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FICHA DE AVALIAÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
ANO LETIVO 2019/2020
DR. FRANCISCO FERNANDES LOPES
GEOGRAFIA A

FICHA DE AVALIAÇÃO GEOGRAFIA A – Versão 1


ENSINO SECUNDÁRIO
11º E/F
DURAÇÃO DA PROVA: 100 MINUTOS

04 de dezembro de 2019
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de resposta, o número
do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Nas respostas aos itens que envolvem a produção de um texto, deve ter em conta os conteúdos e a sua
organização, a utilização da terminologia específica da disciplina e a correção da comunicação em língua
portuguesa.

1. A agricultura portuguesa tem vindo a sofrer algumas transformações, como se constata na Figura 1.

Figura 1: Evolução do número de explorações e do índice de envelhecimento do produtor agrícola, em Portugal

1.1. A diminuição do número de explorações agrícolas foi acentuada…


(A) … sobretudo para as grandes explorações. (B) … sobretudo para as pequenas explorações.
(C) … entre os produtores a tempo completo. (D) … em qualquer das situações representadas.

1.2. A diminuição do número de explorações agrícolas deve-se, sobretudo…


(A) … à elevada rentabilidade e dificuldade de atrair os jovens para as áreas rurais.
(B) … a medidas de política agrícola que favorecem a diminuição das explorações.
(C) … à baixa rentabilidade de algumas explorações e ao abandono da atividade agrícola.
(D) … ao aumento da mão de obra agrícola e à crescente urbanização.

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1.3. O desenvolvimento da agricultura portuguesa é fortemente condicionado pela reduzida dimensão das explorações
porque esta…
(A) … inviabiliza a mecanização e condiciona a modernização.
(B) … aumenta a produtividade agrícola e a competitividade.
(C) … condiciona a utilização de fertilizantes e pesticidas.
(D) … favorece a mecanização e o uso de fertilizantes.

1.4. A diminuição do número de explorações agrícolas foi acompanhada por um…


(A) … aumento da mão de obra agrícola familiar.
(B) … envelhecimento dos produtores agrícolas.
(C) … rejuvenescimento da população agrícola.
(D) … aumento dos produtores agrícolas.

1.5. As características da mão de obra agrícola constituem uma condicionante ao desenvolvimento do setor em Portugal
porque…
(A) … o seu rejuvenescimento não tem sido acompanhado por uma melhoria na qualificação.
(B) … os jovens têm um espírito mais aberto à mudança e uma melhor qualificação.
(C) … o seu envelhecimento e fraca formação são um entrave à modernização.
(D) … o investimento na formação e qualificação atrai jovens para o setor.

2. A produção de gado é, em Portugal, uma atividade com grande impacte na economia e no ambiente.

Figura 2: Percentagem de efetivos animais, por espécie, relativamente ao total nacional, por regiões (NUTS II).
Fonte: Inquérito às Estruturas das Explorações Agrícolas 2013,INE, I. P., Lisboa, 2014, p. 27 (adaptado) in www.ine.pt

2.1. De acordo com os dados da Figura 2, as regiões onde, para qualquer espécie, se produz menos de 7% do respetivo total
nacional de efetivos animais são…
(A) … Algarve, Lisboa e R.A. Madeira.
(B) … R.A. Açores, Algarve e Centro.
(C) … R.A. Açores, Lisboa e Norte.
(D) … Centro, Norte e R.A. Madeira.

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2.2. De acordo com a Figura 2, tendo em conta a produção animal em cada região, verifica-se uma maior importância
relativa da produção de bovinos na região _______ e uma menor importância relativa da produção _______ na região
Norte.
(A) … do Alentejo ... de suínos
(B) … da R.A. Açores ... de suínos
(C) … de Lisboa ... de caprinos
(D) … da R.A. Madeira ... de caprinos

3. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que caracterizam as paisagens agrárias em Portugal.
I. Os prados e pastagens permanentes ocupam a maior parte da superfície das explorações de dimensão reduzida
na região agrária da Beira Litoral.
II. Na região agrária do Ribatejo e Oeste, a monocultura intensiva de tomate ocupa uma elevada área.
III. As principais plantações de chá para fins industriais localizam-se na região agrária dos Açores.

(A) … I e III são verdadeiras; II é falsa.


(B) … II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) … II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) … III é verdadeira; I e II são falsas.

4. A vitivinicultura, enquanto atividade produtiva, tem uma importância cada vez maior na economia portuguesa. Na Figura
3, está representada a distribuição dos vinhos de Denominação de Origem Controlada (DOC) por região agrária, em Portugal
continental.

4.1. De acordo com a Figura 3, as regiões agrárias cujas


áreas são maioritariamente ocupadas por vinhas
destinadas à produção de vinhos DOC são as…
(A) … do Ribatejo e Oeste e do Algarve.
(B) … de Trás-os-Montes e do Alentejo.
(C) … de Entre Douro e Minho e de Trás-os-Montes.
(D) … de Entre Douro e Minho e do Ribatejo e Oeste.

4.2. A produção de vinhos DOC é um importante fator de


desenvolvimento regional, pois incrementa…
(A) … a exportação de vinhos regionais e a disponibilidade
de mão de obra agrícola.
(B) … a revitalização das antigas adegas e o
aproveitamento turístico da região.
(C) … a identidade cultural da região e a produção
direcionada para o autoconsumo.
(D) … a criação de emprego no setor agrícola e o aumento
Figura 3: Distribuição dos vinhos de Denominação de Origem de exportação de uva de mesa.
Controlada (DOC)
Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt (adaptado)

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4.3. A atribuição da classificação DOC a determinados vinhos pressupõe que…
(A) … a sua comercialização se limita a uma região geográfica demarcada e sujeita a um conjunto de regras estabelecidas
em legislação.
(B) … a sua produção está tradicionalmente ligada a uma região geográfica delimitada e sujeita a um conjunto de regras
estabelecidas em legislação.
(C) … as técnicas de produção são típicas de uma determinada região geográfica demarcada e aplicadas por mão de obra
local.
(D) … as castas são exclusivas de uma determinada região geográfica delimitada e cultivadas por mão de obra local
especializada.

4.4. As afirmações seguintes caracterizam o sistema de cultura na região agrária do Alentejo.


I. A vinha é uma cultura permanente, cultivada predominantemente em socalcos.
II. O girassol é uma cultura temporária cultivada em regime de monocultura.
III. O olival é cultivado de forma intensiva com recurso ao regadio.

(A) … I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) … I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) … II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) … II é verdadeira; I e III são falsas.

4.5. A competitividade da agricultura portuguesa passa pela implementação de medidas que visam…
(A) … certificar produtos nacionais e fomentar o associativismo dos agricultores.
(B) … intensificar as importações de produtos agrícolas e investir na mecanização.
(C) … promover a rotação de culturas e garantir o plurirrendimento dos agricultores.
(D) … aumentar a superfície de produção e incentivar o parcelamento da propriedade agrícola.

5. A UNESCO atribui a classificação de Património Mundial da Humanidade com o objetivo de preservar os bens patrimoniais
dotados de valor universal excecional.

5.1. Identifique duas características


comuns aos sistemas de cultura
ilustrados nas paisagens agrárias das
Fotografias A e B da Figura 4.

Figura 4: Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico


(Fotografia A)e paisagem do Alto Douro Vinhateiro
(Fotografia B)

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6. A Figura 5 representa a comparação entre o grau de autossuficiência de Portugal relativamente a alguns produtos
agropecuários, em 2010, e a média desse grau de autossuficiência, no período 2006-2010.

Figura 5: Grau de autossuficiência de Portugal relativamente a alguns produtos agropecuários, em 2010, e a média desse grau de
autossuficiência, no período 2006-2010
Fonte: Destaque, INE, I.P., Lisboa, 2013, p. 5 (adaptado)

6.1. Em Portugal, os produtos hortícolas e os frutos tropicais têm grande importância relativa, respetivamente, em regiões
agrárias como…
(A) … a do Algarve e a da Beira Interior.
(B) … a do Ribatejo e Oeste e a da Madeira.
(C) … a de Entre Douro e Minho e a do Alentejo.
(D) … a dos Açores e a de Trás-os-Montes.

6.2. De acordo com a Figura 5, os produtos agropecuários que, em 2010, apresentam um grau de autossuficiência superior
à média dos valores registados no período 2006-2010 são…
(A) … os cereais, as batatas, as oleaginosas e os ovos.
(B) … os cereais, as batatas, o vinho e as oleaginosas.
(C) … os frutos frescos, o azeite, os frutos tropicais e o vinho.
(D) … os frutos frescos, os frutos tropicais, o azeite e os ovos.

6.3. Os condicionalismos que comprometem a autossuficiência de Portugal em alguns dos produtos agropecuários são,
entre outros,…
(A) … a fraca mecanização e as restrições à importação de produtos alimentares.
(B) … a fraca procura do mercado interno e o abandono da atividade agrícola
(C) … a falta de qualidade dos produtos nacionais e o clima desfavorável.
(D) … a estrutura agrária fragmentada e a fraca qualidade dos solos.

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6.4. A construção de barragens para fins de irrigação, numa região como o Alentejo, tem conduzido à…
(A) … introdução de culturas de sequeiro. (B) … diminuição do rendimento das culturas.
(C) … extensificação do sistema de cultura. (D) … intensificação do sistema de cultura.

7. A agricultura foi eleita como prioridade no Tratado de Roma uma vez que a produção agroalimentar era insuficiente e
também pela representatividade da agricultura no emprego e no PIB dos 6 países fundadores na União Europeia.

7.1. A sigla PAC significa…


(A) … Programa Agrário Comum.
(B) … Política Agrária Comum.
(C) … Política Agrícola Comum.
(D) … Política Agrícola Comunitária.

7.2. Dois dos principais objetivos iniciais da PAC foram…


(A) … a diminuição da produtividade agrícola e o aumento da concorrência.
(B) … o incremento da produtividade agrícola e a estabilização dos mercados.
(C) … o incremento da produção, da superfície e da mão de obra agrícola utilizadas.
(D) … a diminuição do rendimento dos agricultores e da produtividade agrícola.

7.3. Para a sua concretização, a PAC utilizou alguns pilares ou princípios, tais como…
(A) … a unicidade de mercado e a solidariedade financeira.
(B) … o aumento da concorrência externa à União Europeia.
(C) … a preferência pela importação de produtos extracomunitários.
(D) … o suporte dos custos de financiamento por fundos individuais.

7.4. Mencione os dois objetivos levados a cabo pela reforma da PAC de 1992, indicando uma medida para a concretização
de cada um deles.

7.5. Refira qual a reforma da PAC (ano) que introduziu o set-aside.

7.6. Embora se tenham registado progressos, a PAC trouxe algumas consequências negativas, como…
(A) … a diminuição dos excedentes e a redução dos problemas ambientais.
(B) … a intensificação das produções e a redução dos excedentes agrícolas.
(C) … a diminuição dos excedentes e aumento dos custos de armazenamento.
(D) … a intensificação das produções e o aumento dos excedentes agrícolas.

7.7. A reforma da Política Agrícola Comum de 2013 introduziu alterações que visam, entre outros objetivos,…
(A) … diminuir o preço dos produtos no consumidor e promover a prática do pousio forçado.
(B) … fomentar uma agricultura sustentável e reforçar a competitividade do sector agrícola.
(C) … promover um estilo de vida mais urbano e incentivar o cultivo de espécies transgénicas.
(D) … apoiar a criação de atividades inovadoras e regular os preços dos produtos agrícolas.

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7.8. Dois dos objetivos da Política Agrícola Comum, no horizonte 2014-2020, são…
(A) … baixar os preços dos produtos junto do consumidor e reconverter áreas de pastagens em terras agrícolas.
(B) … reduzir as práticas de produção extensivas e desenvolver ações com impacte na redução das alterações climáticas.
(C) … diversificar as técnicas intensivas de produção agropecuária e apoiar as explorações agrícolas familiares.
(D) … promover a diversificação de produtos da economia rural e preservar o tecido social das áreas com características
rurais.

8. Leia com atenção o documento 1 que se segue:

"A nossa história de integração", na então Comunidade Económica Europeia (CEE) e hoje União Europeia, "é de grande sucesso",
realçou aos jornalistas, em Évora, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas.
Segundo Capoulas Santos, Portugal passou de "uma agricultura medieval para uma agricultura que hoje compete, e compete bem,
com as superpotências agrícolas". "Foi um enorme esforço de ajustamento estrutural que fizemos, teve custos, naturalmente, mas
o saldo é globalmente muito positivo", argumentou.
Capoulas Santos referiu que a PAC "é a mais comunitária de todas as políticas" da União Europeia (UE), porque quando foi criada, na
Europa do pós-guerra, "um dos problemas fundamentais era dar resposta à penúria alimentar", depois de o aparelho produtivo, "em
particular o agrícola", ter ficado destruído. "Foi instituída uma política agrícola comum com o objetivo de resolver o problema
alimentar da Europa" e, ao fim de "pouco anos", esta mesma política "revelou-se de grande sucesso".
Nos 30 anos de integração europeia de Portugal, afiançou o ministro, o caso da agricultura é "uma aposta muito bem-sucedida",
apesar dos "grandes desafios para o futuro". "Agora, estamos numa Europa" que "evidencia alguns sinais de desagregação" e que
vive "as indefinições do Brexit", o qual "não pode deixar de ter consequências", pois o Reino Unido "era um contribuinte líquido"
para o orçamento comunitário, disse.
Depois de, no início, a PAC ter chegado a representar 80% do orçamento comunitário, hoje esta mesma política ainda tem peso
elevado, porque representa 40%, ou seja, "quase metade do orçamento" da União Europeia.
"O modelo da PAC que teremos depois de 2020 e o orçamento que lhe está associado são os grandes desafios" futuros, numa Europa
que, com os alargamentos sucessivos, "para o mesmo pequeno grupo de contribuintes, tem cada vez mais beneficiários", alertou.

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/agricultura-e-pescas/detalhe/capoulas-santos-portugal-deixou-agricultura-medieval-e-modernizou-se-gracas-a-pac
Consultado em 04-12-2017

“A integração da agricultura portuguesa seria, necessariamente, difícil, pelo seu atraso estrutural, técnico e organizativo, pela
inexperiência em matéria de concorrência interna e externa e, para alguns produtos de importância estratégica, a existência de um
nível de preços consideravelmente superiores aos da U.E”
Adapatado de : Carminda Cavaco, «Enquadramento Macroeconómico. Mudança e crise», Geografia de Portugal, 2005
Documento 1

8.1. Caracterize a agricultura portuguesa antes da integração na PAC, indicando dois aspetos.

8.2. Refira o Programa de incentivo financeiro para a correção das deficiências estruturais da agricultura e melhoria das
condições de produção e comercialização dos produtos, no decorrer da primeira fase de integração de Portugal na PAC.

8.3. Produzir com qualidade é uma forma de afirmação no mercado nacional e europeu, dada a preocupação e exigência
maiores que os consumidores têm, razão pela qual surgem cada vez mais produtos detentores de rótulos de qualidade.
8.3.1. Discrimine os três rótulos de qualidade a que os produtos agrícolas estão sujeitos.

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8.4. Descreva a aplicabilidade da PAC em Portugal ao longo dos anos, tendo em conta:
• os constrangimentos a que a agricultura portuguesa foi sujeita durante a sua integração;
• os efeitos positivos da integração na PAC na potencialização do setor agrário nacional.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.

8.5. A potencialização e o aumento da competitividade do setor agrário nacional passa por medidas como a produção de
produtos de qualidade.
8.5.1 Mencione outras duas medidas possíveis de contribuir para a potencialização e o aumento da competitividade do
setor agrário nacional.

- FIM -

COTAÇÃO:

Item TOTAL
(cotação em pontos)
1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 2.1 2.2 3. 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 5.1 6.1 6.2

5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 10 5 5 2
6.3 6.4 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 8.1 8.2 8.3.1 8.4 8.5.1 ------- 0
5 5 5 5 5 12 3 5 5 5 10 5 15 20 10 ------- 0

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