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123 Passei | Legislação Acelerada Caixa Econômica Federal

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123 Passei | Legislação Acelerada Caixa Econômica Federal

Sumário
RESOLUÇÃO Nº 4.539, DE 24 DE
NOVEMBRO DE 2016 3
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.949, DE 30 DE
SETEMBRO DE 2021 6
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, DE 23 DE
OUTUBRO DE 2020 11
RESOLUÇÃO BACEN Nº 3694 DE
26/03/2009 16
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE
2015. 18
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE
1990. 51
NORMATIVO SARB 004/2009 77
LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE
2003. 83
LEI Nº 13.466, DE 12 DE JULHO DE
2017. 109
LEI Nº 14.364, DE 1º DE JUNHO DE
2022 110
NORMATIVO SARB 024/2021 111
LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO
DE 2012. 114
DECRETO Nº 8.727, DE 28 DE ABRIL DE
2016 117
DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE
DEZEMBRO DE 2004. 118
DECRETO Nº 5.904, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2006. 138

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CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS

Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º,


no relacionamento com clientes e

usuários de produtos e de serviços, devem


conduzir suas atividades com observância
de princípios de ética, responsabilidade,
transparência e diligência, propiciando a
convergência de interesses e a
consolidação de imagem institucional de
RESOLUÇÃO Nº 4.539, DE 24 credibilidade, segurança e competência.
DE NOVEMBRO DE 2016 Art. 3º A observância do disposto no art. 2º
Dispõe sobre princípios e política requer, entre outras, as seguintes
institucional de relacionamento com
providências:
clientes e usuários de produtos e de
serviços financeiros. - promover cultura organizacional que
incentive relacionamento cooperativo e
O Banco Central do Brasil, na forma do art.
9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro equilibrado com clientes e usuários;
de 1964, torna público que o Conselho - dispensar tratamento justo e equitativo a
Monetário Nacional, em sessão realizada clientes e usuários; e
em 24 de novembro de 2016, com base no
art. 4º, inciso VIII, da referida Lei, - assegurar a conformidade e a
legitimidade de produtos e de serviços.
RESOLVEU:
Parágrafo único. O tratamento justo e
CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO equitativo a clientes e usuários de que trata
DE APLICAÇÃO
o inciso II do caput abrange, inclusive:
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre
princípios a serem observados no - a prestação de informações a clientes e
usuários de forma clara e precisa, a
relacionamento com clientes e usuários e
sobre a elaboração e implementação de respeito de produtos e serviços;
política institucional de relacionamento com
- o atendimento a demandas de clientes e
clientes e usuários de produtos e de
usuários de forma tempestiva; e
serviços pelas instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar - a inexistência de barreiras, critérios ou
pelo Banco Central do Brasil. procedimentos desarrazoados para a
§ 1º O disposto nesta Resolução não se extinção da relação contratual relativa a
aplica às administradoras de consórcio e produtos e serviços, bem como para a
transferência de relacionamento para outra
às instituições de pagamento, que devem
instituição, a pedido do cliente.
seguir as normas editadas pelo Banco
Central do Brasil no exercício de sua CAPÍTULO III
competência legal.
DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE
§ 2º Para efeito desta Resolução, o RELACIONAMENTO COM CLIENTES E
relacionamento com clientes e usuários USUÁRIOS
abrange as fases de pré-contratação, de Seção I
contratação e de pós-contratação de
produtos e de serviços.

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Da Elaboração e Implementação da do Banco Central do Brasil.


Política Institucional de Relacionamento
com Clientes e Usuários Seção II

Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º Do Gerenciamento da Política


devem elaborar e implementar política Institucional de Relacionamento com
Clientes e Usuários
institucional de relacionamento com
clientes e usuários que consolide diretrizes, Art. 5º As instituições devem assegurar a
objetivos estratégicos e valores consistência de rotinas e de
organizacionais, de forma a nortear a procedimentos operacionais afetos ao
condução de suas atividades em relacionamento com clientes e usuários,
conformidade com o disposto no art. 2º. bem como sua adequação à política
§ 1º A política de que trata o caput deve: institucional de relacionamento de que trata
o art. 4º, inclusive quanto aos seguintes
- ser aprovada pelo conselho de aspectos:
administração ou, na sua ausência, pela
diretoria - concepção de produtos e de serviços;

da instituição; - oferta, recomendação, contratação ou


distribuição de produtos ou serviços;
- ser objeto de avaliação periódica;
- requisitos de segurança afetos a produtos
- definir papéis e responsabilidades no e a serviços;
âmbito da instituição;
- cobrança de tarifas em decorrência da
- ser compatível com a natureza da prestação de serviços;
instituição e com o perfil de clientes e
- divulgação e publicidade de produtos e de
usuários, bem como com as demais serviços;
políticas instituídas;
- coleta, tratamento e manutenção de
- prever programa de treinamento de informações dos clientes em bases de
empregados e prestadores de serviços que
dados;
desempenhem atividades afetas ao
relacionamento com clientes e usuários; VI - gestão do atendimento prestado a clientes
- prever a disseminação interna de suas e usuários, inclusive o registro e o
disposições; e tratamento de demandas;
VII - ser formalizada em documento - mediação de conflitos;
específico.
- sistemática de cobrança em caso de
§ 2º Admite-se que a política de que trata o inadimplemento de obrigações
caput seja unificada por:
contratadas;
- conglomerado; ou
- extinção da relação contratual relativa a
- sistema cooperativo de crédito. produtos e serviços;
§ 3º As instituições que não constituírem - liquidação antecipada de dívidas ou de
política própria em decorrência da obrigações;
faculdade prevista no § 2º devem formalizar - transferência de relacionamento para
a decisão em reunião do conselho de outra instituição, a pedido do cliente; e
administração ou da diretoria.
- eventuais sistemas de metas e incentivos
§ 4º O documento de que trata o inciso VII ao desempenho de empregados e
do § 1º deve ser mantido à disposição

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de terceiros que atuem em seu nome. Art. 8º Fica o Banco Central do Brasil
autorizado a baixar as normas e a adotar
§ 1º Com relação ao disposto nos incisos I as
e II do caput, e em observância ao art. 3º,
parágrafo único, inciso I, as instituições medidas julgadas necessárias à execução
devem estabelecer o perfil dos clientes que do disposto nesta Resolução.
compõem o público-alvo para os produtos e
serviços disponibilizados, considerando Art. 9º Esta Resolução entra em vigor 360
suas características e complexidade. (trezentos e sessenta) dias após a data

§ 2º O perfil referido no § 1º deve incluir de sua publicação.


informações relevantes para cada Ilan Goldfajn Presidente do Banco Central
produto ou serviço. do Brasil

Art. 6º Em relação à política institucional Este texto não substitui o publicado no


de relacionamento com clientes e DOU de 28/11/2016, Seção 1, p. 86, e no
Sisbacen.
usuários, as instituições de que trata o art.
1º devem instituir mecanismos de
acompanhamento, de controle e de
mitigação de riscos com vistas a assegurar:

- a implementação das suas disposições;

- o monitoramento do seu cumprimento,


inclusive por meio de métricas e

indicadores adequados;

- a avaliação da sua efetividade; e

- a identificação e a correção de eventuais


deficiências.

§ 1º Os mecanismos de que trata o caput


devem ser submetidos a testes

periódicos pela auditoria interna,


consistentes com os controles internos da
instituição.

§ 2º Os dados, os registros e as
informações relativas aos mecanismos de

controle, processos, testes e trilhas de


auditoria devem ser mantidos à disposição
do Banco Central do Brasil pelo prazo
mínimo de cinco anos.

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º


devem indicar diretor responsável

pela observância do disposto nesta


Resolução.

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Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre


princípios e procedimentos a serem
adotados no relacionamento com clientes e
usuários de produtos e de serviços pelas
instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.

§ 1º O disposto nesta Resolução não se


aplica às administradoras de consórcio e às
instituições de pagamento, que devem
seguir as normas editadas pelo Banco
Central do Brasil no exercício de sua
competência legal.

§ 2º Para efeito desta Resolução, o


relacionamento com clientes e usuários
abrange as fases de pré-contratação, de
contratação e de pós-contratação de
produtos e de serviços.

CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS

Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º,


no relacionamento com clientes e usuários
de produtos e de serviços, devem conduzir
suas atividades com observância de
princípios de ética, responsabilidade,
transparência e diligência, propiciando a
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.949, convergência de interesses e a
DE 30 DE SETEMBRO DE consolidação de imagem institucional de
credibilidade, segurança e competência.
2021
Art. 3º A observância do disposto no art. 2º
Dispõe sobre princípios e procedimentos a
requer, entre outras, as seguintes ações:
serem adotados no relacionamento com
clientes e usuários de produtos e de I - promover cultura organizacional que
serviços. incentive relacionamento cooperativo e
equilibrado com clientes e usuários; e
O Banco Central do Brasil, na forma do art.
9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de II - dispensar tratamento justo e equitativo a
1964, torna público que o Conselho clientes e usuários, considerando seus
Monetário Nacional, em sessão realizada perfis de relacionamento e vulnerabilidades
em 30 de setembro de 2021, com base nos associadas.
arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 7º e 23,
alínea "a", da Lei nº 6.099, de 12 de CAPÍTULO III
setembro de 1974, e 1º, § 1º, da Lei DOS PROCEDIMENTOS
Complementar nº 130, de 17 de abril de Seção I
2009, Da Contratação e Da Prestação de
RESOLVEU: Serviços

CAPÍTULO I Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º,


DO OBJETO E DO ÂMBITO DE na contratação de operações e na
APLICAÇÃO prestação de serviços, devem assegurar:

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I - adequação dos produtos e serviços b) a extinção da relação contratual relativa


ofertados ou recomendados às a produtos e serviços, incluindo o
necessidades, aos interesses e aos cancelamento de contratos; e
objetivos dos clientes e usuários;
c) a transferência de relacionamento para
II - integridade, conformidade, outra instituição, se aplicável.
confiabilidade, segurança e sigilo das
transações realizadas, bem como Seção II
legitimidade das operações contratadas e Do Atendimento Presencial a Clientes ou
dos serviços prestados; Usuários

III - prestação, de forma clara e precisa, Art. 5º É vedado às instituições referidas


das informações necessárias à livre no art. 1º impedir o acesso, recusar,
escolha e à tomada de decisões por parte dificultar ou impor restrição ao atendimento
de clientes e usuários, explicitando, presencial em suas dependências,
inclusive, direitos e deveres, inclusive em guichês de caixa, a clientes ou
responsabilidades, custos ou ônus, usuários de produtos e de serviços, mesmo
penalidades e eventuais riscos existentes quando disponível o atendimento em outros
na execução de operações e na prestação canais.
de serviços; § 1º O disposto no caput não se aplica:
IV - utilização de redação clara, objetiva e I - aos serviços de arrecadação ou de
adequada à natureza e à complexidade da cobrança prestados a terceiros, quando:
operação ou do serviço, em contratos,
recibos, extratos, comprovantes e a) não houver contrato ou convênio para a
documentos destinados ao público, de sua prestação celebrado entre a instituição
forma a permitir o entendimento do financeira e o ente beneficiário; ou
conteúdo e a identificação de prazos,
b) o respectivo contrato ou convênio
valores, encargos, multas, datas, locais e
celebrado não contemple o recebimento
demais condições;
em guichê de caixa das dependências da
V - identificação dos usuários finais instituição;
beneficiários de pagamento ou
II - ao recebimento de boletos de
transferência em demonstrativos e extratos
pagamento padronizado pela
de contas de depósitos e contas de
regulamentação do Banco Central do Brasil
pagamento pré-paga, inclusive nas
emitidos fora do padrão, das
situações em que o serviço de pagamento
especificações ou dos requisitos vigentes
envolver instituições participantes de
para o instrumento;
diferentes arranjos de pagamento;
III - ao recebimento de documentos
VI - encaminhamento de instrumento de
mediante pagamento por meio de cheque;
pagamento ao domicílio do cliente ou
usuário ou a sua habilitação somente em IV - às instituições que não possuam
decorrência de sua expressa solicitação ou dependências ou às dependências de
autorização; e instituições sem guichês de caixa;
VII - tempestividade e inexistência de V - aos postos de atendimento instalados
barreiras, critérios ou procedimentos em recinto de órgão ou de entidade da
desarrazoados para: Administração Pública ou de empresa
privada com guichês de caixa, nos quais
a) o atendimento a demandas de clientes e
sejam prestados serviços do exclusivo
usuários, incluindo o fornecimento de
interesse do respectivo órgão ou entidade e
contratos, recibos, extratos, comprovantes
de seus servidores ou da respectiva
e outros documentos e informações
empresa e de seus empregados e
relativos a operações e a serviços;
administradores, conforme a

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regulamentação específica sobre § 1º A política de que trata o caput deve:


dependências; e
I - ser aprovada pelo conselho de
VI - às situações excepcionais previstas na administração ou, caso inexistente, pela
legislação ou na regulamentação diretoria da instituição;
específica.
II - ser objeto de avaliação periódica;
§ 2º Para fins do disposto no caput, é
vedada a imposição de restrições quanto à III - definir papéis e responsabilidades no
quantidade de documentos, de transações âmbito da instituição;
ou de operações por pessoa, bem como IV - ser compatível com a natureza da
em relação a montante máximo ou mínimo instituição e com o perfil de clientes e
a ser pago ou recebido ou ainda quanto à usuários, bem como com as demais
faculdade de o cliente ou o usuário optar políticas instituídas;
por pagamentos em espécie, salvo as
exceções previstas na legislação ou na V - prever programa de treinamento de
regulamentação específica. empregados e prestadores de serviços que
desempenhem atividades afetas ao
§ 3º As instituições de que trata o art. 1º relacionamento com clientes e usuários;
devem divulgar em suas dependências e
nas dependências dos correspondentes no VI - prever a disseminação interna de suas
País, em local visível e em formato legível, disposições; e
as situações de que tratam os incisos II, III
VII - ser formalizada em documento
e V do § 1º.
específico.
§ 4º O disposto neste artigo deve ser
§ 2º Admite-se que a política de que trata
observado indistintamente em relação a
o caput seja unificada por:
clientes e a não clientes, exceto pelas
cooperativas de crédito, que devem I - conglomerado; ou
observar o disposto no § 5º.
II - sistema cooperativo de crédito.
§ 5º As cooperativas de crédito devem
informar em suas dependências, em local § 3º As instituições que não constituírem
visível e em formato legível, se realizam política própria em decorrência da
atendimento a não associados e quais os faculdade prevista no § 2º devem formalizar
serviços disponibilizados, assegurando a decisão em reunião do conselho de
nesse caso as condições previstas neste administração ou da diretoria.
artigo.
§ 4º O documento de que trata o inciso VII
CAPÍTULO IV do § 1º deve ser mantido à disposição do
DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE Banco Central do Brasil.
RELACIONAMENTO COM CLIENTES E
Seção II
USUÁRIOS
Do Gerenciamento da Política Institucional
Seção I de Relacionamento com Clientes e
Da Manutenção da Política Institucional de Usuários
Relacionamento com Clientes e Usuários
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem assegurar a consistência de rotinas
devem manter política institucional de e de procedimentos operacionais afetos ao
relacionamento com clientes e usuários relacionamento com clientes e usuários,
que consolide diretrizes, objetivos bem como sua adequação à política
estratégicos e valores organizacionais, de institucional de relacionamento de que trata
forma a nortear a condução de suas o art. 6º, inclusive quanto aos seguintes
atividades em conformidade com o aspectos:
disposto no art. 2º.

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I - identificação e qualificação de clientes e e os valores organizacionais previstos na


de usuários para fins de início e política institucional de que trata o art. 6º; e
manutenção de relacionamento;
II - tratar adequadamente eventuais
II - concepção de produtos e de serviços; desvios relacionados ao contido no inciso I.

III - oferta, recomendação, contratação ou Art. 9º Em relação à política institucional


distribuição de produtos ou serviços; de relacionamento com clientes e usuários,
as instituições de que trata o art. 1º devem
IV - requisitos de segurança afetos a instituir mecanismos de acompanhamento,
produtos e a serviços; de controle e de mitigação de riscos com
V - cobrança de tarifas em decorrência da vistas a assegurar:
prestação de serviços; I - a implementação das suas disposições;
VI - divulgação e publicidade de produtos e II - o monitoramento do seu cumprimento,
de serviços; inclusive por meio de métricas e
VII - coleta, tratamento e manutenção de indicadores adequados;
informações dos clientes em bases de III - a avaliação da sua efetividade; e
dados;
IV - a identificação e a correção de
VIII - gestão do atendimento prestado a eventuais deficiências.
clientes e usuários, inclusive o registro e o
tratamento de demandas; § 1º Os mecanismos de que trata
o caput devem ser submetidos a testes
IX - mediação de conflitos; periódicos pela auditoria interna,
X - sistemática de cobrança em caso de consistentes com os controles internos da
inadimplemento de obrigações contratadas; instituição.

XI - extinção da relação contratual relativa § 2º Os dados, os registros e as


a produtos e serviços; informações relativas aos mecanismos de
controle, processos, testes e trilhas de
XII - liquidação antecipada de dívidas ou de auditoria devem ser mantidos à disposição
obrigações; e do Banco Central do Brasil pelo prazo
mínimo de cinco anos.
XIII - transferência de relacionamento para
outra instituição. CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 1º Com relação ao disposto nos incisos II
e III do caput, e em observância ao art. 4º, Art. 10. As instituições de que trata o art.
inciso I, as instituições devem estabelecer 1º devem indicar ao Banco Central do
o perfil dos clientes que compõem o Brasil diretor responsável pelo
público-alvo para os produtos e serviços cumprimento das obrigações previstas
disponibilizados, considerando suas nesta Resolução.
características e complexidade.
Art. 11. O Banco Central do Brasil poderá
§ 2º O perfil referido no § 1º deve incluir adotar medidas complementares
informações relevantes para cada produto necessárias à execução do disposto nesta
ou serviço. Resolução.
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º Art. 12. Ficam revogados:
devem:
I - o art. 12 da Resolução nº 4.753, de 26
I - promover o equilíbrio das metas de de setembro de 2019;
resultados e de incentivos associadas ao
desempenho de funcionários e de II - a Resolução nº 3.694, de 26 de março
correspondentes no País com as diretrizes de 2009;

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III - a Resolução nº 4.283, de 4 de


novembro de 2013;

IV - a Resolução nº 4.479, de 25 de abril de


2016;

V - a Resolução nº 4.539, de 24 de
novembro de 2016; e

VI - a Resolução nº 4.746, de 29 de agosto


de 2019.

Art. 13. Esta Resolução entra em vigor em


1º de março de 2022.

Roberto de Oliveira Campos Neto


Presidente do Banco Central do Brasil

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empresários individuais, ou pessoas


jurídicas classificadas como microempresas
e empresas de pequeno porte, nos termos
da Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006.
Parágrafo único. Ficam
dispensados de constituir ouvidoria os
bancos comerciais sob controle societário
de bolsas de valores, de bolsas de
mercadorias e futuros ou de bolsas de
valores e de mercadorias e futuros que
desempenhem exclusivamente funções de
liquidante e custodiante central, prestando
serviços às bolsas e aos agentes
econômicos responsáveis pelas operações
nelas cursadas.

CAPÍTULO II
DA FINALIDADE

Art. 3º A ouvidoria tem por


finalidade:
I - atender em última
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, instância as demandas dos clientes e
usuários de produtos e serviços que não
DE 23 DE OUTUBRO DE 2020 tiverem sido solucionadas nos canais de
atendimento primário da instituição; e
Dispõe sobre a constituição e o
funcionamento de componente II - atuar como canal de
organizacional de ouvidoria pelas comunicação entre a instituição e os
instituições autorizadas a funcionar pelo clientes e usuários de produtos e serviços,
Banco Central do Brasil. inclusive na mediação de conflitos.
Parágrafo único. Para
O Banco Central do Brasil, na forma do art. efeitos desta Resolução, considera-se
9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de primário o atendimento habitual realizado
1964, torna público que o Conselho em quaisquer pontos ou canais de
Monetário Nacional, em sessão realizada atendimento, incluídos os correspondentes
em 22 de outubro de 2020, com base no no País e o Serviço de Atendimento ao
art. 4º, inciso VIII, da referida Lei, Consumidor (SAC) de que trata o Decreto
nº 6.523, de 31 de julho de 2008.
RESOLVEU:

CAPÍTULO I CAPÍTULO III


DO OBJETO E DO ÂMBITO DE DA ORGANIZAÇÃO
APLICAÇÃO
Art. 4º A estrutura da
Art. 1º Esta Resolução disciplina a ouvidoria deve ser compatível com a
constituição e o funcionamento de natureza e a complexidade dos produtos,
componente organizacional de ouvidoria serviços, atividades, processos e sistemas
pelas instituições que especifica. de cada instituição.
Art. 2º O componente Parágrafo único. A
organizacional de ouvidoria deve ser ouvidoria não pode estar vinculada a
constituído pelas instituições autorizadas a componente organizacional da instituição
funcionar pelo Banco Central do Brasil que que configure conflito de interesses ou de
tenham clientes pessoas naturais, inclusive atribuições, a exemplo das unidades

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responsáveis por negociação de produtos e ou mais do capital da outra, direta ou


serviços, gestão de riscos, auditoria interna indiretamente.
e conformidade (compliance).
§ 2º O disposto no inciso
Art. 5º É admitido o II, alínea "b", do caput, não se aplica a
compartilhamento de ouvidoria pelas bancos comerciais, bancos múltiplos,
instituições, observadas as seguintes caixas econômicas, sociedades de crédito,
situações e regras: financiamento e investimento, associações
de poupança e empréstimo e sociedades
I - a instituição integrante
de arrendamento mercantil que realizem
de conglomerado composto por pelo
operações de arrendamento mercantil
menos duas instituições autorizadas a
financeiro.
funcionar pelo Banco Central do Brasil
pode compartilhar a ouvidoria constituída § 3º O disposto nos incisos
em qualquer das instituições autorizadas a II, alínea "b", e IV, do caput, somente se
funcionar; aplica a associação de classe ou bolsa que
possuir código de ética ou de
II - a instituição não
autorregulação efetivamente implantado,
enquadrada no disposto no inciso I
ao qual a instituição tenha aderido.
do caput pode compartilhar a ouvidoria
constituída:
CAPÍTULO IV
a) em empresa ligada,
DO FUNCIONAMENTO
conforme definição de que trata o § 1º; ou
b) na associação de classe Art. 6º As atribuições da
a que seja filiada ou na bolsa de valores ou ouvidoria abrangem as seguintes
bolsa de mercadorias e futuros ou bolsa de atividades:
valores e de mercadorias e futuros nas
quais realize operações; I - atender, registrar,
instruir, analisar e dar tratamento formal e
III - a cooperativa singular adequado às demandas dos clientes e
de crédito filiada a cooperativa central pode usuários de produtos e serviços;
compartilhar a ouvidoria constituída na
respectiva cooperativa central, II - prestar esclarecimentos
confederação de cooperativas de crédito ou aos demandantes acerca do andamento
banco do sistema cooperativo; e das demandas, informando o prazo
previsto para resposta;
IV - a cooperativa singular
de crédito não filiada a cooperativa central III - encaminhar resposta
pode compartilhar a ouvidoria constituída conclusiva para a demanda no prazo
em cooperativa central, federação de previsto; e
cooperativas de crédito, confederação de IV - manter o conselho de
cooperativas de crédito ou associação de administração, ou, na sua ausência, a
classe da categoria. diretoria da instituição, informado sobre os
§ 1º Para efeito do problemas e deficiências detectados no
disposto no inciso II, alínea "a", do caput, cumprimento de suas atribuições e sobre o
consideram-se ligadas entre si as resultado das medidas adotadas pelos
instituições autorizadas a funcionar pelo administradores para solucioná-los.
Banco Central do Brasil e as empresas não § 1º O atendimento
autorizadas a funcionar pelo Banco Central prestado pela ouvidoria:
do Brasil:
I - deve ser identificado por
I - as quais uma participe meio de número de protocolo, o qual deve
com 10% (dez por cento) ou mais do ser fornecido ao demandante;
capital da outra, direta ou indiretamente; e
II - deve ser gravado,
II - as quais acionistas com quando realizado por telefone, e, quando
10% (dez por cento) ou mais do capital de realizado por meio de documento escrito ou
uma participem com 10% (dez por cento) por meio eletrônico, arquivada a respectiva
documentação; e

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III - pode abranger: c) inserido e mantido


permanentemente atualizado em sistema
a) excepcionalmente, as
de registro de informações do Banco
demandas não recepcionadas inicialmente
Central do Brasil.
pelos canais de atendimento primário; e
Parágrafo único. As
b) as demandas
informações relativas às demandas
encaminhadas pelo Banco Central do
recebidas pela ouvidoria devem
Brasil, por órgãos públicos ou por outras
permanecer registradas no sistema
entidades públicas ou privadas.
mencionado no inciso I pelo prazo mínimo
§ 2º O prazo de resposta de cinco anos, contados da data da
para as demandas não pode ultrapassar protocolização da ocorrência.
dez dias úteis, podendo ser prorrogado,
excepcionalmente e de forma justificada,
CAPÍTULO V
uma única vez, por igual período, limitado o
DAS EXIGÊNCIAS FORMAIS
número de prorrogações a 10% (dez por
cento) do total de demandas no mês,
devendo o demandante ser informado Art. 8º O estatuto ou o
sobre os motivos da prorrogação. contrato social, conforme a natureza
jurídica da sociedade, deve dispor, de
Art. 7º As instituições forma expressa, sobre os seguintes
referidas no art. 2º devem: aspectos:
I - manter sistema de I - a finalidade, as
informações e de controle das demandas atribuições e as atividades da ouvidoria;
recebidas pela ouvidoria, de forma a:
II - os critérios de
a) registrar o histórico de designação e de destituição do ouvidor;
atendimentos, as informações utilizadas na
análise e as providências adotadas; e III - o tempo de duração do
mandato do ouvidor, fixado em meses; e
b) controlar o prazo de
resposta; IV - o compromisso formal
no sentido de:
II - dar ampla divulgação
sobre a existência da ouvidoria, sua a) criar condições
finalidade, suas atribuições e formas de adequadas para o funcionamento da
acesso, inclusive nos canais de ouvidoria, bem como para que sua atuação
comunicação utilizados para difundir os seja pautada pela transparência,
produtos e serviços; independência, imparcialidade e isenção; e

III - garantir o acesso b) assegurar o acesso da


gratuito dos clientes e dos usuários ao ouvidoria às informações necessárias para
atendimento da ouvidoria, por meio de a elaboração de resposta adequada às
canais ágeis e eficazes, inclusive por demandas recebidas, com total apoio
telefone, cujo número deve ser: administrativo, podendo requisitar
informações e documentos para o exercício
a) divulgado e mantido de suas atividades no cumprimento de
atualizado em local visível ao público no suas atribuições.
recinto das suas dependências e nas
dependências dos correspondentes no § 1º Os aspectos
País, bem como nos respectivos sítios mencionados no caput devem ser incluídos
eletrônicos na internet, acessível pela sua no estatuto ou no contrato social na
página inicial; primeira alteração que ocorrer após a
constituição da ouvidoria.
b) informado nos extratos,
comprovantes, inclusive eletrônicos, § 2º As alterações
contratos, materiais de propaganda e de estatutárias ou contratuais exigidas por
publicidade e demais documentos que se esta Resolução relativas às instituições que
destinem aos clientes e usuários; e optarem pela faculdade prevista no art. 5º,
incisos I e III, podem ser promovidas

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somente pela instituição que constituir a respectivo diretor responsável pela


ouvidoria. ouvidoria; e
§ 3º As instituições que II - informar o nome do
não constituírem ouvidoria própria em ouvidor, que deverá ser o do ouvidor da
decorrência da faculdade prevista no art. associação de classe, da bolsa de valores,
5º, incisos II e IV, devem ratificar a decisão da bolsa de mercadorias e futuros ou da
na primeira assembleia geral ou na bolsa de valores e de mercadorias e
primeira reunião de diretoria realizada após futuros, ou da entidade ou empresa que
tal decisão. constituir a ouvidoria.
Art. 9º As instituições
referidas no art. 2º devem designar perante CAPÍTULO VI
o Banco Central do Brasil os nomes do DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
ouvidor e do diretor responsável pela
ouvidoria. Art. 12. O diretor
§ 1º O diretor responsável responsável pela ouvidoria deve elaborar
pela ouvidoria pode desempenhar outras relatório semestral quantitativo e qualitativo
funções na instituição, inclusive a de referente às atividades desenvolvidas pela
ouvidor, exceto a de diretor de ouvidoria, nas datas-base de 30 de junho e
administração de recursos de terceiros. 31 de dezembro.

§ 2º Nos casos dos bancos Parágrafo único. O


comerciais, bancos múltiplos, caixas relatório de que trata o caput deve ser
econômicas, sociedades de crédito, encaminhado à auditoria interna, ao comitê
financiamento e investimento, associações de auditoria, quando constituído, e ao
de poupança e empréstimo e sociedades conselho de administração ou, na sua
de arrendamento mercantil que realizem ausência, à diretoria da instituição.
operações de arrendamento mercantil Art. 13. As instituições
financeiro, que estejam sujeitos à referidas no art. 2º devem divulgar
obrigatoriedade de constituição de comitê semestralmente, nos respectivos sítios
de auditoria, na forma da regulamentação, eletrônicos na internet, as informações
o ouvidor não poderá desempenhar outra relativas às atividades desenvolvidas pela
função, exceto a de diretor responsável ouvidoria, inclusive os dados relativos à
pela ouvidoria. avaliação direta da qualidade do
§ 3º Nas situações em que atendimento de que trata o art. 16.
o ouvidor desempenhe outra atividade na Art. 14. O Banco Central
instituição, essa atividade não pode do Brasil poderá estabelecer o conteúdo, a
configurar conflito de interesses ou de forma, a periodicidade e o prazo de
atribuições. remessa de dados e de informações
Art. 10. Nas hipóteses relativos às atividades da ouvidoria.
previstas no art. 5º, incisos I, III e IV, o
ouvidor deve: CAPÍTULO VII
I - responder por todas as DA CERTIFICAÇÃO
instituições que compartilharem a
ouvidoria; e Art. 15. As instituições
referidas no art. 2º devem adotar
II - integrar os quadros da
providências para que os integrantes da
instituição que constituir a ouvidoria.
ouvidoria que realizem as atividades
Art. 11. Para cumprimento mencionadas no art. 6º sejam considerados
do disposto no caput do art. 9º, nas aptos em exame de certificação organizado
hipóteses previstas no art. 5º, inciso II, as por entidade de reconhecida capacidade
instituições referidas no art. 2º devem: técnica.
I - designar perante o § 1º O exame de
Banco Central do Brasil apenas o nome do certificação deve abranger, no mínimo,

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temas relativos à ética, aos direitos do III - concluída em até cinco


consumidor e à mediação de conflitos. dias úteis após o prazo de que trata o
inciso II.
§ 2º A designação de
integrantes da ouvidoria referidos Art. 18. Os dados relativos
no caput fica condicionada à comprovação à avaliação mencionada no art. 16 devem
de aptidão no exame de certificação, além ser:
do atendimento às demais exigências desta
I - armazenados de forma
Resolução.
eletrônica, em ordem cronológica,
§ 3º As instituições permanecendo à disposição do Banco
referidas no caput devem assegurar a Central do Brasil pelo prazo de cinco anos,
capacitação permanente dos integrantes da contados da data da avaliação realizada
ouvidoria em relação aos temas pelo cliente ou usuário; e
mencionados no § 1º.
II - remetidos ao Banco
§ 4º O diretor responsável Central do Brasil, na forma por ele definida.
pela ouvidoria sujeita-se à formalidade
prevista no caput, caso exerça a função de
ouvidor. CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 5º Nas hipóteses
previstas no art. 5º, incisos II e IV, aplica-se Art. 19. O relatório e a
o disposto neste artigo aos integrantes da documentação relativos aos atendimentos
ouvidoria da associação de classe, realizados, de que tratam os arts. 6º, § 1º,
entidade ou empresa que realize as 7º e 12, bem como a gravação telefônica
atividades mencionadas no art. 6º. do atendimento, devem permanecer à
disposição do Banco Central do Brasil pelo
CAPÍTULO VIII prazo mínimo de cinco anos.
DA AVALIAÇÃO DIRETA DA QUALIDADE Art. 20. O número do
DO ATENDIMENTO PRESTADO telefone para acesso gratuito à ouvidoria e
os dados relativos ao diretor responsável
Art. 16. As instituições pela ouvidoria e ao ouvidor devem ser
referidas no art. 2º devem implementar inseridos e mantidos permanentemente
instrumento de avaliação direta da atualizados em sistema de registro de
qualidade do atendimento prestado pela informações do Banco Central do Brasil.
ouvidoria a clientes e usuários.
Parágrafo único. O
Parágrafo único. O disposto no caput deve ser observado,
disposto no caput aplica-se somente aos inclusive, pela instituição que não constituir
bancos comerciais, bancos múltiplos, componente de ouvidoria próprio em
bancos de investimento, caixas decorrência da faculdade prevista no art.
econômicas e sociedades de crédito, 5º.
financiamento e investimento.
Art. 21. O Banco Central
Art. 17. A avaliação direta do Brasil poderá adotar as medidas
da qualidade do atendimento de que trata o necessárias à execução do disposto nesta
art. 16 deve ser: Resolução.
I - estruturada de forma a Art. 22. Ficam revogadas:
obter notas entre 1 e 5, sendo 1 o nível de
I - a Resolução nº 4.433, de
satisfação mais baixo e 5 o nível de
23 de julho de 2015; e
satisfação mais alto;
II - a Resolução nº 4.629,
II - disponibilizada ao
de 25 de janeiro de 2018.
cliente ou usuário em até um dia útil após o
encaminhamento da resposta conclusiva Art. 23. Esta Resolução
de que trata o art. 6º, inciso III, e § 2º; e entra em vigor em 1º de dezembro de
2020.

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Roberto de Oliveira Campos Neto


Presidente do Banco Central do Brasil

Resolução BACEN nº 3694 DE


26/03/2009
Norma Federal - Publicado no DO em 30
mar 2009

Dispõe sobre a prevenção de riscos na


contratação de operações e na prestação
de serviços por parte de instituições
financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil.

(Revogado pela Resolução CMN Nº 4949


DE 30/09/2021, efeitos a partir de
01/03/2022):

O Banco Central do Brasil, na forma do art.


9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de
1964, torna público que o Conselho
Monetário Nacional, em sessão realizada
em 26 de março de 2009, com base no art.
4º, inciso VIII, da referida lei,

Resolveu:

(Redação do artigo dada pela Resolução


BACEN Nº 4283 DE 04/11/2013):

Art. 1º As instituições financeiras e demais


instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, na contratação de
operações e na prestação de serviços,
devem assegurar:

I - a adequação dos produtos e serviços


ofertados ou recomendados às
necessidades, interesses e objetivos dos
clientes e usuários;

II - a integridade, a confiabilidade, a
segurança e o sigilo das transações
realizadas, bem como a legitimidade das
operações contratadas e dos serviços
prestados;

III - a prestação das informações


necessárias à livre escolha e à tomada de
decisões por parte de clientes e usuários,
explicitando, inclusive, direitos e deveres,
responsabilidades, custos ou ônus,

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penalidades e eventuais riscos existentes cliente de seus dados


na execução de operações e na prestação cadastrais. (Parágrafo acrescentado
de serviços; pela Resolução BACEN Nº 4283 DE
04/11/2013, efeitos a partir de
IV - o fornecimento tempestivo ao cliente 02/05/2014).
ou usuário de contratos, recibos, extratos,
comprovantes e outros documentos Nota: Redação Anterior:
relativos a operações e a serviços;
Art. 1º As instituições financeiras e demais
V - a utilização de redação clara, objetiva e instituições autorizadas a funcionar pelo
adequada à natureza e à complexidade da Banco Central do Brasil devem contemplar,
operação ou do serviço, em contratos, em seus sistemas de controles internos e
recibos, extratos, comprovantes e de prevenção de riscos previstos na
documentos destinados ao público, de regulamentação vigente, a adoção e a
forma a permitir o entendimento do verificação de procedimentos, na
conteúdo e a identificação de prazos, contratação de operações e na prestação
valores, encargos, multas, datas, locais e de serviços, que assegurem:
demais condições;
I - a prestação das informações
VI - a possibilidade de tempestivo necessárias à livre escolha e à tomada de
cancelamento de contratos; decisões por parte de seus clientes e
usuários, explicitando, inclusive, as
cláusulas contratuais ou práticas que
(Revogado pela Resolução DC/BACEN
impliquem deveres, responsabilidades e
Nº 96 DE 19/05/2021, efeitos a partir de
penalidades e fornecendo tempestivamente
01/03/2022):
cópia de contratos, recibos, extratos,
comprovantes e outros documentos
VII - a formalização de título adequado relativos a operações e a serviços
estipulando direitos e obrigações para prestados;
abertura, utilização e manutenção de conta
de pagamento pós-paga;
II - a utilização em contratos e documentos
de redação clara, objetiva e adequada à
VIII - o encaminhamento de instrumento de natureza e à complexidade da operação ou
pagamento ao domicílio do cliente ou do serviço prestado, de forma a permitir o
usuário ou a sua habilitação somente em entendimento do conteúdo e a identificação
decorrência de sua expressa solicitação ou de prazos, valores, encargos, multas,
autorização; e datas, locais e demais condições.

IX - a identificação dos usuários finais III - a adequação dos produtos e serviços


beneficiários de pagamento ou ofertados ou recomendados às
transferência em demonstrativos e faturas necessidades, interesses e objetivos dos
do pagador, inclusive nas situações em que seus clientes; (Inciso acrescentado
o serviço de pagamento envolver pela Resolução BACEN nº 3.919, de
instituições participantes de diferentes 25.11.2010, DOU 26.11.2010)
arranjos de pagamento.
IV - a possibilidade de tempestivo
Parágrafo único. Para fins do cumprimento cancelamento de contratos; (Inciso
do disposto no inciso III, no caso de acrescentado pela Resolução BACEN nº
abertura de conta de depósitos ou de conta 3.919, de 25.11.2010, DOU 26.11.2010)
de pagamento, deve ser fornecido também
prospecto de informações essenciais,
V - a formalização de título adequado
explicitando, no mínimo, as regras básicas,
estipulando direitos e obrigações para fins
os riscos existentes, os procedimentos para
de fornecimento de cartão de crédito; e
contratação e para rescisão, as medidas de
(Inciso acrescentado pela Resolução
segurança, inclusive em caso de perda,
BACEN nº 3.919, de 25.11.2010, DOU
furto ou roubo de credenciais, e a
26.11.2010)
periodicidade e forma de atualização pelo

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VI - o encaminhamento de cartões de
crédito ao domicílio do cliente somente em
decorrência de sua expressa solicitação.
(NR) (Inciso acrescentado pela Resolução
BACEN nº 3.919, de 25.11.2010, DOU
26.11.2010)

Art. 2º As instituições referidas no art. 1º


devem divulgar, em suas dependências e
nas dependências dos estabelecimentos
onde seus produtos são ofertados, em local
visível e em formato legível, informações
relativas a situações que impliquem recusa
à realização de pagamentos ou à recepção
de cheques, fichas de compensação,
documentos, inclusive de cobrança, contas
e outros.

Art. 3º É vedado às instituições referidas LEI Nº 13.146, DE 6 DE


no art. 1º recusar ou dificultar, aos clientes JULHO DE 2015.
e usuários de seus produtos e serviços, o
acesso aos canais de atendimento Institui a Lei
convencionais, inclusive guichês de caixa, Mensagem de veto Brasileira de
mesmo na hipótese de oferecer Inclusão da Pessoa
atendimento alternativo ou eletrônico. Vigência com Deficiência
(Estatuto da Pessoa
§ 1º O disposto no caput não se aplica às com Deficiência).
dependências exclusivamente eletrônicas
nem à prestação de serviços de cobrança e A PRESIDENTA DA
de recebimento decorrentes de contratos REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
ou convênios que prevejam canais de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
atendimento específicos. Lei:

§ 2º A opção pela prestação de serviços LIVRO I


por meios alternativos aos convencionais é
admitida desde que adotadas as medidas PARTE GERAL
necessárias para preservar a integridade, a
confiabilidade, a segurança e o sigilo das TÍTULO I
transações realizadas, assim como a
legitimidade dos serviços prestados, em
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
face dos direitos dos clientes e dos
usuários, devendo as instituições
informá-los dos riscos existentes. CAPÍTULO I

Art. 4º Esta resolução entra em vigor na DISPOSIÇÕES GERAIS


data de sua publicação.
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de
Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções nºs Inclusão da Pessoa com Deficiência
2.878, de 26 de julho de 2001, e 2.892, de (Estatuto da Pessoa com Deficiência),
27 de setembro de 2001. destinada a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por
HENRIQUE DE CAMPOS MEIRELLES
pessoa com deficiência, visando à sua
inclusão social e cidadania.
Presidente do Banco

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Parágrafo único. Esta Lei tem como regulamento. (Incluído pela Lei nº
base a Convenção sobre os Direitos das 14.724, de 2023)
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, ratificados pelo Congresso Art. 2º-A. É instituído o cordão de fita
Nacional por meio do Decreto Legislativo nº com desenhos de girassóis como símbolo
186, de 9 de julho de 2008 , em nacional de identificação de pessoas com
conformidade com o procedimento previsto deficiências ocultas. (Incluído pela Lei nº
no § 3º do art. 5º da Constituição da 14.624, de 2023)
República Federativa do Brasil , em vigor
para o Brasil, no plano jurídico externo, § 1º O uso do símbolo de que trata
desde 31 de agosto de 2008, e o caput deste artigo é opcional, e sua
promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 ausência não prejudica o exercício de
de agosto de 2009 , data de início de sua direitos e garantias previstos em
vigência no plano interno. lei. (Incluído pela Lei nº 14.624, de
2023)
Art. 2º Considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de § 2º A utilização do símbolo de que
longo prazo de natureza física, mental, trata o caput deste artigo não dispensa a
intelectual ou sensorial, o qual, em apresentação de documento comprobatório
interação com uma ou mais barreiras, pode da deficiência, caso seja solicitado pelo
obstruir sua participação plena e efetiva na atendente ou pela autoridade
sociedade em igualdade de condições com competente. (Incluído pela Lei nº 14.624,
as demais pessoas. de 2023)

§ 1º A avaliação da deficiência, Art. 3º Para fins de aplicação desta


quando necessária, será biopsicossocial, Lei, consideram-se:
realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar e I - acessibilidade: possibilidade e
considerará: (Vigência) (Vide condição de alcance para utilização, com
Decreto nº 11.063, de 2022) segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos,
I - os impedimentos nas funções e edificações, transportes, informação e
nas estruturas do corpo; comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias, bem como de outros serviços
II - os fatores socioambientais, e instalações abertos ao público, de uso
psicológicos e pessoais; público ou privados de uso coletivo, tanto
na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade
III - a limitação no desempenho de
reduzida;
atividades; e

II - desenho universal: concepção de


IV - a restrição de participação.
produtos, ambientes, programas e serviços
a serem usados por todas as pessoas, sem
§ 2º O Poder Executivo criará necessidade de adaptação ou de projeto
instrumentos para avaliação da específico, incluindo os recursos de
deficiência. (Vide Lei nº 13.846, de tecnologia assistiva;
2019) (Vide Lei nº 14.126, de
2021) (Vide Lei nº 14.768, de 2023)
III - tecnologia assistiva ou ajuda
técnica: produtos, equipamentos,
§ 3º O exame médico-pericial dispositivos, recursos, metodologias,
componente da avaliação biopsicossocial estratégias, práticas e serviços que
da deficiência de que trata o § 1º deste objetivem promover a funcionalidade,
artigo poderá ser realizado com o uso de relacionada à atividade e à participação da
tecnologia de telemedicina ou por análise pessoa com deficiência ou com mobilidade
documental conforme situações e reduzida, visando à sua autonomia,
requisitos definidos em independência, qualidade de vida e
inclusão social;

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IV - barreiras: qualquer entrave, VI - adaptações razoáveis:


obstáculo, atitude ou comportamento que adaptações, modificações e ajustes
limite ou impeça a participação social da necessários e adequados que não
pessoa, bem como o gozo, a fruição e o acarretem ônus desproporcional e indevido,
exercício de seus direitos à acessibilidade, quando requeridos em cada caso, a fim de
à liberdade de movimento e de expressão, assegurar que a pessoa com deficiência
à comunicação, ao acesso à informação, à possa gozar ou exercer, em igualdade de
compreensão, à circulação com segurança, condições e oportunidades com as demais
entre outros, classificadas em: pessoas, todos os direitos e liberdades
fundamentais;
a) barreiras urbanísticas: as
existentes nas vias e nos espaços públicos VII - elemento de urbanização:
e privados abertos ao público ou de uso quaisquer componentes de obras de
coletivo; urbanização, tais como os referentes a
pavimentação, saneamento, encanamento
b) barreiras arquitetônicas: as para esgotos, distribuição de energia
existentes nos edifícios públicos e privados; elétrica e de gás, iluminação pública,
serviços de comunicação, abastecimento e
distribuição de água, paisagismo e os que
c) barreiras nos transportes: as
materializam as indicações do
existentes nos sistemas e meios de
planejamento urbanístico;
transportes;

VIII - mobiliário urbano: conjunto de


d) barreiras nas comunicações e na
objetos existentes nas vias e nos espaços
informação: qualquer entrave, obstáculo,
públicos, superpostos ou adicionados aos
atitude ou comportamento que dificulte ou
elementos de urbanização ou de
impossibilite a expressão ou o recebimento
edificação, de forma que sua modificação
de mensagens e de informações por
ou seu traslado não provoque alterações
intermédio de sistemas de comunicação e
substanciais nesses elementos, tais como
de tecnologia da informação;
semáforos, postes de sinalização e
similares, terminais e pontos de acesso
e) barreiras atitudinais: atitudes ou coletivo às telecomunicações, fontes de
comportamentos que impeçam ou água, lixeiras, toldos, marquises, bancos,
prejudiquem a participação social da quiosques e quaisquer outros de natureza
pessoa com deficiência em igualdade de análoga;
condições e oportunidades com as demais
pessoas;
IX - pessoa com mobilidade reduzida:
aquela que tenha, por qualquer motivo,
f) barreiras tecnológicas: as que dificuldade de movimentação, permanente
dificultam ou impedem o acesso da pessoa ou temporária, gerando redução efetiva da
com deficiência às tecnologias; mobilidade, da flexibilidade, da
coordenação motora ou da percepção,
V - comunicação: forma de interação incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa
dos cidadãos que abrange, entre outras com criança de colo e obeso;
opções, as línguas, inclusive a Língua
Brasileira de Sinais (Libras), a visualização X - residências inclusivas: unidades
de textos, o Braille, o sistema de de oferta do Serviço de Acolhimento do
sinalização ou de comunicação tátil, os Sistema Único de Assistência Social (Suas)
caracteres ampliados, os dispositivos localizadas em áreas residenciais da
multimídia, assim como a linguagem comunidade, com estruturas adequadas,
simples, escrita e oral, os sistemas que possam contar com apoio psicossocial
auditivos e os meios de voz digitalizados e para o atendimento das necessidades da
os modos, meios e formatos aumentativos pessoa acolhida, destinadas a jovens e
e alternativos de comunicação, incluindo as adultos com deficiência, em situação de
tecnologias da informação e das dependência, que não dispõem de
comunicações; condições de autossustentabilidade e com

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vínculos familiares fragilizados ou § 2º A pessoa com deficiência não


rompidos; está obrigada à fruição de benefícios
decorrentes de ação afirmativa.
XI - moradia para a vida
independente da pessoa com deficiência: Art. 5º A pessoa com deficiência será
moradia com estruturas adequadas protegida de toda forma de negligência,
capazes de proporcionar serviços de apoio discriminação, exploração, violência,
coletivos e individualizados que respeitem tortura, crueldade, opressão e tratamento
e ampliem o grau de autonomia de jovens e desumano ou degradante.
adultos com deficiência;
Parágrafo único. Para os fins da
XII - atendente pessoal: pessoa, proteção mencionada no caput deste
membro ou não da família, que, com ou artigo, são considerados especialmente
sem remuneração, assiste ou presta vulneráveis a criança, o adolescente, a
cuidados básicos e essenciais à pessoa mulher e o idoso, com deficiência.
com deficiência no exercício de suas
atividades diárias, excluídas as técnicas ou Art. 6º A deficiência não afeta a plena
os procedimentos identificados com capacidade civil da pessoa, inclusive para:
profissões legalmente estabelecidas;
I - casar-se e constituir união estável;
XIII - profissional de apoio escolar:
pessoa que exerce atividades de
II - exercer direitos sexuais e
alimentação, higiene e locomoção do
reprodutivos;
estudante com deficiência e atua em todas
as atividades escolares nas quais se fizer
necessária, em todos os níveis e III - exercer o direito de decidir sobre
modalidades de ensino, em instituições o número de filhos e de ter acesso a
públicas e privadas, excluídas as técnicas informações adequadas sobre reprodução
ou os procedimentos identificados com e planejamento familiar;
profissões legalmente estabelecidas;
IV - conservar sua fertilidade, sendo
XIV - acompanhante: aquele que vedada a esterilização compulsória;
acompanha a pessoa com deficiência,
podendo ou não desempenhar as funções V - exercer o direito à família e à
de atendente pessoal. convivência familiar e comunitária; e

CAPÍTULO II VI - exercer o direito à guarda, à


tutela, à curatela e à adoção, como
adotante ou adotando, em igualdade de
DA IGUALDADE E DA NÃO
oportunidades com as demais pessoas.
DISCRIMINAÇÃO
Art. 7º É dever de todos comunicar à
Art. 4º Toda pessoa com deficiência autoridade competente qualquer forma de
tem direito à igualdade de oportunidades ameaça ou de violação aos direitos da
com as demais pessoas e não sofrerá pessoa com deficiência.
nenhuma espécie de discriminação.
Parágrafo único. Se, no exercício de
§ 1º Considera-se discriminação em suas funções, os juízes e os tribunais
razão da deficiência toda forma de tiverem conhecimento de fatos que
distinção, restrição ou exclusão, por ação caracterizem as violações previstas nesta
ou omissão, que tenha o propósito ou o Lei, devem remeter peças ao Ministério
efeito de prejudicar, impedir ou anular o Público para as providências cabíveis.
reconhecimento ou o exercício dos direitos
e das liberdades fundamentais de pessoa
com deficiência, incluindo a recusa de Art. 8º É dever do Estado, da
adaptações razoáveis e de fornecimento de sociedade e da família assegurar à pessoa
tecnologias assistivas. com deficiência, com prioridade, a

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efetivação dos direitos referentes à vida, à § 1º Os direitos previstos neste artigo


saúde, à sexualidade, à paternidade e à são extensivos ao acompanhante da
maternidade, à alimentação, à habitação, à pessoa com deficiência ou ao seu
educação, à profissionalização, ao atendente pessoal, exceto quanto ao
trabalho, à previdência social, à habilitação disposto nos incisos VI e VII deste artigo.
e à reabilitação, ao transporte, à
acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao § 2º Nos serviços de emergência
turismo, ao lazer, à informação, à públicos e privados, a prioridade conferida
comunicação, aos avanços científicos e por esta Lei é condicionada aos protocolos
tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à de atendimento médico.
liberdade, à convivência familiar e
comunitária, entre outros decorrentes da
TÍTULO II
Constituição Federal, da Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência e
seu Protocolo Facultativo e das leis e de DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
outras normas que garantam seu
bem-estar pessoal, social e econômico. CAPÍTULO I

Seção Única DO DIREITO À VIDA

Do Atendimento Prioritário Art. 10. Compete ao poder público


garantir a dignidade da pessoa com
Art. 9º A pessoa com deficiência tem deficiência ao longo de toda a vida.
direito a receber atendimento prioritário,
sobretudo com a finalidade de: Parágrafo único. Em situações de
risco, emergência ou estado de calamidade
I - proteção e socorro em quaisquer pública, a pessoa com deficiência será
circunstâncias; considerada vulnerável, devendo o poder
público adotar medidas para sua proteção
e segurança.
II - atendimento em todas as
instituições e serviços de atendimento ao
público; Art. 11. A pessoa com deficiência não
poderá ser obrigada a se submeter a
intervenção clínica ou cirúrgica, a
III - disponibilização de recursos,
tratamento ou a institucionalização forçada.
tanto humanos quanto tecnológicos, que
garantam atendimento em igualdade de
condições com as demais pessoas; Parágrafo único. O consentimento da
pessoa com deficiência em situação de
curatela poderá ser suprido, na forma da
IV - disponibilização de pontos de
lei.
parada, estações e terminais acessíveis de
transporte coletivo de passageiros e
garantia de segurança no embarque e no Art. 12. O consentimento prévio, livre
desembarque; e esclarecido da pessoa com deficiência é
indispensável para a realização de
tratamento, procedimento, hospitalização e
V - acesso a informações e
pesquisa científica.
disponibilização de recursos de
comunicação acessíveis;
§ 1º Em caso de pessoa com
deficiência em situação de curatela, deve
VI - recebimento de restituição de
ser assegurada sua participação, no maior
imposto de renda;
grau possível, para a obtenção de
consentimento.
VII - tramitação processual e
procedimentos judiciais e administrativos
§ 2º A pesquisa científica envolvendo
em que for parte ou interessada, em todos
pessoa com deficiência em situação de
os atos e diligências.
tutela ou de curatela deve ser realizada, em

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caráter excepcional, apenas quando houver IV - oferta de rede de serviços


indícios de benefício direto para sua saúde articulados, com atuação intersetorial, nos
ou para a saúde de outras pessoas com diferentes níveis de complexidade, para
deficiência e desde que não haja outra atender às necessidades específicas da
opção de pesquisa de eficácia comparável pessoa com deficiência;
com participantes não tutelados ou
curatelados. V - prestação de serviços próximo ao
domicílio da pessoa com deficiência,
Art. 13. A pessoa com deficiência inclusive na zona rural, respeitadas a
somente será atendida sem seu organização das Redes de Atenção à
consentimento prévio, livre e esclarecido Saúde (RAS) nos territórios locais e as
em casos de risco de morte e de normas do Sistema Único de Saúde (SUS).
emergência em saúde, resguardado seu
superior interesse e adotadas as Art. 16. Nos programas e serviços de
salvaguardas legais cabíveis. habilitação e de reabilitação para a pessoa
com deficiência, são garantidos:
CAPÍTULO II
I - organização, serviços, métodos,
DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À técnicas e recursos para atender às
REABILITAÇÃO características de cada pessoa com
deficiência;
Art. 14. O processo de habilitação e
de reabilitação é um direito da pessoa com II - acessibilidade em todos os
deficiência. ambientes e serviços;

Parágrafo único. O processo de III - tecnologia assistiva, tecnologia


habilitação e de reabilitação tem por de reabilitação, materiais e equipamentos
objetivo o desenvolvimento de adequados e apoio técnico profissional, de
potencialidades, talentos, habilidades e acordo com as especificidades de cada
aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, pessoa com deficiência;
psicossociais, atitudinais, profissionais e
artísticas que contribuam para a conquista IV - capacitação continuada de todos
da autonomia da pessoa com deficiência e os profissionais que participem dos
de sua participação social em igualdade de programas e serviços.
condições e oportunidades com as demais
pessoas. Art. 17. Os serviços do SUS e do
Suas deverão promover ações articuladas
Art. 15. O processo mencionado no para garantir à pessoa com deficiência e
art. 14 desta Lei baseia-se em avaliação sua família a aquisição de informações,
multidisciplinar das necessidades, orientações e formas de acesso às políticas
habilidades e potencialidades de cada públicas disponíveis, com a finalidade de
pessoa, observadas as seguintes diretrizes: propiciar sua plena participação social.

I - diagnóstico e intervenção Parágrafo único. Os serviços de que


precoces; trata o caput deste artigo podem fornecer
informações e orientações nas áreas de
II - adoção de medidas para saúde, de educação, de cultura, de
compensar perda ou limitação funcional, esporte, de lazer, de transporte, de
buscando o desenvolvimento de aptidões; previdência social, de assistência social, de
habitação, de trabalho, de
empreendedorismo, de acesso ao crédito,
III - atuação permanente, integrada e
de promoção, proteção e defesa de direitos
articulada de políticas públicas que
e nas demais áreas que possibilitem à
possibilitem a plena participação social da
pessoa com deficiência exercer sua
pessoa com deficiência;
cidadania.

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CAPÍTULO III VI - respeito à especificidade, à


identidade de gênero e à orientação sexual
DO DIREITO À SAÚDE da pessoa com deficiência;

Art. 18. É assegurada atenção VII - atenção sexual e reprodutiva,


integral à saúde da pessoa com deficiência incluindo o direito à fertilização assistida;
em todos os níveis de complexidade, por
intermédio do SUS, garantido acesso VIII - informação adequada e
universal e igualitário. acessível à pessoa com deficiência e a
seus familiares sobre sua condição de
§ 1º É assegurada a participação da saúde;
pessoa com deficiência na elaboração das
políticas de saúde a ela destinadas. IX - serviços projetados para prevenir
a ocorrência e o desenvolvimento de
§ 2º É assegurado atendimento deficiências e agravos adicionais;
segundo normas éticas e técnicas, que
regulamentarão a atuação dos profissionais X - promoção de estratégias de
de saúde e contemplarão aspectos capacitação permanente das equipes que
relacionados aos direitos e às atuam no SUS, em todos os níveis de
especificidades da pessoa com deficiência, atenção, no atendimento à pessoa com
incluindo temas como sua dignidade e deficiência, bem como orientação a seus
autonomia. atendentes pessoais;

§ 3º Aos profissionais que prestam XI - oferta de órteses, próteses,


assistência à pessoa com deficiência, meios auxiliares de locomoção,
especialmente em serviços de habilitação e medicamentos, insumos e fórmulas
de reabilitação, deve ser garantida nutricionais, conforme as normas vigentes
capacitação inicial e continuada. do Ministério da Saúde.

§ 4º As ações e os serviços de saúde § 5º As diretrizes deste artigo


pública destinados à pessoa com aplicam-se também às instituições privadas
deficiência devem assegurar: que participem de forma complementar do
SUS ou que recebam recursos públicos
I - diagnóstico e intervenção para sua manutenção.
precoces, realizados por equipe
multidisciplinar; Art. 19. Compete ao SUS
desenvolver ações destinadas à prevenção
II - serviços de habilitação e de de deficiências por causas evitáveis,
reabilitação sempre que necessários, para inclusive por meio de:
qualquer tipo de deficiência, inclusive para
a manutenção da melhor condição de I - acompanhamento da gravidez, do
saúde e qualidade de vida; parto e do puerpério, com garantia de parto
humanizado e seguro;
III - atendimento domiciliar
multidisciplinar, tratamento ambulatorial e II - promoção de práticas alimentares
internação; adequadas e saudáveis, vigilância
alimentar e nutricional, prevenção e
IV - campanhas de vacinação; cuidado integral dos agravos relacionados
à alimentação e nutrição da mulher e da
criança;
V - atendimento psicológico, inclusive
para seus familiares e atendentes
pessoais; III - aprimoramento e expansão dos
programas de imunização e de triagem
neonatal;

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IV - identificação e controle da saúde, tanto públicos como privados, e às


gestante de alto risco. informações prestadas e recebidas, por
meio de recursos de tecnologia assistiva e
V - aprimoramento do atendimento de todas as formas de comunicação
neonatal, com a oferta de ações e serviços previstas no inciso V do art. 3º desta Lei.
de prevenção de danos cerebrais e
sequelas neurológicas em recém-nascidos, Art. 25. Os espaços dos serviços de
inclusive por telessaúde. (Incluído pela saúde, tanto públicos quanto privados,
Lei nº 14.510, de 2022) devem assegurar o acesso da pessoa com
deficiência, em conformidade com a
Art. 20. As operadoras de planos e legislação em vigor, mediante a remoção
seguros privados de saúde são obrigadas a de barreiras, por meio de projetos
garantir à pessoa com deficiência, no arquitetônico, de ambientação de interior e
mínimo, todos os serviços e produtos de comunicação que atendam às
ofertados aos demais clientes. especificidades das pessoas com
deficiência física, sensorial, intelectual e
mental.
Art. 21. Quando esgotados os meios
de atenção à saúde da pessoa com
deficiência no local de residência, será Art. 26. Os casos de suspeita ou de
prestado atendimento fora de domicílio, confirmação de violência praticada contra a
para fins de diagnóstico e de tratamento, pessoa com deficiência serão objeto de
garantidos o transporte e a acomodação da notificação compulsória pelos serviços de
pessoa com deficiência e de seu saúde públicos e privados à autoridade
acompanhante. policial e ao Ministério Público, além dos
Conselhos dos Direitos da Pessoa com
Deficiência.
Art. 22. À pessoa com deficiência
internada ou em observação é assegurado
o direito a acompanhante ou a atendente Parágrafo único. Para os efeitos
pessoal, devendo o órgão ou a instituição desta Lei, considera-se violência contra a
de saúde proporcionar condições pessoa com deficiência qualquer ação ou
adequadas para sua permanência em omissão, praticada em local público ou
tempo integral. privado, que lhe cause morte ou dano ou
sofrimento físico ou psicológico.
§ 1º Na impossibilidade de
permanência do acompanhante ou do CAPÍTULO IV
atendente pessoal junto à pessoa com
deficiência, cabe ao profissional de saúde DO DIREITO À EDUCAÇÃO
responsável pelo tratamento justificá-la por
escrito.
Art. 27. A educação constitui direito
da pessoa com deficiência, assegurados
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade sistema educacional inclusivo em todos os
prevista no § 1º deste artigo, o órgão ou a níveis e aprendizado ao longo de toda a
instituição de saúde deve adotar as vida, de forma a alcançar o máximo
providências cabíveis para suprir a desenvolvimento possível de seus talentos
ausência do acompanhante ou do e habilidades físicas, sensoriais,
atendente pessoal. intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades
Art. 23. São vedadas todas as formas de aprendizagem.
de discriminação contra a pessoa com
deficiência, inclusive por meio de cobrança Parágrafo único. É dever do Estado,
de valores diferenciados por planos e da família, da comunidade escolar e da
seguros privados de saúde, em razão de sociedade assegurar educação de
sua condição. qualidade à pessoa com deficiência,
colocando-a a salvo de toda forma de
Art. 24. É assegurado à pessoa com violência, negligência e discriminação.
deficiência o acesso aos serviços de

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Art. 28. Incumbe ao poder público diversas instâncias de atuação da


assegurar, criar, desenvolver, implementar, comunidade escolar;
incentivar, acompanhar e avaliar:
IX - adoção de medidas de apoio que
I - sistema educacional inclusivo em favoreçam o desenvolvimento dos aspectos
todos os níveis e modalidades, bem como linguísticos, culturais, vocacionais e
o aprendizado ao longo de toda a vida; profissionais, levando-se em conta o
talento, a criatividade, as habilidades e os
II - aprimoramento dos sistemas interesses do estudante com deficiência;
educacionais, visando a garantir condições
de acesso, permanência, participação e X - adoção de práticas pedagógicas
aprendizagem, por meio da oferta de inclusivas pelos programas de formação
serviços e de recursos de acessibilidade inicial e continuada de professores e oferta
que eliminem as barreiras e promovam a de formação continuada para o
inclusão plena; atendimento educacional especializado;

III - projeto pedagógico que XI - formação e disponibilização de


institucionalize o atendimento educacional professores para o atendimento
especializado, assim como os demais educacional especializado, de tradutores e
serviços e adaptações razoáveis, para intérpretes da Libras, de guias intérpretes e
atender às características dos estudantes de profissionais de apoio;
com deficiência e garantir o seu pleno
acesso ao currículo em condições de XII - oferta de ensino da Libras, do
igualdade, promovendo a conquista e o Sistema Braille e de uso de recursos de
exercício de sua autonomia; tecnologia assistiva, de forma a ampliar
habilidades funcionais dos estudantes,
IV - oferta de educação bilíngue, em promovendo sua autonomia e participação;
Libras como primeira língua e na
modalidade escrita da língua portuguesa XIII - acesso à educação superior e à
como segunda língua, em escolas e educação profissional e tecnológica em
classes bilíngues e em escolas inclusivas; igualdade de oportunidades e condições
com as demais pessoas;
V - adoção de medidas
individualizadas e coletivas em ambientes XIV - inclusão em conteúdos
que maximizem o desenvolvimento curriculares, em cursos de nível superior e
acadêmico e social dos estudantes com de educação profissional técnica e
deficiência, favorecendo o acesso, a tecnológica, de temas relacionados à
permanência, a participação e a pessoa com deficiência nos respectivos
aprendizagem em instituições de ensino; campos de conhecimento;

VI - pesquisas voltadas para o XV - acesso da pessoa com


desenvolvimento de novos métodos e deficiência, em igualdade de condições, a
técnicas pedagógicas, de materiais jogos e a atividades recreativas, esportivas
didáticos, de equipamentos e de recursos e de lazer, no sistema escolar;
de tecnologia assistiva;
XVI - acessibilidade para todos os
VII - planejamento de estudo de caso, estudantes, trabalhadores da educação e
de elaboração de plano de atendimento demais integrantes da comunidade escolar
educacional especializado, de organização às edificações, aos ambientes e às
de recursos e serviços de acessibilidade e atividades concernentes a todas as
de disponibilização e usabilidade modalidades, etapas e níveis de ensino;
pedagógica de recursos de tecnologia
assistiva;
XVII - oferta de profissionais de apoio
escolar;
VIII - participação dos estudantes
com deficiência e de suas famílias nas

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XVIII - articulação intersetorial na necessidades específicas do candidato


implementação de políticas públicas. com deficiência;

§ 1º Às instituições privadas, de IV - disponibilização de recursos de


qualquer nível e modalidade de ensino, acessibilidade e de tecnologia assistiva
aplica-se obrigatoriamente o disposto nos adequados, previamente solicitados e
incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, escolhidos pelo candidato com deficiência;
XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
artigo, sendo vedada a cobrança de valores V - dilação de tempo, conforme
adicionais de qualquer natureza em suas demanda apresentada pelo candidato com
mensalidades, anuidades e matrículas no deficiência, tanto na realização de exame
cumprimento dessas determinações. para seleção quanto nas atividades
acadêmicas, mediante prévia solicitação e
§ 2º Na disponibilização de tradutores comprovação da necessidade;
e intérpretes da Libras a que se refere o
inciso XI do caput deste artigo, deve-se VI - adoção de critérios de avaliação
observar o seguinte: das provas escritas, discursivas ou de
redação que considerem a singularidade
I - os tradutores e intérpretes da linguística da pessoa com deficiência, no
Libras atuantes na educação básica domínio da modalidade escrita da língua
devem, no mínimo, possuir ensino médio portuguesa;
completo e certificado de proficiência na
Libras; (Vigência) VII - tradução completa do edital e de
suas retificações em Libras.
II - os tradutores e intérpretes da
Libras, quando direcionados à tarefa de CAPÍTULO V
interpretar nas salas de aula dos cursos de
graduação e pós-graduação, devem
possuir nível superior, com habilitação, DO DIREITO À MORADIA
prioritariamente, em Tradução e
Interpretação em Libras. (Vigência) Art. 31. A pessoa com deficiência tem
direito à moradia digna, no seio da família
Art. 29. (VETADO). natural ou substituta, com seu cônjuge ou
companheiro ou desacompanhada, ou em
moradia para a vida independente da
Art. 30. Nos processos seletivos para
pessoa com deficiência, ou, ainda, em
ingresso e permanência nos cursos
residência inclusiva.
oferecidos pelas instituições de ensino
superior e de educação profissional e
tecnológica, públicas e privadas, devem ser § 1º O poder público adotará
adotadas as seguintes medidas: programas e ações estratégicas para
apoiar a criação e a manutenção de
moradia para a vida independente da
I - atendimento preferencial à pessoa
pessoa com deficiência.
com deficiência nas dependências das
Instituições de Ensino Superior (IES) e nos
serviços; § 2º A proteção integral na
modalidade de residência inclusiva será
prestada no âmbito do Suas à pessoa com
II - disponibilização de formulário de
deficiência em situação de dependência
inscrição de exames com campos
que não disponha de condições de
específicos para que o candidato com
autossustentabilidade, com vínculos
deficiência informe os recursos de
familiares fragilizados ou rompidos.
acessibilidade e de tecnologia assistiva
necessários para sua participação;
Art. 32. Nos programas habitacionais,
públicos ou subsidiados com recursos
III - disponibilização de provas em
públicos, a pessoa com deficiência ou o
formatos acessíveis para atendimento às
seu responsável goza de prioridade na

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aquisição de imóvel para moradia própria, DO DIREITO AO TRABALHO


observado o seguinte:
Seção I
I - reserva de, no mínimo, 3% (três
por cento) das unidades habitacionais para Disposições Gerais
pessoa com deficiência;
Art. 34. A pessoa com deficiência tem
II - (VETADO);
direito ao trabalho de sua livre escolha e
aceitação, em ambiente acessível e
III - em caso de edificação inclusivo, em igualdade de oportunidades
multifamiliar, garantia de acessibilidade nas com as demais pessoas.
áreas de uso comum e nas unidades
habitacionais no piso térreo e de
§ 1º As pessoas jurídicas de direito
acessibilidade ou de adaptação razoável
público, privado ou de qualquer natureza
nos demais pisos;
são obrigadas a garantir ambientes de
trabalho acessíveis e inclusivos.
IV - disponibilização de equipamentos
urbanos comunitários acessíveis;
§ 2º A pessoa com deficiência tem
direito, em igualdade de oportunidades com
V - elaboração de especificações as demais pessoas, a condições justas e
técnicas no projeto que permitam a favoráveis de trabalho, incluindo igual
instalação de elevadores. remuneração por trabalho de igual valor.

§ 1º O direito à prioridade, previsto § 3º É vedada restrição ao trabalho


no caput deste artigo, será reconhecido à da pessoa com deficiência e qualquer
pessoa com deficiência beneficiária apenas discriminação em razão de sua condição,
uma vez. inclusive nas etapas de recrutamento,
seleção, contratação, admissão, exames
§ 2º Nos programas habitacionais admissional e periódico, permanência no
públicos, os critérios de financiamento emprego, ascensão profissional e
devem ser compatíveis com os reabilitação profissional, bem como
rendimentos da pessoa com deficiência ou exigência de aptidão plena.
de sua família.
§ 4º A pessoa com deficiência tem
§ 3º Caso não haja pessoa com direito à participação e ao acesso a cursos,
deficiência interessada nas unidades treinamentos, educação continuada, planos
habitacionais reservadas por força do de carreira, promoções, bonificações e
disposto no inciso I do caput deste artigo, incentivos profissionais oferecidos pelo
as unidades não utilizadas serão empregador, em igualdade de
disponibilizadas às demais pessoas. oportunidades com os demais empregados.

Art. 33. Ao poder público compete: § 5º É garantida aos trabalhadores


com deficiência acessibilidade em cursos
I - adotar as providências necessárias de formação e de capacitação.
para o cumprimento do disposto nos arts.
31 e 32 desta Lei; e Art. 35. É finalidade primordial das
políticas públicas de trabalho e emprego
II - divulgar, para os agentes promover e garantir condições de acesso e
interessados e beneficiários, a política de permanência da pessoa com deficiência
habitacional prevista nas legislações no campo de trabalho.
federal, estaduais, distrital e municipais,
com ênfase nos dispositivos sobre Parágrafo único. Os programas de
acessibilidade. estímulo ao empreendedorismo e ao
trabalho autônomo, incluídos o
CAPÍTULO VI cooperativismo e o associativismo, devem

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prever a participação da pessoa com ensino e de assistência social, em todos os


deficiência e a disponibilização de linhas de níveis e modalidades, em entidades de
crédito, quando necessárias. formação profissional ou diretamente com o
empregador.
Seção II
§ 6º A habilitação profissional pode
Da Habilitação Profissional e ocorrer em empresas por meio de prévia
Reabilitação Profissional formalização do contrato de emprego da
pessoa com deficiência, que será
considerada para o cumprimento da
Art. 36. O poder público deve reserva de vagas prevista em lei, desde
implementar serviços e programas que por tempo determinado e concomitante
completos de habilitação profissional e de com a inclusão profissional na empresa,
reabilitação profissional para que a pessoa observado o disposto em regulamento.
com deficiência possa ingressar, continuar
ou retornar ao campo do trabalho,
§ 7º A habilitação profissional e a
respeitados sua livre escolha, sua vocação
reabilitação profissional atenderão à
e seu interesse.
pessoa com deficiência.
§ 1º Equipe multidisciplinar indicará,
com base em critérios previstos no § 1º do Seção III
art. 2º desta Lei, programa de habilitação
ou de reabilitação que possibilite à pessoa Da Inclusão da Pessoa com Deficiência
com deficiência restaurar sua capacidade e no Trabalho
habilidade profissional ou adquirir novas
capacidades e habilidades de trabalho. Art. 37. Constitui modo de inclusão
da pessoa com deficiência no trabalho a
§ 2º A habilitação profissional colocação competitiva, em igualdade de
corresponde ao processo destinado a oportunidades com as demais pessoas,
propiciar à pessoa com deficiência nos termos da legislação trabalhista e
aquisição de conhecimentos, habilidades e previdenciária, na qual devem ser
aptidões para exercício de profissão ou de atendidas as regras de acessibilidade, o
ocupação, permitindo nível suficiente de fornecimento de recursos de tecnologia
desenvolvimento profissional para ingresso assistiva e a adaptação razoável no
no campo de trabalho. ambiente de trabalho.

§ 3º Os serviços de habilitação Parágrafo único. A colocação


profissional, de reabilitação profissional e competitiva da pessoa com deficiência
de educação profissional devem ser pode ocorrer por meio de trabalho com
dotados de recursos necessários para apoio, observadas as seguintes diretrizes:
atender a toda pessoa com deficiência,
independentemente de sua característica I - prioridade no atendimento à
específica, a fim de que ela possa ser pessoa com deficiência com maior
capacitada para trabalho que lhe seja dificuldade de inserção no campo de
adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de trabalho;
conservá-lo e de nele progredir.
II - provisão de suportes
§ 4º Os serviços de habilitação individualizados que atendam a
profissional, de reabilitação profissional e necessidades específicas da pessoa com
de educação profissional deverão ser deficiência, inclusive a disponibilização de
oferecidos em ambientes acessíveis e recursos de tecnologia assistiva, de agente
inclusivos. facilitador e de apoio no ambiente de
trabalho;
§ 5º A habilitação profissional e a
reabilitação profissional devem ocorrer
articuladas com as redes públicas e
privadas, especialmente de saúde, de

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III - respeito ao perfil vocacional e ao situação de dependência deverão contar


interesse da pessoa com deficiência com cuidadores sociais para prestar-lhe
apoiada; cuidados básicos e instrumentais.

IV - oferta de aconselhamento e de Art. 40. É assegurado à pessoa com


apoio aos empregadores, com vistas à deficiência que não possua meios para
definição de estratégias de inclusão e de prover sua subsistência nem de tê-la
superação de barreiras, inclusive provida por sua família o benefício mensal
atitudinais; de 1 (um) salário-mínimo, nos termos
da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
V - realização de avaliações 1993 .
periódicas;
CAPÍTULO VIII
VI - articulação intersetorial das
políticas públicas; DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL

VII - possibilidade de participação de Art. 41. A pessoa com deficiência


organizações da sociedade civil. segurada do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) tem direito à aposentadoria
Art. 38. A entidade contratada para a nos termos da Lei Complementar nº 142,
realização de processo seletivo público ou de 8 de maio de 2013 .
privado para cargo, função ou emprego
está obrigada à observância do disposto CAPÍTULO IX
nesta Lei e em outras normas de
acessibilidade vigentes.
DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE,
AO TURISMO E AO LAZER
CAPÍTULO VII
Art. 42. A pessoa com deficiência tem
DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL direito à cultura, ao esporte, ao turismo e
ao lazer em igualdade de oportunidades
Art. 39. Os serviços, os programas, com as demais pessoas, sendo-lhe
os projetos e os benefícios no âmbito da garantido o acesso:
política pública de assistência social à
pessoa com deficiência e sua família têm I - a bens culturais em formato
como objetivo a garantia da segurança de acessível;
renda, da acolhida, da habilitação e da
reabilitação, do desenvolvimento da
II - a programas de televisão, cinema,
autonomia e da convivência familiar e
teatro e outras atividades culturais e
comunitária, para a promoção do acesso a
desportivas em formato acessível; e
direitos e da plena participação social.
III - a monumentos e locais de
§ 1º A assistência social à pessoa
importância cultural e a espaços que
com deficiência, nos termos do caput deste
ofereçam serviços ou eventos culturais e
artigo, deve envolver conjunto articulado de
esportivos.
serviços do âmbito da Proteção Social
Básica e da Proteção Social Especial,
ofertados pelo Suas, para a garantia de § 1º É vedada a recusa de oferta de
seguranças fundamentais no obra intelectual em formato acessível à
enfrentamento de situações de pessoa com deficiência, sob qualquer
vulnerabilidade e de risco, por fragilização argumento, inclusive sob a alegação de
de vínculos e ameaça ou violação de proteção dos direitos de propriedade
direitos. intelectual.

§ 2º Os serviços socioassistenciais § 2º O poder público deve adotar


destinados à pessoa com deficiência em soluções destinadas à eliminação, à

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redução ou à superação de barreiras para § 3º Os espaços e assentos a que se


a promoção do acesso a todo patrimônio refere este artigo devem situar-se em locais
cultural, observadas as normas de que garantam a acomodação de, no
acessibilidade, ambientais e de proteção do mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa
patrimônio histórico e artístico nacional. com deficiência ou com mobilidade
reduzida, resguardado o direito de se
Art. 43. O poder público deve acomodar proximamente a grupo familiar e
promover a participação da pessoa com comunitário.
deficiência em atividades artísticas,
intelectuais, culturais, esportivas e § 4º Nos locais referidos
recreativas, com vistas ao seu no caput deste artigo, deve haver,
protagonismo, devendo: obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de
emergência acessíveis, conforme padrões
I - incentivar a provisão de instrução, das normas de acessibilidade, a fim de
de treinamento e de recursos adequados, permitir a saída segura da pessoa com
em igualdade de oportunidades com as deficiência ou com mobilidade reduzida, em
demais pessoas; caso de emergência.

II - assegurar acessibilidade nos § 5º Todos os espaços das


locais de eventos e nos serviços prestados edificações previstas no caput deste artigo
por pessoa ou entidade envolvida na devem atender às normas de
organização das atividades de que trata acessibilidade em vigor.
este artigo; e
§ 6º As salas de cinema devem
III - assegurar a participação da oferecer, em todas as sessões, recursos de
pessoa com deficiência em jogos e acessibilidade para a pessoa com
atividades recreativas, esportivas, de lazer, deficiência. (Vigência)
culturais e artísticas, inclusive no sistema
escolar, em igualdade de condições com as § 7º O valor do ingresso da pessoa
demais pessoas. com deficiência não poderá ser superior ao
valor cobrado das demais pessoas.
Art. 44. Nos teatros, cinemas,
auditórios, estádios, ginásios de esporte, Art. 45. Os hotéis, pousadas e
locais de espetáculos e de conferências e similares devem ser construídos
similares, serão reservados espaços livres observando-se os princípios do desenho
e assentos para a pessoa com deficiência, universal, além de adotar todos os meios
de acordo com a capacidade de lotação da de acessibilidade, conforme legislação em
edificação, observado o disposto em vigor. (Vigência) (Reglamento)
regulamento.
§ 1º Os estabelecimentos já
§ 1º Os espaços e assentos a que se existentes deverão disponibilizar, pelo
refere este artigo devem ser distribuídos menos, 10% (dez por cento) de seus
pelo recinto em locais diversos, de boa dormitórios acessíveis, garantida, no
visibilidade, em todos os setores, próximos mínimo, 1 (uma) unidade acessível.
aos corredores, devidamente sinalizados,
evitando-se áreas segregadas de público e § 2º Os dormitórios mencionados no
obstrução das saídas, em conformidade § 1º deste artigo deverão ser localizados
com as normas de acessibilidade. em rotas acessíveis.

§ 2º No caso de não haver CAPÍTULO X


comprovada procura pelos assentos
reservados, esses podem,
excepcionalmente, ser ocupados por DO DIREITO AO TRANSPORTE E À
pessoas sem deficiência ou que não MOBILIDADE
tenham mobilidade reduzida, observado o
disposto em regulamento.

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Art. 46. O direito ao transporte e à fornecida pelos órgãos de trânsito, que


mobilidade da pessoa com deficiência ou disciplinarão suas características e
com mobilidade reduzida será assegurado condições de uso.
em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas, por meio de identificação § 3º A utilização indevida das vagas
e de eliminação de todos os obstáculos e de que trata este artigo sujeita os infratores
barreiras ao seu acesso. às sanções previstas no inciso XVII do art.
181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
§ 1º Para fins de acessibilidade aos 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) .
serviços de transporte coletivo terrestre,
aquaviário e aéreo, em todas as § 3º A utilização indevida das vagas
jurisdições, consideram-se como de que trata este artigo sujeita os infratores
integrantes desses serviços os veículos, os às sanções previstas no inciso XX do art.
terminais, as estações, os pontos de 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
parada, o sistema viário e a prestação do 1997 (Código de Trânsito
serviço. Brasileiro) . (Redação dada pela Lei
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das
disposições desta Lei, sempre que houver § 4º A credencial a que se refere o
interação com a matéria nela regulada, a § 2º deste artigo é vinculada à pessoa com
outorga, a concessão, a permissão, a deficiência que possui comprometimento
autorização, a renovação ou a habilitação de mobilidade e é válida em todo o território
de linhas e de serviços de transporte nacional.
coletivo.
Art. 48. Os veículos de transporte
§ 3º Para colocação do símbolo coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, as
internacional de acesso nos veículos, as instalações, as estações, os portos e os
empresas de transporte coletivo de terminais em operação no País devem ser
passageiros dependem da certificação de acessíveis, de forma a garantir o seu uso
acessibilidade emitida pelo gestor público por todas as pessoas.
responsável pela prestação do serviço.
§ 1º Os veículos e as estruturas de
Art. 47. Em todas as áreas de que trata o caput deste artigo devem
estacionamento aberto ao público, de uso dispor de sistema de comunicação
público ou privado de uso coletivo e em acessível que disponibilize informações
vias públicas, devem ser reservadas vagas sobre todos os pontos do itinerário.
próximas aos acessos de circulação de
pedestres, devidamente sinalizadas, para
§ 2º São asseguradas à pessoa com
veículos que transportem pessoa com
deficiência prioridade e segurança nos
deficiência com comprometimento de
procedimentos de embarque e de
mobilidade, desde que devidamente
desembarque nos veículos de transporte
identificados.
coletivo, de acordo com as normas
técnicas.
§ 1º As vagas a que se refere
o caput deste artigo devem equivaler a 2%
§ 3º Para colocação do símbolo
(dois por cento) do total, garantida, no
internacional de acesso nos veículos, as
mínimo, 1 (uma) vaga devidamente
empresas de transporte coletivo de
sinalizada e com as especificações de
passageiros dependem da certificação de
desenho e traçado de acordo com as
acessibilidade emitida pelo gestor público
normas técnicas vigentes de
responsável pela prestação do serviço.
acessibilidade.
Art. 49. As empresas de transporte
§ 2º Os veículos estacionados nas
de fretamento e de turismo, na renovação
vagas reservadas devem exibir, em local de
de suas frotas, são obrigadas ao
ampla visibilidade, a credencial de
cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48
beneficiário, a ser confeccionada e
desta Lei. (Vigência)

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Art. 50. O poder público incentivará a I - a aprovação de projeto


fabricação de veículos acessíveis e a sua arquitetônico e urbanístico ou de
utilização como táxis e vans , de forma a comunicação e informação, a fabricação de
garantir o seu uso por todas as pessoas. veículos de transporte coletivo, a prestação
do respectivo serviço e a execução de
Art. 51. As frotas de empresas de táxi qualquer tipo de obra, quando tenham
devem reservar 10% (dez por cento) de destinação pública ou coletiva;
seus veículos acessíveis à pessoa com
deficiência. (Vide Decreto nº 9.762, de II - a outorga ou a renovação de
2019) (Vigência) concessão, permissão, autorização ou
habilitação de qualquer natureza;
§ 1º É proibida a cobrança
diferenciada de tarifas ou de valores III - a aprovação de financiamento de
adicionais pelo serviço de táxi prestado à projeto com utilização de recursos públicos,
pessoa com deficiência. por meio de renúncia ou de incentivo fiscal,
contrato, convênio ou instrumento
§ 2º O poder público é autorizado a congênere; e
instituir incentivos fiscais com vistas a
possibilitar a acessibilidade dos veículos a IV - a concessão de aval da União
que se refere o caput deste artigo. para obtenção de empréstimo e de
financiamento internacionais por entes
Art. 52. As locadoras de veículos são públicos ou privados.
obrigadas a oferecer 1 (um) veículo
adaptado para uso de pessoa com Art. 55. A concepção e a implantação
deficiência, a cada conjunto de 20 (vinte) de projetos que tratem do meio físico, de
veículos de sua frota. (Vide Decreto nº transporte, de informação e comunicação,
9.762, de 2019) (Vigência) inclusive de sistemas e tecnologias da
informação e comunicação, e de outros
Parágrafo único. O veículo adaptado serviços, equipamentos e instalações
deverá ter, no mínimo, câmbio automático, abertos ao público, de uso público ou
direção hidráulica, vidros elétricos e privado de uso coletivo, tanto na zona
comandos manuais de freio e de urbana como na rural, devem atender aos
embreagem. princípios do desenho universal, tendo
como referência as normas de
acessibilidade.
TÍTULO III
§ 1º O desenho universal será
DA ACESSIBILIDADE sempre tomado como regra de caráter
geral.
CAPÍTULO I
§ 2º Nas hipóteses em que
DISPOSIÇÕES GERAIS comprovadamente o desenho universal não
possa ser empreendido, deve ser adotada
Art. 53. A acessibilidade é direito que adaptação razoável.
garante à pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida viver de forma § 3º Caberá ao poder público
independente e exercer seus direitos de promover a inclusão de conteúdos
cidadania e de participação social. temáticos referentes ao desenho universal
nas diretrizes curriculares da educação
Art. 54. São sujeitas ao cumprimento profissional e tecnológica e do ensino
das disposições desta Lei e de outras superior e na formação das carreiras de
normas relativas à acessibilidade, sempre Estado.
que houver interação com a matéria nela
regulada: § 4º Os programas, os projetos e as
linhas de pesquisa a serem desenvolvidos
com o apoio de organismos públicos de

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auxílio à pesquisa e de agências de § 1º As construtoras e incorporadoras


fomento deverão incluir temas voltados responsáveis pelo projeto e pela
para o desenho universal. construção das edificações a que se refere
o caput deste artigo devem assegurar
§ 5º Desde a etapa de concepção, as percentual mínimo de suas unidades
políticas públicas deverão considerar a internamente acessíveis, na forma
adoção do desenho universal. regulamentar.

Art. 56. A construção, a reforma, a § 2º É vedada a cobrança de valores


ampliação ou a mudança de uso de adicionais para a aquisição de unidades
edificações abertas ao público, de uso internamente acessíveis a que se refere o §
público ou privadas de uso coletivo deverão 1º deste artigo.
ser executadas de modo a serem
acessíveis. Art. 59. Em qualquer intervenção nas
vias e nos espaços públicos, o poder
§ 1º As entidades de fiscalização público e as empresas concessionárias
profissional das atividades de Engenharia, responsáveis pela execução das obras e
de Arquitetura e correlatas, ao anotarem a dos serviços devem garantir, de forma
responsabilidade técnica de projetos, segura, a fluidez do trânsito e a livre
devem exigir a responsabilidade circulação e acessibilidade das pessoas,
profissional declarada de atendimento às durante e após sua execução.
regras de acessibilidade previstas em
legislação e em normas técnicas Art. 60. Orientam-se, no que couber,
pertinentes. pelas regras de acessibilidade previstas em
legislação e em normas técnicas,
§ 2º Para a aprovação, o observado o disposto na Lei nº 10.098, de
licenciamento ou a emissão de certificado 19 de dezembro de 2000 , nº 10.257, de 10
de projeto executivo arquitetônico, de julho de 2001 , e nº 12.587, de 3 de
urbanístico e de instalações e janeiro de 2012 :
equipamentos temporários ou permanentes
e para o licenciamento ou a emissão de I - os planos diretores municipais, os
certificado de conclusão de obra ou de planos diretores de transporte e trânsito, os
serviço, deve ser atestado o atendimento planos de mobilidade urbana e os planos
às regras de acessibilidade. de preservação de sítios históricos
elaborados ou atualizados a partir da
§ 3º O poder público, após certificar a publicação desta Lei;
acessibilidade de edificação ou de serviço,
determinará a colocação, em espaços ou II - os códigos de obras, os códigos
em locais de ampla visibilidade, do símbolo de postura, as leis de uso e ocupação do
internacional de acesso, na forma prevista solo e as leis do sistema viário;
em legislação e em normas técnicas
correlatas. III - os estudos prévios de impacto de
vizinhança;
Art. 57. As edificações públicas e
privadas de uso coletivo já existentes IV - as atividades de fiscalização e a
devem garantir acessibilidade à pessoa imposição de sanções; e
com deficiência em todas as suas
dependências e serviços, tendo como
V - a legislação referente à
referência as normas de acessibilidade
prevenção contra incêndio e pânico.
vigentes.
§ 1º A concessão e a renovação de
Art. 58. O projeto e a construção de
alvará de funcionamento para qualquer
edificação de uso privado multifamiliar
atividade são condicionadas à observação
devem atender aos preceitos de
e à certificação das regras de
acessibilidade, na forma
acessibilidade.
regulamentar. (Regulamento)

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§ 2º A emissão de carta de habite-se de acessibilidade para pessoa com


ou de habilitação equivalente e sua deficiência visual, sendo assegurado pelo
renovação, quando esta tiver sido emitida menos 1 (um) equipamento, quando o
anteriormente às exigências de resultado percentual for inferior a 1 (um).
acessibilidade, é condicionada à
observação e à certificação das regras de Art. 64. A acessibilidade nos sítios da
acessibilidade. internet de que trata o art. 63 desta Lei
deve ser observada para obtenção do
Art. 61. A formulação, a financiamento de que trata o inciso III do
implementação e a manutenção das ações art. 54 desta Lei.
de acessibilidade atenderão às seguintes
premissas básicas: Art. 65. As empresas prestadoras de
serviços de telecomunicações deverão
I - eleição de prioridades, elaboração garantir pleno acesso à pessoa com
de cronograma e reserva de recursos para deficiência, conforme regulamentação
implementação das ações; e específica.

II - planejamento contínuo e Art. 66. Cabe ao poder público


articulado entre os setores envolvidos. incentivar a oferta de aparelhos de telefonia
fixa e móvel celular com acessibilidade
Art. 62. É assegurado à pessoa com que, entre outras tecnologias assistivas,
deficiência, mediante solicitação, o possuam possibilidade de indicação e de
recebimento de contas, boletos, recibos, ampliação sonoras de todas as operações
extratos e cobranças de tributos em e funções disponíveis.
formato acessível.
Art. 67. Os serviços de radiodifusão
CAPÍTULO II de sons e imagens devem permitir o uso
dos seguintes recursos, entre outros:
DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À
COMUNICAÇÃO I - subtitulação por meio de legenda
oculta;
Art. 63. É obrigatória a acessibilidade
II - janela com intérprete da Libras;
nos sítios da internet mantidos por
empresas com sede ou representação
comercial no País ou por órgãos de III - audiodescrição.
governo, para uso da pessoa com
deficiência, garantindo-lhe acesso às Art. 68. O poder público deve adotar
informações disponíveis, conforme as mecanismos de incentivo à produção, à
melhores práticas e diretrizes de edição, à difusão, à distribuição e à
acessibilidade adotadas comercialização de livros em formatos
internacionalmente. acessíveis, inclusive em publicações da
administração pública ou financiadas com
§ 1º Os sítios devem conter símbolo recursos públicos, com vistas a garantir à
de acessibilidade em destaque. pessoa com deficiência o direito de acesso
à leitura, à informação e à comunicação.
§ 2º Telecentros comunitários que
receberem recursos públicos federais para § 1º Nos editais de compras de livros,
seu custeio ou sua instalação e lan inclusive para o abastecimento ou a
houses devem possuir equipamentos e atualização de acervos de bibliotecas em
instalações acessíveis. todos os níveis e modalidades de educação
e de bibliotecas públicas, o poder público
deverá adotar cláusulas de impedimento à
§ 3º Os telecentros e as lan
participação de editoras que não ofertem
houses de que trata o § 2º deste artigo
sua produção também em formatos
devem garantir, no mínimo, 10% (dez por
acessíveis.
cento) de seus computadores com recursos

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§ 2º Consideram-se formatos Art. 71. Os congressos, os


acessíveis os arquivos digitais que possam seminários, as oficinas e os demais
ser reconhecidos e acessados eventos de natureza científico-cultural
por softwares leitores de telas ou outras promovidos ou financiados pelo poder
tecnologias assistivas que vierem a público devem garantir as condições de
substituí-los, permitindo leitura com voz acessibilidade e os recursos de tecnologia
sintetizada, ampliação de caracteres, assistiva.
diferentes contrastes e impressão em
Braille. Art. 72. Os programas, as linhas de
pesquisa e os projetos a serem
§ 3º O poder público deve estimular e desenvolvidos com o apoio de agências de
apoiar a adaptação e a produção de artigos financiamento e de órgãos e entidades
científicos em formato acessível, inclusive integrantes da administração pública que
em Libras. atuem no auxílio à pesquisa devem
contemplar temas voltados à tecnologia
Art. 69. O poder público deve assistiva.
assegurar a disponibilidade de informações
corretas e claras sobre os diferentes Art. 73. Caberá ao poder público,
produtos e serviços ofertados, por diretamente ou em parceria com
quaisquer meios de comunicação organizações da sociedade civil, promover
empregados, inclusive em ambiente virtual, a capacitação de tradutores e intérpretes
contendo a especificação correta de da Libras, de guias intérpretes e de
quantidade, qualidade, características, profissionais habilitados em Braille,
composição e preço, bem como sobre os audiodescrição, estenotipia e legendagem.
eventuais riscos à saúde e à segurança do
consumidor com deficiência, em caso de CAPÍTULO III
sua utilização, aplicando-se, no que couber,
os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990 . DA TECNOLOGIA ASSISTIVA

§ 1º Os canais de comercialização Art. 74. É garantido à pessoa com


virtual e os anúncios publicitários deficiência acesso a produtos, recursos,
veiculados na imprensa escrita, na internet, estratégias, práticas, processos, métodos e
no rádio, na televisão e nos demais serviços de tecnologia assistiva que
veículos de comunicação abertos ou por maximizem sua autonomia, mobilidade
assinatura devem disponibilizar, conforme a pessoal e qualidade de vida.
compatibilidade do meio, os recursos de
acessibilidade de que trata o art. 67 desta Art. 75. O poder público desenvolverá
Lei, a expensas do fornecedor do produto plano específico de medidas, a ser
ou do serviço, sem prejuízo da observância renovado em cada período de 4 (quatro)
do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº anos, com a finalidade
8.078, de 11 de setembro de 1990 . de: (Regulamento)

§ 2º Os fornecedores devem I - facilitar o acesso a crédito


disponibilizar, mediante solicitação, especializado, inclusive com oferta de
exemplares de bulas, prospectos, textos ou linhas de crédito subsidiadas, específicas
qualquer outro tipo de material de para aquisição de tecnologia assistiva;
divulgação em formato acessível.
II - agilizar, simplificar e priorizar
Art. 70. As instituições promotoras de procedimentos de importação de tecnologia
congressos, seminários, oficinas e demais assistiva, especialmente as questões
eventos de natureza científico-cultural atinentes a procedimentos alfandegários e
devem oferecer à pessoa com deficiência, sanitários;
no mínimo, os recursos de tecnologia
assistiva previstos no art. 67 desta Lei. III - criar mecanismos de fomento à
pesquisa e à produção nacional de

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tecnologia assistiva, inclusive por meio de transmitidos pelas emissoras de televisão


concessão de linhas de crédito subsidiado possuam, pelo menos, os recursos
e de parcerias com institutos de pesquisa elencados no art. 67 desta Lei;
oficiais;
IV - garantia do livre exercício do
IV - eliminar ou reduzir a tributação direito ao voto e, para tanto, sempre que
da cadeia produtiva e de importação de necessário e a seu pedido, permissão para
tecnologia assistiva; que a pessoa com deficiência seja
auxiliada na votação por pessoa de sua
V - facilitar e agilizar o processo de escolha.
inclusão de novos recursos de tecnologia
assistiva no rol de produtos distribuídos no § 2º O poder público promoverá a
âmbito do SUS e por outros órgãos participação da pessoa com deficiência,
governamentais. inclusive quando institucionalizada, na
condução das questões públicas, sem
Parágrafo único. Para fazer cumprir o discriminação e em igualdade de
disposto neste artigo, os procedimentos oportunidades, observado o seguinte:
constantes do plano específico de medidas
deverão ser avaliados, pelo menos, a cada I - participação em organizações não
2 (dois) anos. governamentais relacionadas à vida pública
e à política do País e em atividades e
CAPÍTULO IV administração de partidos políticos;

DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA II - formação de organizações para


PÚBLICA E POLÍTICA representar a pessoa com deficiência em
todos os níveis;
Art. 76. O poder público deve garantir
III - participação da pessoa com
à pessoa com deficiência todos os direitos
deficiência em organizações que a
políticos e a oportunidade de exercê-los em
representem.
igualdade de condições com as demais
pessoas.
TÍTULO IV
§ 1º À pessoa com deficiência será
assegurado o direito de votar e de ser DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
votada, inclusive por meio das seguintes
ações: Art. 77. O poder público deve
fomentar o desenvolvimento científico, a
I - garantia de que os procedimentos, pesquisa e a inovação e a capacitação
as instalações, os materiais e os tecnológicas, voltados à melhoria da
equipamentos para votação sejam qualidade de vida e ao trabalho da pessoa
apropriados, acessíveis a todas as pessoas com deficiência e sua inclusão social.
e de fácil compreensão e uso, sendo
vedada a instalação de seções eleitorais § 1º O fomento pelo poder público
exclusivas para a pessoa com deficiência; deve priorizar a geração de conhecimentos
e técnicas que visem à prevenção e ao
II - incentivo à pessoa com tratamento de deficiências e ao
deficiência a candidatar-se e a desenvolvimento de tecnologias assistiva e
desempenhar quaisquer funções públicas social.
em todos os níveis de governo, inclusive
por meio do uso de novas tecnologias § 2º A acessibilidade e as tecnologias
assistivas, quando apropriado; assistiva e social devem ser fomentadas
mediante a criação de cursos de
III - garantia de que os pós-graduação, a formação de recursos
pronunciamentos oficiais, a propaganda humanos e a inclusão do tema nas
eleitoral obrigatória e os debates diretrizes de áreas do conhecimento.

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§ 3º Deve ser fomentada a adaptações e recursos de tecnologia


capacitação tecnológica de instituições assistiva.
públicas e privadas para o desenvolvimento
de tecnologias assistiva e social que sejam § 1º A fim de garantir a atuação da
voltadas para melhoria da funcionalidade e pessoa com deficiência em todo o processo
da participação social da pessoa com judicial, o poder público deve capacitar os
deficiência. membros e os servidores que atuam no
Poder Judiciário, no Ministério Público, na
§ 4º As medidas previstas neste Defensoria Pública, nos órgãos de
artigo devem ser reavaliadas segurança pública e no sistema
periodicamente pelo poder público, com penitenciário quanto aos direitos da pessoa
vistas ao seu aperfeiçoamento. com deficiência.

Art. 78. Devem ser estimulados a § 2º Devem ser assegurados à


pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e pessoa com deficiência submetida a
a difusão de tecnologias voltadas para medida restritiva de liberdade todos os
ampliar o acesso da pessoa com direitos e garantias a que fazem jus os
deficiência às tecnologias da informação e apenados sem deficiência, garantida a
comunicação e às tecnologias sociais. acessibilidade.

Parágrafo único. Serão estimulados, § 3º A Defensoria Pública e o


em especial: Ministério Público tomarão as medidas
necessárias à garantia dos direitos
I - o emprego de tecnologias da previstos nesta Lei.
informação e comunicação como
instrumento de superação de limitações Art. 80. Devem ser oferecidos todos
funcionais e de barreiras à comunicação, à os recursos de tecnologia assistiva
informação, à educação e ao disponíveis para que a pessoa com
entretenimento da pessoa com deficiência; deficiência tenha garantido o acesso à
justiça, sempre que figure em um dos polos
II - a adoção de soluções e a difusão da ação ou atue como testemunha,
de normas que visem a ampliar a partícipe da lide posta em juízo, advogado,
acessibilidade da pessoa com deficiência à defensor público, magistrado ou membro
computação e aos sítios da internet, em do Ministério Público.
especial aos serviços de governo
eletrônico. Parágrafo único. A pessoa com
deficiência tem garantido o acesso ao
LIVRO II conteúdo de todos os atos processuais de
seu interesse, inclusive no exercício da
advocacia.
PARTE ESPECIAL
Art. 81. Os direitos da pessoa com
TÍTULO I deficiência serão garantidos por ocasião da
aplicação de sanções penais.
DO ACESSO À JUSTIÇA
Art. 82. (VETADO).
CAPÍTULO I
Art. 83. Os serviços notariais e de
DISPOSIÇÕES GERAIS registro não podem negar ou criar óbices
ou condições diferenciadas à prestação de
seus serviços em razão de deficiência do
Art. 79. O poder público deve
solicitante, devendo reconhecer sua
assegurar o acesso da pessoa com
capacidade legal plena, garantida a
deficiência à justiça, em igualdade de
acessibilidade.
oportunidades com as demais pessoas,
garantindo, sempre que requeridos,

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Parágrafo único. O descumprimento Art. 86. Para emissão de documentos


do disposto no caput deste artigo constitui oficiais, não será exigida a situação de
discriminação em razão de deficiência. curatela da pessoa com deficiência.

CAPÍTULO II Art. 87. Em casos de relevância e


urgência e a fim de proteger os interesses
DO RECONHECIMENTO IGUAL da pessoa com deficiência em situação de
PERANTE A LEI curatela, será lícito ao juiz, ouvido o
Ministério Público, de oficio ou a
requerimento do interessado, nomear,
Art. 84. A pessoa com deficiência tem desde logo, curador provisório, o qual
assegurado o direito ao exercício de sua estará sujeito, no que couber, às
capacidade legal em igualdade de disposições do Código de Processo Civil .
condições com as demais pessoas.
TÍTULO II
§ 1º Quando necessário, a pessoa
com deficiência será submetida à curatela,
conforme a lei. DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES
ADMINISTRATIVAS
§ 2º É facultado à pessoa com
deficiência a adoção de processo de Art. 88. Praticar, induzir ou incitar
tomada de decisão apoiada. discriminação de pessoa em razão de sua
deficiência:
§ 3º A definição de curatela de
pessoa com deficiência constitui medida Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três)
protetiva extraordinária, proporcional às anos, e multa.
necessidades e às circunstâncias de cada
caso, e durará o menor tempo possível. § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um
terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado
§ 4º Os curadores são obrigados a e responsabilidade do agente.
prestar, anualmente, contas de sua
administração ao juiz, apresentando o § 2º Se qualquer dos crimes previstos
balanço do respectivo ano. no caput deste artigo é cometido por
intermédio de meios de comunicação social
Art. 85. A curatela afetará tão ou de publicação de qualquer natureza:
somente os atos relacionados aos direitos
de natureza patrimonial e negocial. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, e multa.
§ 1º A definição da curatela não
alcança o direito ao próprio corpo, à § 3º Na hipótese do § 2º deste artigo,
sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, o juiz poderá determinar, ouvido o
à educação, à saúde, ao trabalho e ao Ministério Público ou a pedido deste, ainda
voto. antes do inquérito policial, sob pena de
desobediência:
§ 2º A curatela constitui medida
extraordinária, devendo constar da I - recolhimento ou busca e
sentença as razões e motivações de sua apreensão dos exemplares do material
definição, preservados os interesses do discriminatório;
curatelado.
II - interdição das respectivas
§ 3º No caso de pessoa em situação mensagens ou páginas de informação na
de institucionalização, ao nomear curador, internet.
o juiz deve dar preferência a pessoa que
tenha vínculo de natureza familiar, afetiva § 4º Na hipótese do § 2º deste artigo,
ou comunitária com o curatelado. constitui efeito da condenação, após o

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trânsito em julgado da decisão, a Art. 92. É criado o Cadastro Nacional


destruição do material apreendido. de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Cadastro-Inclusão), registro público
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar eletrônico com a finalidade de coletar,
bens, proventos, pensão, benefícios, processar, sistematizar e disseminar
remuneração ou qualquer outro rendimento informações georreferenciadas que
de pessoa com deficiência: permitam a identificação e a caracterização
socioeconômica da pessoa com
deficiência, bem como das barreiras que
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4
impedem a realização de seus direitos.
(quatro) anos, e multa.

§ 1º O Cadastro-Inclusão será
Parágrafo único. Aumenta-se a pena
administrado pelo Poder Executivo federal
em 1/3 (um terço) se o crime é cometido:
e constituído por base de dados,
instrumentos, procedimentos e sistemas
I - por tutor, curador, síndico, eletrônicos.
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial; ou
§ 2º Os dados constituintes do
Cadastro-Inclusão serão obtidos pela
II - por aquele que se apropriou em integração dos sistemas de informação e
razão de ofício ou de profissão. da base de dados de todas as políticas
públicas relacionadas aos direitos da
Art. 90. Abandonar pessoa com pessoa com deficiência, bem como por
deficiência em hospitais, casas de saúde, informações coletadas, inclusive em
entidades de abrigamento ou congêneres: censos nacionais e nas demais pesquisas
realizadas no País, de acordo com os
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a parâmetros estabelecidos pela Convenção
3 (três) anos, e multa. sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
Parágrafo único. Na mesma pena
incorre quem não prover as necessidades § 3º Para coleta, transmissão e
básicas de pessoa com deficiência quando sistematização de dados, é facultada a
obrigado por lei ou mandado. celebração de convênios, acordos, termos
de parceria ou contratos com instituições
Art. 91. Reter ou utilizar cartão públicas e privadas, observados os
magnético, qualquer meio eletrônico ou requisitos e procedimentos previstos em
documento de pessoa com deficiência legislação específica.
destinados ao recebimento de benefícios,
proventos, pensões ou remuneração ou à § 4º Para assegurar a
realização de operações financeiras, com o confidencialidade, a privacidade e as
fim de obter vantagem indevida para si ou liberdades fundamentais da pessoa com
para outrem: deficiência e os princípios éticos que regem
a utilização de informações, devem ser
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a observadas as salvaguardas estabelecidas
2 (dois) anos, e multa. em lei.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena § 5º Os dados do Cadastro-Inclusão


em 1/3 (um terço) se o crime é cometido somente poderão ser utilizados para as
por tutor ou curador. seguintes finalidades:

TÍTULO III I - formulação, gestão,


monitoramento e avaliação das políticas
públicas para a pessoa com deficiência e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS para identificar as barreiras que impedem a
realização de seus direitos;

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II - realização de estudos e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),


pesquisas. pelo serviço público de saúde ou pelo
serviço privado de saúde, contratado ou
§ 6º As informações a que se refere conveniado, que integre o SUS e pelas
este artigo devem ser disseminadas em entidades da rede socioassistencial
formatos acessíveis. integrantes do Suas, quando seu
deslocamento, em razão de sua limitação
funcional e de condições de acessibilidade,
Art. 93. Na realização de inspeções e
imponha-lhe ônus desproporcional e
de auditorias pelos órgãos de controle
indevido.
interno e externo, deve ser observado o
cumprimento da legislação relativa à
pessoa com deficiência e das normas de Art. 96. O § 6º -A do art. 135 da Lei nº
acessibilidade vigentes. 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código
Eleitoral) , passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão,
nos termos da lei, a pessoa com deficiência
moderada ou grave que: “Art. 135.
.................................................................
I - receba o benefício de prestação
continuada previsto no art. 20 da Lei nº ......................................................................
8.742, de 7 de dezembro de 1993 , e que ..................
passe a exercer atividade remunerada que
a enquadre como segurado obrigatório do § 6º -A. Os Tribunais Regionais Eleitorais
RGPS; deverão, a cada eleição, expedir instruções
aos Juízes Eleitorais para orientá-los na
II - tenha recebido, nos últimos 5 escolha dos locais de votação, de maneira
(cinco) anos, o benefício de prestação a garantir acessibilidade para o eleitor com
continuada previsto no art. 20 da Lei nº deficiência ou com mobilidade reduzida,
8.742, de 7 de dezembro de 1993 , e que inclusive em seu entorno e nos sistemas de
exerça atividade remunerada que a transporte que lhe dão acesso.
enquadre como segurado obrigatório do
RGPS. ......................................................................
..............” (NR)
Art. 95. É vedado exigir o
comparecimento de pessoa com deficiência Art. 97. A Consolidação das Leis do
perante os órgãos públicos quando seu Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei
deslocamento, em razão de sua limitação nº 5.452, de 1º de maio de 1943 , passa a
funcional e de condições de acessibilidade, vigorar com as seguintes alterações:
imponha-lhe ônus desproporcional e
indevido, hipótese na qual serão “Art. 428.
observados os seguintes procedimentos: ..................................................................

I - quando for de interesse do poder ......................................................................


público, o agente promoverá o contato .....................
necessário com a pessoa com deficiência
em sua residência;
§ 6º Para os fins do contrato de
aprendizagem, a comprovação da
II - quando for de interesse da pessoa escolaridade de aprendiz com deficiência
com deficiência, ela apresentará solicitação deve considerar, sobretudo, as habilidades
de atendimento domiciliar ou fará e competências relacionadas com a
representar-se por procurador constituído profissionalização.
para essa finalidade.
......................................................................
Parágrafo único. É assegurado à .....................
pessoa com deficiência atendimento
domiciliar pela perícia médica e social do

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§ 8º Para o aprendiz com deficiência com estabelecimento de ensino de qualquer


18 (dezoito) anos ou mais, a validade do curso ou grau, público ou privado, em
contrato de aprendizagem pressupõe razão de sua deficiência;
anotação na CTPS e matrícula e frequência
em programa de aprendizagem II - obstar inscrição em concurso público ou
desenvolvido sob orientação de entidade acesso de alguém a qualquer cargo ou
qualificada em formação emprego público, em razão de sua
técnico-profissional metódica.” (NR) deficiência;

“Art. 433. III - negar ou obstar emprego, trabalho ou


.................................................................. promoção à pessoa em razão de sua
deficiência;
......................................................................
..................... IV - recusar, retardar ou dificultar
internação ou deixar de prestar assistência
I - desempenho insuficiente ou inadaptação médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa
do aprendiz, salvo para o aprendiz com com deficiência;
deficiência quando desprovido de recursos
de acessibilidade, de tecnologias assistivas V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar
e de apoio necessário ao desempenho de execução de ordem judicial expedida na
suas atividades; ação civil a que alude esta Lei;

...................................................................... VI - recusar, retardar ou omitir dados


............” (NR) técnicos indispensáveis à propositura da
ação civil pública objeto desta Lei, quando
Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de requisitados.
outubro de 1989 , passa a vigorar com as
seguintes alterações: § 1º Se o crime for praticado contra pessoa
com deficiência menor de 18 (dezoito)
“Art. 3º As medidas judiciais destinadas à anos, a pena é agravada em 1/3 (um
proteção de interesses coletivos, difusos, terço).
individuais homogêneos e individuais
indisponíveis da pessoa com deficiência § 2º A pena pela adoção deliberada de
poderão ser propostas pelo Ministério critérios subjetivos para indeferimento de
Público, pela Defensoria Pública, pela inscrição, de aprovação e de cumprimento
União, pelos Estados, pelos Municípios, de estágio probatório em concursos
pelo Distrito Federal, por associação públicos não exclui a responsabilidade
constituída há mais de 1 (um) ano, nos patrimonial pessoal do administrador
termos da lei civil, por autarquia, por público pelos danos causados.
empresa pública e por fundação ou
sociedade de economia mista que inclua, § 3º Incorre nas mesmas penas quem
entre suas finalidades institucionais, a impede ou dificulta o ingresso de pessoa
proteção dos interesses e a promoção de com deficiência em planos privados de
direitos da pessoa com deficiência. assistência à saúde, inclusive com
cobrança de valores diferenciados.
......................................................................
...........” (NR) § 4º Se o crime for praticado em
atendimento de urgência e emergência, a
“Art. 8º Constitui crime punível com pena é agravada em 1/3 (um terço).” (NR)
reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e
multa: Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de
11 de maio de 1990 , passa a vigorar
I - recusar, cobrar valores adicionais, acrescido do seguinte inciso XVIII:
suspender, procrastinar, cancelar ou fazer
cessar inscrição de aluno em

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“Art. 20. deficiência intelectual ou mental ou


...................................................................... deficiência grave;

...................................................................... ......................................................................
........................ ......................

XVIII - quando o trabalhador com III - o irmão não emancipado, de qualquer


deficiência, por prescrição, necessite condição, menor de 21 (vinte e um) anos
adquirir órtese ou prótese para promoção ou inválido ou que tenha deficiência
de acessibilidade e de inclusão social. intelectual ou mental ou deficiência grave;

...................................................................... ......................................................................
............” (NR) ...........” (NR)

Art. 100. A Lei nº 8.078, de 11 de “Art. 77.


setembro de 1990 (Código de Defesa do .....................................................................
Consumidor) , passa a vigorar com as
seguintes alterações: ......................................................................
......................
“Art. 6º
...................................................................... § 2º
. ......................................................................
........
......................................................................
...................... ......................................................................
......................
Parágrafo único. A informação de que trata
o inciso III do caput deste artigo deve ser II - para o filho, a pessoa a ele equiparada
acessível à pessoa com deficiência, ou o irmão, de ambos os sexos, pela
observado o disposto em regulamento.” emancipação ou ao completar 21 (vinte e
(NR) um) anos de idade, salvo se for inválido ou
tiver deficiência intelectual ou mental ou
“Art. 43. deficiência grave;
......................................................................
......................................................................
...................................................................... .............
......................
§ 4º (VETADO).
§ 6º Todas as informações de que trata
o caput deste artigo devem ser ......................................................................
disponibilizadas em formatos acessíveis, .............” (NR)
inclusive para a pessoa com deficiência,
mediante solicitação do consumidor.” (NR)
“Art. 93. (VETADO):

Art. 101. A Lei nº 8.213, de 24 de


I - (VETADO);
julho de 1991 , passa a vigorar com as
seguintes alterações:
II - (VETADO);
“Art. 16.
...................................................................... III - (VETADO);

I - o cônjuge, a companheira, o IV - (VETADO);


companheiro e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 (vinte e V - (VETADO).
um) anos ou inválido ou que tenha

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§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de


ou de beneficiário reabilitado da 2 de junho de 1992 , passa a vigorar
Previdência Social ao final de contrato por acrescido do seguinte inciso IX:
prazo determinado de mais de 90 (noventa)
dias e a dispensa imotivada em contrato “Art. 11.
por prazo indeterminado somente poderão .....................................................................
ocorrer após a contratação de outro
trabalhador com deficiência ou beneficiário
......................................................................
reabilitado da Previdência Social.
......................

§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego


IX - deixar de cumprir a exigência de
incumbe estabelecer a sistemática de
requisitos de acessibilidade previstos na
fiscalização, bem como gerar dados e
legislação.” (NR)
estatísticas sobre o total de empregados e
as vagas preenchidas por pessoas com
deficiência e por beneficiários reabilitados Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de
da Previdência Social, fornecendo-os, junho de 1993 , passa a vigorar com as
quando solicitados, aos sindicatos, às seguintes alterações:
entidades representativas dos empregados
ou aos cidadãos interessados. “Art. 3º
.....................................................................
§ 3º Para a reserva de cargos será
considerada somente a contratação direta ......................................................................
de pessoa com deficiência, excluído o ....................
aprendiz com deficiência de que trata a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), § 2º
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º ......................................................................
de maio de 1943. .....

§ 4º (VETADO).” (NR) ......................................................................


....................
“Art. 110-A. No ato de requerimento de
benefícios operacionalizados pelo INSS, V - produzidos ou prestados por empresas
não será exigida apresentação de termo de que comprovem cumprimento de reserva
curatela de titular ou de beneficiário com de cargos prevista em lei para pessoa com
deficiência, observados os procedimentos a deficiência ou para reabilitado da
serem estabelecidos em regulamento.” Previdência Social e que atendam às
regras de acessibilidade previstas na
Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de legislação.
23 de dezembro de 1991 , passa a vigorar
acrescido do seguinte § 3º : ......................................................................
.....................
“Art. 2º
...................................................................... § 5º Nos processos de licitação, poderá ser
... estabelecida margem de preferência para:

...................................................................... I - produtos manufaturados e para serviços


....................... nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras; e
§ 3º Os incentivos criados por esta Lei
somente serão concedidos a projetos II - bens e serviços produzidos ou
culturais que forem disponibilizados, prestados por empresas que comprovem
sempre que tecnicamente possível, cumprimento de reserva de cargos prevista
também em formato acessível à pessoa em lei para pessoa com deficiência ou para
com deficiência, observado o disposto em reabilitado da Previdência Social e que
regulamento.” (NR)

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atendam às regras de acessibilidade condição de miserabilidade do grupo


previstas na legislação. familiar e da situação de vulnerabilidade,
conforme regulamento.” (NR)
......................................................................
.............” (NR) Art. 106. (VETADO).

“Art. 66-A. As empresas enquadradas no Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril


inciso V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. de 1995 , passa a vigorar com as seguintes
3º desta Lei deverão cumprir, durante todo alterações:
o período de execução do contrato, a
reserva de cargos prevista em lei para “Art. 1º É proibida a adoção de qualquer
pessoa com deficiência ou para reabilitado prática discriminatória e limitativa para
da Previdência Social, bem como as regras efeito de acesso à relação de trabalho, ou
de acessibilidade previstas na legislação. de sua manutenção, por motivo de sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação
Parágrafo único. Cabe à administração familiar, deficiência, reabilitação
fiscalizar o cumprimento dos requisitos de profissional, idade, entre outros,
acessibilidade nos serviços e nos ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de
ambientes de trabalho.” proteção à criança e ao adolescente
previstas no inciso XXXIII do art. 7º da
Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de Constituição Federal. ” (NR)
7 de dezembro de 1993 , passa a vigorar
com as seguintes alterações: “Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º
desta Lei e nos dispositivos legais que
“Art. 20. tipificam os crimes resultantes de
...................................................................... preconceito de etnia, raça, cor ou
deficiência, as infrações ao disposto nesta
Lei são passíveis das seguintes
......................................................................
cominações:
.......................

......................................................................
§ 2º Para efeito de concessão do benefício
............” (NR)
de prestação continuada, considera-se
pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza “Art. 4º
física, mental, intelectual ou sensorial, o ......................................................................
qual, em interação com uma ou mais ..
barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade I - a reintegração com ressarcimento
de condições com as demais pessoas. integral de todo o período de afastamento,
mediante pagamento das remunerações
...................................................................... devidas, corrigidas monetariamente e
...................... acrescidas de juros legais;

§ 9º Os rendimentos decorrentes de ......................................................................


estágio supervisionado e de aprendizagem ..............” (NR)
não serão computados para os fins de
cálculo da renda familiar per capita a que Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de
se refere o § 3º deste artigo. 26 de dezembro de 1995 , passa a vigorar
acrescido do seguinte § 5º :
......................................................................
....................... “Art. 35.
......................................................................
§ 11. Para concessão do benefício de que
trata o caput deste artigo, poderão ser ......................................................................
utilizados outros elementos probatórios da .......................

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§ 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX “Art. 181.


do parágrafo único do art. 3º da Lei nº ...................................................................
10.741, de 1º de outubro de 2003 , a
pessoa com deficiência, ou o contribuinte ......................................................................
que tenha dependente nessa condição, tem ....................
preferência na restituição referida no inciso
III do art. 4º e na alínea “c” do inciso II do
XVII
art. 8º .” (NR)
- ....................................................................
.....
Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (Código de Trânsito
Infração - grave;
Brasileiro) , passa a vigorar com as
seguintes alterações:
......................................................................
...........” (NR)
“Art. 2º
...........................................................
Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art.
56 da Lei nº 9.615, de 24 de março de
Parágrafo único. Para os efeitos deste
1998 , passam a vigorar com a seguinte
Código, são consideradas vias terrestres as
redação:
praias abertas à circulação pública, as vias
internas pertencentes aos condomínios
constituídos por unidades autônomas e as “Art. 56.
vias e áreas de estacionamento de ....................................................................
estabelecimentos privados de uso coletivo.”
(NR) ......................................................................
.....................
“Art. 86-A. As vagas de estacionamento
regulamentado de que trata o inciso XVII VI - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por
do art. 181 desta Lei deverão ser cento) da arrecadação bruta dos concursos
sinalizadas com as respectivas placas de prognósticos e loterias federais e
indicativas de destinação e com placas similares cuja realização estiver sujeita a
informando os dados sobre a infração por autorização federal, deduzindo-se esse
estacionamento indevido.” valor do montante destinado aos prêmios;

“Art. 147-A. Ao candidato com deficiência ......................................................................


auditiva é assegurada acessibilidade de .......................
comunicação, mediante emprego de
tecnologias assistivas ou de ajudas § 1º Do total de recursos financeiros
técnicas em todas as etapas do processo resultantes do percentual de que trata o
de habilitação. inciso VI do caput , 62,96% (sessenta e
dois inteiros e noventa e seis centésimos
§ 1º O material didático audiovisual por cento) serão destinados ao Comitê
utilizado em aulas teóricas dos cursos que Olímpico Brasileiro (COB) e 37,04% (trinta
precedem os exames previstos no art. 147 e sete inteiros e quatro centésimos por
desta Lei deve ser acessível, por meio de cento) ao Comitê Paralímpico Brasileiro
subtitulação com legenda oculta associada (CPB), devendo ser observado, em ambos
à tradução simultânea em Libras. os casos, o conjunto de normas aplicáveis
à celebração de convênios pela União.
§ 2º É assegurado também ao candidato
com deficiência auditiva requerer, no ato de ......................................................................
sua inscrição, os serviços de intérprete da ............” (NR)
Libras, para acompanhamento em aulas
práticas e teóricas.” Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de
8 de novembro de 2000 , passa a vigorar
“Art. 154. (VETADO).” com a seguinte redação:

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“Art. 1º As pessoas com deficiência, os III - pessoa com deficiência: aquela que
idosos com idade igual ou superior a 60 tem impedimento de longo prazo de
(sessenta) anos, as gestantes, as natureza física, mental, intelectual ou
lactantes, as pessoas com crianças de colo sensorial, o qual, em interação com uma ou
e os obesos terão atendimento prioritário, mais barreiras, pode obstruir sua
nos termos desta Lei.” (NR) participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais
Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de pessoas;
dezembro de 2000 , passa a vigorar com
as seguintes alterações: IV - pessoa com mobilidade reduzida:
aquela que tenha, por qualquer motivo,
“Art. 2º dificuldade de movimentação, permanente
...................................................................... ou temporária, gerando redução efetiva da
. mobilidade, da flexibilidade, da
coordenação motora ou da percepção,
incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa
I - acessibilidade: possibilidade e condição
com criança de colo e obeso;
de alcance para utilização, com segurança
e autonomia, de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edificações, V - acompanhante: aquele que acompanha
transportes, informação e comunicação, a pessoa com deficiência, podendo ou não
inclusive seus sistemas e tecnologias, bem desempenhar as funções de atendente
como de outros serviços e instalações pessoal;
abertos ao público, de uso público ou
privados de uso coletivo, tanto na zona VI - elemento de urbanização: quaisquer
urbana como na rural, por pessoa com componentes de obras de urbanização, tais
deficiência ou com mobilidade reduzida; como os referentes a pavimentação,
saneamento, encanamento para esgotos,
II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, distribuição de energia elétrica e de gás,
atitude ou comportamento que limite ou iluminação pública, serviços de
impeça a participação social da pessoa, comunicação, abastecimento e distribuição
bem como o gozo, a fruição e o exercício de água, paisagismo e os que materializam
de seus direitos à acessibilidade, à as indicações do planejamento urbanístico;
liberdade de movimento e de expressão, à
comunicação, ao acesso à informação, à VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos
compreensão, à circulação com segurança, existentes nas vias e nos espaços públicos,
entre outros, classificadas em: superpostos ou adicionados aos elementos
de urbanização ou de edificação, de forma
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas que sua modificação ou seu traslado não
vias e nos espaços públicos e privados provoque alterações substanciais nesses
abertos ao público ou de uso coletivo; elementos, tais como semáforos, postes de
sinalização e similares, terminais e pontos
b) barreiras arquitetônicas: as existentes de acesso coletivo às telecomunicações,
nos edifícios públicos e privados; fontes de água, lixeiras, toldos, marquises,
bancos, quiosques e quaisquer outros de
c) barreiras nos transportes: as existentes natureza análoga;
nos sistemas e meios de transportes;
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica:
d) barreiras nas comunicações e na produtos, equipamentos, dispositivos,
informação: qualquer entrave, obstáculo, recursos, metodologias, estratégias,
atitude ou comportamento que dificulte ou práticas e serviços que objetivem promover
impossibilite a expressão ou o recebimento a funcionalidade, relacionada à atividade e
de mensagens e de informações por à participação da pessoa com deficiência
intermédio de sistemas de comunicação e ou com mobilidade reduzida, visando à sua
de tecnologia da informação; autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social;

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IX - comunicação: forma de interação dos alerta no piso, de acordo com as normas


cidadãos que abrange, entre outras técnicas pertinentes.”
opções, as línguas, inclusive a Língua
Brasileira de Sinais (Libras), a visualização “Art. 12-A. Os centros comerciais e os
de textos, o Braille, o sistema de estabelecimentos congêneres devem
sinalização ou de comunicação tátil, os fornecer carros e cadeiras de rodas,
caracteres ampliados, os dispositivos motorizados ou não, para o atendimento da
multimídia, assim como a linguagem pessoa com deficiência ou com mobilidade
simples, escrita e oral, os sistemas reduzida.”
auditivos e os meios de voz digitalizados e
os modos, meios e formatos aumentativos
Art. 113. A Lei nº 10.257, de 10 de
e alternativos de comunicação, incluindo as
julho de 2001 (Estatuto da Cidade) , passa
tecnologias da informação e das
a vigorar com as seguintes alterações:
comunicações;

X - desenho universal: concepção de “Art. 3º


produtos, ambientes, programas e serviços ......................................................................
a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto ......................................................................
específico, incluindo os recursos de ......................
tecnologia assistiva.” (NR)
III - promover, por iniciativa própria e em
“Art. 3º O planejamento e a urbanização conjunto com os Estados, o Distrito Federal
das vias públicas, dos parques e dos e os Municípios, programas de construção
demais espaços de uso público deverão de moradias e melhoria das condições
ser concebidos e executados de forma a habitacionais, de saneamento básico, das
torná-los acessíveis para todas as pessoas, calçadas, dos passeios públicos, do
inclusive para aquelas com deficiência ou mobiliário urbano e dos demais espaços de
com mobilidade reduzida. uso público;

Parágrafo único. O passeio público, IV - instituir diretrizes para desenvolvimento


elemento obrigatório de urbanização e urbano, inclusive habitação, saneamento
parte da via pública, normalmente básico, transporte e mobilidade urbana,
segregado e em nível diferente, destina-se que incluam regras de acessibilidade aos
somente à circulação de pedestres e, locais de uso público;
quando possível, à implantação de
mobiliário urbano e de vegetação.” (NR) ......................................................................
...........” (NR)
“Art. 9º
...................................................................... “Art. 41.
.. ....................................................................

Parágrafo único. Os semáforos para ......................................................................


pedestres instalados em vias públicas de .....................
grande circulação, ou que deem acesso
aos serviços de reabilitação, devem § 3º As cidades de que trata o caput deste
obrigatoriamente estar equipados com artigo devem elaborar plano de rotas
mecanismo que emita sinal sonoro suave acessíveis, compatível com o plano diretor
para orientação do pedestre.” (NR) no qual está inserido, que disponha sobre
os passeios públicos a serem implantados
“Art. 10-A. A instalação de qualquer ou reformados pelo poder público, com
mobiliário urbano em área de circulação vistas a garantir acessibilidade da pessoa
comum para pedestre que ofereça risco de com deficiência ou com mobilidade
acidente à pessoa com deficiência deverá reduzida a todas as rotas e vias existentes,
ser indicada mediante sinalização tátil de inclusive as que concentrem os focos
geradores de maior circulação de

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pedestres, como os órgãos públicos e os ......................................................................


locais de prestação de serviços públicos e .......................
privados de saúde, educação, assistência
social, esporte, cultura, correios e §
telégrafos, bancos, entre outros, sempre 1º .................................................................
que possível de maneira integrada com os .............
sistemas de transporte coletivo de
passageiros.” (NR)
§ 2º A pessoa com deficiência poderá
testemunhar em igualdade de condições
Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de com as demais pessoas, sendo-lhe
janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a assegurados todos os recursos de
vigorar com as seguintes alterações: tecnologia assistiva.” (NR)

“Art. 3º São absolutamente incapazes de “Art. 1.518 . Até a celebração do


exercer pessoalmente os atos da vida civil casamento podem os pais ou tutores
os menores de 16 (dezesseis) anos. revogar a autorização.” (NR)

I - (Revogado); “Art. 1.548.


...................................................................
II - (Revogado);
I - (Revogado);
III - (Revogado).” (NR)
......................................................................
“Art. 4º São incapazes, relativamente a ..............” (NR)
certos atos ou à maneira de os exercer:
“Art. 1.550.
...................................................................... ..................................................................
...............
......................................................................
II - os ébrios habituais e os viciados em .......................
tóxico;
§
III - aqueles que, por causa transitória ou 1º .................................................................
permanente, não puderem exprimir sua .............
vontade;
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou
...................................................................... intelectual em idade núbia poderá contrair
....................... matrimônio, expressando sua vontade
diretamente ou por meio de seu
Parágrafo único . A capacidade dos responsável ou curador.” (NR)
indígenas será regulada por legislação
especial.” (NR) “Art. 1.557.
................................................................
“Art. 228.
..................................................................... ......................................................................
......................
......................................................................
....................... III - a ignorância, anterior ao casamento, de
defeito físico irremediável que não
II - (Revogado); caracterize deficiência ou de moléstia grave
e transmissível, por contágio ou por
herança, capaz de pôr em risco a saúde do
III - (Revogado);
outro cônjuge ou de sua descendência;

IV - (Revogado).” (NR)

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“Art. 1.767. de conflito de interesses e de influência


.................................................................. indevida, a proporcionalidade e a
adequação às circunstâncias da pessoa.”
I - aqueles que, por causa transitória ou (NR)
permanente, não puderem exprimir sua
vontade; “Art. 1.775-A . Na nomeação de curador
para a pessoa com deficiência, o juiz
II - (Revogado); poderá estabelecer curatela compartilhada
a mais de uma pessoa.”
III - os ébrios habituais e os viciados em
tóxico; “Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I
do art. 1.767 receberão todo o apoio
necessário para ter preservado o direito à
IV - (Revogado);
convivência familiar e comunitária, sendo
evitado o seu recolhimento em
...................................................................... estabelecimento que os afaste desse
..............” (NR) convívio.” (NR)

“Art. 1.768. O processo que define os Art. 115. O Título IV do Livro IV da


termos da curatela deve ser promovido: Parte Especial da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a
...................................................................... vigorar com a seguinte redação:
.......................
“TÍTULO IV
IV - pela própria pessoa.” (NR)
Da Tutela, da Curatela e da Tomada de
“Art. 1.769 . O Ministério Público somente Decisão Apoiada”
promoverá o processo que define os
termos da curatela: Art. 116. O Título IV do Livro IV da
Parte Especial da Lei nº 10.406, de 10 de
I - nos casos de deficiência mental ou janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a
intelectual; vigorar acrescido do seguinte Capítulo III:

...................................................................... “CAPÍTULO III


......................
Da Tomada de Decisão Apoiada
III - se, existindo, forem menores ou
incapazes as pessoas mencionadas no
inciso II.” (NR) Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada
é o processo pelo qual a pessoa com
deficiência elege pelo menos 2 (duas)
“Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca pessoas idôneas, com as quais mantenha
dos termos da curatela, o juiz, que deverá vínculos e que gozem de sua confiança,
ser assistido por equipe multidisciplinar, para prestar-lhe apoio na tomada de
entrevistará pessoalmente o interditando.” decisão sobre atos da vida civil,
(NR) fornecendo-lhes os elementos e
informações necessários para que possa
“Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as exercer sua capacidade.
potencialidades da pessoa, os limites da
curatela, circunscritos às restrições § 1º Para formular pedido de tomada de
constantes do art. 1.782, e indicará decisão apoiada, a pessoa com deficiência
curador. e os apoiadores devem apresentar termo
em que constem os limites do apoio a ser
Parágrafo único. Para a escolha do oferecido e os compromissos dos
curador, o juiz levará em conta a vontade e apoiadores, inclusive o prazo de vigência
as preferências do interditando, a ausência do acordo e o respeito à vontade, aos

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direitos e aos interesses da pessoa que § 11. Aplicam-se à tomada de decisão


devem apoiar. apoiada, no que couber, as disposições
referentes à prestação de contas na
§ 2º O pedido de tomada de decisão curatela.”
apoiada será requerido pela pessoa a ser
apoiada, com indicação expressa das Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de
pessoas aptas a prestarem o apoio previsto 27 de junho de 2005 , passa a vigorar com
no caput deste artigo. a seguinte redação:

§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido “Art. 1º É assegurado à pessoa com


de tomada de decisão apoiada, o juiz, deficiência visual acompanhada de
assistido por equipe multidisciplinar, após cão-guia o direito de ingressar e de
oitiva do Ministério Público, ouvirá permanecer com o animal em todos os
pessoalmente o requerente e as pessoas meios de transporte e em estabelecimentos
que lhe prestarão apoio. abertos ao público, de uso público e
privados de uso coletivo, desde que
§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada observadas as condições impostas por esta
terá validade e efeitos sobre terceiros, sem Lei.
restrições, desde que esteja inserida nos
limites do apoio acordado. ......................................................................
.......................
§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada
mantenha relação negocial pode solicitar § 2º O disposto no caput deste artigo
que os apoiadores contra-assinem o aplica-se a todas as modalidades e
contrato ou acordo, especificando, por jurisdições do serviço de transporte coletivo
escrito, sua função em relação ao apoiado. de passageiros, inclusive em esfera
internacional com origem no território
§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa brasileiro.” (NR)
trazer risco ou prejuízo relevante, havendo
divergência de opiniões entre a pessoa Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei
apoiada e um dos apoiadores, deverá o nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009 , passa
juiz, ouvido o Ministério Público, decidir a vigorar acrescido da seguinte alínea “k”:
sobre a questão.
“Art. 46.
§ 7º Se o apoiador agir com negligência, ......................................................................
exercer pressão indevida ou não adimplir
as obrigações assumidas, poderá a pessoa ......................................................................
apoiada ou qualquer pessoa apresentar .....................
denúncia ao Ministério Público ou ao juiz.
IV -
§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz ......................................................................
destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a ........
pessoa apoiada e se for de seu interesse,
outra pessoa para prestação de apoio.
......................................................................
.....................
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer
tempo, solicitar o término de acordo
k) de acessibilidade a todas as pessoas.
firmado em processo de tomada de decisão
apoiada.
......................................................................
...........” (NR)
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a
exclusão de sua participação do processo
de tomada de decisão apoiada, sendo seu Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de
desligamento condicionado à manifestação janeiro de 2012 , passa a vigorar acrescida
do juiz sobre a matéria. do seguinte art. 12-B:

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“Art. 12-B. Na outorga de exploração de favorecido a ser dispensado às


serviço de táxi, reservar-se-ão 10% (dez microempresas e às empresas de pequeno
por cento) das vagas para condutores com porte, previsto no § 3º do art. 1º da Lei
deficiência. Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006 .
§ 1º Para concorrer às vagas reservadas
na forma do caput deste artigo, o condutor Art. 123. Revogam-se os seguintes
com deficiência deverá observar os dispositivos: (Vigência)
seguintes requisitos quanto ao veículo
utilizado: I - o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei
nº 9.008, de 21 de março de 1995 ;
I - ser de sua propriedade e por ele
conduzido; e II - os incisos I, II e III do art. 3º da Lei
nº 10.406, de 10 de janeiro de
II - estar adaptado às suas necessidades, 2002 (Código Civil);
nos termos da legislação vigente.
III - os incisos II e III do art. 228 da
§ 2º No caso de não preenchimento das Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
vagas na forma estabelecida 2002 (Código Civil);
no caput deste artigo, as remanescentes
devem ser disponibilizadas para os demais IV - o inciso I do art. 1.548 da Lei nº
concorrentes.” 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil);
Art. 120. Cabe aos órgãos
competentes, em cada esfera de governo, V - o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº
a elaboração de relatórios circunstanciados 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
sobre o cumprimento dos prazos Civil);
estabelecidos por força das Leis nº 10.048,
de 8 de novembro de 2000 , e nº 10.098,
VI - os incisos II e IV do art. 1.767 da
de 19 de dezembro de 2000 , bem como o
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
seu encaminhamento ao Ministério Público
2002 (Código Civil);
e aos órgãos de regulação para adoção
das providências cabíveis.
VII - os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Parágrafo único. Os relatórios a que
Civil).
se refere o caput deste artigo deverão ser
apresentados no prazo de 1 (um) ano a
contar da entrada em vigor desta Lei. Art. 124. O § 1º do art. 2º desta
Lei deverá entrar em vigor em até 2 (dois)
anos, contados da entrada em vigor desta
Art. 121. Os direitos, os prazos e as
Lei.
obrigações previstos nesta Lei não excluem
os já estabelecidos em outras legislações,
inclusive em pactos, tratados, convenções Art. 125. Devem ser observados os
e declarações internacionais aprovados e prazos a seguir discriminados, a partir da
promulgados pelo Congresso Nacional, e entrada em vigor desta Lei, para o
devem ser aplicados em conformidade com cumprimento dos seguintes dispositivos:
as demais normas internas e acordos
internacionais vinculantes sobre a matéria. I - incisos I e II do § 2º do art. 28 , 48
(quarenta e oito) meses;
Parágrafo único. Prevalecerá a
norma mais benéfica à pessoa com II - § 6º do art. 44 , 48 (quarenta e
deficiência. oito) meses;
II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta)
Art. 122. Regulamento disporá sobre meses; (Redação dada pela Medida
a adequação do disposto nesta Lei ao Provisória nº 917, de 2019)
tratamento diferenciado, simplificado e

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II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta)


meses; (Redação dada pela Lei nº
14.009, de 2020)
II - § 6º do art. 44, 84 (oitenta e
quatro) meses; (Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.025, de 2020)

II - § 6º do art. 44, 84 (oitenta e


quatro) meses; (Redação dada pela Lei
nº 14.159, de 2021)

III - art. 45 , 24 (vinte e quatro)


meses;

IV - art. 49 , 48 (quarenta e oito)


meses.

Art. 126. Prorroga-se até 31 de


dezembro de 2021 a vigência da Lei nº
8.989, de 24 de fevereiro de 1995 .

Art. 127. Esta Lei entra em vigor após LEI Nº 8.078, DE 11 DE


decorridos 180 (cento e oitenta) dias de
sua publicação oficial . SETEMBRO DE 1990.
Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da
Independência e 127º da República. Vigência
Mensagem de veto
Regulamento
DILMA ROUSSEF
Regulamento
Marivaldo de Castro Pereira
Regulamento
Joaquim Vieira Ferreira Levy
(Vide Decreto nº 2.181,
Renato Janine Ribeiro
de 1997) Dispõe sobre a
Armando Monteiro
proteção do
Nelson Barbosa
Gilberto Kassab (Vide pela Lei nº consumidor e dá
Luis Inácio Lucena Adams 13.425, deoutras
Gilberto José Spier Vargas 2017) (Vigência) providências.
Guilherme Afif Domingos
(Vide Decreto nº
Este texto não substitui o publicado no 11.034, de
DOU de 7.7.2015 2022) (Vigência)

* Regulamento Vigência

O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:

TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

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Art. 1° O presente código estabelece II - ação governamental no sentido de


normas de proteção e defesa do proteger efetivamente o consumidor:
consumidor, de ordem pública e interesse
social, nos termos dos arts. 5°, inciso a) por iniciativa direta;
XXXII, 170, inciso V, da Constituição
Federal e art. 48 de suas Disposições
b) por incentivos à criação e
Transitórias.
desenvolvimento de associações
representativas;
Art. 2° Consumidor é toda pessoa
física ou jurídica que adquire ou utiliza
c) pela presença do Estado no
produto ou serviço como destinatário final.
mercado de consumo;

Parágrafo único. Equipara-se a


d) pela garantia dos produtos e
consumidor a coletividade de pessoas,
serviços com padrões adequados de
ainda que indetermináveis, que haja
qualidade, segurança, durabilidade e
intervindo nas relações de consumo.
desempenho.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa


III - harmonização dos interesses dos
física ou jurídica, pública ou privada,
participantes das relações de consumo e
nacional ou estrangeira, bem como os
compatibilização da proteção do
entes despersonalizados, que desenvolvem
consumidor com a necessidade de
atividade de produção, montagem, criação,
desenvolvimento econômico e tecnológico,
construção, transformação, importação,
de modo a viabilizar os princípios nos quais
exportação, distribuição ou comercialização
se funda a ordem econômica (art. 170, da
de produtos ou prestação de serviços.
Constituição Federal), sempre com base na
boa-fé e equilíbrio nas relações entre
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel consumidores e fornecedores;
ou imóvel, material ou imaterial.
IV - educação e informação de
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecedores e consumidores, quanto aos
fornecida no mercado de consumo, seus direitos e deveres, com vistas à
mediante remuneração, inclusive as de melhoria do mercado de consumo;
natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das
V - incentivo à criação pelos
relações de caráter trabalhista.
fornecedores de meios eficientes de
controle de qualidade e segurança de
CAPÍTULO II produtos e serviços, assim como de
Da Política Nacional de Relações de mecanismos alternativos de solução de
Consumo conflitos de consumo;

Art. 4º A Política Nacional das VI - coibição e repressão eficientes de


Relações de Consumo tem por objetivo o todos os abusos praticados no mercado de
atendimento das necessidades dos consumo, inclusive a concorrência desleal
consumidores, o respeito à sua dignidade, e utilização indevida de inventos e criações
saúde e segurança, a proteção de seus industriais das marcas e nomes comerciais
interesses econômicos, a melhoria da sua e signos distintivos, que possam causar
qualidade de vida, bem como a prejuízos aos consumidores;
transparência e harmonia das relações de
consumo, atendidos os seguintes
VII - racionalização e melhoria dos
princípios: (Redação dada pela Lei
serviços públicos;
nº 9.008, de 21.3.1995)
VIII - estudo constante das
I - reconhecimento da vulnerabilidade
modificações do mercado de consumo.
do consumidor no mercado de consumo;

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IX - fomento de ações direcionadas à CAPÍTULO III


educação financeira e ambiental dos Dos Direitos Básicos do Consumidor
consumidores; (Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021) Art. 6º São direitos básicos do
consumidor:
X - prevenção e tratamento do
superendividamento como forma de evitar
I - a proteção da vida, saúde e
a exclusão social do
segurança contra os riscos provocados por
consumidor. (Incluído pela Lei nº
práticas no fornecimento de produtos e
14.181, de 2021)
serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Art. 5° Para a execução da Política
Nacional das Relações de Consumo,
II - a educação e divulgação sobre o
contará o poder público com os seguintes
consumo adequado dos produtos e
instrumentos, entre outros:
serviços, asseguradas a liberdade de
escolha e a igualdade nas contratações;
I - manutenção de assistência jurídica,
integral e gratuita para o consumidor
III - a informação adequada e clara
carente;
sobre os diferentes produtos e serviços,
com especificação correta de quantidade,
II - instituição de Promotorias de características, composição, qualidade,
Justiça de Defesa do Consumidor, no tributos incidentes e preço, bem como
âmbito do Ministério Público; sobre os riscos que
apresentem; (Redação dada pela
III - criação de delegacias de polícia Lei nº 12.741, de 2012) Vigência
especializadas no atendimento de
consumidores vítimas de infrações penais IV - a proteção contra a publicidade
de consumo; enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra
IV - criação de Juizados Especiais de práticas e cláusulas abusivas ou impostas
Pequenas Causas e Varas Especializadas no fornecimento de produtos e serviços;
para a solução de litígios de consumo;
V - a modificação das cláusulas
V - concessão de estímulos à criação contratuais que estabeleçam prestações
e desenvolvimento das Associações de desproporcionais ou sua revisão em razão
Defesa do Consumidor. de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;
VI - instituição de mecanismos de
prevenção e tratamento extrajudicial e VI - a efetiva prevenção e reparação
judicial do superendividamento e de de danos patrimoniais e morais, individuais,
proteção do consumidor pessoa coletivos e difusos;
natural; (Incluído pela Lei nº 14.181, de
2021) VII - o acesso aos órgãos judiciários e
administrativos com vistas à prevenção ou
VII - instituição de núcleos de reparação de danos patrimoniais e morais,
conciliação e mediação de conflitos individuais, coletivos ou difusos,
oriundos de assegurada a proteção Jurídica,
superendividamento. (Incluído pela Lei nº administrativa e técnica aos necessitados;
14.181, de 2021)
VIII - a facilitação da defesa de seus
§ 1° (Vetado). direitos, inclusive com a inversão do ônus
da prova, a seu favor, no processo civil,
§ 2º (Vetado). quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de
experiências;

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IX - (Vetado); Art. 8° Os produtos e serviços


colocados no mercado de consumo não
X - a adequada e eficaz prestação dos acarretarão riscos à saúde ou segurança
serviços públicos em geral. dos consumidores, exceto os considerados
normais e previsíveis em decorrência de
sua natureza e fruição, obrigando-se os
XI - a garantia de práticas de crédito
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar
responsável, de educação financeira e de
as informações necessárias e adequadas a
prevenção e tratamento de situações de
seu respeito.
superendividamento, preservado o mínimo
existencial, nos termos da regulamentação,
por meio da revisão e da repactuação da § 1º Em se tratando de produto
dívida, entre outras medidas; (Incluído industrial, ao fabricante cabe prestar as
pela Lei nº 14.181, de 2021) informações a que se refere este artigo,
através de impressos apropriados que
XII - a preservação do mínimo devam acompanhar o produto. (Redação
existencial, nos termos da regulamentação, dada pela Lei nº 13.486, de 2017)
na repactuação de dívidas e na concessão
de crédito; (Incluído pela Lei nº 14.181, § 2º O fornecedor deverá higienizar
de 2021) os equipamentos e utensílios utilizados no
fornecimento de produtos ou serviços, ou
XIII - a informação acerca dos preços colocados à disposição do consumidor, e
dos produtos por unidade de medida, tal informar, de maneira ostensiva e
como por quilo, por litro, por metro ou por adequada, quando for o caso, sobre o risco
outra unidade, conforme o de contaminação. (Incluído pela Lei nº
caso. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 13.486, de 2017)
2021)
Art. 9° O fornecedor de produtos e
Parágrafo único. A informação de que serviços potencialmente nocivos ou
trata o inciso III do caput deste artigo deve perigosos à saúde ou segurança deverá
ser acessível à pessoa com deficiência, informar, de maneira ostensiva e
observado o disposto em adequada, a respeito da sua nocividade ou
regulamento. (Incluído pela Lei nº periculosidade, sem prejuízo da adoção de
13.146, de 2015) (Vigência) outras medidas cabíveis em cada caso
concreto.
Art. 7° Os direitos previstos neste
código não excluem outros decorrentes de Art. 10. O fornecedor não poderá
tratados ou convenções internacionais de colocar no mercado de consumo produto
que o Brasil seja signatário, da legislação ou serviço que sabe ou deveria saber
interna ordinária, de regulamentos apresentar alto grau de nocividade ou
expedidos pelas autoridades periculosidade à saúde ou segurança.
administrativas competentes, bem como
dos que derivem dos princípios gerais do § 1° O fornecedor de produtos e
direito, analogia, costumes e eqüidade. serviços que, posteriormente à sua
introdução no mercado de consumo, tiver
Parágrafo único. Tendo mais de um conhecimento da periculosidade que
autor a ofensa, todos responderão apresentem, deverá comunicar o fato
solidariamente pela reparação dos danos imediatamente às autoridades competentes
previstos nas normas de consumo. e aos consumidores, mediante anúncios
publicitários.
CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da § 2° Os anúncios publicitários a que
Prevenção e da Reparação dos Danos se refere o parágrafo anterior serão
veiculados na imprensa, rádio e televisão,
SEÇÃO I às expensas do fornecedor do produto ou
Da Proteção à Saúde e Segurança serviço.

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§ 3° Sempre que tiverem Art. 13. O comerciante é igualmente


conhecimento de periculosidade de responsável, nos termos do artigo anterior,
produtos ou serviços à saúde ou segurança quando:
dos consumidores, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios deverão I - o fabricante, o construtor, o
informá-los a respeito. produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
Art. 11. (Vetado).
II - o produto for fornecido sem
SEÇÃO II identificação clara do seu fabricante,
Da Responsabilidade pelo Fato do produtor, construtor ou importador;
Produto e do Serviço
III - não conservar adequadamente os
Art. 12. O fabricante, o produtor, o produtos perecíveis.
construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente Parágrafo único. Aquele que efetivar o
da existência de culpa, pela reparação dos pagamento ao prejudicado poderá exercer
danos causados aos consumidores por o direito de regresso contra os demais
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, responsáveis, segundo sua participação na
construção, montagem, fórmulas, causação do evento danoso.
manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem
Art. 14. O fornecedor de serviços
como por informações insuficientes ou
responde, independentemente da
inadequadas sobre sua utilização e riscos.
existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por
§ 1° O produto é defeituoso quando defeitos relativos à prestação dos serviços,
não oferece a segurança que dele bem como por informações insuficientes ou
legitimamente se espera, levando-se em inadequadas sobre sua fruição e riscos.
consideração as circunstâncias relevantes,
entre as quais:
§ 1° O serviço é defeituoso quando
não fornece a segurança que o consumidor
I - sua apresentação; dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes,
II - o uso e os riscos que entre as quais:
razoavelmente dele se esperam;
I - o modo de seu fornecimento;
III - a época em que foi colocado em
circulação. II - o resultado e os riscos que
razoavelmente dele se esperam;
§ 2º O produto não é considerado
defeituoso pelo fato de outro de melhor III - a época em que foi fornecido.
qualidade ter sido colocado no mercado.
§ 2º O serviço não é considerado
§ 3° O fabricante, o construtor, o defeituoso pela adoção de novas técnicas.
produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:
§ 3° O fornecedor de serviços só não
será responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no
mercado;
I - que, tendo prestado o serviço, o
defeito inexiste;
II - que, embora haja colocado o
produto no mercado, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor
ou de terceiro.
III - a culpa exclusiva do consumidor
ou de terceiro.

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§ 4° A responsabilidade pessoal dos § 3° O consumidor poderá fazer uso


profissionais liberais será apurada imediato das alternativas do § 1° deste
mediante a verificação de culpa. artigo sempre que, em razão da extensão
do vício, a substituição das partes viciadas
Art. 15. (Vetado). puder comprometer a qualidade ou
características do produto, diminuir-lhe o
valor ou se tratar de produto essencial.
Art. 16. (Vetado).

§ 4° Tendo o consumidor optado pela


Art. 17. Para os efeitos desta Seção,
alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e
equiparam-se aos consumidores todas as
não sendo possível a substituição do bem,
vítimas do evento.
poderá haver substituição por outro de
espécie, marca ou modelo diversos,
SEÇÃO III mediante complementação ou restituição
Da Responsabilidade por Vício do de eventual diferença de preço, sem
Produto e do Serviço prejuízo do disposto nos incisos II e III do §
1° deste artigo.
Art. 18. Os fornecedores de produtos
de consumo duráveis ou não duráveis § 5° No caso de fornecimento de
respondem solidariamente pelos vícios de produtos in natura, será responsável
qualidade ou quantidade que os tornem perante o consumidor o fornecedor
impróprios ou inadequados ao consumo a imediato, exceto quando identificado
que se destinam ou lhes diminuam o valor, claramente seu produtor.
assim como por aqueles decorrentes da
disparidade, com a indicações constantes
§ 6° São impróprios ao uso e
do recipiente, da embalagem, rotulagem ou
consumo:
mensagem publicitária, respeitadas as
variações decorrentes de sua natureza,
podendo o consumidor exigir a substituição I - os produtos cujos prazos de
das partes viciadas. validade estejam vencidos;

§ 1° Não sendo o vício sanado no II - os produtos deteriorados,


prazo máximo de trinta dias, pode o alterados, adulterados, avariados,
consumidor exigir, alternativamente e à sua falsificados, corrompidos, fraudados,
escolha: nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou,
ainda, aqueles em desacordo com as
normas regulamentares de fabricação,
I - a substituição do produto por outro
distribuição ou apresentação;
da mesma espécie, em perfeitas condições
de uso;
III - os produtos que, por qualquer
motivo, se revelem inadequados ao fim a
II - a restituição imediata da quantia
que se destinam.
paga, monetariamente atualizada, sem
prejuízo de eventuais perdas e danos;
Art. 19. Os fornecedores respondem
solidariamente pelos vícios de quantidade
III - o abatimento proporcional do
do produto sempre que, respeitadas as
preço.
variações decorrentes de sua natureza, seu
conteúdo líquido for inferior às indicações
§ 2° Poderão as partes convencionar constantes do recipiente, da embalagem,
a redução ou ampliação do prazo previsto rotulagem ou de mensagem publicitária,
no parágrafo anterior, não podendo ser podendo o consumidor exigir,
inferior a sete nem superior a cento e alternativamente e à sua escolha:
oitenta dias. Nos contratos de adesão, a
cláusula de prazo deverá ser
convencionada em separado, por meio de I - o abatimento proporcional do preço;
manifestação expressa do consumidor.
II - complementação do peso ou
medida;

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III - a substituição do produto por outro salvo, quanto a estes últimos, autorização
da mesma espécie, marca ou modelo, sem em contrário do consumidor.
os aludidos vícios;
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou
IV - a restituição imediata da quantia suas empresas, concessionárias,
paga, monetariamente atualizada, sem permissionárias ou sob qualquer outra
prejuízo de eventuais perdas e danos. forma de empreendimento, são obrigados a
fornecer serviços adequados, eficientes,
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto seguros e, quanto aos essenciais,
no § 4° do artigo anterior. contínuos.

§ 2° O fornecedor imediato será Parágrafo único. Nos casos de


responsável quando fizer a pesagem ou a descumprimento, total ou parcial, das
medição e o instrumento utilizado não obrigações referidas neste artigo, serão as
estiver aferido segundo os padrões oficiais. pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las
e a reparar os danos causados, na forma
prevista neste código.
Art. 20. O fornecedor de serviços
responde pelos vícios de qualidade que os
tornem impróprios ao consumo ou lhes Art. 23. A ignorância do fornecedor
diminuam o valor, assim como por aqueles sobre os vícios de qualidade por
decorrentes da disparidade com as inadequação dos produtos e serviços não o
indicações constantes da oferta ou exime de responsabilidade.
mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua Art. 24. A garantia legal de adequação
escolha: do produto ou serviço independe de termo
expresso, vedada a exoneração contratual
I - a reexecução dos serviços, sem do fornecedor.
custo adicional e quando cabível;
Art. 25. É vedada a estipulação
II - a restituição imediata da quantia contratual de cláusula que impossibilite,
paga, monetariamente atualizada, sem exonere ou atenue a obrigação de
prejuízo de eventuais perdas e danos; indenizar prevista nesta e nas seções
anteriores.
III - o abatimento proporcional do
preço. § 1° Havendo mais de um responsável
pela causação do dano, todos responderão
solidariamente pela reparação prevista
§ 1° A reexecução dos serviços
nesta e nas seções anteriores.
poderá ser confiada a terceiros
devidamente capacitados, por conta e risco
do fornecedor. § 2° Sendo o dano causado por
componente ou peça incorporada ao
produto ou serviço, são responsáveis
§ 2° São impróprios os serviços que
se mostrem inadequados para os fins que solidários seu fabricante, construtor ou
importador e o que realizou a incorporação.
razoavelmente deles se esperam, bem
como aqueles que não atendam as normas
regulamentares de prestabilidade. SEÇÃO IV
Da Decadência e da Prescrição
Art. 21. No fornecimento de serviços
que tenham por objetivo a reparação de Art. 26. O direito de reclamar pelos
qualquer produto considerar-se-á implícita vícios aparentes ou de fácil constatação
a obrigação do fornecedor de empregar caduca em:
componentes de reposição originais
adequados e novos, ou que mantenham as I - trinta dias, tratando-se de
especificações técnicas do fabricante, fornecimento de serviço e de produtos não
duráveis;

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II - noventa dias, tratando-se de controladas, são subsidiariamente


fornecimento de serviço e de produtos responsáveis pelas obrigações decorrentes
duráveis. deste código.

§ 1° Inicia-se a contagem do prazo § 3° As sociedades consorciadas são


decadencial a partir da entrega efetiva do solidariamente responsáveis pelas
produto ou do término da execução dos obrigações decorrentes deste código.
serviços.
§ 4° As sociedades coligadas só
§ 2° Obstam a decadência: responderão por culpa.

I - a reclamação comprovadamente § 5° Também poderá ser


formulada pelo consumidor perante o desconsiderada a pessoa jurídica sempre
fornecedor de produtos e serviços até a que sua personalidade for, de alguma
resposta negativa correspondente, que forma, obstáculo ao ressarcimento de
deve ser transmitida de forma inequívoca; prejuízos causados aos consumidores.

II - (Vetado). CAPÍTULO V
Das Práticas Comerciais
III - a instauração de inquérito civil, até
seu encerramento. SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o
prazo decadencial inicia-se no momento Art. 29. Para os fins deste Capítulo e
em que ficar evidenciado o defeito. do seguinte, equiparam-se aos
consumidores todas as pessoas
Art. 27. Prescreve em cinco anos a determináveis ou não, expostas às práticas
pretensão à reparação pelos danos nele previstas.
causados por fato do produto ou do serviço
prevista na Seção II deste Capítulo, SEÇÃO II
iniciando-se a contagem do prazo a partir Da Oferta
do conhecimento do dano e de sua autoria.
Art. 30. Toda informação ou
Parágrafo único. (Vetado). publicidade, suficientemente precisa,
veiculada por qualquer forma ou meio de
SEÇÃO V comunicação com relação a produtos e
Da Desconsideração da Personalidade serviços oferecidos ou apresentados,
Jurídica obriga o fornecedor que a fizer veicular ou
dela se utilizar e integra o contrato que vier
a ser celebrado.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a
personalidade jurídica da sociedade
quando, em detrimento do consumidor, Art. 31. A oferta e apresentação de
houver abuso de direito, excesso de poder, produtos ou serviços devem assegurar
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação informações corretas, claras, precisas,
dos estatutos ou contrato social. A ostensivas e em língua portuguesa sobre
desconsideração também será efetivada suas características, qualidades,
quando houver falência, estado de quantidade, composição, preço, garantia,
insolvência, encerramento ou inatividade prazos de validade e origem, entre outros
da pessoa jurídica provocados por má dados, bem como sobre os riscos que
administração. apresentam à saúde e segurança dos
consumidores.
§ 1° (Vetado).
Parágrafo único. As informações de
§ 2° As sociedades integrantes dos que trata este artigo, nos produtos
refrigerados oferecidos ao consumidor,
grupos societários e as sociedades

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serão gravadas de forma Art. 36. A publicidade deve ser


indelével. (Incluído pela Lei nº veiculada de tal forma que o consumidor,
11.989, de 2009) fácil e imediatamente, a identifique como
tal.
Art. 32. Os fabricantes e importadores
deverão assegurar a oferta de Parágrafo único. O fornecedor, na
componentes e peças de reposição publicidade de seus produtos ou serviços,
enquanto não cessar a fabricação ou manterá, em seu poder, para informação
importação do produto. dos legítimos interessados, os dados
fáticos, técnicos e científicos que dão
Parágrafo único. Cessadas a sustentação à mensagem.
produção ou importação, a oferta deverá
ser mantida por período razoável de tempo, Art. 37. É proibida toda publicidade
na forma da lei. enganosa ou abusiva.

Art. 33. Em caso de oferta ou venda § 1° É enganosa qualquer modalidade


por telefone ou reembolso postal, deve de informação ou comunicação de caráter
constar o nome do fabricante e endereço publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
na embalagem, publicidade e em todos os ou, por qualquer outro modo, mesmo por
impressos utilizados na transação omissão, capaz de induzir em erro o
comercial. consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade,
Parágrafo único. É propriedades, origem, preço e quaisquer
proibida a publicidade de bens e serviços outros dados sobre produtos e serviços.
por telefone, quando a chamada for
onerosa ao consumidor que a § 2° É abusiva, dentre outras a
origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, publicidade discriminatória de qualquer
de 2008). natureza, a que incite à violência, explore o
medo ou a superstição, se aproveite da
Art. 34. O fornecedor do produto ou deficiência de julgamento e experiência da
serviço é solidariamente responsável pelos criança, desrespeita valores ambientais, ou
atos de seus prepostos ou representantes que seja capaz de induzir o consumidor a
autônomos. se comportar de forma prejudicial ou
perigosa à sua saúde ou segurança.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos
ou serviços recusar cumprimento à oferta, § 3° Para os efeitos deste código, a
apresentação ou publicidade, o consumidor publicidade é enganosa por omissão
poderá, alternativamente e à sua livre quando deixar de informar sobre dado
escolha: essencial do produto ou serviço.

I - exigir o cumprimento forçado da § 4° (Vetado).


obrigação, nos termos da oferta,
apresentação ou publicidade; Art. 38. O ônus da prova da
veracidade e correção da informação ou
II - aceitar outro produto ou prestação comunicação publicitária cabe a quem as
de serviço equivalente; patrocina.

III - rescindir o contrato, com direito à SEÇÃO IV


restituição de quantia eventualmente Das Práticas Abusivas
antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos. Art. 39. É vedado ao fornecedor de
produtos ou serviços, dentre outras práticas
SEÇÃO III abusivas: (Redação dada pela Lei nº
Da Publicidade 8.884, de 11.6.1994)

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I - condicionar o fornecimento de XI - Dispositivo incluído pela MPV nº


produto ou de serviço ao fornecimento de 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em
outro produto ou serviço, bem como, sem inciso XIII, quando da conversão na Lei nº
justa causa, a limites quantitativos; 9.870, de 23.11.1999

II - recusar atendimento às demandas XII - deixar de estipular prazo para o


dos consumidores, na exata medida de cumprimento de sua obrigação ou deixar a
suas disponibilidades de estoque, e, ainda, fixação de seu termo inicial a seu exclusivo
de conformidade com os usos e costumes; critério. (Incluído pela Lei nº 9.008,
de 21.3.1995)
III - enviar ou entregar ao consumidor,
sem solicitação prévia, qualquer produto, XIII - aplicar fórmula ou índice de
ou fornecer qualquer serviço; reajuste diverso do legal ou
contratualmente
IV - prevalecer-se da fraqueza ou estabelecido. (Incluído pela Lei nº
ignorância do consumidor, tendo em vista 9.870, de 23.11.1999)
sua idade, saúde, conhecimento ou
condição social, para impingir-lhe seus XIV - permitir o ingresso em
produtos ou serviços; estabelecimentos comerciais ou de
serviços de um número maior de
V - exigir do consumidor vantagem consumidores que o fixado pela autoridade
manifestamente excessiva; administrativa como
máximo. (Incluído pela Lei nº
13.425, de 2017)
VI - executar serviços sem a prévia
elaboração de orçamento e autorização
expressa do consumidor, ressalvadas as Parágrafo único. Os serviços
decorrentes de práticas anteriores entre as prestados e os produtos remetidos ou
partes; entregues ao consumidor, na hipótese
prevista no inciso III, equiparam-se às
VII - repassar informação depreciativa, amostras grátis, inexistindo obrigação de
pagamento.
referente a ato praticado pelo consumidor
no exercício de seus direitos;
Art. 40. O fornecedor de serviço será
VIII - colocar, no mercado de obrigado a entregar ao consumidor
orçamento prévio discriminando o valor da
consumo, qualquer produto ou serviço em
mão-de-obra, dos materiais e
desacordo com as normas expedidas pelos
equipamentos a serem empregados, as
órgãos oficiais competentes ou, se normas
condições de pagamento, bem como as
específicas não existirem, pela Associação
datas de início e término dos serviços.
Brasileira de Normas Técnicas ou outra
entidade credenciada pelo Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e § 1º Salvo estipulação em contrário, o
Qualidade Industrial (Conmetro); valor orçado terá validade pelo prazo de
dez dias, contado de seu recebimento pelo
consumidor.
IX - recusar a venda de bens ou a
prestação de serviços, diretamente a quem
se disponha a adquiri-los mediante pronto § 2° Uma vez aprovado pelo
pagamento, ressalvados os casos de consumidor, o orçamento obriga os
intermediação regulados em leis contraentes e somente pode ser alterado
especiais; (Redação dada pela Lei mediante livre negociação das partes.
nº 8.884, de 11.6.1994)
§ 3° O consumidor não responde por
X - elevar sem justa causa o preço de quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes
produtos ou serviços. (Incluído pela da contratação de serviços de terceiros não
Lei nº 8.884, de 11.6.1994) previstos no orçamento prévio.

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Art. 41. No caso de fornecimento de deverá ser comunicada por escrito ao


produtos ou de serviços sujeitos ao regime consumidor, quando não solicitada por ele.
de controle ou de tabelamento de preços,
os fornecedores deverão respeitar os § 3° O consumidor, sempre que
limites oficiais sob pena de não o fazendo, encontrar inexatidão nos seus dados e
responderem pela restituição da quantia cadastros, poderá exigir sua imediata
recebida em excesso, monetariamente correção, devendo o arquivista, no prazo
atualizada, podendo o consumidor exigir à de cinco dias úteis, comunicar a alteração
sua escolha, o desfazimento do negócio, aos eventuais destinatários das
sem prejuízo de outras sanções cabíveis. informações incorretas.

SEÇÃO V § 4° Os bancos de dados e cadastros


Da Cobrança de Dívidas relativos a consumidores, os serviços de
proteção ao crédito e congêneres são
Art. 42. Na cobrança de débitos, o considerados entidades de caráter público.
consumidor inadimplente não será exposto
a ridículo, nem será submetido a qualquer § 5° Consumada a prescrição relativa
tipo de constrangimento ou ameaça. à cobrança de débitos do consumidor, não
serão fornecidas, pelos respectivos
Parágrafo único. O consumidor Sistemas de Proteção ao Crédito,
cobrado em quantia indevida tem direito à quaisquer informações que possam impedir
repetição do indébito, por valor igual ao ou dificultar novo acesso ao crédito junto
dobro do que pagou em excesso, acrescido aos fornecedores.
de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável. § 6o Todas as informações de que
trata o caput deste artigo devem ser
Art. 42-A. Em todos os documentos disponibilizadas em formatos acessíveis,
de cobrança de débitos apresentados ao inclusive para a pessoa com deficiência,
consumidor, deverão constar o nome, o mediante solicitação do
endereço e o número de inscrição no consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no 2015) (Vigência)
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica –
CNPJ do fornecedor do produto ou serviço Art. 44. Os órgãos públicos de defesa
correspondente. (Incluído pela Lei do consumidor manterão cadastros
nº 12.039, de 2009) atualizados de reclamações
fundamentadas contra fornecedores de
SEÇÃO VI produtos e serviços, devendo divulgá-lo
Dos Bancos de Dados e Cadastros de pública e anualmente. A divulgação
Consumidores indicará se a reclamação foi atendida ou
não pelo fornecedor.
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo
do disposto no art. 86, terá acesso às § 1° É facultado o acesso às
informações existentes em cadastros, informações lá constantes para orientação
fichas, registros e dados pessoais e de e consulta por qualquer interessado.
consumo arquivados sobre ele, bem como
sobre as suas respectivas fontes. § 2° Aplicam-se a este artigo, no que
couber, as mesmas regras enunciadas no
§ 1° Os cadastros e dados de artigo anterior e as do parágrafo único do
consumidores devem ser objetivos, claros, art. 22 deste código.
verdadeiros e em linguagem de fácil
compreensão, não podendo conter Art. 45. (Vetado).
informações negativas referentes a período
superior a cinco anos.
CAPÍTULO VI
Da Proteção Contratual
§ 2° A abertura de cadastro, ficha,
registro e dados pessoais e de consumo

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SEÇÃO I SEÇÃO II
Disposições Gerais Das Cláusulas Abusivas

Art. 46. Os contratos que regulam as Art. 51. São nulas de pleno direito,
relações de consumo não obrigarão os entre outras, as cláusulas contratuais
consumidores, se não lhes for dada a relativas ao fornecimento de produtos e
oportunidade de tomar conhecimento serviços que:
prévio de seu conteúdo, ou se os
respectivos instrumentos forem redigidos I - impossibilitem, exonerem ou
de modo a dificultar a compreensão de seu atenuem a responsabilidade do fornecedor
sentido e alcance. por vícios de qualquer natureza dos
produtos e serviços ou impliquem renúncia
Art. 47. As cláusulas contratuais serão ou disposição de direitos. Nas relações de
interpretadas de maneira mais favorável ao consumo entre o fornecedor e o
consumidor. consumidor pessoa jurídica, a indenização
poderá ser limitada, em situações
Art. 48. As declarações de vontade justificáveis;
constantes de escritos particulares, recibos
e pré-contratos relativos às relações de II - subtraiam ao consumidor a opção
consumo vinculam o fornecedor, ensejando de reembolso da quantia já paga, nos
inclusive execução específica, nos termos casos previstos neste código;
do art. 84 e parágrafos.
III - transfiram responsabilidades a
Art. 49. O consumidor pode desistir do terceiros;
contrato, no prazo de 7 dias a contar de
sua assinatura ou do ato de recebimento IV - estabeleçam obrigações
do produto ou serviço, sempre que a consideradas iníquas, abusivas, que
contratação de fornecimento de produtos e coloquem o consumidor em desvantagem
serviços ocorrer fora do estabelecimento exagerada, ou sejam incompatíveis com a
comercial, especialmente por telefone ou a boa-fé ou a eqüidade;
domicílio.
V - (Vetado);
Parágrafo único. Se o consumidor
exercitar o direito de arrependimento VI - estabeleçam inversão do ônus da
previsto neste artigo, os valores
prova em prejuízo do consumidor;
eventualmente pagos, a qualquer título,
durante o prazo de reflexão, serão
devolvidos, de imediato, monetariamente VII - determinem a utilização
atualizados. compulsória de arbitragem;

Art. 50. A garantia contratual é VIII - imponham representante para


complementar à legal e será conferida concluir ou realizar outro negócio jurídico
mediante termo escrito. pelo consumidor;

Parágrafo único. O termo de garantia IX - deixem ao fornecedor a opção de


ou equivalente deve ser padronizado e concluir ou não o contrato, embora
esclarecer, de maneira adequada em que obrigando o consumidor;
consiste a mesma garantia, bem como a
forma, o prazo e o lugar em que pode ser X - permitam ao fornecedor, direta ou
exercitada e os ônus a cargo do indiretamente, variação do preço de
consumidor, devendo ser-lhe entregue, maneira unilateral;
devidamente preenchido pelo fornecedor,
no ato do fornecimento, acompanhado de XI - autorizem o fornecedor a cancelar
manual de instrução, de instalação e uso o contrato unilateralmente, sem que igual
do produto em linguagem didática, com direito seja conferido ao consumidor;
ilustrações.

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XII - obriguem o consumidor a § 2° A nulidade de uma cláusula


ressarcir os custos de cobrança de sua contratual abusiva não invalida o contrato,
obrigação, sem que igual direito lhe seja exceto quando de sua ausência, apesar
conferido contra o fornecedor; dos esforços de integração, decorrer ônus
excessivo a qualquer das partes.
XIII - autorizem o fornecedor a
modificar unilateralmente o conteúdo ou a § 3° (Vetado).
qualidade do contrato, após sua
celebração; § 4° É facultado a qualquer
consumidor ou entidade que o represente
XIV - infrinjam ou possibilitem a requerer ao Ministério Público que ajuíze a
violação de normas ambientais; competente ação para ser declarada a
nulidade de cláusula contratual que
XV - estejam em desacordo com o contrarie o disposto neste código ou de
sistema de proteção ao consumidor; qualquer forma não assegure o justo
equilíbrio entre direitos e obrigações das
partes.
XVI - possibilitem a renúncia do direito
de indenização por benfeitorias
necessárias. Art. 52. No fornecimento de produtos
ou serviços que envolva outorga de crédito
ou concessão de financiamento ao
XVII - condicionem ou limitem de
consumidor, o fornecedor deverá, entre
qualquer forma o acesso aos órgãos do
outros requisitos, informá-lo prévia e
Poder Judiciário; (Incluído pela Lei nº
adequadamente sobre:
14.181, de 2021)

XVIII - estabeleçam prazos de I - preço do produto ou serviço em


carência em caso de impontualidade das moeda corrente nacional;
prestações mensais ou impeçam o
restabelecimento integral dos direitos do II - montante dos juros de mora e da
consumidor e de seus meios de pagamento taxa efetiva anual de juros;
a partir da purgação da mora ou do acordo
com os credores; (Incluído pela Lei nº III - acréscimos legalmente previstos;
14.181, de 2021)
IV - número e periodicidade das
XIX - (VETADO). (Incluído pela
prestações;
Lei nº 14.181, de 2021)
V - soma total a pagar, com e sem
§ 1º Presume-se exagerada, entre
financiamento.
outros casos, a vantagem que:
§ 1° As multas de mora decorrentes
I - ofende os princípios fundamentais
do inadimplemento de obrigações no seu
do sistema jurídico a que pertence;
termo não poderão ser superiores a dois
por cento do valor da
II - restringe direitos ou obrigações prestação. (Redação dada pela Lei
fundamentais inerentes à natureza do nº 9.298, de 1º.8.1996)
contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto
ou equilíbrio contratual;
§ 2º É assegurado ao consumidor a
liquidação antecipada do débito, total ou
III - se mostra excessivamente parcialmente, mediante redução
onerosa para o consumidor, proporcional dos juros e demais
considerando-se a natureza e conteúdo do acréscimos.
contrato, o interesse das partes e outras
circunstâncias peculiares ao caso.
§ 3º (Vetado).

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Art. 53. Nos contratos de compra e § 4° As cláusulas que implicarem


venda de móveis ou imóveis mediante limitação de direito do consumidor deverão
pagamento em prestações, bem como nas ser redigidas com destaque, permitindo sua
alienações fiduciárias em garantia, imediata e fácil compreensão.
consideram-se nulas de pleno direito as
cláusulas que estabeleçam a perda total § 5° (Vetado)
das prestações pagas em benefício do
credor que, em razão do inadimplemento,
CAPÍTULO VI-A
pleitear a resolução do contrato e a
DA PREVENÇÃO E DO
retomada do produto alienado.
TRATAMENTO DO
SUPERENDIVIDAMENTO
§ 1° (Vetado). (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)

§ 2º Nos contratos do sistema de Art. 54-A. Este Capítulo dispõe sobre


consórcio de produtos duráveis, a a prevenção do superendividamento da
compensação ou a restituição das parcelas pessoa natural, sobre o crédito responsável
quitadas, na forma deste artigo, terá e sobre a educação financeira do
descontada, além da vantagem econômica consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181,
auferida com a fruição, os prejuízos que o de 2021)
desistente ou inadimplente causar ao
grupo. § 1º Entende-se por
superendividamento a impossibilidade
§ 3° Os contratos de que trata o caput manifesta de o consumidor pessoa natural,
deste artigo serão expressos em moeda de boa-fé, pagar a totalidade de suas
corrente nacional. dívidas de consumo, exigíveis e vincendas,
sem comprometer seu mínimo existencial,
nos termos da
SEÇÃO III
regulamentação. (Incluído pela Lei nº
Dos Contratos de Adesão
14.181, de 2021)
Art. 54. Contrato de adesão é aquele § 2º As dívidas referidas no § 1º
cujas cláusulas tenham sido aprovadas deste artigo englobam quaisquer
pela autoridade competente ou compromissos financeiros assumidos
estabelecidas unilateralmente pelo decorrentes de relação de consumo,
fornecedor de produtos ou serviços, sem inclusive operações de crédito, compras a
que o consumidor possa discutir ou prazo e serviços de prestação
modificar substancialmente seu conteúdo. continuada. (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021)
§ 1° A inserção de cláusula no
formulário não desfigura a natureza de § 3º O disposto neste Capítulo não
adesão do contrato. se aplica ao consumidor cujas dívidas
tenham sido contraídas mediante fraude ou
§ 2° Nos contratos de adesão má-fé, sejam oriundas de contratos
admite-se cláusula resolutória, desde que a celebrados dolosamente com o propósito
alternativa, cabendo a escolha ao de não realizar o pagamento ou decorram
consumidor, ressalvando-se o disposto no da aquisição ou contratação de produtos e
§ 2° do artigo anterior. serviços de luxo de alto valor. (Incluído
pela Lei nº 14.181, de 2021)
§ 3o Os contratos de adesão escritos
serão redigidos em termos claros e com Art. 54-B. No fornecimento de crédito
caracteres ostensivos e legíveis, cujo e na venda a prazo, além das informações
tamanho da fonte não será inferior ao corpo obrigatórias previstas no art. 52 deste
doze, de modo a facilitar sua compreensão Código e na legislação aplicável à matéria,
pelo consumidor. (Redação dada pela nº o fornecedor ou o intermediário deverá
11.785, de 2008) informar o consumidor, prévia e
adequadamente, no momento da oferta,

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sobre: (Incluído pela Lei nº 14.181, de Art. 54-C. É vedado, expressa ou


2021) implicitamente, na oferta de crédito ao
consumidor, publicitária ou
I - o custo efetivo total e a descrição não: (Incluído pela Lei nº 14.181, de
dos elementos que o 2021)
compõem; (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021) I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)
II - a taxa efetiva mensal de juros,
bem como a taxa dos juros de mora e o II - indicar que a operação de crédito
total de encargos, de qualquer natureza, poderá ser concluída sem consulta a
previstos para o atraso no serviços de proteção ao crédito ou sem
pagamento; (Incluído pela Lei nº 14.181, avaliação da situação financeira do
de 2021) consumidor; (Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)
III - o montante das prestações e o
prazo de validade da oferta, que deve ser, III - ocultar ou dificultar a
no mínimo, de 2 (dois) dias; (Incluído compreensão sobre os ônus e os riscos da
pela Lei nº 14.181, de 2021) contratação do crédito ou da venda a
prazo; (Incluído pela Lei nº 14.181, de
IV - o nome e o endereço, inclusive o 2021)
eletrônico, do fornecedor; (Incluído pela
Lei nº 14.181, de 2021) IV - assediar ou pressionar o
consumidor para contratar o fornecimento
V - o direito do consumidor à de produto, serviço ou crédito,
liquidação antecipada e não onerosa do principalmente se se tratar de consumidor
débito, nos termos do § 2º do art. 52 deste idoso, analfabeto, doente ou em estado de
Código e da regulamentação em vulnerabilidade agravada ou se a
vigor. (Incluído pela Lei nº 14.181, de contratação envolver prêmio; (Incluído
2021) pela Lei nº 14.181, de 2021)

§ 1º As informações referidas no art. V - condicionar o atendimento de


52 deste Código e no caput deste artigo pretensões do consumidor ou o início de
devem constar de forma clara e resumida tratativas à renúncia ou à desistência de
do próprio contrato, da fatura ou de demandas judiciais, ao pagamento de
instrumento apartado, de fácil acesso ao honorários advocatícios ou a depósitos
consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, judiciais. (Incluído pela Lei nº 14.181, de
de 2021) 2021)

§ 2º Para efeitos deste Código, o Parágrafo único.


custo efetivo total da operação de crédito (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.181,
ao consumidor consistirá em taxa de 2021)
percentual anual e compreenderá todos os
valores cobrados do consumidor, sem Art. 54-D. Na oferta de crédito,
prejuízo do cálculo padronizado pela previamente à contratação, o fornecedor ou
autoridade reguladora do sistema o intermediário deverá, entre outras
financeiro. (Incluído pela Lei nº 14.181, condutas: (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021) de 2021)

§ 3º Sem prejuízo do disposto no art. I - informar e esclarecer


37 deste Código, a oferta de crédito ao adequadamente o consumidor, considerada
consumidor e a oferta de venda a prazo, ou sua idade, sobre a natureza e a
a fatura mensal, conforme o caso, devem modalidade do crédito oferecido, sobre
indicar, no mínimo, o custo efetivo total, o todos os custos incidentes, observado o
agente financiador e a soma total a pagar, disposto nos arts. 52 e 54-B deste Código,
com e sem financiamento. (Incluído e sobre as consequências genéricas e
pela Lei nº 14.181, de 2021) específicas do

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inadimplemento; (Incluído pela Lei nº § 1º O exercício do direito de


14.181, de 2021) arrependimento nas hipóteses previstas
neste Código, no contrato principal ou no
II - avaliar, de forma responsável, as contrato de crédito, implica a resolução de
condições de crédito do consumidor, pleno direito do contrato que lhe seja
mediante análise das informações conexo. (Incluído pela Lei nº 14.181, de
disponíveis em bancos de dados de 2021)
proteção ao crédito, observado o disposto
neste Código e na legislação sobre § 2º Nos casos dos incisos I e II
proteção de dados; (Incluído pela Lei nº do caput deste artigo, se houver
14.181, de 2021) inexecução de qualquer das obrigações e
deveres do fornecedor de produto ou
III - informar a identidade do agente serviço, o consumidor poderá requerer a
financiador e entregar ao consumidor, ao rescisão do contrato não cumprido contra o
garante e a outros coobrigados cópia do fornecedor do crédito. (Incluído pela Lei
contrato de crédito. (Incluído pela Lei nº nº 14.181, de 2021)
14.181, de 2021)
§ 3º O direito previsto no § 2º deste
Parágrafo único. O descumprimento artigo caberá igualmente ao
de qualquer dos deveres previstos consumidor: (Incluído pela Lei nº
no caput deste artigo e nos arts. 52 e 54-C 14.181, de 2021)
deste Código poderá acarretar
judicialmente a redução dos juros, dos I - contra o portador de cheque
encargos ou de qualquer acréscimo ao pós-datado emitido para aquisição de
principal e a dilação do prazo de produto ou serviço a prazo; (Incluído
pagamento previsto no contrato original, pela Lei nº 14.181, de 2021)
conforme a gravidade da conduta do
fornecedor e as possibilidades financeiras II - contra o administrador ou o
do consumidor, sem prejuízo de outras emitente de cartão de crédito ou similar
sanções e de indenização por perdas e quando o cartão de crédito ou similar e o
danos, patrimoniais e morais, ao produto ou serviço forem fornecidos pelo
consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, mesmo fornecedor ou por entidades
de 2021) pertencentes a um mesmo grupo
econômico. (Incluído pela Lei nº
Art. 54-E. (VETADO). (Incluído 14.181, de 2021)
pela Lei nº 14.181, de 2021)
§ 4º A invalidade ou a ineficácia do
Art. 54-F. São conexos, coligados ou contrato principal implicará, de pleno
interdependentes, entre outros, o contrato direito, a do contrato de crédito que lhe seja
principal de fornecimento de produto ou conexo, nos termos do caput deste artigo,
serviço e os contratos acessórios de crédito ressalvado ao fornecedor do crédito o
que lhe garantam o financiamento quando direito de obter do fornecedor do produto
o fornecedor de crédito: (Incluído pela ou serviço a devolução dos valores
Lei nº 14.181, de 2021) entregues, inclusive relativamente a
tributos. (Incluído pela Lei nº 14.181, de
I - recorrer aos serviços do 2021)
fornecedor de produto ou serviço para a
preparação ou a conclusão do contrato de Art. 54-G. Sem prejuízo do disposto
crédito; (Incluído pela Lei nº 14.181, de no art. 39 deste Código e na legislação
2021) aplicável à matéria, é vedado ao fornecedor
de produto ou serviço que envolva crédito,
II - oferecer o crédito no local da entre outras condutas: (Incluído pela Lei
atividade empresarial do fornecedor de nº 14.181, de 2021)
produto ou serviço financiado ou onde o
contrato principal for I - realizar ou proceder à cobrança
celebrado. (Incluído pela Lei nº 14.181, ou ao débito em conta de qualquer quantia
de 2021) que houver sido contestada pelo
consumidor em compra realizada com

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cartão de crédito ou similar, enquanto não CAPÍTULO VII


for adequadamente solucionada a Das Sanções Administrativas
controvérsia, desde que o consumidor haja (Vide Lei nº 8.656, de 1993)
notificado a administradora do cartão com
antecedência de pelo menos 10 (dez) dias Art. 55. A União, os Estados e o
contados da data de vencimento da fatura, Distrito Federal, em caráter concorrente e
vedada a manutenção do valor na fatura nas suas respectivas áreas de atuação
seguinte e assegurado ao consumidor o administrativa, baixarão normas relativas à
direito de deduzir do total da fatura o valor produção, industrialização, distribuição e
em disputa e efetuar o pagamento da parte consumo de produtos e serviços.
não contestada, podendo o emissor lançar
como crédito em confiança o valor idêntico
§ 1° A União, os Estados, o Distrito
ao da transação contestada que tenha sido
Federal e os Municípios fiscalizarão e
cobrada, enquanto não encerrada a
controlarão a produção, industrialização,
apuração da contestação; (Incluído pela
distribuição, a publicidade de produtos e
Lei nº 14.181, de 2021)
serviços e o mercado de consumo, no
interesse da preservação da vida, da
II - recusar ou não entregar ao
saúde, da segurança, da informação e do
consumidor, ao garante e aos outros
bem-estar do consumidor, baixando as
coobrigados cópia da minuta do contrato
normas que se fizerem necessárias.
principal de consumo ou do contrato de
crédito, em papel ou outro suporte
duradouro, disponível e acessível, e, após § 2° (Vetado).
a conclusão, cópia do contrato; (Incluído
pela Lei nº 14.181, de 2021) § 3° Os órgãos federais, estaduais, do
Distrito Federal e municipais com
III - impedir ou dificultar, em caso de atribuições para fiscalizar e controlar o
utilização fraudulenta do cartão de crédito mercado de consumo manterão comissões
ou similar, que o consumidor peça e permanentes para elaboração, revisão e
obtenha, quando aplicável, a anulação ou o atualização das normas referidas no § 1°,
imediato bloqueio do pagamento, ou ainda sendo obrigatória a participação dos
a restituição dos valores indevidamente consumidores e fornecedores.
recebidos. (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021) § 4° Os órgãos oficiais poderão
expedir notificações aos fornecedores para
§ 1º Sem prejuízo do dever de que, sob pena de desobediência, prestem
informação e esclarecimento do informações sobre questões de interesse
consumidor e de entrega da minuta do do consumidor, resguardado o segredo
contrato, no empréstimo cuja liquidação industrial.
seja feita mediante consignação em folha
de pagamento, a formalização e a entrega Art. 56. As infrações das normas de
da cópia do contrato ou do instrumento de defesa do consumidor ficam sujeitas,
contratação ocorrerão após o fornecedor conforme o caso, às seguintes sanções
do crédito obter da fonte pagadora a administrativas, sem prejuízo das de
indicação sobre a existência de margem natureza civil, penal e das definidas em
consignável. (Incluído pela Lei nº 14.181, normas específicas:
de 2021)

§ 2º Nos contratos de adesão, o I - multa;


fornecedor deve prestar ao consumidor,
previamente, as informações de que tratam II - apreensão do produto;
o art. 52 e o caput do art. 54-B deste
Código, além de outras porventura III - inutilização do produto;
determinadas na legislação em vigor, e fica
obrigado a entregar ao consumidor cópia IV - cassação do registro do produto
do contrato, após a sua junto ao órgão competente;
conclusão (Incluído pela Lei nº 14.181,
de 2021)

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V - proibição de fabricação do produto; uso serão aplicadas pela administração,


mediante procedimento administrativo,
VI - suspensão de fornecimento de assegurada ampla defesa, quando forem
produtos ou serviço; constatados vícios de quantidade ou de
qualidade por inadequação ou insegurança
do produto ou serviço.
VII - suspensão temporária de
atividade;
Art. 59. As penas de cassação de
alvará de licença, de interdição e de
VIII - revogação de concessão ou
suspensão temporária da atividade, bem
permissão de uso;
como a de intervenção administrativa,
serão aplicadas mediante procedimento
IX - cassação de licença do administrativo, assegurada ampla defesa,
estabelecimento ou de atividade; quando o fornecedor reincidir na prática
das infrações de maior gravidade previstas
X - interdição, total ou parcial, de neste código e na legislação de consumo.
estabelecimento, de obra ou de atividade;
§ 1° A pena de cassação da
XI - intervenção administrativa; concessão será aplicada à concessionária
de serviço público, quando violar obrigação
XII - imposição de contrapropaganda. legal ou contratual.

Parágrafo único. As sanções previstas § 2° A pena de intervenção


neste artigo serão aplicadas pela administrativa será aplicada sempre que as
autoridade administrativa, no âmbito de sua circunstâncias de fato desaconselharem a
atribuição, podendo ser aplicadas cassação de licença, a interdição ou
cumulativamente, inclusive por medida suspensão da atividade.
cautelar, antecedente ou incidente de
procedimento administrativo. § 3° Pendendo ação judicial na qual
se discuta a imposição de penalidade
Art. 57. A pena de multa, graduada de administrativa, não haverá reincidência até
acordo com a gravidade da infração, a o trânsito em julgado da sentença.
vantagem auferida e a condição econômica
do fornecedor, será aplicada mediante Art. 60. A imposição de
procedimento administrativo, revertendo contrapropaganda será cominada quando o
para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, fornecedor incorrer na prática de
de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis publicidade enganosa ou abusiva, nos
à União, ou para os Fundos estaduais ou termos do art. 36 e seus parágrafos,
municipais de proteção ao consumidor nos sempre às expensas do infrator.
demais casos. (Redação dada pela Lei nº
8.656, de 21.5.1993) § 1º A contrapropaganda será
divulgada pelo responsável da mesma
Parágrafo único. A multa será em forma, freqüência e dimensão e,
montante não inferior a duzentas e não preferencialmente no mesmo veículo, local,
superior a três milhões de vezes o valor da espaço e horário, de forma capaz de
Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou desfazer o malefício da publicidade
índice equivalente que venha a enganosa ou abusiva.
substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela
Lei nº 8.703, de 6.9.1993) § 2° (Vetado)

Art. 58. As penas de apreensão, de § 3° (Vetado).


inutilização de produtos, de proibição de
fabricação de produtos, de suspensão do
TÍTULO II
fornecimento de produto ou serviço, de
Das Infrações Penais
cassação do registro do produto e
revogação da concessão ou permissão de

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Art. 61. Constituem crimes contra as § 2º A prática do disposto no inciso


relações de consumo previstas neste XIV do art. 39 desta Lei também
código, sem prejuízo do disposto no Código caracteriza o crime previsto no caput deste
Penal e leis especiais, as condutas artigo. (Incluído pela Lei nº
tipificadas nos artigos seguintes. 13.425, de 2017)

Art. 62. (Vetado). Art. 66. Fazer afirmação falsa ou


enganosa, ou omitir informação relevante
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais sobre a natureza, característica, qualidade,
ostensivos sobre a nocividade ou quantidade, segurança, desempenho,
periculosidade de produtos, nas durabilidade, preço ou garantia de produtos
embalagens, nos invólucros, recipientes ou ou serviços:
publicidade:
Pena - Detenção de três meses a um
Pena - Detenção de seis meses a dois ano e multa.
anos e multa.
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
quem deixar de alertar, mediante
recomendações escritas ostensivas, sobre § 2º Se o crime é culposo;
a periculosidade do serviço a ser prestado.
Pena Detenção de um a seis meses
§ 2° Se o crime é culposo: ou multa.

Pena Detenção de um a seis meses Art. 67. Fazer ou promover


ou multa. publicidade que sabe ou deveria saber ser
enganosa ou abusiva:
Art. 64. Deixar de comunicar à
autoridade competente e aos consumidores Pena Detenção de três meses a um
a nocividade ou periculosidade de produtos ano e multa.
cujo conhecimento seja posterior à sua
colocação no mercado: Parágrafo único. (Vetado).

Pena - Detenção de seis meses a dois Art. 68. Fazer ou promover


anos e multa. publicidade que sabe ou deveria saber ser
capaz de induzir o consumidor a se
Parágrafo único. Incorrerá nas comportar de forma prejudicial ou perigosa
mesmas penas quem deixar de retirar do a sua saúde ou segurança:
mercado, imediatamente quando
determinado pela autoridade competente, Pena - Detenção de seis meses a dois
os produtos nocivos ou perigosos, na forma anos e multa:
deste artigo.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 65. Executar serviço de alto grau
de periculosidade, contrariando
Art. 69. Deixar de organizar dados
determinação de autoridade competente: fáticos, técnicos e científicos que dão base
à publicidade:
Pena Detenção de seis meses a dois
anos e multa.
Pena Detenção de um a seis meses
ou multa.
§ 1º As penas deste artigo são
aplicáveis sem prejuízo das
Art. 70. Empregar na reparação de
correspondentes à lesão corporal e à
produtos, peça ou componentes de
morte. (Redação dada pela
reposição usados, sem autorização do
Lei nº 13.425, de 2017)
consumidor:

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Pena Detenção de três meses a um I - serem cometidos em época de


ano e multa. grave crise econômica ou por ocasião de
calamidade;
Art. 71. Utilizar, na cobrança de
dívidas, de ameaça, coação, II - ocasionarem grave dano individual
constrangimento físico ou moral, ou coletivo;
afirmações falsas incorretas ou enganosas
ou de qualquer outro procedimento que III - dissimular-se a natureza ilícita do
exponha o consumidor, injustificadamente, procedimento;
a ridículo ou interfira com seu trabalho,
descanso ou lazer: IV - quando cometidos:

Pena Detenção de três meses a um a) por servidor público, ou por pessoa


ano e multa.
cuja condição econômico-social seja
manifestamente superior à da vítima;
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso
do consumidor às informações que sobre
b) em detrimento de operário ou
ele constem em cadastros, banco de
rurícola; de menor de dezoito ou maior de
dados, fichas e registros:
sessenta anos ou de pessoas portadoras
de deficiência mental interditadas ou não;
Pena Detenção de seis meses a um
ano ou multa. V - serem praticados em operações
que envolvam alimentos, medicamentos ou
Art. 73. Deixar de corrigir quaisquer outros produtos ou serviços
imediatamente informação sobre essenciais .
consumidor constante de cadastro, banco
de dados, fichas ou registros que sabe ou
Art. 77. A pena pecuniária prevista
deveria saber ser inexata:
nesta Seção será fixada em dias-multa,
correspondente ao mínimo e ao máximo de
Pena Detenção de um a seis meses dias de duração da pena privativa da
ou multa. liberdade cominada ao crime. Na
individualização desta multa, o juiz
Art. 74. Deixar de entregar ao observará o disposto no art. 60, §1° do
consumidor o termo de garantia Código Penal.
adequadamente preenchido e com
especificação clara de seu conteúdo; Art. 78. Além das penas privativas de
liberdade e de multa, podem ser impostas,
Pena Detenção de um a seis meses cumulativa ou alternadamente, observado
ou multa. odisposto nos arts. 44 a 47, do Código
Penal:
Art. 75. Quem, de qualquer forma,
concorrer para os crimes referidos neste I - a interdição temporária de direitos;
código, incide as penas a esses cominadas
na medida de sua culpabilidade, bem como II - a publicação em órgãos de
o diretor, administrador ou gerente da comunicação de grande circulação ou
pessoa jurídica que promover, permitir ou audiência, às expensas do condenado, de
por qualquer modo aprovar o fornecimento, notícia sobre os fatos e a condenação;
oferta, exposição à venda ou manutenção
em depósito de produtos ou a oferta e
III - a prestação de serviços à
prestação de serviços nas condições por
comunidade.
ele proibidas.
Art. 79. O valor da fiança, nas
Art. 76. São circunstâncias agravantes
infrações de que trata este código, será
dos crimes tipificados neste código: fixado pelo juiz, ou pela autoridade que
presidir o inquérito, entre cem e duzentas

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mil vezes o valor do Bônus do Tesouro III - interesses ou direitos individuais


Nacional (BTN), ou índice equivalente que homogêneos, assim entendidos os
venha a substituí-lo. decorrentes de origem comum.

Parágrafo único. Se assim Art. 82. Para os fins do art. 81,


recomendar a situação econômica do parágrafo único, são legitimados
indiciado ou réu, a fiança poderá ser: concorrentemente: (Redação dada
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
a) reduzida até a metade do seu valor
mínimo; I - o Ministério Público,

b) aumentada pelo juiz até vinte II - a União, os Estados, os Municípios


vezes. e o Distrito Federal;

Art. 80. No processo penal atinente III - as entidades e órgãos da


aos crimes previstos neste código, bem Administração Pública, direta ou indireta,
como a outros crimes e contravenções que ainda que sem personalidade jurídica,
envolvam relações de consumo, poderão especificamente destinados à defesa dos
intervir, como assistentes do Ministério interesses e direitos protegidos por este
Público, os legitimados indicados no art. código;
82, inciso III e IV, aos quais também é
facultado propor ação penal subsidiária, se IV - as associações legalmente
a denúncia não for oferecida no prazo constituídas há pelo menos um ano e que
legal. incluam entre seus fins institucionais a
defesa dos interesses e direitos protegidos
TÍTULO III por este código, dispensada a autorização
Da Defesa do Consumidor em Juízo assemblear.

CAPÍTULO I § 1° O requisito da pré-constituição


Disposições Gerais pode ser dispensado pelo juiz, nas ações
previstas nos arts. 91 e seguintes, quando
Art. 81. A defesa dos interesses e haja manifesto interesse social evidenciado
direitos dos consumidores e das vítimas pela dimensão ou característica do dano,
poderá ser exercida em juízo ou pela relevância do bem jurídico a ser
individualmente, ou a título coletivo. protegido.

Parágrafo único. A defesa coletiva § 2° (Vetado).


será exercida quando se tratar de:
§ 3° (Vetado).
I - interesses ou direitos difusos, assim
entendidos, para efeitos deste código, os Art. 83. Para a defesa dos direitos e
transindividuais, de natureza indivisível, de interesses protegidos por este código são
que sejam titulares pessoas admissíveis todas as espécies de ações
indeterminadas e ligadas por circunstâncias capazes de propiciar sua adequada e
de fato; efetiva tutela.

II - interesses ou direitos coletivos, Parágrafo único. (Vetado).


assim entendidos, para efeitos deste
código, os transindividuais, de natureza Art. 84. Na ação que tenha por objeto
indivisível de que seja titular grupo, o cumprimento da obrigação de fazer ou
categoria ou classe de pessoas ligadas não fazer, o juiz concederá a tutela
entre si ou com a parte contrária por uma específica da obrigação ou determinará
relação jurídica base; providências que assegurem o resultado
prático equivalente ao do adimplemento.

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§ 1° A conversão da obrigação em autônomo, facultada a possibilidade de


perdas e danos somente será admissível prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a
se por elas optar o autor ou se impossível a denunciação da lide.
tutela específica ou a obtenção do
resultado prático correspondente. Art. 89. (Vetado)

§ 2° A indenização por perdas e danos Art. 90. Aplicam-se às ações previstas


se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do neste título as normas do Código de
Código de Processo Civil). Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de
julho de 1985, inclusive no que respeita ao
§ 3° Sendo relevante o fundamento da inquérito civil, naquilo que não contrariar
demanda e havendo justificado receio de suas disposições.
ineficácia do provimento final, é lícito ao
juiz conceder a tutela liminarmente ou após CAPÍTULO II
justificação prévia, citado o réu. Das Ações Coletivas Para a Defesa de
Interesses Individuais Homogêneos
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3°
ou na sentença, impor multa diária ao réu, Art. 91. Os legitimados de que trata o
independentemente de pedido do autor, se art. 82 poderão propor, em nome próprio e
for suficiente ou compatível com a no interesse das vítimas ou seus
obrigação, fixando prazo razoável para o sucessores, ação civil coletiva de
cumprimento do preceito. responsabilidade pelos danos
individualmente sofridos, de acordo com o
§ 5° Para a tutela específica ou para a disposto nos artigos
obtenção do resultado prático equivalente, seguintes. (Redação dada pela Lei
poderá o juiz determinar as medidas nº 9.008, de 21.3.1995)
necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, Art. 92. O Ministério Público, se não
desfazimento de obra, impedimento de ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal
atividade nociva, além de requisição de da lei.
força policial.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 85. (Vetado).
Art. 93. Ressalvada a competência da
Art. 86. (Vetado). Justiça Federal, é competente para a causa
a justiça local:
Art. 87. Nas ações coletivas de que
trata este código não haverá adiantamento I - no foro do lugar onde ocorreu ou
de custas, emolumentos, honorários deva ocorrer o dano, quando de âmbito
periciais e quaisquer outras despesas, nem local;
condenação da associação autora, salvo
comprovada má-fé, em honorários de
II - no foro da Capital do Estado ou no
advogados, custas e despesas do Distrito Federal, para os danos de
processuais.
âmbito nacional ou regional, aplicando-se
as regras do Código de Processo Civil aos
Parágrafo único. Em caso de litigância casos de competência concorrente.
de má-fé, a associação autora e os
diretores responsáveis pela propositura da
Art. 94. Proposta a ação, será
ação serão solidariamente condenados em
publicado edital no órgão oficial, a fim de
honorários advocatícios e ao décuplo das
que os interessados possam intervir no
custas, sem prejuízo da responsabilidade processo como litisconsortes, sem prejuízo
por perdas e danos.
de ampla divulgação pelos meios de
comunicação social por parte dos órgãos
Art. 88. Na hipótese do art. 13, de defesa do consumidor.
parágrafo único deste código, a ação de
regresso poderá ser ajuizada em processo

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Art. 95. Em caso de procedência do manifestamente suficiente para responder


pedido, a condenação será genérica, pela integralidade das dívidas.
fixando a responsabilidade do réu pelos
danos causados. Art. 100. Decorrido o prazo de um ano
sem habilitação de interessados em
Art. 96. (Vetado). número compatível com a gravidade do
dano, poderão os legitimados do art. 82
Art. 97. A liquidação e a execução de promover a liquidação e execução da
sentença poderão ser promovidas pela indenização devida.
vítima e seus sucessores, assim como
pelos legitimados de que trata o art. 82. Parágrafo único. O produto da
indenização devida reverterá para o fundo
Parágrafo único. (Vetado). criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de
1985.
Art. 98. A execução poderá ser
coletiva, sendo promovida pelos CAPÍTULO III
legitimados de que trata o art. 82, Das Ações de Responsabilidade do
abrangendo as vítimas cujas indenizações Fornecedor de Produtos e Serviços
já tiveram sido fixadas em sentença de
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de Art. 101. Na ação de responsabilidade
outras execuções. (Redação dada civil do fornecedor de produtos e serviços,
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e
II deste título, serão observadas as
§ 1° A execução coletiva far-se-á com seguintes normas:
base em certidão das sentenças de
liquidação, da qual deverá constar a I - a ação pode ser proposta no
ocorrência ou não do trânsito em julgado. domicílio do autor;

§ 2° É competente para a execução o II - o réu que houver contratado


juízo: seguro de responsabilidade poderá chamar
ao processo o segurador, vedada a
I - da liquidação da sentença ou da integração do contraditório pelo Instituto de
ação condenatória, no caso de execução Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a
individual; sentença que julgar procedente o pedido
condenará o réu nos termos do art. 80 do
Código de Processo Civil. Se o réu houver
II - da ação condenatória, quando
sido declarado falido, o síndico será
coletiva a execução.
intimado a informar a existência de seguro
de responsabilidade, facultando-se, em
Art. 99. Em caso de concurso de caso afirmativo, o ajuizamento de ação de
créditos decorrentes de condenação indenização diretamente contra o
prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de segurador, vedada a denunciação da lide
1985 e de indenizações pelos prejuízos ao Instituto de Resseguros do Brasil e
individuais resultantes do mesmo evento dispensado o litisconsórcio obrigatório com
danoso, estas terão preferência no este.
pagamento.
Art. 102. Os legitimados a agir na
Parágrafo único. Para efeito do forma deste código poderão propor ação
disposto neste artigo, a destinação da visando compelir o Poder Público
importância recolhida ao fundo criado pela competente a proibir, em todo o território
Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará nacional, a produção, divulgação
sustada enquanto pendentes de decisão de distribuição ou venda, ou a determinar a
segundo grau as ações de indenização alteração na composição, estrutura,
pelos danos individuais, salvo na hipótese fórmula ou acondicionamento de produto,
de o patrimônio do devedor ser cujo uso ou consumo regular se revele

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nocivo ou perigoso à saúde pública e à o pedido, beneficiarão as vítimas e seus


incolumidade pessoal. sucessores, que poderão proceder à
liquidação e à execução, nos termos dos
§ 1° (Vetado). arts. 96 a 99.

§ 2° (Vetado) § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo


anterior à sentença penal condenatória.
CAPÍTULO IV
Da Coisa Julgada Art. 104. As ações coletivas, previstas
nos incisos I e II e do parágrafo único do
art. 81, não induzem litispendência para as
Art. 103. Nas ações coletivas de que
ações individuais, mas os efeitos da coisa
trata este código, a sentença fará coisa
julgada: julgada erga omnes ou ultra partes a que
aludem os incisos II e III do artigo anterior
não beneficiarão os autores das ações
I - erga omnes, exceto se o pedido for individuais, se não for requerida sua
julgado improcedente por insuficiência de suspensão no prazo de trinta dias, a contar
provas, hipótese em que qualquer da ciência nos autos do ajuizamento da
legitimado poderá intentar outra ação, com ação coletiva.
idêntico fundamento valendo-se de nova
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo
CAPÍTULO V
único do art. 81;
DA CONCILIAÇÃO NO
SUPERENDIVIDAMENTO
II - ultra partes, mas limitadamente ao (Incluído pela Lei nº 14.181, de
grupo, categoria ou classe, salvo 2021)
improcedência por insuficiência de provas,
nos termos do inciso anterior, quando se Art. 104-A. A requerimento do
tratar da hipótese prevista no inciso II do consumidor superendividado pessoa
parágrafo único do art. 81; natural, o juiz poderá instaurar processo de
repactuação de dívidas, com vistas à
III - erga omnes, apenas no caso de realização de audiência conciliatória,
procedência do pedido, para beneficiar presidida por ele ou por conciliador
todas as vítimas e seus sucessores, na credenciado no juízo, com a presença de
hipótese do inciso III do parágrafo único do todos os credores de dívidas previstas no
art. 81. art. 54-A deste Código, na qual o
consumidor apresentará proposta de plano
§ 1° Os efeitos da coisa julgada de pagamento com prazo máximo de 5
previstos nos incisos I e II não prejudicarão (cinco) anos, preservados o mínimo
interesses e direitos individuais dos existencial, nos termos da regulamentação,
integrantes da coletividade, do grupo, e as garantias e as formas de pagamento
categoria ou classe. originalmente pactuadas. (Incluído pela
Lei nº 14.181, de 2021)
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III,
em caso de improcedência do pedido, os § 1º Excluem-se do processo de
interessados que não tiverem intervindo no repactuação as dívidas, ainda que
processo como litisconsortes poderão decorrentes de relações de consumo,
propor ação de indenização a título oriundas de contratos celebrados
individual. dolosamente sem o propósito de realizar
pagamento, bem como as dívidas
provenientes de contratos de crédito com
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de garantia real, de financiamentos
que cuida o art. 16, combinado com o art. imobiliários e de crédito rural. (Incluído
13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, pela Lei nº 14.181, de 2021)
não prejudicarão as ações de indenização
por danos pessoalmente sofridos, § 2º O não comparecimento
propostas individualmente ou na forma injustificado de qualquer credor, ou de seu
prevista neste código, mas, se procedente procurador com poderes especiais e plenos

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para transigir, à audiência de conciliação de plano de pagamento homologado, sem


que trata o caput deste artigo acarretará a prejuízo de eventual
suspensão da exigibilidade do débito e a repactuação. (Incluído pela Lei nº
interrupção dos encargos da mora, bem 14.181, de 2021)
como a sujeição compulsória ao plano de
pagamento da dívida se o montante devido Art. 104-B. Se não houver êxito na
ao credor ausente for certo e conhecido conciliação em relação a quaisquer
pelo consumidor, devendo o pagamento a credores, o juiz, a pedido do consumidor,
esse credor ser estipulado para ocorrer instaurará processo por
apenas após o pagamento aos credores superendividamento para revisão e
presentes à audiência integração dos contratos e repactuação das
conciliatória. (Incluído pela Lei nº dívidas remanescentes mediante plano
14.181, de 2021) judicial compulsório e procederá à citação
de todos os credores cujos créditos não
§ 3º No caso de conciliação, com tenham integrado o acordo porventura
qualquer credor, a sentença judicial que celebrado. (Incluído pela Lei nº 14.181,
homologar o acordo descreverá o plano de de 2021)
pagamento da dívida e terá eficácia de
título executivo e força de coisa § 1º Serão considerados no processo
julgada. (Incluído pela Lei nº 14.181, de por superendividamento, se for o caso, os
2021) documentos e as informações prestadas
em audiência. (Incluído pela Lei nº
§ 4º Constarão do plano de 14.181, de 2021)
pagamento referido no § 3º deste
artigo: (Incluído pela Lei nº 14.181, de § 2º No prazo de 15 (quinze) dias, os
2021) credores citados juntarão documentos e as
razões da negativa de aceder ao plano
I - medidas de dilação dos prazos de voluntário ou de renegociar. (Incluído
pagamento e de redução dos encargos da pela Lei nº 14.181, de 2021)
dívida ou da remuneração do fornecedor,
entre outras destinadas a facilitar o § 3º O juiz poderá nomear
pagamento da dívida; (Incluído pela Lei administrador, desde que isso não onere as
nº 14.181, de 2021) partes, o qual, no prazo de até 30 (trinta)
dias, após cumpridas as diligências
II - referência à suspensão ou à eventualmente necessárias, apresentará
extinção das ações judiciais em plano de pagamento que contemple
curso; (Incluído pela Lei nº 14.181, de medidas de temporização ou de atenuação
2021) dos encargos. (Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)
III - data a partir da qual será
providenciada a exclusão do consumidor § 4º O plano judicial compulsório
de bancos de dados e de cadastros de assegurará aos credores, no mínimo, o
inadimplentes; (Incluído pela Lei nº valor do principal devido, corrigido
14.181, de 2021) monetariamente por índices oficiais de
preço, e preverá a liquidação total da
IV - condicionamento de seus efeitos dívida, após a quitação do plano de
à abstenção, pelo consumidor, de condutas pagamento consensual previsto no art.
que importem no agravamento de sua 104-A deste Código, em, no máximo, 5
situação de (cinco) anos, sendo que a primeira parcela
superendividamento. (Incluído pela Lei será devida no prazo máximo de 180
nº 14.181, de 2021) (cento e oitenta) dias, contado de sua
homologação judicial, e o restante do saldo
§ 5º O pedido do consumidor a que será devido em parcelas mensais iguais e
se refere o caput deste artigo não importará sucessivas. (Incluído pela Lei nº
em declaração de insolvência civil e poderá 14.181, de 2021)
ser repetido somente após decorrido o
prazo de 2 (dois) anos, contado da Art. 104-C. Compete concorrente e
liquidação das obrigações previstas no facultativamente aos órgãos públicos

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integrantes do Sistema Nacional de Defesa Sistema Nacional de Defesa do


do Consumidor a fase conciliatória e Consumidor, cabendo-lhe:
preventiva do processo de repactuação de
dívidas, nos moldes do art. 104-A deste I - planejar, elaborar, propor,
Código, no que couber, com possibilidade coordenar e executar a política nacional de
de o processo ser regulado por convênios proteção ao consumidor;
específicos celebrados entre os referidos
órgãos e as instituições credoras ou suas
II - receber, analisar, avaliar e
associações. (Incluído pela Lei nº
encaminhar consultas, denúncias ou
14.181, de 2021)
sugestões apresentadas por entidades
representativas ou pessoas jurídicas de
§ 1º Em caso de conciliação
direito público ou privado;
administrativa para prevenir o
superendividamento do consumidor pessoa
natural, os órgãos públicos poderão III - prestar aos consumidores
promover, nas reclamações individuais, orientação permanente sobre seus direitos
audiência global de conciliação com todos e garantias;
os credores e, em todos os casos, facilitar
a elaboração de plano de pagamento, IV - informar, conscientizar e motivar o
preservado o mínimo existencial, nos consumidor através dos diferentes meios
termos da regulamentação, sob a de comunicação;
supervisão desses órgãos, sem prejuízo
das demais atividades de reeducação V - solicitar à polícia judiciária a
financeira cabíveis. (Incluído pela Lei nº instauração de inquérito policial para a
14.181, de 2021) apreciação de delito contra os
consumidores, nos termos da legislação
§ 2º O acordo firmado perante os vigente;
órgãos públicos de defesa do consumidor,
em caso de superendividamento do VI - representar ao Ministério Público
consumidor pessoa natural, incluirá a data competente para fins de adoção de
a partir da qual será providenciada a medidas processuais no âmbito de suas
exclusão do consumidor de bancos de atribuições;
dados e de cadastros de inadimplentes,
bem como o condicionamento de seus
efeitos à abstenção, pelo consumidor, de VII - levar ao conhecimento dos
condutas que importem no agravamento de órgãos competentes as infrações de ordem
administrativa que violarem os interesses
sua situação de superendividamento,
especialmente a de contrair novas difusos, coletivos, ou individuais dos
dívidas. (Incluído pela Lei nº 14.181, de consumidores;
2021)
VIII - solicitar o concurso de órgãos e
TÍTULO IV entidades da União, Estados, do Distrito
Do Sistema Nacional de Defesa do Federal e Municípios, bem como auxiliar a
Consumidor fiscalização de preços, abastecimento,
quantidade e segurança de bens e
serviços;
Art. 105. Integram o Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor (SNDC), os
órgãos federais, estaduais, do Distrito IX - incentivar, inclusive com recursos
Federal e municipais e as entidades financeiros e outros programas especiais, a
privadas de defesa do consumidor. formação de entidades de defesa do
consumidor pela população e pelos órgãos
públicos estaduais e municipais;
Art. 106. O Departamento Nacional de
Defesa do Consumidor, da Secretaria
Nacional de Direito Econômico (MJ), ou X - (Vetado).
órgão federal que venha substituí-lo, é
organismo de coordenação da política do XI - (Vetado).

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XII - (Vetado) "II - inclua, entre suas finalidades


institucionais, a proteção ao meio
XIII - desenvolver outras atividades ambiente, ao consumidor, ao patrimônio
compatíveis com suas finalidades. artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico, ou a qualquer outro interesse
difuso ou coletivo".
Parágrafo único. Para a consecução
de seus objetivos, o Departamento
Nacional de Defesa do Consumidor poderá Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n°
solicitar o concurso de órgãos e entidades 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter
de notória especialização técnico-científica. a seguinte redação:

TÍTULO V "§ 3° Em caso de desistência infundada ou


Da Convenção Coletiva de Consumo abandono da ação por associação
legitimada, o Ministério Público ou outro
legitimado assumirá a titularidade ativa".
Art. 107. As entidades civis de
consumidores e as associações de
fornecedores ou sindicatos de categoria Art. 113. Acrescente-se os seguintes
econômica podem regular, por convenção §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de
escrita, relações de consumo que tenham 24 de julho de 1985:
por objeto estabelecer condições relativas
ao preço, à qualidade, à quantidade, à "§ 4.° O requisito da pré-constituição
garantia e características de produtos e poderá ser dispensado pelo juiz, quando
serviços, bem como à reclamação e haja manifesto interesse social evidenciado
composição do conflito de consumo. pela dimensão ou característica do dano,
ou pela relevância do bem jurídico a ser
§ 1° A convenção tornar-se-á protegido.
obrigatória a partir do registro do
instrumento no cartório de títulos e § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio
documentos. facultativo entre os Ministérios Públicos da
União, do Distrito Federal e dos Estados na
§ 2° A convenção somente obrigará os defesa dos interesses e direitos de que
filiados às entidades signatárias. cuida esta lei.

§ 3° Não se exime de cumprir a § 6° Os órgãos públicos legitimados


convenção o fornecedor que se desligar da poderão tomar dos interessados
entidade em data posterior ao registro do compromisso de ajustamento de sua
instrumento. conduta às exigências legais, mediante
combinações, que terá eficácia de título
executivo extrajudicial".
Art. 108. (Vetado).

Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de


TÍTULO VI
24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte
Disposições Finais
redação:
Art. 109. (Vetado).
"Art. 15. Decorridos sessenta dias do
trânsito em julgado da sentença
Art. 110. Acrescente-se o seguinte condenatória, sem que a associação autora
inciso IV ao art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 lhe promova a execução, deverá fazê-lo o
de julho de 1985: Ministério Público, facultada igual iniciativa
aos demais legitimados".
"IV - a qualquer outro interesse difuso ou
coletivo". Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° passando o parágrafo único a constituir o
7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter caput, com a seguinte redação:
a seguinte redação:

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“Art. 17. Em caso de litigância de


má-fé, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação
serão solidariamente condenados em
honorários advocatícios e ao décuplo das
custas, sem prejuízo da responsabilidade
por perdas e danos”.

Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao


art. 18 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
1985:

"Art. 18. Nas ações de que trata esta


lei, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas, nem
condenação da associação autora, salvo
comprovada má-fé, em honorários de
advogado, custas e despesas processuais".

Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347,


de 24 de julho de 1985, o seguinte
dispositivo, renumerando-se os seguintes:

"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos


direitos e interesses difusos, coletivos e
individuais, no que for cabível, os
dispositivos do Título III da lei que instituiu
o Código de Defesa do Consumidor".

Art. 118. Este código entrará em vigor


dentro de cento e oitenta dias a contar de
sua publicação.

Art. 119. Revogam-se as disposições


em contrário.

Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da


Independência e 102° da República.

FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral
Zélia M. Cardoso de Mello
Ozires Silva

Este texto não substitui o publicado no


DOU de 12.9.1990 e Retificado em
10.1.2007

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possibilitem a efetiva utilização dos


serviços por qualquer cidadão, com
segurança e tranquilidade.

Seção I – Das Informações ao


Consumidor

Art. 2° As Instituições Financeiras


Signatárias devem divulgar, em suas
dependências e nas dependências dos
estabelecimentos onde seus produtos
são ofertados, em local visível e em
formato legível, de forma física ou
eletrônica, entre outras, as informações
sobre:

I - situações que impliquem recusa à


realização de pagamentos ou à
recepção de cheques, fichas de
compensação, documentos, incluindo
os de cobrança, contas e outros; e

II - os números de telefone para acesso


ao SAC, à Ouvidoria e ao PROCON.

Seção II – Do Local de Atendimento

Art. 3º As Instituições Financeiras


Signatárias devem assegurar aos
NORMATIVO SARB 004/2009 consumidores bebedouro e sanitário
adaptados, conforme normas técnicas de
O Sistema de Autorregulação Bancária acessibilidade da ABNT.
da Federação Brasileira de Bancos -
FEBRABAN institui o NORMATIVO DE Parágrafo único. A instalação de
ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR NA sanitários está sujeita às disponibilidades
REDE DE AGÊNCIAS BANCÁRIAS e físicas e às limitações existentes em
estabelece diretrizes e procedimentos a prédios tombados pelo Patrimônio
serem adotados por suas Signatárias nos Histórico, Artístico e Cultural, assim
relacionamentos com os consumidores. como em ambientes de terceiros, como
shopping centers, supermercados e
condomínios comerciais.

I. DO ACESSO DOS CONSUMIDORES ÀS


AGÊNCIAS BANCÁRIAS Art. 4° Serão disponibilizados, no
mínimo, 2 (dois) assentos para clientes
Art. 1º O acesso dos consumidores às prioritários, devidamente identificados e
agências bancárias deve ser assegurado próximos aos guichês de caixa.
pelas Instituições Financeiras Signatárias
com a adoção de medidas que prevejam
instalações físicas técnica e
arquitetonicamente adequadas e que

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II. DA LIBERDADE DE ESCOLHA DO II - implantar outro serviço de


CONSUMIDOR AO TIPO DE atendimento personalizado.
ATENDIMENTO NAS AGÊNCIAS
Parágrafo único. O tempo de espera do
Art. 5° Deve ser assegurada ao atendimento prioritário deve ser menor
consumidor uma ampla opção de que o existente para o atendimento
escolha pelo tipo de atendimento mais convencional.
adequado à sua necessidade nas
agências bancárias das

Instituições Financeiras Signatárias. III. DA ACESSIBILIDADE

Art. 7° Os bancos devem garantir a


§1° É vedada a restrição ao atendimento adaptação de suas agências bancárias
dos consumidores nos guichês de para o atendimento dos requisitos de
caixas, tais como: acessibilidade, conforme regras previstas
na ABNT e demais normas em vigor.
I - a imposição de utilização
compulsória de outros canais de Parágrafo único. Serão observadas,
serviços; entre outras, as seguintes regras de
II - o estabelecimento de valores e/ou acessibilidade:
transações máximos ou mínimos para
recebimento; e
a) Rampas de acesso ou
III - o agendamento como única forma equipamentos eletromecânicos
compulsória de atendimento ao de deslocamento vertical;
consumidor. b) Caixas eletrônicos adaptados
para deficientes;
§2° Não é considerada restrição ao c) Guichês ou móveis adaptados;
atendimento dos consumidores nos d) Funcionário com conhecimento
guichês de caixa as hipóteses descritas de Libras (Língua Brasileira de
no artigo 14 e parágrafos deste Sinais) para o atendimento aos
Normativo, bem como, as elencadas em deficientes auditivos;
atos normativos e legislações especificas e) Vagas para uso preferencial,
que disciplinem exceções ou imponham quando existir estacionamento
procedimentos diferenciados para a próprio; e
prestação de determinados serviços. f) Funcionários capacitados para o
atendimento de pessoas com
deficiência.

II. DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO


IV. DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO
Art. 6° O atendimento prioritário para
pessoas com deficiência ou com Art. 8° O atendimento deve ser prestado
mobilidade reduzida, temporária ou a todos os consumidores que
definitiva, idosos, com idade igual ou demandarem suas agências no período
superior a 60 (sessenta) anos, gestantes, em que estiverem abertas para o público
lactantes e pessoas acompanhadas por externo, sendo vedado:
criança de colo deve:
I - horário para recebimento de
I – disponibilizar guichê de caixa para tributos e pagamentos, exceto aqueles
atendimento preferencial; ou normatizados pelo Conselho Monetário
Nacional; e

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ampliação do horário de atendimento em


II - cobrança de valores para suas unidades para determinados dias
recebimento no guichê de caixa de títulos do mês, especialmente os considerados
e boletos de cobrança de cedência de de “pico”, nas agências e/ou praças que
outros bancos. requeiram a ampliação de sua
capacidade de atendimento.
Art. 9° A agilidade no atendimento deve
ser buscada pelas Instituições Parágrafo único §1º A adoção da
Financeiras Signatárias, com medidas prática prevista no caput do presente
que reduzam o tempo de espera do artigo será prévia e amplamente
consumidor em filas. divulgada aos consumidores com
cartazes afixados na entrada da agência.
(redação dada pela Deliberação nº 003,
Seção I – Do Tempo de Espera para de 08 de junho de 2017)
Atendimento nos Guichês de Caixa

Art. 10 Nas praças que não possuam §2º. A divulgação no ambiente da agência
regulamentação por lei estadual ou seguirá os modelos padronizados anexos a
municipal, o tempo máximo de espera este normativo (anexo I – ABERTURA
para atendimento nos guichês de caixa ANTECIPADA e anexo II - INFORMATIVO
será de até 20 (vinte) minutos em dias PENSIONISTAS E BENEFICIÁRIOS DO
normais e de até 30 (trinta) minutos em INSS). (incluído pela Deliberação nº 003,
dias de pico. de 08 de junho de 2017)

Parágrafo único. São considerados dias


de pico a véspera ou dia útil pós-feriado, Seção III – Da utilização dos Guichês de
o último dia útil do mês e do dia 1º ao dia Caixa
10 de cada mês.
Art. 13 O acesso aos guichês de caixa
Art. 11 O consumidor terá à sua para a realização de pagamentos ou
disposição, para fins de medição de recebimentos deverá ser assegurado aos
tempo de espera de atendimento, o consumidores, exceto nos casos
registro de data e horário de chegada na previstos na “Convenção entre
fila e do início do efetivo atendimento no Instituições Financeiras do Sistema
caixa. Financeiro Nacional - SFN – boletos de
pagamentos”, e na apresentação de:
Parágrafo único. Para cumprimento da
obrigação prevista no caput do presente
artigo, as Instituições Financeiras I – boletos de cobrança emitidos por
Signatárias devem disponibilizar outra Instituição Financeira e
equipamentos emissores de ticket/senha, apresentados para pagamento com
cheque sacado de outra instituição;
em local adequado, visível e informado
para o consumidor.
II - pagamentos de documentos de
arrecadação sem convênios
celebrados; e
Seção II – Da ampliação do Horário de
Atendimento III– pagamentos de documentos de
arrecadação com convênio, mediante
Art. 12 As Instituições Financeiras cheque cuja emissão não pertença ao
Signatárias devem adotar, consideradas consumidor/contribuinte e/ou de valor
as suas particularidades, prática de

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que não coincida com o valor da


conta/tributo cobrado. Art. 16 Os procedimentos previstos
nesta seção devem ser previamente
§1º Nos casos de restrição de informados aos consumidores,
atendimento será obrigatória a especialmente nos casos de alteração de
informação prévia e adequada aos convênios e acordos contratuais entre a
consumidores. Instituição Financeira Signatária e a
entidade arrecadadora.
§2º Os convênios realizados entre as
Instituições Financeiras Signatárias e as Parágrafo único. Nos casos de
empresas poderão estipular modalidades convênios e acordos contratuais, a
específicas de atendimento para os informação deverá ser disponibilizada
serviços de cobrança e de recebimento com pelo menos 30 (trinta) dias de
do consumidor. antecedência e nos 30 (trinta) dias
§3º Nos convênios referidos no paragrafo subsequentes à entrada em vigor da
segundo deste artigo, as informações nova regra.
sobre as condições de cobrança e de
recebimento devem ser asseguradas ao
consumidor de forma prévia, adequada e V. DA REALOCAÇÃO DE
clara nos instrumentos de pagamento e FUNCIONÁRIOS PARA OS
nos meios de informação e comunicação CAIXAS E ATENDIMENTOS AO
das agências, pelo menos 30 (trinta) dias CONSUMIDOR
antes e 30 (trinta) dias após a mudança
de modalidade de atendimento. Art. 17 As Instituições Financeiras
Signatárias devem assegurar que, nos
chamados dias de “pico”, o maior número
Seção IV – Do Recebimento de Contas possível de funcionários de caixa esteja
com Cheque em seus guichês e os demais
funcionários da agência apoiem as
Art. 14 As Instituições Financeiras atividades de atendimento, para diminuir
Signatárias devem receber várias contas o tempo de espera em filas.
com um mesmo cheque, desde que
sacado contra a própria agência, sem
prejuízo das demais normas aplicáveis VI. DA UTILIZAÇÃO DOS CAIXAS DE
ao recebimento de contas com cheque. AUTOATENDIMENTO

Parágrafo único. O recebimento de Art. 18 As Instituições Financeiras


contas diversas com cheques de outra Signatárias devem garantir a eficiência
agência ou banco deve considerar as operacional dos equipamentos que
rotinas de cada Instituição Financeira funcionam durante os fins de semana e
Signatária e as particularidades dos feriados, de modo a garantir a sua efetiva
convênios celebrados com as empresas utilização pelos consumidores.
contratantes.
Parágrafo único. O abastecimento
Art. 15 O recebimento de boletos adequado dos caixas eletrônicos com
bancários mediante utilização de dinheiro, principalmente nos dias de
cheques deve ser realizado conforme as pagamento de funcionalismo público e
regras contratuais firmadas entre a privado, bem como de beneficiários do
Instituição Financeira Signatária e a INSS, deve ser assegurado pelas
entidade arrecadadora. Instituições Financeiras Signatárias.

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VIII. DOS PROCESSOS DE GESTÃO E


Art. 19 Fica a critério de cada Instituição DE INCENTIVO
Financeira Signatária estabelecer os dias
e horários de funcionamento dos Art. 21 A gestão do tempo de espera
terminais ou caixas de autoatendimento, para atendimento nos guichês de caixa é
consideradas as peculiaridades do local prática fundamental para a qualidade do
de operação, inclusive com relação à atendimento e satisfação dos
segurança bancária e dos consumidores. consumidores.
Parágrafo único. A periodicidade de
funcionamento dos caixas de §1º Para o controle do tempo de espera
autoatendimento deve ser informada ao para atendimento nos guichês de caixas,
consumidor mediante afixação de quadro a Instituição Financeira Signatária deve
de avisos no local de uso do utilizar metodologia própria que garanta a
equipamento ou por qualquer outro meio sua aferição.
disponível que assegure o seu
conhecimento.
§2º Os resultados das equipes de
atendimento das agências devem ser
considerados como incentivos e
VII. DA ORIENTAÇÃO SOBRE A inseridos em programas próprios de cada
UTILIZAÇÃO DE CANAIS Instituição Financeira Signatária.
ALTERNATIVOS DE
ATENDIMENTO
X. DO SISTEMA DE MONITORAMENTO
Art. 20 A orientação do uso dos canais E RELACIONAMENTO COM O SISTEMA
alternativos ou de conveniência da NACIONAL DE DEFESA DO
Instituição Financeira Signatária deve ser CONSUMIDOR
adotada como política de estímulo à
manutenção da boa qualidade no
atendimento e de forma não impositiva Seção I – Das Mesas de Diálogos
ao consumidor.
Art. 22 As Instituições Financeiras
Signatárias, mediante iniciativa própria
§1º A orientação deve ser prestada por ou por solicitação dos coordenadores
pessoal especialmente treinado e estaduais da política de defesa do
identificado pela Instituição Financeira consumidor – Procons Estaduais, devem
Signatária. instalar mesas de diálogo locais para a
discussão das questões relativas ao
atendimento e tempo de espera em filas
§2º Para o atendimento aos idosos e
da praça.
deficientes visuais serão desenvolvidas e
implantadas medidas educativas que
permitam o uso autônomo dos canais de §1º As mesas de diálogo envolverão os
autoatendimento. executivos e gerentes das agências das
Instituições Financeiras Signatárias e os
convidados da autoridade estadual de
§3º Será promovida a comunicação
defesa do consumidor, tais como o
frequente com os consumidores sobre a
PROCON Municipal, as Defensorias
utilização dos canais alternativos e de
Públicas dos Estados, o Ministério
conveniência e os cuidados com a
Público e entidades civis pertencentes ao
segurança na realização das transações.
SNDC - Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor.
§2º Como medida de transparência da
relação com o Sistema Nacional de

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Defesa do Consumidor, ao final de cada Art. 26 Este Normativo entra em vigor na


mesa de diálogo poderá ser elaborado e data de sua publicação.
divulgado de forma conjunta e mediante
consenso de todos os participantes, um
documento com seus principais
resultados e medidas.

Aprovado em 12 de fevereiro de 2009.


Seção II – Do Acompanhamento pelas
Ouvidorias
Revisto e atualizado em 17 de junho de
Art. 23 As Ouvidorias das Instituições 2015. Publicado em 13 de julho de 2015.
Financeiras Signatárias devem ter
conhecimento dos resultados de
reclamações de atendimento aos
consumidores das agências de suas Atualizado pela Deliberação n. 003/2017,
respectivas instituições, acionando os em 08 de junho de 2017.
gestores responsáveis para as
providências cabíveis quando constatar
ocorrências em desacordo com o
presente Normativo.

Parágrafo único. As Ouvidorias também


constituem importante canal direto de
contato das Instituições Financeiras
Signatárias com os Procons.

Seção III – Do Acompanhamento


Institucional do Sistema de
Autorregulação Bancária da FEBRABAN

Art. 24 A Diretoria de Autorregulação


deverá acompanhar os resultados das
instituições por meio de monitoramento, a
ser realizado anualmente, nas 5 (cinco)
regiões do país.

XI. DAS SANÇÕES

Art. 25 O descumprimento do presente


Normativo sujeitará as Instituições
Signatárias às sanções previstas no
Capítulo IX do Código de Autorregulação
Bancária.

XII. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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LEI No 10.741, DE 1º DE
OUTUBRO DE 2003.
Dispõe sobre o Estatuto
Texto compilado do Idoso e dá outras
providências.
Mensagem de
veto Dispõe sobre o Estatuto
Vigência da Pessoa Idosa e dá
outras
(Vide Decreto nº providências. (Redaçã
6.214, de 2007) o dada pela Lei nº
14.423, de 2022)

O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

TÍTULO I
Disposições Preliminares

Art. 1o É instituído o Estatuto do


Idoso, destinado a regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos.

Art. 1º É instituído o Estatuto da


Pessoa Idosa, destinado a regular os
direitos assegurados às pessoas com idade
igual ou superior a 60 (sessenta)
anos. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)

Art. 2o O idoso goza de todos os


direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe,
por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual,
espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade.

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Art. 2º A pessoa idosa goza de todos idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
os direitos fundamentais inerentes à de 2022)
pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei, IV – viabilização de formas
assegurando-se-lhe, por lei ou por outros alternativas de participação, ocupação e
meios, todas as oportunidades e convívio do idoso com as demais gerações;
facilidades, para preservação de sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento IV – viabilização de formas
moral, intelectual, espiritual e social, em alternativas de participação, ocupação e
condições de liberdade e convívio da pessoa idosa com as demais
dignidade. (Redação dada pela Lei nº gerações; (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) 14.423, de 2022)

Art. 3o É obrigação da família, da V – priorização do atendimento do


comunidade, da sociedade e do Poder idoso por sua própria família, em
Público assegurar ao idoso, com absoluta detrimento do atendimento asilar, exceto
prioridade, a efetivação do direito à vida, à dos que não a possuam ou careçam de
saúde, à alimentação, à educação, à condições de manutenção da própria
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à sobrevivência;
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar e V – priorização do atendimento da
comunitária. pessoa idosa por sua própria família, em
detrimento do atendimento asilar, exceto
Art. 3º É obrigação da família, da dos que não a possuam ou careçam de
comunidade, da sociedade e do poder condições de manutenção da própria
público assegurar à pessoa idosa, com sobrevivência; (Redação dada pela Lei nº
absoluta prioridade, a efetivação do direito 14.423, de 2022)
à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, VI – capacitação e reciclagem dos
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à recursos humanos nas áreas de geriatria e
dignidade, ao respeito e à convivência gerontologia e na prestação de serviços
familiar e comunitária. (Redação dada aos idosos;
pela Lei nº 14.423, de 2022)
VI – capacitação e reciclagem dos
Parágrafo único. A garantia de recursos humanos nas áreas de geriatria e
prioridade compreende: gerontologia e na prestação de serviços às
pessoas idosas; (Redação dada pela Lei
§ 1º A garantia de prioridade nº 14.423, de 2022)
compreende: (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) VII – estabelecimento de
mecanismos que favoreçam a divulgação
I – atendimento preferencial de informações de caráter educativo sobre
imediato e individualizado junto aos órgãos os aspectos biopsicossociais de
públicos e privados prestadores de serviços envelhecimento;
à população;
VIII – garantia de acesso à rede de
II – preferência na formulação e na serviços de saúde e de assistência social
execução de políticas sociais públicas locais.
específicas;
IX – prioridade no recebimento da
III – destinação privilegiada de restituição do Imposto de Renda.
recursos públicos nas áreas relacionadas (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
com a proteção ao idoso;
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada
III – destinação privilegiada de prioridade especial aos maiores de oitenta
recursos públicos nas áreas relacionadas anos, atendendo-se suas necessidades
com a proteção à pessoa sempre preferencialmente em relação aos

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demais idosos. (Incluído pela Lei nº de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo


13.466, de 2017) cumprimento dos direitos da pessoa idosa,
definidos nesta Lei. (Redação dada pela
§ 2º Entre as pessoas idosas, é Lei nº 14.423, de 2022)
assegurada prioridade especial aos
maiores de 80 (oitenta) anos, atendendo-se TÍTULO II
suas necessidades sempre Dos Direitos Fundamentais
preferencialmente em relação às demais
pessoas idosas. (Redação dada pela Lei
CAPÍTULO I
nº 14.423, de 2022)
Do Direito à Vida
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de
qualquer tipo de negligência, discriminação, Art. 8o O envelhecimento é um direito
violência, crueldade ou opressão, e todo personalíssimo e a sua proteção um direito
atentado aos seus direitos, por ação ou social, nos termos desta Lei e da legislação
omissão, será punido na forma da lei. vigente.

Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será Art. 9o É obrigação do Estado,


objeto de qualquer tipo de negligência, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e
discriminação, violência, crueldade ou à saúde, mediante efetivação de políticas
opressão, e todo atentado aos seus sociais públicas que permitam um
direitos, por ação ou omissão, será punido envelhecimento saudável e em condições
na forma da lei. (Redação dada pela Lei de dignidade.
nº 14.423, de 2022)
CAPÍTULO II
§ 1o É dever de todos prevenir a
ameaça ou violação aos direitos do idoso. Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à
Dignidade
§ 1º É dever de todos prevenir a
ameaça ou violação aos direitos da pessoa Art. 10. É obrigação do Estado e da
idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423, sociedade, assegurar à pessoa idosa a
de 2022) liberdade, o respeito e a dignidade, como
pessoa humana e sujeito de direitos civis,
§ 2o As obrigações previstas nesta políticos, individuais e sociais, garantidos
Lei não excluem da prevenção outras na Constituição e nas leis.
decorrentes dos princípios por ela
adotados. Art. 10. É obrigação do Estado e da
o sociedade assegurar à pessoa idosa a
Art. 5 A inobservância das normas liberdade, o respeito e a dignidade, como
de prevenção importará em pessoa humana e sujeito de direitos civis,
responsabilidade à pessoa física ou jurídica políticos, individuais e sociais, garantidos
nos termos da lei. na Constituição e nas leis. (Redação
dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Art. 6o Todo cidadão tem o dever de
comunicar à autoridade competente § 1o O direito à liberdade
qualquer forma de violação a esta Lei que compreende, entre outros, os seguintes
tenha testemunhado ou de que tenha aspectos:
conhecimento.
I – faculdade de ir, vir e estar nos
Art. 7o Os Conselhos Nacional, logradouros públicos e espaços
Estaduais, do Distrito Federal e Municipais comunitários, ressalvadas as restrições
do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de legais;
janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento
dos direitos do idoso, definidos nesta Lei. II – opinião e expressão;
Art. 7º Os Conselhos Nacional, III – crença e culto religioso;
Estaduais, do Distrito Federal e Municipais
da Pessoa Idosa, previstos na Lei nº 8.842,

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IV – prática de esportes e de Art. 13. As transações relativas a


diversões; alimentos poderão ser celebradas perante
o Promotor de Justiça ou Defensor Público,
V – participação na vida familiar e que as referendará, e passarão a ter efeito
comunitária; de título executivo extrajudicial nos termos
da lei processual civil. (Redação dada
VI – participação na vida política, na pela Lei nº 11.737, de 2008)
forma da lei;
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares
VII – faculdade de buscar refúgio, não possuírem condições econômicas de
auxílio e orientação. prover o seu sustento, impõe-se ao Poder
Público esse provimento, no âmbito da
§ 2o O direito ao respeito consiste na assistência social.
inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral, abrangendo a Art. 14. Se a pessoa idosa ou seus
preservação da imagem, da identidade, da familiares não possuírem condições
autonomia, de valores, idéias e crenças, econômicas de prover o seu sustento,
dos espaços e dos objetos pessoais. impõe-se ao poder público esse
provimento, no âmbito da assistência
§ 3o É dever de todos zelar pela social. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
dignidade do idoso, colocando-o a salvo de de 2022)
qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor. CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde
§ 3º É dever de todos zelar pela
dignidade da pessoa idosa, colocando-a a
Art. 15. É assegurada a atenção
salvo de qualquer tratamento desumano,
integral à saúde do idoso, por intermédio
violento, aterrorizante, vexatório ou
do Sistema Único de Saúde – SUS,
constrangedor. (Redação dada pela Lei
garantindo-lhe o acesso universal e
nº 14.423, de 2022)
igualitário, em conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços, para a
CAPÍTULO III prevenção, promoção, proteção e
Dos Alimentos recuperação da saúde, incluindo a atenção
especial às doenças que afetam
Art. 11. Os alimentos serão preferencialmente os idosos.
prestados ao idoso na forma da lei civil.
Art. 15. É assegurada a atenção
Art. 11. Os alimentos serão integral à saúde da pessoa idosa, por
prestados à pessoa idosa na forma da lei intermédio do Sistema Único de Saúde
civil. (Redação dada pela Lei nº 14.423, (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e
de 2022) igualitário, em conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços, para a
Art. 12. A obrigação alimentar é prevenção, promoção, proteção e
solidária, podendo o idoso optar entre os recuperação da saúde, incluindo a atenção
prestadores. especial às doenças que afetam
preferencialmente as pessoas
Art. 12. A obrigação alimentar é idosas. (Redação dada pela Lei nº
solidária, podendo a pessoa idosa optar 14.423, de 2022)
entre os prestadores. (Redação dada
pela Lei nº 14.423, de 2022) § 1o A prevenção e a manutenção da
saúde do idoso serão efetivadas por meio
Art. 13. As transações relativas a de:
alimentos poderão ser celebradas perante
o Promotor de Justiça, que as referendará, § 1º A prevenção e a manutenção da
e passarão a ter efeito de título executivo saúde da pessoa idosa serão efetivadas
extrajudicial nos termos da lei processual por meio de: (Redação dada pela Lei nº
civil. 14.423, de 2022)

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I – cadastramento da população razão da idade. (Redação dada pela Lei


idosa em base territorial; nº 14.423, de 2022)

II – atendimento geriátrico e § 4o Os idosos portadores de


gerontológico em ambulatórios; deficiência ou com limitação incapacitante
terão atendimento especializado, nos
III – unidades geriátricas de termos da lei.
referência, com pessoal especializado nas
áreas de geriatria e gerontologia social; § 4º As pessoas idosas com
deficiência ou com limitação incapacitante
IV – atendimento domiciliar, incluindo terão atendimento especializado, nos
a internação, para a população que dele termos da lei. (Redação dada pela Lei nº
necessitar e esteja impossibilitada de se 14.423, de 2022)
locomover, inclusive para idosos abrigados
e acolhidos por instituições públicas, § 5o É vedado exigir o
filantrópicas ou sem fins lucrativos e comparecimento do idoso enfermo perante
eventualmente conveniadas com o Poder os órgãos públicos, hipótese na qual será
Público, nos meios urbano e rural; admitido o seguinte
procedimento: (Incluído pela Lei nº
IV – atendimento domiciliar, incluindo 12.896, de 2013)
a internação, para a população que dele
necessitar e esteja impossibilitada de se § 5º É vedado exigir o
locomover, inclusive para as pessoas comparecimento da pessoa idosa enferma
idosas abrigadas e acolhidas por perante os órgãos públicos, hipótese na
instituições públicas, filantrópicas ou sem qual será admitido o seguinte
fins lucrativos e eventualmente procedimento: (Redação dada pela Lei nº
conveniadas com o poder público, nos 14.423, de 2022)
meios urbano e rural; (Redação dada
pela Lei nº 14.423, de 2022) I - quando de interesse do poder
público, o agente promoverá o contato
V – reabilitação orientada pela necessário com o idoso em sua residência;
geriatria e gerontologia, para redução das ou (Incluído pela Lei nº 12.896, de
seqüelas decorrentes do agravo da saúde. 2013)

§ 2o Incumbe ao Poder Público I - quando de interesse do poder


fornecer aos idosos, gratuitamente, público, o agente promoverá o contato
medicamentos, especialmente os de uso necessário com a pessoa idosa em sua
continuado, assim como próteses, órteses residência; ou (Redação dada pela Lei nº
e outros recursos relativos ao tratamento, 14.423, de 2022)
habilitação ou reabilitação.
II - quando de interesse do próprio
§ 2º Incumbe ao poder público idoso, este se fará representar por
fornecer às pessoas idosas, gratuitamente, procurador legalmente
medicamentos, especialmente os de uso constituído. (Incluído pela Lei nº
continuado, assim como próteses, órteses 12.896, de 2013)
e outros recursos relativos ao tratamento,
habilitação ou reabilitação. (Redação II - quando de interesse da própria
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) pessoa idosa, esta se fará representar por
procurador legalmente
§ 3o É vedada a discriminação do constituído. (Redação dada pela Lei nº
idoso nos planos de saúde pela cobrança 14.423, de 2022)
de valores diferenciados em razão da
idade. § 6o É assegurado ao idoso enfermo
o atendimento domiciliar pela perícia
§ 3º É vedada a discriminação da médica do Instituto Nacional do Seguro
pessoa idosa nos planos de saúde pela Social - INSS, pelo serviço público de
cobrança de valores diferenciados em saúde ou pelo serviço privado de saúde,
contratado ou conveniado, que integre o

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Sistema Único de Saúde - SUS, para escrito. (Redação dada pela Lei nº
expedição do laudo de saúde necessário 14.423, de 2022)
ao exercício de seus direitos sociais e de
isenção tributária. (Incluído pela Lei nº Art. 17. Ao idoso que esteja no
12.896, de 2013) domínio de suas faculdades mentais é
assegurado o direito de optar pelo
§ 6º É assegurado à pessoa idosa tratamento de saúde que lhe for reputado
enferma o atendimento domiciliar pela mais favorável.
perícia médica do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), pelo serviço público Art. 17. À pessoa idosa que esteja no
de saúde ou pelo serviço privado de saúde, domínio de suas faculdades mentais é
contratado ou conveniado, que integre o assegurado o direito de optar pelo
SUS, para expedição do laudo de saúde tratamento de saúde que lhe for reputado
necessário ao exercício de seus direitos mais favorável. (Redação dada pela Lei
sociais e de isenção tributária. (Redação nº 14.423, de 2022)
dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Parágrafo único. Não estando o
§ 7º Em todo atendimento de saúde, idoso em condições de proceder à opção,
os maiores de oitenta anos terão esta será feita:
preferência especial sobre os demais
idosos, exceto em caso de Parágrafo único. Não estando a
emergência. (Incluído pela Lei nº 13.466, pessoa idosa em condições de proceder à
de 2017). opção, esta será feita: (Redação dada
pela Lei nº 14.423, de 2022)
§ 7º Em todo atendimento de saúde,
os maiores de 80 (oitenta) anos terão I – pelo curador, quando o idoso for
preferência especial sobre as demais interditado;
pessoas idosas, exceto em caso de
emergência. (Redação dada pela Lei nº I – pelo curador, quando a pessoa
14.423, de 2022) idosa for interditada; (Redação dada pela
Lei nº 14.423, de 2022)
Art. 16. Ao idoso internado ou em
observação é assegurado o direito a II – pelos familiares, quando o idoso
acompanhante, devendo o órgão de saúde não tiver curador ou este não puder ser
proporcionar as condições adequadas para contactado em tempo hábil;
a sua permanência em tempo integral,
segundo o critério médico. II – pelos familiares, quando a
pessoa idosa não tiver curador ou este não
Art. 16. À pessoa idosa internada ou puder ser contactado em tempo
em observação é assegurado o direito a hábil; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
acompanhante, devendo o órgão de saúde de 2022)
proporcionar as condições adequadas para
a sua permanência em tempo integral, III – pelo médico, quando ocorrer
segundo o critério médico. (Redação iminente risco de vida e não houver tempo
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) hábil para consulta a curador ou familiar;

Parágrafo único. Caberá ao IV – pelo próprio médico, quando


profissional de saúde responsável pelo não houver curador ou familiar conhecido,
tratamento conceder autorização para o caso em que deverá comunicar o fato ao
acompanhamento do idoso ou, no caso de Ministério Público.
impossibilidade, justificá-la por escrito.
Art. 18. As instituições de saúde
Parágrafo único. Caberá ao devem atender aos critérios mínimos para
profissional de saúde responsável pelo o atendimento às necessidades do idoso,
tratamento conceder autorização para o promovendo o treinamento e a capacitação
acompanhamento da pessoa idosa ou, no dos profissionais, assim como orientação a
caso de impossibilidade, justificá-la por cuidadores familiares e grupos de
auto-ajuda.

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Art. 18. As instituições de saúde qualquer ação ou omissão praticada em


devem atender aos critérios mínimos para local público ou privado que lhe cause
o atendimento às necessidades da pessoa morte, dano ou sofrimento físico ou
idosa, promovendo o treinamento e a psicológico. (Incluído pela Lei nº 12.461,
capacitação dos profissionais, assim como de 2011)
orientação a cuidadores familiares e grupos
de autoajuda. (Redação dada pela Lei nº § 1º Para os efeitos desta Lei,
14.423, de 2022) considera-se violência contra a pessoa
idosa qualquer ação ou omissão praticada
Art. 19. Os casos de suspeita ou em local público ou privado que lhe cause
confirmação de maus-tratos contra idoso morte, dano ou sofrimento físico ou
serão obrigatoriamente comunicados pelos psicológico. (Redação dada pela Lei nº
profissionais de saúde a quaisquer dos 14.423, de 2022)
seguintes órgãos:
Art. 19. Os casos de suspeita ou § 2o Aplica-se, no que couber, à
confirmação de violência praticada contra notificação compulsória prevista
idosos serão objeto de notificação no caput deste artigo, o disposto na Lei
compulsória pelos serviços de saúde no 6.259, de 30 de outubro de
públicos e privados à autoridade sanitária, 1975. (Incluído pela Lei nº 12.461, de
bem como serão obrigatoriamente 2011)
comunicados por eles a quaisquer dos
seguintes órgãos: (Redação dada CAPÍTULO V
pela Lei nº 12.461, de 2011) Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer

Art. 19. Os casos de suspeita ou


Art. 20. O idoso tem direito a
confirmação de violência praticada contra
educação, cultura, esporte, lazer,
pessoas idosas serão objeto de notificação
diversões, espetáculos, produtos e serviços
compulsória pelos serviços de saúde
que respeitem sua peculiar condição de
públicos e privados à autoridade sanitária,
idade.
bem como serão obrigatoriamente
comunicados por eles a quaisquer dos Art. 20. A pessoa idosa tem direito a
seguintes órgãos: (Redação dada pela educação, cultura, esporte, lazer,
Lei nº 14.423, de 2022) diversões, espetáculos, produtos e serviços
que respeitem sua peculiar condição de
I – autoridade policial;
idade. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)
II – Ministério Público;
Art. 21. O Poder Público criará
III – Conselho Municipal do Idoso;
oportunidades de acesso do idoso à
educação, adequando currículos,
III – Conselho Municipal da Pessoa
metodologias e material didático aos
Idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
programas educacionais a ele destinados.
de 2022)
Art. 21. O poder público criará
IV – Conselho Estadual do Idoso;
oportunidades de acesso da pessoa idosa
à educação, adequando currículos,
IV – Conselho Estadual da Pessoa
metodologias e material didático aos
Idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
programas educacionais a ela
de 2022)
destinados. (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022)
V – Conselho Nacional do Idoso.
§ 1o Os cursos especiais para idosos
V – Conselho Nacional da Pessoa
incluirão conteúdo relativo às técnicas de
Idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
comunicação, computação e demais
de 2022)
avanços tecnológicos, para sua integração
à vida moderna.
§ 1o Para os efeitos desta Lei,
considera-se violência contra o idoso

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§ 1º Os cursos especiais para Art. 24. Os meios de comunicação


pessoas idosas incluirão conteúdo relativo manterão espaços ou horários especiais
às técnicas de comunicação, computação e voltados aos idosos, com finalidade
demais avanços tecnológicos, para sua informativa, educativa, artística e cultural, e
integração à vida moderna. (Redação ao público sobre o processo de
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) envelhecimento.

§ 2o Os idosos participarão das Art. 24. Os meios de comunicação


comemorações de caráter cívico ou manterão espaços ou horários especiais
cultural, para transmissão de voltados às pessoas idosas, com finalidade
conhecimentos e vivências às demais informativa, educativa, artística e cultural, e
gerações, no sentido da preservação da ao público sobre o processo de
memória e da identidade culturais. envelhecimento. (Redação dada pela Lei
nº 14.423, de 2022)
§ 2º As pessoas idosas participarão
das comemorações de caráter cívico ou Art. 25. O Poder Público apoiará a
cultural, para transmissão de criação de universidade aberta para as
conhecimentos e vivências às demais pessoas idosas e incentivará a publicação
gerações, no sentido da preservação da de livros e periódicos, de conteúdo e
memória e da identidade padrão editorial adequados ao idoso, que
culturais. (Redação dada pela Lei nº facilitem a leitura, considerada a natural
14.423, de 2022) redução da capacidade visual.

Art. 22. Nos currículos mínimos dos Art. 25. As instituições de educação
diversos níveis de ensino formal serão superior ofertarão às pessoas idosas, na
inseridos conteúdos voltados ao processo perspectiva da educação ao longo da vida,
de envelhecimento, ao respeito e à cursos e programas de extensão,
valorização do idoso, de forma a eliminar o presenciais ou a distância, constituídos por
preconceito e a produzir conhecimentos atividades formais e não formais.
sobre a matéria. (Redação dada pela lei nº 13.535, de
2017)
Art. 22. Nos currículos mínimos dos
diversos níveis de ensino formal serão Parágrafo único. O poder público
inseridos conteúdos voltados ao processo apoiará a criação de universidade aberta
de envelhecimento, ao respeito e à para as pessoas idosas e incentivará a
valorização da pessoa idosa, de forma a publicação de livros e periódicos, de
eliminar o preconceito e a produzir conteúdo e padrão editorial adequados ao
conhecimentos sobre a idoso, que facilitem a leitura, considerada a
matéria. (Redação dada pela Lei nº natural redução da capacidade visual.
14.423, de 2022) (Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)

Art. 23. A participação dos idosos em Parágrafo único. O poder público


atividades culturais e de lazer será apoiará a criação de universidade aberta
proporcionada mediante descontos de pelo para as pessoas idosas e incentivará a
menos 50% (cinqüenta por cento) nos publicação de livros e periódicos, de
ingressos para eventos artísticos, culturais, conteúdo e padrão editorial adequados à
esportivos e de lazer, bem como o acesso pessoa idosa, que facilitem a leitura,
preferencial aos respectivos locais. considerada a natural redução da
capacidade visual. (Redação dada pela
Art. 23. A participação das pessoas Lei nº 14.423, de 2022)
idosas em atividades culturais e de lazer
será proporcionada mediante descontos de CAPÍTULO VI
pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos Da Profissionalização e do Trabalho
ingressos para eventos artísticos, culturais,
esportivos e de lazer, bem como o acesso
Art. 26. O idoso tem direito ao
preferencial aos respectivos
exercício de atividade profissional,
locais. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)

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respeitadas suas condições físicas, CAPÍTULO VII


intelectuais e psíquicas. Da Previdência Social

Art. 26. A pessoa idosa tem direito Art. 29. Os benefícios de


ao exercício de atividade profissional, aposentadoria e pensão do Regime Geral
respeitadas suas condições físicas, da Previdência Social observarão, na sua
intelectuais e psíquicas. (Redação dada concessão, critérios de cálculo que
pela Lei nº 14.423, de 2022) preservem o valor real dos salários sobre
os quais incidiram contribuição, nos termos
Art. 27. Na admissão do idoso em da legislação vigente.
qualquer trabalho ou emprego, é vedada a
discriminação e a fixação de limite máximo Parágrafo único. Os valores dos
de idade, inclusive para concursos, benefícios em manutenção serão
ressalvados os casos em que a natureza reajustados na mesma data de reajuste do
do cargo o exigir. salário-mínimo, pro rata, de acordo com
suas respectivas datas de início ou do seu
Art. 27. Na admissão da pessoa último reajustamento, com base em
idosa em qualquer trabalho ou emprego, percentual definido em regulamento,
são vedadas a discriminação e a fixação de observados os critérios estabelecidos
limite máximo de idade, inclusive para pela Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991.
concursos, ressalvados os casos em que a
natureza do cargo o exigir. (Redação dada Art. 30. A perda da condição de
pela Lei nº 14.423, de 2022) segurado não será considerada para a
concessão da aposentadoria por idade,
Parágrafo único. O primeiro critério desde que a pessoa conte com, no mínimo,
de desempate em concurso público será a o tempo de contribuição correspondente ao
idade, dando-se preferência ao de idade exigido para efeito de carência na data de
mais elevada. requerimento do benefício.
Art. 28. O Poder Público criará e Parágrafo único. O cálculo do valor
estimulará programas de: do benefício previsto no caput observará o
disposto no caput e § 2o do art. 3o da Lei
I – profissionalização especializada no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou,
para os idosos, aproveitando seus não havendo salários-de-contribuição
potenciais e habilidades para atividades recolhidos a partir da competência de julho
regulares e remuneradas; de 1994, o disposto no art. 35 da Lei
no 8.213, de 1991.
I – profissionalização especializada
para as pessoas idosas, aproveitando seus Art. 31. O pagamento de parcelas
potenciais e habilidades para atividades relativas a benefícios, efetuado com atraso
regulares e remuneradas; (Redação dada por responsabilidade da Previdência Social,
pela Lei nº 14.423, de 2022) será atualizado pelo mesmo índice utilizado
para os reajustamentos dos benefícios do
II – preparação dos trabalhadores Regime Geral de Previdência Social,
para a aposentadoria, com antecedência verificado no período compreendido entre o
mínima de 1 (um) ano, por meio de mês que deveria ter sido pago e o mês do
estímulo a novos projetos sociais, conforme efetivo pagamento.
seus interesses, e de esclarecimento sobre
os direitos sociais e de cidadania; Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho,
1o de Maio, é a data-base dos aposentados
III – estímulo às empresas privadas e pensionistas.
para admissão de idosos ao trabalho.
CAPÍTULO VIII
III – estímulo às empresas privadas
Da Assistência Social
para admissão de pessoas idosas ao
trabalho. (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) Art. 33. A assistência social aos
idosos será prestada, de forma articulada,

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conforme os princípios e diretrizes Social estabelecerá a forma de participação


previstos na Lei Orgânica da Assistência prevista no § 1o, que não poderá exceder a
Social, na Política Nacional do Idoso, no 70% (setenta por cento) de qualquer
Sistema Único de Saúde e demais normas benefício previdenciário ou de assistência
pertinentes. social percebido pelo idoso.

Art. 33. A assistência social às § 2º O Conselho Municipal da


pessoas idosas será prestada, de forma Pessoa Idosa ou o Conselho Municipal da
articulada, conforme os princípios e Assistência Social estabelecerá a forma de
diretrizes previstos na Lei Orgânica da participação prevista no § 1º deste artigo,
Assistência Social (Loas), na Política que não poderá exceder a 70% (setenta
Nacional da Pessoa Idosa, no SUS e nas por cento) de qualquer benefício
demais normas pertinentes (Redação previdenciário ou de assistência social
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) percebido pela pessoa idosa. (Redação
dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65
(sessenta e cinco) anos, que não possuam § 3o Se a pessoa idosa for incapaz,
meios para prover sua subsistência, nem caberá a seu representante legal firmar o
de tê-la provida por sua família, é contrato a que se refere o caput deste
assegurado o benefício mensal de 1 (um) artigo.
salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica
da Assistência Social – Loas. (Vide Art. 36. O acolhimento de idosos em
Decreto nº 6.214, de 2007) situação de risco social, por adulto ou
núcleo familiar, caracteriza a dependência
Art. 34. Às pessoas idosas, a partir econômica, para os efeitos
de 65 (sessenta e cinco) anos, que não legais. (Vigência)
possuam meios para prover sua
subsistência, nem de tê-la provida por sua Art. 36. O acolhimento de pessoas
família, é assegurado o benefício mensal idosas em situação de risco social, por
de 1 (um) salário mínimo, nos termos da adulto ou núcleo familiar, caracteriza a
Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de dependência econômica, para os efeitos
2007) (Redação dada pela Lei nº legais. (Vigência) (Redação dada pela
14.423, de 2022) Lei nº 14.423, de 2022)

Parágrafo único. O benefício já CAPÍTULO IX


concedido a qualquer membro da família Da Habitação
nos termos do caput não será computado
para os fins do cálculo da renda
Art. 37. O idoso tem direito a moradia
familiar per capita a que se refere a Loas.
digna, no seio da família natural ou
substituta, ou desacompanhado de seus
Art. 35. Todas as entidades de longa
familiares, quando assim o desejar, ou,
permanência, ou casa-lar, são obrigadas a
ainda, em instituição pública ou privada.
firmar contrato de prestação de serviços
com a pessoa idosa abrigada.
Art. 37. A pessoa idosa tem direito a
moradia digna, no seio da família natural ou
§ 1o No caso de entidades
substituta, ou desacompanhada de seus
filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a
familiares, quando assim o desejar, ou,
cobrança de participação do idoso no
ainda, em instituição pública ou
custeio da entidade.
privada. (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022)
§ 1º No caso de entidade filantrópica,
ou casa-lar, é facultada a cobrança de
§ 1o A assistência integral na
participação da pessoa idosa no custeio da
modalidade de entidade de longa
entidade. (Redação dada pela Lei nº
permanência será prestada quando
14.423, de 2022)
verificada inexistência de grupo familiar,
casa-lar, abandono ou carência de recursos
§ 2o O Conselho Municipal do Idoso
financeiros próprios ou da família.
ou o Conselho Municipal da Assistência

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§ 2o Toda instituição dedicada ao idosas; (Redação dada pela Lei nº


atendimento ao idoso fica obrigada a 14.423, de 2022)
manter identificação externa visível, sob
pena de interdição, além de atender toda a II – implantação de equipamentos
legislação pertinente. urbanos comunitários voltados ao idoso;

§ 2º Toda instituição dedicada ao II – implantação de equipamentos


atendimento à pessoa idosa fica obrigada a urbanos comunitários voltados à pessoa
manter identificação externa visível, sob idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
pena de interdição, além de atender toda a de 2022)
legislação pertinente. (Redação dada
pela Lei nº 14.423, de 2022) III – eliminação de barreiras
arquitetônicas e urbanísticas, para garantia
§ 3o As instituições que abrigarem de acessibilidade ao idoso;
idosos são obrigadas a manter padrões de
habitação compatíveis com as III – eliminação de barreiras
necessidades deles, bem como provê-los arquitetônicas e urbanísticas, para garantia
com alimentação regular e higiene de acessibilidade à pessoa
indispensáveis às normas sanitárias e com idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
estas condizentes, sob as penas da lei. de 2022)

§ 3º As instituições que abrigarem IV – critérios de financiamento


pessoas idosas são obrigadas a manter compatíveis com os rendimentos de
padrões de habitação compatíveis com as aposentadoria e pensão.
necessidades delas, bem como provê-las
com alimentação regular e higiene Parágrafo único. As unidades
indispensáveis às normas sanitárias e com residenciais reservadas para atendimento a
estas condizentes, sob as penas da idosos devem situar-se, preferencialmente,
lei. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de no pavimento térreo. (Incluído pela Lei
2022) nº 12.419, de 2011)

Art. 38. Nos programas Parágrafo único. As unidades


habitacionais, públicos ou subsidiados com residenciais reservadas para atendimento a
recursos públicos, o idoso goza de pessoas idosas devem situar-se,
prioridade na aquisição de imóvel para preferencialmente, no pavimento
moradia própria, observado o seguinte: térreo. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)
Art. 38. Nos programas
habitacionais, públicos ou subsidiados com CAPÍTULO X
recursos públicos, a pessoa idosa goza de Do Transporte
prioridade na aquisição de imóvel para
moradia própria, observado o Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta
seguinte: (Redação dada pela Lei nº e cinco) anos fica assegurada a gratuidade
14.423, de 2022) dos transportes coletivos públicos urbanos
e semi-urbanos, exceto nos serviços
I – reserva de 3% (três por cento) seletivos e especiais, quando prestados
das unidades residenciais para paralelamente aos serviços regulares.
atendimento aos idosos;
I - reserva de pelo menos 3% (três § 1o Para ter acesso à gratuidade,
por cento) das unidades habitacionais basta que o idoso apresente qualquer
residenciais para atendimento aos documento pessoal que faça prova de sua
idosos; (Redação dada pela Lei nº idade.
12.418, de 2011)
§ 1º Para ter acesso à gratuidade,
I - reserva de pelo menos 3% (três basta que a pessoa idosa apresente
por cento) das unidades habitacionais qualquer documento pessoal que faça
residenciais para atendimento às pessoas

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prova de sua idade. (Redação dada pela critérios para o exercício dos direitos
Lei nº 14.423, de 2022) previstos nos incisos I e II.

§ 2o Nos veículos de transporte Art. 41. É assegurada a reserva,


coletivo de que trata este artigo, serão para os idosos, nos termos da lei local, de
reservados 10% (dez por cento) dos 5% (cinco por cento) das vagas nos
assentos para os idosos, devidamente estacionamentos públicos e privados, as
identificados com a placa de reservado quais deverão ser posicionadas de forma a
preferencialmente para idosos. garantir a melhor comodidade ao idoso.

§ 2º Nos veículos de transporte Art. 41. É assegurada a reserva para


coletivo de que trata este artigo, serão as pessoas idosas, nos termos da lei local,
reservados 10% (dez por cento) dos de 5% (cinco por cento) das vagas nos
assentos para as pessoas idosas, estacionamentos públicos e privados, as
devidamente identificados com a placa de quais deverão ser posicionadas de forma a
reservado preferencialmente para pessoas garantir a melhor comodidade à pessoa
idosas. (Redação dada pela Lei nº idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
14.423, de 2022) de 2022)

§ 3o No caso das pessoas Art. 42. É assegurada a prioridade do


compreendidas na faixa etária entre 60 idoso no embarque no sistema de
(sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, transporte coletivo.
ficará a critério da legislação local dispor Art. 42. São asseguradas a
sobre as condições para exercício da prioridade e a segurança do idoso nos
gratuidade nos meios de transporte procedimentos de embarque e
previstos no caput deste artigo. desembarque nos veículos do sistema de
transporte coletivo. (Redação dada pela
Art. 40. No sistema de transporte Lei nº 12.899, de 2013)
coletivo interestadual observar-se-á, nos
termos da legislação Art. 42. São asseguradas a
específica: (Regulamento) (Vide prioridade e a segurança da pessoa idosa
Decreto nº 5.934, de 2006) nos procedimentos de embarque e
desembarque nos veículos do sistema de
I – a reserva de 2 (duas) vagas transporte coletivo. (Redação dada pela
gratuitas por veículo para idosos com renda Lei nº 14.423, de 2022)
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
TÍTULO III
I – a reserva de 2 (duas) vagas Das Medidas de Proteção
gratuitas por veículo para pessoas idosas
com renda igual ou inferior a 2 (dois)
CAPÍTULO I
salários mínimos; (Redação dada pela
Das Disposições Gerais
Lei nº 14.423, de 2022)

II – desconto de 50% (cinqüenta por Art. 43. As medidas de proteção ao


cento), no mínimo, no valor das passagens, idoso são aplicáveis sempre que os direitos
para os idosos que excederem as vagas reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 ou violados:
(dois) salários-mínimos.
Art. 43. As medidas de proteção à
II – desconto de 50% (cinquenta por pessoa idosa são aplicáveis sempre que os
cento), no mínimo, no valor das passagens, direitos reconhecidos nesta Lei forem
para as pessoas idosas que excederem as ameaçados ou violados: (Redação dada
vagas gratuitas, com renda igual ou inferior pela Lei nº 14.423, de 2022)
a 2 (dois) salários mínimos. (Redação
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) I – por ação ou omissão da
sociedade ou do Estado;
Parágrafo único. Caberá aos órgãos
competentes definir os mecanismos e os

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II – por falta, omissão ou abuso da V – abrigo em entidade;


família, curador ou entidade de
atendimento; VI – abrigo temporário.

III – em razão de sua condição TÍTULO IV


pessoal. Da Política de Atendimento ao Idoso

CAPÍTULO II CAPÍTULO I
Das Medidas Específicas de Proteção Disposições Gerais

Art. 44. As medidas de proteção ao Art. 46. A política de atendimento ao


idoso previstas nesta Lei poderão ser idoso far-se-á por meio do conjunto
aplicadas, isolada ou cumulativamente, e articulado de ações governamentais e
levarão em conta os fins sociais a que se não-governamentais da União, dos
destinam e o fortalecimento dos vínculos Estados, do Distrito Federal e dos
familiares e comunitários. Municípios.

Art. 44. As medidas de proteção à Art. 46. A política de atendimento à


pessoa idosa previstas nesta Lei poderão pessoa idosa far-se-á por meio do conjunto
ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, articulado de ações governamentais e não
e levarão em conta os fins sociais a que se governamentais da União, dos Estados, do
destinam e o fortalecimento dos vínculos Distrito Federal e dos
familiares e comunitários. (Redação dada Municípios. (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 14.423, de 2022) 14.423, de 2022)

Art. 45. Verificada qualquer das Art. 47. São linhas de ação da
hipóteses previstas no art. 43, o Ministério política de atendimento:
Público ou o Poder Judiciário, a
requerimento daquele, poderá determinar, I – políticas sociais básicas, previstas
dentre outras, as seguintes medidas: na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994;

I – encaminhamento à família ou II – políticas e programas de


curador, mediante termo de assistência social, em caráter supletivo,
responsabilidade; para aqueles que necessitarem;

II – orientação, apoio e III – serviços especiais de prevenção


acompanhamento temporários; e atendimento às vítimas de negligência,
maus-tratos, exploração, abuso, crueldade
III – requisição para tratamento de e opressão;
sua saúde, em regime ambulatorial,
hospitalar ou domiciliar; IV – serviço de identificação e
localização de parentes ou responsáveis
IV – inclusão em programa oficial ou por idosos abandonados em hospitais e
comunitário de auxílio, orientação e instituições de longa permanência;
tratamento a usuários dependentes de
drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou IV – serviço de identificação e
à pessoa de sua convivência que lhe cause localização de parentes ou responsáveis
perturbação; por pessoas idosas abandonados em
hospitais e instituições de longa
IV – inclusão em programa oficial ou permanência; (Redação dada pela Lei nº
comunitário de auxílio, orientação e 14.423, de 2022)
tratamento a usuários dependentes de
drogas lícitas ou ilícitas, à própria pessoa V – proteção jurídico-social por
idosa ou à pessoa de sua convivência que entidades de defesa dos direitos dos
lhe cause perturbação; (Redação dada idosos;
pela Lei nº 14.423, de 2022)

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V – proteção jurídico-social por requisitos: (Redação dada pela Lei nº


entidades de defesa dos direitos das 14.423, de 2022)
pessoas idosas; (Redação dada pela Lei
nº 14.423, de 2022) I – oferecer instalações físicas em
condições adequadas de habitabilidade,
VI – mobilização da opinião pública higiene, salubridade e segurança;
no sentido da participação dos diversos
segmentos da sociedade no atendimento II – apresentar objetivos estatutários
do idoso. e plano de trabalho compatíveis com os
princípios desta Lei;
VI – mobilização da opinião pública
no sentido da participação dos diversos III – estar regularmente constituída;
segmentos da sociedade no atendimento
da pessoa idosa. (Redação dada pela Lei IV – demonstrar a idoneidade de
nº 14.423, de 2022) seus dirigentes.

CAPÍTULO II Art. 49. As entidades que


Das Entidades de Atendimento ao Idoso desenvolvam programas de
institucionalização de longa permanência
adotarão os seguintes princípios:
Art. 48. As entidades de atendimento
são responsáveis pela manutenção das
I – preservação dos vínculos
próprias unidades, observadas as normas
familiares;
de planejamento e execução emanadas do
órgão competente da Política Nacional do
II – atendimento personalizado e em
Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994.
pequenos grupos;
Art. 48. As entidades de atendimento
III – manutenção do idoso na mesma
são responsáveis pela manutenção das
instituição, salvo em caso de força maior;
próprias unidades, observadas as normas
de planejamento e execução emanadas do
III – manutenção da pessoa idosa na
órgão competente da Política Nacional da
mesma instituição, salvo em caso de força
Pessoa Idosa, conforme a Lei nº 8.842, de maior; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
4 de janeiro de 1994. (Redação dada
de 2022)
pela Lei nº 14.423, de 2022)
IV – participação do idoso nas
Parágrafo único. As entidades
atividades comunitárias, de caráter interno
governamentais e não-governamentais de
e externo;
assistência ao idoso ficam sujeitas à
inscrição de seus programas, junto ao IV – participação da pessoa idosa
órgão competente da Vigilância Sanitária e nas atividades comunitárias, de caráter
Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em interno e externo; (Redação dada pela
sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Lei nº 14.423, de 2022)
Nacional da Pessoa Idosa, especificando
os regimes de atendimento, observados os V – observância dos direitos e
seguintes requisitos: garantias dos idosos;
Parágrafo único. As entidades V – observância dos direitos e
governamentais e não governamentais de garantias das pessoas idosas; (Redação
assistência à pessoa idosa ficam sujeitas à dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
inscrição de seus programas perante o
órgão competente da Vigilância Sanitária e VI – preservação da identidade do
o Conselho Municipal da Pessoa Idosa e, idoso e oferecimento de ambiente de
em sua falta, perante o Conselho Estadual respeito e dignidade.
ou Nacional da Pessoa Idosa,
especificando os regimes de atendimento, VI – preservação da identidade da
observados os seguintes pessoa idosa e oferecimento de ambiente

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de respeito e dignidade. (Redação dada VII – oferecer acomodações


pela Lei nº 14.423, de 2022) apropriadas para recebimento de visitas;

Parágrafo único. O dirigente de VIII – proporcionar cuidados à saúde,


instituição prestadora de atendimento ao conforme a necessidade do idoso;
idoso responderá civil e criminalmente
pelos atos que praticar em detrimento do VIII – proporcionar cuidados à saúde,
idoso, sem prejuízo das sanções conforme a necessidade da pessoa
administrativas. idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)
Parágrafo único. O dirigente de
instituição prestadora de atendimento à IX – promover atividades
pessoa idosa responderá civil e educacionais, esportivas, culturais e de
criminalmente pelos atos que praticar em lazer;
detrimento da pessoa idosa, sem prejuízo
das sanções administrativas. (Redação X – propiciar assistência religiosa
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) àqueles que desejarem, de acordo com
suas crenças;
Art. 50. Constituem obrigações das
entidades de atendimento: XI – proceder a estudo social e
pessoal de cada caso;
I – celebrar contrato escrito de
prestação de serviço com o idoso, XII – comunicar à autoridade
especificando o tipo de atendimento, as competente de saúde toda ocorrência de
obrigações da entidade e prestações idoso portador de doenças
decorrentes do contrato, com os infecto-contagiosas;
respectivos preços, se for o caso;
XII – comunicar à autoridade
I – celebrar contrato escrito de competente de saúde toda ocorrência de
prestação de serviço com a pessoa idosa, pessoa idosa com doenças
especificando o tipo de atendimento, as infectocontagiosas; (Redação dada pela
obrigações da entidade e prestações Lei nº 14.423, de 2022)
decorrentes do contrato, com os
respectivos preços, se for o XIII – providenciar ou solicitar que o
caso; (Redação dada pela Lei nº 14.423, Ministério Público requisite os documentos
de 2022) necessários ao exercício da cidadania
àqueles que não os tiverem, na forma da
II – observar os direitos e as lei;
garantias de que são titulares os idosos;
XIV – fornecer comprovante de
II – observar os direitos e as depósito dos bens móveis que receberem
garantias de que são titulares as pessoas dos idosos;
idosas; (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) XIV – fornecer comprovante de
depósito dos bens móveis que receberem
III – fornecer vestuário adequado, se das pessoas idosas; (Redação dada pela
for pública, e alimentação suficiente; Lei nº 14.423, de 2022)

IV – oferecer instalações físicas em XV – manter arquivo de anotações


condições adequadas de habitabilidade; onde constem data e circunstâncias do
atendimento, nome do idoso, responsável,
V – oferecer atendimento parentes, endereços, cidade, relação de
personalizado; seus pertences, bem como o valor de
contribuições, e suas alterações, se houver,
VI – diligenciar no sentido da e demais dados que possibilitem sua
preservação dos vínculos familiares; identificação e a individualização do
atendimento;

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XV – manter arquivo de anotações avaliação da política nacional do idoso, no


no qual constem data e circunstâncias do âmbito das respectivas instâncias
atendimento, nome da pessoa idosa, político-administrativas." (NR)
responsável, parentes, endereços, cidade,
relação de seus pertences, bem como o Art. 54. Será dada publicidade das
valor de contribuições, e suas alterações, prestações de contas dos recursos públicos
se houver, e demais dados que possibilitem e privados recebidos pelas entidades de
sua identificação e a individualização do atendimento.
atendimento; (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) Art. 55. As entidades de atendimento
que descumprirem as determinações desta
XVI – comunicar ao Ministério Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da
Público, para as providências cabíveis, a responsabilidade civil e criminal de seus
situação de abandono moral ou material dirigentes ou prepostos, às seguintes
por parte dos familiares; penalidades, observado o devido processo
legal:
XVII – manter no quadro de pessoal
profissionais com formação específica. I – as entidades governamentais:

Art. 51. As instituições filantrópicas a) advertência;


ou sem fins lucrativos prestadoras de
serviço ao idoso terão direito à assistência b) afastamento provisório de seus
judiciária gratuita. dirigentes;

Art. 51. As instituições filantrópicas c) afastamento definitivo de seus


ou sem fins lucrativos prestadoras de dirigentes;
serviço às pessoas idosas terão direito à
assistência judiciária gratuita. (Redação d) fechamento de unidade ou
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) interdição de programa;

CAPÍTULO III II – as entidades


Da Fiscalização das Entidades de não-governamentais:
Atendimento
a) advertência;
Art. 52. As entidades
governamentais e não-governamentais de b) multa;
atendimento ao idoso serão fiscalizadas
pelos Conselhos do Idoso, Ministério c) suspensão parcial ou total do
Público, Vigilância Sanitária e outros repasse de verbas públicas;
previstos em lei.
d) interdição de unidade ou
Art. 52. As entidades suspensão de programa;
governamentais e não governamentais de
atendimento à pessoa idosa serão e) proibição de atendimento a idosos
fiscalizadas pelos Conselhos da Pessoa a bem do interesse público.
Idosa, Ministério Público, Vigilância
Sanitária e outros previstos em e) proibição de atendimento a
lei. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de pessoas idosas a bem do interesse
2022) público. (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022)
Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de
1994, passa a vigorar com a seguinte § 1o Havendo danos aos idosos
redação: abrigados ou qualquer tipo de fraude em
relação ao programa, caberá o afastamento
provisório dos dirigentes ou a interdição da
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que unidade e a suspensão do programa.
trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o
acompanhamento, a fiscalização e a

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§ 1º Havendo danos às pessoas Art. 56. Deixar a entidade de


idosas abrigadas ou qualquer tipo de atendimento de cumprir as determinações
fraude em relação ao programa, caberá o do art. 50 desta Lei:
afastamento provisório dos dirigentes ou a
interdição da unidade e a suspensão do Pena – multa de R$ 500,00
programa. (Redação dada pela Lei nº (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil
14.423, de 2022) reais), se o fato não for caracterizado como
crime, podendo haver a interdição do
§ 2o A suspensão parcial ou total do estabelecimento até que sejam cumpridas
repasse de verbas públicas ocorrerá as exigências legais.
quando verificada a má aplicação ou desvio
de finalidade dos recursos. Parágrafo único. No caso de
interdição do estabelecimento de longa
§ 3o Na ocorrência de infração por permanência, os idosos abrigados serão
entidade de atendimento, que coloque em transferidos para outra instituição, a
risco os direitos assegurados nesta Lei, expensas do estabelecimento interditado,
será o fato comunicado ao Ministério enquanto durar a interdição.
Público, para as providências cabíveis,
inclusive para promover a suspensão das Parágrafo único. No caso de
atividades ou dissolução da entidade, com interdição do estabelecimento de longa
a proibição de atendimento a idosos a bem permanência, as pessoas idosas abrigadas
do interesse público, sem prejuízo das serão transferidas para outra instituição, a
providências a serem tomadas pela expensas do estabelecimento interditado,
Vigilância Sanitária. enquanto durar a interdição. (Redação
dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
§ 3º Na ocorrência de infração por
entidade de atendimento que coloque em Art. 57. Deixar o profissional de
risco os direitos assegurados nesta Lei, saúde ou o responsável por
será o fato comunicado ao Ministério estabelecimento de saúde ou instituição de
Público, para as providências cabíveis, longa permanência de comunicar à
inclusive para promover a suspensão das autoridade competente os casos de crimes
atividades ou dissolução da entidade, com contra idoso de que tiver conhecimento:
a proibição de atendimento a pessoas
idosas a bem do interesse público, sem Art. 57. Deixar o profissional de
prejuízo das providências a serem tomadas saúde ou o responsável por
pela Vigilância Sanitária. (Redação dada estabelecimento de saúde ou instituição de
pela Lei nº 14.423, de 2022) longa permanência de comunicar à
autoridade competente os casos de crimes
§ 4o Na aplicação das penalidades, contra pessoa idosa de que tiver
serão consideradas a natureza e a conhecimento: (Redação dada pela Lei nº
gravidade da infração cometida, os danos 14.423, de 2022)
que dela provierem para o idoso, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e Pena – multa de R$ 500,00
os antecedentes da entidade. (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil
reais), aplicada em dobro no caso de
§ 4º Na aplicação das penalidades, reincidência.
serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos Art. 58. Deixar de cumprir as
que dela provierem para a pessoa idosa, as determinações desta Lei sobre a prioridade
circunstâncias agravantes ou atenuantes e no atendimento ao idoso:
os antecedentes da entidade. (Redação
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 58. Deixar de cumprir as
determinações desta Lei sobre a prioridade
CAPÍTULO IV no atendimento à pessoa
Das Infrações Administrativas idosa: (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)

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Pena – multa de R$ 500,00 contado da data da intimação, que será


(quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil feita:
reais) e multa civil a ser estipulada pelo
juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso. I – pelo autuante, no instrumento de
autuação, quando for lavrado na presença
Pena – multa de R$ 500,00 do infrator;
(quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (mil reais)
e multa civil a ser estipulada pelo juiz, II – por via postal, com aviso de
conforme o dano sofrido pela pessoa recebimento.
idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022) Art. 62. Havendo risco para a vida ou
à saúde do idoso, a autoridade competente
CAPÍTULO V aplicará à entidade de atendimento as
Da Apuração Administrativa de Infração às sanções regulamentares, sem prejuízo da
Normas de Proteção ao Idoso iniciativa e das providências que vierem a
ser adotadas pelo Ministério Público ou
pelas demais instituições legitimadas para
Da Apuração Administrativa de Infração às
a fiscalização.
Normas de Proteção à Pessoa Idosa
(Redação dada pela Lei nº 14.423, de
Art. 62. Havendo risco para a vida ou
2022)
à saúde da pessoa idosa, a autoridade
competente aplicará à entidade de
Art. 59. Os valores monetários atendimento as sanções regulamentares,
expressos no Capítulo IV serão atualizados sem prejuízo da iniciativa e das
anualmente, na forma da lei. providências que vierem a ser adotadas
pelo Ministério Público ou pelas demais
Art. 60. O procedimento para a instituições legitimadas para a
imposição de penalidade administrativa por fiscalização. (Redação dada pela Lei nº
infração às normas de proteção ao idoso 14.423, de 2022)
terá início com requisição do Ministério
Público ou auto de infração elaborado por Art. 63. Nos casos em que não
servidor efetivo e assinado, se possível, por houver risco para a vida ou a saúde da
duas testemunhas. pessoa idosa abrigada, a autoridade
competente aplicará à entidade de
Art. 60. O procedimento para a atendimento as sanções regulamentares,
imposição de penalidade administrativa por sem prejuízo da iniciativa e das
infração às normas de proteção à pessoa providências que vierem a ser adotadas
idosa terá início com requisição do pelo Ministério Público ou pelas demais
Ministério Público ou auto de infração instituições legitimadas para a fiscalização.
elaborado por servidor efetivo e assinado,
se possível, por 2 (duas)
CAPÍTULO VI
testemunhas. (Redação dada pela Lei nº
Da Apuração Judicial de Irregularidades em
14.423, de 2022)
Entidade de Atendimento
§ 1o No procedimento iniciado com o
auto de infração poderão ser usadas Art. 64. Aplicam-se,
fórmulas impressas, especificando-se a subsidiariamente, ao procedimento
natureza e as circunstâncias da infração. administrativo de que trata este Capítulo as
disposições das Leis nos 6.437, de 20 de
§ 2o Sempre que possível, à agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro
verificação da infração seguir-se-á a de 1999.
lavratura do auto, ou este será lavrado
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, por Art. 65. O procedimento de apuração
motivo justificado. de irregularidade em entidade
governamental e não-governamental de
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 atendimento ao idoso terá início mediante
(dez) dias para a apresentação da defesa, petição fundamentada de pessoa

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interessada ou iniciativa do Ministério irregularidades verificadas. Satisfeitas as


Público. exigências, o processo será extinto, sem
julgamento do mérito.
Art. 65. O procedimento de apuração
de irregularidade em entidade § 4o A multa e a advertência serão
governamental e não governamental de impostas ao dirigente da entidade ou ao
atendimento à pessoa idosa terá início responsável pelo programa de
mediante petição fundamentada de pessoa atendimento.
interessada ou iniciativa do Ministério
Público. (Redação dada pela Lei nº TÍTULO V
14.423, de 2022) Do Acesso à Justiça

Art. 66. Havendo motivo grave,


CAPÍTULO I
poderá a autoridade judiciária, ouvido o
Disposições Gerais
Ministério Público, decretar liminarmente o
afastamento provisório do dirigente da
entidade ou outras medidas que julgar Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente,
adequadas, para evitar lesão aos direitos às disposições deste Capítulo, o
do idoso, mediante decisão fundamentada. procedimento sumário previsto no Código
de Processo Civil, naquilo que não
Art. 66. Havendo motivo grave, contrarie os prazos previstos nesta Lei.
poderá a autoridade judiciária, ouvido o
Ministério Público, decretar liminarmente o Art. 70. O Poder Público poderá criar
afastamento provisório do dirigente da varas especializadas e exclusivas do idoso.
entidade ou outras medidas que julgar
adequadas, para evitar lesão aos direitos Art. 70. O poder público poderá criar
da pessoa idosa, mediante decisão varas especializadas e exclusivas da
fundamentada. (Redação dada pela Lei pessoa idosa. (Redação dada pela Lei nº
nº 14.423, de 2022) 14.423, de 2022)

Art. 67. O dirigente da entidade será Art. 71. É assegurada prioridade na


citado para, no prazo de 10 (dez) dias, tramitação dos processos e procedimentos
oferecer resposta escrita, podendo juntar e na execução dos atos e diligências
documentos e indicar as provas a produzir. judiciais em que figure como parte ou
interveniente pessoa com idade igual ou
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer
procederá na conformidade do art. 69 ou, instância.
se necessário, designará audiência de
instrução e julgamento, deliberando sobre a § 1o O interessado na obtenção da
necessidade de produção de outras provas. prioridade a que alude este artigo, fazendo
prova de sua idade, requererá o benefício à
§ 1o Salvo manifestação em autoridade judiciária competente para
audiência, as partes e o Ministério Público decidir o feito, que determinará as
terão 5 (cinco) dias para oferecer providências a serem cumpridas,
alegações finais, decidindo a autoridade anotando-se essa circunstância em local
judiciária em igual prazo. visível nos autos do processo.

§ 2o Em se tratando de afastamento § 2o A prioridade não cessará com a


provisório ou definitivo de dirigente de morte do beneficiado, estendendo-se em
entidade governamental, a autoridade favor do cônjuge supérstite, companheiro
judiciária oficiará a autoridade ou companheira, com união estável, maior
administrativa imediatamente superior ao de 60 (sessenta) anos.
afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e
quatro) horas para proceder à substituição. § 3o A prioridade se estende aos
processos e procedimentos na
§ 3o Antes de aplicar qualquer das Administração Pública, empresas
medidas, a autoridade judiciária poderá prestadoras de serviços públicos e
fixar prazo para a remoção das instituições financeiras, ao atendimento

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preferencial junto à Defensoria Publica da II – promover e acompanhar as


União, dos Estados e do Distrito Federal ações de alimentos, de interdição total ou
em relação aos Serviços de Assistência parcial, de designação de curador especial,
Judiciária. em circunstâncias que justifiquem a medida
e oficiar em todos os feitos em que se
§ 4o Para o atendimento prioritário discutam os direitos de idosos em
será garantido ao idoso o fácil acesso aos condições de risco;
assentos e caixas, identificados com a
destinação a idosos em local visível e II – promover e acompanhar as
caracteres legíveis. ações de alimentos, de interdição total ou
parcial, de designação de curador especial,
§ 4º Para o atendimento prioritário, em circunstâncias que justifiquem a medida
será garantido à pessoa idosa o fácil e oficiar em todos os feitos em que se
acesso aos assentos e caixas, identificados discutam os direitos das pessoas idosas
com a destinação a pessoas idosas em em condições de risco; (Redação dada
local visível e caracteres pela Lei nº 14.423, de 2022)
legíveis. (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) III – atuar como substituto processual
do idoso em situação de risco, conforme o
§ 5º Dentre os processos de idosos, disposto no art. 43 desta Lei;
dar-se-á prioridade especial aos maiores
de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº III – atuar como substituto processual
13.466, de 2017). da pessoa idosa em situação de risco,
conforme o disposto no art. 43 desta
§ 5º Dentre os processos de pessoas Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.423,
idosas, dar-se-á prioridade especial aos de 2022)
das maiores de 80 (oitenta)
anos. (Redação dada pela Lei nº 14.423, IV – promover a revogação de
de 2022) instrumento procuratório do idoso, nas
hipóteses previstas no art. 43 desta Lei,
CAPÍTULO II quando necessário ou o interesse público
Do Ministério Público justificar;

IV – promover a revogação de
Art. 72. (VETADO)
instrumento procuratório da pessoa idosa,
nas hipóteses previstas no art. 43 desta
Art. 73. As funções do Ministério
Lei, quando necessário ou o interesse
Público, previstas nesta Lei, serão
público justificar; (Redação dada pela Lei
exercidas nos termos da respectiva Lei
nº 14.423, de 2022)
Orgânica.
V – instaurar procedimento
Art. 74. Compete ao Ministério
administrativo e, para instruí-lo:
Público:
a) expedir notificações, colher
I – instaurar o inquérito civil e a ação
depoimentos ou esclarecimentos e, em
civil pública para a proteção dos direitos e
caso de não comparecimento injustificado
interesses difusos ou coletivos, individuais
da pessoa notificada, requisitar condução
indisponíveis e individuais homogêneos do
coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou
idoso;
Militar;
I – instaurar o inquérito civil e a ação
b) requisitar informações, exames,
civil pública para a proteção dos direitos e
perícias e documentos de autoridades
interesses difusos ou coletivos, individuais
municipais, estaduais e federais, da
indisponíveis e individuais homogêneos da
administração direta e indireta, bem como
pessoa idosa; (Redação dada pela Lei nº
promover inspeções e diligências
14.423, de 2022)
investigatórias;

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c) requisitar informações e § 2o As atribuições constantes deste


documentos particulares de instituições artigo não excluem outras, desde que
privadas; compatíveis com a finalidade e atribuições
do Ministério Público.
VI – instaurar sindicâncias, requisitar
diligências investigatórias e a instauração § 3o O representante do Ministério
de inquérito policial, para a apuração de Público, no exercício de suas funções, terá
ilícitos ou infrações às normas de proteção livre acesso a toda entidade de
ao idoso; atendimento ao idoso.

VI – instaurar sindicâncias, requisitar § 3º O representante do Ministério


diligências investigatórias e a instauração Público, no exercício de suas funções, terá
de inquérito policial, para a apuração de livre acesso a toda entidade de
ilícitos ou infrações às normas de proteção atendimento à pessoa idosa. (Redação
à pessoa idosa; (Redação dada pela Lei dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
nº 14.423, de 2022)
Art. 75. Nos processos e
VII – zelar pelo efetivo respeito aos procedimentos em que não for parte,
direitos e garantias legais assegurados ao atuará obrigatoriamente o Ministério
idoso, promovendo as medidas judiciais e Público na defesa dos direitos e interesses
extrajudiciais cabíveis; de que cuida esta Lei, hipóteses em que
terá vista dos autos depois das partes,
VII – zelar pelo efetivo respeito aos podendo juntar documentos, requerer
direitos e garantias legais assegurados à diligências e produção de outras provas,
pessoa idosa, promovendo as medidas usando os recursos cabíveis.
judiciais e extrajudiciais
cabíveis; (Redação dada pela Lei nº Art. 76. A intimação do Ministério
14.423, de 2022) Público, em qualquer caso, será feita
pessoalmente.
VIII – inspecionar as entidades
públicas e particulares de atendimento e os Art. 77. A falta de intervenção do
programas de que trata esta Lei, adotando Ministério Público acarreta a nulidade do
de pronto as medidas administrativas ou feito, que será declarada de ofício pelo juiz
judiciais necessárias à remoção de ou a requerimento de qualquer interessado.
irregularidades porventura verificadas;
CAPÍTULO III
IX – requisitar força policial, bem Da Proteção Judicial dos Interesses
como a colaboração dos serviços de Difusos, Coletivos e Individuais
saúde, educacionais e de assistência Indisponíveis ou Homogêneos
social, públicos, para o desempenho de
suas atribuições;
Art. 78. As manifestações
processuais do representante do Ministério
X – referendar transações
Público deverão ser fundamentadas.
envolvendo interesses e direitos dos idosos
previstos nesta Lei.
Art. 79. Regem-se pelas disposições
desta Lei as ações de responsabilidade por
X – referendar transações
ofensa aos direitos assegurados ao idoso,
envolvendo interesses e direitos das
referentes à omissão ou ao oferecimento
pessoas idosas previstos nesta
insatisfatório de:
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
de 2022)
Art. 79. Regem-se pelas disposições
desta Lei as ações de responsabilidade por
§ 1o A legitimação do Ministério
ofensa aos direitos assegurados à pessoa
Público para as ações cíveis previstas
idosa, referentes à omissão ou ao
neste artigo não impede a de terceiros, nas
oferecimento insatisfatório de: (Redação
mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
dada pela Lei nº 14.423, de 2022)

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I – acesso às ações e serviços de dos Tribunais Superiores. (Redação dada


saúde; pela Lei nº 14.423, de 2022)

II – atendimento especializado ao Art. 81. Para as ações cíveis


idoso portador de deficiência ou com fundadas em interesses difusos, coletivos,
limitação incapacitante; individuais indisponíveis ou homogêneos,
consideram-se legitimados,
II – atendimento especializado à concorrentemente:
pessoa idosa com deficiência ou com
limitação incapacitante; (Redação dada I – o Ministério Público;
pela Lei nº 14.423, de 2022)
II – a União, os Estados, o Distrito
III – atendimento especializado ao Federal e os Municípios;
idoso portador de doença
infecto-contagiosa; III – a Ordem dos Advogados do
Brasil;
III – atendimento especializado à
pessoa idosa com doença IV – as associações legalmente
infectocontagiosa; (Redação dada pela constituídas há pelo menos 1 (um) ano e
Lei nº 14.423, de 2022) que incluam entre os fins institucionais a
defesa dos interesses e direitos da pessoa
IV – serviço de assistência social idosa, dispensada a autorização da
visando ao amparo do idoso. assembléia, se houver prévia autorização
estatutária.
IV – serviço de assistência social
visando ao amparo da pessoa § 1o Admitir-se-á litisconsórcio
idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423, facultativo entre os Ministérios Públicos da
de 2022) União e dos Estados na defesa dos
interesses e direitos de que cuida esta Lei.
Parágrafo único. As hipóteses
previstas neste artigo não excluem da § 2o Em caso de desistência ou
proteção judicial outros interesses difusos, abandono da ação por associação
coletivos, individuais indisponíveis ou legitimada, o Ministério Público ou outro
homogêneos, próprios do idoso, protegidos legitimado deverá assumir a titularidade
em lei. ativa.

Parágrafo único. As hipóteses Art. 82. Para defesa dos interesses e


previstas neste artigo não excluem da direitos protegidos por esta Lei, são
proteção judicial outros interesses difusos, admissíveis todas as espécies de ação
coletivos, individuais indisponíveis ou pertinentes.
homogêneos, próprios da pessoa idosa,
protegidos em lei. (Redação dada pela Parágrafo único. Contra atos ilegais
Lei nº 14.423, de 2022) ou abusivos de autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de
Art. 80. As ações previstas neste atribuições de Poder Público, que lesem
Capítulo serão propostas no foro do direito líquido e certo previsto nesta Lei,
domicílio do idoso, cujo juízo terá caberá ação mandamental, que se regerá
competência absoluta para processar a pelas normas da lei do mandado de
causa, ressalvadas as competências da segurança.
Justiça Federal e a competência originária
dos Tribunais Superiores. Art. 83. Na ação que tenha por
objeto o cumprimento de obrigação de
Art. 80. As ações previstas neste fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela
Capítulo serão propostas no foro do específica da obrigação ou determinará
domicílio da pessoa idosa, cujo juízo terá providências que assegurem o resultado
competência absoluta para processar a prático equivalente ao adimplemento.
causa, ressalvadas as competências da
Justiça Federal e a competência originária

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§ 1o Sendo relevante o fundamento fazê-lo o Ministério Público, facultada, igual


da demanda e havendo justificado receio iniciativa aos demais legitimados, como
de ineficácia do provimento final, é lícito ao assistentes ou assumindo o pólo ativo, em
juiz conceder a tutela liminarmente ou após caso de inércia desse órgão.
justificação prévia, na forma do art. 273 do
Código de Processo Civil. Art. 87. Decorridos 60 (sessenta)
dias do trânsito em julgado da sentença
§ 2o O juiz poderá, na hipótese do § condenatória favorável à pessoa idosa sem
1o ou na sentença, impor multa diária ao que o autor lhe promova a execução,
réu, independentemente do pedido do deverá fazê-lo o Ministério Público,
autor, se for suficiente ou compatível com a facultada igual iniciativa aos demais
obrigação, fixando prazo razoável para o legitimados, como assistentes ou
cumprimento do preceito. assumindo o polo ativo, em caso de inércia
desse órgão. (Redação dada pela Lei nº
§ 3o A multa só será exigível do réu 14.423, de 2022)
após o trânsito em julgado da sentença
favorável ao autor, mas será devida desde Art. 88. Nas ações de que trata este
o dia em que se houver configurado. Capítulo, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais
Art. 84. Os valores das multas e quaisquer outras despesas.
previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do
Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Parágrafo único. Não se imporá
Fundo Municipal de Assistência Social, sucumbência ao Ministério Público.
ficando vinculados ao atendimento ao
idoso. Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o
servidor deverá, provocar a iniciativa do
Art. 84. Os valores das multas Ministério Público, prestando-lhe
previstas nesta Lei reverterão ao Fundo da informações sobre os fatos que constituam
Pessoa Idosa, onde houver, ou na falta objeto de ação civil e indicando-lhe os
deste, ao Fundo Municipal de Assistência elementos de convicção.
Social, ficando vinculados ao atendimento
à pessoa idosa. (Redação dada pela Lei Art. 90. Os agentes públicos em
nº 14.423, de 2022) geral, os juízes e tribunais, no exercício de
suas funções, quando tiverem
Parágrafo único. As multas não conhecimento de fatos que possam
recolhidas até 30 (trinta) dias após o configurar crime de ação pública contra
trânsito em julgado da decisão serão idoso ou ensejar a propositura de ação
exigidas por meio de execução promovida para sua defesa, devem encaminhar as
pelo Ministério Público, nos mesmos autos, peças pertinentes ao Ministério Público,
facultada igual iniciativa aos demais para as providências cabíveis.
legitimados em caso de inércia daquele.
Art. 90. Os agentes públicos em
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito geral, os juízes e tribunais, no exercício de
suspensivo aos recursos, para evitar dano suas funções, quando tiverem
irreparável à parte. conhecimento de fatos que possam
configurar crime de ação pública contra a
Art. 86. Transitada em julgado a pessoa idosa ou ensejar a propositura de
sentença que impuser condenação ao ação para sua defesa, devem encaminhar
Poder Público, o juiz determinará a as peças pertinentes ao Ministério Público,
remessa de peças à autoridade para as providências cabíveis. (Redação
competente, para apuração da dada pela Lei nº 14.423, de 2022)
responsabilidade civil e administrativa do
agente a que se atribua a ação ou omissão. Art. 91. Para instruir a petição inicial,
o interessado poderá requerer às
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) autoridades competentes as certidões e
dias do trânsito em julgado da sentença informações que julgar necessárias, que
condenatória favorável ao idoso sem que o serão fornecidas no prazo de 10 (dez) dias.
autor lhe promova a execução, deverá

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Art. 92. O Ministério Público poderá disposições do Código Penal e do Código


instaurar sob sua presidência, inquérito de Processo Penal. (Vide ADIN
civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, 3.096-5 - STF)
organismo público ou particular, certidões,
informações, exames ou perícias, no prazo CAPÍTULO II
que assinalar, o qual não poderá ser Dos Crimes em Espécie
inferior a 10 (dez) dias.
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei
§ 1o Se o órgão do Ministério
são de ação penal pública incondicionada,
Público, esgotadas todas as diligências, se
não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do
convencer da inexistência de fundamento
Código Penal.
para a propositura da ação civil ou de
peças informativas, determinará o seu
Art. 96. Discriminar pessoa idosa,
arquivamento, fazendo-o
impedindo ou dificultando seu acesso a
fundamentadamente.
operações bancárias, aos meios de
transporte, ao direito de contratar ou por
§ 2o Os autos do inquérito civil ou as
qualquer outro meio ou instrumento
peças de informação arquivados serão
necessário ao exercício da cidadania, por
remetidos, sob pena de se incorrer em falta
motivo de idade:
grave, no prazo de 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público ou
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a
à Câmara de Coordenação e Revisão do
1 (um) ano e multa.
Ministério Público.
§ 1o Na mesma pena incorre quem
§ 3o Até que seja homologado ou
desdenhar, humilhar, menosprezar ou
rejeitado o arquivamento, pelo Conselho
discriminar pessoa idosa, por qualquer
Superior do Ministério Público ou por
motivo.
Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público, as associações § 2o A pena será aumentada de 1/3
legitimadas poderão apresentar razões (um terço) se a vítima se encontrar sob os
escritas ou documentos, que serão cuidados ou responsabilidade do agente.
juntados ou anexados às peças de
informação. § 3º Não constitui crime a negativa
de crédito motivada por
§ 4o Deixando o Conselho Superior superendividamento do idoso. (Incluído
ou a Câmara de Coordenação e Revisão pela Lei nº 14.181, de 2021)
do Ministério Público de homologar a
promoção de arquivamento, será § 3º Não constitui crime a negativa
designado outro membro do Ministério de crédito motivada por
Público para o ajuizamento da ação. superendividamento da pessoa
idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
TÍTULO VI de 2022)
Dos Crimes
Art. 97. Deixar de prestar assistência
CAPÍTULO I ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco
Disposições Gerais pessoal, em situação de iminente perigo,
ou recusar, retardar ou dificultar sua
Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, assistência à saúde, sem justa causa, ou
no que couber, as disposições da Lei não pedir, nesses casos, o socorro de
no 7.347, de 24 de julho de 1985. autoridade pública:

Art. 94. Aos crimes previstos nesta Art. 97. Deixar de prestar assistência
Lei, cuja pena máxima privativa de à pessoa idosa, quando possível fazê-lo
liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, sem risco pessoal, em situação de iminente
aplica-se o procedimento previsto na Lei perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua
no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, assistência à saúde, sem justa causa, ou
subsidiariamente, no que couber, as não pedir, nesses casos, o socorro de

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autoridade pública: (Redação dada pela Art. 100. Constitui crime punível com
Lei nº 14.423, de 2022) reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e
multa:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a
1 (um) ano e multa. I – obstar o acesso de alguém a
qualquer cargo público por motivo de idade;
Parágrafo único. A pena é
aumentada de metade, se da omissão II – negar a alguém, por motivo de
resulta lesão corporal de natureza grave, e idade, emprego ou trabalho;
triplicada, se resulta a morte.
III – recusar, retardar ou dificultar
Art. 98. Abandonar o idoso em atendimento ou deixar de prestar
hospitais, casas de saúde, entidades de assistência à saúde, sem justa causa, a
longa permanência, ou congêneres, ou não pessoa idosa;
prover suas necessidades básicas, quando
obrigado por lei ou mandado: IV – deixar de cumprir, retardar ou
frustrar, sem justo motivo, a execução de
Art. 98. Abandonar a pessoa idosa ordem judicial expedida na ação civil a que
em hospitais, casas de saúde, entidades de alude esta Lei;
longa permanência, ou congêneres, ou não
prover suas necessidades básicas, quando V – recusar, retardar ou omitir dados
obrigado por lei ou mandado: (Redação técnicos indispensáveis à propositura da
dada pela Lei nº 14.423, de 2022) ação civil objeto desta Lei, quando
requisitados pelo Ministério Público.
Pena – detenção de 6 (seis) meses a
3 (três) anos e multa. Art. 101. Deixar de cumprir, retardar
ou frustrar, sem justo motivo, a execução
Art. 99. Expor a perigo a integridade de ordem judicial expedida nas ações em
e a saúde, física ou psíquica, do idoso, que for parte ou interveniente o idoso:
submetendo-o a condições desumanas ou
degradantes ou privando-o de alimentos e Art. 101. Deixar de cumprir, retardar
cuidados indispensáveis, quando obrigado ou frustrar, sem justo motivo, a execução
a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho de ordem judicial expedida nas ações em
excessivo ou inadequado: que for parte ou interveniente a pessoa
idosa: (Redação dada pela Lei nº 14.423,
Art. 99. Expor a perigo a integridade de 2022)
e a saúde, física ou psíquica, da pessoa
idosa, submetendo-a a condições Pena – detenção de 6 (seis) meses a
desumanas ou degradantes ou privando-a 1 (um) ano e multa.
de alimentos e cuidados indispensáveis,
quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-a Art. 102. Apropriar-se de ou desviar
a trabalho excessivo ou bens, proventos, pensão ou qualquer outro
inadequado: (Redação dada pela Lei nº rendimento do idoso, dando-lhes aplicação
14.423, de 2022) diversa da de sua finalidade:

Pena – detenção de 2 (dois) meses a Art. 102. Apropriar-se de ou desviar


1 (um) ano e multa. bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento da pessoa idosa, dando-lhes
§ 1o Se do fato resulta lesão corporal aplicação diversa da de sua
de natureza grave: finalidade: (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022)
Pena – reclusão de 1 (um) a 4
(quatro) anos. Pena – reclusão de 1 (um) a 4
(quatro) anos e multa.
§ 2o Se resulta a morte:
Art. 103. Negar o acolhimento ou a
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 permanência do idoso, como abrigado, por
(doze) anos.

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recusa deste em outorgar procuração à Art. 107. Coagir, de qualquer modo,


entidade de atendimento: a pessoa idosa a doar, contratar, testar ou
outorgar procuração: (Redação dada pela
Art. 103. Negar o acolhimento ou a Lei nº 14.423, de 2022)
permanência da pessoa idosa, como
abrigada, por recusa desta em outorgar Pena – reclusão de 2 (dois) a 5
procuração à entidade de (cinco) anos.
atendimento: (Redação dada pela Lei nº
14.423, de 2022) Art. 108. Lavrar ato notarial que
envolva pessoa idosa sem discernimento
Pena – detenção de 6 (seis) meses a de seus atos, sem a devida representação
1 (um) ano e multa. legal:

Art. 104. Reter o cartão magnético Pena – reclusão de 2 (dois) a 4


de conta bancária relativa a benefícios, (quatro) anos.
proventos ou pensão do idoso, bem como
qualquer outro documento com objetivo de TÍTULO VII
assegurar recebimento ou ressarcimento Disposições Finais e Transitórias
de dívida:
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato
Art. 104. Reter o cartão magnético
do representante do Ministério Público ou
de conta bancária relativa a benefícios,
de qualquer outro agente fiscalizador:
proventos ou pensão da pessoa idosa, bem
como qualquer outro documento com
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a
objetivo de assegurar recebimento ou
1 (um) ano e multa.
ressarcimento de dívida: (Redação dada
pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 110. O Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940, Código Penal,
Pena – detenção de 6 (seis) meses a
passa a vigorar com as seguintes
2 (dois) anos e multa.
alterações:
Art. 105. Exibir ou veicular, por
qualquer meio de comunicação, "Art. 61.
informações ou imagens depreciativas ou ......................................................................
injuriosas à pessoa do idoso: ......

Art. 105. Exibir ou veicular, por ......................................................................


qualquer meio de comunicação, ......
informações ou imagens depreciativas ou
injuriosas à pessoa idosa: (Redação dada II -
pela Lei nº 14.423, de 2022) ......................................................................
......
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três)
anos e multa. ......................................................................
......
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem
discernimento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração de h) contra criança, maior de 60 (sessenta)
bens ou deles dispor livremente: anos, enfermo ou mulher grávida;

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 ......................................................................


(quatro) anos. ......." (NR)

Art. 107. Coagir, de qualquer modo, "Art. 121.


o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar ......................................................................
procuração: ......

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...................................................................... ......................................................................
...... ......

§ 4o No homicídio culposo, a pena é IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta)


aumentada de 1/3 (um terço), se o crime anos ou portadora de deficiência, exceto no
resulta de inobservância de regra técnica caso de injúria.
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
deixa de prestar imediato socorro à vítima, ......................................................................
não procura diminuir as conseqüências do ......." (NR)
seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a "Art. 148.
pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o
......................................................................
crime é praticado contra pessoa menor de
......
14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
......................................................................
......
......................................................................
......." (NR)
§
1o...................................................................
"Art. 133.
.........
......................................................................
......
I – se a vítima é ascendente, descendente,
cônjuge do agente ou maior de 60
...................................................................... (sessenta) anos.
......
......................................................................
§
......" (NR)
3o ..................................................................
..........
"Art.
159................................................................
......................................................................
............
......
......................................................................
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta)
......
anos." (NR)
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte
"Art. 140.
e quatro) horas, se o seqüestrado é menor
......................................................................
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta)
......
anos, ou se o crime é cometido por bando
ou quadrilha.
......................................................................
......
......................................................................
......" (NR)
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de
elementos referentes a raça, cor, etnia,
"Art.
religião, origem ou a condição de pessoa 183................................................................
idosa ou portadora de deficiência:
............

......................................................................
......................................................................
...... (NR)
......

"Art. 141.
III – se o crime é praticado contra pessoa
......................................................................
com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
......
anos." (NR)

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"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei
prover a subsistência do cônjuge, ou de no 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa
filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto a vigorar com a seguinte redação:
para o trabalho, ou de ascendente inválido
ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes "Art.
proporcionando os recursos necessários ou 18..................................................................
faltando ao pagamento de pensão ..........
alimentícia judicialmente acordada, fixada
ou majorada; deixar, sem justa causa, de
......................................................................
socorrer descendente ou ascendente,
......
gravemente enfermo:
III – se qualquer deles decorrer de
......................................................................
associação ou visar a menores de 21 (vinte
......" (NR)
e um) anos ou a pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos ou a quem
Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei tenha, por qualquer causa, diminuída ou
no 3.688, de 3 de outubro de 1941, Lei das suprimida a capacidade de discernimento
Contravenções Penais, passa a vigorar ou de autodeterminação:
acrescido do seguinte parágrafo único:
......................................................................
"Art. ......" (NR)
21..................................................................
..........
Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de
8 de novembro de 2000, passa a vigorar
...................................................................... com a seguinte redação:
......
"Art. 1o As pessoas portadoras de
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 deficiência, os idosos com idade igual ou
(um terço) até a metade se a vítima é maior superior a 60 (sessenta) anos, as
de 60 (sessenta) anos." (NR) gestantes, as lactantes e as pessoas
acompanhadas por crianças de colo terão
Art. 112. O inciso II do § 4o do art. atendimento prioritário, nos termos desta
1 da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997,
o
Lei." (NR)
passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 115. O Orçamento da
"Art. Seguridade Social destinará ao Fundo
1o .................................................................. Nacional de Assistência Social, até que o
.......... Fundo Nacional do Idoso seja criado, os
recursos necessários, em cada exercício
...................................................................... financeiro, para aplicação em programas e
...... ações relativos ao idoso.

Art. 115. O Orçamento da


§
Seguridade Social destinará ao Fundo
4o ..................................................................
Nacional de Assistência Social, até que o
..........
Fundo Nacional da Pessoa Idosa seja
criado, os recursos necessários, em cada
II – se o crime é cometido contra criança, exercício financeiro, para aplicação em
gestante, portador de deficiência, programas e ações relativos à pessoa
adolescente ou maior de 60 (sessenta) idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423,
anos; de 2022)

...................................................................... Art. 116. Serão incluídos nos censos


......" (NR) demográficos dados relativos à população
idosa do País.

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Art. 117. O Poder Executivo estabelecer a prioridade especial das


encaminhará ao Congresso Nacional pessoas maiores de oitenta anos.
projeto de lei revendo os critérios de
concessão do Benefício de Prestação Art. 2º O art. 3º da Lei nº 10.741, de
Continuada previsto na Lei Orgânica da 1º de outubro de 2003 , passa a vigorar
Assistência Social, de forma a garantir que acrescido do seguinte § 2º,
o acesso ao direito seja condizente com o renumerando-se o atual parágrafo único
estágio de desenvolvimento para § 1º :
sócio-econômico alcançado pelo País.

Art. 118. Esta Lei entra em vigor “Art. 3º


decorridos 90 (noventa) dias da sua .................................................................
publicação, ressalvado o disposto
no caput do art. 36, que vigorará a partir de § 1º
1o de janeiro de 2004. ......................................................................
.
Brasília, 1o de outubro de 2003;
o
182 da Independência e 115o da § 2º Dentre os idosos, é assegurada
República. prioridade especial aos maiores de oitenta
anos, atendendo-se suas necessidades
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA sempre preferencialmente em relação aos
Márcio Thomaz Bastos demais idosos.” (NR)
Antonio Palocci Filho
Rubem Fonseca Filho
Humberto Sérgio Costa LIma Art. 3º O art. 15 da Lei nº 10.741, de
Guido Mantega 1º de outubro de 2003, passa a vigorar
Ricardo José Ribeiro Berzoini acrescido do seguinte § 7º :
Benedita Souza da Silva Sampaio
Álvaro Augusto Ribeiro Costa “Art. 15.
...............................................................
Este texto não substitui o publicado no
DOU de 3.10.2003. ...........................................................
..........................
LEI Nº 13.466, DE 12 DE
§ 7º Em todo atendimento de saúde,
JULHO DE 2017. os maiores de oitenta anos terão
Altera os arts. 3º, 15 preferência especial sobre os demais
e 71 da Lei nº idosos, exceto em caso de emergência.”
10.741, de 1º de (NR)
outubro de 2003, que
dispõe sobre o Art. 4º O art. 71 da Lei nº 10.741, de
Estatuto do Idoso e 1º de outubro de 2003, passa a vigorar
dá outras acrescido do seguinte § 5º :
providências.
“Art. 71.
................................................................
O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
...........................................................
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
...........................
Lei:

§ 5º Dentre os processos de idosos,


Art. 1 o Esta Lei altera os arts. 3º, 15
dar-se-á prioridade especial aos maiores
e 71 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de
de oitenta anos.” (NR)
2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso
e dá outras providências, a fim de
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.

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Brasília, 12 de julho de 2017; 196º da O PRESIDENTE DA REPÚBLICA F


Independência e 129º da República. aço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
MICHEL TEMER
Luislinda Dias de Valois Santos Art. 1º Esta Lei garante às pessoas
com deficiência, aos idosos, às gestantes,
às lactantes, às pessoas com crianças de
Este texto não substitui o publicado no colo e aos obesos a presença de
DOU de 13.7.2017 acompanhante, sempre que imprescindível
à consecução das prioridades legais a que
têm direito.

Art. 2º O art. 1º da Lei nº 10.048, de


8 de novembro de 2000, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único:

“Art. 1º
....................................................
....................................................
............

Parágrafo único. Os
acompanhantes ou atendentes
pessoais das pessoas referidas
no caput serão atendidos junta
e acessoriamente aos titulares
da prioridade de que trata esta
Lei.” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na


data de sua publicação.

Brasília, 1º de junho de 2022; 201º


da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Ronaldo Vieira Bento
Tatiana Barbosa de Alvarenga

Este texto não substitui o publicado no


DOU de 2.6.2022
LEI Nº 14.364, DE 1º DE *
JUNHO DE 2022
Altera a Lei nº
10.048, de 8 de
novembro de 2000,
para garantir direitos
aos acompanhantes
das pessoas com
prioridade de
atendimento, nas
condições que
especifica.

116

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FEBRABAN institui o NORMATIVO DE


RELACIONAMENTO COM OS
CONSUMIDORES POTENCIALMENTE
VULNERÁVEIS e estabelece princípios e
regras a serem adotados por suas
Signatárias.

- DO OBJETIVO

Art. 1º Este Normativo tem por objetivo


estabelecer diretrizes e procedimentos que
promovam o aperfeiçoamento dos padrões
de qualidade e serviços das instituições
financeiras signatárias no relacionamento
com os consumidores considerados
potencialmente vulneráveis.

Parágrafo único. Nenhum princípio,


diretriz ou procedimento deste Normativo
deve ser interpretado em desacordo com
as disposições previstas nas normas e
regulamentação vigentes, inclusive aquelas
expedidas pelos órgãos reguladores e
entidades de autorregulação setorial.

- DO CONCEITO

Art. 2º São considerados vulneráveis, para


fins deste normativo, dentre outros, os
consumidores que, devido a sua condição
pessoal, demonstrem menor capacidade de
compreensão e discernimento para análise
e tomada de decisões ou de representar
seus próprios interesses.

§1º Para fins do caput deste artigo, podem


ser consideradas características dos
públicos vulneráveis, isoladamente ou em
conjunto, dentre outras:

I - capacidade civil;

II – deficiência física ou mental;


NORMATIVO SARB 024/2021 III – doença grave, nos termos da
legislação;

IV - superendividamento;
O Sistema de Autorregulação Bancária da
Federação Brasileira de Bancos - V – grau de escolaridade;

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VI – habilidade e/ou maturidade digital;


Art. 4º As metodologias ou matrizes
VII – idade; e deverão gerar resultados capazes de
VIII – renda. classificar e considerar variáveis com pesos
distintos e significativos.

§2º A coleta e o tratamento dos dados


pessoais sensíveis previstos neste artigo Parágrafo único. As medidas de proteção
serão realizados com observância à Lei a serem adotadas a partir desses
Geral de Proteção de Dados (Lei resultados deverão levar em consideração
13.709/2018). a gradação do risco.

§3º A análise das vulnerabilidades deve


levar em consideração toda a base de
clientes da instituição financeira signatária. - DA POLÍTICA INSTITUCIONAL DE
RELACIONAMENTO COM CLIENTES

Art. 5º Na elaboração de suas Políticas de


Relacionamento com Clientes, nos termos
- DA GRADAÇÃO DE RISCO da Resolução CMN nº 4.539/2016, as
instituições financeiras signatárias deverão
Art. 3º As instituições financeiras incluir modelo para identificação e
signatárias deverão elaborar metodologias instituição de mecanismos de proteção
ou matrizes capazes de mapear e graduar mitigatórios de risco especificamente
riscos, levando em consideração a voltados ao público potencialmente
existência de diferentes graus de vulnerável.
vulnerabilidade, sem prejuízo de inclusão
de outros indicadores ou características
diferentes das citadas nesse normativo. Art. 6º Com o objetivo de sensibilizar e
promover o aculturamento de seus
colaboradores, as instituições financeiras
§1º Para fins de cumprimento do disposto darão amplo conhecimento dos
no caput, cada instituição financeira mecanismos de proteção voltados ao
signatária poderá, caso entenda necessário público vulnerável previstos em sua Política
e considerando suas peculiaridades e de de Relacionamento com Clientes.
seu público, adotar mais de uma
metodologia ou matriz, bem como
considerar as características dos públicos Art. 7º As instituições financeiras deverão
potencialmente vulneráveis citadas no divulgar as diretrizes de sua Política
artigo 2º e seus incisos, de forma total ou Institucional de Relacionamento com
parcial. Clientes ao menos em alguma publicação
disponível em sua página eletrônica.

§2º As metodologias ou matrizes de risco


deverão ser periodicamente revisitadas,
com vistas ao aprimoramento contínuo de - DA ADEQUAÇÃO DE PRODUTOS E
sua modelagem, levando-se em SERVIÇOS AO PERFIL DOS
consideração fatores comportamentais e/ou CONSUMIDORES POTENCIALMENTE
transacionais do consumidor. VULNERÁVEIS

Art. 8º As instituições financeiras


§3º Caberá à instituição financeira signatárias, nos termos do normativo SARB
signatária a definição da periodicidade da 017/2016, deverão adotar procedimentos,
revisão prevista no parágrafo anterior. baseados em suas políticas internas, de

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forma a assegurar que a oferta de produtos seus colaboradores em temas voltados à


e serviços financeiros seja adequada às proteção e direitos dos consumidores
necessidades, aos interesses e aos potencialmente vulneráveis, bem como à
objetivos dos consumidores potencialmente abordagem adequada a esse público.
vulneráveis.

Parágrafo único. As ações de treinamento


Parágrafo único. Para fins do disposto no terão, dentre seus objetivos, o tratamento
caput, as instituições financeiras deverão justo, equitativo e não discriminatório do
garantir aos clientes potencialmente público considerado potencialmente
vulneráveis acesso a informações claras e vulnerável.
transparentes, proporcionando-lhes plenas
condições para uma tomada de decisão
consciente a respeito de seus produtos e Art. 12 As instituições financeiras
serviços. signatárias deverão incluir nos contratos
celebrados com os seus prestadores de
serviços ou parceiros comerciais que se
relacionam ou possam se relacionar
diretamente com os consumidores,
- DAS BOAS PRÁTICAS previsão de treinamento e capacitação
relacionados ao tratamento dos públicos
Art. 9º Com o objetivo de divulgar as boas
vulneráveis.
práticas setoriais voltadas ao público
potencialmente vulnerável, a FEBRABAN
elaborará Guia de Boas Práticas que será Art. 13 Será ́ desenvolvido e implementado
publicado em sua página eletrônica. módulo específico de ensino eletrônico à
distância sobre proteção aos consumidores
Parágrafo único. O Guia de Boas Práticas potencialmente vulneráveis visando
previsto no caput conterá as práticas das capacitar a força de trabalhos das
instituições financeiras na jornada do instituições financeiras signatárias, em
relacionamento com o consumidor. consonância com o disposto neste
Normativo e no Normativo SARB 008/2011.

- DAS AÇÕES DE ORIENTAÇÃO E


EDUCAÇÃO – DAS SANÇÕES
Art. 10 As instituições financeiras Art. 14 O descumprimento do presente
signatárias, diretamente ou através da Normativo importará na aplicação das
FEBRABAN, promoverão ações de sanções previstas no capítulo II, Seção IX,
comunicação, orientação e educação do Código de Conduta Ética e
voltadas ao público potencialmente Autorregulação, observados os
vulnerável, abordando, dentre outros, procedimentos previstos no Normativo
temas relacionados ao conhecimento, SARB nº 006/2009.
orientação financeira, comparabilidade e
acesso aos produtos e serviços.

– DISPOSIÇÕES FINAIS
- DO TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO Art. 15 As Signatárias deverão incluir nos
DOS QUADROS FUNCIONAIS contratos celebrados com os seus
correspondentes, cláusula que contenha a
Art. 11 As instituições financeiras previsão de observância, por parte destes,
signatárias promoverão o treinamento de

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quanto aos procedimentos previstos neste


normativo.

Art. 16 Em relação ao relacionamento com


consumidores idosos, devem ser
observados também os procedimentos LEI Nº 12.764, DE 27 DE
específicos previstos no Normativo SARB
nº 023/2020.
DEZEMBRO DE 2012.
Institui a Política
Nacional de Proteção
Art. 17 Este Normativo entra em vigor no
dos Direitos da Pessoa
prazo de 90 (noventa) dias após sua Mensagem de veto com Transtorno do
publicação.
Regulamento Espectro Autista; e
altera o § 3º do art. 98
§1º As instituições financeiras signatárias da Lei nº 8.112, de 11
terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de dezembro de 1990.
após a publicação do presente normativo
para a completa adaptação ao Capítulo IV A PRESIDENTA DA
e ao art. 15. REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
§2º Para os contratos já vigentes na data Lei:
de publicação deste normativo, as
Art. 1º Esta Lei institui a Política
adequações contratuais previstas nos art.
Nacional de Proteção dos Direitos da
12 e 15 serão implementadas até o prazo
Pessoa com Transtorno do Espectro
do próximo aditamento ou renovação de Autista e estabelece diretrizes para sua
cada contrato, limitado ao prazo máximo de consecução.
2 (dois) anos.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, é
considerada pessoa com transtorno do
espectro autista aquela portadora de
síndrome clínica caracterizada na forma
dos seguintes incisos I ou II:

I - deficiência persistente e
clinicamente significativa da comunicação e
da interação sociais, manifestada por
deficiência marcada de comunicação verbal
e não verbal usada para interação social;
ausência de reciprocidade social; falência
em desenvolver e manter relações
apropriadas ao seu nível de
desenvolvimento;
Aprovado em 31 de março de 2021 e
publicado em 09 de abril de 2021. II - padrões restritivos e repetitivos
de comportamentos, interesses e
atividades, manifestados por
comportamentos motores ou verbais
estereotipados ou por comportamentos
sensoriais incomuns; excessiva aderência
a rotinas e padrões de comportamento
ritualizados; interesses restritos e fixos.

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§ 2º A pessoa com transtorno do VIII - o estímulo à pesquisa científica,


espectro autista é considerada pessoa com com prioridade para estudos
deficiência, para todos os efeitos legais. epidemiológicos tendentes a dimensionar a
magnitude e as características do problema
§ 3º Os estabelecimentos públicos e relativo ao transtorno do espectro autista
privados referidos na Lei nº 10.048, de 8 de no País.
novembro de 2000, poderão valer-se da fita
quebra-cabeça, símbolo mundial da Parágrafo único. Para cumprimento
conscientização do transtorno do espectro das diretrizes de que trata este artigo, o
autista, para identificar a prioridade devida poder público poderá firmar contrato de
às pessoas com transtorno do espectro direito público ou convênio com pessoas
autista. (Incluído pela Lei nº 13.977, jurídicas de direito privado.
de 2020)
Art. 3º São direitos da pessoa com
Art. 2º São diretrizes da Política transtorno do espectro autista:
Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro I - a vida digna, a integridade física e
Autista: moral, o livre desenvolvimento da
personalidade, a segurança e o lazer;
I - a intersetorialidade no
desenvolvimento das ações e das políticas II - a proteção contra qualquer forma
e no atendimento à pessoa com transtorno de abuso e exploração;
do espectro autista;
III - o acesso a ações e serviços de
II - a participação da comunidade na saúde, com vistas à atenção integral às
formulação de políticas públicas voltadas suas necessidades de saúde, incluindo:
para as pessoas com transtorno do
espectro autista e o controle social da sua a) o diagnóstico precoce, ainda que
implantação, acompanhamento e não definitivo;
avaliação;
b) o atendimento multiprofissional;
III - a atenção integral às
necessidades de saúde da pessoa com c) a nutrição adequada e a terapia
transtorno do espectro autista, objetivando nutricional;
o diagnóstico precoce, o atendimento
multiprofissional e o acesso a d) os medicamentos;
medicamentos e nutrientes;
e) informações que auxiliem no
IV - (VETADO); diagnóstico e no tratamento;

V - o estímulo à inserção da pessoa IV - o acesso:


com transtorno do espectro autista no
mercado de trabalho, observadas as a) à educação e ao ensino
peculiaridades da deficiência e as profissionalizante;
disposições da Lei nº 8.069, de 13 de julho
b) à moradia, inclusive à residência
de 1990 (Estatuto da Criança e do
protegida;
Adolescente);
c) ao mercado de trabalho;
VI - a responsabilidade do poder
público quanto à informação pública d) à previdência social e à
relativa ao transtorno e suas implicações; assistência social.
VII - o incentivo à formação e à Parágrafo único. Em casos de
capacitação de profissionais especializados comprovada necessidade, a pessoa com
no atendimento à pessoa com transtorno transtorno do espectro autista incluída nas
do espectro autista, bem como a pais e classes comuns de ensino regular, nos
responsáveis; termos do inciso IV do art. 2º , terá direito a
acompanhante especializado.

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Art. 3º-A. É criada a Carteira de de autorização de residência, residente


Identificação da Pessoa com Transtorno do fronteiriço ou solicitante de refúgio, deverá
Espectro Autista (Ciptea), com vistas a ser apresentada a Cédula de Identidade de
garantir atenção integral, pronto Estrangeiro (CIE), a Carteira de Registro
atendimento e prioridade no atendimento e Nacional Migratório (CRNM) ou o
no acesso aos serviços públicos e Documento Provisório de Registro Nacional
privados, em especial nas áreas de saúde, Migratório (DPRNM), com validade em todo
educação e assistência social. o território nacional. (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020) Lei nº 13.977, de 2020)

§ 1º A Ciptea será expedida pelos § 3º A Ciptea terá validade de 5


órgãos responsáveis pela execução da (cinco) anos, devendo ser mantidos
Política Nacional de Proteção dos Direitos atualizados os dados cadastrais do
da Pessoa com Transtorno do Espectro identificado, e deverá ser revalidada com o
Autista dos Estados, do Distrito Federal e mesmo número, de modo a permitir a
dos Municípios, mediante requerimento, contagem das pessoas com transtorno do
acompanhado de relatório médico, com espectro autista em todo o território
indicação do código da Classificação nacional. (Incluído pela Lei nº 13.977, de
Estatística Internacional de Doenças e 2020)
Problemas Relacionados à Saúde (CID), e
deverá conter, no mínimo, as seguintes § 4º Até que seja implementado o
informações: (Incluído pela Lei nº disposto no caput deste artigo, os órgãos
13.977, de 2020) responsáveis pela execução da Política
Nacional de Proteção dos Direitos da
I - nome completo, filiação, local e Pessoa com Transtorno do Espectro
data de nascimento, número da carteira de Autista deverão trabalhar em conjunto com
identidade civil, número de inscrição no os respectivos responsáveis pela emissão
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo de documentos de identificação, para que
sanguíneo, endereço residencial completo sejam incluídas as necessárias
e número de telefone do identificado; informações sobre o transtorno do espectro
(Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020) autista no Registro Geral (RG) ou, se
estrangeiro, na Carteira de Registro
II - fotografia no formato 3 (três) Nacional Migratório (CRNM) ou na Cédula
centímetros (cm) x 4 (quatro) centímetros de Identidade de Estrangeiro (CIE), válidos
(cm) e assinatura ou impressão digital do em todo o território nacional.
identificado; (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
13.977, de 2020)
Art. 4º A pessoa com transtorno do
III - nome completo, documento de espectro autista não será submetida a
identificação, endereço residencial, telefone tratamento desumano ou degradante, não
será privada de sua liberdade ou do
e e-mail do responsável legal ou do
convívio familiar nem sofrerá discriminação
cuidador; (Incluído pela Lei nº
por motivo da deficiência.
13.977, de 2020)
Parágrafo único. Nos casos de
IV - identificação da unidade da necessidade de internação médica em
Federação e do órgão expedidor e unidades especializadas, observar-se-á o
assinatura do dirigente responsável. que dispõe o art. 4º da Lei nº 10.216, de 6
(Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020) de abril de 2001.

Art. 5º A pessoa com transtorno do


§ 2º Nos casos em que a pessoa espectro autista não será impedida de
com transtorno do espectro autista seja participar de planos privados de assistência
imigrante detentor de visto temporário ou à saúde em razão de sua condição de

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pessoa com deficiência, conforme dispõe


o art. 14 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de
1998.

Art. 6º (VETADO).

Art. 7º O gestor escolar, ou


autoridade competente, que recusar a
matrícula de aluno com transtorno do
espectro autista, ou qualquer outro tipo de
deficiência, será punido com multa de 3
(três) a 20 (vinte) salários-mínimos.

§ 1º Em caso de reincidência,
apurada por processo administrativo,
assegurado o contraditório e a ampla
defesa, haverá a perda do cargo.

§ 2º (VETADO).

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na


data de sua publicação.

Brasília, 27 de dezembro de 2012;


191º da Independência e 124º da
República.
DECRETO Nº 8.727, DE 28 DE
DILMA ROUSSEFF ABRIL DE 2016
José Henrique Paim Fernandes
Miriam Belchior Dispõe sobre o uso
do nome social e o
reconhecimento da
Este texto não substitui o publicado no
identidade de gênero
DOU de 28.12.2012 de pessoas travestis
Vigência e transexuais no
* âmbito da
administração
pública federal
direta, autárquica e
fundacional.

A PRESIDENTA DA
REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, caput , inciso VI, alínea
“a”, da Constituição, e tendo em vista o
disposto no art. 1º, caput , inciso III, no art.
3º, caput , inciso IV; e no art. 5º, caput, da
Constituição,

DECRETA:

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o


uso do nome social e o reconhecimento da
identidade de gênero de pessoas travestis
ou transexuais no âmbito da administração

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pública federal direta, autárquica e atendimento do interesse público e à


fundacional. salvaguarda de direitos de terceiros.

Parágrafo único. Para os fins deste Art. 6º A pessoa travesti ou


Decreto, considera-se: transexual poderá requerer, a qualquer
tempo, a inclusão de seu nome social em
I - nome social - designação pela documentos oficiais e nos registros dos
qual a pessoa travesti ou transexual se sistemas de informação, de cadastros, de
identifica e é socialmente reconhecida; e programas, de serviços, de fichas, de
formulários, de prontuários e congêneres
dos órgãos e das entidades da
II - identidade de gênero - dimensão
da identidade de uma pessoa que diz administração pública federal direta,
autárquica e fundacional.
respeito à forma como se relaciona com as
representações de masculinidade e
feminilidade e como isso se traduz em sua Art. 7º Este Decreto entra em vigor:
prática social, sem guardar relação
necessária com o sexo atribuído no I - um ano após a data de sua
nascimento. publicação, quanto ao art. 3º ; e

Art. 2º Os órgãos e as entidades da II - na data de sua publicação,


administração pública federal direta, quanto aos demais dispositivos.
autárquica e fundacional, em seus atos e
procedimentos, deverão adotar o nome Brasília, 28 de abril de 2016; 195º da
social da pessoa travesti ou transexual, de Independência e 128º da República.
acordo com seu requerimento e com o
disposto neste Decreto.
DILMA ROUSSEFF
Nilma Lino Gomes
Parágrafo único. É vedado o uso de
expressões pejorativas e discriminatórias
Este texto não substitui o publicado no
para referir-se a pessoas travestis ou
DOU de 29.4.2016
transexuais.
*
Art. 3º Os registros dos sistemas de
informação, de cadastros, de programas,
de serviços, de fichas, de formulários, de
prontuários e congêneres dos órgãos e das
entidades da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional deverão
conter o campo “nome social” em
destaque, acompanhado do nome civil, que
será utilizado apenas para fins
administrativos internos. (Vigência)

Art. 4º Constará nos documentos


oficiais o nome social da pessoa travesti ou
transexual, se requerido expressamente
pelo interessado, acompanhado do nome
civil.

Art. 5º O órgão ou a entidade da


administração pública federal direta,
autárquica e fundacional poderá empregar
o nome civil da pessoa travesti ou
transexual, acompanhado do nome social,
apenas quando estritamente necessário ao

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Art. 1o Este Decreto regulamenta


as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de
2000, e 10.098, de 19 de dezembro de
2000.

Art. 2o Ficam sujeitos ao


cumprimento das disposições deste
Decreto, sempre que houver interação com
a matéria nele regulamentada:

I - a aprovação de projeto de
natureza arquitetônica e urbanística, de
comunicação e informação, de transporte
coletivo, bem como a execução de
qualquer tipo de obra, quando tenham
destinação pública ou coletiva;

DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE II - a outorga de concessão,


permissão, autorização ou habilitação de
DEZEMBRO DE 2004. qualquer natureza;
Regulamenta as
Leis nos 10.048, de 8 III - a aprovação de financiamento de
de novembro de projetos com a utilização de recursos
2000, que dá públicos, dentre eles os projetos de
prioridade de natureza arquitetônica e urbanística, os
atendimento às tocantes à comunicação e informação e os
pessoas que referentes ao transporte coletivo, por meio
especifica, e 10.098, de qualquer instrumento, tais como
de 19 de dezembro convênio, acordo, ajuste, contrato ou
de 2000, que similar; e
estabelece normas
gerais e critérios IV - a concessão de aval da União na
básicos para a obtenção de empréstimos e financiamentos
promoção da internacionais por entes públicos ou
acessibilidade das privados.
pessoas portadoras
de deficiência ou Art. 3o Serão aplicadas sanções
com mobilidade administrativas, cíveis e penais cabíveis,
reduzida, e dá previstas em lei, quando não forem
outras providências. observadas as normas deste Decreto.

Art. 4o O Conselho Nacional dos


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Direitos da Pessoa Portadora de
no uso da atribuição que lhe confere o art. Deficiência, os Conselhos Estaduais,
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em Municipais e do Distrito Federal, e as
vista o disposto nas Leis nos 10.048, de 8 organizações representativas de pessoas
de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de portadoras de deficiência terão legitimidade
dezembro de 2000, para acompanhar e sugerir medidas para o
cumprimento dos requisitos estabelecidos
DECRETA: neste Decreto.

CAPÍTULO I CAPÍTULO II

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

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Art. 5o Os órgãos da administração duas ou mais áreas de habilidades


pública direta, indireta e fundacional, as adaptativas, tais como:
empresas prestadoras de serviços públicos
e as instituições financeiras deverão 1. comunicação;
dispensar atendimento prioritário às
pessoas portadoras de deficiência ou com
2. cuidado pessoal;
mobilidade reduzida.
3. habilidades sociais;
§ 1o Considera-se, para os efeitos
deste Decreto:
4. utilização dos recursos da
comunidade;
I - pessoa portadora de deficiência,
além daquelas previstas na Lei no 10.690,
de 16 de junho de 2003, a que possui 5. saúde e segurança;
limitação ou incapacidade para o
desempenho de atividade e se enquadra 6. habilidades acadêmicas;
nas seguintes categorias:
7. lazer; e
a) deficiência física: alteração
completa ou parcial de um ou mais 8. trabalho;
segmentos do corpo humano, acarretando
o comprometimento da função física, e) deficiência múltipla - associação
apresentando-se sob a forma de de duas ou mais deficiências; e
paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
II - pessoa com mobilidade reduzida,
triplegia, triparesia, hemiplegia,
aquela que, não se enquadrando no
hemiparesia, ostomia, amputação ou
conceito de pessoa portadora de
ausência de membro, paralisia cerebral,
deficiência, tenha, por qualquer motivo,
nanismo, membros com deformidade
dificuldade de movimentar-se, permanente
congênita ou adquirida, exceto as
ou temporariamente, gerando redução
deformidades estéticas e as que não
efetiva da mobilidade, flexibilidade,
produzam dificuldades para o desempenho
coordenação motora e percepção.
de funções;

§ 2o O disposto no caput aplica-se,


b) deficiência auditiva: perda
ainda, às pessoas com idade igual ou
bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
superior a sessenta anos, gestantes,
decibéis (dB) ou mais, aferida por
lactantes e pessoas com criança de colo.
audiograma nas freqüências de 500Hz,
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;
§ 3o O acesso prioritário às
edificações e serviços das instituições
c) deficiência visual: cegueira, na
financeiras deve seguir os preceitos
qual a acuidade visual é igual ou menor
estabelecidos neste Decreto e nas normas
que 0,05 no melhor olho, com a melhor
técnicas de acessibilidade da Associação
correção óptica; a baixa visão, que significa
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
que não conflitarem com a Lei no 7.102, de
olho, com a melhor correção óptica; os
20 de junho de 1983, observando, ainda, a
casos nos quais a somatória da medida do
Resolução do Conselho Monetário
campo visual em ambos os olhos for igual
Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001.
ou menor que 60o; ou a ocorrência
simultânea de quaisquer das condições
anteriores; Art. 6o O atendimento prioritário
compreende tratamento diferenciado e
atendimento imediato às pessoas de que
d) deficiência mental: funcionamento
trata o art. 5o.
intelectual significativamente inferior à
média, com manifestação antes dos
dezoito anos e limitações associadas a § 1o O tratamento diferenciado inclui,
dentre outros:

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I - assentos de uso preferencial andamento, observado o disposto no inciso


sinalizados, espaços e instalações I do parágrafo único do art. 3o da Lei
acessíveis; no 10.741, de 1o de outubro de 2003
(Estatuto do Idoso).
II - mobiliário de recepção e
atendimento obrigatoriamente adaptado à § 3o Nos serviços de emergência
altura e à condição física de pessoas em dos estabelecimentos públicos e privados
cadeira de rodas, conforme estabelecido de atendimento à saúde, a prioridade
nas normas técnicas de acessibilidade da conferida por este Decreto fica
ABNT; condicionada à avaliação médica em face
da gravidade dos casos a atender.
III - serviços de atendimento para
pessoas com deficiência auditiva, prestado § 4o Os órgãos, empresas e
por intérpretes ou pessoas capacitadas em instituições referidos no caput do art.
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no 5o devem possuir, pelo menos, um telefone
trato com aquelas que não se comuniquem de atendimento adaptado para
em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, comunicação com e por pessoas
prestado por guias-intérpretes ou pessoas portadoras de deficiência auditiva.
capacitadas neste tipo de atendimento;
Art. 7o O atendimento prioritário no
IV - pessoal capacitado para prestar âmbito da administração pública federal
atendimento às pessoas com deficiência direta e indireta, bem como das empresas
visual, mental e múltipla, bem como às prestadoras de serviços públicos,
pessoas idosas; obedecerá às disposições deste Decreto,
além do que estabelece o Decreto no 3.507,
V - disponibilidade de área especial de 13 de junho de 2000.
para embarque e desembarque de pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade Parágrafo único. Cabe aos Estados,
reduzida; Municípios e ao Distrito Federal, no âmbito
de suas competências, criar instrumentos
VI - sinalização ambiental para para a efetiva implantação e o controle do
orientação das pessoas referidas no art. 5o; atendimento prioritário referido neste
Decreto.
VII - divulgação, em lugar visível, do
direito de atendimento prioritário das CAPÍTULO III
pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida; DAS CONDIÇÕES GERAIS DA
ACESSIBILIDADE
VIII - admissão de entrada e
permanência de cão-guia ou cão-guia de Art. 8o Para os fins de acessibilidade,
acompanhamento junto de pessoa considera-se:
portadora de deficiência ou de treinador
nos locais dispostos no caput do art. 5o, I - acessibilidade: condição para
bem como nas demais edificações de uso utilização, com segurança e autonomia,
público e naquelas de uso coletivo, total ou assistida, dos espaços, mobiliários
mediante apresentação da carteira de e equipamentos urbanos, das edificações,
vacina atualizada do animal; e dos serviços de transporte e dos
dispositivos, sistemas e meios de
IX - a existência de local de comunicação e informação, por pessoa
atendimento específico para as pessoas portadora de deficiência ou com mobilidade
referidas no art. 5o. reduzida;

§ 2o Entende-se por imediato o II - barreiras: qualquer entrave ou


atendimento prestado às pessoas referidas obstáculo que limite ou impeça o acesso, a
no art. 5o, antes de qualquer outra, depois liberdade de movimento, a circulação com
de concluído o atendimento que estiver em segurança e a possibilidade de as pessoas

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se comunicarem ou terem acesso à VI - edificações de uso público:


informação, classificadas em: aquelas administradas por entidades da
administração pública, direta e indireta, ou
a) barreiras urbanísticas: as por empresas prestadoras de serviços
existentes nas vias públicas e nos espaços públicos e destinadas ao público em geral;
de uso público;
VII - edificações de uso coletivo:
b) barreiras nas edificações: as aquelas destinadas às atividades de
existentes no entorno e interior das natureza comercial, hoteleira, cultural,
edificações de uso público e coletivo e no esportiva, financeira, turística, recreativa,
entorno e nas áreas internas de uso social, religiosa, educacional, industrial e
comum nas edificações de uso privado de saúde, inclusive as edificações de
multifamiliar; prestação de serviços de atividades da
mesma natureza;
c) barreiras nos transportes: as
existentes nos serviços de transportes; e VIII - edificações de uso privado:
aquelas destinadas à habitação, que
podem ser classificadas como unifamiliar
d) barreiras nas comunicações e
ou multifamiliar; e
informações: qualquer entrave ou obstáculo
que dificulte ou impossibilite a expressão
ou o recebimento de mensagens por IX - desenho universal: concepção
intermédio dos dispositivos, meios ou de espaços, artefatos e produtos que visam
sistemas de comunicação, sejam ou não de atender simultaneamente todas as
massa, bem como aqueles que dificultem pessoas, com diferentes características
ou impossibilitem o acesso à informação; antropométricas e sensoriais, de forma
autônoma, segura e confortável,
constituindo-se nos elementos ou soluções
III - elemento da urbanização:
que compõem a acessibilidade.
qualquer componente das obras de
urbanização, tais como os referentes à
pavimentação, saneamento, distribuição de Art. 9o A formulação, implementação
energia elétrica, iluminação pública, e manutenção das ações de acessibilidade
abastecimento e distribuição de água, atenderão às seguintes premissas básicas:
paisagismo e os que materializam as
indicações do planejamento urbanístico; I - a priorização das necessidades, a
programação em cronograma e a reserva
IV - mobiliário urbano: o conjunto de de recursos para a implantação das ações;
objetos existentes nas vias e espaços e
públicos, superpostos ou adicionados aos
elementos da urbanização ou da II - o planejamento, de forma
edificação, de forma que sua modificação continuada e articulada, entre os setores
ou traslado não provoque alterações envolvidos.
substanciais nestes elementos, tais como
semáforos, postes de sinalização e CAPÍTULO IV
similares, telefones e cabines telefônicas,
fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises,
DA IMPLEMENTAÇÃO DA
quiosques e quaisquer outros de natureza
ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA E
análoga;
URBANÍSTICA

V - ajuda técnica: os produtos,


Seção I
instrumentos, equipamentos ou tecnologia
adaptados ou especialmente projetados
para melhorar a funcionalidade da pessoa Das Condições Gerais
portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida, favorecendo a autonomia Art. 10. A concepção e a
pessoal, total ou assistida; implantação dos projetos arquitetônicos e
urbanísticos devem atender aos princípios

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do desenho universal, tendo como Art. 12. Em qualquer intervenção


referências básicas as normas técnicas de nas vias e logradouros públicos, o Poder
acessibilidade da ABNT, a legislação Público e as empresas concessionárias
específica e as regras contidas neste responsáveis pela execução das obras e
Decreto. dos serviços garantirão o livre trânsito e a
circulação de forma segura das pessoas
§ 1o Caberá ao Poder Público em geral, especialmente das pessoas
promover a inclusão de conteúdos portadoras de deficiência ou com
temáticos referentes ao desenho universal mobilidade reduzida, durante e após a sua
nas diretrizes curriculares da educação execução, de acordo com o previsto em
profissional e tecnológica e do ensino normas técnicas de acessibilidade da
superior dos cursos de Engenharia, ABNT, na legislação específica e neste
Arquitetura e correlatos. Decreto.

§ 2o Os programas e as linhas de Art. 13. Orientam-se, no que couber,


pesquisa a serem desenvolvidos com o pelas regras previstas nas normas técnicas
apoio de organismos públicos de auxílio à brasileiras de acessibilidade, na legislação
pesquisa e de agências de fomento específica, observado o disposto na Lei
deverão incluir temas voltados para o no 10.257, de 10 de julho de 2001, e neste
desenho universal. Decreto:

Art. 11. A construção, reforma ou I - os Planos Diretores Municipais e


ampliação de edificações de uso público ou Planos Diretores de Transporte e Trânsito
coletivo, ou a mudança de destinação para elaborados ou atualizados a partir da
estes tipos de edificação, deverão ser publicação deste Decreto;
executadas de modo que sejam ou se
tornem acessíveis à pessoa portadora de II - o Código de Obras, Código de
deficiência ou com mobilidade reduzida. Postura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo
e a Lei do Sistema Viário;
§ 1o As entidades de fiscalização
profissional das atividades de Engenharia, III - os estudos prévios de impacto de
Arquitetura e correlatas, ao anotarem a vizinhança;
responsabilidade técnica dos projetos,
exigirão a responsabilidade profissional IV - as atividades de fiscalização e a
declarada do atendimento às regras de imposição de sanções, incluindo a
acessibilidade previstas nas normas vigilância sanitária e ambiental; e
técnicas de acessibilidade da ABNT, na
legislação específica e neste Decreto.
V - a previsão orçamentária e os
mecanismos tributários e financeiros
§ 2o Para a aprovação ou utilizados em caráter compensatório ou de
licenciamento ou emissão de certificado de incentivo.
conclusão de projeto arquitetônico ou
urbanístico deverá ser atestado o
§ 1o Para concessão de alvará de
atendimento às regras de acessibilidade
funcionamento ou sua renovação para
previstas nas normas técnicas de qualquer atividade, devem ser observadas
acessibilidade da ABNT, na legislação
e certificadas as regras de acessibilidade
específica e neste Decreto.
previstas neste Decreto e nas normas
técnicas de acessibilidade da ABNT.
§ 3o O Poder Público, após certificar
a acessibilidade de edificação ou serviço,
§ 2o Para emissão de carta de
determinará a colocação, em espaços ou
"habite-se" ou habilitação equivalente e
locais de ampla visibilidade, do "Símbolo
para sua renovação, quando esta tiver sido
Internacional de Acesso", na forma prevista
emitida anteriormente às exigências de
nas normas técnicas de acessibilidade da
acessibilidade contidas na legislação
ABNT e na Lei no 7.405, de 12 de
específica, devem ser observadas e
novembro de 1985.
certificadas as regras de acessibilidade

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previstas neste Decreto e nas normas rodas, e a circulação livre de barreiras,


técnicas de acessibilidade da ABNT. atendendo às condições estabelecidas nas
normas técnicas de acessibilidade da
Seção II ABNT.

Das Condições Específicas § 1o Incluem-se nas condições


estabelecida no caput:
Art. 14. Na promoção da
acessibilidade, serão observadas as regras I - as marquises, os toldos,
gerais previstas neste Decreto, elementos de sinalização, luminosos e
complementadas pelas normas técnicas de outros elementos que tenham sua projeção
acessibilidade da ABNT e pelas sobre a faixa de circulação de pedestres;
disposições contidas na legislação dos
Estados, Municípios e do Distrito Federal. II - as cabines telefônicas e os
terminais de auto-atendimento de produtos
Art. 15. No planejamento e na e serviços;
urbanização das vias, praças, dos
logradouros, parques e demais espaços de III - os telefones públicos sem
uso público, deverão ser cumpridas as cabine;
exigências dispostas nas normas técnicas
de acessibilidade da ABNT. IV - a instalação das aberturas, das
botoeiras, dos comandos e outros sistemas
§ 1o Incluem-se na condição de acionamento do mobiliário urbano;
estabelecida no caput:
V - os demais elementos do
I - a construção de calçadas para mobiliário urbano;
circulação de pedestres ou a adaptação de
situações consolidadas; VI - o uso do solo urbano para
posteamento; e
II - o rebaixamento de calçadas com
rampa acessível ou elevação da via para VII - as espécies vegetais que
travessia de pedestre em nível; e tenham sua projeção sobre a faixa de
circulação de pedestres.
III - a instalação de piso tátil
direcional e de alerta. § 2o A concessionária do Serviço
Telefônico Fixo Comutado - STFC, na
§ 2o Nos casos de adaptação de modalidade Local, deverá assegurar que,
bens culturais imóveis e de intervenção no mínimo, dois por cento do total de
para regularização urbanística em áreas de Telefones de Uso Público - TUPs, sem
assentamentos subnormais, será admitida, cabine, com capacidade para originar e
em caráter excepcional, faixa de largura receber chamadas locais e de longa
menor que o estabelecido nas normas distância nacional, bem como, pelo menos,
técnicas citadas no caput, desde que haja dois por cento do total de TUPs, com
justificativa baseada em estudo técnico e capacidade para originar e receber
que o acesso seja viabilizado de outra chamadas de longa distância, nacional e
forma, garantida a melhor técnica possível. internacional, estejam adaptados para o
uso de pessoas portadoras de deficiência
Art. 16. As características do auditiva e para usuários de cadeiras de
desenho e a instalação do mobiliário rodas, ou conforme estabelecer os Planos
urbano devem garantir a aproximação Gerais de Metas de Universalização.
segura e o uso por pessoa portadora de
deficiência visual, mental ou auditiva, a § 3o As botoeiras e demais sistemas
aproximação e o alcance visual e manual de acionamento dos terminais de
para as pessoas portadoras de deficiência auto-atendimento de produtos e serviços e
física, em especial aquelas em cadeira de outros equipamentos em que haja

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interação com o público devem estar batistério das edificações de uso coletivo
localizados em altura que possibilite o utilizadas como templos de qualquer
manuseio por pessoas em cadeira de rodas culto. (Incluído pelo Decreto nº
e possuir mecanismos para utilização 10.014, de 2019)
autônoma por pessoas portadoras de
deficiência visual e auditiva, conforme Art. 19. A construção, ampliação ou
padrões estabelecidos nas normas técnicas reforma de edificações de uso público deve
de acessibilidade da ABNT. garantir, pelo menos, um dos acessos ao
seu interior, com comunicação com todas
Art. 17. Os semáforos para as suas dependências e serviços, livre de
pedestres instalados nas vias públicas barreiras e de obstáculos que impeçam ou
deverão estar equipados com mecanismo dificultem a sua acessibilidade.
que sirva de guia ou orientação para a
travessia de pessoa portadora de § 1o No caso das edificações de uso
deficiência visual ou com mobilidade público já existentes, terão elas prazo de
reduzida em todos os locais onde a trinta meses a contar da data de publicação
intensidade do fluxo de veículos, de deste Decreto para garantir acessibilidade
pessoas ou a periculosidade na via assim às pessoas portadoras de deficiência ou
determinarem, bem como mediante com mobilidade reduzida.
solicitação dos interessados.
§ 2o Sempre que houver viabilidade
Art. 18. A construção de edificações arquitetônica, o Poder Público buscará
de uso privado multifamiliar e a construção, garantir dotação orçamentária para ampliar
ampliação ou reforma de edificações de o número de acessos nas edificações de
uso coletivo devem atender aos preceitos uso público a serem construídas,
da acessibilidade na interligação de todas ampliadas ou reformadas.
as partes de uso comum ou abertas ao
público, conforme os padrões das normas
Art. 20. Na ampliação ou reforma
técnicas de acessibilidade da ABNT.
das edificações de uso púbico ou de uso
coletivo, os desníveis das áreas de
Parágrafo único. Também estão circulação internas ou externas serão
sujeitos ao disposto no caput os acessos, transpostos por meio de rampa ou
piscinas, andares de recreação, salão de equipamento eletromecânico de
festas e reuniões, saunas e banheiros, deslocamento vertical, quando não for
quadras esportivas, portarias, possível outro acesso mais cômodo para
estacionamentos e garagens, entre outras pessoa portadora de deficiência ou com
partes das áreas internas ou externas de mobilidade reduzida, conforme
uso comum das edificações de uso privado estabelecido nas normas técnicas de
multifamiliar e das de uso acessibilidade da ABNT.
coletivo. (Revogado pelo Decreto nº
10.014, de 2019)
Art. 21. Os balcões de atendimento
e as bilheterias em edificação de uso
§ 1º Também estão sujeitos ao público ou de uso coletivo devem dispor de,
disposto no caput os acessos, as piscinas, pelo menos, uma parte da superfície
os andares de recreação, os salão de acessível para atendimento às pessoas
festas e de reuniões, as saunas e os portadoras de deficiência ou com
banheiros, as quadras esportivas, as mobilidade reduzida, conforme os padrões
portarias, os estacionamentos e as das normas técnicas de acessibilidade da
garagens, entre outras partes das áreas ABNT.
internas ou externas de uso comum das
edificações de uso privado multifamiliar e
Parágrafo único. No caso do
das de uso coletivo. (Incluído pelo
exercício do direito de voto, as urnas das
Decreto nº 10.014, de 2019)
seções eleitorais devem ser adequadas ao
uso com autonomia pelas pessoas
§ 2º O disposto no caput não se portadoras de deficiência ou com
aplica às áreas destinadas ao altar e ao mobilidade reduzida e estarem instaladas

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em local de votação plenamente acessível estabelecimento para pessoas em cadeira


e com estacionamento próximo. de rodas, distribuídos pelo recinto em
locais diversos, de boa visibilidade,
Art. 22. A construção, ampliação ou próximos aos corredores, devidamente
reforma de edificações de uso público ou sinalizados, evitando-se áreas segregadas
de uso coletivo devem dispor de sanitários de público e a obstrução das saídas, em
acessíveis destinados ao uso por pessoa conformidade com as normas técnicas de
portadora de deficiência ou com mobilidade acessibilidade da ABNT.
reduzida. § 1o Nas edificações previstas no
caput, é obrigatória, ainda, a destinação de
dois por cento dos assentos para
§ 1o Nas edificações de uso público
acomodação de pessoas portadoras de
a serem construídas, os sanitários
deficiência visual e de pessoas com
destinados ao uso por pessoa portadora de
mobilidade reduzida, incluindo obesos, em
deficiência ou com mobilidade reduzida
locais de boa recepção de mensagens
serão distribuídos na razão de, no mínimo,
sonoras, devendo todos ser devidamente
uma cabine para cada sexo em cada
sinalizados e estar de acordo com os
pavimento da edificação, com entrada
padrões das normas técnicas de
independente dos sanitários coletivos,
acessibilidade da ABNT.
obedecendo às normas técnicas de
§ 2o No caso de não haver
acessibilidade da ABNT.
comprovada procura pelos assentos
reservados, estes poderão
§ 2o Nas edificações de uso público excepcionalmente ser ocupados por
já existentes, terão elas prazo de trinta pessoas que não sejam portadoras de
meses a contar da data de publicação deficiência ou que não tenham mobilidade
deste Decreto para garantir pelo menos um reduzida.
banheiro acessível por pavimento, com § 3o Os espaços e assentos a que
entrada independente, distribuindo-se seus se refere este artigo deverão situar-se em
equipamentos e acessórios de modo que locais que garantam a acomodação de, no
possam ser utilizados por pessoa portadora mínimo, um acompanhante da pessoa
de deficiência ou com mobilidade reduzida. portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida.
§ 3o Nas edificações de uso coletivo § 4o Nos locais referidos no caput,
a serem construídas, ampliadas ou haverá, obrigatoriamente, rotas de fuga e
reformadas, onde devem existir banheiros saídas de emergência acessíveis,
de uso público, os sanitários destinados ao conforme padrões das normas técnicas de
uso por pessoa portadora de deficiência acessibilidade da ABNT, a fim de permitir a
deverão ter entrada independente dos saída segura de pessoas portadoras de
demais e obedecer às normas técnicas de deficiência ou com mobilidade reduzida, em
acessibilidade da ABNT. caso de emergência.
§ 5o As áreas de acesso aos
§ 4o Nas edificações de uso coletivo artistas, tais como coxias e camarins,
já existentes, onde haja banheiros também devem ser acessíveis a pessoas
destinados ao uso público, os sanitários portadoras de deficiência ou com
preparados para o uso por pessoa mobilidade reduzida.
portadora de deficiência ou com mobilidade § 6o Para obtenção do
reduzida deverão estar localizados nos financiamento de que trata o inciso III do
pavimentos acessíveis, ter entrada art. 2o, as salas de espetáculo deverão
independente dos demais sanitários, se dispor de sistema de sonorização assistida
houver, e obedecer as normas técnicas de para pessoas portadoras de deficiência
acessibilidade da ABNT. auditiva, de meios eletrônicos que
permitam o acompanhamento por meio de
Art. 23. Os teatros, cinemas, legendas em tempo real ou de disposições
auditórios, estádios, ginásios de esporte, especiais para a presença física de
casas de espetáculos, salas de intérprete de LIBRAS e de
conferências e similares reservarão, pelo guias-intérpretes, com a projeção em tela
menos, dois por cento da lotação do da imagem do intérprete de LIBRAS

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sempre que a distância não permitir sua lugares. (Incluído pelo Decreto nº
visualização direta. 9.404, de 2018)

Art. 23. Nos teatros, cinemas, § 2º Cinquenta por cento dos


auditórios, estádios, ginásios de esporte, assentos reservados para pessoas com
locais de espetáculos e de conferências e deficiência ou com mobilidade reduzida
similares, serão reservados espaços livres devem ter características dimensionais e
para pessoas em cadeira de rodas e estruturais para o uso por pessoa obesa,
assentos para pessoas com deficiência ou conforme norma técnica de acessibilidade
com mobilidade reduzida, de acordo com a da ABNT, com a garantia de, no mínimo,
capacidade de lotação da edificação, um assento. (Redação dada pelo
conforme o disposto no art. 44 § 1º, da Lei Decreto nº 9.404, de 2018)
13.446, de 2015. (Redação dada
pelo Decreto nº 9.404, de 2018) § 3º Os espaços e os assentos a que
se refere este artigo deverão situar-se em
§ 1º Os espaços e os assentos a que locais que garantam a acomodação de um
se refere o caput, a serem instalados e acompanhante ao lado da pessoa com
sinalizados conforme os requisitos deficiência ou com mobilidade reduzida,
estabelecidos nas normas técnicas de resguardado o direito de se acomodar
acessibilidade da Associação Brasileira de proximamente a grupo familiar e
Normas Técnicas - ABNT, devem: comunitário. (Redação dada
(Redação dada pelo Decreto nº 9.404, de pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
2018)
§ 4º Nos locais referidos no caput,
I - ser disponibilizados, no caso de haverá, obrigatoriamente, rotas de fuga e
edificações com capacidade de lotação de saídas de emergência acessíveis,
até mil lugares, na proporção de: conforme padrões das normas técnicas de
(Incluído pelo Decreto nº 9.404, de 2018) acessibilidade da ABNT, a fim de permitir a
saída segura de pessoas com deficiência
a) dois por cento de espaços para ou com mobilidade reduzida, em caso de
pessoas em cadeira de rodas, com a emergência. (Redação dada pelo
garantia de, no mínimo, um espaço; Decreto nº 9.404, de 2018)
e (Incluído pelo Decreto nº 9.404,
de 2018) § 5º As áreas de acesso aos artistas,
tais como coxias e camarins, também
b) dois por cento de assentos para devem ser acessíveis a pessoas com
pessoas com deficiência ou com deficiência ou com mobilidade
mobilidade reduzida, com a garantia de, no reduzida. (Redação dada pelo
mínimo, um assento; ou (Incluído Decreto nº 9.404, de 2018)
pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
§ 6º Para obtenção do financiamento
II - ser disponibilizados, no caso de de que trata o inciso III do caput do art. 2º,
edificações com capacidade de lotação as salas de espetáculo deverão dispor de
acima de mil lugares, na proporção meios eletrônicos que permitam a
de: (Incluído pelo Decreto nº transmissão de subtitulação por meio de
9.404, de 2018) legenda oculta e de audiodescrição, além
de disposições especiais para a presença
física de intérprete de Libras e de
a) vinte espaços para pessoas em
cadeira de rodas mais um por cento do que guias-intérpretes, com a projeção em tela
da imagem do intérprete sempre que a
exceder mil lugares; e (Incluído
distância não permitir sua visualização
pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
direta. (Redação dada pelo
Decreto nº 9.404, de 2018)
b) vinte assentos para pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida
§ 7o O sistema de sonorização
mais um por cento do que exceder mil
assistida a que se refere o § 6o será

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sinalizado por meio do pictograma § 1º A reserva de assentos de que


aprovado pela Lei no 8.160, de 8 de janeiro trata o caput será garantida a partir do
de 1991. início das vendas até vinte e quatro horas
antes de cada evento, com disponibilidade
§ 8o As edificações de uso público e em todos os pontos de venda de ingresso,
de uso coletivo referidas no caput, já sejam eles físicos ou
existentes, têm, respectivamente, prazo de virtuais. (Incluído pelo Decreto nº
trinta e quarenta e oito meses, a contar da 9.404, de 2018)
data de publicação deste Decreto, para
garantir a acessibilidade de que trata o § 2º No caso de eventos realizados
caput e os §§ 1o a 5o. em estabelecimentos com capacidade
superior a dez mil pessoas, a reserva de
§ 9º Na hipótese de a aplicação do assentos de que trata o caput será
percentual previsto nos § 1º e § 2º resultar garantida a partir do início das vendas até
em número fracionado, será utilizado o setenta e duas horas antes de cada evento,
primeiro número inteiro com disponibilidade em todos os pontos de
superior. (Incluído pelo Decreto nº venda de ingresso, sejam eles físicos ou
9.404, de 2018) virtuais. (Incluído pelo Decreto nº
9.404, de 2018)
§ 10. As adaptações necessárias à
oferta de assentos com características § 3º Os espaços e os assentos de
dimensionais e estruturais para o uso por que trata o caput, em cada setor, somente
pessoa obesa de que trata o § 2º serão serão disponibilizados às pessoas sem
implementadas no prazo de doze meses, deficiência ou sem mobilidade reduzida
contado da data de publicação deste depois de esgotados os demais assentos
Decreto. (Incluído pelo daquele setor e somente quando os prazos
Decreto nº 9.404, de 2018) estabelecidos nos § 1º e § 2º se
encerrarem. (Incluído pelo
Decreto nº 9.404, de 2018)
§ 11. O direito à meia entrada para
pessoas com deficiência não está restrito
aos espaços e aos assentos reservados de § 4º Nos cinemas, a reserva de
que trata o caput e está sujeito ao limite assentos de que trata o caput será
estabelecido no § 10 do art. 1º da Lei nº garantida a partir do início das vendas até
12.933, de 26 de dezembro de meia hora antes de cada sessão, com
2013. (Incluído pelo disponibilidade em todos os pontos de
Decreto nº 9.404, de 2018) venda de ingresso, sejam eles físicos ou
virtuais. (Incluído pelo Decreto nº
9.404, de 2018)
§ 12. Os espaços e os assentos a
que se refere o caput deverão garantir às
pessoas com deficiência auditiva boa Art. 23-B. Os espaços livres para
visualização da interpretação em Libras e pessoas em cadeira de rodas e assentos
da legendagem descritiva, sempre que reservados para pessoas com deficiência
estas forem oferecidas. (Incluído ou com mobilidade reduzida serão
pelo Decreto nº 9.404, de 2018) identificados no mapa de assentos
localizados nos pontos de venda de
ingresso e de divulgação do evento, sejam
Art. 23-A. Na hipótese de não haver
procura comprovada pelos espaços livres eles físicos ou virtuais. (Incluído
pelo Decreto nº 9.404, de 2018)
para pessoas em cadeira de rodas e
assentos reservados para pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida, Parágrafo único. Os pontos físicos e
esses podem, excepcionalmente, ser os sítios eletrônicos de venda de ingressos
ocupados por pessoas sem deficiência ou e de divulgação do evento
que não tenham mobilidade deverão: (Incluído pelo Decreto nº
reduzida. (Incluído pelo Decreto 9.404, de 2018)
nº 9.404, de 2018)

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I - ser acessíveis a pessoas com data de publicação deste Decreto, para


deficiência e com mobilidade reduzida; garantir a acessibilidade de que trata este
e (Incluído pelo Decreto nº artigo.
9.404, de 2018)
Art. 25. Nos estacionamentos
II - conter informações sobre os externos ou internos das edificações de
recursos de acessibilidade disponíveis nos uso público ou de uso coletivo, ou naqueles
eventos. (Incluído pelo Decreto nº localizados nas vias públicas, serão
9.404, de 2018) reservados, pelo menos, dois por cento do
total de vagas para veículos que
Art. 24. Os estabelecimentos de transportem pessoa portadora de
ensino de qualquer nível, etapa ou deficiência física ou visual definidas neste
modalidade, públicos ou privados, Decreto, sendo assegurada, no mínimo,
proporcionarão condições de acesso e uma vaga, em locais próximos à entrada
utilização de todos os seus ambientes ou principal ou ao elevador, de fácil acesso à
compartimentos para pessoas portadoras circulação de pedestres, com
de deficiência ou com mobilidade reduzida, especificações técnicas de desenho e
inclusive salas de aula, bibliotecas, traçado conforme o estabelecido nas
auditórios, ginásios e instalações normas técnicas de acessibilidade da
desportivas, laboratórios, áreas de lazer e ABNT.
sanitários.
§ 1o Os veículos estacionados nas
§ 1o Para a concessão de vagas reservadas deverão portar
autorização de funcionamento, de abertura identificação a ser colocada em local de
ou renovação de curso pelo Poder Público, ampla visibilidade, confeccionado e
o estabelecimento de ensino deverá fornecido pelos órgãos de trânsito, que
comprovar que: disciplinarão sobre suas características e
condições de uso, observando o disposto
na Lei no 7.405, de 1985.
I - está cumprindo as regras de
acessibilidade arquitetônica, urbanística e
na comunicação e informação previstas § 2o Os casos de inobservância do
nas normas técnicas de acessibilidade da disposto no § 1o estarão sujeitos às
ABNT, na legislação específica ou neste sanções estabelecidas pelos órgãos
Decreto; competentes.

II - coloca à disposição de § 3o Aplica-se o disposto no caput


professores, alunos, servidores e aos estacionamentos localizados em áreas
empregados portadores de deficiência ou públicas e de uso coletivo.
com mobilidade reduzida ajudas técnicas
que permitam o acesso às atividades § 4o A utilização das vagas
escolares e administrativas em igualdade reservadas por veículos que não estejam
de condições com as demais pessoas; e transportando as pessoas citadas no caput
constitui infração ao art. 181, inciso XVII,
III - seu ordenamento interno contém da Lei no 9.503, de 23 de setembro de
normas sobre o tratamento a ser 1997.
dispensado a professores, alunos,
servidores e empregados portadores de Art. 26. Nas edificações de uso
deficiência, com o objetivo de coibir e público ou de uso coletivo, é obrigatória a
reprimir qualquer tipo de discriminação, existência de sinalização visual e tátil para
bem como as respectivas sanções pelo orientação de pessoas portadoras de
descumprimento dessas normas. deficiência auditiva e visual, em
conformidade com as normas técnicas de
§ 2o As edificações de uso público e acessibilidade da ABNT.
de uso coletivo referidas no caput, já
existentes, têm, respectivamente, prazo de Art. 27. A instalação de novos
trinta e quarenta e oito meses, a contar da elevadores ou sua adaptação em

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edificações de uso público ou de uso IV - demais especificações em nota


coletivo, bem assim a instalação em na própria planta, tais como a existência e
edificação de uso privado multifamiliar a ser as medidas de botoeira, espelho,
construída, na qual haja obrigatoriedade da informação de voz, bem como a garantia
presença de elevadores, deve atender aos de responsabilidade técnica de que a
padrões das normas técnicas de estrutura da edificação suporta a
acessibilidade da ABNT. implantação do equipamento escolhido.

§ 1o No caso da instalação de Seção III


elevadores novos ou da troca dos já
existentes, qualquer que seja o número de Da Acessibilidade na Habitação de
elevadores da edificação de uso público ou Interesse Social
de uso coletivo, pelo menos um deles terá
cabine que permita acesso e
Art. 28. Na habitação de interesse
movimentação cômoda de pessoa
social, deverão ser promovidas as
portadora de deficiência ou com mobilidade
seguintes ações para assegurar as
reduzida, de acordo com o que especifica
condições de acessibilidade dos
as normas técnicas de acessibilidade da
empreendimentos:
ABNT.
I - definição de projetos e adoção de
§ 2o Junto às botoeiras externas do
tipologias construtivas livres de barreiras
elevador, deverá estar sinalizado em braile arquitetônicas e urbanísticas;
em qual andar da edificação a pessoa se
encontra.
II - no caso de edificação
o multifamiliar, execução das unidades
§ 3 Os edifícios a serem
habitacionais acessíveis no piso térreo e
construídos com mais de um pavimento
acessíveis ou adaptáveis quando nos
além do pavimento de acesso, à exceção
demais pisos;
das habitações unifamiliares e daquelas
que estejam obrigadas à instalação de
elevadores por legislação municipal, III - execução das partes de uso
deverão dispor de especificações técnicas comum, quando se tratar de edificação
e de projeto que facilitem a instalação de multifamiliar, conforme as normas técnicas
equipamento eletromecânico de de acessibilidade da ABNT; e
deslocamento vertical para uso das
pessoas portadoras de deficiência ou com IV - elaboração de especificações
mobilidade reduzida. técnicas de projeto que facilite a instalação
de elevador adaptado para uso das
§ 4o As especificações técnicas a pessoas portadoras de deficiência ou com
que se refere o § 3o devem atender: mobilidade reduzida.

I - a indicação em planta aprovada Parágrafo único. Os agentes


pelo poder municipal do local reservado executores dos programas e projetos
para a instalação do equipamento destinados à habitação de interesse social,
eletromecânico, devidamente assinada financiados com recursos próprios da
pelo autor do projeto; União ou por ela geridos, devem observar
os requisitos estabelecidos neste artigo.
II - a indicação da opção pelo tipo de
equipamento (elevador, esteira, plataforma Art. 29. Ao Ministério das Cidades,
ou similar); no âmbito da coordenação da política
habitacional, compete:
III - a indicação das dimensões
internas e demais aspectos da cabine do I - adotar as providências
equipamento a ser instalado; e necessárias para o cumprimento do
disposto no art. 28; e

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II - divulgar junto aos agentes Art. 33. As instâncias públicas


interessados e orientar a clientela alvo da responsáveis pela concessão e permissão
política habitacional sobre as iniciativas que dos serviços de transporte coletivo são:
promover em razão das legislações federal,
estaduais, distrital e municipais relativas à I - governo municipal, responsável
acessibilidade. pelo transporte coletivo municipal;

Seção IV II - governo estadual, responsável


pelo transporte coletivo metropolitano e
Da Acessibilidade aos Bens Culturais intermunicipal;
Imóveis
III - governo do Distrito Federal,
Art. 30. As soluções destinadas à responsável pelo transporte coletivo do
eliminação, redução ou superação de Distrito Federal; e
barreiras na promoção da acessibilidade a
todos os bens culturais imóveis devem IV - governo federal, responsável
estar de acordo com o que estabelece a pelo transporte coletivo interestadual e
Instrução Normativa no 1 do Instituto do internacional.
Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional - IPHAN, de 25 de novembro de
Art. 34. Os sistemas de transporte
2003.
coletivo são considerados acessíveis
quando todos os seus elementos são
CAPÍTULO V concebidos, organizados, implantados e
adaptados segundo o conceito de desenho
DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE universal, garantindo o uso pleno com
TRANSPORTES COLETIVOS segurança e autonomia por todas as
pessoas.
Seção I
Parágrafo único. A infra-estrutura de
Das Condições Gerais transporte coletivo a ser implantada a partir
da publicação deste Decreto deverá ser
acessível e estar disponível para ser
Art. 31. Para os fins de
operada de forma a garantir o seu uso por
acessibilidade aos serviços de transporte
pessoas portadoras de deficiência ou com
coletivo terrestre, aquaviário e aéreo,
mobilidade reduzida.
considera-se como integrantes desses
serviços os veículos, terminais, estações,
pontos de parada, vias principais, acessos Art. 35. Os responsáveis pelos
e operação. terminais, estações, pontos de parada e os
veículos, no âmbito de suas competências,
assegurarão espaços para atendimento,
Art. 32. Os serviços de transporte
assentos preferenciais e meios de acesso
coletivo terrestre são:
devidamente sinalizados para o uso das
pessoas portadoras de deficiência ou com
I - transporte rodoviário, classificado mobilidade reduzida.
em urbano, metropolitano, intermunicipal e
interestadual;
Art. 36. As empresas
concessionárias e permissionárias e as
II - transporte metroferroviário, instâncias públicas responsáveis pela
classificado em urbano e metropolitano; e gestão dos serviços de transportes
coletivos, no âmbito de suas competências,
III - transporte ferroviário, deverão garantir a implantação das
classificado em intermunicipal e providências necessárias na operação, nos
interestadual. terminais, nas estações, nos pontos de
parada e nas vias de acesso, de forma a
assegurar as condições previstas no art. 34
deste Decreto.

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Parágrafo único. As empresas no prazo de até doze meses a contar da


concessionárias e permissionárias e as data da publicação deste Decreto.
instâncias públicas responsáveis pela
gestão dos serviços de transportes § 2o A substituição da frota operante
coletivos, no âmbito de suas competências, atual por veículos acessíveis, a ser feita
deverão autorizar a colocação do "Símbolo pelas empresas concessionárias e
Internacional de Acesso" após certificar a permissionárias de transporte coletivo
acessibilidade do sistema de transporte. rodoviário, dar-se-á de forma gradativa,
conforme o prazo previsto nos contratos de
Art. 37. Cabe às empresas concessão e permissão deste serviço.
concessionárias e permissionárias e as
instâncias públicas responsáveis pela § 3o A frota de veículos de
gestão dos serviços de transportes transporte coletivo rodoviário e a
coletivos assegurar a qualificação dos infra-estrutura dos serviços deste
profissionais que trabalham nesses transporte deverão estar totalmente
serviços, para que prestem atendimento acessíveis no prazo máximo de cento e
prioritário às pessoas portadoras de vinte meses a contar da data de publicação
deficiência ou com mobilidade reduzida. deste Decreto.

Seção II § 4o Os serviços de transporte


coletivo rodoviário urbano devem priorizar o
Da Acessibilidade no Transporte embarque e desembarque dos usuários em
Coletivo Rodoviário nível em, pelo menos, um dos acessos do
veículo.
Art. 38. No prazo de até vinte e
quatro meses a contar da data de edição § 5º O disposto neste artigo não se
das normas técnicas referidas no § 1o, aplica aos veículos destinados
todos os modelos e marcas de veículos de exclusivamente às empresas de transporte
transporte coletivo rodoviário para de fretamento e de turismo, observado o
utilização no País serão fabricados disposto no art. 49 da Lei nº 13.146, de 6
acessíveis e estarão disponíveis para de julho de 2015. (Incluído pelo
integrar a frota operante, de forma a Decreto nº 10.014, de 2019)
garantir o seu uso por pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 39. No prazo de até vinte e
quatro meses a contar da data de
Art. 38. No prazo de vinte e quatro implementação dos programas de
meses, contado da data de publicação das avaliação de conformidade descritos no
normas técnicas referidas no § 1º, os § 3o, as empresas concessionárias e
veículos de transporte coletivo rodoviário permissionárias dos serviços de transporte
para utilização no País serão fabricados coletivo rodoviário deverão garantir a
acessíveis e estarão disponíveis para acessibilidade da frota de veículos em
integrar a frota operante, de forma a circulação, inclusive de seus
garantir o uso por pessoas com deficiência equipamentos.
ou com mobilidade
reduzida. (Redação dada pelo § 1o As normas técnicas para
Decreto nº 10.014, de 2019) adaptação dos veículos e dos
equipamentos de transporte coletivo
§ 1o As normas técnicas para rodoviário em circulação, de forma a
fabricação dos veículos e dos torná-los acessíveis, serão elaboradas
equipamentos de transporte coletivo pelas instituições e entidades que
rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, compõem o Sistema Nacional de
serão elaboradas pelas instituições e Metrologia, Normalização e Qualidade
entidades que compõem o Sistema Industrial, e estarão disponíveis no prazo
Nacional de Metrologia, Normalização e de até doze meses a contar da data da
Qualidade Industrial, e estarão disponíveis publicação deste Decreto.

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§ 2o Caberá ao Instituto Nacional de Art. 41. No prazo de até cinqüenta e


Metrologia, Normalização e Qualidade quatro meses a contar da data de
Industrial - INMETRO, quando da implementação dos programas de
elaboração das normas técnicas para a avaliação de conformidade descritos no
adaptação dos veículos, especificar dentre § 2o, as empresas concessionárias e
esses veículos que estão em operação permissionárias dos serviços de transporte
quais serão adaptados, em função das coletivo aquaviário, deverão garantir a
restrições previstas no art. 98 da Lei acessibilidade da frota de veículos em
no 9.503, de 1997. circulação, inclusive de seus
equipamentos.
§ 3o As adaptações dos veículos em
operação nos serviços de transporte § 1o As normas técnicas para
coletivo rodoviário, bem como os adaptação dos veículos e dos
procedimentos e equipamentos a serem equipamentos de transporte coletivo
utilizados nestas adaptações, estarão aquaviário em circulação, de forma a
sujeitas a programas de avaliação de torná-los acessíveis, serão elaboradas
conformidade desenvolvidos e pelas instituições e entidades que
implementados pelo Instituto Nacional de compõem o Sistema Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - INMETRO, a partir de Industrial, e estarão disponíveis no prazo
orientações normativas elaboradas no de até trinta e seis meses a contar da data
âmbito da ABNT. da publicação deste Decreto.

Seção III § 2o As adaptações dos veículos em


operação nos serviços de transporte
Da Acessibilidade no Transporte coletivo aquaviário, bem como os
Coletivo Aquaviário procedimentos e equipamentos a serem
utilizados nestas adaptações, estarão
sujeitas a programas de avaliação de
Art. 40. No prazo de até trinta e seis
meses a contar da data de edição das conformidade desenvolvidos e
implementados pelo INMETRO, a partir de
normas técnicas referidas no § 1o, todos os
orientações normativas elaboradas no
modelos e marcas de veículos de
âmbito da ABNT.
transporte coletivo aquaviário serão
fabricados acessíveis e estarão disponíveis
para integrar a frota operante, de forma a Seção IV
garantir o seu uso por pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida. Da Acessibilidade no Transporte
Coletivo Metroferroviário e Ferroviário
§ 1o As normas técnicas para
fabricação dos veículos e dos Art. 42. A frota de veículos de
equipamentos de transporte coletivo transporte coletivo metroferroviário e
aquaviário acessíveis, a serem elaboradas ferroviário, assim como a infra-estrutura
pelas instituições e entidades que dos serviços deste transporte deverão estar
compõem o Sistema Nacional de totalmente acessíveis no prazo máximo de
Metrologia, Normalização e Qualidade cento e vinte meses a contar da data de
Industrial, estarão disponíveis no prazo de publicação deste Decreto.
até vinte e quatro meses a contar da data
da publicação deste Decreto. § 1o A acessibilidade nos serviços
de transporte coletivo metroferroviário e
§ 2o As adequações na ferroviário obedecerá ao disposto nas
infra-estrutura dos serviços desta normas técnicas de acessibilidade da
modalidade de transporte deverão atender ABNT.
a critérios necessários para proporcionar as
condições de acessibilidade do sistema de § 2o No prazo de até trinta e seis
transporte aquaviário. meses a contar da data da publicação
deste Decreto, todos os modelos e marcas

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de veículos de transporte coletivo Art. 45. Caberá ao Poder Executivo,


metroferroviário e ferroviário serão com base em estudos e pesquisas, verificar
fabricados acessíveis e estarão disponíveis a viabilidade de redução ou isenção de
para integrar a frota operante, de forma a tributo:
garantir o seu uso por pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida. I - para importação de equipamentos
que não sejam produzidos no País,
Art. 43. Os serviços de transporte necessários no processo de adequação do
coletivo metroferroviário e ferroviário sistema de transporte coletivo, desde que
existentes deverão estar totalmente não existam similares nacionais; e
acessíveis no prazo máximo de cento e
vinte meses a contar da data de publicação II - para fabricação ou aquisição de
deste Decreto. veículos ou equipamentos destinados aos
sistemas de transporte coletivo.
§ 1o As empresas concessionárias e
permissionárias dos serviços de transporte Parágrafo único. Na elaboração dos
coletivo metroferroviário e ferroviário estudos e pesquisas a que se referem o
deverão apresentar plano de adaptação caput, deve-se observar o disposto no art.
dos sistemas existentes, prevendo ações 14 da Lei Complementar no 101, de 4 de
saneadoras de, no mínimo, oito por cento maio de 2000, sinalizando impacto
ao ano, sobre os elementos não acessíveis orçamentário e financeiro da medida
que compõem o sistema. estudada.

§ 2o O plano de que trata o § Art. 46. A fiscalização e a aplicação


1o deve ser apresentado em até seis meses de multas aos sistemas de transportes
a contar da data de publicação deste coletivos, segundo disposto no art. 6o,
Decreto. inciso II, da Lei no 10.048, de 2000, cabe à
União, aos Estados, Municípios e ao
Seção V Distrito Federal, de acordo com suas
competências.
Da Acessibilidade no Transporte
Coletivo Aéreo CAPÍTULO VI

Art. 44. No prazo de até trinta e seis DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À


meses, a contar da data da publicação COMUNICAÇÃO
deste Decreto, os serviços de transporte
coletivo aéreo e os equipamentos de Art. 47. No prazo de até doze meses
acesso às aeronaves estarão acessíveis e a contar da data de publicação deste
disponíveis para serem operados de forma Decreto, será obrigatória a acessibilidade
a garantir o seu uso por pessoas nos portais e sítios eletrônicos da
portadoras de deficiência ou com administração pública na rede mundial de
mobilidade reduzida. computadores (internet), para o uso das
pessoas portadoras de deficiência visual,
Parágrafo único. A acessibilidade garantindo-lhes o pleno acesso às
nos serviços de transporte coletivo aéreo informações disponíveis.
obedecerá ao disposto na Norma de
Serviço da Instrução da Aviação Civil § 1o Nos portais e sítios de grande
NOSER/IAC - 2508-0796, de 1o de porte, desde que seja demonstrada a
novembro de 1995, expedida pelo inviabilidade técnica de se concluir os
Departamento de Aviação Civil do procedimentos para alcançar integralmente
Comando da Aeronáutica, e nas normas a acessibilidade, o prazo definido no caput
técnicas de acessibilidade da ABNT. será estendido por igual período.

Seção VI § 2o Os sítios eletrônicos acessíveis


às pessoas portadoras de deficiência
Das Disposições Finais conterão símbolo que represente a

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acessibilidade na rede mundial de II - no Serviço Móvel Celular ou


computadores (internet), a ser adotado nas Serviço Móvel Pessoal:
respectivas páginas de entrada.
a) garantir a interoperabilidade nos
§ 3o Os telecentros comunitários serviços de telefonia móvel, para
instalados ou custeados pelos Governos possibilitar o envio de mensagens de texto
Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito entre celulares de diferentes empresas; e
Federal devem possuir instalações
plenamente acessíveis e, pelo menos, um b) garantir a existência de centrais
computador com sistema de som instalado, de intermediação de comunicação
para uso preferencial por pessoas telefônica a serem utilizadas por pessoas
portadoras de deficiência visual. portadoras de deficiência auditiva, que
funcionem em tempo integral e atendam a
Art. 48. Após doze meses da edição todo o território nacional, inclusive com
deste Decreto, a acessibilidade nos portais integração com o mesmo serviço oferecido
e sítios eletrônicos de interesse público na pelas prestadoras de Serviço Telefônico
rede mundial de computadores (internet), Fixo Comutado.
deverá ser observada para obtenção do
financiamento de que trata o inciso III do § 1o Além das ações citadas no
art. 2o. caput, deve-se considerar o estabelecido
nos Planos Gerais de Metas de
Art. 49. As empresas prestadoras de Universalização aprovados pelos Decretos
serviços de telecomunicações deverão nos 2.592, de 15 de maio de 1998, e 4.769,
garantir o pleno acesso às pessoas de 27 de junho de 2003, bem como o
portadoras de deficiência auditiva, por meio estabelecido pela Lei no 9.472, de 16 de
das seguintes ações: julho de 1997.

I - no Serviço Telefônico Fixo § 2o O termo pessoa portadora de


Comutado - STFC, disponível para uso do deficiência auditiva e da fala utilizado nos
público em geral: Planos Gerais de Metas de Universalização
é entendido neste Decreto como pessoa
a) instalar, mediante solicitação, em portadora de deficiência auditiva, no que se
âmbito nacional e em locais públicos, refere aos recursos tecnológicos de
telefones de uso público adaptados para telefonia.
uso por pessoas portadoras de deficiência;
Art. 50. A Agência Nacional de
b) garantir a disponibilidade de Telecomunicações - ANATEL
instalação de telefones para uso por regulamentará, no prazo de seis meses a
pessoas portadoras de deficiência auditiva contar da data de publicação deste
para acessos individuais; Decreto, os procedimentos a serem
observados para implementação do
disposto no art. 49.
c) garantir a existência de centrais de
intermediação de comunicação telefônica a
serem utilizadas por pessoas portadoras de Art. 51. Caberá ao Poder Público
deficiência auditiva, que funcionem em incentivar a oferta de aparelhos de telefonia
tempo integral e atendam a todo o território celular que indiquem, de forma sonora,
nacional, inclusive com integração com o todas as operações e funções neles
mesmo serviço oferecido pelas prestadoras disponíveis no visor.
de Serviço Móvel Pessoal; e
Art. 52. Caberá ao Poder Público
d) garantir que os telefones de uso incentivar a oferta de aparelhos de
público contenham dispositivos sonoros televisão equipados com recursos
para a identificação das unidades tecnológicos que permitam sua utilização
existentes e consumidas dos cartões de modo a garantir o direito de acesso à
telefônicos, bem como demais informações informação às pessoas portadoras de
exibidas no painel destes equipamentos; deficiência auditiva ou visual.

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Parágrafo único. Incluem-se entre ANATEL no procedimento de que trata o


os recursos referidos no caput: § 1o.

I - circuito de decodificação de § 3o A Coordenadoria Nacional para


legenda oculta; Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência - CORDE da Secretaria
II - recurso para Programa Especial dos Direitos Humanos da
Secundário de Áudio (SAP); e Presidência da República assistirá o
Ministério das Comunicações no
procedimento de que trata o § 1o. (Redação
III - entradas para fones de ouvido
dada pelo Decreto nº 5.645, de 2005)
com ou sem fio.

Art. 54. Autorizatárias e


Art. 53. A ANATEL regulamentará,
no prazo de doze meses a contar da data consignatárias do serviço de radiodifusão
de sons e imagens operadas pelo Poder
de publicação deste Decreto, os
Público poderão adotar plano de medidas
procedimentos a serem observados para
técnicas próprio, como metas antecipadas
implementação do plano de medidas
e mais amplas do que aquelas as serem
técnicas previsto no art. 19 da Lei
definidas no âmbito do procedimento
no 10.098, de 2000.
estabelecido no art. 53.
Art. 53. Os procedimentos a serem
Art. 55. Caberá aos órgãos e
observados para implementação do plano
entidades da administração pública,
de medidas técnicas previstos no art. 19 da
diretamente ou em parceria com
Lei no 10.098, de 2000., serão
organizações sociais civis de interesse
regulamentados, em norma complementar,
público, sob a orientação do Ministério da
pelo Ministério das
Educação e da Secretaria Especial dos
Comunicações. (Redação dada
Direitos Humanos, por meio da CORDE,
pelo Decreto nº 5.645, de 2005)
promover a capacitação de profissionais
em LIBRAS.
§ 1o O processo de regulamentação
de que trata o caput deverá atender ao
Art. 56. O projeto de
disposto no art. 31 da Lei no 9.784, de 29
desenvolvimento e implementação da
de janeiro de 1999.
televisão digital no País deverá contemplar
obrigatoriamente os três tipos de sistema
§ 2o A regulamentação de que trata de acesso à informação de que trata o art.
o caput deverá prever a utilização, entre 52.
outros, dos seguintes sistemas de
reprodução das mensagens veiculadas
Art. 57. A Secretaria de
para as pessoas portadoras de deficiência
Comunicação de Governo e Gestão
auditiva e visual:
Estratégica da Presidência da República
editará, no prazo de doze meses a contar
I - a subtitulação por meio de da data da publicação deste Decreto,
legenda oculta; normas complementares disciplinando a
utilização dos sistemas de acesso à
II - a janela com intérprete de informação referidos no § 2o do art. 53, na
LIBRAS; e publicidade governamental e nos
pronunciamentos oficiais transmitidos por
III - a descrição e narração em voz meio dos serviços de radiodifusão de sons
de cenas e imagens. e imagens.

§ 3o A Coordenadoria Nacional para Parágrafo único. Sem prejuízo do


Integração da Pessoa Portadora de disposto no caput e observadas as
Deficiência - CORDE da Secretaria condições técnicas, os pronunciamentos
Especial dos Direitos Humanos da oficiais do Presidente da República serão
Presidência da República assistirá a acompanhados, obrigatoriamente, no prazo

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de seis meses a partir da publicação deste Art. 61. Para os fins deste Decreto,
Decreto, de sistema de acessibilidade consideram-se ajudas técnicas os
mediante janela com intérprete de LIBRAS. produtos, instrumentos, equipamentos ou
tecnologia adaptados ou especialmente
Art. 58. O Poder Público adotará projetados para melhorar a funcionalidade
mecanismos de incentivo para tornar da pessoa portadora de deficiência ou com
disponíveis em meio magnético, em mobilidade reduzida, favorecendo a
formato de texto, as obras publicadas no autonomia pessoal, total ou assistida.
País.
§ 1o Os elementos ou equipamentos
§ 1o A partir de seis meses da definidos como ajudas técnicas serão
edição deste Decreto, a indústria de certificados pelos órgãos competentes,
medicamentos deve disponibilizar, ouvidas as entidades representativas das
mediante solicitação, exemplares das bulas pessoas portadoras de deficiência.
dos medicamentos em meio magnético,
braile ou em fonte ampliada. § 2o Para os fins deste Decreto, os
cães-guia e os cães-guia de
§ 2o A partir de seis meses da acompanhamento são considerados ajudas
edição deste Decreto, os fabricantes de técnicas.
equipamentos eletroeletrônicos e
mecânicos de uso doméstico devem Art. 62. Os programas e as linhas de
disponibilizar, mediante solicitação, pesquisa a serem desenvolvidos com o
exemplares dos manuais de instrução em apoio de organismos públicos de auxílio à
meio magnético, braile ou em fonte pesquisa e de agências de financiamento
ampliada. deverão contemplar temas voltados para
ajudas técnicas, cura, tratamento e
Art. 59. O Poder Público apoiará prevenção de deficiências ou que
preferencialmente os congressos, contribuam para impedir ou minimizar o seu
seminários, oficinas e demais eventos agravamento.
científico-culturais que ofereçam, mediante
solicitação, apoios humanos às pessoas Parágrafo único. Será estimulada a
com deficiência auditiva e visual, tais como criação de linhas de crédito para a indústria
tradutores e intérpretes de LIBRAS, que produza componentes e equipamentos
ledores, guias-intérpretes, ou tecnologias de ajudas técnicas.
de informação e comunicação, tais como a
transcrição eletrônica simultânea. Art. 63. O desenvolvimento científico
e tecnológico voltado para a produção de
Art. 60. Os programas e as linhas de ajudas técnicas dar-se-á a partir da
pesquisa a serem desenvolvidos com o instituição de parcerias com universidades
apoio de organismos públicos de auxílio à e centros de pesquisa para a produção
pesquisa e de agências de financiamento nacional de componentes e equipamentos.
deverão contemplar temas voltados para
tecnologia da informação acessível para Parágrafo único. Os bancos oficiais,
pessoas portadoras de deficiência. com base em estudos e pesquisas
elaborados pelo Poder Público, serão
Parágrafo único. Será estimulada a estimulados a conceder financiamento às
criação de linhas de crédito para a indústria pessoas portadoras de deficiência para
que produza componentes e equipamentos aquisição de ajudas técnicas.
relacionados à tecnologia da informação
acessível para pessoas portadoras de Art. 64. Caberá ao Poder Executivo,
deficiência. com base em estudos e pesquisas, verificar
a viabilidade de:
CAPÍTULO VII
I - redução ou isenção de tributos
DAS AJUDAS TÉCNICAS para a importação de equipamentos de
ajudas técnicas que não sejam produzidos

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no País ou que não possuam similares II - estabelecimento das


nacionais; competências desta área;

II - redução ou isenção do imposto III - realização de estudos no intuito


sobre produtos industrializados incidente de subsidiar a elaboração de normas a
sobre as ajudas técnicas; e respeito de ajudas técnicas;

III - inclusão de todos os IV - levantamento dos recursos


equipamentos de ajudas técnicas para humanos que atualmente trabalham com o
pessoas portadoras de deficiência ou com tema; e
mobilidade reduzida na categoria de
equipamentos sujeitos a dedução de V - detecção dos centros regionais
imposto de renda. de referência em ajudas técnicas,
objetivando a formação de rede nacional
Parágrafo único. Na elaboração dos integrada.
estudos e pesquisas a que se referem o
caput, deve-se observar o disposto no art. § 1o O Comitê de Ajudas Técnicas
14 da Lei Complementar no 101, de 2000, será supervisionado pela CORDE e
sinalizando impacto orçamentário e participará do Programa Nacional de
financeiro da medida estudada. Acessibilidade, com vistas a garantir o
disposto no art. 62.
Art. 65. Caberá ao Poder Público
viabilizar as seguintes diretrizes: § 2o Os serviços a serem prestados
pelos membros do Comitê de Ajudas
I - reconhecimento da área de ajudas Técnicas são considerados relevantes e
técnicas como área de conhecimento; não serão remunerados.

II - promoção da inclusão de CAPÍTULO VIII


conteúdos temáticos referentes a ajudas
técnicas na educação profissional, no DO PROGRAMA NACIONAL DE
ensino médio, na graduação e na ACESSIBILIDADE
pós-graduação;
Art. 67. O Programa Nacional de
III - apoio e divulgação de trabalhos Acessibilidade, sob a coordenação da
técnicos e científicos referentes a ajudas Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
técnicas; por intermédio da CORDE, integrará os
planos plurianuais, as diretrizes
IV - estabelecimento de parcerias orçamentárias e os orçamentos anuais.
com escolas e centros de educação
profissional, centros de ensino Art. 68. A Secretaria Especial dos
universitários e de pesquisa, no sentido de Direitos Humanos, na condição de
incrementar a formação de profissionais na coordenadora do Programa Nacional de
área de ajudas técnicas; e Acessibilidade, desenvolverá, dentre
outras, as seguintes ações:
V - incentivo à formação e
treinamento de ortesistas e protesistas. I - apoio e promoção de capacitação
e especialização de recursos humanos em
Art. 66. A Secretaria Especial dos acessibilidade e ajudas técnicas;
Direitos Humanos instituirá Comitê de
Ajudas Técnicas, constituído por II - acompanhamento e
profissionais que atuam nesta área, e que aperfeiçoamento da legislação sobre
será responsável por: acessibilidade;

I - estruturação das diretrizes da área


de conhecimento;

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III - edição, publicação e distribuição as deformidades estéticas e as que não


de títulos referentes à temática da produzam dificuldades para o desempenho
acessibilidade; de funções;

IV - cooperação com Estados, II - deficiência auditiva - perda bilateral,


Distrito Federal e Municípios para a parcial ou total, de quarenta e um decibéis
elaboração de estudos e diagnósticos (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
sobre a situação da acessibilidade freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e
arquitetônica, urbanística, de transporte, 3.000Hz;
comunicação e informação;
III - deficiência visual - cegueira, na qual a
V - apoio e realização de campanhas acuidade visual é igual ou menor que 0,05
informativas e educativas sobre no melhor olho, com a melhor correção
acessibilidade; óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
VI - promoção de concursos olho, com a melhor correção óptica; os
nacionais sobre a temática da casos nos quais a somatória da medida do
acessibilidade; e campo visual em ambos os olhos for igual
ou menor que 60o; ou a ocorrência
simultânea de quaisquer das condições
VII - estudos e proposição da criação
anteriores;
e normatização do Selo Nacional de
Acessibilidade.
IV - ...............................................................
........
CAPÍTULO IX

......................................................................
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
.
Art. 69. Os programas nacionais de
desenvolvimento urbano, os projetos de d) utilização dos recursos da comunidade;
revitalização, recuperação ou reabilitação
urbana incluirão ações destinadas à ......................................................................
eliminação de barreiras arquitetônicas e ."(NR)
urbanísticas, nos transportes e na
comunicação e informação devidamente Art. 71. Ficam revogados os arts. 50
adequadas às exigências deste Decreto. a 54 do Decreto no 3.298, de 20 de
dezembro de 1999.
Art. 70. O art. 4o do Decreto
o
n 3.298, de 20 de dezembro de 1999, Art. 72. Este Decreto entra em vigor
passa a vigorar com as seguintes na data da sua publicação.
alterações:
Brasília, 2 de dezembro de 2004;
"Art. 4o ......................................................... 183o da Independência e 116o da
.............. República.

I - deficiência física - alteração completa ou LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


parcial de um ou mais segmentos do corpo José Dirceu de Oliveira e Silva
humano, acarretando o comprometimento
da função física, apresentando-se sob a Este texto não substitui o publicado no
forma de paraplegia, paraparesia, DOU de 3.12.2004.
monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia,
*
hemiplegia, hemiparesia, ostomia,
amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto

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permanecer em
ambientes de uso
coletivo
acompanhada de
cão-guia e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no
uso da atribuição que lhe confere o art.
84, inciso IV, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no art. 4o da Lei no 11.126,
de 27 de junho de 2005,

DECRETA:

Art. 1o A pessoa com deficiência


visual usuária de cão-guia tem o direito de
ingressar e permanecer com o animal em
todos os locais públicos ou privados de uso
coletivo.

§ 1o O ingresso e a permanência de
cão em fase de socialização ou
treinamento nos locais previstos no caput
somente poderá ocorrer quando em
companhia de seu treinador, instrutor ou
acompanhantes habilitados.

§ 2o É vedada a exigência do uso de


focinheira nos animais de que trata este
Decreto, como condição para o ingresso e
permanência nos locais descritos no caput.

§ 3o Fica proibido o ingresso de


cão-guia em estabelecimentos de saúde
nos setores de isolamento, quimioterapia,
transplante, assistência a queimados,
centro cirúrgico, central de material e
esterilização, unidade de tratamento
intensivo e semi-intensivo, em áreas de
preparo de medicamentos, farmácia
hospitalar, em áreas de manipulação,
processamento, preparação e
DECRETO Nº 5.904, DE 21 DE armazenamento de alimentos e em casos
SETEMBRO DE 2006. especiais ou determinados pela Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar dos
Regulamenta a Lei
serviços de saúde.
no 11.126, de 27 de
junho de 2005, que
§ 4o O ingresso de cão-guia é
dispõe sobre o direito
proibido, ainda, nos locais em que seja
da pessoa com
obrigatória a esterilização individual.
deficiência visual de
ingressar e

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§ 5o No transporte público, a pessoa VI - família hospedeira ou família de


com deficiência visual acompanhada de acolhimento: aquela que abriga o cão na
cão-guia ocupará, preferencialmente, o fase de socialização, compreendida entre o
assento mais amplo, com maior espaço desmame e o início do treinamento
livre à sua volta ou próximo de uma específico do animal para sua atividade
passagem, de acordo com o meio de como guia;
transporte.
VII - acompanhante habilitado do
o cão-guia: membro da família hospedeira ou
§ 6 A pessoa com deficiência visual
família de acolhimento;
e a família hospedeira ou de acolhimento
poderão manter em sua residência os VIII - cão-guia: animal castrado,
animais de que trata este Decreto, não se isento de agressividade, de qualquer sexo,
aplicando a estes quaisquer restrições de porte adequado, treinado com o fim
previstas em convenção, regimento interno exclusivo de guiar pessoas com deficiência
ou regulamento condominiais. visual.

§ 7o É vedada a cobrança de § 1o Fica vedada a utilização dos


valores, tarifas ou acréscimos vinculados, animais de que trata este Decreto para fins
direta ou indiretamente, ao ingresso ou à de defesa pessoal, ataque, intimidação ou
presença de cão-guia nos locais previstos quaisquer ações de natureza agressiva,
no caput, sujeitando-se o infrator às bem como para a obtenção de vantagens
sanções de que trata o art. 6o. de qualquer natureza.

Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, § 2o A prática descrita no § 1o é


considera-se: considerada como desvio de função,
sujeitando o responsável à perda da posse
I - deficiência visual: cegueira, na
do animal e a respectiva devolução a um
qual a acuidade visual é igual ou menor
centro de treinamento, preferencialmente
que 0,05° no melhor olho, com a melhor
àquele em que o cão foi treinado.
correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3° e 0,05° no
Art. 3o A identificação do cão-guia e
melhor olho, com a melhor correção óptica;
a comprovação de treinamento do usuário
os casos nos quais a somatória da medida
dar-se-ão por meio da apresentação dos
do campo visual em ambos os olhos for
seguintes itens:
igual ou menor que 60 graus; ou a
ocorrência simultânea de quaisquer das I - carteira de identificação e plaqueta
condições anteriores; de identificação, expedidas pelo centro de
treinamento de cães-guia ou pelo instrutor
II - local público: aquele que seja
autônomo, que devem conter as seguintes
aberto ao público, destinado ao público ou
informações:
utilizado pelo público, cujo acesso seja
gratuito ou realizado mediante taxa de a) no caso da carteira de
ingresso; identificação:
III - local privado de uso coletivo: 1. nome do usuário e do cão-guia;
aquele destinado às atividades de natureza 2. nome do centro de treinamento ou
comercial, cultural, esportiva, financeira, do instrutor autônomo;
recreativa, social, religiosa, de lazer, 3. número da inscrição no Cadastro
educacional, laboral, de saúde ou de Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do
serviços, entre outras; centro ou da empresa responsável pelo
treinamento ou o número da inscrição no
IV - treinador: profissional habilitado
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do
para treinar o cão;
instrutor autônomo; e
V - instrutor: profissional habilitado 4. foto do usuário e do cão-guia; e
para treinar a dupla cão e usuário;

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b) no caso da plaqueta de
identificação: Art. 5o A Coordenadoria Nacional
para Integração da Pessoa Portadora de
1. nome do usuário e do cão-guia;
Deficiência - CORDE, da Secretaria
2. nome do centro de treinamento ou
Especial dos Direitos Humanos, organizará
do instrutor autônomo; e
exame para avaliar a capacitação técnica
3. número do CNPJ do centro de
dos treinadores e instrutores de cão-guia
treinamento ou do CPF do instrutor
por meio da instalação de comissão de
autônomo;
especialistas, formada por:
II - carteira de vacinação atualizada,
I - representantes de entidades de e
com comprovação da vacinação múltipla e
para pessoas com deficiência visual;
anti-rábica, assinada por médico veterinário
II - usuários de cão-guia;
com registro no órgão regulador da
III - médicos veterinários com registro
profissão; e
no órgão regulador da profissão;
III - equipamento do animal, IV - treinadores;
composto por coleira, guia e arreio com V - instrutores; e
alça. VI - especialistas em orientação e
mobilidade.
§ 1o A plaqueta de identificação deve
ser utilizada no pescoço do cão-guia. § 1o O exame terá periodicidade
semestral, podendo ser também realizado
§ 2o Os centros de treinamento e a qualquer tempo, mediante solicitação dos
instrutores autônomos reavaliarão, sempre interessados e havendo disponibilidade por
que julgarem necessário, o trabalho das parte da CORDE.
duplas em atividade, devendo retirar o
arreio da posse do usuário caso constatem § 2o A CORDE poderá delegar a
a necessidade de desfazer a dupla, seja organização do exame.
por inaptidão do usuário, do cão-guia, de
ambos ou por mau uso do animal. Art. 6o O descumprimento do
disposto no art. 1o sujeitará o infrator às
§ 3o O cão em fase de socialização e seguintes sanções, sem prejuízo das
treinamento deverá ser identificado por sanções penais, cíveis e administrativas
uma plaqueta, presa à coleira, com a cabíveis:
inscrição “cão-guia em treinamento”,
I - no caso de impedir ou dificultar o
aplicando-se as mesmas exigências de
ingresso e a permanência do usuário com o
identificação do cão-guia, dispensado o uso
cão-guia nos locais definidos no caput do
de arreio com alça.
art. 1o ou de condicionar tal acesso à
separação da dupla:
Art. 4o O Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Sanção - multa no valor mínimo de
Industrial - INMETRO será responsável por R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$
avaliar a qualificação dos centros de 30.000,00 (trinta mil reais);
treinamento e dos instrutores autônomos,
II - no caso de impedir ou dificultar o
conforme competência conferida pela Lei
ingresso e a permanência do treinador,
no 9.933, de 20 de dezembro de 1999.
instrutor ou acompanhantes habilitados do
cão em fase de socialização ou de
Parágrafo único. A avaliação de que
treinamento nos locais definidos no caput
trata este artigo será realizada mediante a
do art. 1o ou de se condicionar tal acesso à
verificação do cumprimento de requisitos a
separação do cão:
serem estabelecidos pela Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Sanção - multa no valor mínimo de
Presidência da República e pelo INMETRO R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$
em portaria conjunta. 30.000,00 (trinta mil reais); e

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III - no caso de reincidência:


Sanção - interdição, pelo período de
trinta dias, e multa no valor mínimo de R$
1.000,00 (mil reais) e máximo de R$
50.000,00 (cinqüenta mil reais).

Parágrafo único. A Secretaria


Especial dos Direitos Humanos será
responsável pelo julgamento do processo,
recolhimento da multa e decisão da
interdição.

Art. 7o O usuário de cão-guia


treinado por instituição estrangeira deverá
portar a carteira de identificação do
cão-guia emitida pelo centro de
treinamento ou instrutor estrangeiro
autônomo ou uma cópia autenticada do
diploma de conclusão do treinamento no
idioma em que foi expedido, acompanhada
de uma tradução simples do documento
para o português, além dos documentos
referentes à saúde do cão-guia, que devem
ser emitidos por médico veterinário com
licença para atuar no território brasileiro,
credenciado no órgão regulador de sua
profissão.

Art. 8o A Secretaria Especial dos


Direitos Humanos realizará campanhas
publicitárias, inclusive em parceria com
Estados, Distrito Federal e Municípios, para
informação da população a respeito do
disposto neste Decreto, sem prejuízo de
iniciativas semelhantes tomadas por outros
órgãos do Poder Público ou pela sociedade
civil.

Art. 9o Este Decreto entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 21de setembro de 2006;


185o da Independência e 118o da
República.
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Erenice Guerra
Este texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 22.9.2006.

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