbra), con- O Programa Científico decorreu nos
tidimensional e interdisciplinar na área com um brífingue sobre o programa do tando com as intervenções das Profes- dias 13 e 14 de novembro, no Audi-
dos cuidados de saúde e apoio social Congresso pelo responsável pela logís- soras Fátima Silva e Fátima Soledade tório Marquês de Sá da Bandeira, na
aos Combatentes e suas famílias em tica, Coronel Paulo Belchior, terminando sobre o projeto que têm com o Núcleo Academia Militar – Amadora, cedido
Portugal, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, com a exibição de um filme sobre a LC. de Lamego da LC denominado «Heróis gratuitamente pelo Exército. A compo-
Moçambique e Timor-Leste. Os objeti- nente científica do Congresso foi or-
vos específicos consistiram na partilha ganizada em cinco painéis temáticos,
de conhecimentos científicos e expe- distribuídos pelos dois dias, com in- Intervenção do Dr. Reis Lima no Painel 1

riências de modelos e práticas sobre tervenções múltiplas de especialistas


o quadro concetual e de evolução dos nas áreas de psicologia, psiquiatria, Após as primeiras intervenções, teve No dia 14, decorreram mais quatro
cuidados de apoio médico, psicológico saúde e assistência social. lugar o Painel 1 – Apoio Médico, modera- painéis. No Painel 2 – Estudos e Investi-
e social, e na partilha de estratégias e No dia 13 teve lugar a sessão de do pelo Dr. Margalho Carrilho (CMG e gações – Saúde Mental e PSPT, moderado
modelos de organização dos cuidados abertura com uma mensagem gra- médico psiquiatra), com comunicações pela Professora Doutora Catarina Vaz
de saúde e apoio social, enquanto me- vada em vídeo da Ministra da Defesa do Dr. Reis Lima (Combatente e médi- Velho (investigadora da Universidade
canismo de minimização das desigual- Nacional e as intervenções da mesa co), Dr. João Hipólito (Combatente, de Évora), foi apresentada uma comu-
dades e de promoção de respostas composta pelo Presidente da LC, psiquiatra e psicoterapeuta) e Dr.ª Rita nicação pelo especialista internacional
para a população Combatente. Comandante da Academia Militar e Magalhães (Major médica no HFAR), na área do trauma, Tenente-coronel
Para o cumprimento do objetivo de Presidente da FMAC, a que se segui- realçando-se a ligação de Portugal Gregor Jazbec (professor de psicolo-
estreitamento das relações históricas, ram dois conjuntos de intervenções: aos PALOP e a memória das marcas gia militar na Eslovénia), sobre as ex-
a organização do Congresso convidou 1) Presidente da ADFA, Presidente da da guerra, o trauma psicológico de periências traumáticas vivenciadas pe-
diversas associações de Combatentes a Federação dos Antigos Combaten- guerra nos Combatentes e suas famílias, los Combatentes em consequência da
nível internacional. Visita das Delegações ao Mosteiro da Batalha tes e Veteranos da Pátria de Angola nomeadamente as relações empáticas exposição ao combate, seguindo-se a
e Secretário-geral da Associação dos e a disponibilidade de tempo para os intervenção do Major Psicólogo Carlos
Combatentes da Luta de Libertação profissionais de saúde escutarem os pa- Casquinha (Centro de Psicologia Apli-
Nacional (Moçambique); 2) Presiden- cientes, e a avaliação pericial e gestão da cada do Exército) sobre o modelo de
Delegações Internacionais
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te da Associação de Ex-Combaten- saúde mental e assistencial aos Militares aprontamento e apoio psicológico apli-
Federação Mundial dos Antigos Combatentes (FMAC): Presidente Dr. El Mostafa El Ktiri e Chairman do Standing Committee on European Affairs General Andrej
Kockbek; Federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola: Presidente Tenente-general Ludgério Peliganga; Associação dos Ex-Combatentes tes das Forças Armadas Portuguesas das Forças Armadas utentes do HFAR. cado nas Forças Nacionais Destaca-
do Brasil: Cônsul Honorário Dr. João Pedro Teixeira e Conselheiro Dr. Humberto Oliveira; Associação de Ex-Combatentes das Forças Armadas Portuguesas (Guiné- (Guiné-Bissau), Presidente do Con- O primeiro dia do Programa Científico das e a intervenção da Primeiro-tenen-
Bissau): Presidente Amadu Djau; Associação de Militares das Forças Armadas Portuguesas (Guiné-Bissau): Augusto Baldé; Associação dos Combatentes da selho de Combatentes de Libertação terminou com um jantar na Messe da te Psicóloga Carolina Rodrigues (Chefe
Luta de Libertação Nacional (Moçambique): Secretário-geral Dr. Fernando Faustino e Deputada Helena Música; Conselho de Combatentes de Libertação Nacional
(Timor-Leste): Presidente Vidal de Jesus “Riak Leman” e outros elementos (Mário Nicolau dos Reis, Ilda da Conceição, Cecílio Fernandes, Elídio Gusmão, Umbelina Nacional (Timor-Leste) e do represen- Marinha, em Cascais, com a presença do Serviço de Psicologia e Aconse-
de Jesus Pires Amaral, Jacob Noronha Ximenes). tante da Associação dos Ex-Comba- das Delegações, membros da LC e ou- lhamento da Unidade de Tratamento
tentes do Brasil. tras entidades convidadas. Intensivo de Toxicodependências e

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CONCLUSÕES

A análise à organização deste marcan-


te Congresso permitiu extrair um conjun-
to de conclusões que importa salientar.
O Congresso foi um teste superado
pela LC relativamente à sua capaci-
dade de organização de eventos de
natureza específica e dimensão inter-
nacional, contribuindo para um melhor
conhecimento interno e externo da Testemunhos de Combatentes e esposa com Preletores do Painel 3

própria instituição, refletido no reco-


nhecimento dos participantes.
Considera-se que o Congresso con-
tribuiu para dar mais um passo na
identificação das necessidades dos
Combatentes por via do estreitamento
Preletores do Painel 2 Intervenção do TCor Gregor Jazbec no Painel 2 das relações entre a LC, os CAMPS, o
meio académico e científico, a FMAC e
Alcoolismo do HFAR) sobre o modelo estudo de caso (Dr.ª Inês Maroco do as equipas técnicas dos CAMPS com as outras associações de Combatentes
de tratamento e reabilitação aplicados CAMPS 7 – Beira Interior), completado recurso a partilha de experiências reais nacionais e internacionais que se fize-
e os resultados alcançados. pela intervenção da Dr.ª Catarina Gon- comunicadas pelos Delegados Sociais ram representar. Destaca-se o interesse
Neste painel, juntou-se a comuni- çalves (CAMPS 4 – Coimbra) com a par- dos Núcleos de Vila Franca de Xira destas últimas em aprofundar a colabo-
cação do Capitão-tenente Psicólogo tilha da experiência da LC na modalidade (Sargento-mor Armindo Silva, Presi- ração com a LC ao nível da investiga-
Daniel Cruz (Gabinete CEMA – Riscos de intervenção em terapia de grupo (oito dente do Núcleo) e Caldas da Rainha ção, estudos e projetos no âmbito do
Psicossociais do Corpo de Fuzileiros) grupos de Combatentes e quatro grupos (Sargento-mor Fernando Jesus, Vice- apoio médico, psicológico e social.
sobre uma temática muito sensível por de mulheres de Combatentes) em acom- -presidente do Núcleo). O Programa Social executado con-
via de um modelo de gestão do stress panhamento nos CAMPS. Este painel No dia 15 retomou-se o Programa tribuiu para a promoção da história do
na prevenção do comportamento sui- terminou com os testemunhos diretos Social com a visita das Delegações Combatente português, dando a conhe- Visita das Delegações à Residêncial S. Nuno de St.ª Maria em Estremoz
cidário (duas estratégias de proteção de dois Combatentes e uma mulher de a Reguengos de Monsaraz e a Es- cer o cerimonial associado às comemo-
para militares, militarizados e civis da Combatente que são seguidos em tera- tremoz. O dia começou com receção rações do Dia do Armistício da Grande
Marinha Portuguesa) e a comunica- pia de grupo no CAMPS 1 – Lisboa. ofertada pela Presidente do Município Guerra e os lugares de memória exis-
ção da Professora Doutora Rute Brites O Painel 4 – O Apoio Social, moderado de Reguengos, seguindo-se a visita à tentes no Mosteiro da Batalha. As visitas
(Centro de Investigação em Psicologia pela Dr.ª Paula Domingos (represen- Cooperativa Agrícola com uma prova ao Núcleo e CAMPS 9/Clínica do Com-
da UAL) com a partilha dos resultados tante da Coordenação Nacional das de vinhos e a visita às instalações do batente em Reguengos de Monsaraz e
de um estudo sobre o trauma interge- Políticas de Saúde Mental), teve uma Núcleo local da LC e CAMPS 9/Clíni- à Residência S. Nuno de St.ª Maria em
racional e a dinâmica das famílias dos comunicação do Coronel Luís Nunes ca do Combatente. Da parte da tarde, Estremoz, contribuíram para o reconhe-
Combatentes, com particular foco no (IASFA) sobre as várias respostas so- decorreu a visita à Residência S. Nu- cimento e valorização dos serviços pro-
impacto da PSPT nas relações familia- ciais disponíveis para os beneficiários no de St.ª Maria em Estremoz, dan- videnciados pela LC aos Combatentes.
res (trauma secundário). da ADM, da Dr.ª Luísa Rêgo (Chefe do a conhecer a estrutura operante e O Programa Científico decorrido na
As intervenções do Painel 3 – Apoio do Serviço de Apoio Social do HFAR) outros detalhes elucidativos de toda Academia Militar permitiu a partilha de
Psicológico (individual e em grupo), mode- relativamente aos apoios disponíveis a atividade interna em prol dos uten- conhecimentos e experiências entre
radas pela Professora Doutora Odete para os utentes Deficientes das Forças tes. O dia terminou em Lisboa, com especialistas, a divulgação do trabalho
Nunes (Diretora do Centro de Investi- Armadas e da Dr.ª Daniela Cardoso um jantar de despedida na Messe da realizado em prol da população Comba-
gação em Psicologia da UAL), desta- (Assistente Social dos CAMPS) acerca Força Aérea em Monsanto, durante o tente pelas entidades participantes e, em
caram o apoio psicológico do HFAR, das atividades de apoio social de pro- qual foi imposta a condecoração da particular, pelas equipas do CEAMPS,
em especial o trabalho de equipas ximidade realizadas pelas equipas dos Medalha do Jubileu de Brilhante da CAMPS e Delegados Sociais da LC.
Troca de lembranças entre os Presidentes da FMAC e da LC
multidisciplinares e a articulação com diferentes CAMPS. Vitória atribuída pela Associação de A finalizar, dá-se nota dos resultados do
8|Combatente março 2024

9|Combatente março 2024


a família (Tenente-coronel Marianne Por último, moderado pelo Professor Ex-Combatentes do Brasil à LC, seu inquérito por satisfação aplicado no Con-
Cordeiro do HFAR), revelaram uma Doutor Alexandre Evaristo (Coordena- Presidente, Vice-presidente e Secre- gresso, com recurso à Escala de Likert Agradecimentos
abordagem experiencial do apoio psi- dor da Área Social do CEAMPS e Pre- tário-geral. de 5 pontos (1=muito insatisfeito… a
cológico individual por partilha do mo- sidente do Núcleo da Batalha), o Painel O último dia do Congresso (16 de 5=muito satisfeito). A avaliação dos parti- Ministério da Defesa Nacional, Estado-Maior-General das Forças Armadas, Marinha, Exército,
delo seguido pela LC/CAMPS de sina- 5 – As Respostas Sociais na LC evidenciou novembro) ficou reservado ao regres- cipantes (amostra de 50 sujeitos) revelou Força Aérea, Academia Militar, Federação Mundial dos Antigos Combatentes, Fundação Calouste
Gulbenkian, Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e Núcleo de Reguengos de Monsaraz
lização, triagem, avaliação e interven- o papel dos Delegados Sociais dos so das Delegações aos seus países um nível de satisfação geral de 4,66 pon- da Liga dos Combatentes.
ção/acompanhamento, a partir de um Núcleos, a formação e articulação com de origem. tos e de gratificação de 4,68 pontos. C

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CONCLUSÕES

A análise à organização deste marcan-


te Congresso permitiu extrair um conjun-
to de conclusões que importa salientar.
O Congresso foi um teste superado
pela LC relativamente à sua capaci-
dade de organização de eventos de
natureza específica e dimensão inter-
nacional, contribuindo para um melhor
conhecimento interno e externo da Testemunhos de Combatentes e esposa com Preletores do Painel 3

própria instituição, refletido no reco-


nhecimento dos participantes.
Considera-se que o Congresso con-
tribuiu para dar mais um passo na
identificação das necessidades dos
Combatentes por via do estreitamento
Preletores do Painel 2 Intervenção do TCor Gregor Jazbec no Painel 2 das relações entre a LC, os CAMPS, o
meio académico e científico, a FMAC e
Alcoolismo do HFAR) sobre o modelo estudo de caso (Dr.ª Inês Maroco do as equipas técnicas dos CAMPS com as outras associações de Combatentes
de tratamento e reabilitação aplicados CAMPS 7 – Beira Interior), completado recurso a partilha de experiências reais nacionais e internacionais que se fize-
e os resultados alcançados. pela intervenção da Dr.ª Catarina Gon- comunicadas pelos Delegados Sociais ram representar. Destaca-se o interesse
Neste painel, juntou-se a comuni- çalves (CAMPS 4 – Coimbra) com a par- dos Núcleos de Vila Franca de Xira destas últimas em aprofundar a colabo-
cação do Capitão-tenente Psicólogo tilha da experiência da LC na modalidade (Sargento-mor Armindo Silva, Presi- ração com a LC ao nível da investiga-
Daniel Cruz (Gabinete CEMA – Riscos de intervenção em terapia de grupo (oito dente do Núcleo) e Caldas da Rainha ção, estudos e projetos no âmbito do
Psicossociais do Corpo de Fuzileiros) grupos de Combatentes e quatro grupos (Sargento-mor Fernando Jesus, Vice- apoio médico, psicológico e social.
sobre uma temática muito sensível por de mulheres de Combatentes) em acom- -presidente do Núcleo). O Programa Social executado con-
via de um modelo de gestão do stress panhamento nos CAMPS. Este painel No dia 15 retomou-se o Programa tribuiu para a promoção da história do
na prevenção do comportamento sui- terminou com os testemunhos diretos Social com a visita das Delegações Combatente português, dando a conhe- Visita das Delegações à Residêncial S. Nuno de St.ª Maria em Estremoz
cidário (duas estratégias de proteção de dois Combatentes e uma mulher de a Reguengos de Monsaraz e a Es- cer o cerimonial associado às comemo-
para militares, militarizados e civis da Combatente que são seguidos em tera- tremoz. O dia começou com receção rações do Dia do Armistício da Grande
Marinha Portuguesa) e a comunica- pia de grupo no CAMPS 1 – Lisboa. ofertada pela Presidente do Município Guerra e os lugares de memória exis-
ção da Professora Doutora Rute Brites O Painel 4 – O Apoio Social, moderado de Reguengos, seguindo-se a visita à tentes no Mosteiro da Batalha. As visitas
(Centro de Investigação em Psicologia pela Dr.ª Paula Domingos (represen- Cooperativa Agrícola com uma prova ao Núcleo e CAMPS 9/Clínica do Com-
da UAL) com a partilha dos resultados tante da Coordenação Nacional das de vinhos e a visita às instalações do batente em Reguengos de Monsaraz e
de um estudo sobre o trauma interge- Políticas de Saúde Mental), teve uma Núcleo local da LC e CAMPS 9/Clíni- à Residência S. Nuno de St.ª Maria em
racional e a dinâmica das famílias dos comunicação do Coronel Luís Nunes ca do Combatente. Da parte da tarde, Estremoz, contribuíram para o reconhe-
Combatentes, com particular foco no (IASFA) sobre as várias respostas so- decorreu a visita à Residência S. Nu- cimento e valorização dos serviços pro-
impacto da PSPT nas relações familia- ciais disponíveis para os beneficiários no de St.ª Maria em Estremoz, dan- videnciados pela LC aos Combatentes.
res (trauma secundário). da ADM, da Dr.ª Luísa Rêgo (Chefe do a conhecer a estrutura operante e O Programa Científico decorrido na
As intervenções do Painel 3 – Apoio do Serviço de Apoio Social do HFAR) outros detalhes elucidativos de toda Academia Militar permitiu a partilha de
Psicológico (individual e em grupo), mode- relativamente aos apoios disponíveis a atividade interna em prol dos uten- conhecimentos e experiências entre
radas pela Professora Doutora Odete para os utentes Deficientes das Forças tes. O dia terminou em Lisboa, com especialistas, a divulgação do trabalho
Nunes (Diretora do Centro de Investi- Armadas e da Dr.ª Daniela Cardoso um jantar de despedida na Messe da realizado em prol da população Comba-
gação em Psicologia da UAL), desta- (Assistente Social dos CAMPS) acerca Força Aérea em Monsanto, durante o tente pelas entidades participantes e, em
caram o apoio psicológico do HFAR, das atividades de apoio social de pro- qual foi imposta a condecoração da particular, pelas equipas do CEAMPS,
em especial o trabalho de equipas ximidade realizadas pelas equipas dos Medalha do Jubileu de Brilhante da CAMPS e Delegados Sociais da LC.
Troca de lembranças entre os Presidentes da FMAC e da LC
multidisciplinares e a articulação com diferentes CAMPS. Vitória atribuída pela Associação de A finalizar, dá-se nota dos resultados do
8|Combatente março 2024

9|Combatente março 2024


a família (Tenente-coronel Marianne Por último, moderado pelo Professor Ex-Combatentes do Brasil à LC, seu inquérito por satisfação aplicado no Con-
Cordeiro do HFAR), revelaram uma Doutor Alexandre Evaristo (Coordena- Presidente, Vice-presidente e Secre- gresso, com recurso à Escala de Likert Agradecimentos
abordagem experiencial do apoio psi- dor da Área Social do CEAMPS e Pre- tário-geral. de 5 pontos (1=muito insatisfeito… a
cológico individual por partilha do mo- sidente do Núcleo da Batalha), o Painel O último dia do Congresso (16 de 5=muito satisfeito). A avaliação dos parti- Ministério da Defesa Nacional, Estado-Maior-General das Forças Armadas, Marinha, Exército,
delo seguido pela LC/CAMPS de sina- 5 – As Respostas Sociais na LC evidenciou novembro) ficou reservado ao regres- cipantes (amostra de 50 sujeitos) revelou Força Aérea, Academia Militar, Federação Mundial dos Antigos Combatentes, Fundação Calouste
Gulbenkian, Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e Núcleo de Reguengos de Monsaraz
lização, triagem, avaliação e interven- o papel dos Delegados Sociais dos so das Delegações aos seus países um nível de satisfação geral de 4,66 pon- da Liga dos Combatentes.
ção/acompanhamento, a partir de um Núcleos, a formação e articulação com de origem. tos e de gratificação de 4,68 pontos. C

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c eamps
CAMPS 3 - Porto
(região norte) com novas
funcionalidades

N o dia 20 de setembro de 2023 reali-


zaram-se duas reuniões no Núcleo
do Porto da Liga dos Combatentes
(NPLC), no âmbito do Apoio Médico,
Psicológico e Social (CAMPS 3 - Porto
e região norte), ambas presididas pelo
TGen Joaquim Chito Rodrigues, e nas
quais marcaram presença o SGLC, Cor
Lucas Hilário, o Diretor do CEAMPS,
Dr. António Correia, o Presidente do
NPLC, Cor Jocelino Rodrigues e o
Corpo Técnico do CAMPS3, nomeada-
mente o Diretor Clínico, Dr. Jorge Ma-
galhães, e as responsáveis pelas áreas
da psicologia e da Assistência Social,
respetivamente a Dra. Ana Teixeira e a
Dra. Beatriz Silva. No Núcleo do Porto com os Presidentes dos Núcleos da LC da Região Norte

Da parte da manhã foi apresentado o


corpo técnico, os procedimentos e horá- das atividades do CAMPS para que as Apresentaram-se as valências do
rio de funcionamento do CAMPS 3, que possa apoiar e facilitar. CAMPS 3, o corpo técnico e os res-
depois da sua certificação pela ERS no A manhã terminou com a assinatura petivos contatos para marcação de
ano transato, adquiriu agora novas va- de um protocolo, no âmbito da saúde, consulta, de Clina Geral e Familiar e
lências no âmbito da psicologia, consulta entre a LC e a Clínica Médica e Diag- Cardiologia a cargo do Dr. Jorge Ma-
de medicina geral e familiar, consulta de nóstico Corpo Santo, representadas galhães, Psicologia a cargo da Dra.
cardiologia e apoio social. Em simultâneo pelo presidente da Liga dos Combaten- Ana Teixeira e Apoio Social a cargo da
com a apresentação do presidente do tes e pelo Diretor da Clínica, Dr. Jorge Dra. Beatriz Silva. A marcação de con-
Núcleo decorreram intervenções quer do Magalhães. Este protocolo garante con- sulta será efetuada, numa fase inicial,
Corpo Técnico do CAMPS, quer do Dire- sultas gratuitas aos associados da LC de acordo com o seguinte: Consultas
tor do CEAMPS, do SG e do presidente e respetivos maridos ou mulheres, na de Medicina Geral e de Cardiologia: Dr.ª Ana
da LC, complementando a informação clínica em apreço, nas especialidades ou Dr.ª Beatriz - 932 220 061; Consulta de
com exemplos do que acontece nos ou- de Clínica Geral e Familiar e cardiologia, Psicologia: Dr.ª Ana Teixeira - 932 220 061;
tros CAMPS da estrutura de Apoio Médi- podendo, no futuro estender-se a outras Apoio Social: Dr.ª Beatriz Silva - 932 309 179
co, Psicológico e Social da LC. especialidades, bem como o apoio ao De seguida foi dada a palavra aos
O presidente da LC defendeu, na sua desenvolvimento, no CAMPS 3, da ca- Núcleos que quisessem intervir, finali-
intervenção e em sintonia com o que pacidade de apoio de proximidade aos zando com o Núcleo de Chaves, cujo
está definido, que o CAMPS é um ór- associados e funcionários da LC. Da presidente, TCor António Benjamim
gão do Núcleo, que depende hierar- parte da tarde decorreu nova reunião Mascarenhas, efetuou uma apresen-
quicamente do mesmo e pelo qual é com o mesmo objetivo e com os mes- tação sobre a situação e atividade do
apoiado administrativamente e logisti- mos intervenientes, a qual se juntaram CAMPS 5 – Chaves. Referindo que,
camente, dependendo tecnicamente os presidentes e ou representantes para além das especialidades ministra-
do CEAMPS, devendo, contudo, exis- da maior parte dos Núcleos apoiados das no CAMPS 3, o CAMPS 5 garante
10|Combatente março 2024

tir, entre o Núcleo e o CAMPS respe- pelo CAMPS 3, nomeadamente dos ainda o apoio com consultas no âmbito
tivo uma relação estreita geradora de Núcleos de Braga, Espinho, Lamego, da medicina alternativa, nomeadamente
sinergias e dinâmicas que consubstan- Lixa, Maia, Marco de Canaveses, Ma- de acupuntura e osteopatia, bem como
ciem elevados padrões nos cuidados tosinhos, Monção, Penafiel, Ponte de as seguintes atividades de ocupação de
de saúde e bem-estar proporcionados Lima, Ribeirão, Valença e Vizela, mar- tempos livres: ginástica e pilates no Re-
aos associados e familiares. O Núcleo cando ainda presença um represen- gimento de Infantaria N.º 19 e natação e
deve ser informado, em permanência tante do Núcleo de Vila Real. hidroginástica na piscina municipal. C

sempre do seu lado Saiba mais em servilusa.pt, ou funeralvida.servilusa.pt

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CAMPS 3 - Porto
(região norte) com novas
funcionalidades

N o dia 20 de setembro de 2023 reali-


zaram-se duas reuniões no Núcleo
do Porto da Liga dos Combatentes
(NPLC), no âmbito do Apoio Médico,
Psicológico e Social (CAMPS 3 - Porto
e região norte), ambas presididas pelo
TGen Joaquim Chito Rodrigues, e nas
quais marcaram presença o SGLC, Cor
Lucas Hilário, o Diretor do CEAMPS,
Dr. António Correia, o Presidente do
NPLC, Cor Jocelino Rodrigues e o
Corpo Técnico do CAMPS3, nomeada-
mente o Diretor Clínico, Dr. Jorge Ma-
galhães, e as responsáveis pelas áreas
da psicologia e da Assistência Social,
respetivamente a Dra. Ana Teixeira e a
Dra. Beatriz Silva. No Núcleo do Porto com os Presidentes dos Núcleos da LC da Região Norte

Da parte da manhã foi apresentado o


corpo técnico, os procedimentos e horá- das atividades do CAMPS para que as Apresentaram-se as valências do
rio de funcionamento do CAMPS 3, que possa apoiar e facilitar. CAMPS 3, o corpo técnico e os res-
depois da sua certificação pela ERS no A manhã terminou com a assinatura petivos contatos para marcação de
ano transato, adquiriu agora novas va- de um protocolo, no âmbito da saúde, consulta, de Clina Geral e Familiar e
lências no âmbito da psicologia, consulta entre a LC e a Clínica Médica e Diag- Cardiologia a cargo do Dr. Jorge Ma-
de medicina geral e familiar, consulta de nóstico Corpo Santo, representadas galhães, Psicologia a cargo da Dra.
cardiologia e apoio social. Em simultâneo pelo presidente da Liga dos Combaten- Ana Teixeira e Apoio Social a cargo da
com a apresentação do presidente do tes e pelo Diretor da Clínica, Dr. Jorge Dra. Beatriz Silva. A marcação de con-
Núcleo decorreram intervenções quer do Magalhães. Este protocolo garante con- sulta será efetuada, numa fase inicial,
Corpo Técnico do CAMPS, quer do Dire- sultas gratuitas aos associados da LC de acordo com o seguinte: Consultas
tor do CEAMPS, do SG e do presidente e respetivos maridos ou mulheres, na de Medicina Geral e de Cardiologia: Dr.ª Ana
da LC, complementando a informação clínica em apreço, nas especialidades ou Dr.ª Beatriz - 932 220 061; Consulta de
com exemplos do que acontece nos ou- de Clínica Geral e Familiar e cardiologia, Psicologia: Dr.ª Ana Teixeira - 932 220 061;
tros CAMPS da estrutura de Apoio Médi- podendo, no futuro estender-se a outras Apoio Social: Dr.ª Beatriz Silva - 932 309 179
co, Psicológico e Social da LC. especialidades, bem como o apoio ao De seguida foi dada a palavra aos
O presidente da LC defendeu, na sua desenvolvimento, no CAMPS 3, da ca- Núcleos que quisessem intervir, finali-
intervenção e em sintonia com o que pacidade de apoio de proximidade aos zando com o Núcleo de Chaves, cujo
está definido, que o CAMPS é um ór- associados e funcionários da LC. Da presidente, TCor António Benjamim
gão do Núcleo, que depende hierar- parte da tarde decorreu nova reunião Mascarenhas, efetuou uma apresen-
quicamente do mesmo e pelo qual é com o mesmo objetivo e com os mes- tação sobre a situação e atividade do
apoiado administrativamente e logisti- mos intervenientes, a qual se juntaram CAMPS 5 – Chaves. Referindo que,
camente, dependendo tecnicamente os presidentes e ou representantes para além das especialidades ministra-
do CEAMPS, devendo, contudo, exis- da maior parte dos Núcleos apoiados das no CAMPS 3, o CAMPS 5 garante
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tir, entre o Núcleo e o CAMPS respe- pelo CAMPS 3, nomeadamente dos ainda o apoio com consultas no âmbito
tivo uma relação estreita geradora de Núcleos de Braga, Espinho, Lamego, da medicina alternativa, nomeadamente
sinergias e dinâmicas que consubstan- Lixa, Maia, Marco de Canaveses, Ma- de acupuntura e osteopatia, bem como
ciem elevados padrões nos cuidados tosinhos, Monção, Penafiel, Ponte de as seguintes atividades de ocupação de
de saúde e bem-estar proporcionados Lima, Ribeirão, Valença e Vizela, mar- tempos livres: ginástica e pilates no Re-
aos associados e familiares. O Núcleo cando ainda presença um represen- gimento de Infantaria N.º 19 e natação e
deve ser informado, em permanência tante do Núcleo de Vila Real. hidroginástica na piscina municipal. C

sempre do seu lado Saiba mais em servilusa.pt, ou funeralvida.servilusa.pt

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centenário
centenário

EVOCAÇÃO DO CENTENÁRIO DA LIGA DOS COMBATENTES

Eduardo Varandas, Arqt.


Vogal da Direção Central da LC

A Direção Central da Liga do Com-


batentes decidiu assinalar, em 29
de janeiro de 2024, o centenário da
sua fundação oficial, cuja origem re-
monta a 29 de janeiro de 1924, con-
forme refere a Portaria n.º 3888, tendo
para o efeito descerrado uma lápide
alusiva à efeméride na Rua de São
Paulo, n.º 260, em Lisboa, local onde
esteve instalada a primeira sede da
então designada Liga dos Combaten-
tes da Grande Guerra.
O presidente da Liga dos Com-
batentes, Tenente-general Joaquim
Chito Rodrigues, acompanhado pe-
los membros da Direção Central,
designadamente, o Secretário-geral, Rua de S. Paulo, 260, Lisboa
Coronel Lucas Hilário e pelos Vogais
Tenente-coronel Pires Martins, Coro- frontar-se, à época, com a dificuldade coincidente com os cem anos das pri-
nel Peres de Almeida e Arqt.º Eduardo em adquirir instalações apropriadas meiras reuniões preparatórias para a
Varandas, numa breve intervenção, para o seu funcionamento, ter toma- criação da Liga dos Combatentes da
fez a resenha histórica da centenária do a iniciativa, num gesto altruísta e Grande Guerra, atual Liga dos Com-
instituição. de amor à causa combatente, de par- batentes, e se prolongaram ao longo
12|Combatente março 2024

13|Combatente março 2024


O facto de aquele local ter sido es- tilhar as instalações do seu escritório deste período de tempo, de acordo
colhido para ali funcionar a primeira particular, ali sediado, para instalar a com a programação previamente de-
sede, deveu-se à circunstância de sede provisória da novel instituição. lineada para assinalar o centenário de
um dos principais impulsionadores, Esta cerimónia simples, mas repleta uma instituição que tem desenvolvido
que esteve na génese da sua criação, de significado, foi o culminar de vários a sua atividade ao serviço do País e
João Jayme de Faria Affonso, ao con- eventos que se iniciaram em 2021, ano dos Combatentes. C
Placas evocativas dos 50 e 100 anos da Liga dos Combatentes.

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centenário
centenário

EVOCAÇÃO DO CENTENÁRIO DA LIGA DOS COMBATENTES

Eduardo Varandas, Arqt.


Vogal da Direção Central da LC

A Direção Central da Liga do Com-


batentes decidiu assinalar, em 29
de janeiro de 2024, o centenário da
sua fundação oficial, cuja origem re-
monta a 29 de janeiro de 1924, con-
forme refere a Portaria n.º 3888, tendo
para o efeito descerrado uma lápide
alusiva à efeméride na Rua de São
Paulo, n.º 260, em Lisboa, local onde
esteve instalada a primeira sede da
então designada Liga dos Combaten-
tes da Grande Guerra.
O presidente da Liga dos Com-
batentes, Tenente-general Joaquim
Chito Rodrigues, acompanhado pe-
los membros da Direção Central,
designadamente, o Secretário-geral, Rua de S. Paulo, 260, Lisboa
Coronel Lucas Hilário e pelos Vogais
Tenente-coronel Pires Martins, Coro- frontar-se, à época, com a dificuldade coincidente com os cem anos das pri-
nel Peres de Almeida e Arqt.º Eduardo em adquirir instalações apropriadas meiras reuniões preparatórias para a
Varandas, numa breve intervenção, para o seu funcionamento, ter toma- criação da Liga dos Combatentes da
fez a resenha histórica da centenária do a iniciativa, num gesto altruísta e Grande Guerra, atual Liga dos Com-
instituição. de amor à causa combatente, de par- batentes, e se prolongaram ao longo
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O facto de aquele local ter sido es- tilhar as instalações do seu escritório deste período de tempo, de acordo
colhido para ali funcionar a primeira particular, ali sediado, para instalar a com a programação previamente de-
sede, deveu-se à circunstância de sede provisória da novel instituição. lineada para assinalar o centenário de
um dos principais impulsionadores, Esta cerimónia simples, mas repleta uma instituição que tem desenvolvido
que esteve na génese da sua criação, de significado, foi o culminar de vários a sua atividade ao serviço do País e
João Jayme de Faria Affonso, ao con- eventos que se iniciaram em 2021, ano dos Combatentes. C
Placas evocativas dos 50 e 100 anos da Liga dos Combatentes.

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ee feméride
1976, com sucessivas reeleições até 20 de julho de

50 ANOS - 25 DE ABRIL DE 1974


1986, data em que acaba por falecer.
A sua valorosa carreira é reconhecida nos inú-
meros louvores, distinções e condecorações atri-
buídas, nomeadamente: Grande-Oficial da Ordem

O General Almeida Viana Militar de Avis, uma Medalha de Serviços Dis-


tintos (grau ouro, com palma) e duas Medalhas de

e a democratização da Serviços Distintos (grau prata).

Liga dos Combatentes A DEMOCRATIZAÇÃO DA LC

O processo de democratização da LC era impe-


rativo, considerando as limitações impostas pelo

D esencadeada pelo Movimento das Forças Arma-


das, a Revolução do 25 de abril de 1974 coloca um
término aos mais de 40 anos de vigência do regime
regime do Estado Novo desde 18 de maio de 1934,
nomeadamente no respeitante à suspensão das
eleições democráticas internas e nomeação dos
do Estado Novo e marca o início de um processo de órgãos sociais a nível central e local.
transição para um regime democrático em Portu- Este caminho democrático tem o seu início com
gal. Em ano de comemoração do 50.o aniversário da a exoneração pela Junta de Salvação Nacional do
Revolução do 25 de abril de 1974 é importante dar a último Presidente da LC nomeado pelo Estado No-
conhecer os impactos deste histórico acontecimen- vo - o General Arnaldo Schulz (1910-1993), semanas
to nacional na Liga dos Combatentes (LC). após a Revolução do 25 de abril de 1974.
Durante a vigência do regime do Estado Novo, Com a publicação do despacho assinado pelo Mi- Retrato do General Almeida Viana
Carvão sobre papel, Chaves Costa (1986)
a LC esteve condicionada na sua administração nistro da Defesa Nacional, General Mário Firmino
e ação, conforme determinado pela Portaria n. o Miguel (1932-1991), em 5 de junho de 1974, é nomeado
1826, de 18 de maio de 1934, na qual é aplicado um como Presidente provisório da LC o General Almei- Assim, em 30 de julho de 1976, a Assembleia-geral
controlo direto do Estado sobre a instituição, da Viana, com a incumbência de elaborar e submeter da LC elege democraticamente e por aclamação o
suspendendo as práticas democráticas e eletivas a aprovação ministerial uma Comissão Administra- General Almeida Viana, num claro apoio ao tra-
internas e a substituição das Direções por no- tiva Provisória, considerando quatro aspetos: balho desenvolvido nos dois anos anteriores de
meações governamentais diretas. 1) A vivificação do verdadeiro espírito da Liga; transição.
Com o 25 de abril de 1974, tal como no restante 2) Especial atenção para o problema dos Combatentes As presidências de Almeida Viana ficam clara-
país, a LC inicia um processo de democratização deficientes; mente marcadas pelo processo de democratização
dos seus órgãos e da sua ação. Para liderar este 3) A ativação da Secção Auxiliar Feminina; implementado em todos os órgãos da instituição,
importantíssimo processo, em 5 de junho de 1974, 4) A eventual proposta de alteração dos Estatutos. destacando-se, igualmente, a aprovação dos novos
o Ministro da Defesa Nacional do I Governo Pro- Em 28 de julho seguinte, é homologada por novo Estatutos, publicados pela Portaria 745/75, de 16
visório de Portugal nomeia o General da Força despacho a constituição da Comissão Administra- de dezembro, nos quais é estabelecido o pleno reco-
Aérea João Anacoreta de Almeida Viana como Pre- tiva Provisória da LC, proposta e presidida por nhecimento do direito de admissão a Sócio da LC de
sidente provisório da instituição. Almeida Viana, tomando posse efetiva no dia 5 todos os Combatentes que participaram na Guerra
de setembro. do Ultramar.
Capa do «COMBATENTE», n. o 43 (maio de 1974) Em dezembro de 1974, cumprindo a sua missão, o Além da transição democrática implementada, os
GENERAL ALMEIDA VIANA (1911-1986) Presidente Almeida Viana submete uma proposta de mandatos do General Almeida Viana na presidên-
calendarização da transição democrática interna cia da LC também ficam marcados pela extinção de
Ao longo dos 100 anos de atividade, a LC teve 18 náutica, na qual concluiu o curso de Aeronáutica da LC, enquadrando a futura alteração dos Esta- duas instituições beneméritas de apoio aos Comba-
Presidentes. Por curiosidade, até à atualidade, o para Oficiais no ano de 1938. tutos da instituição: tentes e às suas famílias e respetiva integração
General Piloto-Aviador João Anacoreta de Almei- Promovido a General em 1964, serve na Guerra do - Até março de 1975: Eleições democráticas para os cor- na estrutura da LC: o Movimento Nacional Femini-
da Viana foi o único Presidente da instituição Ultramar em Angola (1965-1970) como Comandante pos diretivos dos Núcleos (prolongar-se-iam até ju- no é extinto em 17 de junho de 1974 e, em sua subs-
proveniente da Força Aérea Portuguesa. da 2. a Região Aérea e, posteriormente, como Co- nho de 1975); tituição, é constituído o Serviço de Aerogramas
14|Combatente março 2024

15|Combatente março 2024


O General Almeida Viana nasceu em 14 de se- mandante-chefe das Forças Armadas no território - Abril de 1975: Assembleia-geral para discussão e de- e o Serviço de Apoio a Combatentes e Famílias
tembro de 1911, natural do concelho de Sintra e angolano. Após as comissões na Guerra, regres- cisão referente ao projeto dos novos Estatutos da (SACOMFA) da LC até ao término efetivo da Guerra
filho do Combatente da Grande Guerra e Coro- sa ao Estado-Maior da Força Aérea, assumindo as instituição (adiada para 30 de junho de 1975, respei- do Ultramar em novembro de 1975; e, a União dos In-
nel do Exército Cesário Augusto de Almeida Viana funções de Vice-chefe no ano de 1971. tando o atraso na realização das eleições dos corpos válidos de Guerra, criada no pós-Grande Guerra, é
(1878-1963), estudou no Colégio Militar e na Esco- Sócio Combatente da LC n.o 58.430, é nomeado Pre- diretivos dos Núcleos); extinta e integrada na LC em 30 de julho de 1976.
la Militar, onde concluiu o curso de Engenharia sidente (provisório) da LC em 5 de junho de 1974 e, - Após abril de 1975: Assembleia-geral eletiva para a
João Horta
em 1937, seguindo para a Escola Militar de Aero- mais tarde, é democraticamente eleito em julho de Presidência da LC (decorre em julho de 1976). Jorge Henrique Martins C

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ee feméride
1976, com sucessivas reeleições até 20 de julho de

50 ANOS - 25 DE ABRIL DE 1974


1986, data em que acaba por falecer.
A sua valorosa carreira é reconhecida nos inú-
meros louvores, distinções e condecorações atri-
buídas, nomeadamente: Grande-Oficial da Ordem

O General Almeida Viana Militar de Avis, uma Medalha de Serviços Dis-


tintos (grau ouro, com palma) e duas Medalhas de

e a democratização da Serviços Distintos (grau prata).

Liga dos Combatentes A DEMOCRATIZAÇÃO DA LC

O processo de democratização da LC era impe-


rativo, considerando as limitações impostas pelo

D esencadeada pelo Movimento das Forças Arma-


das, a Revolução do 25 de abril de 1974 coloca um
término aos mais de 40 anos de vigência do regime
regime do Estado Novo desde 18 de maio de 1934,
nomeadamente no respeitante à suspensão das
eleições democráticas internas e nomeação dos
do Estado Novo e marca o início de um processo de órgãos sociais a nível central e local.
transição para um regime democrático em Portu- Este caminho democrático tem o seu início com
gal. Em ano de comemoração do 50.o aniversário da a exoneração pela Junta de Salvação Nacional do
Revolução do 25 de abril de 1974 é importante dar a último Presidente da LC nomeado pelo Estado No-
conhecer os impactos deste histórico acontecimen- vo - o General Arnaldo Schulz (1910-1993), semanas
to nacional na Liga dos Combatentes (LC). após a Revolução do 25 de abril de 1974.
Durante a vigência do regime do Estado Novo, Com a publicação do despacho assinado pelo Mi- Retrato do General Almeida Viana
Carvão sobre papel, Chaves Costa (1986)
a LC esteve condicionada na sua administração nistro da Defesa Nacional, General Mário Firmino
e ação, conforme determinado pela Portaria n. o Miguel (1932-1991), em 5 de junho de 1974, é nomeado
1826, de 18 de maio de 1934, na qual é aplicado um como Presidente provisório da LC o General Almei- Assim, em 30 de julho de 1976, a Assembleia-geral
controlo direto do Estado sobre a instituição, da Viana, com a incumbência de elaborar e submeter da LC elege democraticamente e por aclamação o
suspendendo as práticas democráticas e eletivas a aprovação ministerial uma Comissão Administra- General Almeida Viana, num claro apoio ao tra-
internas e a substituição das Direções por no- tiva Provisória, considerando quatro aspetos: balho desenvolvido nos dois anos anteriores de
meações governamentais diretas. 1) A vivificação do verdadeiro espírito da Liga; transição.
Com o 25 de abril de 1974, tal como no restante 2) Especial atenção para o problema dos Combatentes As presidências de Almeida Viana ficam clara-
país, a LC inicia um processo de democratização deficientes; mente marcadas pelo processo de democratização
dos seus órgãos e da sua ação. Para liderar este 3) A ativação da Secção Auxiliar Feminina; implementado em todos os órgãos da instituição,
importantíssimo processo, em 5 de junho de 1974, 4) A eventual proposta de alteração dos Estatutos. destacando-se, igualmente, a aprovação dos novos
o Ministro da Defesa Nacional do I Governo Pro- Em 28 de julho seguinte, é homologada por novo Estatutos, publicados pela Portaria 745/75, de 16
visório de Portugal nomeia o General da Força despacho a constituição da Comissão Administra- de dezembro, nos quais é estabelecido o pleno reco-
Aérea João Anacoreta de Almeida Viana como Pre- tiva Provisória da LC, proposta e presidida por nhecimento do direito de admissão a Sócio da LC de
sidente provisório da instituição. Almeida Viana, tomando posse efetiva no dia 5 todos os Combatentes que participaram na Guerra
de setembro. do Ultramar.
Capa do «COMBATENTE», n. o 43 (maio de 1974) Em dezembro de 1974, cumprindo a sua missão, o Além da transição democrática implementada, os
GENERAL ALMEIDA VIANA (1911-1986) Presidente Almeida Viana submete uma proposta de mandatos do General Almeida Viana na presidên-
calendarização da transição democrática interna cia da LC também ficam marcados pela extinção de
Ao longo dos 100 anos de atividade, a LC teve 18 náutica, na qual concluiu o curso de Aeronáutica da LC, enquadrando a futura alteração dos Esta- duas instituições beneméritas de apoio aos Comba-
Presidentes. Por curiosidade, até à atualidade, o para Oficiais no ano de 1938. tutos da instituição: tentes e às suas famílias e respetiva integração
General Piloto-Aviador João Anacoreta de Almei- Promovido a General em 1964, serve na Guerra do - Até março de 1975: Eleições democráticas para os cor- na estrutura da LC: o Movimento Nacional Femini-
da Viana foi o único Presidente da instituição Ultramar em Angola (1965-1970) como Comandante pos diretivos dos Núcleos (prolongar-se-iam até ju- no é extinto em 17 de junho de 1974 e, em sua subs-
proveniente da Força Aérea Portuguesa. da 2. a Região Aérea e, posteriormente, como Co- nho de 1975); tituição, é constituído o Serviço de Aerogramas
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O General Almeida Viana nasceu em 14 de se- mandante-chefe das Forças Armadas no território - Abril de 1975: Assembleia-geral para discussão e de- e o Serviço de Apoio a Combatentes e Famílias
tembro de 1911, natural do concelho de Sintra e angolano. Após as comissões na Guerra, regres- cisão referente ao projeto dos novos Estatutos da (SACOMFA) da LC até ao término efetivo da Guerra
filho do Combatente da Grande Guerra e Coro- sa ao Estado-Maior da Força Aérea, assumindo as instituição (adiada para 30 de junho de 1975, respei- do Ultramar em novembro de 1975; e, a União dos In-
nel do Exército Cesário Augusto de Almeida Viana funções de Vice-chefe no ano de 1971. tando o atraso na realização das eleições dos corpos válidos de Guerra, criada no pós-Grande Guerra, é
(1878-1963), estudou no Colégio Militar e na Esco- Sócio Combatente da LC n.o 58.430, é nomeado Pre- diretivos dos Núcleos); extinta e integrada na LC em 30 de julho de 1976.
la Militar, onde concluiu o curso de Engenharia sidente (provisório) da LC em 5 de junho de 1974 e, - Após abril de 1975: Assembleia-geral eletiva para a
João Horta
em 1937, seguindo para a Escola Militar de Aero- mais tarde, é democraticamente eleito em julho de Presidência da LC (decorre em julho de 1976). Jorge Henrique Martins C

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e feméride Elevadores de Escadas

Gilberto Barata
Um herói reconhecido
no Brasil e em Portugal

N o dia 11 de dezembro de 1960, o ca-


bo Gilberto Barata, da Força Aérea
Portuguesa (FAP), então com 21 anos,
DESCONTO EXCLUSIVO

200€
protagonizou o salvamento de homens À esquerda na foto: Gilberto Barata, membro da Liga dos Combatentes.
e carga no aeroporto militar da Portela SÓCIOS COMBATENTE
(Lisboa) que fez história e o tornou o Pri- rente ao solo, o que facilitou o acesso Mérito da Defesa, Grau Cavaleiro (Minis- *
meiro-sargento português com o grau de dos intrépidos militares nas ações de tério da Defesa); Ordem do Mérito Militar
Cavalheiro da Ordem do Mérito Aeronáu- salvamento, enquanto os bombeiros (Exército Brasileiro); Ordem do Mérito
tico da Força Aérea Brasileira. davam início ao combate ao incêndio. Aeronáutico (FAB); Medalha de Mérito
Da Itália vinham três aviões da Força Em 35 minutos, pessoas e urnas esta- Tamandaré (Marinha do Brasil); Medalha
Aéra Brasileira (FAB) que transportavam vam a salvo e o cabo Barata e seu com- do Pacificador (Exército Brasileiro); Me-
urnas com restos mortais de soldados panheiro, o também cabo Sérgio Vieira dalha do Mérito Santos Dumont (Força
brasileiros, com previsão de escala téc- Gomes, ilesos. Aérea Brasileira); Medalha Bartolomeu | Especialista
| Espsecia|
Soõe
Soluç So
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eleva
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em emlista
dores
aliselev

de Gusmão (FAB); Medalha Amigo da


taspara

nica em Portugal. As ossadas seguiam Autoridades portuguesas, que aguar- es


ado suapara
deçõEle res
em ele casa!
de
es va El
deev çã
sua casa
vadore
o são !
Eaç
para sua
le vaçãoa!
cas

do cemitério de Pistoia para o Brasil, davam a chegada das aeronaves para Marinha (Marinha do Brasil); Medalha
onde eram aguardadas para honroso prestarem homenagem e honras mili- Marechal Mascarenhas de Moraes (As-

LIGUE JÁ E SOLICITE O SEU CATÁLOGO GRÁTIS


cerimonial. tares aos combatentes caídos na Itália, sociação Nacional da FEB) e o Diploma Elevadores
Plataformas
de escadas
Elevador
Plataform
es de esca
deElev ado s das
escada
as de res
Elevadores Platafo de esc
esca

A primeira aeronave a aterrar, tocou o também auxiliaram no resgate e eva- de Jambock Honorário (FAB).
reside
Elevador das adas
esnciais
Elev
rmas de
resid
adoresenciaisescadas
residen
ciais

solo antes da cabeceira da pista 18 do cuação das vítimas e cargas. Experiência limite como essa vivencia-
Aeroporto de Portela, em Lisboa. O trem
de aterragem dianteiro e a asa direita par-
As urnas chamuscadas foram recons-
truídas pela FAP, a Base Aérea N.º 1,
da pelo cabo Barata, onde o amor ao
próximo e o desprendimento vão além
GARANTIA VITALÍCIA THYSSENKRUPP
tiram-se e o C-54 Skymaster 2401, come- no próprio aeródromo de Lisboa. Uma das obrigações rotineiras, resulta na for-

Dificuldade em subir ou
çou a incendiar-se. O fogo espalhou-se delas – a de um soldado desconhecido mação de vínculos e laços de camara-
rapidamente. A pronta, corajosa e eficaz – seguiu no dia seguinte para o Mosteiro dagem que transformam soldados em
ação do então cabo Barata, acompanha- dos Jerónimos, onde foram prestadas “irmãos de armas”.
do de um outro militar, agindo intuitiva-
mente, fizeram com que fossem os pri-
meiros a entrar na aeronave em chamas.
todas as honras militares por parte das
autoridades portuguesas.
Os militares que não conseguiram sair
O Brasil jamais esquecerá seu heroís-
mo revelado em dezembro de 1960.
A Força Aérea Brasileira também
descer as suas escadas? Visita de avaliação
Arrojadamente, iniciaram o salvamen- ilesos do acidente, tiveram que perma- guarda uma dívida eterna com a sua Se tem dificuldades em subir e descer as escadas, gratuita e sem
to de 12 membros da tripulação e um necer em Lisboa, no Hospital Militar da congénere portuguesa, que não mediu
“pracinha” (soldado brasileiro) que havia Estrela durante seis meses de tratamen- esforços no processo de restauração fale com a LEVITA um dos nossos especialistas irá compromisso
perdido as pernas na guerra, durante to. O ato de coragem e abnegação de das urnas danificadas e na cessão de
ataque ao Monte Cassino, em 1944. Gilberto Barata foi imediatamente reco- um avião para transportá-las até a Ilha avaliar as suas escadas, gratuitamente e sem
Apenas três passageiros, entre eles, nhecido no Brasil e em Portugal. do Sal, onde uma outra aeronave C-54
um general do Exército Brasileiro, con- Dois anos mais tarde, foi galardoado da FAB aguardava para o restante do compromisso!
seguiram abandonar, sem ferimentos, com pompa e circunstância no Brasil translado. Dessa forma, a cerimónia de AVALIAÇÕES GRÁTIS EM TODO O
a fuselagem pela porta. O navegador com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no recebimento das urnas e desfile até ao
conseguiu sair por uma escotilha su- Grau de Cavaleiro, e em Portugal com a Monumento aos Mortos, com a presen-
CONTINENTE
16|Combatente março 2024

17|Combatente março 2024


ILHAS DA
perior envidraçada – utilizada normal- Medalha de Valor Militar por “atos heroi- ça do Presidente da República, não so-
mente pelos navegadores. Somente a cos e abnegação e valentia extraordiná- freu qualquer atraso, contribuindo para OBTENHA UM ORÇAMENTO REAL

800 180 980


parte frontal do avião ardeu em cha- rios’, a mais alta medalhística castrense que os restos mortais dos nossos inol-
mas, ficando o compartimento de car-
ga – onde seguiam parte dos corpos
portuguesa.”. Posteriormente, voltaria a
ser agraciado no Brasil com a Ordem
vidáveis ex-combatentes pudessem
finalmente repousar em paz em sua MADEIRA
E AÇORES
– praticamente intacto. Com o baque Nacional do Cruzeiro do Sul, Grau Ca- terra natal.
da aeronave, a porta do aparelho ficou valeiro (governo brasileiro); Ordem do Ubiratan Dias José C
CHAMADA GRATUITA
Não acumulável com outras ofertas e promoções
Anúncio publicado por LEVITA, Lda - Estrada Consiglieri Pedroso, nº 71, Edifício D, 1º Frente, Queluz de Baixo, 2 730-055 Barcarena

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tico da Força Aérea Brasileira. davam início ao combate ao incêndio. Aeronáutico (FAB); Medalha de Mérito
Da Itália vinham três aviões da Força Em 35 minutos, pessoas e urnas esta- Tamandaré (Marinha do Brasil); Medalha
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ILHAS DA
perior envidraçada – utilizada normal- Medalha de Valor Militar por “atos heroi- ça do Presidente da República, não so-
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ae tual
feméride
amigo cônsul de Gent, "pelo alhea- Português), fundamentei a efeméride
mento de Portugal desta evocação" do Armistício na Bélgica, e presença
anual da participação no conflito do ilustre Limiano na Conferência de
mundial; mas, com a figura do Ge- Paz em janeiro de 1919 em Versalhes;
neral Norton de Matos, como "uma em fevereiro passado realizámos um
espécie de patrono para a homena- ensaio para o grande encontro de ho-
gem", então com a pasta de Ministro je, por proposta das principais enti-
da Guerra, e responsável pela consti- dades, hoje novamente também pre-
tuição do CEP (Corpo Expedicionário sentes, sublinhou.C

Bélgica recordou Combatentes


portugueses na I Guerra Mundial
Fundação do Núcleo de Gent
da Liga dos Combatentes
Na segunda parte da sessão solene,
Fonte: Diário LusoGalaico já no hotel Marriott, decorreu a entrega
de lembranças enviadas pelo município

E m 12 de novembro de 2023, na ci-


dade de Gent, Bélgica, realizou-se
no passado dia 12 de novembro de
fe adjunta da missão diplomática e
Ministra Conselheira da embaixada,
Joana Estrela; os cônsules hono-
fraria dos Vinhos de Portugal, Ordem
de São Vicente, Cecília Vidigal e sua
restante direção.
de Ponte de Lima. O programa seguiu
com a fundação do Núcleo da LC, o
qual fica presidido pelo Cônsul, Bruno
2023, a homenagem aos Combatentes rários de Portugal em Gent, Bruno De Portugal rumou uma representa- Joos de Berst, com elenco completado
portugueses na I Guerra Mundial, junto Joos de ter Beerst e em Lille, Bruno ção de Ponte de Lima: o Presidente por Filipa Pedro, Vítor Gomes, Domin-
da respetiva placa memorial. Apesar Cavaco; o chefe da missão de Por- do Núcleo da Liga dos Combatentes gos Ferreira e Amândio Maia. Depois,
do frio, muitos anónimos assistiram à tugal junto da NATO, General Paulo (LC), Manuel Pereira, em representa- as seis dezenas de participantes na
cerimónia, com desfile dos três ramos Mateus: o Comandante Provincial da ção do Presidente da LC, que leu a cerimónia, harmonizaram com natas e
das Forças Armadas (Marinha, Exérci- Flandres Oriental, Tenente-coronel mensagem do Presidente da Câmara, vinhos portugueses: brancos, nos ver-
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to e Força Aérea), da representação de Geert Loier; o Presidente do Con- Vasco Ferraz; o Tenente-coronel José des, o Viana, de Viana do Castelo e o
Portugal junto da NATO, familiares de selho Municipal da Cidade de Gent, Leitão e o historiador Tito Morais. Foi da Adega de Ponte de Lima; tintos, nos
antigos Combatentes no país, na Fran- Christophe Peeters; o Administrador com solenidade que na terceira maior maduros, o Cartuxa e o Águia Moura.
ça, Escócia e Inglaterra. da Agência Europeia de Investigação cidade do país e no canal Kranleei se Encerrou o historiador Tito Morais,
O alinhamento completou-se com Victor Alves Gomes; Amândio Maia, prestou mais uma vez homenagem que começou por relembrar a preo-
entidades civis: embaixador de Por- Presidente da Academia do Bacalhau aos soldados portugueses mortos na cupação há um ano, pelo então em- Representantes dos Núcleos de Lillers, Paris e Ponte de Lima da Liga dos Combatentes,
tugal na Bélgica, Jorge Cabral; a che- em Bruxelas; a Grã Mestre da Con- Batalha de La Lys. baixador, hoje no Cairo, e o nosso na presença do presidente do Núcleo de Gent, Bruno Joos de ter Beerst.

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ae tual
feméride
amigo cônsul de Gent, "pelo alhea- Português), fundamentei a efeméride
mento de Portugal desta evocação" do Armistício na Bélgica, e presença
anual da participação no conflito do ilustre Limiano na Conferência de
mundial; mas, com a figura do Ge- Paz em janeiro de 1919 em Versalhes;
neral Norton de Matos, como "uma em fevereiro passado realizámos um
espécie de patrono para a homena- ensaio para o grande encontro de ho-
gem", então com a pasta de Ministro je, por proposta das principais enti-
da Guerra, e responsável pela consti- dades, hoje novamente também pre-
tuição do CEP (Corpo Expedicionário sentes, sublinhou.C

Bélgica recordou Combatentes


portugueses na I Guerra Mundial
Fundação do Núcleo de Gent
da Liga dos Combatentes
Na segunda parte da sessão solene,
Fonte: Diário LusoGalaico já no hotel Marriott, decorreu a entrega
de lembranças enviadas pelo município

E m 12 de novembro de 2023, na ci-


dade de Gent, Bélgica, realizou-se
no passado dia 12 de novembro de
fe adjunta da missão diplomática e
Ministra Conselheira da embaixada,
Joana Estrela; os cônsules hono-
fraria dos Vinhos de Portugal, Ordem
de São Vicente, Cecília Vidigal e sua
restante direção.
de Ponte de Lima. O programa seguiu
com a fundação do Núcleo da LC, o
qual fica presidido pelo Cônsul, Bruno
2023, a homenagem aos Combatentes rários de Portugal em Gent, Bruno De Portugal rumou uma representa- Joos de Berst, com elenco completado
portugueses na I Guerra Mundial, junto Joos de ter Beerst e em Lille, Bruno ção de Ponte de Lima: o Presidente por Filipa Pedro, Vítor Gomes, Domin-
da respetiva placa memorial. Apesar Cavaco; o chefe da missão de Por- do Núcleo da Liga dos Combatentes gos Ferreira e Amândio Maia. Depois,
do frio, muitos anónimos assistiram à tugal junto da NATO, General Paulo (LC), Manuel Pereira, em representa- as seis dezenas de participantes na
cerimónia, com desfile dos três ramos Mateus: o Comandante Provincial da ção do Presidente da LC, que leu a cerimónia, harmonizaram com natas e
das Forças Armadas (Marinha, Exérci- Flandres Oriental, Tenente-coronel mensagem do Presidente da Câmara, vinhos portugueses: brancos, nos ver-
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to e Força Aérea), da representação de Geert Loier; o Presidente do Con- Vasco Ferraz; o Tenente-coronel José des, o Viana, de Viana do Castelo e o
Portugal junto da NATO, familiares de selho Municipal da Cidade de Gent, Leitão e o historiador Tito Morais. Foi da Adega de Ponte de Lima; tintos, nos
antigos Combatentes no país, na Fran- Christophe Peeters; o Administrador com solenidade que na terceira maior maduros, o Cartuxa e o Águia Moura.
ça, Escócia e Inglaterra. da Agência Europeia de Investigação cidade do país e no canal Kranleei se Encerrou o historiador Tito Morais,
O alinhamento completou-se com Victor Alves Gomes; Amândio Maia, prestou mais uma vez homenagem que começou por relembrar a preo-
entidades civis: embaixador de Por- Presidente da Academia do Bacalhau aos soldados portugueses mortos na cupação há um ano, pelo então em- Representantes dos Núcleos de Lillers, Paris e Ponte de Lima da Liga dos Combatentes,
tugal na Bélgica, Jorge Cabral; a che- em Bruxelas; a Grã Mestre da Con- Batalha de La Lys. baixador, hoje no Cairo, e o nosso na presença do presidente do Núcleo de Gent, Bruno Joos de ter Beerst.

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a tual Vinho La Lys
Freguesias de Monte Redondo e Carreira
inauguraram Monumentos de homenagem aos
Combatentes do Ultramar
N o dia 18 de fevereiro foram inaugu-
rados dois Monumentos de Home-
nagem aos Combatentes do Ultramar
naturais das freguesias de Monte Re-
dondo e Carreira, no concelho de Leiria. 1 Vinho tinto reserva 1 Tinto Reserva
As duas cerimónias foram presididas 1 Vinho tinto regional 1 Branco Regional
pelo Presidente da Câmara Municipal
1 Vinho branco regional 1 Tinto Regional
de Leiria, Dr. Gonçalo Lopes, acompa-
1 Chouriço tradicional 0,180kg
nhado pela Presidente da União das
Freguesias de Monte Redondo e Car-
1 Paínho 0,300kg
reira, Céline Moreira Gaspar, e o Presi- 16,30€
dente da Liga dos Combatentes (LC),
Tenente-general Joaquim Chito Rodri-
28,00€
gues. Coube ao Núcleo de Leiria da LC,
na pessoa do seu Presidente, Coronel
Norberto Serra, conduzir as cerimónias.
Monumento aos Combatentes do Ultramar, Monte Redondo
As duas cerimónias contaram com
atuação da Filarmónica de Monte Re-
dondo e a participação de dezenas de 1 Tinto Reserva
Combatentes, familiares e amigos que 1 Tinto Reserva 1 Branco Regional Vinho
se reuniram para homenagear coletiva- 1 Branco Regional Licoroso
mente os naturais das suas terras. 1 Paínho 0,300Kg
Em Monte Redondo, a inauguração 12,30€
do novo lugar de homenagem aos
Combatentes Monteredondenses é re-
16,40€
sultado de um processo de requalifica-
ção urbana que a União das Freguesias
desenvolveu para dignificar a memória
dos Combatentes locais. O Monumen- 10,88€
to original foi inaugurado em agosto de 500ml
1997, junto ao Colégio Dr. Luís Pereira
da Costa, mas ao longo dos anos per-
cebeu-se que aquele espaço não cum-
1 Vinho Branco Regional 1 Vinho Branco Regional Vinho Tinto La Lys «Centenário»
pria o seu verdadeiro propósito confor- Monumento aos Combatentes do Ultramar, Carreira
1 Vinho Tinto Regional 1 Vinho Tinto Reserva Grande Reserva
me deliberação aprovada em Assem-
bleia de Freguesia na década de 1990. Após a homenagem aos Combaten- a comunidade local. Este Monumento
Em 2021, a autarquia avança com a tes de Monte Redondo, seguiu-se a ce- é composto por uma escultura da au-
requalificação do espaço envolvente e rimónia de inauguração do Monumento toria do artista Paulo Honorato e repre-
atribui a denominação toponímica de de Homenagem aos Combatentes de senta um “Combatente com farda (bar-
Largo dos Combatentes, local onde é Carreira. Este monumento nasceu da rete – quico) utilizada para combate no
74,60€
20|Combatente março 2024

criado o novo monumento. vontade e iniciativa dos Combatentes Ultramar, equipado com cinturão, sus-
Edição limitada
A requalificação urbana e construção Manuel Santos “Amparo” e Manuel Lo- pensórios, cantil, cartucheiras e G3, na
a 1800 garrafas
do monumento, inaugurado neste dia pes que trabalharam afincadamente na posição de agachado”.
18 de fevereiro, pretende cumprir o ver- obtenção de dados para efetivar uma A concretização deste Monumento
dadeiro objetivo de honrar todos aque- homenagem nominal de todos os ca- contou com o financiamento do muni-
les que foram chamados para cumprir maradas que serviram na Guerra do cípio de Leiria, da União das Freguesias
o dever cívico de defender a Pátria. Ultramar (1961-1975), envolvendo toda de Monte Redondo e Carreira e da LC. C
Cx. em madeira 14,00€ Cx. em madeira 17,00€ Cx. c/4 garrafas
Enólogo: Eng.º António Ventura

À venda na Liga dos Combatentes (Preços com IVA incluído)

20-21.indd All Pages 29/02/2024 09:15:22


a tual Vinho La Lys
Freguesias de Monte Redondo e Carreira
inauguraram Monumentos de homenagem aos
Combatentes do Ultramar
N o dia 18 de fevereiro foram inaugu-
rados dois Monumentos de Home-
nagem aos Combatentes do Ultramar
naturais das freguesias de Monte Re-
dondo e Carreira, no concelho de Leiria. 1 Vinho tinto reserva 1 Tinto Reserva
As duas cerimónias foram presididas 1 Vinho tinto regional 1 Branco Regional
pelo Presidente da Câmara Municipal
1 Vinho branco regional 1 Tinto Regional
de Leiria, Dr. Gonçalo Lopes, acompa-
1 Chouriço tradicional 0,180kg
nhado pela Presidente da União das
Freguesias de Monte Redondo e Car-
1 Paínho 0,300kg
reira, Céline Moreira Gaspar, e o Presi- 16,30€
dente da Liga dos Combatentes (LC),
Tenente-general Joaquim Chito Rodri-
28,00€
gues. Coube ao Núcleo de Leiria da LC,
na pessoa do seu Presidente, Coronel
Norberto Serra, conduzir as cerimónias.
Monumento aos Combatentes do Ultramar, Monte Redondo
As duas cerimónias contaram com
atuação da Filarmónica de Monte Re-
dondo e a participação de dezenas de 1 Tinto Reserva
Combatentes, familiares e amigos que 1 Tinto Reserva 1 Branco Regional Vinho
se reuniram para homenagear coletiva- 1 Branco Regional Licoroso
mente os naturais das suas terras. 1 Paínho 0,300Kg
Em Monte Redondo, a inauguração 12,30€
do novo lugar de homenagem aos
Combatentes Monteredondenses é re-
16,40€
sultado de um processo de requalifica-
ção urbana que a União das Freguesias
desenvolveu para dignificar a memória
dos Combatentes locais. O Monumen- 10,88€
to original foi inaugurado em agosto de 500ml
1997, junto ao Colégio Dr. Luís Pereira
da Costa, mas ao longo dos anos per-
cebeu-se que aquele espaço não cum-
1 Vinho Branco Regional 1 Vinho Branco Regional Vinho Tinto La Lys «Centenário»
pria o seu verdadeiro propósito confor- Monumento aos Combatentes do Ultramar, Carreira
1 Vinho Tinto Regional 1 Vinho Tinto Reserva Grande Reserva
me deliberação aprovada em Assem-
bleia de Freguesia na década de 1990. Após a homenagem aos Combaten- a comunidade local. Este Monumento
Em 2021, a autarquia avança com a tes de Monte Redondo, seguiu-se a ce- é composto por uma escultura da au-
requalificação do espaço envolvente e rimónia de inauguração do Monumento toria do artista Paulo Honorato e repre-
atribui a denominação toponímica de de Homenagem aos Combatentes de senta um “Combatente com farda (bar-
Largo dos Combatentes, local onde é Carreira. Este monumento nasceu da rete – quico) utilizada para combate no
74,60€
20|Combatente março 2024

criado o novo monumento. vontade e iniciativa dos Combatentes Ultramar, equipado com cinturão, sus-
Edição limitada
A requalificação urbana e construção Manuel Santos “Amparo” e Manuel Lo- pensórios, cantil, cartucheiras e G3, na
a 1800 garrafas
do monumento, inaugurado neste dia pes que trabalharam afincadamente na posição de agachado”.
18 de fevereiro, pretende cumprir o ver- obtenção de dados para efetivar uma A concretização deste Monumento
dadeiro objetivo de honrar todos aque- homenagem nominal de todos os ca- contou com o financiamento do muni-
les que foram chamados para cumprir maradas que serviram na Guerra do cípio de Leiria, da União das Freguesias
o dever cívico de defender a Pátria. Ultramar (1961-1975), envolvendo toda de Monte Redondo e Carreira e da LC. C
Cx. em madeira 14,00€ Cx. em madeira 17,00€ Cx. c/4 garrafas
Enólogo: Eng.º António Ventura

À venda na Liga dos Combatentes (Preços com IVA incluído)

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d estaque
inumação de antigos combatentes”,

CONSERVAÇÃO DAS MEMÓRIAS estabelece que “O Estado, através da


Liga dos Combatentes providencia a
manutenção dos cemitérios e talhões
de antigos combatentes, em Portugal

“Operação Embondeiro” – Angola e no estrangeiro, em condições dignas


de representar o respeito de Portugal
pelos seus antigos combatentes”.
Todavia, em resultado da pandemia da
COVID-19, que se prolongou até 2022,

A Liga dos Combatentes (LC) tem


vindo a recuperar, há largos anos,
os espaços cemiteriais onde repousam
só no segundo semestre de 2023 foi
possível retomar a atividade em Ango-
la, deslocando-se a Luanda de 3 a 6 de
antigos Combatentes que tombaram outubro uma delegação de 4 elementos
ao serviço de Portugal nos vários Tea- da LC, chefiada pelo seu Presidente, Te-
tros de Operações (TO) onde atuaram nente-general Chito Rodrigues.
as Forças Armadas Portuguesas. Em Angola estão referenciados res-
Angola é o último desses TO no qual tos mortais de 1548 combatentes que
falta efetuar esse trabalho de dignifi- caíram ao serviço das Forças Arma-
Audiência com o Vice-Diretor Nacional de Política de Defesa de Angola
cação e respeito para com os antigos das Portuguesas (militares do recru-
Combatentes. tamento local e provenientes da então
Na sequência de contactos ao mais metrópole), espalhados por 187 luga-
alto nível do poder político de Portugal e res. Num país com as dimensões de
Angola, em 2019 foi finalmente aberta a Angola, cerca de 14 vezes o tamanho
possibilidade de conduzir naquele país de Portugal, espera-se uma operação
o Programa Estratégico Estruturante complexa e prolongada no tempo.
“Conservação das Memórias” da LC. Nesta primeira fase, a LC irá focar-se
Decidiu-se atribuir a essa atividade em Luanda, com vista a reabilitar os
a designação de “Operação Embon- cemitérios do Alto das Cruzes, onde
deiro”, cujos objetivos são, em sínte- Audiência com o Embaixador de Portugal em Luanda estão inumados 109 militares que caí-
se, os seguintes: ram durante a Grande Guerra, e o de
- Confirmar e retificar no terreno os dados Santa Ana, com cerca de 500 sepul-
de planeamento existentes; turas de militares que caíram durante a
- Dignificar áreas cemiteriais onde se encon- Guerra do Ultramar.
tram inumados militares portugueses; A Delegação de 4 elementos da LC
- Providenciar a exumação dos restos mor- (Tenente-general Chito Rodrigues, Co-
tais de militares que se encontram isolados ronel Batalha da Silva, Arquiteto Va-
no território angolano e concentrá-los em randas dos Santos e Tenente-Coronel
cemitérios ou ossários construídos ou a Álvaro Diogo) que se deslocou a Luan-
construir; da de 3 a 6 de outubro passado, visou
- Apoiar a transladação de restos mortais de cumprir os seguintes objetivos:
militares devidamente identificados, sem- - Consolidar os contactos protocolares com
pre e só, a pedido das famílias. as Autoridades portuguesas em Angola
Assim, de 06 a 13 de julho de 2019 (Embaixador e Adido de Defesa), com as
deslocou-se a Angola uma delegação Autoridades Governamentais e Provinciais
de 5 elementos da LC, chefiada pelo angolanas e com a Federação dos Anti- Talhão da Marinha no cemitério do Alto das Cruzes

seu Presidente, que estabeleceu os gos Combatentes e Veteranos da Pátria


primeiros contactos protocolares com de Angola (FACVPA); - Localizar e identificar as campas e os- Esta atividade contou com o apoio da
22|Combatente março 2024

23|Combatente março 2024


as entidades angolanas por forma a - Estabelecer contactos com empresas de sários no Cemitério de Santa Ana, de DGPDN e do EMGFA, que através do
planear a recuperação dos espaços Audiência com o Secretário de Estado para os Veteranos da Pátria de Angola construção civil (Casais-Angola, Mota-En- acordo com a lista publicada oficialmente Adido de Defesa de Portugal em Luan-
dos cemitérios de Santa Ana e do Alto gil, Teixeira Duarte, Angolaca e Siccal) para pelo MDN (512 registos), decorrente do da, efetuou as diligências necessárias
das Cruzes em Luanda, onde se en- O trabalho que a LC desenvolve em do no Estatuto do Antigo Combatente, orçamentação das intervenções a efetuar trabalho efetuado a montante pela SECA para que a visita da Delegação da LC
contram inumados militares portugue- prol do reconhecimento daqueles que aprovado através da Lei 46/2020 de 20 nos espaços onde se encontram inumados (Secção de Estudos das Campanhas de ocorresse conforme pretendido.
ses. Foi o início da Fase Preparatória da pereceram ao serviço das Forças Ar- de agosto, que no artigo 20.º, “Conser- militares portugueses nos cemitérios do África), de modo a permitir a efetivação Na sequência dessa visita, efetuou-se
“Operação Embondeiro”. madas Portuguesas foi consubstancia- vação e manutenção dos talhões de Alto das Cruzes e Santa Ana; de exumações com segurança. o levantamento dos trabalhos a execu-

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d estaque
inumação de antigos combatentes”,

CONSERVAÇÃO DAS MEMÓRIAS estabelece que “O Estado, através da


Liga dos Combatentes providencia a
manutenção dos cemitérios e talhões
de antigos combatentes, em Portugal

“Operação Embondeiro” – Angola e no estrangeiro, em condições dignas


de representar o respeito de Portugal
pelos seus antigos combatentes”.
Todavia, em resultado da pandemia da
COVID-19, que se prolongou até 2022,

A Liga dos Combatentes (LC) tem


vindo a recuperar, há largos anos,
os espaços cemiteriais onde repousam
só no segundo semestre de 2023 foi
possível retomar a atividade em Ango-
la, deslocando-se a Luanda de 3 a 6 de
antigos Combatentes que tombaram outubro uma delegação de 4 elementos
ao serviço de Portugal nos vários Tea- da LC, chefiada pelo seu Presidente, Te-
tros de Operações (TO) onde atuaram nente-general Chito Rodrigues.
as Forças Armadas Portuguesas. Em Angola estão referenciados res-
Angola é o último desses TO no qual tos mortais de 1548 combatentes que
falta efetuar esse trabalho de dignifi- caíram ao serviço das Forças Arma-
Audiência com o Vice-Diretor Nacional de Política de Defesa de Angola
cação e respeito para com os antigos das Portuguesas (militares do recru-
Combatentes. tamento local e provenientes da então
Na sequência de contactos ao mais metrópole), espalhados por 187 luga-
alto nível do poder político de Portugal e res. Num país com as dimensões de
Angola, em 2019 foi finalmente aberta a Angola, cerca de 14 vezes o tamanho
possibilidade de conduzir naquele país de Portugal, espera-se uma operação
o Programa Estratégico Estruturante complexa e prolongada no tempo.
“Conservação das Memórias” da LC. Nesta primeira fase, a LC irá focar-se
Decidiu-se atribuir a essa atividade em Luanda, com vista a reabilitar os
a designação de “Operação Embon- cemitérios do Alto das Cruzes, onde
deiro”, cujos objetivos são, em sínte- Audiência com o Embaixador de Portugal em Luanda estão inumados 109 militares que caí-
se, os seguintes: ram durante a Grande Guerra, e o de
- Confirmar e retificar no terreno os dados Santa Ana, com cerca de 500 sepul-
de planeamento existentes; turas de militares que caíram durante a
- Dignificar áreas cemiteriais onde se encon- Guerra do Ultramar.
tram inumados militares portugueses; A Delegação de 4 elementos da LC
- Providenciar a exumação dos restos mor- (Tenente-general Chito Rodrigues, Co-
tais de militares que se encontram isolados ronel Batalha da Silva, Arquiteto Va-
no território angolano e concentrá-los em randas dos Santos e Tenente-Coronel
cemitérios ou ossários construídos ou a Álvaro Diogo) que se deslocou a Luan-
construir; da de 3 a 6 de outubro passado, visou
- Apoiar a transladação de restos mortais de cumprir os seguintes objetivos:
militares devidamente identificados, sem- - Consolidar os contactos protocolares com
pre e só, a pedido das famílias. as Autoridades portuguesas em Angola
Assim, de 06 a 13 de julho de 2019 (Embaixador e Adido de Defesa), com as
deslocou-se a Angola uma delegação Autoridades Governamentais e Provinciais
de 5 elementos da LC, chefiada pelo angolanas e com a Federação dos Anti- Talhão da Marinha no cemitério do Alto das Cruzes

seu Presidente, que estabeleceu os gos Combatentes e Veteranos da Pátria


primeiros contactos protocolares com de Angola (FACVPA); - Localizar e identificar as campas e os- Esta atividade contou com o apoio da
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as entidades angolanas por forma a - Estabelecer contactos com empresas de sários no Cemitério de Santa Ana, de DGPDN e do EMGFA, que através do
planear a recuperação dos espaços Audiência com o Secretário de Estado para os Veteranos da Pátria de Angola construção civil (Casais-Angola, Mota-En- acordo com a lista publicada oficialmente Adido de Defesa de Portugal em Luan-
dos cemitérios de Santa Ana e do Alto gil, Teixeira Duarte, Angolaca e Siccal) para pelo MDN (512 registos), decorrente do da, efetuou as diligências necessárias
das Cruzes em Luanda, onde se en- O trabalho que a LC desenvolve em do no Estatuto do Antigo Combatente, orçamentação das intervenções a efetuar trabalho efetuado a montante pela SECA para que a visita da Delegação da LC
contram inumados militares portugue- prol do reconhecimento daqueles que aprovado através da Lei 46/2020 de 20 nos espaços onde se encontram inumados (Secção de Estudos das Campanhas de ocorresse conforme pretendido.
ses. Foi o início da Fase Preparatória da pereceram ao serviço das Forças Ar- de agosto, que no artigo 20.º, “Conser- militares portugueses nos cemitérios do África), de modo a permitir a efetivação Na sequência dessa visita, efetuou-se
“Operação Embondeiro”. madas Portuguesas foi consubstancia- vação e manutenção dos talhões de Alto das Cruzes e Santa Ana; de exumações com segurança. o levantamento dos trabalhos a execu-

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d estaque
dos (mais de 400 mil euros, acresci-
dos dos custos com o IVA e as fu-
turas exumações), que extravasam
a capacidade financeira da Liga dos Reunião com as empresas no cemitério de Santa Ana

Combatentes, tornando-se necessá-


rio reforçar a verba atribuída ao Pro-
grama Conservação das Memórias
para execução das obras.
Consequentemente, Sua Excelência
a Ministra da Defesa Nacional, Hele-
na Carreiras, autorizou em 15-12-2023
um reforço orçamental à LC, destinado
à Operação Embondeiro, “(…) até ao
montante de 500.000€. Consideran-
do que o montante em causa poderá
Talhão dos combatentes no cemitério do Alto das Cruzes não ser suficiente para financiar o total
do encargo, que não está totalmente
tar, elaboraram-se os respetivos cader- identificado, incluindo as futuras exu-
nos de encargos e demais elementos mações, deverá a Liga dos Comba-
técnicos, que foram remetidos às re- tentes manter a tutela informada do Monumento e Ossários no cemitério de Santa Ana
feridas empresas de construção civil andamento dos trabalhos, de forma a
para subsequente orçamentação, ten- aferir, em 2024, a necessidade de fi-
do-se estipulado um prazo limite para nanciamento adicional”.
apresentação das propostas. Tendo em consideração as duas efe-
No cemitério do Alto das Cruzes, os mérides que se avizinham, os 50 anos
trabalhos a executar envolvem: do 25 de abril de 1974 e os 50 anos
- a recuperação do talhão dos combatentes da independência de Angola em 11 de
portugueses da Grande Guerra, sendo ne- novembro de 2025, este é o momento
cessário proceder à exumação de restos oportuno para se efetuar estas inter-
mortais para o ossário, que também será venções em Angola.
recuperado; Em 18 de janeiro deste ano foi assina-
- a recuperação de um pequeno talhão con- do o contrato com a empresa Teixeira
tendo um ossário da Divisão Naval da Mari- Duarte, tendo-se de imediato iniciado
nha Portuguesa datado de 1887-89. os contactos com as entidades ango-
No cemitério de Santa Ana, os trabalhos são lanas para o necessário licenciamento
de maior monta, designadamente: das obras e autorização para instala- Campas no cemitério de Santa Ana
- a recuperação do Monumento aos Comba- ção dos estaleiros, por forma a que se
tentes e Ossários; possam iniciar as obras.
- a recuperação de dois espaços com 36 Efetivamente, para além do apoio
campas, 18 de cada lado, simétricos em das autoridades portuguesas, no-
relação ao monumento e ossários; meadamente nos aspetos financeiros,
- a exumação dos restos mortais de cerca de a Operação Embondeiro não poderá
400 campas para os ossários a reabilitar, desenvolver-se sem o apoio das auto-
24|Combatente março 2024

25|Combatente março 2024


libertando o correspondente espaço. ridades angolanas, pelo que é relevan-
O orçamento mais favorável recebido te a reiteração de contactos diplomá-
das cinco empresas concorrentes foi ticos atinentes.
o da Teixeira Duarte – Engenharia e Assinatura do contrato com a Teixeira Duarte –
Construções, SA, tendo sido informa- Engenharia e Construções, SA
do o Ministério da Defesa Nacional, Carlos Manuel A. Batalha da Silva, Coronel
Ossário no cemitério do Alto das Cruzes
nomeadamente dos custos envolvi- Vogal da Direção Central da LC C

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d estaque
dos (mais de 400 mil euros, acresci-
dos dos custos com o IVA e as fu-
turas exumações), que extravasam
a capacidade financeira da Liga dos Reunião com as empresas no cemitério de Santa Ana

Combatentes, tornando-se necessá-


rio reforçar a verba atribuída ao Pro-
grama Conservação das Memórias
para execução das obras.
Consequentemente, Sua Excelência
a Ministra da Defesa Nacional, Hele-
na Carreiras, autorizou em 15-12-2023
um reforço orçamental à LC, destinado
à Operação Embondeiro, “(…) até ao
montante de 500.000€. Consideran-
do que o montante em causa poderá
Talhão dos combatentes no cemitério do Alto das Cruzes não ser suficiente para financiar o total
do encargo, que não está totalmente
tar, elaboraram-se os respetivos cader- identificado, incluindo as futuras exu-
nos de encargos e demais elementos mações, deverá a Liga dos Comba-
técnicos, que foram remetidos às re- tentes manter a tutela informada do Monumento e Ossários no cemitério de Santa Ana
feridas empresas de construção civil andamento dos trabalhos, de forma a
para subsequente orçamentação, ten- aferir, em 2024, a necessidade de fi-
do-se estipulado um prazo limite para nanciamento adicional”.
apresentação das propostas. Tendo em consideração as duas efe-
No cemitério do Alto das Cruzes, os mérides que se avizinham, os 50 anos
trabalhos a executar envolvem: do 25 de abril de 1974 e os 50 anos
- a recuperação do talhão dos combatentes da independência de Angola em 11 de
portugueses da Grande Guerra, sendo ne- novembro de 2025, este é o momento
cessário proceder à exumação de restos oportuno para se efetuar estas inter-
mortais para o ossário, que também será venções em Angola.
recuperado; Em 18 de janeiro deste ano foi assina-
- a recuperação de um pequeno talhão con- do o contrato com a empresa Teixeira
tendo um ossário da Divisão Naval da Mari- Duarte, tendo-se de imediato iniciado
nha Portuguesa datado de 1887-89. os contactos com as entidades ango-
No cemitério de Santa Ana, os trabalhos são lanas para o necessário licenciamento
de maior monta, designadamente: das obras e autorização para instala- Campas no cemitério de Santa Ana
- a recuperação do Monumento aos Comba- ção dos estaleiros, por forma a que se
tentes e Ossários; possam iniciar as obras.
- a recuperação de dois espaços com 36 Efetivamente, para além do apoio
campas, 18 de cada lado, simétricos em das autoridades portuguesas, no-
relação ao monumento e ossários; meadamente nos aspetos financeiros,
- a exumação dos restos mortais de cerca de a Operação Embondeiro não poderá
400 campas para os ossários a reabilitar, desenvolver-se sem o apoio das auto-
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libertando o correspondente espaço. ridades angolanas, pelo que é relevan-
O orçamento mais favorável recebido te a reiteração de contactos diplomá-
das cinco empresas concorrentes foi ticos atinentes.
o da Teixeira Duarte – Engenharia e Assinatura do contrato com a Teixeira Duarte –
Construções, SA, tendo sido informa- Engenharia e Construções, SA
do o Ministério da Defesa Nacional, Carlos Manuel A. Batalha da Silva, Coronel
Ossário no cemitério do Alto das Cruzes
nomeadamente dos custos envolvi- Vogal da Direção Central da LC C

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n úcleos

Valença Oeiras/Cascais
Reativação do Núcleo e Inauguração de Columbário
Exposição «Memórias de
Combate»
E m 12 de janeiro do presente ano, o
Núcleo de Oeiras/Cascais da Liga

D ecorreu no dia 11 de novembro de


2023, a apresentação oficial da
reativação do Núcleo de Valença da
dos Combatentes (LC), juntamente com
a Câmara Municipal de Oeiras, inaugu-
rou no Talhão dos Combatentes, sito no
Liga dos Combatentes (LC). Cemitério desta Vila, um Columbário
Na cerimónia, realizada no salão no- para satisfazer a crescente procura da
bre do Arquivo Municipal de Valença, guarda de cinzas de Combatentes.
estiveram presentes o Presidente do Este Columbário é um valioso contri-
município de Valença, Eng. José Ma- buto no âmbito do Programa Estraté-
nuel Vaz Carpinteira, o Comandan- gico e Estruturante «Conservação das
te do Posto Territorial de Valença da Memórias» levado a cabo pela LC na
GNR, Sargento-ajudante José Costa, preservação dos lugares de memória
o Provedor da Santa Casa da Miseri- onde descansam os restos mortais
córdia e Combatente, Manuel Augusto dos Combatentes.
Antunes Pinto Neves. Estiveram ainda A cerimónia contou com a participação
presentes representantes das juntas do Presidente do município de Oeiras e
de freguesia, um grupo alargado de antigo Combatente, Dr. Isaltino Morais,
sócios do Núcleo de Valença e outras do Presidente da Direção Central da LC,
pessoas convidadas. Tenente-general Chito Rodrigues, acom-
A cerimónia teve início com uma panhados por outros autarcas, elemen- Esta cerimónia ficou marcada pelas Oeiras, a que se seguiu o descerra-
apresentação do Núcleo de Valença tos da Direção do Núcleo de Oeiras/Cas- alocuções alusivas ao ato proferidas mento de uma lápide evocativa com a
e da LC aos sócios e à comunidade cais e Combatentes que se associaram a pelo Presidente da Direção Central da bênção religiosa concedida pelo páro-
Valenciana pelo Presidente do Núcleo esta cerimónia inaugural. LC e pelo Presidente do município de co de Oeiras, Padre Sérgio Bruno. C
que, de forma expressiva, agradeceu
a todos os que se associaram à rea-
lização do evento com o seu valioso
apoio moral e material, com destaque
para a Câmara Municipal de Valença
pela colaboração prestada.
Da intervenção do presidente do
Núcleo destaca-se a afirmação de
que o propósito da LC é o apoio aos
sócios, em particular, aos Combaten-
tes Valencianos, e um local de preser-
vação das memórias e encontro dos
Combatentes antigos e atuais. Já o
presidente da município de Valença,
durante a sua intervenção, afirmou
que “é um dia de reconhecimento aos
Combatentes Valencianos que, abne-
gadamente, derramaram sangue, suor
e lágrimas pela sua pátria”.
26|Combatente março 2024

27|Combatente março 2024


O evento terminou com uma visita à
Exposição “Memórias de Combate”
– homenagem aos militares da Força
Aérea na Guerra do Ultramar (1961-
1975), produzida pelo Museu do Com-
batente e que se encontra patente no
Paiol de Marte, em Valença. C

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n úcleos

Valença Oeiras/Cascais
Reativação do Núcleo e Inauguração de Columbário
Exposição «Memórias de
Combate»
E m 12 de janeiro do presente ano, o
Núcleo de Oeiras/Cascais da Liga

D ecorreu no dia 11 de novembro de


2023, a apresentação oficial da
reativação do Núcleo de Valença da
dos Combatentes (LC), juntamente com
a Câmara Municipal de Oeiras, inaugu-
rou no Talhão dos Combatentes, sito no
Liga dos Combatentes (LC). Cemitério desta Vila, um Columbário
Na cerimónia, realizada no salão no- para satisfazer a crescente procura da
bre do Arquivo Municipal de Valença, guarda de cinzas de Combatentes.
estiveram presentes o Presidente do Este Columbário é um valioso contri-
município de Valença, Eng. José Ma- buto no âmbito do Programa Estraté-
nuel Vaz Carpinteira, o Comandan- gico e Estruturante «Conservação das
te do Posto Territorial de Valença da Memórias» levado a cabo pela LC na
GNR, Sargento-ajudante José Costa, preservação dos lugares de memória
o Provedor da Santa Casa da Miseri- onde descansam os restos mortais
córdia e Combatente, Manuel Augusto dos Combatentes.
Antunes Pinto Neves. Estiveram ainda A cerimónia contou com a participação
presentes representantes das juntas do Presidente do município de Oeiras e
de freguesia, um grupo alargado de antigo Combatente, Dr. Isaltino Morais,
sócios do Núcleo de Valença e outras do Presidente da Direção Central da LC,
pessoas convidadas. Tenente-general Chito Rodrigues, acom-
A cerimónia teve início com uma panhados por outros autarcas, elemen- Esta cerimónia ficou marcada pelas Oeiras, a que se seguiu o descerra-
apresentação do Núcleo de Valença tos da Direção do Núcleo de Oeiras/Cas- alocuções alusivas ao ato proferidas mento de uma lápide evocativa com a
e da LC aos sócios e à comunidade cais e Combatentes que se associaram a pelo Presidente da Direção Central da bênção religiosa concedida pelo páro-
Valenciana pelo Presidente do Núcleo esta cerimónia inaugural. LC e pelo Presidente do município de co de Oeiras, Padre Sérgio Bruno. C
que, de forma expressiva, agradeceu
a todos os que se associaram à rea-
lização do evento com o seu valioso
apoio moral e material, com destaque
para a Câmara Municipal de Valença
pela colaboração prestada.
Da intervenção do presidente do
Núcleo destaca-se a afirmação de
que o propósito da LC é o apoio aos
sócios, em particular, aos Combaten-
tes Valencianos, e um local de preser-
vação das memórias e encontro dos
Combatentes antigos e atuais. Já o
presidente da município de Valença,
durante a sua intervenção, afirmou
que “é um dia de reconhecimento aos
Combatentes Valencianos que, abne-
gadamente, derramaram sangue, suor
e lágrimas pela sua pátria”.
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O evento terminou com uma visita à
Exposição “Memórias de Combate”
– homenagem aos militares da Força
Aérea na Guerra do Ultramar (1961-
1975), produzida pelo Museu do Com-
batente e que se encontra patente no
Paiol de Marte, em Valença. C

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n úcleos

Abrantes Seixal
Palestra sobre a participação dos Junta de Freguesia da Amora
Combatentes naturais de Mação recebeu o Núcleo do Seixal
na Grande Guerra

D ecorreu no passado dia 3 de feve-


reiro, na Vila de Mação, uma pales-
N o passado dia 18 de janeiro de 2024,
o Núcleo do Seixal da Liga dos Com-
batentes fez a sua apresentação junto da
tra sobre a participação dos Militares recentemente renovada Presidência da
naturais do concelho de Mação na Junta de Freguesia (JF) da Amora.
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Recebidos pelo Presidente da JF,
promovida pela Associação Recreati- Nelson Manuel Henrique Ramos, em
va, Cultural e Desportiva «Os Amigos ambiente de franca cordialidade insti-
da Estação de Ortiga», no Auditório do tucional e pessoal, o Núcleo do Seixal
Centro Cultural Elvino Pereira. apresentou os seus objetivos, missões
Por indicação do Presidente da Li- e expetativas, no apoio aos Sócios
ga dos Combatentes, Tenente-general Combatentes, suas famílias e demais
Joaquim Chito Rodrigues, o Núcleo de fregueses da Amora que se queiram
Abrantes fez-se representar pelo seu associar ou a quem o Núcleo poderá
Presidente, Coronel Fernando Lourenço, apoiar, dentro das suas competências e
que participou na iniciativa. capacidades.
Do programa constou: do Regimento de Infantaria n.º 22”, por 17h15–“O Cemitério Militar Português De realçar a pronta disponibilida- forços e otimização de recursos com to participativo e genuíno empenho da
14h30–Receção aos convidados; António Alpalhão; 16h00–“Os Militares de Richebourg L’Avoué”, por José Car- de e apoio da autarquia à missão do o propósito de servir. De bom grado autarquia, no serviço e na defesa dos
15h00–Sessão de abertura, pelo de Ortiga na Primeira Guerra Mun- los Durão; 17h30 – Apresentação do Núcleo do Seixal, na junção de es- registou-se a vontade e o envolvimen- interesses da Freguesia da Amora. C
Presidente da Câmara Municipal de dial”, por Sérgio Durão; 16h30– Coffee livro “João Gaspar, o Guarda do Cemi-
Mação, Dr. Vasco Estrela; 15h15–“O Break; 16h45–“Os Soldados Manuel tério Militar Português de Richebourg
Concelho de Mação na Grande Guer- Marques, José de Oliveira e Joaquim L’Avoué”, por José Carlos Durão; e,
ra”, por Mário Tropa; 15h35–“A viagem da Silva Sobreira”, por Sérgio Durão; 18h00–Sessão de encerramento. C

Queluz
Visita ao Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º 1 (RAAA1)

N o dia 30 de janeiro de 2024, uma


representação do Núcleo de Que-
luz da Liga dos Combatentes visitou o
Regimento de Artilharia Antiaérea N.º
1 (RAAA1), em resposta ao convite do
Comandante do Regimento de Artilha-
ria Antiaérea 1, Coronel de Artilharia
José Carlos Mimoso, pela sua recente
tomada de posse nas novas funções.
Nesta reunião foram realçadas as ex-
celentes relações institucionais entre
28|Combatente março 2024

29|Combatente março 2024


o Regimento e o Núcleo de Queluz e
nas suas breves palavras, o Coronel Desde 15 de setembro de 2023 (Dia internacional da Democracia) a 19 de abril de 2024, decorre a 4.ª edição do
Mimoso manifestou a sua disponibili- Concurso História Militar e Juventude, subordinada ao tema: O 25 de Abril na minha terra. Este concurso, organizado pela
dade, abertura e apoio, na exata medi- Comissão Portuguesa de História Militar (CPHM) e pela Associação de Professores de História (APH), com o Patrocínio da
da das possibilidades do Regimento, o Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril (e o apoio da Liga dos Combatentes) tem por objetivo fomentar o
que permite auspiciar a continuação de gosto pela História Militar de Portugal entre as crianças e jovens, dos 10 aos 19 anos, que frequentam o 2.º e 3.º ciclos e o
secundário (regular e profissional). A receção dos trabalhos a concurso será feita, de acordo com o grupo etário/ciclo dos
uma excelente cooperação.C
seus autores, entre 28 de abril e 19 de maio.
Consulte aqui o Regulamento

26-33.indd 28-29 29/02/2024 09:16:23


n úcleos

Abrantes Seixal
Palestra sobre a participação dos Junta de Freguesia da Amora
Combatentes naturais de Mação recebeu o Núcleo do Seixal
na Grande Guerra

D ecorreu no passado dia 3 de feve-


reiro, na Vila de Mação, uma pales-
N o passado dia 18 de janeiro de 2024,
o Núcleo do Seixal da Liga dos Com-
batentes fez a sua apresentação junto da
tra sobre a participação dos Militares recentemente renovada Presidência da
naturais do concelho de Mação na Junta de Freguesia (JF) da Amora.
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Recebidos pelo Presidente da JF,
promovida pela Associação Recreati- Nelson Manuel Henrique Ramos, em
va, Cultural e Desportiva «Os Amigos ambiente de franca cordialidade insti-
da Estação de Ortiga», no Auditório do tucional e pessoal, o Núcleo do Seixal
Centro Cultural Elvino Pereira. apresentou os seus objetivos, missões
Por indicação do Presidente da Li- e expetativas, no apoio aos Sócios
ga dos Combatentes, Tenente-general Combatentes, suas famílias e demais
Joaquim Chito Rodrigues, o Núcleo de fregueses da Amora que se queiram
Abrantes fez-se representar pelo seu associar ou a quem o Núcleo poderá
Presidente, Coronel Fernando Lourenço, apoiar, dentro das suas competências e
que participou na iniciativa. capacidades.
Do programa constou: do Regimento de Infantaria n.º 22”, por 17h15–“O Cemitério Militar Português De realçar a pronta disponibilida- forços e otimização de recursos com to participativo e genuíno empenho da
14h30–Receção aos convidados; António Alpalhão; 16h00–“Os Militares de Richebourg L’Avoué”, por José Car- de e apoio da autarquia à missão do o propósito de servir. De bom grado autarquia, no serviço e na defesa dos
15h00–Sessão de abertura, pelo de Ortiga na Primeira Guerra Mun- los Durão; 17h30 – Apresentação do Núcleo do Seixal, na junção de es- registou-se a vontade e o envolvimen- interesses da Freguesia da Amora. C
Presidente da Câmara Municipal de dial”, por Sérgio Durão; 16h30– Coffee livro “João Gaspar, o Guarda do Cemi-
Mação, Dr. Vasco Estrela; 15h15–“O Break; 16h45–“Os Soldados Manuel tério Militar Português de Richebourg
Concelho de Mação na Grande Guer- Marques, José de Oliveira e Joaquim L’Avoué”, por José Carlos Durão; e,
ra”, por Mário Tropa; 15h35–“A viagem da Silva Sobreira”, por Sérgio Durão; 18h00–Sessão de encerramento. C

Queluz
Visita ao Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º 1 (RAAA1)

N o dia 30 de janeiro de 2024, uma


representação do Núcleo de Que-
luz da Liga dos Combatentes visitou o
Regimento de Artilharia Antiaérea N.º
1 (RAAA1), em resposta ao convite do
Comandante do Regimento de Artilha-
ria Antiaérea 1, Coronel de Artilharia
José Carlos Mimoso, pela sua recente
tomada de posse nas novas funções.
Nesta reunião foram realçadas as ex-
celentes relações institucionais entre
28|Combatente março 2024

29|Combatente março 2024


o Regimento e o Núcleo de Queluz e
nas suas breves palavras, o Coronel Desde 15 de setembro de 2023 (Dia internacional da Democracia) a 19 de abril de 2024, decorre a 4.ª edição do
Mimoso manifestou a sua disponibili- Concurso História Militar e Juventude, subordinada ao tema: O 25 de Abril na minha terra. Este concurso, organizado pela
dade, abertura e apoio, na exata medi- Comissão Portuguesa de História Militar (CPHM) e pela Associação de Professores de História (APH), com o Patrocínio da
da das possibilidades do Regimento, o Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril (e o apoio da Liga dos Combatentes) tem por objetivo fomentar o
que permite auspiciar a continuação de gosto pela História Militar de Portugal entre as crianças e jovens, dos 10 aos 19 anos, que frequentam o 2.º e 3.º ciclos e o
secundário (regular e profissional). A receção dos trabalhos a concurso será feita, de acordo com o grupo etário/ciclo dos
uma excelente cooperação.C
seus autores, entre 28 de abril e 19 de maio.
Consulte aqui o Regulamento

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n úcleos

Viseu Loures
Palestra alusiva à Guerra do Entrega de espólio de Sócio
Ultramar Combatente

A Direção e associados do Núcleo de


Viseu da Liga dos Combatentes esti-
veram presentes, a convite de um grupo
N o dia 5 de fevereiro, na sede do Nú-
cleo de Loures da Liga dos Comba-
tentes, decorreu a cerimónia de entrega
de alunos do 11.º ano, na Escola Secun- do espólio do Sócio Combatente n.º 203
dária Alves Martins (ESAM), em Viseu. 416, Vítor Manuel da Conceição Santos.
No âmbito das comemorações dos O espólio constituído por camuflado,
50 anos da Revolução do 25 de Abril boina, quico, condecorações e cintu-
de 1974, este grupo de jovens da ESAM rão, releva e relembra-nos a história e
efetuou um convite à Direção do Núcleo a memória, ainda muito presente, da
de Viseu para falarem sobre a Guerra Guerra do Ultramar. uma comissão de serviço em Angola, exposta na sede do Núcleo de Loures.
do Ultramar (1961-1975). O objetivo prin- O Sócio Combatente Vítor Santos obtendo um louvor, duas Condecora- Na cerimónia estiveram presentes a
cipal foi ouvir testemunhos na primeira cumpriu o serviço militar nas Tropas ções e a promoção ao posto de 1.º Ca- Direção e Sócios do Núcleo de Lou-
pessoa de quem viveu a Guerra. Paraquedistas em Tancos, como vo- bo Paraquedista. Esta coleção acres- res, a quem agradecemos, dando cor-
Num anfiteatro cheio de bons ouvintes, luntário, tendo, entre 1969 e 1972, feito centa ao acervo museológico e estará po e significado ao momento.C
numa sessão de uma hora, os sócios e
Combatentes do Núcleo de Viseu apre-
sentaram as suas experiências e vivên-
cias a cerca de 120 alunos.
No final, e para agrado dos comunica- com a sessão. O Núcleo de Viseu sentiu- jovens estudantes um ensinamento histó-
Loulé
dores, os alunos ficaram muito satisfeitos -se orgulhoso de poder proporcionar aos rico. No final todos ficaram a ganhar. C Reestruturação das instalações
do Núcleo e do CAMPS 2

Évora R ealizou-se no passado dia 15 de


fevereiro a inauguração do ele-
vador e a reestruturação das instala-
Workshops de Tecnologias de ções do Núcleo de Loulé e do CAMPS
Informação e Comunicação 2 da Liga dos Combatentes (LC).
Estiveram presentes neste even-

D ecorreu no passado dia 6 de fe-


vereiro do corrente ano, nas ins-
talações do Núcleo de Évora da Liga
to o Presidente da Direção Central
da LC, Tenente-general Chito Rodri-
gues, acompanhado pelo Secretário-
dos Combatentes, a sessão de en- -geral, Coronel Lucas Hilário, a nova
cerramento dos Workshops de Tec- coordenadora do Centro de Estudos,
nologias de Informação e Comunica- Apoio Médico, Psicológico e Social
ção dedicados aos Sócios Séniores (CEAMPS), Coronel Fátima Jorge, os
do Núcleo. Presidentes do município e Assem-
Estes Workshops foram potenciados bleia Municipal de Loulé, Vitor Aleixo e
pela Associação UÉvora Business Jú- Carlos Silva Gomes, respetivamente,
nior – Associação Júnior Empresa e presidentes das Juntas de Freguesia
o Núcleo de Évora da Liga dos Com- do concelho de Loulé, Comandante
batentes, e foram financiados pelo Territorial da GNR, comitivas dos vários
Alentejo 2020, Portugal 2020 e Fundo Núcleos da LC do Algarve, bem como
30|Combatente março 2024

Social Europeu da União Europeia. outras entidades do concelho.


O Núcleo de Évora agradece a todos De salientar, a satisfação de todos
os formadores e colaboradores, na pes- os presentes pelas novas condições
soa da Presidente da UÉvora Júnior, Inês criadas e agora apresentadas para
Abelha, todo o empenho, dedicação e resse e uma mais valia para os sócios futuro, continuar a desenvolver com a melhor servir os antigos Combatentes,
entusiasmo que emprestaram a esta ini- do Núcleo que participaram na mes- UÉvora Júnior e outras instituições si- as suas famílias e demais associados
ciativa, a qual se revestiu de grande inte- ma. O Núcleo de Évora pretende, no milares, este tipo de projetos.C da instituição. C

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n úcleos

Viseu Loures
Palestra alusiva à Guerra do Entrega de espólio de Sócio
Ultramar Combatente

A Direção e associados do Núcleo de


Viseu da Liga dos Combatentes esti-
veram presentes, a convite de um grupo
N o dia 5 de fevereiro, na sede do Nú-
cleo de Loures da Liga dos Comba-
tentes, decorreu a cerimónia de entrega
de alunos do 11.º ano, na Escola Secun- do espólio do Sócio Combatente n.º 203
dária Alves Martins (ESAM), em Viseu. 416, Vítor Manuel da Conceição Santos.
No âmbito das comemorações dos O espólio constituído por camuflado,
50 anos da Revolução do 25 de Abril boina, quico, condecorações e cintu-
de 1974, este grupo de jovens da ESAM rão, releva e relembra-nos a história e
efetuou um convite à Direção do Núcleo a memória, ainda muito presente, da
de Viseu para falarem sobre a Guerra Guerra do Ultramar. uma comissão de serviço em Angola, exposta na sede do Núcleo de Loures.
do Ultramar (1961-1975). O objetivo prin- O Sócio Combatente Vítor Santos obtendo um louvor, duas Condecora- Na cerimónia estiveram presentes a
cipal foi ouvir testemunhos na primeira cumpriu o serviço militar nas Tropas ções e a promoção ao posto de 1.º Ca- Direção e Sócios do Núcleo de Lou-
pessoa de quem viveu a Guerra. Paraquedistas em Tancos, como vo- bo Paraquedista. Esta coleção acres- res, a quem agradecemos, dando cor-
Num anfiteatro cheio de bons ouvintes, luntário, tendo, entre 1969 e 1972, feito centa ao acervo museológico e estará po e significado ao momento.C
numa sessão de uma hora, os sócios e
Combatentes do Núcleo de Viseu apre-
sentaram as suas experiências e vivên-
cias a cerca de 120 alunos.
No final, e para agrado dos comunica- com a sessão. O Núcleo de Viseu sentiu- jovens estudantes um ensinamento histó-
Loulé
dores, os alunos ficaram muito satisfeitos -se orgulhoso de poder proporcionar aos rico. No final todos ficaram a ganhar. C Reestruturação das instalações
do Núcleo e do CAMPS 2

Évora R ealizou-se no passado dia 15 de


fevereiro a inauguração do ele-
vador e a reestruturação das instala-
Workshops de Tecnologias de ções do Núcleo de Loulé e do CAMPS
Informação e Comunicação 2 da Liga dos Combatentes (LC).
Estiveram presentes neste even-

D ecorreu no passado dia 6 de fe-


vereiro do corrente ano, nas ins-
talações do Núcleo de Évora da Liga
to o Presidente da Direção Central
da LC, Tenente-general Chito Rodri-
gues, acompanhado pelo Secretário-
dos Combatentes, a sessão de en- -geral, Coronel Lucas Hilário, a nova
cerramento dos Workshops de Tec- coordenadora do Centro de Estudos,
nologias de Informação e Comunica- Apoio Médico, Psicológico e Social
ção dedicados aos Sócios Séniores (CEAMPS), Coronel Fátima Jorge, os
do Núcleo. Presidentes do município e Assem-
Estes Workshops foram potenciados bleia Municipal de Loulé, Vitor Aleixo e
pela Associação UÉvora Business Jú- Carlos Silva Gomes, respetivamente,
nior – Associação Júnior Empresa e presidentes das Juntas de Freguesia
o Núcleo de Évora da Liga dos Com- do concelho de Loulé, Comandante
batentes, e foram financiados pelo Territorial da GNR, comitivas dos vários
Alentejo 2020, Portugal 2020 e Fundo Núcleos da LC do Algarve, bem como
30|Combatente março 2024

Social Europeu da União Europeia. outras entidades do concelho.


O Núcleo de Évora agradece a todos De salientar, a satisfação de todos
os formadores e colaboradores, na pes- os presentes pelas novas condições
soa da Presidente da UÉvora Júnior, Inês criadas e agora apresentadas para
Abelha, todo o empenho, dedicação e resse e uma mais valia para os sócios futuro, continuar a desenvolver com a melhor servir os antigos Combatentes,
entusiasmo que emprestaram a esta ini- do Núcleo que participaram na mes- UÉvora Júnior e outras instituições si- as suas famílias e demais associados
ciativa, a qual se revestiu de grande inte- ma. O Núcleo de Évora pretende, no milares, este tipo de projetos.C da instituição. C

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n úcleos c oleção «Fim do Império»
15 anos (2009 -2024)
Porto
Instituto dos Vinhos do Douro
e do Porto e Núcleo do Porto
promovem cursos de Enófilo
Moçambique, Aquartelamento Ak-47
N os dias 19 de outubro e 9 de novem-
bro de 2023 decorreram o primeiro e
segundo cursos de “enófilo”, no Palacete
Uma História Singular - 3.ª Edição
Visconde Pereira Machado, sobre os aus- «... Este livro é, sobretudo, um mergulho na história recente do nosso País,
pícios do Instituto dos Vinhos do Douro e através duma família que a narrativa acompanha durante quase 90 anos
do Porto, I.P. (IVDP, IP) e o Núcleo do Por- (1905/1995), e que vive na Beira Alta. A “Guerra do Ultramar” atingiu-a como a
to da Liga dos Combatentes (NPLC). quase todas as famílias portuguesas nos anos 60 e inícios de 70. Neste caso,
Cada curso foi frequentado por 16 só- ma breve visita à biblioteca e coleções IVDP, IP tem como estratégia promocio- duma forma especial, diríamos insólita.
cios e familiares e envolveu uma com- visitáveis do Núcleo. nal fazer com que vários públicos, con- No período correspondente à situação da Guerra em África, este romance é
ponente teórica e outra prática, ambas Contrariamente ao previsto, a parte sumidores e profissionais, sejam mais um grande retrato de como se vivia na “Frente Interna”. A grande maioria das
ministradas pelo Dr. Paulo Russell-Pinto prática configurou-se mais difícil do que conhecedores sobre vinho e com isso famílias, a contar os dias para a ida, a contar os dias para o regresso, com a
do IVDP, um expert em vinhos a nível o esperado! Embora o Dr. Paulo Russell- possam tirar mais partido da prova e angústia permanente esperando por “notícias”...» Miguel Anacoreta Correia in Prefácio
nacional e internacional, que captou a -Pinto tenha guiado passo a passo, não das escolhas que fazem quando usu-
atenção da plateia discorrendo com foi fácil distinguir as diferentes castas, fruem deste néctar.
grande eloquência e sabedoria sobre sabores, aromas, os frutados dos não No final da linha os sócios e familiares Autor: Carlos M. Duarte
os aspetos macro das diversas castas e
tipologias de vinho, enquadrando-as em
frutados e a intensidade, por entre as
múltiplas características que diferenciam
desfrutaram de dois momentos muito
agradáveis que contribuíram não só pa-
15€ Páginas: 228
Editora: Âncora, 2023
termos geográficos, climatéricos, solos, um vinho, tornando-o único. O percurso ra incrementar a nossa cultura vinícola,
entre muitos outros aspetos. A seguir foi arrojado e a intensidade e grau das mas também para conhecer e conviver
à componente teórica os aspirantes a provas tornou a vereda simultaneamen- com pessoas novas, bem como comba-
enófilo desentorpeceram as pernas nu- te mais difícil e mais leve e graciosa. O ter a solidão e criar memórias. C

t ertúlias «Fim do Império»


263.ª Sessão – Realizou-se em 24 de
novembro de 2023, no Núcleo do Por-
to da Liga dos Combatentes, a apre-
sentação do livro “Da viagem à juventude 10,00 € 10,00 € 15,00 € 15,00 € 15,00€ 15,00€
à guerra colonial em Moçambique até ao
presente” de António Ferreira de Cas-
tro. Abriu a sessão o Coronel Jocelino
Rodrigues, Presidente do Núcleo do
Porto, seguindo-se a intervenção do
Eng. Carlos Duarte, que descreveu
sinteticamente as iniciativas do «Pro-
grama Fim do Império», em termos de
Tertúlias e Coleção Literária.
32|Combatente março 2024

33|Combatente março 2024


Seguiu-se a apresentação do livro
pelo Historiador Ângelo Silva, tendo
depois usado da palavra o Autor. 15,00 € 15,00 € 15,00 € 15,00 € 20,00€ 25,00 €
A sessão terminou com um tempo
de Perguntas e Respostas. Na ses-
são registaram-se 50 participantes. C Da esquerda para a direita: Coronel Jocelino Rodrigues, António Ferreira de Castro e Ângelo Silva À venda na Liga dos Combatentes
Pedidos para: patrimonio@ligacombatentes.org | Loja online: www.ligacombatentes.org

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n úcleos c oleção «Fim do Império»
15 anos (2009 -2024)
Porto
Instituto dos Vinhos do Douro
e do Porto e Núcleo do Porto
promovem cursos de Enófilo
Moçambique, Aquartelamento Ak-47
N os dias 19 de outubro e 9 de novem-
bro de 2023 decorreram o primeiro e
segundo cursos de “enófilo”, no Palacete
Uma História Singular - 3.ª Edição
Visconde Pereira Machado, sobre os aus- «... Este livro é, sobretudo, um mergulho na história recente do nosso País,
pícios do Instituto dos Vinhos do Douro e através duma família que a narrativa acompanha durante quase 90 anos
do Porto, I.P. (IVDP, IP) e o Núcleo do Por- (1905/1995), e que vive na Beira Alta. A “Guerra do Ultramar” atingiu-a como a
to da Liga dos Combatentes (NPLC). quase todas as famílias portuguesas nos anos 60 e inícios de 70. Neste caso,
Cada curso foi frequentado por 16 só- ma breve visita à biblioteca e coleções IVDP, IP tem como estratégia promocio- duma forma especial, diríamos insólita.
cios e familiares e envolveu uma com- visitáveis do Núcleo. nal fazer com que vários públicos, con- No período correspondente à situação da Guerra em África, este romance é
ponente teórica e outra prática, ambas Contrariamente ao previsto, a parte sumidores e profissionais, sejam mais um grande retrato de como se vivia na “Frente Interna”. A grande maioria das
ministradas pelo Dr. Paulo Russell-Pinto prática configurou-se mais difícil do que conhecedores sobre vinho e com isso famílias, a contar os dias para a ida, a contar os dias para o regresso, com a
do IVDP, um expert em vinhos a nível o esperado! Embora o Dr. Paulo Russell- possam tirar mais partido da prova e angústia permanente esperando por “notícias”...» Miguel Anacoreta Correia in Prefácio
nacional e internacional, que captou a -Pinto tenha guiado passo a passo, não das escolhas que fazem quando usu-
atenção da plateia discorrendo com foi fácil distinguir as diferentes castas, fruem deste néctar.
grande eloquência e sabedoria sobre sabores, aromas, os frutados dos não No final da linha os sócios e familiares Autor: Carlos M. Duarte
os aspetos macro das diversas castas e
tipologias de vinho, enquadrando-as em
frutados e a intensidade, por entre as
múltiplas características que diferenciam
desfrutaram de dois momentos muito
agradáveis que contribuíram não só pa-
15€ Páginas: 228
Editora: Âncora, 2023
termos geográficos, climatéricos, solos, um vinho, tornando-o único. O percurso ra incrementar a nossa cultura vinícola,
entre muitos outros aspetos. A seguir foi arrojado e a intensidade e grau das mas também para conhecer e conviver
à componente teórica os aspirantes a provas tornou a vereda simultaneamen- com pessoas novas, bem como comba-
enófilo desentorpeceram as pernas nu- te mais difícil e mais leve e graciosa. O ter a solidão e criar memórias. C

t ertúlias «Fim do Império»


263.ª Sessão – Realizou-se em 24 de
novembro de 2023, no Núcleo do Por-
to da Liga dos Combatentes, a apre-
sentação do livro “Da viagem à juventude 10,00 € 10,00 € 15,00 € 15,00 € 15,00€ 15,00€
à guerra colonial em Moçambique até ao
presente” de António Ferreira de Cas-
tro. Abriu a sessão o Coronel Jocelino
Rodrigues, Presidente do Núcleo do
Porto, seguindo-se a intervenção do
Eng. Carlos Duarte, que descreveu
sinteticamente as iniciativas do «Pro-
grama Fim do Império», em termos de
Tertúlias e Coleção Literária.
32|Combatente março 2024

33|Combatente março 2024


Seguiu-se a apresentação do livro
pelo Historiador Ângelo Silva, tendo
depois usado da palavra o Autor. 15,00 € 15,00 € 15,00 € 15,00 € 20,00€ 25,00 €
A sessão terminou com um tempo
de Perguntas e Respostas. Na ses-
são registaram-se 50 participantes. C Da esquerda para a direita: Coronel Jocelino Rodrigues, António Ferreira de Castro e Ângelo Silva À venda na Liga dos Combatentes
Pedidos para: patrimonio@ligacombatentes.org | Loja online: www.ligacombatentes.org

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d ossier
dado 02123968 e Fernando Silva Dias,

A Polícia Militar no Ultramar 1.º cabo 06619468.

GUINÉ-BISSAU - Este território teve a


presença de 16 unidades da Polícia Mi-
litar (7 companhias e 9 pelotões), entre
3 de novembro de 1959 a 21 de outu-
co Reis, 03.03.1972 a 11.05.1974, 800 No Estado da Índia, de quatro esqua- bro de 1974, num total de 1.324 lancei-
dias; todas elas com louvores; e a CPM drões presentes, dois foram distingui- ros (45 oficiais, 105 sargentos e 1.174
8247, capitão António Raul Purificação dos com louvores coletivos: o primeiro, praças). Ocorreram 2 óbitos.
Morgado, 25.03.1974 a 02.07.1975, 465 comandado pelo capitão José Manuel Destaque: o PPM 1, a primeira unida-
dias, com a medalha coletiva de ouro Martins da Silva, e o segundo, pelo de a seguir para o Ultramar, onde es-
de serviços distintos, com palma, atri- capitão Manuel Joaquim Martins En- teve de 3 de novembro de 1959 a 18
buição publicada na Ordem do Exérci- grácia Antunes, ambos de maio/60 a de novembro de 1961, mobilizada pelo
to 21, II série, 1 de novembro de 1978, dezembro/61. Regimento de Cavalaria 6 (Porto), tudo
Alberto Helder página 1759. Em Cabo Verde (12 presenças), em isto pelos graves acontecimentos que
Na Guiné (16 presenças) – Louvo- São Tomé e Príncipe (15) e em Timor (7), se verificaram no porto de Pindjiguiti,
res para 6 unidades: a CPM 1489, nenhuma das unidades teve, neste te- em 3 de agosto de 1959, quando os

A Polícia Militar, segundo o Regula-


mento de Campanha do Serviço
de Polícia Militar, publicado na Portaria
comandada pelo capitão Eduardo
Matos Guerra, cuja mobilização se
verificou de 20.10.1965 a 02.08.1967,
ma, qualquer distinção!
Entretanto e resumidamente, entenda-
-se o que se passou em cada província:
trabalhadores, marinheiros e estivado-
res encetam uma greve, ao reivindica-
rem melhores salários, e foram brutal-
Pelotão de Polícia Militar na Guiné
15690, de 4 de janeiro de 1956 (Diário 652 dias; CPM 1751, capitão Ruy Gon- mente reprimidos, verificando-se 50
do Governo 3, I série, página 6), tinha çalves Soeiro Cidrães, 20.07.1967 a ANGOLA - Para cumprirem a sua mis- mortes e 100 feridos. tares, depois de carregarem areia para panhias e 1 pelotão), no período de 17
como missão principal o patrulhamen- 13.06.1969, 695 dias; PPM 2072, alfe- são, foram mobilizadas 42 unidades obra, foram tomar banho. Por razões de julho de 1962 a 21 de abril de 1975,
to de aglomerados populacionais, fis- res José Álvaro Carvalho Pereira Leite, (23 companhias e 19 pelotões), as MACAU - Foram 8 as unidades que ru- desconhecidas vieram a falecer, por com o seguinte contingente: 26 oficiais,
calização de movimentos individuais, 11.08.1968 a 14.05.1970, 642 dias; CPM quais, desde 8 de janeiro de 1961 até maram a este território ultramarino (1 afogamento, cinco dos militares que 50 sargentos e 556 praças, num total
fiscalização de circulação, investigação 2537 (esta com três referências), capi- 8 de novembro de 1975, aquartelaram companhia e 7 pelotões), entre 17 de integravam a CPM: o alferes 16834772, de 632 lanceiros. Verificou-se um óbito.
criminal e a escolta e guarda de prisio- tão Hernâni Anjos Moás, 24.05.1969 em Luanda (37), Cabinda (3), Caxito (1) julho de 1962 a 7 de outubro de 1975, António João Marques Pedro; o primei- Destaque: o PPM 39 (17.07.1962 a
neiros de guerra, atividades a desenvol- a 12.02.1971, 630 dias; PPM 8273/72, e Nova Lisboa (1), num total de 4.082 num total de 435 lanceiros (14 oficiais, ro-cabo 12132072, António Maria Je- 29.07.1964) dado que, quando chegou
ver, entre muitas outras, na sua mobili- alferes Joaquim António Pereira San- lanceiros (149 oficiais, 337 sargentos e 31 sargentos e 390 praças). Verifica- sus Vale, e os soldados António Duarte a Dili, não tinha instalações apropria-
zação para o Ultramar. Este conjunto de tos, 25.10.1972 a 22.08.1974, 667 dias; 3.596 praças). Verificaram-se 14 óbitos, ram-se 2 óbitos. Rodrigues, 12075072, José Ferreira Au- das tendo ocupado um armazém da
normas foi impresso num livro, com 255 e CPM 8242, capitão Alexandre Ma- sendo o último registado em 3 de se- Destaque: a CPM 2428 mobilizada de reliano, 10823073 e Manuel Neves Perei- Administração Militar, sem quaisquer
páginas. O Regimento de Lanceiros 2 ria Castro Sousa Pinto, 13.01.1973 a tembro de 1975. 12 de agosto de 1968 a 3 de fevereiro ra,03237473. Ainda faleceu, neste acon- condições, como seu aquartelamen-
(Lisboa) foi aquele que mais contribuiu 01.09.1974, 537 dias. Destaque: PPM 4, mobilização de 23 de 1971, por ter sido a única a merecer tecimento funesto, Ramiro Jesus Fari- to. Mais um dos primeiros problemas
para a preparação dos lanceiros para Em Moçambique, das 21 companhias de abril de 1961 a 28 de fevereiro de as atenções do Governador de Macau, nha, 1º cabo 01491472, do Agrupamento a resolver foi a questão das camas que
enfrentarem as vicissitudes no destino que marcaram presença, só cinco é 1963, com um seu primeiro soldado quando a distinguiu com um louvor, em 6009, que estava em diligência na CPM. lhes foram apresentadas: tinham metro
que, lá longe, lhes foi reservado. que foram reconhecidas com louvores: falecido na província (Carlos Alberto 4 de março de 1969, pelos relevantes Cinco dos corpos foram resgatados. e meio de comprido.
Foram 11.626 homens que serviram A CPM 2576 (esta com três citações), Monteiro Sousa, 570/60, em 13 de ju- serviços prestados à província.
esta tropa de elite, integrados nas 125 capitão José Olímpio Caiado Costa lho de 1961). SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - De 26 de junho ESTADO DA ÍNDIA - No Estado da Índia
unidades mobilizadas, 66 companhias, Gomes, 16.08.1969 a 12.09.1971, 758 MOÇAMBIQUE - Para este Estado so- de 1961 a 11 de julho de 1975, passa- estiveram, desde maio de 1960 até à
55 Pelotões e 4 esquadrões, tendo dias; CPM 3525, capitão Fernando CABO VERDE - Entre 9 de agosto de mente foram mobilizadas companhias, ram por este arquipélago, 6 compa- brutal invasão, que ocorreu no dia 18
ocorrido 51 óbitos, as referências elo- Duarte Pina Silva Ramos, 29.03.1972 1966 e 3 de julho de 1975, foram 12 as num total de 21, o que se verificou entre nhias e 9 pelotões, num total de 991 de dezembro de 1961, 4 Esquadrões
giosas foram muito escassas perante a a 07.05.1974, 770 dias; CPM 8240, unidades que estiveram neste território, 24 de maio de 1961 a 11 de julho de lanceiros (35 oficiais, 74 sargentos e de Reconhecimento, oriundos do Regi-
dimensão física e temporal do serviço capitão António Pinto Duarte Pereira, 2 companhias e 10 pelotões e nas ci- 1975. Estiveram aquarteladas em Lou- 882 praças). Aconteceram 5 óbitos. mento de Lanceiros 1 (Elvas). Os seus
prestado nas oito províncias ultramari- 08.10.1972 a 08.10.1974, 731 dias; CPM dades da Praia (7), Mindelo (4) e Santa renço Marques (8), Beira (8) e Nampula Destaque: a CPM 222 (26 de julho de quartéis localizavam-se em Mapuçá,
nas. Sobre este tema, eis os detalhes: 8243, capitão Eurico António Saca- Maria (1), num total de 668 lanceiros (5), num total de 2.939 lanceiros (105 1961 a 16 de setembro de 1963), à sua Bicholim, Pondá e Bali, num total de
Em Angola, onde serviram 42 unida- vém Fonseca, 10.06.1973 a 18.12.1974, (22 oficias, 47 sargentos e 599 praças). oficiais, 235 sargentos e 2.599 praças). chegada a São Tomé, não tinha aquar- 555 lanceiros (23 oficiais, 77 sargentos
des, só quatro é que tiveram visibilidade. 557 dias; e CPM 8248, capitão Antó- Ocorreram 3 óbitos. Ocorreram 21 óbitos. telamento apropriado, tendo ficado no e 455 praças). Ocorreram 4 óbitos.
34|Combatente março 2024

35|Combatente março 2024


A CPM 233, comandada pelo capitão nio José Nunes Melo, 31.03.1974 a Destaque: PPM 2086, mobilização de Destaque: a CPM 8245 (6 de setem- quartel do Morro, conjuntamente com Destaque: perante as evidências ve-
Manuel José Martins Rodrigues, mo- 95.04.1975, 371 dias. 9 de novembro de 1968 a 21 de no- bro de 1973 a 17 de fevereiro de 1975) a restante tropa existente, causando rificadas com as consequências ime-
bilizada entre 08.01.1961 e 28.02.1963, Em Macau – Entre 8 unidades presen- vembro de 1970, que, infelizmente, teve pela tragédia que a atingiu no dia 14 de algum mau estar entre militares, por diatas da usurpação do território pela
782 dias; a CPM 2343, capitão José tes, só a CPM 2428 foi louvada. Coman- dois seus lanceiros falecidos, resultan- fevereiro de 1974, na praia do Régulo causa da aproximação indesejada. União Indiana, a total incapacidade de
Manuel Martins da Silva, 04.01.1968 dada pelo capitão Fernando Governo te de acidente de viação, no dia 14 de Luís, na zona do Centro Náutico Fer- resposta destes agrupamentos, face
a 26.04.1970, 844 dias; a CPM 3524, Santos Maia, 12.08.1968/03.02.1971, março de 1970 e na cidade da Praia. roviário, na Beira, onde a companhia TIMOR - Para o destino mais longínquo ao antiquado e inapropriado armamen-
capitão José Manuel Marques Pacífi- 906 dias. Foram eles: Eurico Rocha Sousa, sol- estava aquartelada. Um grupo de mili- foram mobilizadas 7 unidades (6 com- to de que eram possuidores. C

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d ossier
dado 02123968 e Fernando Silva Dias,

A Polícia Militar no Ultramar 1.º cabo 06619468.

GUINÉ-BISSAU - Este território teve a


presença de 16 unidades da Polícia Mi-
litar (7 companhias e 9 pelotões), entre
3 de novembro de 1959 a 21 de outu-
co Reis, 03.03.1972 a 11.05.1974, 800 No Estado da Índia, de quatro esqua- bro de 1974, num total de 1.324 lancei-
dias; todas elas com louvores; e a CPM drões presentes, dois foram distingui- ros (45 oficiais, 105 sargentos e 1.174
8247, capitão António Raul Purificação dos com louvores coletivos: o primeiro, praças). Ocorreram 2 óbitos.
Morgado, 25.03.1974 a 02.07.1975, 465 comandado pelo capitão José Manuel Destaque: o PPM 1, a primeira unida-
dias, com a medalha coletiva de ouro Martins da Silva, e o segundo, pelo de a seguir para o Ultramar, onde es-
de serviços distintos, com palma, atri- capitão Manuel Joaquim Martins En- teve de 3 de novembro de 1959 a 18
buição publicada na Ordem do Exérci- grácia Antunes, ambos de maio/60 a de novembro de 1961, mobilizada pelo
to 21, II série, 1 de novembro de 1978, dezembro/61. Regimento de Cavalaria 6 (Porto), tudo
Alberto Helder página 1759. Em Cabo Verde (12 presenças), em isto pelos graves acontecimentos que
Na Guiné (16 presenças) – Louvo- São Tomé e Príncipe (15) e em Timor (7), se verificaram no porto de Pindjiguiti,
res para 6 unidades: a CPM 1489, nenhuma das unidades teve, neste te- em 3 de agosto de 1959, quando os

A Polícia Militar, segundo o Regula-


mento de Campanha do Serviço
de Polícia Militar, publicado na Portaria
comandada pelo capitão Eduardo
Matos Guerra, cuja mobilização se
verificou de 20.10.1965 a 02.08.1967,
ma, qualquer distinção!
Entretanto e resumidamente, entenda-
-se o que se passou em cada província:
trabalhadores, marinheiros e estivado-
res encetam uma greve, ao reivindica-
rem melhores salários, e foram brutal-
Pelotão de Polícia Militar na Guiné
15690, de 4 de janeiro de 1956 (Diário 652 dias; CPM 1751, capitão Ruy Gon- mente reprimidos, verificando-se 50
do Governo 3, I série, página 6), tinha çalves Soeiro Cidrães, 20.07.1967 a ANGOLA - Para cumprirem a sua mis- mortes e 100 feridos. tares, depois de carregarem areia para panhias e 1 pelotão), no período de 17
como missão principal o patrulhamen- 13.06.1969, 695 dias; PPM 2072, alfe- são, foram mobilizadas 42 unidades obra, foram tomar banho. Por razões de julho de 1962 a 21 de abril de 1975,
to de aglomerados populacionais, fis- res José Álvaro Carvalho Pereira Leite, (23 companhias e 19 pelotões), as MACAU - Foram 8 as unidades que ru- desconhecidas vieram a falecer, por com o seguinte contingente: 26 oficiais,
calização de movimentos individuais, 11.08.1968 a 14.05.1970, 642 dias; CPM quais, desde 8 de janeiro de 1961 até maram a este território ultramarino (1 afogamento, cinco dos militares que 50 sargentos e 556 praças, num total
fiscalização de circulação, investigação 2537 (esta com três referências), capi- 8 de novembro de 1975, aquartelaram companhia e 7 pelotões), entre 17 de integravam a CPM: o alferes 16834772, de 632 lanceiros. Verificou-se um óbito.
criminal e a escolta e guarda de prisio- tão Hernâni Anjos Moás, 24.05.1969 em Luanda (37), Cabinda (3), Caxito (1) julho de 1962 a 7 de outubro de 1975, António João Marques Pedro; o primei- Destaque: o PPM 39 (17.07.1962 a
neiros de guerra, atividades a desenvol- a 12.02.1971, 630 dias; PPM 8273/72, e Nova Lisboa (1), num total de 4.082 num total de 435 lanceiros (14 oficiais, ro-cabo 12132072, António Maria Je- 29.07.1964) dado que, quando chegou
ver, entre muitas outras, na sua mobili- alferes Joaquim António Pereira San- lanceiros (149 oficiais, 337 sargentos e 31 sargentos e 390 praças). Verifica- sus Vale, e os soldados António Duarte a Dili, não tinha instalações apropria-
zação para o Ultramar. Este conjunto de tos, 25.10.1972 a 22.08.1974, 667 dias; 3.596 praças). Verificaram-se 14 óbitos, ram-se 2 óbitos. Rodrigues, 12075072, José Ferreira Au- das tendo ocupado um armazém da
normas foi impresso num livro, com 255 e CPM 8242, capitão Alexandre Ma- sendo o último registado em 3 de se- Destaque: a CPM 2428 mobilizada de reliano, 10823073 e Manuel Neves Perei- Administração Militar, sem quaisquer
páginas. O Regimento de Lanceiros 2 ria Castro Sousa Pinto, 13.01.1973 a tembro de 1975. 12 de agosto de 1968 a 3 de fevereiro ra,03237473. Ainda faleceu, neste acon- condições, como seu aquartelamen-
(Lisboa) foi aquele que mais contribuiu 01.09.1974, 537 dias. Destaque: PPM 4, mobilização de 23 de 1971, por ter sido a única a merecer tecimento funesto, Ramiro Jesus Fari- to. Mais um dos primeiros problemas
para a preparação dos lanceiros para Em Moçambique, das 21 companhias de abril de 1961 a 28 de fevereiro de as atenções do Governador de Macau, nha, 1º cabo 01491472, do Agrupamento a resolver foi a questão das camas que
enfrentarem as vicissitudes no destino que marcaram presença, só cinco é 1963, com um seu primeiro soldado quando a distinguiu com um louvor, em 6009, que estava em diligência na CPM. lhes foram apresentadas: tinham metro
que, lá longe, lhes foi reservado. que foram reconhecidas com louvores: falecido na província (Carlos Alberto 4 de março de 1969, pelos relevantes Cinco dos corpos foram resgatados. e meio de comprido.
Foram 11.626 homens que serviram A CPM 2576 (esta com três citações), Monteiro Sousa, 570/60, em 13 de ju- serviços prestados à província.
esta tropa de elite, integrados nas 125 capitão José Olímpio Caiado Costa lho de 1961). SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - De 26 de junho ESTADO DA ÍNDIA - No Estado da Índia
unidades mobilizadas, 66 companhias, Gomes, 16.08.1969 a 12.09.1971, 758 MOÇAMBIQUE - Para este Estado so- de 1961 a 11 de julho de 1975, passa- estiveram, desde maio de 1960 até à
55 Pelotões e 4 esquadrões, tendo dias; CPM 3525, capitão Fernando CABO VERDE - Entre 9 de agosto de mente foram mobilizadas companhias, ram por este arquipélago, 6 compa- brutal invasão, que ocorreu no dia 18
ocorrido 51 óbitos, as referências elo- Duarte Pina Silva Ramos, 29.03.1972 1966 e 3 de julho de 1975, foram 12 as num total de 21, o que se verificou entre nhias e 9 pelotões, num total de 991 de dezembro de 1961, 4 Esquadrões
giosas foram muito escassas perante a a 07.05.1974, 770 dias; CPM 8240, unidades que estiveram neste território, 24 de maio de 1961 a 11 de julho de lanceiros (35 oficiais, 74 sargentos e de Reconhecimento, oriundos do Regi-
dimensão física e temporal do serviço capitão António Pinto Duarte Pereira, 2 companhias e 10 pelotões e nas ci- 1975. Estiveram aquarteladas em Lou- 882 praças). Aconteceram 5 óbitos. mento de Lanceiros 1 (Elvas). Os seus
prestado nas oito províncias ultramari- 08.10.1972 a 08.10.1974, 731 dias; CPM dades da Praia (7), Mindelo (4) e Santa renço Marques (8), Beira (8) e Nampula Destaque: a CPM 222 (26 de julho de quartéis localizavam-se em Mapuçá,
nas. Sobre este tema, eis os detalhes: 8243, capitão Eurico António Saca- Maria (1), num total de 668 lanceiros (5), num total de 2.939 lanceiros (105 1961 a 16 de setembro de 1963), à sua Bicholim, Pondá e Bali, num total de
Em Angola, onde serviram 42 unida- vém Fonseca, 10.06.1973 a 18.12.1974, (22 oficias, 47 sargentos e 599 praças). oficiais, 235 sargentos e 2.599 praças). chegada a São Tomé, não tinha aquar- 555 lanceiros (23 oficiais, 77 sargentos
des, só quatro é que tiveram visibilidade. 557 dias; e CPM 8248, capitão Antó- Ocorreram 3 óbitos. Ocorreram 21 óbitos. telamento apropriado, tendo ficado no e 455 praças). Ocorreram 4 óbitos.
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A CPM 233, comandada pelo capitão nio José Nunes Melo, 31.03.1974 a Destaque: PPM 2086, mobilização de Destaque: a CPM 8245 (6 de setem- quartel do Morro, conjuntamente com Destaque: perante as evidências ve-
Manuel José Martins Rodrigues, mo- 95.04.1975, 371 dias. 9 de novembro de 1968 a 21 de no- bro de 1973 a 17 de fevereiro de 1975) a restante tropa existente, causando rificadas com as consequências ime-
bilizada entre 08.01.1961 e 28.02.1963, Em Macau – Entre 8 unidades presen- vembro de 1970, que, infelizmente, teve pela tragédia que a atingiu no dia 14 de algum mau estar entre militares, por diatas da usurpação do território pela
782 dias; a CPM 2343, capitão José tes, só a CPM 2428 foi louvada. Coman- dois seus lanceiros falecidos, resultan- fevereiro de 1974, na praia do Régulo causa da aproximação indesejada. União Indiana, a total incapacidade de
Manuel Martins da Silva, 04.01.1968 dada pelo capitão Fernando Governo te de acidente de viação, no dia 14 de Luís, na zona do Centro Náutico Fer- resposta destes agrupamentos, face
a 26.04.1970, 844 dias; a CPM 3524, Santos Maia, 12.08.1968/03.02.1971, março de 1970 e na cidade da Praia. roviário, na Beira, onde a companhia TIMOR - Para o destino mais longínquo ao antiquado e inapropriado armamen-
capitão José Manuel Marques Pacífi- 906 dias. Foram eles: Eurico Rocha Sousa, sol- estava aquartelada. Um grupo de mili- foram mobilizadas 7 unidades (6 com- to de que eram possuidores. C

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e stórias da História

corrente, bares...!). Era Natal. As NT do um só quarto porque o quartel com naquele lugar, redigiu uma carta para

Algumas (tristes) recordações/razões repartiram o caixote de bacalhau que


chegara da metrópole com os Guardas
construções em grande parte cobertas
a capim, não tinham alojamento para ele.
o Governo Geral (sem conhecimento
do seu Administrador) a acusar as NT
Fiscais (brancos e negros). Os Auxilia- O missionário foi irredutível: não cedeu de caçarem durante a noite, o que era

da Guerra em Angola res não mais pensaram em desertar. porque não queria nada com a tropa. O
capitão passou a pernoitar numa cubata.
proibido por lei (queria criar um inciden-
te). O Governo Geral endossou a carta
Março 1963 - Cidade da Gabela A CCaç 457 ia semanalmente abas- para Quartel-general e este, através
(Centro de Angola) tecer-se ao Duque de Bragança. O Ad- da 43 Repartição, fê-la chegar à CCaç
A CCaç 98 acabou a Comissão na ministrador, os seus funcionários e os 457 para se pronunciar. Mas, junto com
Gabela. Aí vivia um comerciante que 3 comerciantes locais pediam às NT o documento vinha um cartão pessoal
missão estava incluída a intervenção na ciência e implorou que não o fizesse, anos mais tarde, já em Portugal, recor- que lhes fizessem o reabastecimento: do Tenente-coronel que chefiava a 4.ª
Fazenda S. José, que fora saqueada e porque tinha família, etc., etc. O Alfe- dando os tempos da Gabela, contou entregavam ao furriel que comandava Repartição em que escreveu: "Cama-
destruída. As NT foram acompanhadas res só lhe perguntou se achava correto a um dos Alferes o seguinte: "Quando a coluna uma relação do que precisa- rada, então esse filho da p***, não sa-
do seu proprietário (Sr. Azevedo), de- que tivesse vindo do Continente para vendia pano para as capulanas das vam, juntamente com um recipiente e be que a tropa, em zona de fronteira,
sejoso de ver o estado em que ficara a defender comportamentos como o da mulheres angolanas, estendia a peça dinheiro. O furriel, ao regressar, entre- tem de farolinar de noite para ver se há
propriedade. senhora. As lágrimas afloraram nas de pano no balcão, colocava o metro gava-lhes as encomendas. Entretan- infiltrações do Inimigo e na dúvida faz
Um dos Alferes, nessa fazenda, en- pálpebras da funcionária... de madeira para medir um metro e, to estavam a escassear os víveres ao fogo?”. Foi fácil ao capitão justificar as
controu uma balança Roberval com ao medir o segundo metro, colocava missionário. Não tinha coragem de se caçadas... Mais, tarde, indo a Luanda,
Joaquim Amaral duas coleções de pesos: uns, com Dezembro 1962 - Sacandica a mão esquerda uns 20 cm atrás e o meter à picada sozinho no seu Land foi conhecer pessoalmente o Tenen-
Coronel Inf.ª Ref. chumbo interior e outros sem chum- (Fronteira Norte de Angola) mesmo sucedia no terceiro metro.". Rover e não tinha coragem de pedir te-coronel e agradecer-lhe a "dica".
bo. Perguntou ao Sr. Azevedo a ra- Esta povoação foi recuperada pela Conclusão: em 3 metros de pano ven- o apoio do capitão. Recorreu ao Ad- O Administrador não gostou da atitu-
zão daquelas coleções distintas. O CCaç 98 e por um pelotão de para- dido roubava cerca de meio metro... ministrador para interferir a seu favor. de do subordinado Conceição e fê-lo
Maio 1961- Negaje (Norte de Angola) senhor, sorrindo, disse: "O Sr. Alferes quedistas, que depois se retirou para Este fê-lo num momento em que, es- desaparecer de Forte República e em
A CCaç 98 saiu de Luanda com des- ainda é muito novo em África". O Alfe- Luanda. Além de um pelotão reforçado Agosto 1964 - Malanje tando a conversar com o capitão, apa- seguida emprestou a sua casa ao ca-
tino à fronteira norte de Angola. Nessa res percebeu: com chumbo, serviam da Caç 98 na guarnição havia também A CCaç 457 estava sedeada nesta ci- receu o missionário sem se aperceber pitão, que abandonou a cubata. Mas o
marcha pernoitou em Negaje. À noite, para quando era o nativo a vender uma secção da Guarda Fiscal, consti- dade. O capitão teve conhecimento que da presença deste. O missionário não Conceição, com o incidente que criou,
o capitão, com os seus alferes, viu na ginguba (amendoim) e sem chumbo tuída por guardas brancos e Auxiliares um comerciante, ao fazer o pagamento conseguiu dizer uma palavra, corado, foi beneficiado saindo de Forte Repú-
rua principal da vila, uma camioneta de serviam para quando era o fazendeiro angolanos. Eram comandados pelo semanal aos assalariados que trabalha- perante a atitude do capitão: "Senhor blica. Era assim em Angola...
carga aberta, com uma armação im- a vender... Sargento Freitas. vam na sua Fazenda, usava o seguinte Padre, com certeza que o ajudaremos
provisada em cima, com dois andares, Uma determinada madrugada, o Alfe- esquema: o estabelecimento tinha duas no que precisar porque está no Evan- Outubro 1964- Forte República
tal qual como aquelas que vemos para Janeiro 1962 - Sá da Bandeira res foi alertado pelo Furriel de Serviço portas. Os nativos entravam por uma gelho escrito que quando alguém te Em Forte República a CCaç 457 era
transportar galináceos. Só que nessa (Sul de Angola) que lhe comunicou que os Auxiliares das portas para receber o seu salário, bater na face direita, tu ofereces-lhe a abastecida de combustíveis pela Shell.
armação não estavam galináceos, mas Um Alferes, de licença, desloca-se da Guarda Fiscal tinham abandonado mas de imediato eram coagidos a sair e esquerda...”. O esquema já estava montado pela
sim homens negros, bailundos, que aos CTT. Vai para a fila de pessoas o Posto levando com eles o armamento entrar pela outra porta para fazer com- Mas as histórias com o missioná- CCaç 459 quando foi substituída pela
iriam para uma Fazenda fazer a possí- (todas brancas) que queriam ser aten- que tinham distribuído. O Alferes mon- pras na loja. Bem afirmavam: "Patrão, rio continuaram. Na missa dominical CCaç 457 e funcionava na perfeição,
vel colheita do café. Empilhados como didas no único guichet de serviço. À tou de imediato uma ação e foi locali- não preciso comprar nada, preciso de le- ele fazia questão de proferir a homilia pelo que foi mantido sem que o capitão
galinhas, em dois andares, sem possi- medida que se aproximava a vez de ser zá-los já uns bons quilómetros percor- var o Kitari (dinheiro) para a família!”, mas em quimbundo quando a maioria dos sequer conhecesse os responsáveis da
bilidade de vir ao solo fazer as suas ne- atendido, verificou que junto do guichet ridos, a caminho do Béu, para terem o patrão insistia e, com medo de serem crentes eram os militares brancos. O Shell em Malanje. O capitão foi procura-
cessidades fisiológicas, sem poderem estava um nativo, que ia sendo suces- acesso ao seu comando, em Maquela despedidos, acabavam por deixar na loja capitão pôs o problema ao Quartel-ge- do por 3 dirigentes da Sacor para que
estender-se para descansar, toda a sivamente preterido no atendimento e do Zombo. Regressaram a Sacandica o que tinham recebido, momentos antes, neral e este endossou-o para o Gover- mudasse de fornecedor. O capitão dis-
noite a apanhar o cacimbo! "Viemos da com a agravante de carregar nos bra- com o Alferes que os inquiriu sobre a levando o que não precisavam... no Geral, que respondeu que, segun- se-lhes que nem conhecia o fornecedor
metrópole para defender esta desuma- ços uma série de caixotes volumosos razão da fuga: "O sargento Freitas dei- do a Concordata, ele podia falar em da Shell e que só mudaria se houvesse
nidade?”. Interrogou o capitão. Foi pro- de encomendas a despachar. tou vinagre e azeite no nosso vinho e Setembro 1964 - Forte República língua nativa, para melhor compreen- ganhos para a Fazenda Nacional. Res-
curar o Administrador local e exigiu-lhe Quando chegou a vez de ser atendi- sal no nosso açúcar dizendo que preto A CCaç 457 foi deslocada para esta são dos nativos. Fomos forçados a ponderam-lhe que isso não era possível
que aqueles homens fossem apeados do, disse à funcionária que já há muito não tem direito de comer como o bran- povoação, nos confins do distrito de ouvir quimbundo! Mas o Bispo acabou porque havia uma tabela nacional para
do "galinheiro" e recolhidos num arma- tempo devia ter atendido aquele se- co" (não dependiam das NT, quanto à Malanje. Aí ocupou a Missão Católica, por o substituir, até porque no contac- todos os fornecedores cumprirem.
zém com o mínimo de dignidade. As- nhor. A funcionária retorquiu aspera- alimentação). O Alferes chamou a sós por estar abandonada. O missionário to com os nativos menosprezava Por- Depois de muita conversa em que ale-
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sim sucedeu. mente "diga o que precisa ou afaste-se o sargento Freitas e foi violentíssimo (espanhol, do País Basco), deslocado tugal dizendo que éramos uma quinta garam ter já falado com o Comandan-
para ser atendida outra pessoa (bran- naquilo que lhe disse: participou a si- em Malanje, logo que sentiu que havia da Espanha. te de Batalhão (Tenente-coronel Melo
Junho 1961 - Maquela do Zombo ca); esse (negro) espera”. O alferes tuação e o sargento Freitas foi manda- tranquilidade nessa região, pediu ao Ainda no Forte República (a cerca de Egídio) que lhes dissera que não podia
(Norte de Angola) identificou-se (estava à civil) e pediu- do recolher a Maquela do Zombo (uma seu Bispo (D. Pompeu) que contactas- 400 km de Malanje) a CCaç 457 tinha intervir por ser assunto da responsabi-
À CCaç 98 foi atribuída a missão de -lhe a identificação porque queria fazer promoção pois deixou uma zona inós- se o Comando Militar no sentido de ser por vezes de recorrer a caçadas notur- lidade do capitão, que até sabiam que
recuperar a povoação de Cuimba, na uma participação sobre o seu compor- pita, de guerra e veio para o conforto desocupada a Missão. O capitão deso- nas. O funcionário administrativo Con- o capitão era natural do mesmo distrito
fronteira com o ex-Congo Belga. Nessa tamento. Nessa altura, tomou cons- da vila onde tinha eletricidade, água cupou-a, mas pediu que lhe fosse cedi- ceição, desgostoso por estar colocado do fornecedor da Sacor em Malanje,

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e stórias da História

corrente, bares...!). Era Natal. As NT do um só quarto porque o quartel com naquele lugar, redigiu uma carta para

Algumas (tristes) recordações/razões repartiram o caixote de bacalhau que


chegara da metrópole com os Guardas
construções em grande parte cobertas
a capim, não tinham alojamento para ele.
o Governo Geral (sem conhecimento
do seu Administrador) a acusar as NT
Fiscais (brancos e negros). Os Auxilia- O missionário foi irredutível: não cedeu de caçarem durante a noite, o que era

da Guerra em Angola res não mais pensaram em desertar. porque não queria nada com a tropa. O
capitão passou a pernoitar numa cubata.
proibido por lei (queria criar um inciden-
te). O Governo Geral endossou a carta
Março 1963 - Cidade da Gabela A CCaç 457 ia semanalmente abas- para Quartel-general e este, através
(Centro de Angola) tecer-se ao Duque de Bragança. O Ad- da 43 Repartição, fê-la chegar à CCaç
A CCaç 98 acabou a Comissão na ministrador, os seus funcionários e os 457 para se pronunciar. Mas, junto com
Gabela. Aí vivia um comerciante que 3 comerciantes locais pediam às NT o documento vinha um cartão pessoal
missão estava incluída a intervenção na ciência e implorou que não o fizesse, anos mais tarde, já em Portugal, recor- que lhes fizessem o reabastecimento: do Tenente-coronel que chefiava a 4.ª
Fazenda S. José, que fora saqueada e porque tinha família, etc., etc. O Alfe- dando os tempos da Gabela, contou entregavam ao furriel que comandava Repartição em que escreveu: "Cama-
destruída. As NT foram acompanhadas res só lhe perguntou se achava correto a um dos Alferes o seguinte: "Quando a coluna uma relação do que precisa- rada, então esse filho da p***, não sa-
do seu proprietário (Sr. Azevedo), de- que tivesse vindo do Continente para vendia pano para as capulanas das vam, juntamente com um recipiente e be que a tropa, em zona de fronteira,
sejoso de ver o estado em que ficara a defender comportamentos como o da mulheres angolanas, estendia a peça dinheiro. O furriel, ao regressar, entre- tem de farolinar de noite para ver se há
propriedade. senhora. As lágrimas afloraram nas de pano no balcão, colocava o metro gava-lhes as encomendas. Entretan- infiltrações do Inimigo e na dúvida faz
Um dos Alferes, nessa fazenda, en- pálpebras da funcionária... de madeira para medir um metro e, to estavam a escassear os víveres ao fogo?”. Foi fácil ao capitão justificar as
controu uma balança Roberval com ao medir o segundo metro, colocava missionário. Não tinha coragem de se caçadas... Mais, tarde, indo a Luanda,
Joaquim Amaral duas coleções de pesos: uns, com Dezembro 1962 - Sacandica a mão esquerda uns 20 cm atrás e o meter à picada sozinho no seu Land foi conhecer pessoalmente o Tenen-
Coronel Inf.ª Ref. chumbo interior e outros sem chum- (Fronteira Norte de Angola) mesmo sucedia no terceiro metro.". Rover e não tinha coragem de pedir te-coronel e agradecer-lhe a "dica".
bo. Perguntou ao Sr. Azevedo a ra- Esta povoação foi recuperada pela Conclusão: em 3 metros de pano ven- o apoio do capitão. Recorreu ao Ad- O Administrador não gostou da atitu-
zão daquelas coleções distintas. O CCaç 98 e por um pelotão de para- dido roubava cerca de meio metro... ministrador para interferir a seu favor. de do subordinado Conceição e fê-lo
Maio 1961- Negaje (Norte de Angola) senhor, sorrindo, disse: "O Sr. Alferes quedistas, que depois se retirou para Este fê-lo num momento em que, es- desaparecer de Forte República e em
A CCaç 98 saiu de Luanda com des- ainda é muito novo em África". O Alfe- Luanda. Além de um pelotão reforçado Agosto 1964 - Malanje tando a conversar com o capitão, apa- seguida emprestou a sua casa ao ca-
tino à fronteira norte de Angola. Nessa res percebeu: com chumbo, serviam da Caç 98 na guarnição havia também A CCaç 457 estava sedeada nesta ci- receu o missionário sem se aperceber pitão, que abandonou a cubata. Mas o
marcha pernoitou em Negaje. À noite, para quando era o nativo a vender uma secção da Guarda Fiscal, consti- dade. O capitão teve conhecimento que da presença deste. O missionário não Conceição, com o incidente que criou,
o capitão, com os seus alferes, viu na ginguba (amendoim) e sem chumbo tuída por guardas brancos e Auxiliares um comerciante, ao fazer o pagamento conseguiu dizer uma palavra, corado, foi beneficiado saindo de Forte Repú-
rua principal da vila, uma camioneta de serviam para quando era o fazendeiro angolanos. Eram comandados pelo semanal aos assalariados que trabalha- perante a atitude do capitão: "Senhor blica. Era assim em Angola...
carga aberta, com uma armação im- a vender... Sargento Freitas. vam na sua Fazenda, usava o seguinte Padre, com certeza que o ajudaremos
provisada em cima, com dois andares, Uma determinada madrugada, o Alfe- esquema: o estabelecimento tinha duas no que precisar porque está no Evan- Outubro 1964- Forte República
tal qual como aquelas que vemos para Janeiro 1962 - Sá da Bandeira res foi alertado pelo Furriel de Serviço portas. Os nativos entravam por uma gelho escrito que quando alguém te Em Forte República a CCaç 457 era
transportar galináceos. Só que nessa (Sul de Angola) que lhe comunicou que os Auxiliares das portas para receber o seu salário, bater na face direita, tu ofereces-lhe a abastecida de combustíveis pela Shell.
armação não estavam galináceos, mas Um Alferes, de licença, desloca-se da Guarda Fiscal tinham abandonado mas de imediato eram coagidos a sair e esquerda...”. O esquema já estava montado pela
sim homens negros, bailundos, que aos CTT. Vai para a fila de pessoas o Posto levando com eles o armamento entrar pela outra porta para fazer com- Mas as histórias com o missioná- CCaç 459 quando foi substituída pela
iriam para uma Fazenda fazer a possí- (todas brancas) que queriam ser aten- que tinham distribuído. O Alferes mon- pras na loja. Bem afirmavam: "Patrão, rio continuaram. Na missa dominical CCaç 457 e funcionava na perfeição,
vel colheita do café. Empilhados como didas no único guichet de serviço. À tou de imediato uma ação e foi locali- não preciso comprar nada, preciso de le- ele fazia questão de proferir a homilia pelo que foi mantido sem que o capitão
galinhas, em dois andares, sem possi- medida que se aproximava a vez de ser zá-los já uns bons quilómetros percor- var o Kitari (dinheiro) para a família!”, mas em quimbundo quando a maioria dos sequer conhecesse os responsáveis da
bilidade de vir ao solo fazer as suas ne- atendido, verificou que junto do guichet ridos, a caminho do Béu, para terem o patrão insistia e, com medo de serem crentes eram os militares brancos. O Shell em Malanje. O capitão foi procura-
cessidades fisiológicas, sem poderem estava um nativo, que ia sendo suces- acesso ao seu comando, em Maquela despedidos, acabavam por deixar na loja capitão pôs o problema ao Quartel-ge- do por 3 dirigentes da Sacor para que
estender-se para descansar, toda a sivamente preterido no atendimento e do Zombo. Regressaram a Sacandica o que tinham recebido, momentos antes, neral e este endossou-o para o Gover- mudasse de fornecedor. O capitão dis-
noite a apanhar o cacimbo! "Viemos da com a agravante de carregar nos bra- com o Alferes que os inquiriu sobre a levando o que não precisavam... no Geral, que respondeu que, segun- se-lhes que nem conhecia o fornecedor
metrópole para defender esta desuma- ços uma série de caixotes volumosos razão da fuga: "O sargento Freitas dei- do a Concordata, ele podia falar em da Shell e que só mudaria se houvesse
nidade?”. Interrogou o capitão. Foi pro- de encomendas a despachar. tou vinagre e azeite no nosso vinho e Setembro 1964 - Forte República língua nativa, para melhor compreen- ganhos para a Fazenda Nacional. Res-
curar o Administrador local e exigiu-lhe Quando chegou a vez de ser atendi- sal no nosso açúcar dizendo que preto A CCaç 457 foi deslocada para esta são dos nativos. Fomos forçados a ponderam-lhe que isso não era possível
que aqueles homens fossem apeados do, disse à funcionária que já há muito não tem direito de comer como o bran- povoação, nos confins do distrito de ouvir quimbundo! Mas o Bispo acabou porque havia uma tabela nacional para
do "galinheiro" e recolhidos num arma- tempo devia ter atendido aquele se- co" (não dependiam das NT, quanto à Malanje. Aí ocupou a Missão Católica, por o substituir, até porque no contac- todos os fornecedores cumprirem.
zém com o mínimo de dignidade. As- nhor. A funcionária retorquiu aspera- alimentação). O Alferes chamou a sós por estar abandonada. O missionário to com os nativos menosprezava Por- Depois de muita conversa em que ale-
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sim sucedeu. mente "diga o que precisa ou afaste-se o sargento Freitas e foi violentíssimo (espanhol, do País Basco), deslocado tugal dizendo que éramos uma quinta garam ter já falado com o Comandan-
para ser atendida outra pessoa (bran- naquilo que lhe disse: participou a si- em Malanje, logo que sentiu que havia da Espanha. te de Batalhão (Tenente-coronel Melo
Junho 1961 - Maquela do Zombo ca); esse (negro) espera”. O alferes tuação e o sargento Freitas foi manda- tranquilidade nessa região, pediu ao Ainda no Forte República (a cerca de Egídio) que lhes dissera que não podia
(Norte de Angola) identificou-se (estava à civil) e pediu- do recolher a Maquela do Zombo (uma seu Bispo (D. Pompeu) que contactas- 400 km de Malanje) a CCaç 457 tinha intervir por ser assunto da responsabi-
À CCaç 98 foi atribuída a missão de -lhe a identificação porque queria fazer promoção pois deixou uma zona inós- se o Comando Militar no sentido de ser por vezes de recorrer a caçadas notur- lidade do capitão, que até sabiam que
recuperar a povoação de Cuimba, na uma participação sobre o seu compor- pita, de guerra e veio para o conforto desocupada a Missão. O capitão deso- nas. O funcionário administrativo Con- o capitão era natural do mesmo distrito
fronteira com o ex-Congo Belga. Nessa tamento. Nessa altura, tomou cons- da vila onde tinha eletricidade, água cupou-a, mas pediu que lhe fosse cedi- ceição, desgostoso por estar colocado do fornecedor da Sacor em Malanje,

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e stórias da História

que a Sacor era nacional e a Shell era comentavam-na em quimbundo, mas pediu-lhe 1.200 escudos. O soldado
Manuel Nunes
estrangeira, etc., etc., acabaram por
se abrir: "O senhor capitão só tem de
ao verem a atitude do seu capitão ca-
laram-se e aprovaram-na, pois, era
retorquiu: "Há momentos vendeu-as ao
nosso Cabo por 800 escudos". “Isso Coelho Mendes
nos dar os seus dados pessoais e será outro tipo de branco... foi preço para branco, para preto são
aberta uma conta bancária em Lisboa, 1.200 escudos; o senhor não pode fa-
na zona de Belém, em seu nome." Fevereiro 1968 - Luacano zer isso”. “Eu vim do Bailundo para o
- Cabo da Guarda, com uma praça,
corre-me estes filhos da p*** já para fo-
ra do quartel! Foi esta a reação espon-
(Leste de Angola)
A CCaç 2361 construiu em Mucus-
sueje, a pedido do Bispo da Diocese
Luacano, deixei lá a minha família, aqui
não tenho nenhum familiar, quando vou
para a mata a bala não diz se é para
V inte e dois de agosto de 2023,
viria a ser o dia em que a tristeza
se instalaria no seio da nossa famí-
tânea e imediata do capitão. (D. Francisco Dias) uma Igreja/Escola. branco ou para negro, estou a defen- lia. Foi o dia do momento zero, para
Na altura da inauguração, o cape- der o senhor e a sua família, tal qual que as saudades fossem para sem-
Junho 1965 - Luanda – 2.ª Compa- lão militar (Padre Celestino) achou por como o nosso Cabo”; “Preto não fala pre, pelo descanso eterno do nosso
nhia de Intervenção do RIL bem ir nas vésperas desse dia para assim para branco!”. E, pegando numa querido pai e marido. Manuel Nunes
Esta Companhia reforçada (220 mili- Mucussueje, a fim de ajudar o mis- tranca que tinha atrás da porta, deu Coelho Mendes partiria deste nosso
tares) foi enviada para uma operação sionário responsável pelo templo na uma cacetada ao soldado abrindo-lhe mundo, vítima de uma paragem cardíaca causada por
em reforço do Batalhão de Quitexe. confissão dos nativos da localidade. a cabeça. uma septicemia. Mesmo assim, nos momentos anterio-
Num determinado dia, sofreu uma Interrogado sobre essas confissões, O soldado chegou ao quartel todo en- res ao sucedido, o "Russo" nunca deixou de ser ele pró-
emboscada e foi ferido gravemente foi-lhe perguntado: "Padre Celestino, sanguentado. O Capitão, de imediato, prio, com uma ou outra brincadeira, uma ou outra piada
um soldado angolano (negro). Com se o senhor não sabe falar umbundo deteve o comerciante Fernando. Não com as enfermeiras, tudo sempre por detrás do seu tão
muito sacrifício foi deslocado numa e os nativos não sabem falar portu- havendo prisão no quartel, pernoitou na típico sorriso de miúdo traquina.
maca improvisada para a Base Tem- guês, como é que percebe os seus casa do motor elétrico. Foi instruído um Nascido a 22 de março de 1944 em Palmeira, Braga,
porária (BT) e depois do capitão, que pecados e depois lhes dá a absolvi- Alferes como Oficial Averiguante e um no seio de uma família humilde, seria então, o filho mais
não dispunha de médico, ter provi- ção?”, "Eu ouço-os, dou-lhes a absol- Furriel como escriturário para na manhã novo da numerosa prol de Lino Mendes e Maria Nunes
denciado um garrote e uma injeção vição e acrescento para mim: agora o seguinte elaborarem os Autos, a reme- Coelho. Depois de uma infância, toda ela passada em
de Zimema K (anti-hemorrágico). Pe- Espírito Santo que se desenrasque...". ter com o arguido ao Ministério Público Mós (Vila Verde), ao atingir a idade de adolescente, fez as
diu a evacuação à Força Aérea, mas na cidade capital de distrito (Luso). malas e resolveu tentar a sua sorte em Leiria, onde se en-
devido ao adiantado da hora, não era Março 1968 - Luacano No dia seguinte, durante a inquirição contrava um dos seus irmãos. Apesar da sua tenra idade,
possível deslocar um heli por estes O capitão da CCaç 2361 permi- começou arrogante, mas quando per- depressa arranjou trabalho. Também o respeito que tinha
não poderem voar de noite no ma- tia que, sempre que as operações o cebeu que ia ser enviado debaixo de pelas pessoas e a dedicação que demonstrava durante o
to, dadas as dificuldades de referen- permitissem, uma Secção com o seu escolta para o Tribunal do Luso, pas- período laboral, fazia com que fosse estimado por onde
ciação. O Comandante do Batalhão Furriel se deslocasse no fim de sema- sou a chorar convulsivamente porque quer que passou.
mandou à BT um pelotão com um na para a vila de Teixeira de Sousa, ia deixar a mulher e os filhos no Lua- Anos passados, é chamado para representar a pátria
médico para evacuar o ferido para onde havia cafés, cinema, restauran- cano, zona de guerra ativa. Pediu para ao serviço das Forças Armadas Portuguesas. Os tempos
Luanda. O médico, quando chegou, tes, para "esquecerem" a vida difícil falar com o soldado. Mal este chegou eram de conflito nas colónias, e poucos eram os jovens
perguntou onde estava o ferido e, ao que tinham no Luacano, sem luz, sem junto dele, pôs-se de joelhos e de mãos dispensados do cumprimento do serviço militar obrigató-
vê-lo no chão e vendo que era um água canalizada, com guerra. Era-lhes postas como em oração, aos pés do rio; Manuel não foi exceção. Depois da instrução básica e
soldado negro, teve esta declaração: permitido, em Teixeira de Sousa, trajar soldado chorando e pedindo perdão. O da especialidade na arma de Transmissões, embarca para
"Ora porra! Venho eu há uma hora na à civil. Para o efeito, um Cabo foi ao soldado ficou aflito sem saber o que fa- Angola a 17 de dezembro de 1965, a bordo do paquete
picada a apanhar pó por causa de um comerciante Fernando, no Luacano e zer ou dizer. O capitão ouviu o médico Vera Cruz. Durante vinte seis meses, o "Russo" conheceu o
gajo destes!”. O capitão (sem galões), comprou umas calças por 800 escu- sobre a gravidade da lesão no couro sentimento de estar longe de casa, no meio de uma guer-
de imediato atirou-se ao camuflado dos. Na CCaç 2361 havia 10 soldados cabeludo e em seguida deu uma hora ra. E foi nesse meio que viveu, lutou e sobreviveu, e a 22
do médico, agarrando-o pelos om- angolanos, todos eles habilitados com ao soldado para refletir. Passado es- de fevereiro de 1968, passa à disponibilidade e regressa a
A campa de Manuel Nunes Coelho Mendes com a Bandeira
bros e sacudiu-o bem sacudido. Rea- o antigo 7.º Ano dos Liceus (quando na se tempo, o soldado veio dizer ao ca- Portugal no paquete Uige. Mas já nada era como antes: seu
Nacional que foi entregue à sua família.
ção do médico: "Quem é o senhor?". Companhia havia 30 soldados bran- pitão que lhe perdoava e em seguida coração ficara em Angola e era para lá que sentia que tinha
Sou o comandante de companhia, cos analfabetos, mas que durante a repetiu-se a cena com o comerciante que voltar. Era um sentimento de tal maneira forte, que a 28 braços, e entre muito sacrifício e lágrimas, conseguiu reerguer-
que vai fazer duas participações: Comissão em Aulas Regimentais aca- Fernando, quando soube que estava de julho do mesmo ano decide abraçar o chamamento e se, e levar a vida a bom porto. Ao longo dos anos, a família do
uma, para a Ordem dos Médicos, co- baram por fazer o exame da antiga 4.ª perdoado pelo soldado negro. Afinal regressou. Lá trabalhou, lá construiu família, e era aí que se Manuel foi crescendo.
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municando-lhe o seu comportamen- classe, na cidade do Luso). Um desses a grandeza de sentimentos não tem sentia feliz, como que vivesse um sonho. Contudo, a 10 de À data da sua partida, três diferentes gerações já haviam
to negando a nobre missão de um soldados angolanos também ia a Tei- a ver com a cor da pele. Então o ca- setembro de 1975, devido ao clima de insegurança e insta- nascido para levar o seu legado adiante. Hoje é lágrimas de
médico; a outra participação vai se- xeira de Sousa nesse fim de semana pitão ordenou-lhe que se pusesse de bilidade, por causa das lutas entre as diferentes fações no quem foi embora sem avisar. Vive no nosso pensamento, na
guir os canais militares para que seja e, por isso, perguntou ao Cabo quanto pé como um Homem e não de joe- país pelo poder, tudo se tornou num pesadelo. Com pouco nossa saudade e nosso amor. Lembranças do seu jeito de ser,
punido disciplinarmente. Entretanto, haviam custado as calças. Dirigiu-se à lhos como um verme e, depois da ne- mais que a roupa no corpo, ele, sua esposa e sua filha mais da sua forma carismática de contar histórias da sua vida, com
os outros soldados angolanos, que loja e quis comprar também umas cal- cessária e forte de lição que lhe deu, velha, até então a única que era nascida, tiveram que partir todos os detalhes, do seu sorriso.
tinham assistido à atitude do médico, ças iguais às do Cabo. O comerciante mandou-o embora. C de regresso ao Continente. Mesmo assim não baixou os Sandra Cristina dos Santos Mendes C

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e stórias da História

que a Sacor era nacional e a Shell era comentavam-na em quimbundo, mas pediu-lhe 1.200 escudos. O soldado
Manuel Nunes
estrangeira, etc., etc., acabaram por
se abrir: "O senhor capitão só tem de
ao verem a atitude do seu capitão ca-
laram-se e aprovaram-na, pois, era
retorquiu: "Há momentos vendeu-as ao
nosso Cabo por 800 escudos". “Isso Coelho Mendes
nos dar os seus dados pessoais e será outro tipo de branco... foi preço para branco, para preto são
aberta uma conta bancária em Lisboa, 1.200 escudos; o senhor não pode fa-
na zona de Belém, em seu nome." Fevereiro 1968 - Luacano zer isso”. “Eu vim do Bailundo para o
- Cabo da Guarda, com uma praça,
corre-me estes filhos da p*** já para fo-
ra do quartel! Foi esta a reação espon-
(Leste de Angola)
A CCaç 2361 construiu em Mucus-
sueje, a pedido do Bispo da Diocese
Luacano, deixei lá a minha família, aqui
não tenho nenhum familiar, quando vou
para a mata a bala não diz se é para
V inte e dois de agosto de 2023,
viria a ser o dia em que a tristeza
se instalaria no seio da nossa famí-
tânea e imediata do capitão. (D. Francisco Dias) uma Igreja/Escola. branco ou para negro, estou a defen- lia. Foi o dia do momento zero, para
Na altura da inauguração, o cape- der o senhor e a sua família, tal qual que as saudades fossem para sem-
Junho 1965 - Luanda – 2.ª Compa- lão militar (Padre Celestino) achou por como o nosso Cabo”; “Preto não fala pre, pelo descanso eterno do nosso
nhia de Intervenção do RIL bem ir nas vésperas desse dia para assim para branco!”. E, pegando numa querido pai e marido. Manuel Nunes
Esta Companhia reforçada (220 mili- Mucussueje, a fim de ajudar o mis- tranca que tinha atrás da porta, deu Coelho Mendes partiria deste nosso
tares) foi enviada para uma operação sionário responsável pelo templo na uma cacetada ao soldado abrindo-lhe mundo, vítima de uma paragem cardíaca causada por
em reforço do Batalhão de Quitexe. confissão dos nativos da localidade. a cabeça. uma septicemia. Mesmo assim, nos momentos anterio-
Num determinado dia, sofreu uma Interrogado sobre essas confissões, O soldado chegou ao quartel todo en- res ao sucedido, o "Russo" nunca deixou de ser ele pró-
emboscada e foi ferido gravemente foi-lhe perguntado: "Padre Celestino, sanguentado. O Capitão, de imediato, prio, com uma ou outra brincadeira, uma ou outra piada
um soldado angolano (negro). Com se o senhor não sabe falar umbundo deteve o comerciante Fernando. Não com as enfermeiras, tudo sempre por detrás do seu tão
muito sacrifício foi deslocado numa e os nativos não sabem falar portu- havendo prisão no quartel, pernoitou na típico sorriso de miúdo traquina.
maca improvisada para a Base Tem- guês, como é que percebe os seus casa do motor elétrico. Foi instruído um Nascido a 22 de março de 1944 em Palmeira, Braga,
porária (BT) e depois do capitão, que pecados e depois lhes dá a absolvi- Alferes como Oficial Averiguante e um no seio de uma família humilde, seria então, o filho mais
não dispunha de médico, ter provi- ção?”, "Eu ouço-os, dou-lhes a absol- Furriel como escriturário para na manhã novo da numerosa prol de Lino Mendes e Maria Nunes
denciado um garrote e uma injeção vição e acrescento para mim: agora o seguinte elaborarem os Autos, a reme- Coelho. Depois de uma infância, toda ela passada em
de Zimema K (anti-hemorrágico). Pe- Espírito Santo que se desenrasque...". ter com o arguido ao Ministério Público Mós (Vila Verde), ao atingir a idade de adolescente, fez as
diu a evacuação à Força Aérea, mas na cidade capital de distrito (Luso). malas e resolveu tentar a sua sorte em Leiria, onde se en-
devido ao adiantado da hora, não era Março 1968 - Luacano No dia seguinte, durante a inquirição contrava um dos seus irmãos. Apesar da sua tenra idade,
possível deslocar um heli por estes O capitão da CCaç 2361 permi- começou arrogante, mas quando per- depressa arranjou trabalho. Também o respeito que tinha
não poderem voar de noite no ma- tia que, sempre que as operações o cebeu que ia ser enviado debaixo de pelas pessoas e a dedicação que demonstrava durante o
to, dadas as dificuldades de referen- permitissem, uma Secção com o seu escolta para o Tribunal do Luso, pas- período laboral, fazia com que fosse estimado por onde
ciação. O Comandante do Batalhão Furriel se deslocasse no fim de sema- sou a chorar convulsivamente porque quer que passou.
mandou à BT um pelotão com um na para a vila de Teixeira de Sousa, ia deixar a mulher e os filhos no Lua- Anos passados, é chamado para representar a pátria
médico para evacuar o ferido para onde havia cafés, cinema, restauran- cano, zona de guerra ativa. Pediu para ao serviço das Forças Armadas Portuguesas. Os tempos
Luanda. O médico, quando chegou, tes, para "esquecerem" a vida difícil falar com o soldado. Mal este chegou eram de conflito nas colónias, e poucos eram os jovens
perguntou onde estava o ferido e, ao que tinham no Luacano, sem luz, sem junto dele, pôs-se de joelhos e de mãos dispensados do cumprimento do serviço militar obrigató-
vê-lo no chão e vendo que era um água canalizada, com guerra. Era-lhes postas como em oração, aos pés do rio; Manuel não foi exceção. Depois da instrução básica e
soldado negro, teve esta declaração: permitido, em Teixeira de Sousa, trajar soldado chorando e pedindo perdão. O da especialidade na arma de Transmissões, embarca para
"Ora porra! Venho eu há uma hora na à civil. Para o efeito, um Cabo foi ao soldado ficou aflito sem saber o que fa- Angola a 17 de dezembro de 1965, a bordo do paquete
picada a apanhar pó por causa de um comerciante Fernando, no Luacano e zer ou dizer. O capitão ouviu o médico Vera Cruz. Durante vinte seis meses, o "Russo" conheceu o
gajo destes!”. O capitão (sem galões), comprou umas calças por 800 escu- sobre a gravidade da lesão no couro sentimento de estar longe de casa, no meio de uma guer-
de imediato atirou-se ao camuflado dos. Na CCaç 2361 havia 10 soldados cabeludo e em seguida deu uma hora ra. E foi nesse meio que viveu, lutou e sobreviveu, e a 22
do médico, agarrando-o pelos om- angolanos, todos eles habilitados com ao soldado para refletir. Passado es- de fevereiro de 1968, passa à disponibilidade e regressa a
A campa de Manuel Nunes Coelho Mendes com a Bandeira
bros e sacudiu-o bem sacudido. Rea- o antigo 7.º Ano dos Liceus (quando na se tempo, o soldado veio dizer ao ca- Portugal no paquete Uige. Mas já nada era como antes: seu
Nacional que foi entregue à sua família.
ção do médico: "Quem é o senhor?". Companhia havia 30 soldados bran- pitão que lhe perdoava e em seguida coração ficara em Angola e era para lá que sentia que tinha
Sou o comandante de companhia, cos analfabetos, mas que durante a repetiu-se a cena com o comerciante que voltar. Era um sentimento de tal maneira forte, que a 28 braços, e entre muito sacrifício e lágrimas, conseguiu reerguer-
que vai fazer duas participações: Comissão em Aulas Regimentais aca- Fernando, quando soube que estava de julho do mesmo ano decide abraçar o chamamento e se, e levar a vida a bom porto. Ao longo dos anos, a família do
uma, para a Ordem dos Médicos, co- baram por fazer o exame da antiga 4.ª perdoado pelo soldado negro. Afinal regressou. Lá trabalhou, lá construiu família, e era aí que se Manuel foi crescendo.
38|Combatente março 2024

39|Combatente março 2024


municando-lhe o seu comportamen- classe, na cidade do Luso). Um desses a grandeza de sentimentos não tem sentia feliz, como que vivesse um sonho. Contudo, a 10 de À data da sua partida, três diferentes gerações já haviam
to negando a nobre missão de um soldados angolanos também ia a Tei- a ver com a cor da pele. Então o ca- setembro de 1975, devido ao clima de insegurança e insta- nascido para levar o seu legado adiante. Hoje é lágrimas de
médico; a outra participação vai se- xeira de Sousa nesse fim de semana pitão ordenou-lhe que se pusesse de bilidade, por causa das lutas entre as diferentes fações no quem foi embora sem avisar. Vive no nosso pensamento, na
guir os canais militares para que seja e, por isso, perguntou ao Cabo quanto pé como um Homem e não de joe- país pelo poder, tudo se tornou num pesadelo. Com pouco nossa saudade e nosso amor. Lembranças do seu jeito de ser,
punido disciplinarmente. Entretanto, haviam custado as calças. Dirigiu-se à lhos como um verme e, depois da ne- mais que a roupa no corpo, ele, sua esposa e sua filha mais da sua forma carismática de contar histórias da sua vida, com
os outros soldados angolanos, que loja e quis comprar também umas cal- cessária e forte de lição que lhe deu, velha, até então a única que era nascida, tiveram que partir todos os detalhes, do seu sorriso.
tinham assistido à atitude do médico, ças iguais às do Cabo. O comerciante mandou-o embora. C de regresso ao Continente. Mesmo assim não baixou os Sandra Cristina dos Santos Mendes C

36-39.indd 38-39 29/02/2024 09:17:31


i n memoriam

Foto: Assoc. dos Antigos Alunos do Colégio Militar


José Alberto Lopes Carvalheira como a Marinha se comporta no meio
onde opera e eventualmente combate,
durante toda a semana que duraram
Vice-almirante (Évora 1/11/1935 - Lisboa 7/1/2024) os exercícios que se desenrolaram en-
tre o Continente e os Açores. E de que
guardei uma excelente recordação de
toda a guarnição da Fragata João Belo
e do seu comandante, hoje Almirante
Junqueiro Sarmento.3 Navio que José
Carvalheira tinha anteriormente co-
1954 – Curso Pêro da Covilhã (Classe se com um dos “Aquiles Lusitanos”, mandado, como Capitão-de-Fragata.
de Marinha) - até à sua passagem à modernos, de seu nome Alpoim Galvão, Ainda estávamos a sair da barra
reforma, em 1 de Novembro de 2001, ao tempo da Operação “Mar Verde”.2 - creio que era Junho e as praias es-
por limite de idade, tendo entre 1996 Ficaram grandes amigos para a tavam cheias - o Comandante Carva-
e 2000, sido juiz do Supremo Tribunal vida, tendo constituído mais tarde um lheira mirando terra e olhando as pes-
Militar, de saudosa memória. grupo conhecido pelo “Bando dos soas folgando no areal, lançou para o
Teve uma carreira sobretudo ligada Cinco”, de que faziam parte também, éter algo parecido com isto: “Aqui vai
João José Brandão Ferreira à componente operacional do sistema o General Almeida Bruno (Torre e a vossa Marinha, sempre pronta para
Oficial Piloto Aviador (Ref.) de forças, sem embargo de ter estacio- Espada); o Professor Azevedo Teixeira vos defender, mesmo que vocês não
nado em vários departamentos do Ra- (“Comando”) e o Professor Catedrático queiram...”.
mo desde o Grupo n.º 2 de Escolas da de Medicina, Ângelo Lucas. Por alguma razão retive a frase até hoje,
Armada, à Direcção-Geral da Marinha Foi ele (Carvalheira) que ajudou a e desde então sempre confraternizámos,

O Vice-Almirante da Armada Por-


tuguesa, José Carvalheira, não
era um bom Homem, mas sim um
(foi Capitão do Porto da Nazaré); o Co-
mando da Defesa Marítima do Porto de
Lisboa; Estado-Maior da Armada, Ba-
promover a homenagem última da
Armada a Alpoim Galvão, com o
lançamento à água, a partir da Fragata
numa relação que ultrapassou a simples
camaradagem entre oficiais de idade e
postos diferentes.
Homem bom. se Naval de Lisboa e Superintendência Corte Real, “entre Torres”, onde o Tejo O Almirante Carvalheira era um Por-
Na nota necrológica da Associação dos Serviços de Pessoal. Como Capi- se mistura com o oceano, das cinzas tuguês de rara fibra e sensibilidade.
dos Antigos Alunos do Colégio Mili- tão de Mar-e-Guerra, foi Chefe de Ga- mortais deste bravo. Cerimónia a que Patriota acabado, de fino trato e edu-
tar, lê-se que tinha falecido o aluno binete desse outro grande português, tive a honra de assistir. cação; dedicado à Marinha e às For-
301/1946 e que o seu corpo repou- militar e marinheiro, que foi o Almirante Só soube do falecimento do ilustre ças Armadas, estimava muito a sua
saria no Talhão dos Combatentes do Andrade e Silva, enquanto CEMA.1 oficial que foi José Carvalheira na tarde condição de combatente em África,
Cemitério do Alto de S. João. O Almirante Carvalheira foi um ho- do seu funeral, razão pela qual não lhe onde nunca virou a cara ao inimigo,
E, de facto, José Carvalheira foi um mem do mar - o Alentejo sempre foi pude prestar a “última homenagem”. não desertou do combate nem traiu
combatente que lutou de armas na uma província que deu muitos mari- Fica agora aqui expressa. o juramento à Bandeira das Quinas.
mão, na defesa de Portugal. nheiros, a começar por Vasco da Ga- Conheci o Almirante Carvalheira Amigo do seu amigo, carácter
O Colégio Militar - que cursou e ao ma - tendo ganho muita experiência na já tarde na minha vida. Estando a simples, verdadeiro e sem vícios, era um
qual ficou ligado até ao fim dos seus Flotilha de Draga-Minas; Navios Patru- comandar a Esquadra 302, em Monte homem sereno e raramente o vi irritado
dias, em corpo e espírito - foi o primeiro lhas e Escoltas Oceânicos. Real - uma esquadra cuja missão - ocasião em que a voz lhe tremia - sem O Vice-almirante José Alberto Lopes Carvalheira era Sócio Combatente n.º 45 160
e membro do Conselho Supremo da Liga dos Combatentes.
grande marco da sua vida, depois de, Esteve colocado no Comando Naval primária era atacar meios navais (sigla embargo de viver há muito desgostoso
naturalmente ter nascido e vivido no dos Açores. NATO, “TASMO”, Tactical Air Support com a situação política e social do país
aconchego da sua família. Foi destacado para cumprir missões Maritime Operations”), fui nomeado e o estado muito crítico em que se os males de saúde que o passaram a rol que fizeram parte daqueles citados
Família que, a partir de 1959, aumen- de soberania e luta anti-guerrilha no para ser oficial de estado-maior do encontravam e encontram as Forças atormentar nos últimos anos de vida. por Camões.
tou através do seu casamento, mais tar- antigo teatro de operações da Província comandante embarcado de uma “Força Armadas e nomeadamente a Marinha. A Marinha perdeu um dos seus Senhor Almirante, compatriota e
40|Combatente março 2024

41|Combatente março 2024


de abençoado com três descendentes. da Guiné, por duas vezes, tendo sido Tarefa”, como responsável pelo apoio Preocupava-o sobremaneira o futuro melhores, a Nação (e a Pátria) ganharam amigo José Alberto Lopes Carvalheira
O ex-301/46 sempre ostentou orgu- condecorado com a Medalha de Prata aéreo (sigla NATO “TACP”, Tactical Air dos netos, tudo se agravando com jus a terem mais um dos seus filhos no será lembrado. Até sempre. C
lhosamente a sua barretina de menino de Serviços Distintos com Palma (da sua Control Party”). O Comandante era o
da luz, foi um amor para a vida. nota de assentos constam 20 louvores então Capitão de Mar – e -Guerra José 1
O Almirante Andrade e Silva foi o primeiro chefe militar cujo mandato não foi prolongado, por ter dito umas verdades que aparentemente
A sua carreira militar - Ramo Arma- e 18 condecorações). Nesse antigo Carvalheira. Estávamos em 1987. não agradaram a alguns políticos da época.
da - durou desde a sua entrada para território português – e nenhuma razão Foi para mim muito proveitoso e es- 2
Aquiles Lusitano foi o nome com que Camões designou o notável capitão e cosmógrafo Duarte Pacheco Pereira, pelos seus feitos na Índia.
a Escola Naval, em 1 de Outubro de havia para deixar de o ser – cruzou- clarecedor observar a vida a bordo e 3
Filho de um outro notável Almirante de nome Sarmento Rodrigues, que foi Governador da Guiné e Moçambique e homem de cultura.

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i n memoriam

Foto: Assoc. dos Antigos Alunos do Colégio Militar


José Alberto Lopes Carvalheira como a Marinha se comporta no meio
onde opera e eventualmente combate,
durante toda a semana que duraram
Vice-almirante (Évora 1/11/1935 - Lisboa 7/1/2024) os exercícios que se desenrolaram en-
tre o Continente e os Açores. E de que
guardei uma excelente recordação de
toda a guarnição da Fragata João Belo
e do seu comandante, hoje Almirante
Junqueiro Sarmento.3 Navio que José
Carvalheira tinha anteriormente co-
1954 – Curso Pêro da Covilhã (Classe se com um dos “Aquiles Lusitanos”, mandado, como Capitão-de-Fragata.
de Marinha) - até à sua passagem à modernos, de seu nome Alpoim Galvão, Ainda estávamos a sair da barra
reforma, em 1 de Novembro de 2001, ao tempo da Operação “Mar Verde”.2 - creio que era Junho e as praias es-
por limite de idade, tendo entre 1996 Ficaram grandes amigos para a tavam cheias - o Comandante Carva-
e 2000, sido juiz do Supremo Tribunal vida, tendo constituído mais tarde um lheira mirando terra e olhando as pes-
Militar, de saudosa memória. grupo conhecido pelo “Bando dos soas folgando no areal, lançou para o
Teve uma carreira sobretudo ligada Cinco”, de que faziam parte também, éter algo parecido com isto: “Aqui vai
João José Brandão Ferreira à componente operacional do sistema o General Almeida Bruno (Torre e a vossa Marinha, sempre pronta para
Oficial Piloto Aviador (Ref.) de forças, sem embargo de ter estacio- Espada); o Professor Azevedo Teixeira vos defender, mesmo que vocês não
nado em vários departamentos do Ra- (“Comando”) e o Professor Catedrático queiram...”.
mo desde o Grupo n.º 2 de Escolas da de Medicina, Ângelo Lucas. Por alguma razão retive a frase até hoje,
Armada, à Direcção-Geral da Marinha Foi ele (Carvalheira) que ajudou a e desde então sempre confraternizámos,

O Vice-Almirante da Armada Por-


tuguesa, José Carvalheira, não
era um bom Homem, mas sim um
(foi Capitão do Porto da Nazaré); o Co-
mando da Defesa Marítima do Porto de
Lisboa; Estado-Maior da Armada, Ba-
promover a homenagem última da
Armada a Alpoim Galvão, com o
lançamento à água, a partir da Fragata
numa relação que ultrapassou a simples
camaradagem entre oficiais de idade e
postos diferentes.
Homem bom. se Naval de Lisboa e Superintendência Corte Real, “entre Torres”, onde o Tejo O Almirante Carvalheira era um Por-
Na nota necrológica da Associação dos Serviços de Pessoal. Como Capi- se mistura com o oceano, das cinzas tuguês de rara fibra e sensibilidade.
dos Antigos Alunos do Colégio Mili- tão de Mar-e-Guerra, foi Chefe de Ga- mortais deste bravo. Cerimónia a que Patriota acabado, de fino trato e edu-
tar, lê-se que tinha falecido o aluno binete desse outro grande português, tive a honra de assistir. cação; dedicado à Marinha e às For-
301/1946 e que o seu corpo repou- militar e marinheiro, que foi o Almirante Só soube do falecimento do ilustre ças Armadas, estimava muito a sua
saria no Talhão dos Combatentes do Andrade e Silva, enquanto CEMA.1 oficial que foi José Carvalheira na tarde condição de combatente em África,
Cemitério do Alto de S. João. O Almirante Carvalheira foi um ho- do seu funeral, razão pela qual não lhe onde nunca virou a cara ao inimigo,
E, de facto, José Carvalheira foi um mem do mar - o Alentejo sempre foi pude prestar a “última homenagem”. não desertou do combate nem traiu
combatente que lutou de armas na uma província que deu muitos mari- Fica agora aqui expressa. o juramento à Bandeira das Quinas.
mão, na defesa de Portugal. nheiros, a começar por Vasco da Ga- Conheci o Almirante Carvalheira Amigo do seu amigo, carácter
O Colégio Militar - que cursou e ao ma - tendo ganho muita experiência na já tarde na minha vida. Estando a simples, verdadeiro e sem vícios, era um
qual ficou ligado até ao fim dos seus Flotilha de Draga-Minas; Navios Patru- comandar a Esquadra 302, em Monte homem sereno e raramente o vi irritado
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tou através do seu casamento, mais tar- antigo teatro de operações da Província comandante embarcado de uma “Força Armadas e nomeadamente a Marinha. A Marinha perdeu um dos seus Senhor Almirante, compatriota e
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com manequins em tamanho natural, efeitos de luz e som, a Ruy de Carvalho
vida do soldado português na Flandres, as saudades de casa,
as conversas em momentos de descanso e até naqueles em Ator
MUSEU DO COMBATENTE - Forte do Bom Sucesso - Belém que a realidade envolvente impossibilitava conciliar o sono
pelos rebentamentos sucessivos, os ataques de pânico,
os feridos, o sair do abrigo provisório da trincheira para o
combate corpo-a-corpo.
Únicos fabricantes em Portugal
Exposição Moçambique 1970, pelo olhar de Luís Cangueiro,
com fotografias do livro «100 Olhares»
As 100 fotografias deste livro têm o poder de fixar o tempo e consentir que o autor
recorde as memórias de um passado vivenciado, mas também sofrido, na Guerra C

Colonial em Moçambique, nos longínquos anos de 1969/71.


M
A fotografia é o reflexo de um olhar, e cada indivíduo tem a sua interpretação
muito pessoal sobre uma imagem fotográfica. O olhar como fotógrafo do autor foi, Y

desde sempre, especialmente atraído pelo elemento humano, porque a perspetiva CM

fotográfica que mais fascina o autor tem a ver particularmente com pessoas. Na MY

verdade, são elas que transmitem atitudes, vivências e emoções, que têm histórias
CY
para contar, que provocam sensações e sentimentos. Todos estes elementos
contagiam o observador, fazem com que se prenda mais facilmente à imagem, e CMY

alcance a mensagem que o fotógrafo pretende transmitir. K

Exposição permanente dedicada a diversos navios construídos pelo Eng.º Cardoso, exibe, além de navios em
Personalizável
modelismo construídos com materiais reciclados, algumas peças que o Museu de Marinha emprestou para o efeito.
Fácil de instalar (sem obras)

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41|Combatente dezembro 2023


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Combatentes, viúvas de Combatentes, com cartão, sócios da LC e crianças até 5 anos - isentos; Seniores (mais 65 anos ) e militares ao
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serviço - 3 €; Grupo acima de 6 pessoas - 4 €; Lisboa card (desconto de 1 €) - 4 €; Bilhete normal - 5 €; Visitas guiadas de grupo com
projeção de filmes - 5 €;

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Desfile de Combatentes no Dia de Portugal em Portalegre (10 de junho de 2019) © Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República

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