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Exame Nacional de 2016

Prova Escrita de Geografia A


11.o Ano de Escolaridade
Prova 719/2.a Fase/Versões 1 e 2

GRUPO I

Itens Versão 1 Versão 2


1. (D) (A)
2. (B) (C)
3. (A) (D)
4. (C) (D)
5. (C) (A)
6. (A) (B)

GRUPO II
Itens Versão 1 Versão 2
1. (A) (D)
2. (A) (D)
3. (B) (C)
4. (B) (A)
5. (C) (B)
6. (D) (B)

GRUPO III
Itens Versão 1 Versão 2
1. (B) (A)
2. (C) (C)
3. (C) (B)
4. (A) (D)
5. (D) (B)
6. (D) (C)

GRUPO IV

Itens Versão 1 Versão 2


1. (C) (A)
2. (D) (B)
3. (B) (D)
4. (A) (C)
5. (D) (C)
6. (B) (A)

© Texto
GRUPO V

1. No conjunto de medidas que permitem alterar a tendência de redução da quantidade de sardinha


do stock ibérico nos últimos 20 anos, salientam-se:
• o cumprimento do tamanho mínimo de captura, de modo que os juvenis possam crescer
e reproduzir-se;
• o respeito pelos períodos de defeso, ou seja, pela época de reprodução, de desova e de
desenvolvimento dos recém-nascidos.
(Podem ser referidas outras medidas como a redução das quotas de pesca; o controlo das
descargas de peixe nos portos; a formação dos pescadores; a melhoria da informação disponibilizada;
o estabelecimento de limites à captura de juvenis.)

2. O estabelecimento de acordos bilaterais de pesca que permitam minimizar os problemas decorrentes


da evolução das capturas de sardinha apresenta vantagens para Portugal, designadamente:
• a recuperação dos stocks de sardinha na plataforma continental portuguesa, com uma gestão mais
eficiente das unidades populacionais no território marítimo português, o que permitirá manter
os postos de trabalho no setor das pescas;
• a diversificação das espécies capturadas e a consequente valorização de espécies atualmente menos
consumidas, como é o caso da cavala.

3. A Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa tem grande importância para a economia do país pela
valorização dos recursos naturais (piscatórios, biogénicos, geológicos, arqueológicos), pelo potencial
energético e turístico, bem como pela soberania sobre a gestão desses recursos, o que inclui a
necessidade de vigilância e de proteção das águas nacionais.
A valorização dos recursos naturais, nomeadamente dos recursos piscatórios, permite:
• a captura de pescado que, além de dinamizar o comércio interno, favorece a diversificação
da indústria transformadora, abastecendo a indústria de transformação do pescado, o que
é muito importante para o emprego e para a economia das zonas costeiras, enriquecendo
a economia do país;
• o desenvolvimento da aquicultura offshore, que exige mão de obra especializada, o que dinamiza
a investigação na área da produção e da disponibilização de novas espécies de aquicultura e que,
além de alimentar o mercado regional e nacional, permite reduzir a pressão sobre os stocks de
outras espécies, como a sardinha, por exemplo.
(Pode ser referido o papel da gestão sustentável dos recursos piscatórios na formação de mão
de obra especializada, designadamente nas áreas da investigação e do estudo dos recursos naturais,
da proteção ambiental, etc., com criação de emprego e dinamização do conhecimento acerca da parte
marítima do território português.)
O exercício da soberania sobre as águas da ZEE implica o desenvolvimento de pessoal e de
sistemas especializados na gestão e na vigilância do espaço marítimo, o que inclui:
• a proteção das águas na ZEE como imperativo para assegurar a qualidade dos recursos
e o controlo de práticas de exploração, de modo a salvaguardar os stocks e a biodiversidade;
• a supervisão eficaz do espaço marítimo, com o recurso à marinha e à aviação, nomeadamente
para a fiscalização dos navios de transporte de mercadorias que circulam na ZEE;
• o desenvolvimento tecnológico mobilizado para a supervisão do espaço marítimo da ZEE, o que
potencia a economia do mar em diferentes áreas como a inventariação dos recursos marinhos
e a monitorização da sua evolução, a prospeção e a vigilância do espaço marítimo.
Por tudo isto se conclui que a economia do mar inclui áreas muito diversas, desde o estudo à
exploração, à transformação e à comercialização de recursos naturais, o que cria emprego, desenvolve
o conhecimento científico e promove a valorização dos recursos da ZEE, contribuindo decisivamente
para a economia nacional.

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GRUPO VI

1. Dentre os aspetos naturais que caracterizam a área onde se integra a Rede de Aldeias do Xisto
podemos realçar:
• o relevo montanhoso, com vales encaixados e numerosos rios, muitos favoráveis à prática
de desportos como a pesca e o rafting;
• as características geológicas, com predomínio do xisto, recursos natural aproveitado pelas
populações para a construção das suas casas e de infraestruturas como pontes e caminhos.
(Podem ser referidas também a beleza e a riqueza da paisagem natural, com predomínio de mato
e de floresta, propícios ao turismo cinegético e de natureza.)

2. Projetos como o da Rede de Aldeias do Xisto podem contribuir para atenuar problemas
sociodemográficos como, entre outros:
• a falta de emprego, bem como a falta de oportunidades de emprego. Ao dinamizar atividades
turísticas que potenciam também o desenvolvimento do artesanato e a promoção de produtos
regionais, geram-se postos de trabalho e dinamiza-se a economia local;
• o despovoamento e o envelhecimento demográfico do interior. Estes projetos permitem fixar
a população mais jovem e, assim, reduzir a emigração e o êxodo rural.

3. A política de desenvolvimento rural tem vindo a ganhar importância com as sucessivas reformas
da Política Agrícola Comum (PAC), que enquadram, cada vez mais, o apoio à agricultura no contexto
do desenvolvimento rural, incluindo o setor agroflorestal e a valorização ambiental.
Em Portugal, tal situação tem como principais efeitos a implementação de programas e de medidas
que incentivam a inovação no setor agroflorestal, com a valorização económica, ambiental e social
da floresta através:
• do aproveitamento de recursos, como a madeira, a resina e a biomassa para a produção
de energia;
• da utilização do ambiente florestal para atividades turísticas e de lazer, de prática de desportos
e de contacto com a natureza, promovendo também a educação ambiental;
• do uso de sementes selecionadas adequadas às condições edafoclimáticas, potenciando uma
melhor utilização do solo e colheitas de melhor qualidade;
• da utilização das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), que tornam mais
eficiente o uso da água e da energia e facilitam a integração dos agricultores nas redes nacionais
e europeias e, consequentemente, a sua formação e o acesso a programas de apoio e aos
mercados.
Tudo isto contribui para maximizar a produtividade e o rendimento agrícolas e gera emprego
e riqueza, fomentando o desenvolvimento das áreas rurais, com fixação de população e crescimento
de atividades económicas afins (produção de primores, artesanato, hotelaria, restauração, comércio,
serviços de apoio ao uso das TIC, etc.).
No quadro da PAC, as políticas de desenvolvimento rural fomentam também o papel da agricultura
como elemento preservador do ambiente, atribuindo aos agricultores maior responsabilização
na conservação da paisagem. Para isso, promovem:
• a aplicação dos modos de produção biológica e integrada, contribuindo para assegurar
a conservação dos recursos para as gerações vindouras;
• a adequação do sistema de cultura aos solos e ao clima, o que, além de reduzir os custos
de produção, previne a conservação da qualidade dos solos e a manutenção das paisagens
naturais e tradicionais;
• o uso de técnicas de rega que permitem a gestão eficiente e sustentável do recurso água;
• a redução da aplicação de inseticidas, herbicidas e adubos químicos, assim como
de fitofármacos, de modo a preservar os solos, a biodiversidade e a qualidade das águas
(subterrâneas e superficiais).
Deste modo, dá-se o desenvolvimento agrícola e rural, mas de forma sustentável, ou seja,
respeitando o ambiente, com vista à preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.

FIM

© Texto

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