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Atualizações sobre a

Correção do ENEM 2023

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2023, é fundamental que os
estudantes estejam atualizados sobre as mudanças nas regras de correção da redação. Este
material tem como objetivo mostrar as alterações e esclarecer dúvidas sobre situações que
podem resultar em nota zero, bem como as mudanças nas competências da prova de redação.

SITUAÇÕES QUE LEVEM À NOTA ZERO


Existem várias situações que podem resultar em nota zero para o candidato. Essas situações se
mantêm como eram antes, desta forma:

Prova assinada;
Desenhos;
Números ou sinais gráficos desconectados do texto;
Anulação proposital da prova;
Recusa explícita de escrever a redação;
Texto ilegível ou escrito em outro idioma;
Cópia dos textos motivadores ou dos textos da prova;
Fuga do tema;
Fuga ao tipo de texto;
Parte desconectada do texto.

COMPETÊNCIA 1
A Competência 1 do ENEM diz respeito à demonstração de domínio da modalidade escrita
formal da língua portuguesa. Houve algumas mudanças nessa competência para o ENEM 2023.

Antes:

Anteriormente, o ENEM aceitava até 2 desvios gramaticais e 1 falha da estrutura sintática. Ou


seja, o candidato poderia cometer até dois erros de colocação de vírgula (desvio gramatical) sem
que isso afetasse a sua nota. Além disso, o exame cobrava a presença do hífen antes de certos
prefixos, como em "pre-concebido".

O ENEM também exigia o uso de vírgula em adjuntos adverbiais de até 3 palavras, como em "Na
sociedade contemporânea, há problemas"

Agora:
Para o ENEM 2023, houve algumas alterações nessas regras. Agora, o erro da vírgula passa a ser
considero falha na estrutura sintática, e por isso, o exame aceitará apenas um desvio de vírgula.

Além disso, o ENEM não vai mais cobrar o hífen antes de prefixos, o que não significa que você
não precise conhecer as regras de hífen.

O ENEM também mudou a exigência de uso de vírgula em adjuntos adnominais para até 4
palavras, como em "Na sociedade contemporânea brasileira, há problemas".

A crase, antes considerada um desvio gramatical, passou a ser considerada um desvio de


convenção da escrita, mas isso não afeta em nada a sua nota. Você ainda continua podendo
cometer 2 desvios.

Como antes, ainda são aceitos até 2 desvios gramaticais e 1 falha sintática. No entanto, é
importante que os estudantes estejam cientes dessas mudanças e se preparem
adequadamente para a prova.

COMPETÊNCIA 2
Antes

A Banca escolhia o melhor repertório para receber a pontuação da C2.

Agora

A Banca espera que todos os repertórios sejam bem escolhidos e utilizados. Além disso, o
candidato deve relacionar claramente o repertório com o argumento, por meio de expressões
de retomada, também chamadas de “marcação de retomada”. Veja o seguinte trecho:

"[REPERTÓRIO] Sobre isso, desde o Período Colonial, a população pobre não dispunha de
atendimento médico e era forçada a trabalhar por longos períodos para manter sua sobrevivência.
[APROFUNDAMENTO] De forma análoga, o problema ainda se manifesta no Brasil e prejudica a
cultura do autocuidado (...)".

Agora, é exigida a "marcação" da retomada. Veja como ficou trecho:

"[REPERTÓRIO] Sobre isso, desde o Período Colonial, a população pobre não dispunha de
atendimento médico e era forçada a trabalhar por longos períodos para manter sua sobrevivência.
[APROFUNDAMENTO] De forma análoga, essa cruel realidade colonial ainda se manifesta no Brasil
e prejudica a cultura do autocuidado (...)".

Isso já era esperado com a Banca FGV, mas ficou mais claro e mais exigente na CEBRASPE

COMPETÊNCIA 3
Antes
A banca gostava que você retomasse os argumentos na conclusão, valorizando isso na
Competência 3 como projeto de texto. Além disso, não se falava sobre "direção propositiva".

Agora

Cobra-se uma "direção propositiva", ou seja, a capacidade de levantar problemas concretos


durante os desenvolvimentos, como exemplos dos seus raciocínios. Isso se tornou um requisito
para os 200 pontos da Competência 3.

Veja o vídeo completo sobre as mudanças na correção do ENEM 2023 aqui

COMPETÊNCIA 4
Antes

A Competência 4 era mais rígida quanto aos operadores argumentativos e não avaliava a
coerência do texto – a que avaliava coerência era a C3.

Agora

Hoje, valoriza-se o contexto da coesão ao longo de todo o texto, com foco na fluência da escrita.
Além disso, passou-se a avaliar a coerência do raciocínio apresentado.

COMPETÊNCIA 5
Antes

A FGV usava a nomenclatura "elementos nulos" e dava 40 pontos por elemento presente.

Essa banca deixava como sugestão que o aluno solucionasse A1 e A2 na proposta, o que
contava pontos na Competência 3.

Agora

Usa-se a nomenclatura "elementos não evidenciados" e passou-se a avaliar primeiro a ação,


depois o agente, o meio e o efeito. Após isso, verifica-se se está articulada na discussão
desenvolvida no texto e por último verifica se há detalhamento.

O ENEM agora exige a solução do A1 e A2 na proposta, caso contrário, você tira apenas 80
pontos na Competência 5. Ainda avalia-se a proposta de intervenção mais completa, mas ela
deve ser capaz de discutir A1 e A2.

Parece que a banca não tem clareza sobre o que é detalhamento. Uma sugestão é usar
expressões como "COMO", "A EXEMPLO DE" ou "POR EXEMPLO" para fazer o detalhamento.

Veja um vídeo completo explicando essas mudanças aqui https://youtu.be/hdj15hu_yGE

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