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Trimestral - Edição 407 - março 2024 - 2€ Diretor: Joaquim Chito Rodrigues www.ligacombatentes.org
CONSERVAÇÃO
DAS MEMÓRIAS
Angola
Operação “Embondeiro”
Bragança
figueira.foz@ligacombatentes.org Prédio Alameda - Rua da Biblioteca,
8 - 1.º Dto - Escritório n.º 1 e 6
Tel: 266 403 247 - Tlm: 938 529 226
mora@ligacombatentes.org
povoa.varzim@ligacombatentes.org
Torres Novas
e no estrangeiro Manitoba, R3E 2R8 - Canadá
Tels: 204 772 1760/228 1132
Rua General Sepúlveda, 10 Funchal 5340-201 Macedo de Cavaleiros Queluz Rua Miguel de Arnide - pascpasc41@yahoo.ca
5300-054 Bragança - Tel: 273 326 394 Casa do Combatente – Beco do Paiol, 32-A Tel: 961 248 246 Moura Rua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A Prédio Alvorão, 69-A, r/c - C Áustria
braganca@ligacombatentes.org São Pedro 9000-198 Funchal macedo.cavaleiros@ligacombatentes.org Largo dos Quartéis, Edifício dos Quartéis, Lote 12 2745-158 Queluz 2350-522 Torres Novas - Tel: 249 822 038 Wien Taekwondo Centre
Tel: 291 220 141 Caixa Postal 3012 Tel: 216 067 036 torres.novas@ligacombatentes.org Auf der Schmelz, 10
Caldas da Rainha
Rua do Sacramento, 7 - R/C Esq.º
funchal@ligacombatentes.org Macieira de Cambra
Rua do Souto, 190
Tlm: 962 323 710 - 7860-119 Moura queluz@ligacombatentes.org
Torres Vedras
1150 Vienna – Austria
Tel: +436764249138
r esidências senior
2500-182 Caldas da Rainha Gouveia 3730-226 Macieira de Cambra Mourão Reguengos de Monsaraz Rua Cândido dos Reis, 1-A - 1º (Ed. Ex-SMAS) cesar@cesarvalentim.com
Tlm: 913 534 239 / 262 843 142 Rua da República, 43 Tel: 256 284 566 Praça da República, 4 - 1º Dtº Rua Dr. Francisco Salles Gião, 21 Apartado 81 Porto (Creche, Jardim de Infância e Lar)
caldas.rainha@ligacombatentes.org 6290-518 Gouveia macieira.cambra@ligacombatentes.org Tel: 266 568 073 - 7240-233 Mourão 7200-303 Reguengos de Monsaraz 2560-312 Torres Vedras - Tel: 261 314 175 Belo Horizonte (Brasil) Complexo Social Nossa Senhora da Paz
Tlm.: 910 133 472 mourao@ligacombatentes.org Tel: 266 501 478 - Tlm: 913 534 592 torres.vedras@ligacombatentes.org Associação Nacional dos Veteranos da Força da Liga dos Combatentes
Campo Maior gouveia@ligacombatentes.org Mafra reguengos.monsaraz@ligacombatentes.org Expedicionária Brasileira – Regional BH Rua Oliveira Monteiro, n.º 887
2|Combatente março 2024
Bragança
figueira.foz@ligacombatentes.org Prédio Alameda - Rua da Biblioteca,
8 - 1.º Dto - Escritório n.º 1 e 6
Tel: 266 403 247 - Tlm: 938 529 226
mora@ligacombatentes.org
povoa.varzim@ligacombatentes.org
Torres Novas
e no estrangeiro Manitoba, R3E 2R8 - Canadá
Tels: 204 772 1760/228 1132
Rua General Sepúlveda, 10 Funchal 5340-201 Macedo de Cavaleiros Queluz Rua Miguel de Arnide - pascpasc41@yahoo.ca
5300-054 Bragança - Tel: 273 326 394 Casa do Combatente – Beco do Paiol, 32-A Tel: 961 248 246 Moura Rua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A Prédio Alvorão, 69-A, r/c - C Áustria
braganca@ligacombatentes.org São Pedro 9000-198 Funchal macedo.cavaleiros@ligacombatentes.org Largo dos Quartéis, Edifício dos Quartéis, Lote 12 2745-158 Queluz 2350-522 Torres Novas - Tel: 249 822 038 Wien Taekwondo Centre
Tel: 291 220 141 Caixa Postal 3012 Tel: 216 067 036 torres.novas@ligacombatentes.org Auf der Schmelz, 10
Caldas da Rainha
Rua do Sacramento, 7 - R/C Esq.º
funchal@ligacombatentes.org Macieira de Cambra
Rua do Souto, 190
Tlm: 962 323 710 - 7860-119 Moura queluz@ligacombatentes.org
Torres Vedras
1150 Vienna – Austria
Tel: +436764249138
r esidências senior
2500-182 Caldas da Rainha Gouveia 3730-226 Macieira de Cambra Mourão Reguengos de Monsaraz Rua Cândido dos Reis, 1-A - 1º (Ed. Ex-SMAS) cesar@cesarvalentim.com
Tlm: 913 534 239 / 262 843 142 Rua da República, 43 Tel: 256 284 566 Praça da República, 4 - 1º Dtº Rua Dr. Francisco Salles Gião, 21 Apartado 81 Porto (Creche, Jardim de Infância e Lar)
caldas.rainha@ligacombatentes.org 6290-518 Gouveia macieira.cambra@ligacombatentes.org Tel: 266 568 073 - 7240-233 Mourão 7200-303 Reguengos de Monsaraz 2560-312 Torres Vedras - Tel: 261 314 175 Belo Horizonte (Brasil) Complexo Social Nossa Senhora da Paz
Tlm.: 910 133 472 mourao@ligacombatentes.org Tel: 266 501 478 - Tlm: 913 534 592 torres.vedras@ligacombatentes.org Associação Nacional dos Veteranos da Força da Liga dos Combatentes
Campo Maior gouveia@ligacombatentes.org Mafra reguengos.monsaraz@ligacombatentes.org Expedicionária Brasileira – Regional BH Rua Oliveira Monteiro, n.º 887
2|Combatente março 2024
Jovens e Veteranos
C ontrastes da vida real vêm-nos à
memória. Parece que foi ontem. Aos
gritos o povo português entoava “Angola
do Antigo Combatente” e no outro, uma
frase um pouco mais explicita, “Dignificar
e respeitar os antigos combatentes e a
6 12
é nossa!”. Já lá vão 63 anos… Angola é sua memória avaliando o aumento dos
hoje um país independente. apoios que lhe são concedidos”.
Parece que foi ontem. Aos gritos o povo Confessamos que gostaríamos de ler
português entoava “Grândola Vila Mo- algo mais positivo e mais concreto. Du-
rena…”, “Liberdade!”. Há precisamente rante a campanha eleitoral nada mais foi
6
CONGRESSO INTERNACIONAL
50 anos… Portugal é hoje um país de-
mocrático e comemora o cinquentenário
avançado por nenhum deles. Continua-
remos a apoiar o próximo governo de Joaquim Chito Rodrigues
Tenente-general
do 25 de abril. Há uma parte do povo Portugal, ao qual enviaremos a proposta Presidente da Liga dos Combatentes
“Promoção da História e do Apoio Social
português que foi ator decisivo nestes de lei elaborada pela Liga dos Comba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias”
momentos importantes da História de tentes, já transmitida em 2021, 2022, e
Portugal. Alguns deles deram a vida ao 2023 ao governo e Assembleia da Repú- Combatentes e são a garantia da preser-
14 18 12
escrever essa História. Outros sobrevive- blica cessantes. vação da nossa memória e da nossa His-
ram, observam e vivem hoje, na genera- Os Combatentes que fizeram a guerra, tória. Que não sejam eles a testemunhar
DESCERRAMENTO DE PLACA EVOCATIVA
lidade, os últimos anos das suas vidas. fizeram o 25 de abril e continuaram nas e repetir frases infelizmente conhecidas,
DA FUNDAÇÃO DA LC
De facto, quem em 1961 foi chamado suas vidas a servir Portugal, merecem pa- como seja “O Estado abandonou-os”.
às fileiras das Forças Armadas, com os ra além do Reconhecimento Moral, a revi- Tenho fundadas esperanças de que não.
14
50 ANOS DO 25 DE ABRIL
seus 20 anos, para marchar para Angola,
tem hoje 83 anos. Quem com 20 anos,
são positiva dos direitos adquiridos quan-
to ao Reconhecimento Material. Saliento
Está na hora derradeira de isso poder ser
evitado. Termino este editorial com um
marchou em 1974, no final da guerra ou que nos referimos sempre aos Comba- poema que intitulo:
O General Almeida Viana e a
fez e comemora o 25 de abril, tem hoje tentes que não pertenceram aos quadros
democratização da LC
34 40 18
70 anos. Sim, é essa parte de Portugal permanentes das Forças Armadas.
a quem, após ter servido denodadamen- Temos fundadas esperanças que qual- Jovens e Veteranos
te o seu país, tanto em tempo de guerra quer que seja o Governo que inicie as
como em tempo de Paz, tratam hoje por suas funções em 2024, vai desenvolver, Jovens na flor da idade
BÉLGICA RECORDOU COMBATENTES Marcham para terras estranhas
Liga Solidária - NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8 PORTUGUESES NA I GUERRA MUNDIAL
Antigos Combatentes.
Esquecem que uma vez Combaten-
com medidas concretas, aquela frase
simples, mas esperançosa que escreveu
Vão p’ra guerra de verdade
Dificuldades tamanhas.
tes… Combatentes para toda a Vida. no seu programa. Como Combatentes
Do antecedente.........................................................................................................................106.252,90€
Altide Dias Pires...........................................................................................................................40,00€
Carlos Manuel Chito Pereira.........................................................................................................50,00€
34
A POLÍCIA MILITAR NO ULTRAMAR
Por outro lado, quem decide hoje em
Portugal e nasceu com o 25 de abril,
de armas na mão e como Combatentes
na construção da Democracia no 25 de
Dizem-lhe que são nossas
As terras a defender
Pelas cidades ou roças
Capela do Forte do Bom Sucesso - 4.º Trimestre 2023.............................................................531,65€ comemora os seus 50 anos, mas não abril e ao longo das suas vidas, mere- Haveriam que morrer.
Fernando de Jesus....................................................................................................................100,00€ teve a vivência nem da ditadura, nem cem. Mais do que isso, perderam o direi-
Jaime M. Magueijo......................................................................................................................20,00€
Mário Ascenção Pereira..............................................................................................................50,00€
Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes......................................................................50,00€
40
IN MEMORIAM
do PREC, recebendo nas mãos a De-
mocracia. Importa, pois, essa juventude
to à vida e à liberdade durante um perío-
do significativo da sua juventude.
A muitos aconteceu
Outros vieram contar
Portugal empalideceu
ouvir o que os mais veteranos têm para Hoje, na Liga dos Combatentes, esfor-
Sócios do Núcleo de Queluz da Liga dos Combatentes.............................................................43,86€
Vice-almirante José Alberto Lopes Carvalheira Com juventude a lutar.
Saldo em 31-01-2024...............................................................................................................107.138,41€ contar e para sugerir. çam-se, muitos deles por, voluntariamen-
Hoje e agora, que se viveu um período te, se organizarem em apoio dos seus Serviram na ditadura
de eleições democráticas e os Comba- camaradas e famílias mais necessitadas. E servem na democracia
tentes, já idosos, esperavam algumas pa- É importante que o Estado cumpra a sua Política pura e dura
Diretor: Joaquim Chito Rodrigues Consultor: Hélder Freire Conselho Editorial: Direção Central Diretor Executivo: José Geraldo lavras concretas de esperança que lhes parte. E é agora ou nunca. A ditadura do Esquece sua postura.
Combatente Editor (Redação): Jorge Henrique Martins - revistacombatente@ligacombatentes.org Fotografia: Hugo Gonçalves melhorassem os direitos materiais adqui- tempo está a substituir o Estado elimi-
Edição n.º 407 - Trimestral - março 2024 Hoje já anos passados
Jovens e Veteranos
C ontrastes da vida real vêm-nos à
memória. Parece que foi ontem. Aos
gritos o povo português entoava “Angola
do Antigo Combatente” e no outro, uma
frase um pouco mais explicita, “Dignificar
e respeitar os antigos combatentes e a
6 12
é nossa!”. Já lá vão 63 anos… Angola é sua memória avaliando o aumento dos
hoje um país independente. apoios que lhe são concedidos”.
Parece que foi ontem. Aos gritos o povo Confessamos que gostaríamos de ler
português entoava “Grândola Vila Mo- algo mais positivo e mais concreto. Du-
rena…”, “Liberdade!”. Há precisamente rante a campanha eleitoral nada mais foi
6
CONGRESSO INTERNACIONAL
50 anos… Portugal é hoje um país de-
mocrático e comemora o cinquentenário
avançado por nenhum deles. Continua-
remos a apoiar o próximo governo de Joaquim Chito Rodrigues
Tenente-general
do 25 de abril. Há uma parte do povo Portugal, ao qual enviaremos a proposta Presidente da Liga dos Combatentes
“Promoção da História e do Apoio Social
português que foi ator decisivo nestes de lei elaborada pela Liga dos Comba-
e à Saúde aos Combatentes e suas Famílias”
momentos importantes da História de tentes, já transmitida em 2021, 2022, e
Portugal. Alguns deles deram a vida ao 2023 ao governo e Assembleia da Repú- Combatentes e são a garantia da preser-
14 18 12
escrever essa História. Outros sobrevive- blica cessantes. vação da nossa memória e da nossa His-
ram, observam e vivem hoje, na genera- Os Combatentes que fizeram a guerra, tória. Que não sejam eles a testemunhar
DESCERRAMENTO DE PLACA EVOCATIVA
lidade, os últimos anos das suas vidas. fizeram o 25 de abril e continuaram nas e repetir frases infelizmente conhecidas,
DA FUNDAÇÃO DA LC
De facto, quem em 1961 foi chamado suas vidas a servir Portugal, merecem pa- como seja “O Estado abandonou-os”.
às fileiras das Forças Armadas, com os ra além do Reconhecimento Moral, a revi- Tenho fundadas esperanças de que não.
14
50 ANOS DO 25 DE ABRIL
seus 20 anos, para marchar para Angola,
tem hoje 83 anos. Quem com 20 anos,
são positiva dos direitos adquiridos quan-
to ao Reconhecimento Material. Saliento
Está na hora derradeira de isso poder ser
evitado. Termino este editorial com um
marchou em 1974, no final da guerra ou que nos referimos sempre aos Comba- poema que intitulo:
O General Almeida Viana e a
fez e comemora o 25 de abril, tem hoje tentes que não pertenceram aos quadros
democratização da LC
34 40 18
70 anos. Sim, é essa parte de Portugal permanentes das Forças Armadas.
a quem, após ter servido denodadamen- Temos fundadas esperanças que qual- Jovens e Veteranos
te o seu país, tanto em tempo de guerra quer que seja o Governo que inicie as
como em tempo de Paz, tratam hoje por suas funções em 2024, vai desenvolver, Jovens na flor da idade
BÉLGICA RECORDOU COMBATENTES Marcham para terras estranhas
Liga Solidária - NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8 PORTUGUESES NA I GUERRA MUNDIAL
Antigos Combatentes.
Esquecem que uma vez Combaten-
com medidas concretas, aquela frase
simples, mas esperançosa que escreveu
Vão p’ra guerra de verdade
Dificuldades tamanhas.
tes… Combatentes para toda a Vida. no seu programa. Como Combatentes
Do antecedente.........................................................................................................................106.252,90€
Altide Dias Pires...........................................................................................................................40,00€
Carlos Manuel Chito Pereira.........................................................................................................50,00€
34
A POLÍCIA MILITAR NO ULTRAMAR
Por outro lado, quem decide hoje em
Portugal e nasceu com o 25 de abril,
de armas na mão e como Combatentes
na construção da Democracia no 25 de
Dizem-lhe que são nossas
As terras a defender
Pelas cidades ou roças
Capela do Forte do Bom Sucesso - 4.º Trimestre 2023.............................................................531,65€ comemora os seus 50 anos, mas não abril e ao longo das suas vidas, mere- Haveriam que morrer.
Fernando de Jesus....................................................................................................................100,00€ teve a vivência nem da ditadura, nem cem. Mais do que isso, perderam o direi-
Jaime M. Magueijo......................................................................................................................20,00€
Mário Ascenção Pereira..............................................................................................................50,00€
Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes......................................................................50,00€
40
IN MEMORIAM
do PREC, recebendo nas mãos a De-
mocracia. Importa, pois, essa juventude
to à vida e à liberdade durante um perío-
do significativo da sua juventude.
A muitos aconteceu
Outros vieram contar
Portugal empalideceu
ouvir o que os mais veteranos têm para Hoje, na Liga dos Combatentes, esfor-
Sócios do Núcleo de Queluz da Liga dos Combatentes.............................................................43,86€
Vice-almirante José Alberto Lopes Carvalheira Com juventude a lutar.
Saldo em 31-01-2024...............................................................................................................107.138,41€ contar e para sugerir. çam-se, muitos deles por, voluntariamen-
Hoje e agora, que se viveu um período te, se organizarem em apoio dos seus Serviram na ditadura
de eleições democráticas e os Comba- camaradas e famílias mais necessitadas. E servem na democracia
tentes, já idosos, esperavam algumas pa- É importante que o Estado cumpra a sua Política pura e dura
Diretor: Joaquim Chito Rodrigues Consultor: Hélder Freire Conselho Editorial: Direção Central Diretor Executivo: José Geraldo lavras concretas de esperança que lhes parte. E é agora ou nunca. A ditadura do Esquece sua postura.
Combatente Editor (Redação): Jorge Henrique Martins - revistacombatente@ligacombatentes.org Fotografia: Hugo Gonçalves melhorassem os direitos materiais adqui- tempo está a substituir o Estado elimi-
Edição n.º 407 - Trimestral - março 2024 Hoje já anos passados
pela Liga dos Combatentes (LC) e pelo múltiplas atividades a decorrerem nos Defesa Nacional, Helena Carreiras, os No dia 12 de novembro, organizada
seu Centro de Estudos de Apoio Médi- dias do Congresso. elementos das Delegações foram con- pelo Núcleo da Batalha da LC, decorreu
co, Psicológico e Social (CEAMPS), entre Em 10 de novembro, a Direção Cen- vidados a marcar presença na tribuna e a visita das Delegações ao Túmulo do
os dias 10 e 16 de novembro de 2023, tral da LC recebeu as Delegações no assistir ao cerimonial militar nacional de Soldado Desconhecido e ao Museu das
no âmbito das comemorações do Cen- Salão Nobre da Sede para o processo homenagem ao Combatente português Oferendas no Mosteiro da Batalha com
tenário da instituição. Neste novo artigo de acreditação e distribuição de ma- realizado em frente ao Monumento aos a realização de nova cerimónia evoca-
são descritas com mais detalhe todas as terial de apoio aos participantes. Esta Combatentes do Ultramar, em Lisboa. tiva do Armistício da Grande Guerra,
atividades desenvolvidas e referidas as receção foi aberta com a mensagem De tarde, no Forte do Bom Sucesso, seguindo-se um almoço oficial num res-
conclusões gerais do Congresso. de boas-vindas do Presidente da LC, decorreu o workshop «O Reconheci- taurante local. Na viagem de regresso a
O Congresso teve como objetivo ge- Tenente-general Joaquim Chito Rodri- mento dos Antigos Combatentes» mo- Lisboa, as Delegações tiveram oportu-
ral o estreitamento das relações histó- gues, apresentando a história e obra derado pela Dr.ª Ana Melo (Assistente nidade de visitar o Santuário de Fátima.
ricas e promoção de uma reflexão mul- da Centenária instituição. Prosseguiu Social do CAMPS 4 – Coimbra), con- O Programa Científico decorreu nos
tidimensional e interdisciplinar na área com um brífingue sobre o programa do tando com as intervenções das Profes- dias 13 e 14 de novembro, no Audi-
dos cuidados de saúde e apoio social Congresso pelo responsável pela logís- soras Fátima Silva e Fátima Soledade tório Marquês de Sá da Bandeira, na
aos Combatentes e suas famílias em tica, Coronel Paulo Belchior, terminando sobre o projeto que têm com o Núcleo Academia Militar – Amadora, cedido
Portugal, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, com a exibição de um filme sobre a LC. de Lamego da LC denominado «Heróis gratuitamente pelo Exército. A compo-
Moçambique e Timor-Leste. Os objeti- nente científica do Congresso foi or-
vos específicos consistiram na partilha ganizada em cinco painéis temáticos,
de conhecimentos científicos e expe- distribuídos pelos dois dias, com in- Intervenção do Dr. Reis Lima no Painel 1
pela Liga dos Combatentes (LC) e pelo múltiplas atividades a decorrerem nos Defesa Nacional, Helena Carreiras, os No dia 12 de novembro, organizada
seu Centro de Estudos de Apoio Médi- dias do Congresso. elementos das Delegações foram con- pelo Núcleo da Batalha da LC, decorreu
co, Psicológico e Social (CEAMPS), entre Em 10 de novembro, a Direção Cen- vidados a marcar presença na tribuna e a visita das Delegações ao Túmulo do
os dias 10 e 16 de novembro de 2023, tral da LC recebeu as Delegações no assistir ao cerimonial militar nacional de Soldado Desconhecido e ao Museu das
no âmbito das comemorações do Cen- Salão Nobre da Sede para o processo homenagem ao Combatente português Oferendas no Mosteiro da Batalha com
tenário da instituição. Neste novo artigo de acreditação e distribuição de ma- realizado em frente ao Monumento aos a realização de nova cerimónia evoca-
são descritas com mais detalhe todas as terial de apoio aos participantes. Esta Combatentes do Ultramar, em Lisboa. tiva do Armistício da Grande Guerra,
atividades desenvolvidas e referidas as receção foi aberta com a mensagem De tarde, no Forte do Bom Sucesso, seguindo-se um almoço oficial num res-
conclusões gerais do Congresso. de boas-vindas do Presidente da LC, decorreu o workshop «O Reconheci- taurante local. Na viagem de regresso a
O Congresso teve como objetivo ge- Tenente-general Joaquim Chito Rodri- mento dos Antigos Combatentes» mo- Lisboa, as Delegações tiveram oportu-
ral o estreitamento das relações histó- gues, apresentando a história e obra derado pela Dr.ª Ana Melo (Assistente nidade de visitar o Santuário de Fátima.
ricas e promoção de uma reflexão mul- da Centenária instituição. Prosseguiu Social do CAMPS 4 – Coimbra), con- O Programa Científico decorreu nos
tidimensional e interdisciplinar na área com um brífingue sobre o programa do tando com as intervenções das Profes- dias 13 e 14 de novembro, no Audi-
dos cuidados de saúde e apoio social Congresso pelo responsável pela logís- soras Fátima Silva e Fátima Soledade tório Marquês de Sá da Bandeira, na
aos Combatentes e suas famílias em tica, Coronel Paulo Belchior, terminando sobre o projeto que têm com o Núcleo Academia Militar – Amadora, cedido
Portugal, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, com a exibição de um filme sobre a LC. de Lamego da LC denominado «Heróis gratuitamente pelo Exército. A compo-
Moçambique e Timor-Leste. Os objeti- nente científica do Congresso foi or-
vos específicos consistiram na partilha ganizada em cinco painéis temáticos,
de conhecimentos científicos e expe- distribuídos pelos dois dias, com in- Intervenção do Dr. Reis Lima no Painel 1
tir, entre o Núcleo e o CAMPS respe- pelo CAMPS 3, nomeadamente dos ainda o apoio com consultas no âmbito
tivo uma relação estreita geradora de Núcleos de Braga, Espinho, Lamego, da medicina alternativa, nomeadamente
sinergias e dinâmicas que consubstan- Lixa, Maia, Marco de Canaveses, Ma- de acupuntura e osteopatia, bem como
ciem elevados padrões nos cuidados tosinhos, Monção, Penafiel, Ponte de as seguintes atividades de ocupação de
de saúde e bem-estar proporcionados Lima, Ribeirão, Valença e Vizela, mar- tempos livres: ginástica e pilates no Re-
aos associados e familiares. O Núcleo cando ainda presença um represen- gimento de Infantaria N.º 19 e natação e
deve ser informado, em permanência tante do Núcleo de Vila Real. hidroginástica na piscina municipal. C
tir, entre o Núcleo e o CAMPS respe- pelo CAMPS 3, nomeadamente dos ainda o apoio com consultas no âmbito
tivo uma relação estreita geradora de Núcleos de Braga, Espinho, Lamego, da medicina alternativa, nomeadamente
sinergias e dinâmicas que consubstan- Lixa, Maia, Marco de Canaveses, Ma- de acupuntura e osteopatia, bem como
ciem elevados padrões nos cuidados tosinhos, Monção, Penafiel, Ponte de as seguintes atividades de ocupação de
de saúde e bem-estar proporcionados Lima, Ribeirão, Valença e Vizela, mar- tempos livres: ginástica e pilates no Re-
aos associados e familiares. O Núcleo cando ainda presença um represen- gimento de Infantaria N.º 19 e natação e
deve ser informado, em permanência tante do Núcleo de Vila Real. hidroginástica na piscina municipal. C
Gilberto Barata
Um herói reconhecido
no Brasil e em Portugal
200€
protagonizou o salvamento de homens À esquerda na foto: Gilberto Barata, membro da Liga dos Combatentes.
e carga no aeroporto militar da Portela SÓCIOS COMBATENTE
(Lisboa) que fez história e o tornou o Pri- rente ao solo, o que facilitou o acesso Mérito da Defesa, Grau Cavaleiro (Minis- *
meiro-sargento português com o grau de dos intrépidos militares nas ações de tério da Defesa); Ordem do Mérito Militar
Cavalheiro da Ordem do Mérito Aeronáu- salvamento, enquanto os bombeiros (Exército Brasileiro); Ordem do Mérito
tico da Força Aérea Brasileira. davam início ao combate ao incêndio. Aeronáutico (FAB); Medalha de Mérito
Da Itália vinham três aviões da Força Em 35 minutos, pessoas e urnas esta- Tamandaré (Marinha do Brasil); Medalha
Aéra Brasileira (FAB) que transportavam vam a salvo e o cabo Barata e seu com- do Pacificador (Exército Brasileiro); Me-
urnas com restos mortais de soldados panheiro, o também cabo Sérgio Vieira dalha do Mérito Santos Dumont (Força
brasileiros, com previsão de escala téc- Gomes, ilesos. Aérea Brasileira); Medalha Bartolomeu | Especialista
| Espsecia|
Soõe
Soluç So
lu çõ
s lu
Esp
eleva
seci
em emlista
dores
aliselev
do cemitério de Pistoia para o Brasil, davam a chegada das aeronaves para Marinha (Marinha do Brasil); Medalha
onde eram aguardadas para honroso prestarem homenagem e honras mili- Marechal Mascarenhas de Moraes (As-
A primeira aeronave a aterrar, tocou o também auxiliaram no resgate e eva- de Jambock Honorário (FAB).
reside
Elevador das adas
esnciais
Elev
rmas de
resid
adoresenciaisescadas
residen
ciais
solo antes da cabeceira da pista 18 do cuação das vítimas e cargas. Experiência limite como essa vivencia-
Aeroporto de Portela, em Lisboa. O trem
de aterragem dianteiro e a asa direita par-
As urnas chamuscadas foram recons-
truídas pela FAP, a Base Aérea N.º 1,
da pelo cabo Barata, onde o amor ao
próximo e o desprendimento vão além
GARANTIA VITALÍCIA THYSSENKRUPP
tiram-se e o C-54 Skymaster 2401, come- no próprio aeródromo de Lisboa. Uma das obrigações rotineiras, resulta na for-
Dificuldade em subir ou
çou a incendiar-se. O fogo espalhou-se delas – a de um soldado desconhecido mação de vínculos e laços de camara-
rapidamente. A pronta, corajosa e eficaz – seguiu no dia seguinte para o Mosteiro dagem que transformam soldados em
ação do então cabo Barata, acompanha- dos Jerónimos, onde foram prestadas “irmãos de armas”.
do de um outro militar, agindo intuitiva-
mente, fizeram com que fossem os pri-
meiros a entrar na aeronave em chamas.
todas as honras militares por parte das
autoridades portuguesas.
Os militares que não conseguiram sair
O Brasil jamais esquecerá seu heroís-
mo revelado em dezembro de 1960.
A Força Aérea Brasileira também
descer as suas escadas? Visita de avaliação
Arrojadamente, iniciaram o salvamen- ilesos do acidente, tiveram que perma- guarda uma dívida eterna com a sua Se tem dificuldades em subir e descer as escadas, gratuita e sem
to de 12 membros da tripulação e um necer em Lisboa, no Hospital Militar da congénere portuguesa, que não mediu
“pracinha” (soldado brasileiro) que havia Estrela durante seis meses de tratamen- esforços no processo de restauração fale com a LEVITA um dos nossos especialistas irá compromisso
perdido as pernas na guerra, durante to. O ato de coragem e abnegação de das urnas danificadas e na cessão de
ataque ao Monte Cassino, em 1944. Gilberto Barata foi imediatamente reco- um avião para transportá-las até a Ilha avaliar as suas escadas, gratuitamente e sem
Apenas três passageiros, entre eles, nhecido no Brasil e em Portugal. do Sal, onde uma outra aeronave C-54
um general do Exército Brasileiro, con- Dois anos mais tarde, foi galardoado da FAB aguardava para o restante do compromisso!
seguiram abandonar, sem ferimentos, com pompa e circunstância no Brasil translado. Dessa forma, a cerimónia de AVALIAÇÕES GRÁTIS EM TODO O
a fuselagem pela porta. O navegador com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no recebimento das urnas e desfile até ao
conseguiu sair por uma escotilha su- Grau de Cavaleiro, e em Portugal com a Monumento aos Mortos, com a presen-
CONTINENTE
16|Combatente março 2024
Gilberto Barata
Um herói reconhecido
no Brasil e em Portugal
200€
protagonizou o salvamento de homens À esquerda na foto: Gilberto Barata, membro da Liga dos Combatentes.
e carga no aeroporto militar da Portela SÓCIOS COMBATENTE
(Lisboa) que fez história e o tornou o Pri- rente ao solo, o que facilitou o acesso Mérito da Defesa, Grau Cavaleiro (Minis- *
meiro-sargento português com o grau de dos intrépidos militares nas ações de tério da Defesa); Ordem do Mérito Militar
Cavalheiro da Ordem do Mérito Aeronáu- salvamento, enquanto os bombeiros (Exército Brasileiro); Ordem do Mérito
tico da Força Aérea Brasileira. davam início ao combate ao incêndio. Aeronáutico (FAB); Medalha de Mérito
Da Itália vinham três aviões da Força Em 35 minutos, pessoas e urnas esta- Tamandaré (Marinha do Brasil); Medalha
Aéra Brasileira (FAB) que transportavam vam a salvo e o cabo Barata e seu com- do Pacificador (Exército Brasileiro); Me-
urnas com restos mortais de soldados panheiro, o também cabo Sérgio Vieira dalha do Mérito Santos Dumont (Força
brasileiros, com previsão de escala téc- Gomes, ilesos. Aérea Brasileira); Medalha Bartolomeu | Especialista
| Espsecia|
Soõe
Soluç So
lu çõ
s lu
Esp
eleva
seci
em emlista
dores
aliselev
do cemitério de Pistoia para o Brasil, davam a chegada das aeronaves para Marinha (Marinha do Brasil); Medalha
onde eram aguardadas para honroso prestarem homenagem e honras mili- Marechal Mascarenhas de Moraes (As-
A primeira aeronave a aterrar, tocou o também auxiliaram no resgate e eva- de Jambock Honorário (FAB).
reside
Elevador das adas
esnciais
Elev
rmas de
resid
adoresenciaisescadas
residen
ciais
solo antes da cabeceira da pista 18 do cuação das vítimas e cargas. Experiência limite como essa vivencia-
Aeroporto de Portela, em Lisboa. O trem
de aterragem dianteiro e a asa direita par-
As urnas chamuscadas foram recons-
truídas pela FAP, a Base Aérea N.º 1,
da pelo cabo Barata, onde o amor ao
próximo e o desprendimento vão além
GARANTIA VITALÍCIA THYSSENKRUPP
tiram-se e o C-54 Skymaster 2401, come- no próprio aeródromo de Lisboa. Uma das obrigações rotineiras, resulta na for-
Dificuldade em subir ou
çou a incendiar-se. O fogo espalhou-se delas – a de um soldado desconhecido mação de vínculos e laços de camara-
rapidamente. A pronta, corajosa e eficaz – seguiu no dia seguinte para o Mosteiro dagem que transformam soldados em
ação do então cabo Barata, acompanha- dos Jerónimos, onde foram prestadas “irmãos de armas”.
do de um outro militar, agindo intuitiva-
mente, fizeram com que fossem os pri-
meiros a entrar na aeronave em chamas.
todas as honras militares por parte das
autoridades portuguesas.
Os militares que não conseguiram sair
O Brasil jamais esquecerá seu heroís-
mo revelado em dezembro de 1960.
A Força Aérea Brasileira também
descer as suas escadas? Visita de avaliação
Arrojadamente, iniciaram o salvamen- ilesos do acidente, tiveram que perma- guarda uma dívida eterna com a sua Se tem dificuldades em subir e descer as escadas, gratuita e sem
to de 12 membros da tripulação e um necer em Lisboa, no Hospital Militar da congénere portuguesa, que não mediu
“pracinha” (soldado brasileiro) que havia Estrela durante seis meses de tratamen- esforços no processo de restauração fale com a LEVITA um dos nossos especialistas irá compromisso
perdido as pernas na guerra, durante to. O ato de coragem e abnegação de das urnas danificadas e na cessão de
ataque ao Monte Cassino, em 1944. Gilberto Barata foi imediatamente reco- um avião para transportá-las até a Ilha avaliar as suas escadas, gratuitamente e sem
Apenas três passageiros, entre eles, nhecido no Brasil e em Portugal. do Sal, onde uma outra aeronave C-54
um general do Exército Brasileiro, con- Dois anos mais tarde, foi galardoado da FAB aguardava para o restante do compromisso!
seguiram abandonar, sem ferimentos, com pompa e circunstância no Brasil translado. Dessa forma, a cerimónia de AVALIAÇÕES GRÁTIS EM TODO O
a fuselagem pela porta. O navegador com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no recebimento das urnas e desfile até ao
conseguiu sair por uma escotilha su- Grau de Cavaleiro, e em Portugal com a Monumento aos Mortos, com a presen-
CONTINENTE
16|Combatente março 2024
criado o novo monumento. vontade e iniciativa dos Combatentes Ultramar, equipado com cinturão, sus-
Edição limitada
A requalificação urbana e construção Manuel Santos “Amparo” e Manuel Lo- pensórios, cantil, cartucheiras e G3, na
a 1800 garrafas
do monumento, inaugurado neste dia pes que trabalharam afincadamente na posição de agachado”.
18 de fevereiro, pretende cumprir o ver- obtenção de dados para efetivar uma A concretização deste Monumento
dadeiro objetivo de honrar todos aque- homenagem nominal de todos os ca- contou com o financiamento do muni-
les que foram chamados para cumprir maradas que serviram na Guerra do cípio de Leiria, da União das Freguesias
o dever cívico de defender a Pátria. Ultramar (1961-1975), envolvendo toda de Monte Redondo e Carreira e da LC. C
Cx. em madeira 14,00€ Cx. em madeira 17,00€ Cx. c/4 garrafas
Enólogo: Eng.º António Ventura
criado o novo monumento. vontade e iniciativa dos Combatentes Ultramar, equipado com cinturão, sus-
Edição limitada
A requalificação urbana e construção Manuel Santos “Amparo” e Manuel Lo- pensórios, cantil, cartucheiras e G3, na
a 1800 garrafas
do monumento, inaugurado neste dia pes que trabalharam afincadamente na posição de agachado”.
18 de fevereiro, pretende cumprir o ver- obtenção de dados para efetivar uma A concretização deste Monumento
dadeiro objetivo de honrar todos aque- homenagem nominal de todos os ca- contou com o financiamento do muni-
les que foram chamados para cumprir maradas que serviram na Guerra do cípio de Leiria, da União das Freguesias
o dever cívico de defender a Pátria. Ultramar (1961-1975), envolvendo toda de Monte Redondo e Carreira e da LC. C
Cx. em madeira 14,00€ Cx. em madeira 17,00€ Cx. c/4 garrafas
Enólogo: Eng.º António Ventura
Valença Oeiras/Cascais
Reativação do Núcleo e Inauguração de Columbário
Exposição «Memórias de
Combate»
E m 12 de janeiro do presente ano, o
Núcleo de Oeiras/Cascais da Liga
Valença Oeiras/Cascais
Reativação do Núcleo e Inauguração de Columbário
Exposição «Memórias de
Combate»
E m 12 de janeiro do presente ano, o
Núcleo de Oeiras/Cascais da Liga
Abrantes Seixal
Palestra sobre a participação dos Junta de Freguesia da Amora
Combatentes naturais de Mação recebeu o Núcleo do Seixal
na Grande Guerra
Queluz
Visita ao Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º 1 (RAAA1)
Abrantes Seixal
Palestra sobre a participação dos Junta de Freguesia da Amora
Combatentes naturais de Mação recebeu o Núcleo do Seixal
na Grande Guerra
Queluz
Visita ao Regimento de Artilharia
Antiaérea N.º 1 (RAAA1)
Viseu Loures
Palestra alusiva à Guerra do Entrega de espólio de Sócio
Ultramar Combatente
Viseu Loures
Palestra alusiva à Guerra do Entrega de espólio de Sócio
Ultramar Combatente
corrente, bares...!). Era Natal. As NT do um só quarto porque o quartel com naquele lugar, redigiu uma carta para
da Guerra em Angola res não mais pensaram em desertar. porque não queria nada com a tropa. O
capitão passou a pernoitar numa cubata.
proibido por lei (queria criar um inciden-
te). O Governo Geral endossou a carta
Março 1963 - Cidade da Gabela A CCaç 457 ia semanalmente abas- para Quartel-general e este, através
(Centro de Angola) tecer-se ao Duque de Bragança. O Ad- da 43 Repartição, fê-la chegar à CCaç
A CCaç 98 acabou a Comissão na ministrador, os seus funcionários e os 457 para se pronunciar. Mas, junto com
Gabela. Aí vivia um comerciante que 3 comerciantes locais pediam às NT o documento vinha um cartão pessoal
missão estava incluída a intervenção na ciência e implorou que não o fizesse, anos mais tarde, já em Portugal, recor- que lhes fizessem o reabastecimento: do Tenente-coronel que chefiava a 4.ª
Fazenda S. José, que fora saqueada e porque tinha família, etc., etc. O Alfe- dando os tempos da Gabela, contou entregavam ao furriel que comandava Repartição em que escreveu: "Cama-
destruída. As NT foram acompanhadas res só lhe perguntou se achava correto a um dos Alferes o seguinte: "Quando a coluna uma relação do que precisa- rada, então esse filho da p***, não sa-
do seu proprietário (Sr. Azevedo), de- que tivesse vindo do Continente para vendia pano para as capulanas das vam, juntamente com um recipiente e be que a tropa, em zona de fronteira,
sejoso de ver o estado em que ficara a defender comportamentos como o da mulheres angolanas, estendia a peça dinheiro. O furriel, ao regressar, entre- tem de farolinar de noite para ver se há
propriedade. senhora. As lágrimas afloraram nas de pano no balcão, colocava o metro gava-lhes as encomendas. Entretan- infiltrações do Inimigo e na dúvida faz
Um dos Alferes, nessa fazenda, en- pálpebras da funcionária... de madeira para medir um metro e, to estavam a escassear os víveres ao fogo?”. Foi fácil ao capitão justificar as
controu uma balança Roberval com ao medir o segundo metro, colocava missionário. Não tinha coragem de se caçadas... Mais, tarde, indo a Luanda,
Joaquim Amaral duas coleções de pesos: uns, com Dezembro 1962 - Sacandica a mão esquerda uns 20 cm atrás e o meter à picada sozinho no seu Land foi conhecer pessoalmente o Tenen-
Coronel Inf.ª Ref. chumbo interior e outros sem chum- (Fronteira Norte de Angola) mesmo sucedia no terceiro metro.". Rover e não tinha coragem de pedir te-coronel e agradecer-lhe a "dica".
bo. Perguntou ao Sr. Azevedo a ra- Esta povoação foi recuperada pela Conclusão: em 3 metros de pano ven- o apoio do capitão. Recorreu ao Ad- O Administrador não gostou da atitu-
zão daquelas coleções distintas. O CCaç 98 e por um pelotão de para- dido roubava cerca de meio metro... ministrador para interferir a seu favor. de do subordinado Conceição e fê-lo
Maio 1961- Negaje (Norte de Angola) senhor, sorrindo, disse: "O Sr. Alferes quedistas, que depois se retirou para Este fê-lo num momento em que, es- desaparecer de Forte República e em
A CCaç 98 saiu de Luanda com des- ainda é muito novo em África". O Alfe- Luanda. Além de um pelotão reforçado Agosto 1964 - Malanje tando a conversar com o capitão, apa- seguida emprestou a sua casa ao ca-
tino à fronteira norte de Angola. Nessa res percebeu: com chumbo, serviam da Caç 98 na guarnição havia também A CCaç 457 estava sedeada nesta ci- receu o missionário sem se aperceber pitão, que abandonou a cubata. Mas o
marcha pernoitou em Negaje. À noite, para quando era o nativo a vender uma secção da Guarda Fiscal, consti- dade. O capitão teve conhecimento que da presença deste. O missionário não Conceição, com o incidente que criou,
o capitão, com os seus alferes, viu na ginguba (amendoim) e sem chumbo tuída por guardas brancos e Auxiliares um comerciante, ao fazer o pagamento conseguiu dizer uma palavra, corado, foi beneficiado saindo de Forte Repú-
rua principal da vila, uma camioneta de serviam para quando era o fazendeiro angolanos. Eram comandados pelo semanal aos assalariados que trabalha- perante a atitude do capitão: "Senhor blica. Era assim em Angola...
carga aberta, com uma armação im- a vender... Sargento Freitas. vam na sua Fazenda, usava o seguinte Padre, com certeza que o ajudaremos
provisada em cima, com dois andares, Uma determinada madrugada, o Alfe- esquema: o estabelecimento tinha duas no que precisar porque está no Evan- Outubro 1964- Forte República
tal qual como aquelas que vemos para Janeiro 1962 - Sá da Bandeira res foi alertado pelo Furriel de Serviço portas. Os nativos entravam por uma gelho escrito que quando alguém te Em Forte República a CCaç 457 era
transportar galináceos. Só que nessa (Sul de Angola) que lhe comunicou que os Auxiliares das portas para receber o seu salário, bater na face direita, tu ofereces-lhe a abastecida de combustíveis pela Shell.
armação não estavam galináceos, mas Um Alferes, de licença, desloca-se da Guarda Fiscal tinham abandonado mas de imediato eram coagidos a sair e esquerda...”. O esquema já estava montado pela
sim homens negros, bailundos, que aos CTT. Vai para a fila de pessoas o Posto levando com eles o armamento entrar pela outra porta para fazer com- Mas as histórias com o missioná- CCaç 459 quando foi substituída pela
iriam para uma Fazenda fazer a possí- (todas brancas) que queriam ser aten- que tinham distribuído. O Alferes mon- pras na loja. Bem afirmavam: "Patrão, rio continuaram. Na missa dominical CCaç 457 e funcionava na perfeição,
vel colheita do café. Empilhados como didas no único guichet de serviço. À tou de imediato uma ação e foi locali- não preciso comprar nada, preciso de le- ele fazia questão de proferir a homilia pelo que foi mantido sem que o capitão
galinhas, em dois andares, sem possi- medida que se aproximava a vez de ser zá-los já uns bons quilómetros percor- var o Kitari (dinheiro) para a família!”, mas em quimbundo quando a maioria dos sequer conhecesse os responsáveis da
bilidade de vir ao solo fazer as suas ne- atendido, verificou que junto do guichet ridos, a caminho do Béu, para terem o patrão insistia e, com medo de serem crentes eram os militares brancos. O Shell em Malanje. O capitão foi procura-
cessidades fisiológicas, sem poderem estava um nativo, que ia sendo suces- acesso ao seu comando, em Maquela despedidos, acabavam por deixar na loja capitão pôs o problema ao Quartel-ge- do por 3 dirigentes da Sacor para que
estender-se para descansar, toda a sivamente preterido no atendimento e do Zombo. Regressaram a Sacandica o que tinham recebido, momentos antes, neral e este endossou-o para o Gover- mudasse de fornecedor. O capitão dis-
noite a apanhar o cacimbo! "Viemos da com a agravante de carregar nos bra- com o Alferes que os inquiriu sobre a levando o que não precisavam... no Geral, que respondeu que, segun- se-lhes que nem conhecia o fornecedor
metrópole para defender esta desuma- ços uma série de caixotes volumosos razão da fuga: "O sargento Freitas dei- do a Concordata, ele podia falar em da Shell e que só mudaria se houvesse
nidade?”. Interrogou o capitão. Foi pro- de encomendas a despachar. tou vinagre e azeite no nosso vinho e Setembro 1964 - Forte República língua nativa, para melhor compreen- ganhos para a Fazenda Nacional. Res-
curar o Administrador local e exigiu-lhe Quando chegou a vez de ser atendi- sal no nosso açúcar dizendo que preto A CCaç 457 foi deslocada para esta são dos nativos. Fomos forçados a ponderam-lhe que isso não era possível
que aqueles homens fossem apeados do, disse à funcionária que já há muito não tem direito de comer como o bran- povoação, nos confins do distrito de ouvir quimbundo! Mas o Bispo acabou porque havia uma tabela nacional para
do "galinheiro" e recolhidos num arma- tempo devia ter atendido aquele se- co" (não dependiam das NT, quanto à Malanje. Aí ocupou a Missão Católica, por o substituir, até porque no contac- todos os fornecedores cumprirem.
zém com o mínimo de dignidade. As- nhor. A funcionária retorquiu aspera- alimentação). O Alferes chamou a sós por estar abandonada. O missionário to com os nativos menosprezava Por- Depois de muita conversa em que ale-
36|Combatente março 2024
corrente, bares...!). Era Natal. As NT do um só quarto porque o quartel com naquele lugar, redigiu uma carta para
da Guerra em Angola res não mais pensaram em desertar. porque não queria nada com a tropa. O
capitão passou a pernoitar numa cubata.
proibido por lei (queria criar um inciden-
te). O Governo Geral endossou a carta
Março 1963 - Cidade da Gabela A CCaç 457 ia semanalmente abas- para Quartel-general e este, através
(Centro de Angola) tecer-se ao Duque de Bragança. O Ad- da 43 Repartição, fê-la chegar à CCaç
A CCaç 98 acabou a Comissão na ministrador, os seus funcionários e os 457 para se pronunciar. Mas, junto com
Gabela. Aí vivia um comerciante que 3 comerciantes locais pediam às NT o documento vinha um cartão pessoal
missão estava incluída a intervenção na ciência e implorou que não o fizesse, anos mais tarde, já em Portugal, recor- que lhes fizessem o reabastecimento: do Tenente-coronel que chefiava a 4.ª
Fazenda S. José, que fora saqueada e porque tinha família, etc., etc. O Alfe- dando os tempos da Gabela, contou entregavam ao furriel que comandava Repartição em que escreveu: "Cama-
destruída. As NT foram acompanhadas res só lhe perguntou se achava correto a um dos Alferes o seguinte: "Quando a coluna uma relação do que precisa- rada, então esse filho da p***, não sa-
do seu proprietário (Sr. Azevedo), de- que tivesse vindo do Continente para vendia pano para as capulanas das vam, juntamente com um recipiente e be que a tropa, em zona de fronteira,
sejoso de ver o estado em que ficara a defender comportamentos como o da mulheres angolanas, estendia a peça dinheiro. O furriel, ao regressar, entre- tem de farolinar de noite para ver se há
propriedade. senhora. As lágrimas afloraram nas de pano no balcão, colocava o metro gava-lhes as encomendas. Entretan- infiltrações do Inimigo e na dúvida faz
Um dos Alferes, nessa fazenda, en- pálpebras da funcionária... de madeira para medir um metro e, to estavam a escassear os víveres ao fogo?”. Foi fácil ao capitão justificar as
controu uma balança Roberval com ao medir o segundo metro, colocava missionário. Não tinha coragem de se caçadas... Mais, tarde, indo a Luanda,
Joaquim Amaral duas coleções de pesos: uns, com Dezembro 1962 - Sacandica a mão esquerda uns 20 cm atrás e o meter à picada sozinho no seu Land foi conhecer pessoalmente o Tenen-
Coronel Inf.ª Ref. chumbo interior e outros sem chum- (Fronteira Norte de Angola) mesmo sucedia no terceiro metro.". Rover e não tinha coragem de pedir te-coronel e agradecer-lhe a "dica".
bo. Perguntou ao Sr. Azevedo a ra- Esta povoação foi recuperada pela Conclusão: em 3 metros de pano ven- o apoio do capitão. Recorreu ao Ad- O Administrador não gostou da atitu-
zão daquelas coleções distintas. O CCaç 98 e por um pelotão de para- dido roubava cerca de meio metro... ministrador para interferir a seu favor. de do subordinado Conceição e fê-lo
Maio 1961- Negaje (Norte de Angola) senhor, sorrindo, disse: "O Sr. Alferes quedistas, que depois se retirou para Este fê-lo num momento em que, es- desaparecer de Forte República e em
A CCaç 98 saiu de Luanda com des- ainda é muito novo em África". O Alfe- Luanda. Além de um pelotão reforçado Agosto 1964 - Malanje tando a conversar com o capitão, apa- seguida emprestou a sua casa ao ca-
tino à fronteira norte de Angola. Nessa res percebeu: com chumbo, serviam da Caç 98 na guarnição havia também A CCaç 457 estava sedeada nesta ci- receu o missionário sem se aperceber pitão, que abandonou a cubata. Mas o
marcha pernoitou em Negaje. À noite, para quando era o nativo a vender uma secção da Guarda Fiscal, consti- dade. O capitão teve conhecimento que da presença deste. O missionário não Conceição, com o incidente que criou,
o capitão, com os seus alferes, viu na ginguba (amendoim) e sem chumbo tuída por guardas brancos e Auxiliares um comerciante, ao fazer o pagamento conseguiu dizer uma palavra, corado, foi beneficiado saindo de Forte Repú-
rua principal da vila, uma camioneta de serviam para quando era o fazendeiro angolanos. Eram comandados pelo semanal aos assalariados que trabalha- perante a atitude do capitão: "Senhor blica. Era assim em Angola...
carga aberta, com uma armação im- a vender... Sargento Freitas. vam na sua Fazenda, usava o seguinte Padre, com certeza que o ajudaremos
provisada em cima, com dois andares, Uma determinada madrugada, o Alfe- esquema: o estabelecimento tinha duas no que precisar porque está no Evan- Outubro 1964- Forte República
tal qual como aquelas que vemos para Janeiro 1962 - Sá da Bandeira res foi alertado pelo Furriel de Serviço portas. Os nativos entravam por uma gelho escrito que quando alguém te Em Forte República a CCaç 457 era
transportar galináceos. Só que nessa (Sul de Angola) que lhe comunicou que os Auxiliares das portas para receber o seu salário, bater na face direita, tu ofereces-lhe a abastecida de combustíveis pela Shell.
armação não estavam galináceos, mas Um Alferes, de licença, desloca-se da Guarda Fiscal tinham abandonado mas de imediato eram coagidos a sair e esquerda...”. O esquema já estava montado pela
sim homens negros, bailundos, que aos CTT. Vai para a fila de pessoas o Posto levando com eles o armamento entrar pela outra porta para fazer com- Mas as histórias com o missioná- CCaç 459 quando foi substituída pela
iriam para uma Fazenda fazer a possí- (todas brancas) que queriam ser aten- que tinham distribuído. O Alferes mon- pras na loja. Bem afirmavam: "Patrão, rio continuaram. Na missa dominical CCaç 457 e funcionava na perfeição,
vel colheita do café. Empilhados como didas no único guichet de serviço. À tou de imediato uma ação e foi locali- não preciso comprar nada, preciso de le- ele fazia questão de proferir a homilia pelo que foi mantido sem que o capitão
galinhas, em dois andares, sem possi- medida que se aproximava a vez de ser zá-los já uns bons quilómetros percor- var o Kitari (dinheiro) para a família!”, mas em quimbundo quando a maioria dos sequer conhecesse os responsáveis da
bilidade de vir ao solo fazer as suas ne- atendido, verificou que junto do guichet ridos, a caminho do Béu, para terem o patrão insistia e, com medo de serem crentes eram os militares brancos. O Shell em Malanje. O capitão foi procura-
cessidades fisiológicas, sem poderem estava um nativo, que ia sendo suces- acesso ao seu comando, em Maquela despedidos, acabavam por deixar na loja capitão pôs o problema ao Quartel-ge- do por 3 dirigentes da Sacor para que
estender-se para descansar, toda a sivamente preterido no atendimento e do Zombo. Regressaram a Sacandica o que tinham recebido, momentos antes, neral e este endossou-o para o Gover- mudasse de fornecedor. O capitão dis-
noite a apanhar o cacimbo! "Viemos da com a agravante de carregar nos bra- com o Alferes que os inquiriu sobre a levando o que não precisavam... no Geral, que respondeu que, segun- se-lhes que nem conhecia o fornecedor
metrópole para defender esta desuma- ços uma série de caixotes volumosos razão da fuga: "O sargento Freitas dei- do a Concordata, ele podia falar em da Shell e que só mudaria se houvesse
nidade?”. Interrogou o capitão. Foi pro- de encomendas a despachar. tou vinagre e azeite no nosso vinho e Setembro 1964 - Forte República língua nativa, para melhor compreen- ganhos para a Fazenda Nacional. Res-
curar o Administrador local e exigiu-lhe Quando chegou a vez de ser atendi- sal no nosso açúcar dizendo que preto A CCaç 457 foi deslocada para esta são dos nativos. Fomos forçados a ponderam-lhe que isso não era possível
que aqueles homens fossem apeados do, disse à funcionária que já há muito não tem direito de comer como o bran- povoação, nos confins do distrito de ouvir quimbundo! Mas o Bispo acabou porque havia uma tabela nacional para
do "galinheiro" e recolhidos num arma- tempo devia ter atendido aquele se- co" (não dependiam das NT, quanto à Malanje. Aí ocupou a Missão Católica, por o substituir, até porque no contac- todos os fornecedores cumprirem.
zém com o mínimo de dignidade. As- nhor. A funcionária retorquiu aspera- alimentação). O Alferes chamou a sós por estar abandonada. O missionário to com os nativos menosprezava Por- Depois de muita conversa em que ale-
36|Combatente março 2024
que a Sacor era nacional e a Shell era comentavam-na em quimbundo, mas pediu-lhe 1.200 escudos. O soldado
Manuel Nunes
estrangeira, etc., etc., acabaram por
se abrir: "O senhor capitão só tem de
ao verem a atitude do seu capitão ca-
laram-se e aprovaram-na, pois, era
retorquiu: "Há momentos vendeu-as ao
nosso Cabo por 800 escudos". “Isso Coelho Mendes
nos dar os seus dados pessoais e será outro tipo de branco... foi preço para branco, para preto são
aberta uma conta bancária em Lisboa, 1.200 escudos; o senhor não pode fa-
na zona de Belém, em seu nome." Fevereiro 1968 - Luacano zer isso”. “Eu vim do Bailundo para o
- Cabo da Guarda, com uma praça,
corre-me estes filhos da p*** já para fo-
ra do quartel! Foi esta a reação espon-
(Leste de Angola)
A CCaç 2361 construiu em Mucus-
sueje, a pedido do Bispo da Diocese
Luacano, deixei lá a minha família, aqui
não tenho nenhum familiar, quando vou
para a mata a bala não diz se é para
V inte e dois de agosto de 2023,
viria a ser o dia em que a tristeza
se instalaria no seio da nossa famí-
tânea e imediata do capitão. (D. Francisco Dias) uma Igreja/Escola. branco ou para negro, estou a defen- lia. Foi o dia do momento zero, para
Na altura da inauguração, o cape- der o senhor e a sua família, tal qual que as saudades fossem para sem-
Junho 1965 - Luanda – 2.ª Compa- lão militar (Padre Celestino) achou por como o nosso Cabo”; “Preto não fala pre, pelo descanso eterno do nosso
nhia de Intervenção do RIL bem ir nas vésperas desse dia para assim para branco!”. E, pegando numa querido pai e marido. Manuel Nunes
Esta Companhia reforçada (220 mili- Mucussueje, a fim de ajudar o mis- tranca que tinha atrás da porta, deu Coelho Mendes partiria deste nosso
tares) foi enviada para uma operação sionário responsável pelo templo na uma cacetada ao soldado abrindo-lhe mundo, vítima de uma paragem cardíaca causada por
em reforço do Batalhão de Quitexe. confissão dos nativos da localidade. a cabeça. uma septicemia. Mesmo assim, nos momentos anterio-
Num determinado dia, sofreu uma Interrogado sobre essas confissões, O soldado chegou ao quartel todo en- res ao sucedido, o "Russo" nunca deixou de ser ele pró-
emboscada e foi ferido gravemente foi-lhe perguntado: "Padre Celestino, sanguentado. O Capitão, de imediato, prio, com uma ou outra brincadeira, uma ou outra piada
um soldado angolano (negro). Com se o senhor não sabe falar umbundo deteve o comerciante Fernando. Não com as enfermeiras, tudo sempre por detrás do seu tão
muito sacrifício foi deslocado numa e os nativos não sabem falar portu- havendo prisão no quartel, pernoitou na típico sorriso de miúdo traquina.
maca improvisada para a Base Tem- guês, como é que percebe os seus casa do motor elétrico. Foi instruído um Nascido a 22 de março de 1944 em Palmeira, Braga,
porária (BT) e depois do capitão, que pecados e depois lhes dá a absolvi- Alferes como Oficial Averiguante e um no seio de uma família humilde, seria então, o filho mais
não dispunha de médico, ter provi- ção?”, "Eu ouço-os, dou-lhes a absol- Furriel como escriturário para na manhã novo da numerosa prol de Lino Mendes e Maria Nunes
denciado um garrote e uma injeção vição e acrescento para mim: agora o seguinte elaborarem os Autos, a reme- Coelho. Depois de uma infância, toda ela passada em
de Zimema K (anti-hemorrágico). Pe- Espírito Santo que se desenrasque...". ter com o arguido ao Ministério Público Mós (Vila Verde), ao atingir a idade de adolescente, fez as
diu a evacuação à Força Aérea, mas na cidade capital de distrito (Luso). malas e resolveu tentar a sua sorte em Leiria, onde se en-
devido ao adiantado da hora, não era Março 1968 - Luacano No dia seguinte, durante a inquirição contrava um dos seus irmãos. Apesar da sua tenra idade,
possível deslocar um heli por estes O capitão da CCaç 2361 permi- começou arrogante, mas quando per- depressa arranjou trabalho. Também o respeito que tinha
não poderem voar de noite no ma- tia que, sempre que as operações o cebeu que ia ser enviado debaixo de pelas pessoas e a dedicação que demonstrava durante o
to, dadas as dificuldades de referen- permitissem, uma Secção com o seu escolta para o Tribunal do Luso, pas- período laboral, fazia com que fosse estimado por onde
ciação. O Comandante do Batalhão Furriel se deslocasse no fim de sema- sou a chorar convulsivamente porque quer que passou.
mandou à BT um pelotão com um na para a vila de Teixeira de Sousa, ia deixar a mulher e os filhos no Lua- Anos passados, é chamado para representar a pátria
médico para evacuar o ferido para onde havia cafés, cinema, restauran- cano, zona de guerra ativa. Pediu para ao serviço das Forças Armadas Portuguesas. Os tempos
Luanda. O médico, quando chegou, tes, para "esquecerem" a vida difícil falar com o soldado. Mal este chegou eram de conflito nas colónias, e poucos eram os jovens
perguntou onde estava o ferido e, ao que tinham no Luacano, sem luz, sem junto dele, pôs-se de joelhos e de mãos dispensados do cumprimento do serviço militar obrigató-
vê-lo no chão e vendo que era um água canalizada, com guerra. Era-lhes postas como em oração, aos pés do rio; Manuel não foi exceção. Depois da instrução básica e
soldado negro, teve esta declaração: permitido, em Teixeira de Sousa, trajar soldado chorando e pedindo perdão. O da especialidade na arma de Transmissões, embarca para
"Ora porra! Venho eu há uma hora na à civil. Para o efeito, um Cabo foi ao soldado ficou aflito sem saber o que fa- Angola a 17 de dezembro de 1965, a bordo do paquete
picada a apanhar pó por causa de um comerciante Fernando, no Luacano e zer ou dizer. O capitão ouviu o médico Vera Cruz. Durante vinte seis meses, o "Russo" conheceu o
gajo destes!”. O capitão (sem galões), comprou umas calças por 800 escu- sobre a gravidade da lesão no couro sentimento de estar longe de casa, no meio de uma guer-
de imediato atirou-se ao camuflado dos. Na CCaç 2361 havia 10 soldados cabeludo e em seguida deu uma hora ra. E foi nesse meio que viveu, lutou e sobreviveu, e a 22
do médico, agarrando-o pelos om- angolanos, todos eles habilitados com ao soldado para refletir. Passado es- de fevereiro de 1968, passa à disponibilidade e regressa a
A campa de Manuel Nunes Coelho Mendes com a Bandeira
bros e sacudiu-o bem sacudido. Rea- o antigo 7.º Ano dos Liceus (quando na se tempo, o soldado veio dizer ao ca- Portugal no paquete Uige. Mas já nada era como antes: seu
Nacional que foi entregue à sua família.
ção do médico: "Quem é o senhor?". Companhia havia 30 soldados bran- pitão que lhe perdoava e em seguida coração ficara em Angola e era para lá que sentia que tinha
Sou o comandante de companhia, cos analfabetos, mas que durante a repetiu-se a cena com o comerciante que voltar. Era um sentimento de tal maneira forte, que a 28 braços, e entre muito sacrifício e lágrimas, conseguiu reerguer-
que vai fazer duas participações: Comissão em Aulas Regimentais aca- Fernando, quando soube que estava de julho do mesmo ano decide abraçar o chamamento e se, e levar a vida a bom porto. Ao longo dos anos, a família do
uma, para a Ordem dos Médicos, co- baram por fazer o exame da antiga 4.ª perdoado pelo soldado negro. Afinal regressou. Lá trabalhou, lá construiu família, e era aí que se Manuel foi crescendo.
38|Combatente março 2024
que a Sacor era nacional e a Shell era comentavam-na em quimbundo, mas pediu-lhe 1.200 escudos. O soldado
Manuel Nunes
estrangeira, etc., etc., acabaram por
se abrir: "O senhor capitão só tem de
ao verem a atitude do seu capitão ca-
laram-se e aprovaram-na, pois, era
retorquiu: "Há momentos vendeu-as ao
nosso Cabo por 800 escudos". “Isso Coelho Mendes
nos dar os seus dados pessoais e será outro tipo de branco... foi preço para branco, para preto são
aberta uma conta bancária em Lisboa, 1.200 escudos; o senhor não pode fa-
na zona de Belém, em seu nome." Fevereiro 1968 - Luacano zer isso”. “Eu vim do Bailundo para o
- Cabo da Guarda, com uma praça,
corre-me estes filhos da p*** já para fo-
ra do quartel! Foi esta a reação espon-
(Leste de Angola)
A CCaç 2361 construiu em Mucus-
sueje, a pedido do Bispo da Diocese
Luacano, deixei lá a minha família, aqui
não tenho nenhum familiar, quando vou
para a mata a bala não diz se é para
V inte e dois de agosto de 2023,
viria a ser o dia em que a tristeza
se instalaria no seio da nossa famí-
tânea e imediata do capitão. (D. Francisco Dias) uma Igreja/Escola. branco ou para negro, estou a defen- lia. Foi o dia do momento zero, para
Na altura da inauguração, o cape- der o senhor e a sua família, tal qual que as saudades fossem para sem-
Junho 1965 - Luanda – 2.ª Compa- lão militar (Padre Celestino) achou por como o nosso Cabo”; “Preto não fala pre, pelo descanso eterno do nosso
nhia de Intervenção do RIL bem ir nas vésperas desse dia para assim para branco!”. E, pegando numa querido pai e marido. Manuel Nunes
Esta Companhia reforçada (220 mili- Mucussueje, a fim de ajudar o mis- tranca que tinha atrás da porta, deu Coelho Mendes partiria deste nosso
tares) foi enviada para uma operação sionário responsável pelo templo na uma cacetada ao soldado abrindo-lhe mundo, vítima de uma paragem cardíaca causada por
em reforço do Batalhão de Quitexe. confissão dos nativos da localidade. a cabeça. uma septicemia. Mesmo assim, nos momentos anterio-
Num determinado dia, sofreu uma Interrogado sobre essas confissões, O soldado chegou ao quartel todo en- res ao sucedido, o "Russo" nunca deixou de ser ele pró-
emboscada e foi ferido gravemente foi-lhe perguntado: "Padre Celestino, sanguentado. O Capitão, de imediato, prio, com uma ou outra brincadeira, uma ou outra piada
um soldado angolano (negro). Com se o senhor não sabe falar umbundo deteve o comerciante Fernando. Não com as enfermeiras, tudo sempre por detrás do seu tão
muito sacrifício foi deslocado numa e os nativos não sabem falar portu- havendo prisão no quartel, pernoitou na típico sorriso de miúdo traquina.
maca improvisada para a Base Tem- guês, como é que percebe os seus casa do motor elétrico. Foi instruído um Nascido a 22 de março de 1944 em Palmeira, Braga,
porária (BT) e depois do capitão, que pecados e depois lhes dá a absolvi- Alferes como Oficial Averiguante e um no seio de uma família humilde, seria então, o filho mais
não dispunha de médico, ter provi- ção?”, "Eu ouço-os, dou-lhes a absol- Furriel como escriturário para na manhã novo da numerosa prol de Lino Mendes e Maria Nunes
denciado um garrote e uma injeção vição e acrescento para mim: agora o seguinte elaborarem os Autos, a reme- Coelho. Depois de uma infância, toda ela passada em
de Zimema K (anti-hemorrágico). Pe- Espírito Santo que se desenrasque...". ter com o arguido ao Ministério Público Mós (Vila Verde), ao atingir a idade de adolescente, fez as
diu a evacuação à Força Aérea, mas na cidade capital de distrito (Luso). malas e resolveu tentar a sua sorte em Leiria, onde se en-
devido ao adiantado da hora, não era Março 1968 - Luacano No dia seguinte, durante a inquirição contrava um dos seus irmãos. Apesar da sua tenra idade,
possível deslocar um heli por estes O capitão da CCaç 2361 permi- começou arrogante, mas quando per- depressa arranjou trabalho. Também o respeito que tinha
não poderem voar de noite no ma- tia que, sempre que as operações o cebeu que ia ser enviado debaixo de pelas pessoas e a dedicação que demonstrava durante o
to, dadas as dificuldades de referen- permitissem, uma Secção com o seu escolta para o Tribunal do Luso, pas- período laboral, fazia com que fosse estimado por onde
ciação. O Comandante do Batalhão Furriel se deslocasse no fim de sema- sou a chorar convulsivamente porque quer que passou.
mandou à BT um pelotão com um na para a vila de Teixeira de Sousa, ia deixar a mulher e os filhos no Lua- Anos passados, é chamado para representar a pátria
médico para evacuar o ferido para onde havia cafés, cinema, restauran- cano, zona de guerra ativa. Pediu para ao serviço das Forças Armadas Portuguesas. Os tempos
Luanda. O médico, quando chegou, tes, para "esquecerem" a vida difícil falar com o soldado. Mal este chegou eram de conflito nas colónias, e poucos eram os jovens
perguntou onde estava o ferido e, ao que tinham no Luacano, sem luz, sem junto dele, pôs-se de joelhos e de mãos dispensados do cumprimento do serviço militar obrigató-
vê-lo no chão e vendo que era um água canalizada, com guerra. Era-lhes postas como em oração, aos pés do rio; Manuel não foi exceção. Depois da instrução básica e
soldado negro, teve esta declaração: permitido, em Teixeira de Sousa, trajar soldado chorando e pedindo perdão. O da especialidade na arma de Transmissões, embarca para
"Ora porra! Venho eu há uma hora na à civil. Para o efeito, um Cabo foi ao soldado ficou aflito sem saber o que fa- Angola a 17 de dezembro de 1965, a bordo do paquete
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38|Combatente março 2024
fotográfica que mais fascina o autor tem a ver particularmente com pessoas. Na MY
verdade, são elas que transmitem atitudes, vivências e emoções, que têm histórias
CY
para contar, que provocam sensações e sentimentos. Todos estes elementos
contagiam o observador, fazem com que se prenda mais facilmente à imagem, e CMY
Exposição permanente dedicada a diversos navios construídos pelo Eng.º Cardoso, exibe, além de navios em
Personalizável
modelismo construídos com materiais reciclados, algumas peças que o Museu de Marinha emprestou para o efeito.
Fácil de instalar (sem obras)
SOLICITE UM
Aberto todos os dias, incluindo fins de semana e feriados das 10H00 às 18H00 - Contacto: 912 899 729
1º LÍDERES AVALIAÇÃO
Bilhetes:
Combatentes, viúvas de Combatentes, com cartão, sócios da LC e crianças até 5 anos - isentos; Seniores (mais 65 anos ) e militares ao
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NAS ILHAS
DESDE 1817
+ 150 anos de experiência
serviço - 3 €; Grupo acima de 6 pessoas - 4 €; Lisboa card (desconto de 1 €) - 4 €; Bilhete normal - 5 €; Visitas guiadas de grupo com
projeção de filmes - 5 €;
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Desfile de Combatentes no Dia de Portugal em Portalegre (10 de junho de 2019) © Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República