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60-Clube dos Caçadores e Atiradores Civis de Guimarães

À semelhança de tantas outras associações desportivas, já espalhadas um pouco por todo o país, Guimarães ganhou
a sua associação de caçadores em Maio de 1901. Ainda hoje, a caça não é uma actividade barata. No início do século
XX, o poder de compra das pessoas deveria ser inferior ao de hoje o que fazia deste «a que chamam» desporto, um
entretenimento mais próprio da nobreza e, no espaço rural, de proprietários mais abastados.

Da pouca história que se conhece da sua instituição, sabe-se que estiveram presentes 113 sócios fundadores. À
associação, chamaram-lhe Clube dos Caçadores e Atiradores Civis de Guimarães. A sede ficou instalada no número
68 da rua de Sto António. Entre os primeiros associados gravados no quadro de honra exposto na sede, pode
encontrar-se o nome do malogrado Francisco Agra que seria assassinado um mês depois e o primeiro comandante
dos bombeiros de Guimarães, José Minotes.

Conhece-se o gosto dos reis pela caça, de que D. Carlos não era excepção, muito pelo contrário, era um grande
aficionado. Numa sua vista à cidade ofereceu ao clube vimaranense uns binóculos de campanha para servirem de
prémio em competições. Mais tarde, também o filho D. Manuel II ofereceria um presente com a mesma finalidade,
desconhecendo-se, no entanto de que tipo seria esse presente.

Como qualquer associação que se preze, também o Clube dos Caçadores ganhou direito a um hino. Mas só
aconteceu 31 anos depois da fundação, em 1932. Foi seu compositor um então músico militar vimaranense a servir
no reg. de infantaria 3, sediado em Viana do Castelo. António Ribeiro de Castro, regressado à vida civil, tomaria
conta da regência da Banda Filarmónica de Pevidém, de 1949 a 1959. A data da oferta está registada na Capa da
Partitura, com dois carimbos do clube diferentes: 25 de Maio de 1932.

Em acta de direcção de Julho de 1932, o Clube agradeceu-lhe o Hino e foi proposto para sócio honorário deste Clube.

O Hino que vamos ouvir em versão filarmónica, foi interpretado no âmbito da divulgação dos Hinos e Marchas
Históricas de Guimarães a 9 de Dezembro de 2016 pela orquestra de alunos e professores do Conservatório de
Guimarães.

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