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CLUBE DESPORTIVO

SALVATERRENSE

A SUA HISTÓRIA…!
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José Gameiro
(José Rodrigues Gameiro)
Os Homens,
Os Desportos,
A História…!

******

CLUBE DESPORTIVO
SALVATERRENSE
INDICE:
I – FUTEBOL …………………………….. Pág. 5

II - A Origem do Clube Desportivo


Salvaterrense ………………………….. Pág. 6

III – Columbofilia …………………………. Pág. 23

IV – Ciclismo ……………………………… Pág. 25

V – Motonáutica …………………………… Pág. 29

VI - Andebol ……………………………….. Pág. 32

VII – Voleibol ………………………………. Pág. 46

VIII – Judo …………………………………… Pág. 51

XIX – Trampolins …………………………….. Pág. 58

XX - Hóquei em Patins ……………………… Pág. 63

XXI – Pesca Desportiva ………………………. Pág. 68

XXII – Atletismo ………………………………Pág. 73


Tipo de Livro: On-line
Autor: Gameiro, José
Data: 2010
Editor: Gameiro, José Rodrigues
Morada: Bº Pinhal da Vila –
Rua Padre Cruz, Lote 49
Localidade: Salvaterra de Magos
Código Postal: 2120 – 059

Telem. 918 905 704


Fax: 263 505 494

Titulo: Clube Desportivo Salvaterrense


A Sua História

Httpp://www.historiadesalvaterra.blogs.sapo.pt
PREÂMBULO

O presente livro tem como único fim


reunir documentos e informações, que ao
longo de mais 30 anos, recolhemos e,
algumas vezes foram utilizados em
trabalhos publicados na comunicação
social. Julgamos que aqui poderá estar
um valioso contributo para quem queira fazer um estudo
mais aprofundado das modalidades desportivas que se
implementaram em Salvaterra de Magos, como o futebol
que vem do já longínquo ano de 1926.
Nalguns casos a recolha de informações que fizemos,
foram fruto de entrevistas, até porque não existiam
muitos documentos em arquivo. Muitas pessoas que
contactamos por volta do início de 1980, tinham
pertencido às equipas que aqui nasciam e acabam,
depois de alguns meses de atritos Numa dessas
recolhas, acarreámos um grupo de antigos praticantes
de futebol daquela época de 1926, que juntámos no
estabelecimento do barbeiro, Alexandre Varanda da
Cunha. O contraditório entre eles, foi grande sobre o
mesmo assunto, até porque já tinham passado muitos
anos e, as memórias já não “guardavam” o que parecia
importante de tão pequenos acontecimentos, para o
conhecimento das gerações seguintes. Os
acontecimentos aqui contados nas páginas a seguir, são
uma mais valia para a “história” do Clube Desportivo
Salvaterrense– C.D.S., muitas foram ouvidas, outras
vividas pelo autor, têm os seus inconvenientes, pois
falta-lhes o rigor, pois não tiverem a confirmação

1
documental. Para os leitores, especialmente aqueles
que as queiram ter como ponto de partida para qualquer
trabalho de investigação, a que queiram meter ombros,
aqui e agora não é tarde pedimos alguma benevolência
pela insuficiência conseguida.
Cabe aqui agradecer e enaltecer a forma carinhosa,
dos já falecidos Alexandre Varanda da Cunha e Manuel
Gonçalves Júnior, pelo modo como nos apoiaram
sempre que precisamos da sua ajuda, viveram
apaixonadamente o glorioso Salvaterrense. Alexandre
Cunha, que foi na sua época, um dinâmico dirigente do
Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., tendo até
desenhado e pintado o emblema da colectividade, onde
se vê uma bola de futebol tendo como fundo uma roda
de bicicleta, desporto de grandes ídolos que arrebatava
multidões em Portugal naqueles tempos.
Ao Prof. Fernando Rita Assunção, que tendo dado o
seu contributo ao aparecimento da prática do Andebol,
em Salvaterra de Magos, como seu jogador e treinador,
nos facultou muitas informações sobre este desporto.
Em 1997, este livro encontrava-se pronto para uma
edição em papel, mas por motivos vários só agora
encontrei oportunidade de o publicar em on-line, sendo
feitas as necessárias adaptações, incluindo as fotos.

Ano: 2010

José Gameiro
(José Rodrigues Gameiro)

2
UMA OPINIÃO AMIGA

Tal como o autor pretendia o presente trabalho é


um documento de recolha de informações, com o
fito de esboçar os contornos da história do desporto
em Salvaterra de Magos. Não ambicionou de modo
algum reunir todos os factos e explanar
exaustivamente todas as situações, porque acredito
tal não seria facilmente atingível e, este trabalho
tardaria a ser publicado, com os prejuízos daí
decorrentes para o desporto e a comunidade locais.
José Rodrigues Gameiro, ou José Gameiro, como
é conhecido no seio da imprensa escrita, porque
assim assina os seus textos, deu mais uma vez o
primeiro passo e teve a coragem de se expor a
todos os que este livro lerem, convicto de que estes
apontamentos longe de serem um produto acabado
são, no entanto, pioneiros nesta temática.
Não se esqueça, que ao longo dos tempos a
evolução das diversas modalidades desportivas,
desde o futebol, aos trampolins, passando pela
motonáutica, ciclismo, columbofilia, pesca
desportiva, hóquei em patins, judo, voleibol,
atletismo, andebol e ornitofilia, tiveram boa
recepção em Salvaterra de Magos.

O autor, não se alonga em julgamentos de valor


sempre relativos, polémicos e propiciadores de
discórdia, privilegiando a narração de episódios e
acontecimentos históricos, ilustrando-os sempre

3
que isso lhe foi possível com fotografias, e
referenciando de modo simples os que deram o seu
contributo em prol do desporto nesta terra-atletas,
seccionistas, dirigentes e instituições.
Trata-se de uma publicação de fácil leitura e de
consulta imediata, que podendo ser falível num ou
noutro aspecto, função do maior ou menor cuidado
na recolha, não deixa de no seu conjunto
representar um salto qualitativo na prossecução do
objectivo de compilação e divulgação da história do
desporto em Salvaterra de Magos.

Como nota final, que certamente comprovarão


com a leitura desta obra, foi (é) ao Clube Desportivo
(C.D.S.), que se fica a dever grande parte das
“historias” de sucesso (e insucesso). Assim os
Homens de hoje queiram continuar a fazer
historia…Salvaterra de Magos merece-o !

Obrigado José Gameiro !

Hélder Esménio
(antigo Presidente da Direcção do C.D.S.)

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I

FUTEBOL

Os chineses no séc. III a.C., chamavam ao jogo


da bola “tsu-chu”, uma forma de adestrarem a força
física dos seus soldados. A prática dos jogos
também foi muito usada na antiga Grécia,
chamados de “Olímpicos”, em honra dos deuses.
Várias modalidades eram então praticadas, desde o
lançamento do dardo, passando pela luta corpo-a-
corpo, como as corridas a pé, onde a destreza e a
resistência física do homem eram postas à prova,
daí nasceu o atletismo. Na chamada era moderna,
o homem tendo oportunidade de ocupar os seus
tempos livres, foi inventando outros jogos, como foi
o futebol, no século XIX.

Nos colégios da aristocracia inglesa, adaptou-se


o jogo da bola, num passatempo com regras, para
isso houve reuniões que segundo alguns autores,
começaram em Outubro de 1863 e terminaram dois
meses depois. Sendo restrito à sua classe,
depressa se tornou num espectáculo que se
“alastrou” passando a chamar-se futebol, tendo
havido um torneio em 1872. Em poucos anos
absorveu o entusiasmo de multidões em todo o
mundo, sendo agora apelidado de desporto-rei, tal a
sua dinâmica como espectáculo.

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Os portugueses também foram “contagiados” por
esta nova modalidade desportiva, no final do século
XIX, em 1888, trazido de Cambridge, pelos irmãos
Pinto Bastos.

II

A ORIGEM DO CLUBE DESPORTIVO


SALVATERRENSE

Naquele já longínquo ano de 1925, existiam em


Salvaterra de Magos duas equipas de futebol.
O Operário, composto por operários, como:
António Pinheiro, Nazário, Júlio Lino, Emílio
Mendes, Benigno Gonçalves, Fernando Luiz das
Neves (o Ciranda), Alberto Leandro, Sebastião
Cabaço.
O Rural; onde jogavam os trabalhadores do
campo, Raul Pega, Manuel Borrego, Manuel
Carlota, Manuel José Figueiredo e Sebastião
Nabiço, entre outros.

Os jogos disputavam-se num espaço térreo cedido


pela casa agrícola Oliveira e Sousa, no Massapez.
A Quinta-feira, dia de descanso semanal na vila e
povoações vizinhas, era aproveitado para alguns
jogos da bola, como então se dizia. Era um dia que
convinha aos jogadores convidados, pois estes ao
domingo participavam nos encontros das suas
equipas, sedeadas em Lisboa.

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A rivalidade instalada entre os dois grupos, o
Operário e o Rural, depressa deu origem ao
desaparecimento de ambos e, apareceu uma nova
equipa; o RURAL PEQUENO, onde foram aproveitados
alguns já com provas dadas e deram nas vistas;
Luiz Figueiredo e Joaquim dos Santos (Tanganho).
Este último como Keeper.
Aos mais jovens do desaparecido Operário,
juntaram-se outros, e nasceu o ESTRELA FUTEBOL
CLUBE, e nele jogaram António Cabaço (Chadote),
Armando Cabaço ( Armando leitão), João Nunes de
Oliveira (João da Companhia), João Miguel
(Capadão) e, alguns que entretanto tinham deixado
de alinhar pelo Rural Pequeno.

Em 1926, depressa o Estrela, ganhou fama de


boa equipa, que nos encontros com equipas de
terras vizinhas, ia somando vitórias, até porque
contava com a colaboração de António Roquette,
Mário Pita, Gustavo Teixeira e Victor Silva,
jogadores que vestiam a camisola da selecção
nacional. O jogador do Benfica, Victor Silva, mais
tarde convidado também para treinador do C.D.S.,
vinha uma vez por semana orientar os treinos, onde
já imperava a disciplina e técnica nos jogos
praticados.
Foi durante a sua orientação que apareceram os
irmãos, Mac-Brid Fernandes e José Fernandes,
este conhecido por José Morais.

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Segundo apuramos nas entrevistas que
conseguimos, em 1980, para publicar no já
desaparecido jornal “Aurora do Ribatejo”, era
unânime os elogios, feitos aos dois irmãos, que
ficaram como “ídolos” na história do futebol em
Salvaterra de Magos.

A equipa do Estrela Futebol Clube, depois de


conhecer a fama, depressa entrou em declínio.
O grupo de amigos que compunham o Estrela,
tinham a sede social, instalada na casa do director
Augusto da Luz, na rua Machado Santos.
.
À noite na parede da moradia, era colocada uma
pequena caixa de madeira, envidraçada, com uma
vela no interior, servindo de reclamo do clube.
O entusiasmo dos adeptos do futebol em
Salvaterra, era tanto, que motivou a que muitos
jovens da terra, constituíssem uma nova equipa
com o nome de “OPERÁRIO”, a que se seguiu “Os
ZEBRAS”.

Um torneio, foi organizado na vila, nele


inscreveram-se; o Marítimo, o Rural, os Morcegos,
o Sempre-Aparece, o Coração, e o já consagrado
Estrela. Numa destas equipas, jogava o “Manel
Sarol”, que dava azo a um espectador dizer: Um a
cada e dois ao Sirol.

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A disputa de uma taça, durou algumas semanas,
e nas várias equipas, deram nas vistas; Joaquim
Cunha, Mário Antão, Joaquim Moliço, Mário
Caramelo, Francisco Magalhães e Eurico Borrego,
além de muitos outros que a memória dos homens
esqueceu.

Ainda o torneio esta a meio a “guerra” instalou-se


e, os agrupamentos depressa desapareceram,
ficando mais uma vez apenas o já velhinho Estrela.
Em 1938, existia em Salvaterra de Magos, apenas
uma associação recreativa, o Grémio Artístico
Salvaterrense, cuja fundação vinha do dia de reis,
do ano de 1925.
Esta colectividade tinha a sua sede na Trav. do
Forno de Vidro, e tinha apenas como associados,
homens com profissões, como: Carpinteiros,
Ferreiros, Escriturários, Pedreiros, Padeiros e
Empregados de Balcão.
Aos conhecidos, como artesãos, onde se
incluíam; Carpinteiros de carros, Sapateiros,
Funileiros e Trabalhadores Rurais, eram-lhes
vedada a condição de sócio, apenas podiam usar
as suas instalações em dias de bailes. As regalias
sociais, restringia-se a uma mesa de Ping-Pong e
uma outra de Bilhar. Em 1947, por proposta do
sócio, Sílvio Augusto Cabaço, então presidente da
direcção, numa assembleia-geral, é aceite a
extinção do Grémio, dando lugar ao CLUBE
DESPORTIVO SALVATERRENSE.- C.D.S.

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O Estrela Futebol Clube, foi convidado a integrar
esta nova colectividade, com a sua equipa de
futebol, tendo a finalidade de começar a participar
em jogos oficiais.
Na necessidade de um emblema para o C.D.S.,
encarregaram-se de o fazer, os dirigentes José
Quitério e Alexandre Varanda da Cunha, este cuja
habilidade era notória na pintura, que completava
com o gosto pela fotografia. Os responsáveis
tinham deliberado que teria como fundo, uma roda
de bicicleta, uma novidade na época, em muitos
clubes, até porque existia a rivalidade no ciclismo –
Trindade e Nicolau.

Em 27 de Abril de 1947, a equipa do Clube


Desportivo Salvaterrense, fez a sua apresentação
pública, na vila, num jogo amigável com o
Desportivo da Azambuja, tendo vencido os
visitantes por 2-0.

Na equipa alinharam, Chico Néu, Joaquim


Cunha, Joaquim Moliço, Mac-Brid, João Tavares,
José Luís Borrego, João Raposo, João Pratas
(Carocho), Jaime Quitério, Alfredo Magalhães,
Victor Damásio, Mário Caramelo e José Luís das
Neves. Marcaram os golos; José Luís Borrego e
João Raposo.

Na retribuição que o clube, fez à Azambuja, em


11 de Junho, o entusiasmo foi de tal monta, que

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foram alugados alguns barcos para os
acompanhantes, que aproveitaram para um passeio
fluvial, sendo o almoço no sitio das “Obras Novas”,
junto à vila visitada.
O jogo, realizou-se de tarde, e o Salvaterrense,
perdeu por 5-4, tendo alinhado; Chico Néu, Joaquim
Cunha, José Raposo, João Tavares, Mac-Brid,
Mário Caramelo, José Luís Borrego, José Luís das
Neves, João Raposo, Jaime Quitério e Alfredo
Magalhães. Foram suplentes: Francisco Varela,
Victor Damásio e João Inácio. Marcaram os golos
do C.D.S., José Luís Borrego (1), José Raposo (2)
e, Alfredo Magalhães (1). Foi treinador o Dr. Inácio
Nazaré., notário instalado na vila.
Naquele tempo, para a prática do futebol era
usado um terreno, por detrás do muro do hospital,
próximo da praça de toiros. Ali a equipa do C.D.S.,
fez alguns jogos com o fito de entrar em provas
oficiais, reforçando-se com jogadores, vindo de
Muge (Cadete) e José Ferreira (Valada). Nestes
encontros de preparação, a equipa saiu sempre
vitoriosa, passando a ser uma equipa respeitada
pelas equipas das terras vizinhas. Em 1950,
disputou pela primeira vez uma prova oficial – o
Campeonato Regional de Santarém.

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Segundo algumas informações que registámos, a
derrota frente ao Sport Lisboa e Cartaxo, em 24 de
Setembro, acumulado com outras que se lhe
sucederam, a equipa obteve uma posição muito
modesta no torneio. Para formar a equipa, foi
necessário pedir aos jogadores mais antigos, que
aceitassem, outros como: Joaquim Moliço, José
Carlos Hipólito e João Luís Damásio.

Em 1952, participa na Taça do Ribatejo, com


uma equipa composta com jogadores da terra e,
chega ao final da primeira volta, no cima da tabela.
O entusiasmo entra nas decisões directivas do
clube e, começa a recrutar reforços em clubes de
Lisboa. O mal-estar “instala-se” na equipa e, vem
reflectir-se nos resultados da segunda volta, no final
a sua posição na prova fica seriamente afectada,
com algumas dívidas acumuladas.
Uma crise instala-se, quer na direcção, quer nos
jogadores, que vão representar outros clubes
vizinhos.

Os anos passaram, a prática de futebol, no C.D.S.


de Salvaterra de Magos, deixa de existir, servindo o
seu recinto de jogos para instalar a Feira Anual da
vila. Em 1957, um grupo de associados toma em
mãos o rumo do clube, e reorganiza a secção de
futebol, procura um novo recinto desportivo e
encontra na câmara municipal, sob a presidência de

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José Luís Seabra Ferreira Roquette, a resposta,
para as suas aspirações.
A Misericórdia local completa as pretensões
disponibilizando um espaço para o campo de
futebol nos terrenos da antiga “Horta do Loureiro”.

As obras começaram com grande entusiasmo,


mas ali existia um grande posto de alta tensão de
energia eléctrica, que levou a demoradas
“demarches” com a empresa Hidro Eléctrica Alto
Alentejo – H..E.A..A., que tinha um escritório em
Almeirim. Entretanto um conjunto de jovens, vai

treinando e, fazendo alguns encontros, sob o


comando do director, Manuel Gonçalves (Manuel
Pechincha). Os bons resultados alcançados são um
prenúncio de se ter alcançado uma nova equipa
para o Salvaterrense, mas ficou-se por aí.

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Os anos foram passando, os jogadores com certo
jeito para a prática deste desporto, foram
conquistados por equipas de terras vizinhas, entre
eles; Alfredo Bernardino, Manuel Paulo, João
Manuel Vasco, Lourenço Rato, Manuel Conceição
Vieira e Luís Fernandes Gonçalves (Luís Planga).

Mais tarde, apareceu uma outra leva de jovens


como: Mário Marques, José Manuel Santana Vasco,
João Mendes, António Bernardo (Nelito), Porfírio
Bernadino (Mac), João Fernandes Damásio (Bão),
Rui Monteiro, Nelson Ferreira, Luís Fernandes
(Sapatão), José Nunes (José Béu), Faiante e João
Manuel Ferreira (Ratão), etc.
Destes, alguns chegaram a representar clubes de
nomeada no panorama do futebol português, como
o Benfica e Leiria.
Em 1975, com a ajuda da câmara municipal, as
infra-estruturas do recinto desportivo, ficaram
fechadas com um muro em volta e em 1960, uma
direcção com, Sérgio Filipe Andrade, João Morais
Alexandre e Leonardo Ramalho Cardoso, procedeu-
se a obras de grande vulto na sede do clube.

Em 1964, na sede, um antigo edifício de


rés/chão, logo foi projectado um primeiro andar,
com um vasto salão com 420 m2, para festas e
reuniões dos associados e, pequenas
dependências de apoio, às outras secções

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desportivas. O piso debaixo, na entrada, passou a
ter uma grande sala com um pequeno bar
Na época, foi considerado um dos melhores
edifícios para sede dos clubes desportivos,
existentes no distrito de Santarém.

Finalmente, na época 1973/74, o Clube


Desportivo Salvaterrense, entrou sem interrupções,
nos calendários regionais do Distrito de Santarém,
estava Sérgio Filipe Andrade, na presidência da
direcção. Nesse tempo, participou na II divisão
distrital, de Santarém, conquistou o título, sem
derrotas.

Ainda com o executivo de Filipe Andrade, são


iniciadas obras de conservação no espaço
desportivo do Campo do Loureiro, que se
prolongaram por mais três anos.

Na época 1977/78, o C.D.S, terminou o


campeonato distrital, na 7ª posição da classificação
e, em 1980/81, obteve a 2ª posição, que lhe deu
oportunidade de participar na Taça de Portugal,
tendo sido eliminado em Peniche, depois de passar
algumas eliminatórias.

Em 1982/83, desceu de categoria para a II


divisão, do campeonato distrital de Santarém, mas
na época seguinte (1983/84), alcançou o 2º lugar e
foi finalista da Taça do Ribatejo. Ainda neste tempo,

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um dirigente, Valdemar Facha, teve um grande
desempenho, pois dedicou-se ao Salvaterrense, de
alma e coração, continuando com a nova direcção
constituída por; Manuel Fernandes Travessa, Jaime
Fontes, Orlando Andrade, Dr. José Cadório Lino,
José Manuel Santana Vasco, Manuel F.G. Guedes
e Jorge Manuel Silva Henriques.

Num trabalho de grande envergadura e


empenho, fizeram-se obras de conservação no
edifício da sede do clube e, foi modernizado todo o
sistema administrativo e financeiro.
Com as finanças do clube controladas, foi feita a
aquisição de um pequeno autocarro, já com muitos
kms de estrada.

Antes de terminarem o seu mandato foi


comemorado o 60º aniversário da colectividade,
dando a conhecer as várias secções desportivas
em programa festivo, os cerca de 300 atletas, em
actividade na colectividade Salvaterriana.

No grande espaço (salão) que existia no primeiro


andar da sede, realizavam-se espectáculos de
variedades, e muitos colóquios como um curso de
árbitros, dirigido por antigo árbitro, Manuel Lousada,
que foi muito frequentado.

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III

SECÇÃO DE COLUMBOFILIA

Data de 1932, o inicio da pratica da columbofilia


em Salvaterra de Magos. Documentos existentes na
Sociedade Columbófila Salvaterrense, remetem-nos
para o conhecimento da existência em Salvaterra
de Magos, de uma Delegação Columbófila do
Centro de Portugal (Lisboa).
Naquele tempo, eram praticantes desta
modalidade os columbófilos; Carlos Sabino Paim,
de Benavente, João Figueiredo Tomás, de Coruche,
Victor Caratão, de Benavente, Domingos Teodoro,
de Muge, Lúcio David, de Muge, João Rico Raio, de
Benavente. Com pombais em Salvaterra, existiam
José Vicente da Costa Ramalho, Jacinto Lopes
Magalhães, António Mendes dos Santos e
Fernando de Sousa Marques, Rafael Roquette,
Fernando Luiz das Neves, Gonzaga Ribeiro e
Manuel Gonçalves Júnior de parceria com seu
irmão Benigno Gonçalves.
Era o grande impulsionador desta actividade
desportiva, José Vicente Costa Ramalho, chegando
um seu carro a transportar os cestos de verga, com
os pombos daqueles praticantes à estação de
Muge, para uma viagem de comboio até Lisboa.

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Sendo uma actividade desportiva bem
“cimentada” em Portugal, passou a ser reconhecida
oficialmente através do DL Nº 36.767 de
28.02.1948, onde o pombo-correio, tem lugar de
notoriedade na sua protecção. As dificuldades
encontradas, com a colectividade de apoio, em

Lisboa, levou a que em 10 de Dezembro de 1949,


fosse criada uma secção columbófila, no C.D.S.,
para isso tiveram papel de relevo, Engº Carlos da
Costa Freire, Jacinto Lopes Magalhães, Joaquim
Damásio, João Ferreira Vasco, entre outros.
Em 19 de Janeiro de 1951 (acta nº 2), foi
realizada uma assembleia-geral, que levou ao
aparecimento da Sociedade Columbófila
Salvaterrense. Em 8 de Outubro de 1952, já com
escritura pública e estatutos, desvincula-se de
secção do Clube Desportivo Salvaterrense.

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24
IV

CICLISMO

Este fascinante desporto, em que o homem


dominando a máquina, faz um conjunto de
desenvolvimento atlético saudável para o ser
humano. Sabe-se que a bicicleta, esse simpático
veiculo, já fez cem anos desde o dia em que depois
de vários aperfeiçoamentos e, nomes, levou o
francês, Ernesto Michaux, em 1865, a chamar-lhe
velocípede. Realmente foi naquele ano que
publicamente foi apresentado como um meio de
locomoção, porque deixava de ser necessário para
andar, de se pôr os pés no chão.

Por volta de 1933, Portugal, viveu grandes


entusiasmos, com a prática do ciclismo, o povo
chegou a ter os seus ídolos, os “despiques” entre
Nicolau e Trindade, lembravam o início da volta à
França, em 1903.

Não sendo o ciclismo, uma prática desportiva em


Salvaterra de Magos, teve nos anos 30, do séc. XX,
grandes entusiastas como Joaquim Pinto
Figueiredo (Joaquim Tarau) e Fernando Vieira
Andrade (Fernando Tapada), tendo o primeiro
entrado na volta a Portugal, representando o Clube
Campo de Ourique (Lisboa).

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Partindo da capital do país, em direcção ao
Algarve, subiu a serra do Caldeirão, e numa das
etapas, com destino a Évora, num dos vários
controlos que a prova tinha, chegou atrasado e teve
de abandonar a corrida.

A sua desistência, foi uma frustração, pois muitos


conterrâneos esperavam-no na Praça do Geraldes.

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Manuel Militão Leal, nascido em Marinhais,
representou o clube “Os Belenenses “, em 1933,
classificou-se na volta a Portugal, na 4ª posição, no
ano seguinte quedou-se na 34ª posição.
Muitos anos mais tarde, também daquela
freguesia, Manuel Simões “O Pechites”, vestindo a
camisola do Benfica, conseguiu posições
classificativas de registo na prova nacional, tal
como João Abalada, representando o Sporting, que
também teve classificações de destaque em provas
realizadas em Festas Populares.

Nascidos na Glória do Ribatejo, Roberto Valentim


Peixe, participou em algumas voltas a Portugal, ao
serviço do Benfica e mais tarde do Salgueiros, bem
como Inácio Monteiro Nunes, que vestiu a camisola
do Benfica. Em Salvaterra, José Rafael de Oliveira,
Manuel Cipriano, António Freitas Lopes, Agostinho
Neves Henriques e Emílio Coelho., davam mostras
de grande apego à modalidade

No ano de 1961, Humberto Fernandes, com


oficina de bicicletas na vila, era um seu entusiasta,
conseguiu a criação de uma secção de ciclismo no
Clube Desportivo Salvaterrense, com cinco atletas
inscritos na Associação de Ciclismo do Sul
Eram eles; Mário Leal, Daniel Carvalho, Alfredo
Xavier, José Gameiro e José Damásio. Dois deles
singraram, Mário Leal e Daniel Carvalho, vestiram

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as camisolas do Vilafranquense e do Benfica
respectivamente.
Grande entusiasmo, o deste punhado de jovens
praticantes, mas foi curto, até porque as despesas,
de inscrições e deslocação em provas, compra e
manutenção das bicicletas, oneravam os seus
parcos recursos. Acabou no C.D.S., a secção de
ciclismo em 1962, e nos anos seguintes não mais

houve motivação para a criação e pratica desta


prática desportiva em Salvaterra de Magos.
Alguns dos veteranos, tal como: Emílio Coelho e
José Rafael de Oliveira e João André, vieram anos
mais tarde a criar uma associação de cicloturismo.

****

28
V

MOTONÁUTICA

A motonáutica, sendo um desporto náutico, tinha


a componente mecânica, como aliás o seu nome
indica. Os vários tipos de embarcações quando em
competição, oferecem um espectáculo de
movimento e emotividade, aliada à beleza que
cativa não só nos praticantes, como todos os
espectadores.

Em 1964, com as águas do rio Tejo a beijar as


margens da vila de Salvaterra de Magos, a vasta
zona de águas da Barragem de Magos, motivaram
a criada no Clube Desportivo Salvaterrense, de uma
secção de motonáutica – SECUDARIA MAGOS.

Com a existência desta secção, estavam


lançadas as bases para o grande impulso que esta
modalidade, veio a ter em Salvaterra, ombreando
com o0 melhor que se fazia em todo o país.
Os obreiros da Secudaria Magos, foram Mário
Maymone Madeira, Armando Duarte Miranda,
Manuel da Silva Valente, os irmãos Raposo (José e
Manuel João) e os irmãos Ramalho, do Cartaxo.

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Homens dotados de uma dinâmica invulgar,
depressa conseguiram conjugar esforços em
desenvolver novos métodos na motonáutica.
A fama foi tal ordem, que nos meios afectos à
modalidade, chegaram a apelidar a Secudaria
Magos, de “Universidade da Motonáutica”.

Para tanto muito contribuíram, para o prestigio da


equipa, Mário Maymone, Guilherme Gonçalves, Ruy
Noronha, António Vaz Gomes, e a família Raposo
(composta por: José e Manuel João e os filhos
deste: Conceição Raposo, Fátima Raposo Lecas
Raposo e Janito Raposo). Este conjunto de pilotos,

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depressa passaram, a ser muito respeitados em
todas as provas e campeonatos em que estavam
presentes. Assim, atestavam o volumoso conjunto
de prémios, ganhos quer a nível individual, quer
colectivamente. Em 1975, entrou em “crise”, com
as incidências da revolução de Abril que se
manifestava por todo o país e os factos dos
elevados custos do conjunto barco/motor e
combustíveis.

A Secudaria Magos, nunca mais teve qualquer


ocasião para voltar às provas, entrando em
inactividade.

***

31
VI

ANDEBOL

Nem sempre é fácil determinar com precisão as


origens dos vários desportos que no séc. XX,
atraíram praticantes e espectadores. Está neste
caso o Andebol, considerado uma das mais jovens
modalidades existentes.
Nos últimos anos do séc.XIX, praticava-se no Porto
um jogo muito parecido, conhecido por”Malheiral”,
pois fora criado pelo prof. de educação física,
Porfírio Malheiro

No entanto já antiga Grécia, se pratica jogos com a


mão, muito semelhantes ao actual Andebol. Nos
tempos modernos, Alemanha, Checoslováquia,
Bélgica e Uruguai, foram os primeiros na sua
pratica, mas na vertente de onze jogadores
O Uruguai, reclama a paternidade do Andebol, ali
chamado de “Balon”, no entanto quando do primeiro
conflito mundial (1914-18), o seu jogo de Andebol
passou a ser conhecido, sempre na variante de
onze jogadores, assemelhando-se ao futebol, com
as mesmas balizas, idêntica colocação no terreno, e
com as mesmas regras, além do equipamento ser
semelhante.

32
A variante de “Andebol de Sete”, foi criada nos
países como a Suécia e Dinamarca, onde devido
aos rigores do inverno, se tornava impossível
praticar este desporto em campos ao ar livre.

Um dia foi escolhido um espaço fechado


(Pavilhão) mais pequeno, o que obrigou a uma
diminuição do número de jogadores por equipa em
campo.

Em Portugal, o Andebol de onze, foi introduzido


no Porto pelo cidadão alemão, Armando Tshopp,
em 1922, tendo tido a sua primeira apresentação
oficial em 31 de Janeiro de 1931, na cidade do
Porto. Ainda nesse ano foi formada a Associação
de Andebol de Lisboa , seguindo-se a do Porto no
ano seguinte. A Federação Portuguesa de Andebol,
foi fundada em 1 de Maio de 1938, está filiada na
Internacional Handball Federation, criada em 1927.

Enquanto a modalidade com sete jogadores, foi


iniciada no nosso país, por um outro cidadão
alemão, Henrique Fiest, no ano de 1949, que
organizou o 1º Torneio Oficial da modalidade, na
vila de Cascais, no verão desse ano. Foi
apresentada nos jogos Olímpicos de Berlim de
1936, com a equipa alemã, a primeira campeão
olímpica. O primeiro campeonato do mundo de
Andebol de Sete, foi disputado, em 1938, onde a
Alemanha obteve o 1º lugar.

33
No entanto só a partir de 1954, as competições
de andebol de sete, passaram a ter uma
regularidade internacional, onde equipas
portuguesas participavam.

O Andebol em Salvaterra de Magos

Esta modalidade desportiva, foi introduzida em


Salvaterra de Magos, na época 1967/68, pelo prof.
Fernando Rita Assunção, que tinha sido praticante
no Sport Lisboa e Benfica, de imediato recebeu o
apoio da direcção da Casa do Povo, pois esta em
construção um Pavilhão, que servia em pleno esta
modalidade, ao longo dos anos teve duas fases na
sua existência.

1ª Fase

Para uma participação nos campeonatos


promovidos pela F.N.A.T. – Federação Nacional
para Alegria no Trabalho, só a Casa do Povo estava
em condições de o fazer, tendo Fernando Assunção
assumido a responsabilidade de Orientador/Técnico
principal, além de jogador.
Com esta decisão, respondeu ao convite de um
grupo de jovens, que vieram a serem praticantes da
modalidade e integraram a equiipa salvaterrense.

34
35
36
Foram disputados jogos nas épocas 1967/68 a
1974/75. tendo sido seu orientador nestas duas
últimas, João Cadório Ferreira Lino. Durante estes
anos esteve presente e conquistou lugares:
1967/68 - 2º lugar na Zona Sul do Distrito de
Santarém;
1968/69 - Campeão do Distrito de Santarém e a
inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo da vila;
1969/70 - Campeão do Distrito de Santarém e
participação em Setembro de 1970, nos III jogos
Desportivos do Trabalho, sagrando-se Vice-
Campeão da Taça de Ouro dos Campeões de
Andebol;
1970/71 - Campeão do Distrito de Santarém;
1971/72 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém;
1972/73 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém,
Campeão da Zona Sul do país, conquistando o
lugar de Vice-Campeão Nacional;
1973/74 - Campeão do Distrito de Santarém;
1974/75 – Campeão do Distrito de Santarém.

2ª Fase

Com tantos títulos alcançados, os responsáveis


pela modalidade entenderam dar novo rumo ao
Andebol de Salvaterra, assim optaram pela
competição federada, mais exigente para os
anseios dos próprios jogadores.

37
Continuando com a colaboração de Júlio Lopes
André e João Maximino, homens da primeira hora,
na época de 1977/78, passou a representar uma
secção de Andebol no Clube Desportivo
Salvaterrense, começando logo a longa caminhada
para a conquista do êxito.

Na época de 1975/76, sob a orientação de João


Manuel Cadório Ferreira Lino, a secção do C.D.S.
inscreve-se na Federação Portuguesa de Andebol e
prepara-se disputar as várias provas do calendário
oficial. Três anos depois em 1978, tem no seu
palmarés; três títulos de Campeão Distrital. Na
época de 1978/19, deixa os distritais e integra-se na
2ª divisão nacional e como estreante conquista o
titulo de Campeão Nacional - 1ª fase, Zona Sul.

A equipa era composta pelos jogadores;


Valentim, Fernando Assunção, Francisco Piçarra,
José João Duarte, Arménio Andrade, João Cabaço
Lino, João Maximino, Rui Magalhães, Joaquim
Dias, José Cadório Lino, Luís Borrego e Carlos
Mendes, disputou o campeonato nacional da 2ª
divisão, onde esteve até 1982/1983, altura em que
passou à primeira, por ter obtido o primeiro lugar na
Zona Sul e classificando-se como Vice-Campeão
Nacional da categoria. Continuando na rota dos
êxitos, foi ininterruptamente campeão distrital de
Santarém, nas épocas desportivas que decorreram
de 1977/78 a 1981/82.

38
Em 1983/84, disputou o campeonato nacional da
1ª divisão, classificando-se para a primeira fase de
apuramento da Divisão de Honra. Na segunda fase,
ficou em 2º lugar. Na fase final, obteve º 3º lugar, o
jogo disputou-se em Sines.
Estiveram presentes: o Desportivo de Portugal –
Porto (1º), Sporting Clube de Portugal (2º)
Desportivo Salvaterrense (3º), Futebol Clube do
Porto (4º), Vitória de Setúbal (5º), Marítimo –
Funchal (6º). O CDS, conquistou também o prémio
fair-play.

Entretanto, com os títulos alcançados, esteve


sempre presente na Taça de Portugal, tendo na
época 1978/79, passado para os quartos de final,
recebendo o Sporting Clube de Portugal, no seu
pavilhão, em Salvaterra de Magos, perdeu por 29 -
25 pontos.

Preparando-se para o futuro, formou duas


categorias – Juvenis e Juniores:
O conjunto juvenil, composto pelos praticantes,
João Aleluia, António Figueiredo, José Alberto
Sousa, Vítor Cabaço e João Carlos Cardoso,
apresentou-se no campeonato de 1976/77, tendo
ganho o 2º lugar na Taça da Associação de
Andebol de Lisboa.

39
A equipa de Juniores, participou no campeonato
de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de
Santarém, até 1983/84, o título de campeão.
Num torneio da categoria de Juvenis, disputado
em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito
selecções.
A equipa portuguesa, foi representado pela
regional de Santarém, tendo alguns jogadores do
C.D.S. Preparando-se para o futuro, formou três
categorias; Iniciados, Juvenis e Juniores.
Em Iniciados (masculinos) começou com uma
equipa no ano de 1977, conseguindo logo nessa
época (1977/78), no primeiro encontro nacional da
respectiva categoria, disputado em Coimbra, o 3º
lugar entre 63 equipas participantes. Nas épocas
seguintes; 1978/79, 1979/80, 1980/81 e 1981/82, é
campeã distrital.
De 1979 a 1985, deu à selecção distrital de
Santarém, a maioria dos jogadores seleccionados
para a disputa de encontros nacionais inter-
selecções.

Uma outra categoria, apareceu nas suas escolas,


os Infantis, no ano de 1982, e na época 1982/83
participa no primeiro campeonato distrital da
respectiva categoria e sagra-se logo campeã.
Participa no primeiro encontro nacional disputado
em Coimbra, entre 44 equipas inscritas, conquista o
3º lugar do torneio. Na época seguinte 1979/80,
venceu o primeiro campeão distrital da Associação

40
de Andebol de Santarém, tendo ainda nessa época
contribuída com a maioria dos jogadores
seleccionados na equipa distrital.

A equipa de Juniores, participou no campeonato


de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de
Santarém, até 1983/84, o título de campeão. Num
torneio da categoria de Juvenis, disputado em
Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito
selecções. Na selecção Portuguesa, representada
pela regional de Santarém, integrava alguns
jogadores do Salvaterrense; José Rocha e Melo e
João Santa Bárbara.

A equipa principal do C.D.S., ao longo dos anos


vinha mantendo uma regularidade, obtendo
consecutivamente até à época de 1983/84, o título
de campeão, perdendo a supremacia na época de
1984/85, quedando-se no 3º lugar da tabela
classificativa.

O Andebol Feminino

Devido ao contágio dos êxitos alcançados pelas


equipas masculinas, logo um grupo de meninas se
apresentou, desejando entrar na categoria,
estávamos na época de 1978/79. Durante alguns
anos participaram em diversos campeonatos
distritais.

41
Com a saída de alguma praticantes, a equipa
desmembrou-se deixando-se de praticar esta
categoria.

A Recompensa

No ano de 1985, mais uma vez os atletas


salvaterrianos, viram coroado de êxito o seu
empenho na prática do andebol, foram chamados à
selecção nacional de seniores, João Santa Bárbara,
Vítor Cabaço e António Figueiredo. Dando boa
conta das responsabilidades exigidas, foram
cobiçados pelas grandes clubes da modalidade,
culminando as transferências de João Carlos
Cardoso e Júlio Piçarra para o Belenenses, mais
tarde juntou-se-lhes Vítor Cabaço. João Santa
Bárbara, foi para o Académico da Encarnação e
António Figueiredo, rumou até Braga.
No decorrer das suas carreiras desportivas, estes
jogadores vieram a representar muitos outros
clubes, tendo até vestido várias vezes a camisola
da selecção nacional.

Registo

O Andebol em Salvaterra de Magos, só foi


possível manter-se durante anos a fio, e em grande
plano, devido à grande “carolice” de um grupo de
grandes adeptos da modalidade, pois tiram ao seu

42
merecido bem estar com a família, muitas horas de
repouso, aqui ficam alguns dos seus nomes:
Fernando Rira Assunção. José Cadório Lino,
Luís Borrego, Francisco Piçarra, João Albuquerque,
José Gomes Travessa, Jorge Andrade, António
Figueiredo (pai), Álvaro Magalhães, Vidaúl Cabaço,
Joaquim Carlos Pereira,

Paulo Caniço, José Monteiro de Sousa, José


Manuel Cabaço, João Aleluia (Picota), João Ramiro
de Sousa, José Alberto de Sousa (Bé), Luís
Sequeira Rodrigues, António Lemos, Cassiano

43
Gameiro, Sérgio Silva, António Raquel, Arménio
Andrade, Manuel Grilo, Dora Cipriano e Manuela
Marques.
Em Julho de 1992, numa louvável iniciativa
apoiada pela Câmara municipal, o Clube Desportivo
Salvaterrense, realizou um torneio de Andebol com
a finalidade de prestar uma homenagem aos atletas
da modalidade de Andebol, que ainda se
mantinham em actividade: Vítor Cabaço, Júlio
Piçarra, António Figueiredo e João Santa Bárbara.
A cerimónia foi aproveitada para homenagear
também, o Prof. Fernando Assunção e João
Cadório Lino, pelos serviços prestados ao andebol
local.

No ano seguinte, Janeiro de 1993, aproveitando


a homenagem, que teve por cenário a cidade de
Santarém, em que o governo concedeu a medalha
de mérito desportivo ao atleta; João Santa Bárbara,
o C.D.S., na pessoa do seu presidente Engº Hélder
Esménio, fez a entrega do diploma de “Sócio
Honorário” da colectividade de Salvaterra de
Magos, galardão concedido em reunião da
Direcção.

44
Despacho Governamental, que concedeu a
medalha a João Manuel Santa Bárbara dos
Santos

Considerando a excepcional carreira de João


Manuel Santa Bárbara dos santos, como praticante
de andebol;
Tendo em atenção que é considerado o atleta mais
internacional na modalidade de andebol;
Considerando que representou a selecção nacional
por 108 vezes, tendo sido capitão dela por49 vezes;
Considerando que, ao lado
destes números, assumiu
sempre uma postura ética;
Considerando que foi várias
vezes distinguido com o
prémio de melhor guarda-
redes e melhor jogador.
Determina-se: É concedida a
João Manuel Santa Bárbara
dos Santos a medalha de
mérito desportivo, nos termos dos art.s 3º e 6º do
Decreto-Lei 55/86, de 15 de Março.

8 de Janeiro de 1993 – O Ministro da Educação


a) António Fernando Couto dos Santos

***

45
VII

VOLEIBOL

Esta modalidade desportiva começou a praticar-


se no Clube Desportivo Salvaterrense, na época de
1974/75. Dependendo de uma secção daquela
colectividade, teve vida acidentada.
O seccionista e principal responsável, Manuel Maria
Martinho “arrastou” atrás de si, um punhado de
jovens que queriam praticar a modalidade, entre
eles destacavam-se os irmãos Luís Miguel e
Joaquim Manuel Carreira Moço.

As dificuldades existentes à época, estava-se em


pleno período revolucionário de Abril de 1974, levou
logo no seu inicio a algumas desistências e a
continuação no salvaterrense durou pouco tempo.

Manuel Martinho, ou Manuel Maria, como era


mais conhecido, era um grande entusiasta desta
modalidade, não desistiu e em 1977, fundou um
clube o “VOLEY CLUBE DE SALVATERRA”, que teve
a adesão dos atletas que estavam no Salvaterense, no
grupo registava-se a presença de onze raparigas.

Nesse ano o Voley Clube, participou no campeonato


nacional, nas categorias de Juniores e Iniciados (classe
feminina). Na época seguinte, o grupo foi registado
oficialmente, no dia 6 de Outubro de 1978, tendo a sua
sede provisória num antigo edifício, junto à Igreja da vila.

46
Os sócios na sua generalidade, tinham idades
inferiores a 20 anos de idade, sendo todos praticantes
da modalidade e representando o clube salvaterriano.
A sua primeira direcção, foi composta por: Manuel Maria
Martinho, (Presidente), José Diocleciano da Silva Pedro
(Secretário) José Bento Roquette da Rocha e Melo
(Tesoureiro), Paulo Rui Simplício Caneco Moreira dos
Santos (1º Vogal), Vicente Roberto Fonseca Murjal (2º
Vogal), cargos que exerceram até Março de 1980.

Ainda no ano de 1978, o Voley Clube de Salvaterra,


participou no campeonato de Iniciados, Juvenis
(Feminino) e Seniores (Masculino), e em 1979, manteve-
se em actividade, apenas duas classes (Iniciados
Feminino e Seniores Masculino.

Em 1979, devido ao numero de praticantes levou à


formação de uma outra classe, de Seniores Feminino,
cuja participação em campeonatos iniciou-se no ano
seguinte, obtendo o lugar de campeã – campeonato
regional de Voleibol e o 3º no campeonato nacional.

As deslocações, e estadias tomavam-se muito


onerosas para tão pobre colectividade, que vivia das
receitas dos sócios/atletas. No entanto o entusiasmo
era enorme e adquiriram um velho autocarro, que a
“rapaziada” baptizou de “Passanha”, devido à sua
configuração. Foi nessa viatura, que os atletas do Voley
Clube, fazia as suas deslocações nos pais e no
estrangeiro.

47
48
As avarias eram constantes, os custos insuportáveis
na sua reparação, mesmo assim estiveram presentes no
campeonato regional de Lisboa (feminino).- Época 1981,
e volta a ficar no 1º lugar da classificação. No
campeonato nacional, obtêm o titulo de Vice-campeã.

Com tal êxitos alcançados, o entusiasmo sobe ao


rubro, e motiva os jovens da terra a entrarem no clube e
serem seus praticantes. Nos treinos, viam crianças dos
7 aos 14 anos de idade, sendo usado o Pavilhão do
INATEL (Casa do Povo) da vila.

As visitas ao estrangeiro, conseguiram um frutuoso


intercambiam, que culminou em 1982, recebendo uma
equipa feminina da Noruega, que aqui permaneceu
durante 15 dias, participando num torneio da
modalidade, organizado num ápice.

Em 1982, a equipa feminina, participa no campeonato


regional de Lisboa, chegando ao fim no 2º lugar
classificativo. Devido às boas actuações das atletas,
Ana Teresa Ferreira da Silva e Teresa Roquette Rocha e
Melo, são chamadas a vestir a camisola da selecção
nacional, categoria de Juvenis.

Numa deslocação ao estrangeiro, em representação


da selecção nacional, Mónica Antão e Alexandra Marçal
Correia, foram consideradas as melhores no estágio, da
categoria Iniciados Feminino. Nos anos de 1982 e
1983, o Voley Clube de Salvaterra, teve a honra de ver
duas das suas atletas a jogarem nos EUA, foram elas;
Teresa Rocha e Melo e Alexandra Marçal Correia, que
estando na situação de bolseiras, vieram a receber

49
rasgados elogios, pelas suas actuações, nos periódicos
daquele pais. Na época 1984/85, o Voley Clube, conta
com várias equipas a participarem em diversas provas
de carácter regional e nacional.

Nesta situação, a colectividade tem em actividade um


elevado numero de praticantes, nas categorias; 2
equipas femininas (Juniores e Iniciados) e 1 no escalão
Sénior (Masculino) e 1 equipa Juvenil 8Masculino).

Em 1985, as crianças do Voley Clube, participam


numa competição realizada em Lisboa.
As deslocações e estadias eram agora comparticipadas
pelos pais dos jovens, não deixando as reparações do
velho autocarro de ser um grave problema nas contas da
colectividade. Assim e devido à sua grande actividade
no campo desportivo e cultural, junto das camadas
jovens, recebeu algum apoio da câmara e Junta da
Freguesia. Em 1990, recebe também um subsidio da
Direcção-Geral dos Desportos, que juntando ao valor
das receitas dos sócios, não compensa a despesa
levada a cabo. Assim, o Voley Clube de Salvaterra,
encerrou a sua actividade desportiva, neste ano.

****

50
VIII

JUDO

Esta modalidade é uma arte marcial japonesa,


vem do antigo Jiu-Jitsu. Segundo alguns autores A
palavra judo já decomposta significa: Juagilidade,
Suavidade, Não resistência.. Portanto a via da não
resistência. O Judo como modalidade desportiva é
o caminho que ajuda a levar a vida equilibrada,
utilizando um método de educação física e mental,
baseado numa disciplina de combate com as mãos
nuas. A directriz que rege estes combates é a não
resistência, ceder à força do adversário. Para
desequilibrar, controlar, vencer, qualquer confronto
com um mínimo de esforço. O fundador desta arte
marcial, foi o mestre Jigoro Kano, que começou a
leccioná-la em 1882, no Japão.

Em Portugal, após algumas tentativas para


introduzir esta modalidade desportiva saíram
frustrada em virtude de ser vista como uma prática
violenta. Assim, só deu os primeiros passos com
carácter assíduo, cerca de 25 anos depois, com a
chegada ao nosso pais do mestre Kyoshi
Kobayashi, actualmente 8º Dan. Sendo uma
modalidade nova em Portugal, a sua divulgação e
aprendizagem foi lenta e gradual.

51
O Judo, é uma modalidade onde o atleta
pretende projectar o opositor sobre as costas, além
de utilizar imobilizações (de 30 segundos),
estrangulamentos e luxações. Estas últimas
provocam o abandono do adversário. Sendo uma
modalidade Olímpica, o Judo divide-se em escalões
etários e de peso.

No distrito de Santarém, a Associação de Judo,


foi fundada no dia 9 de Maio de 1978. A introdução
desta modalidade desportiva em Salvaterra de
Magos, deveu-se ao Judoca, Júlio Marcelino, que
tendo sido praticante em França, veio imbuído de
grande entusiasmo para o ensinar à juventude de
Salvaterra. Estava-se no ano de 1981.

Júlio Marcelino, começou por treinar dois miúdos,


os irmãos Lopes, para que nos locais escolares se
pudesse difundir e entusiasmar as crianças.
Assim aconteceu, e rapidamente se conseguiu um
grupo de jovens que passar a treinar sob a sua
orientação. Os treinos realizavam-se no velho
edifício, sede do Voley Clube de Salvaterra.
Meses depois, verificando-se que o local já não
se adaptava às necessidades de tanta procura
desta arte marcial, optou-se pelo salão nobre do
edifício dos bombeiros locais, entretanto o grupo já
reunia 70 praticantes.

52
Em 1982, já devidamente treinados, os judocas
salvaterrenses, fizeram a sua primeira deslocação
para competirem na Marinha Grande, integrados
num torneio, na categoria do 2º escalão (13/14
anos) – 45 Kgs. Estiveram presentes: José Santos
e João Bobezes. Ali atestaram os ensinamentos

recebidos e o seu valor, conquistando o 1º e 3º


lugar respectivamente. Na classe de Juvenis
Feminino, Sónia Carvalho (44 Kgs) e Nádia Pardal
(60 Kgs), formando uma dupla, conquistaram o 1º

53
lugar. Os bombeiros de Salvaterra, passaram a ser
a instituição representada pelos judocas, tendo
participado no dia 24 de Abril de 1983, no Torneio
“Aniversário da Zona Centro”, participaram com
atletas de Leiria e Santarém, e outros vindos do
distrito de Coimbra. Os judocas de Salvaterra,
obtiveram as seguintes classificações:
* 1º Escalão Masculino:
1º Sérgio Pardal (34Kgs) – Medalha de Ouro
3º Luís Rosa (38 Kgs) – Medalha de Bronze
* 2º Escalão Masculino:
1º Hugo Pardal (60 Kgs) – Medalha de Ouro
3º Nicolau Gonçalves (50 Kgs) -Medalha de Bronze
* Feminino:
2º Sónia Carvalho (44 Kgs) – Medalha de Prata

Logo a seguir no Campeonato de Juvenis,


realizado em Coimbra, em 11 de Junho e integrado
nos chamados “Jogos de Portugal” os judocas dos
bombeiros, mais uma vez marcaram boa presença,
obtendo as classificações seguintes:
* 1º Escalão – Masculino:
Sérgio Pardal (34 Kgs) – Campeão Nacional
* 1º Escalão – Feminino:
Paula Barbara (48 Kgs) – 3º Lugar
* 2º Escalão Masculino:
João Bobezes (55 Kgs) – Campeão Nacional
Hugo Pardal (60 Kgs) - Campeão Nacional
* 2º Escalão Feminino:

54
Nádia Pardal (60 Kgs) – Campeã Nacional

Neste campeonato, três irmãos obtiveram o título de


campeões nacionais, caso raro em qualquer
modalidade desportivo, onde a competição é
individual.

As dificuldades no espaço de treino avolumam-se,


pois já não é compatível com os dias de ensaio da
banda de música, e o treinador, Júlio Marcelino
opta por encontrar em Benavente condições , onde
os atletas se deslocam duas vezes por semana, nas
instalações do CUAB, tendo já a seu cargo 40
judocas No ano de 1984, a direcção do Clube
Desportivo Salvaterrense – C.D.S. , fica receptiva à
criação de uma secção de Judo na colectividade.

Nesse espaço de tempo. alguns atletas deixam


de praticar a modalidade, e apenas 29 se
apresentam para treinos, participando em algumas
provas.

No dia 18 de Março, para o Campeonato Distrital


de Santarém, realizado no Entroncamento, obtêm
as classificações seguintes:
* 1º Escalão:
Mário Madeira (34 Kgs) – Campeão Distrital -
Medalha de Ouro)
* 2º Escalão:

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Sérgio Pardal (40 Kgs) – Campeão Distrital -
Medalha de Ouro

Numa outra competição, o Torneio Zona Centro


(Coimbra, Leiria, Viseu e Santarém), realizado na
cidade de Leiria, em 15 de Abril de 1984, os jovens
judocas do C.D.S., conseguem as seguintes
classificações:
* 1º Escalão Juvenil
Mário Madeira (34 Kgs) – 2º Lugar (Medalha de
Prata)
* 2º Escalão
Sérgio Pardal (40 Kgs) – 1º Lugar (Medalha de
Ouro)
Luís Rosa (45 Kgs) - 3º Lugar (Medalha de Bronze)
Paulo Bárbara (55 Kgs) – 3º Lugar (Medalha de
Bronze).

Em Maio, realizou-se o Campeonato Nacional de


Juvenis, em Campo de Ourique (Lisboa). Os
judocas de Salvaterra, conseguiram um brilhante 3º
lugar individual, por intermédio de Sérgio Pardal (45
Kgs). Este mesmo atleta, no Campeonato Nacional
de Esperanças, conquistou o 2º lugar na sua
categoria.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, em


virtude dos resultados já obtidos pelos judocas da
terra, acedeu ao pedido da concessão de um
pequeno subsidio para que a equipa se desloca-se

56
a Esposende, onde foi participar no estágio para e
num torneio internacional e Judo. Mais uma vez o
judoca , Hugo Pardal, esteve em evidencia e obteve
o titulo de internacional. Como envergava as cores
do Salvaterrense, conquistou para Salvaterra de
Magos o 1º premio na categoria de Seniores (78
Kgs), sagrando-se Campeão Absoluto (Medalha de
Ouro).
Júlio Marcelino, como antigo judoca com bases
numa formação, em França, e treinador da
juventude da terra, sempre desejou ter um
comportamento de acordo com as exigências da
modalidade, mas sentindo que a sua “Carolice”, ao
longo de três anos, estava a ser desaproveitada,
com muitos prejuízos para a modalidade como para
os jovens atletas, pois via-se desamparado, com
poucas ou nenhumas ajudas.

Os jovens judocas muitas vezes, tinham de


“mendigar” as chaves da porta que dava acesso ao
local dos treinos, acabaram por abandonar a
modalidade. Com um punhado de praticantes, Júlio
Marcelino, recebeu um convite para desenvolver
este desporto na vila de Marinhais. Em 1985 foi de
abalada, o Judo como prática desportiva, “morreu”
em Salvaterra de Magos.

***

57
XIX

TRAMPOLINS

A modalidade de Trampolins aparece nos


estados Unidos da América, no dobrar do séc. XX,
após ter andando a reboque de outras várias
modalidades desportivas. Foram sua referência, a
ginástica, o pára-quedismo, os saltos para a água, e
um mais tarde no treino militar especial e nos
astronautas, assim rezam alguns escritos sobre a
sua origem.
Chegou a Portugal, na década dos anos 60,
através da Academia Militar. Época em que foram
adquiridos os primeiros acessórios de apoio, aos
grandes clubes de ginástica na altura; Sporting
Clube de Portugal, Ginásio Clube Português e
Lisboa Ginásio Clube.
Criada a Federação Portuguesa de Ginástica, os
Trampolins depressa passou a ser uma modalidade
de grande procura, especialmente nas camadas
mais jovens, que se iniciavam na Ginástica.
Por esse motivo e devido à necessidade de
alicerçar uma identidade própria e funcionamento
autónomo, criou-se em 1992, a Federação
Portuguesa de Trampolins e Desportos
Aerocrobáticos.

58
A modalidade Instalou-se Salvaterra de Magos,
depois de algumas tentativas de introdução da
prática dos Mini-Trampolins, através dos Prof.s
António Lopes e Joaquim Raposo, na altura a
leccionarem, na Escola Secundária da vila.

As actividades de Trampolins, com carácter de


treino regular e a apontar para a prática competitiva,
foi através das classes da Câmara Municipal de
Salvaterra de Magos e dos Núcleos de Trampolins
da então Escola C+S de Salvaterra.

Face à qualidade do trabalho desenvolvido e ao


entusiasmo sempre crescente junto da população
jovem do concelho, criou-se uma secção, desta
modalidade no Clube Desportivo Salvaterrense –
C.D.S., para uma maior possibilidade de alguns
praticantes poderem participar nas provas do
calendário oficial de competição.

Decorria o ano de 1991, e três atletas


participaram no Campeonato Distrital e no
Campeonato Nacional. As suas modestas
classificações foram as seguintes: Cristina Kentiz,
9º lugar e João Santos, 25º em Iniciados, Sérgio
Patrício, 17º lugar em Seniores B.

59
No ano seguinte 1992, sete atletas conseguiram
o seu apuramento para o Campeonato Nacional,
mas agora com resultados de grande valia:

Christina Kenitz, 1º lugar (Campeã Nacional de


Iniciados), Sérgio Patrício (Campeão Nacional de
Seniores B), Amadeu Neves, 4º lugar em Infantis,
Sara Cardoso, 4º lugar em Seniores B, tendo
passado à categoria internacional. Vários títulos
distritais tinham sido já conquistados nesse ano.

No ano de 1993, já com a secção do C.D.S,


devidamente organizada, os Trampolins
conquistaram de novo vários títulos de destaque a
nível distrital e nacional. Com o entusiasmo que se
fazia sentir entre os adeptos da modalidade,
realizou-se em Salvaterra de magos, nos dias 5 e 6
de Junho o Campeonato Distrital de Mini-
Trampolins. Os destaques de nível nacional nas
competições de 1993, foram os seguintes:
Em Duplo-Tampolim, a equipa Sénior B
Masculina, composta por Sérgio Patrício, Carlos
Oliveira, Paulo Marques e Bruno Paulo, sagrou-se
Campeã Nacional.

Após terem conquistado 9 título de Campeões


Distritais no Campeonato que decorreu em
Salvaterra, três atletas sagraram-se Campeões
Nacionais, foram eles: Amadeu Neves, 1º em
Infantis masculinos, Christina Knitz, 1º em Juniores

60
femininos e Sara Cardoso, 1º em Juniores A
( Categoria Internacional).

De destacar ainda a passagem à categoria


internacional do atleta Sérgio Patrício, Vice-
Campeão Nacional, e o titulo de Vice-Campeões
Nacionais por equipas, conquistado pelos atletas

seniores B, Sérgio Patrício, Paulo Oliveira, Paulo


Marques e Bruno Paulo. O atleta Infantil, João
Delgado subiu igualmente ao pódio para receber o
3º lugar classificativo.
Ainda naquele ano de 1993, alguns dos atletas
salvaterrianos, devido à categoria demonstrada,

61
participaram nos trabalhos de preparação, com
vista ao Campeonato do Mundo da respectiva
modalidade. Com os êxitos mostrados, novas
adesões aos Trampolins se verifica entre as
camadas jovens da população.
A Câmara Municipal, colaborou mais uma vez, e
disponibilizou um edifício que adaptado a
pavilhão/ginásio, veio concretizar uma lacuna
existe. A Comissão de apoio a esta modalidade
começa a sonhar com a construção de um novo
Pavilhão Desportivo a construir na zona desportiva
da vila.
Os seus mais representativos devido aos resultados
alcançados, Amadeu Neves, Christina Kenitz e
Mariana Cardoso, acabam por serem convocados e
representar Portugal, no Campeonato do Mundo por
Idades, que se realizou no Canadá, em 1996.

***

62
XX

HOQUEI EM PATINS

O Hóquei em patins é uma das modalidades


desportivas descobertas pelos ingleses. Vibrante,
viril, com velocidades estonteantes onde a
preparação física obriga a treinos intensos para um
constante apuramento da forma e da técnica do
atleta. Os português bem cedo começaram a
praticar este desporto, e em 1949 já eram
Campeões Mundiais. A sua “queda” para a prática
desta modalidade desportiva depressa os fez subir
aos primeiros lugares do ranking mundial da
modalidade.

Durante anos, foram invencíveis, dando uma ou


vez lugar aos hoquistas espanhóis.

Toda a população portuguesa, mesmo aquela


que nunca vira um encontro deste desporto, não
deixava de estar em grupo com o ouvido junto da
telefonia (rádio), a ouvir os emocionantes relatos
que transmitiam as peripécias dos jogos. Estes
aparelhos no dobrar do séc. XX, eram escassos e
grande custo, muitas vezes só as Tabernas as
possuíam. Os mais idosos, ainda se recordam do
locutor desportivo, Artur Agostinho, entre outros.

63
Os títulos conquistados pela selecção
portuguesa, levou que por todo o país a juventude
pretendesse a andar sobre patins, muitos ringues
foram improvisados. Em Salvaterra de Magos,
Joaquim Lopes, gerente do Café Ribatejano,
homem de vistas largas, logo se apressou a
construir um com chão em cimento, a juventude
daquela época ainda fez uns ensaios, mas ficou-se
por aí.

Os anos passaram, o hóquei em patins apareceu


na vila de Salvaterra, em sequencia de existir no
recente Parque Infantil, um pequeno espaço,
delimitado para a pratica do futebol, tinha o
pavimento em cimento.

64
Estava-se no ano de 1976, um grupo de jovens
inicia a aprendizagem de andar sob patins, foram
apoiados por alguns antigos praticantes da
modalidade. Uma secção, foi aberta no Clube
Desportivo Salvaterrense, C.D.S. Depois de vários
e intensos treinos, uma equipa foi constituída, e
estava em condições de participar nas competições
oficiais.
Um festival foi promovido, nesse ano e
convidaram a equipa do Vilafranquense, foi goleada
por 12-3.
Os jovens hoquistas de Salvaterra, não
desanimaram, e em Outubro concretizou-se a
filiação na Associação de Patinagem de Santarém,
O dirigente Nelson Caleiro, deu um grande
contributo na remoção da carga burocrática e a
inscrição estava formalizada para participarem no
Torneio de Abertura daquela Associação.

No sorteio, a equipa do C.D.S, jogou com a


consagrada equipa de Torres Novas, e foi derrotada
por 12-0. No conjunto de Salvaterra, jogaram; Luís
Silva, Carlos Cantador, Jorge Castanheira, José
Adão, Manuel Maria, Amadeu Silva e Manuel
Pedro.

Logo a seguir defronta e perde o jogo com, U.F.


Entroncamento, a derrota foi por 13.1, alinharam:
Luís Silva, João Carlos (capitão), Ramalho, Jorge
Castanheira, José Gabriel Adão. Foram suplentes:

65
Manuel Pedro, Amadeu Neves (1 golo) e Carlos
Cantador
Na época de 1977, procedeu-se à reorganização
da equipa, onde o antigo praticante Mário Duarte,
acedeu a orientar os jovens atletas salvaterrenses.

Nessa época, jogou para a Taça de Portugal, no


ringue de Salvaterra, a prestigiada equipa do Sport
Lisboa e Benfica, eliminou o conjunto do C.D.S..

Os seccionistas mais ousados, estavam


convencidos que poderiam ir mais além na
modalidade, em reunião foi tomada a decisão pela
contratação de alguns jogadores de Vila Franca.

Nos jogos que decorreram as esperanças


depositadas nos novos reforços não
corresponderam Nos treinos comportavam-se a
gosto de todos, o público acorria em grande número
e aplaudia. O treinador Mário Duarte, entendeu
afastar-se, deixando assim campo aberto para
outras decisões. Na época seguinte, 1978, tomou
conta da equipa, um outro antigo praticante,
Fernando Conde, que tinha sido colega de Mário
Duarte, no Rianchense.

Todo o conjunto mostrava-se confiante, os


jogadores treinavam-se duas vezes por semana, os
responsáveis não faltavam com o seu apoio,
mesmo confrontados diariamente com os

66
problemas financeiros. Estes eram de difícil
resolução até para custear a época desportiva que
estava à porta, o desânimo instalou-se, a equipa
desfaz-se, acabando com a modalidade de hóquei
em patins em Salvaterra de Magos.

***

67
XXI

PESCA DESPORTIVA

Desde a pré-história, o ser humano sempre teve


necessidade de se instalar junto aos cursos de
água. Os rios, e ribeiras, eram os mais procurados,
veja-se o caso do Tejo e Ribeira de Mugem, onde
ali ainda se encontram vestígios da sua presença.

O homem moderno, para além de necessitar de


viver da pesca, para a sua subsistência e dos seus,
também procura a calma que o curso dos rios lhes
dá, para se descontrair do stress, que a sociedade
actual lhe impõe como forma de viver.

A pesca desportiva, quer individual, quer em


grupo, formando equipa, tem nos clubes grande
apoio para a competição.
Nos meados do séc. XX, raro era o domingo, que
houvesse uma competição, no Paul de Magos,
reunindo muitas dezenas de praticantes. O peixe,
que era muito, depois de pescado e pesado, era
distribuído pela população de Salvaterra de Magos,
realizando a seguir um almoço de confraternização
e distribuição de prémios nos restaurantes da vila.

Tempos houve que um grupo desta forma de


pescar, procurou na Sociedade Columbófila

68
Salvaterrense, forma de se legalizar e organizar nas
competições onde participava. Este grupo, também
teve ensejo de organizar os seus eventos, trazendo
até à localidade, gente das mais variedades partes
do país. Um dia, alguns não contentem com a
situação, ou porque foram atraídos por outras
vontades, “desertaram”, e formaram uma secção de
pesca desportiva no Clube Desportivo
Salvaterrense – C.D.S., em 1968.

Foram seus primeiros responsáveis administrativos;


António Eduardo Andrade e Luís Duarte. A equipa,
existente na S..C..S., voltou a reunir-se, e passou a
representar o Salvaterrense. Os anos passaram e
uma década depois, O pescador Manuel Inácio
Ferreira Inês, em 11 de Novembro de 1979, deu
uma mais valia à secção do Salvaterrense. Num
concurso realizado na vala de Mar Cães, foi
vencedor absoluto, tirando a pontuação de 7.510
pontos.

Um ano depois, em 19 de Outubro de 1980, na


vala da Comporta, numa competição promovida
pelo Clube de Amadores de Pesca de Setúbal,
Manuel Inês capturou uma Tainha, com cerca de
dois Kgs de peso. Ainda nesse ano, o Juvenil,
Eduardo Manuel Ribeiro, foi classificado como Vice-
Campeão Regional (incluindo os distritos de
Santarém, Évora e Castelo Branco), e Vice-
Campeão Nacional da Categoria Juvenil.

69
Na categoria de senhoras, a pescadora, Raquel
Ribeiro, sagrou-se Vice-Campeã Regional.
A equipa composta por: Manuel Inês, António
José, José Porfírio e João Pereira, obtiveram o 5º
lugar na disputa da Taça de Honra.

Na época de 1983, os pescadores do


Salvaterrense estavam em plena forma, obtiveram
posições de relevo no âmbito da pesca desportiva,
tanto a nível regional como nacional.
Raquel Ribeiro (categoria senhoras), alcançou o
4º lugar no Campeonato Nacional, Álvaro Ribeiro
(Juniores),obteve o 4º lugar no Campeonato
regional, e a 3ª posição no Campeonato nacional.

A equipa de Salvaterra composta por: Manuel


Inês, António José, José Matos e João Pereira,
conquistou o 2º lugar, por equipas, no concurso
“Inter-Clubes”, realizado na Barragem do Maranhão
e promovido pelo Clube Recreativo dos CTT/TLP.

Também num outro concurso, realizado também


naquela Barragem, o Pescador Manuel Inês,
conseguiu a posição classificativa de Vencedor
Absoluto, pescando cerca de 10 Kgs de peixe,
prova esta organizada pelo Sporting Clube de
Alenquer. No ano de 1984, os pescadores do
C.D.S., estiveram presentes em todos os
Campeonatos Regionais,

70
Manuel Inês (1ª Divisão), Orlando Andrade (2ª
Divisão), Rufino Andrade e José Matos (3ª Divisão),
Raquel Ribeiro (Senhoras), Eduardo Ribeiro
(Juvenis), e Álvaro Ribeiro (Juniores). Ainda nessa
época, em 14 de Março, Manuel Inês (1ª Divisão),
esteve presente no concurso Internacional,
realizado em Jerez de Los Caballeros (Espanha),
onde conquistou o honroso 14º lugar, entre 200
participantes. Logo a seguir no dia 11 de Agosto,

num concurso Internacional promovido pelo


Sporting de Tomar (secção de pesca), e realizado
na Barragem do Maranhão, o pescador do
Salvaterrense, António José Fernandes, classificou-
se na 9ª posição individual.

71
Na secção de pesca do C.D.S, estiveram
inscritos os pescadores desportivos; Manuel Inês,
Fernando Pereira, António José Maria Fernandes,
José Maria Matos, José Azevedo Rocha, João
Manuel Gomes Pereira, Joaquim Manuel V. Amaro,
João Isidro Matos, Júlio Carlos André, José Porfírio
Fernandes, Orlando Morais Andrade, João Silva
André, Raquel Ribeiro Arraiolos, Álvaro José
Ribeiro Inês, Eduardo Manuel Ribeiro Ferreira, João
Vicente Custódio, Alberto Manuel S. Pinheiro,
Augusto Santos Nobre, Miguel Maria Simões Lobo,
Asdrúbal António Faria Sousa, Carlos Alberto F.
Lapa e Carlos Pedro Santos Borrego. Um dia, toda
a organização se desmembrou, muitos foram
representar outros clubes, outros deixaram a pesca
desportiva federada, a secção de pesca do
Salvaterrense, estava extinta, ou foi desactivada.

****

72
XXII

ATLETISMO

A modalidade desportiva que é o atletismo, teve o


seu início em Salvaterra de Magos, nos bombeiros
voluntários, no ano de 1973, depois de terem
recebido um convite para participarem numa prova,
organizada pela corporação vizinha de Benavente.

Um grupo de jovens bombeiros, solicitou a abertura


de uma secção daquele desporto, na instituição,
para participarem na prova O verdadeiro
entusiasmo, começou naquele mesmo ano, após
um incêndio que os levou até Alcochete, desde o
inicio da tarde, terminando altas horas da
madrugada. Tinham uma competição para a
manhã desse dia, e não desistiram, no final
estavam satisfeitos, tudo correu bem. A partir dai
treinavam todos os dias, alguns Kms, de manhã
cedo, antes de irem trabalhar. Tal sistema estava a
dar resultado, até porque os resultados estavam à
vista nas competições em que entravam, nas
provas realizadas na zona.

Naquela época, comandava o corpo dos bombeiros,


Carlos Machado das Neves, vendo os resultados e
os prémios obtidos pelos seus jovens bombeiros,

73
tentava que nada lhes faltasse, no apoio que lhes
dava.
Duas pessoas; Parracho e José Balbino Moreira,
cediam as suas viaturas particulares, para as
deslocações através do país.

A equipa depressa cresceu, e passou a ter os


elementos seguintes: António Simões Guedes,
Carlos Duarte (Gazoza), António Vasco, Luís Filipe
de Sousa, António Saraiva, José Luís Lamarosa,
João Estêvão Pinheiro, Joaquim Carvalho, Mário de
Sousa, José Mendes e José Luís Pinheiro.

Este conjunto, começou a ter tido em conta e


respeitada, pois os convites não deixavam de
aparecer para estarem presentes nas competições
realizadas inter-bombeiros. Nas provas realizadas
em Amadora, Sintra, Alcabideche, Algés, Dafundo,
Vila Franca de Xira, Alhandra, Anadia, entre muitas
outras, a equipa dos bombeiros voluntários de
Salvaterra de Magos, obtiveram quer
individualmente, quer por equipas, o 1º lugar.

Daquele conjunto, o jovem atleta, Simões Guedes,


era tido em conta e muito respeitado, não só pelos
prémios ganhos, como pela forma com orientava os
treinos da equipa, pois era ele o treinador. Mesmo
em competição, apresentava-se em prova, com
uma alegria e frescura tal, que contagiava os seus
companheiros.

74
75
Em 1974, os bombeiros de Salvaterra, organizam
a sua prova, eram várias voltas à vila, no total de 15
Kms, estiveram presentes 95 atletas, mais uma vez
o Guedes, saiu vencedor, tendo Carlos Gazoza,
ficado em 3º lugar.
Pensavam, os jovens que as responsabilidades,
já eram muitas no seio do atletismo entre
bombeiros, depressa remodelaram a estrutura da
secção. Nesta nova fase, tiveram grande empenho,
José Mendes, Constantino Viegas Amaro,
Maquilão, Jorge Gonçalves, Silvério Damásio e
Vítor Soares (Vítor Diogo).
Mais uma vez, o comando da corporação, agora
com a direcção, empenhou no apoio dado. Os
resultados, continuaram a serem brilhantes para a
equipa, e depressa, alguns foram junto dos
dirigentes do Clube Desportivo Salvaterrense –
C.D.S., para os aceitarem numa secção da
modalidade. Esta colectividade, não tinha
estruturas.

Uns meses parados, a revolução de Abril, a isso


deu azo. No Salvaterrense, os membros da
direcção, Luís Borrego e Paulo Cordeiro, deram
algum apoio, na reestruturação das várias secções,
que estavam em ebulição, sendo o campo de
futebol, preparado para receber o Triplo-salto, Salto
em cumprimento, etc.
A iniciativa, foi uma frustração, apenas
corresponderam ao “chamamento” algumas

76
crianças em idade escolar, que entretanto estiveram
presentes nalgumas provas, no âmbito daquelas
modalidades.

Para que a “chama” do atletismo não se apaga-


se, foi criada uma secção de Atletismo, em 1982,
respondendo para responsáveis: Joaquim da
Conceição e António Simões Guedes, este
acumulando atleta e treinador. Na freguesia de
Marinhais, realizou-se uma prova e alguns atletas
do Salvaterrense, participaram.. Depressa, existia
uma equipa masculina e uma outra feminina, muitos
deles estiveram no grupo dos bombeiros.

Para reforçar o campo dos dirigentes, entraram;


José Luís Pinheiro e Eusébio Moreira Leite. Ainda
naquele ano de 1982, as duas equipas competiram
em várias provas, onde obtiveram algumas teças e
troféus, que passaram a enriquecerem a sala de
exposições do clube.

Os bons resultados, continuaram em 1983, sendo


um chamariz, para a juventude da terra, que passou
ainda mais a responsabilizar ainda mais a secção
de atletismo, formando vários escalões, e os
prémios não deixavam de aparecer, nas provas em
que participavam.

77
No lado masculino, o atleta/treinador, António
Guedes, continuava em grande evidência, provando
o prestigio desde o tempo que vinha dos bombeiros.
Na parte feminina; Manuela Conceição e Gracinda
Anacleto, nas categorias de Infantis e Iniciados
respectivamente. Passaram a ser as novas vedetas,
devido ao seu desempenho, são chamadas a
integrarem uma selecção, que incluía as melhores
praticantes do país, naquelas categorias. A prova
realizou-se em terras algarvias.

As equipas do Salvaterrense, eram solicitadas


constantemente a participarem, nas várias provas
que tinham lugar por esse Portugal fora. Os
transportes, além de outros encargos, como
alimentação e equipamentos estavam na ordem do
dia, nas aflições dos seccionistas que acabaram
por demitirem-se.

A atleta Gracinda Anacleto, Vítor Soares (Vítor


Diogo) e José João Dionísio, e outros tomam conta
da secção, para que a modalidade do atletismo não
se perde-se e tiveram sorte, na época 1984/85, uma
nova direcção do C.D.S., chefiada por Manuel
Fernandes Travessa, continuou a apoiá-los.

Esta direcção para comemorar o aniversário da


colectividade, organizou um torneio, aberto a todas
as categorias e idades, foi um êxito.

78
As inscrições de novos praticantes, ultrapassou as
expectativas, especialmente no sector feminino e
quando se esperavam pelos resultados, a discórdia
instalou-se tudo se complicou.
. Continuar a sonhar com a modalidade do atletismo
em Salvaterra de Magos, foi coisa de meses.
Acabou por se extinguir.

***

79
BIBLIOGRAFIA:

* Artigos do autor, publicados no Jornal “Aurora do


Ribatejo, ano 1957 a 1959

* Artigos do autor, publicados no Jornal Vale do


Tejo – Anos 1997 a 2000

* Colecção de Apontamentos: “ Recordar, Também


é Reconstruir Nº 0 a Nº 45 – Do Autor

80
Capa: Mac- Brid Fernandes, António Cabaço (Chadote e
José Porfírio Fernandes (José Morais)

Índice Das Fotos:

* Pág. 8 – Equipa do Estrela Clube


1º Plano: Joaquim Moliço, Jaime Quitério, Alberto
Couto, Manuel Néu, Geraldo Andrade e João Inácio
2º Plano: Joaquim Cunha, Júlio André, Mac-Brid
Fernandes, Vítor Damásio, Victoriano Oliveira e Júlio Lino.
* Pág. 8 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense
1º Plano: António da Horta, Mac-Brid Fernandes,
Sérgio Andrade, Geraldo Andrade e Adriano.
2º Plano: Fernando dos santos (Dirigente), Jota II,
José Carlos Hipólito, Joaquim Moliço, Jota I, João Luís
Damásio, Júlio (Guarda-redes) e José Duarte Quitério
(Dirigente).
Nota: Jogo efectuado em Salvaterra, no ano de 1952,
“Campo António Roquette”, com a equipa do Coruchense –
Resultado; Salvaterrense 0 * Coruchense 3 * Árbitro: José
Alexandre
* Pág. 9 – Selecção Nacional de Futebol
* 1929 - Na selecção de Portugal, António Roquette (Keeper/
ou Guarda-redes), jogador do Casa Pia – Natural de
Salvaterra de Magos
* Pág. 9 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense
1º Plano, António da Horta, Alexandre Cruz, Geraldo
Andrade, Adriano e Ezequiel Inácio.
2º Plano: Carmo Duarte, Jota I (Rui), Jota II, Mac-Brid
Fernandes, José Carlos Hipólito, Joaquim Moliço, António
Sardinha (Massagista) e José Duarte Quitério (Dirigente).
Nota: 1/1/1952, Jogo efectuado em Benavente - Campo das
Portas do Sol, com o Grupo Desportivo Benaventense *
Resultado; Benaventense 4 – Salvaterrense = - Árbitro: Carmo
Mendes

81
* Pág.12 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense
Júlio (Guarda-redes), Sérgio Andrade, Mac-Brid Fernandes,
Jota I (Rui), José Carlos Hipólito, Geraldo Andrade, António da
Horta, Adriano, João Pratas (Carocho), Izequiel Inácio e
Joaquim Moliço.
Nota: Jogo efectuado em Salvaterra, a contar para o
Campeonato Didstrital de Santarém – Resultado; 0 – Vila Chã
de Ourique, 2 * Árbitro Curado Glória.
* Pág. 15 – Programa do Jogo de Futebol, em Salvaterra, com
o Sport Lisboa e Cartaxo – 24 de Setembro de 1950
* Pág. 16 – Programa da Visita do Sport Lisboa e Benfica a
Salvaterra – 2 de Abril de 1950
* Pág. 18 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrese
1º Plano: Mac-Brid Fernandes, Manuel João Raposo (Raposo
II), José Luis Borrego, Joaquim Cunha e José Luís das Neves
2º Plano: Rodrigues (sócio), Néu, José Raposo (Raposo I),
Vítor Damásio, Jaime Quitério, João Tavares, Mário Caramelo,
Alfredo Magalhães.
Nota: 11/5/1947 – Jogo em Azambuja, resultado Azambuja 5,
Salvaterrense 4
Pág. 21 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrese
1º Plano; Orlando, Gaspar, José Nunes (Béu), Bão, Lisbão, Zé
Tok (Mascote), Ratão, Espírito Santo e Hipólito.
2º Plano; Valdemar Facha (Dirigente), Nelson Ferreira
(Treinador), Luís Guedes, Peixeiro, Luís Fernandes (Sapatão),
Augusto, Faiante, Mendes, José Lino, Paulinho, Antero e
Raquel
Nota: Novembro de 1980 – Jogo Salvaterrense- Olivais
Pág. 21 – Equipa do Clube Desportivo Salvaterrense
1º Plano; Tó, Domingos, Orlando, Estrela, Caniço, Rui
Monteiro, Bão, António José, João Vicente (Director)
2º Plano; Valdemar Facha (Dirigente Departamento Futebol),
António (Massagista), José Eduardo, José João, Oliveira,
Carlos Batista, Carlos Manuel, Simões, Henrique, Augusto e
Nelson Ferreira (Treinador).

82
Nota:2º Lugar, no Campeonato Distrital da II Divisão, e
Finalista da Taça do Ribatejo – Época 1983/84
Pág. 24 – Pombos de José Vicente Costa Ramalho
Pág. 26 – Ciclista Salvaterrense – Joaquim Pinto
Figueiredo – Na Volta a Portugal em Bicicleta
Pág. 28 – Equipa de Ciclismo do Salvaterrense
Nota; Apresentação pública: Alfredo Xavier, Daniel carvalho,
Mário Leal, José Gameiro, José M. Damásio e
Seccionista/Treinador, Humberto Fernandes.
Pág. 30 – 1964, Equipa de Secudaria Magos, do Clube
Salvaterrense
Pág.35 – Equipa de Andebol Feminina,
Campeão Distrital durante várias épocas, com inicio em
1980/81
Pág.35 – Equipa de Andebol Juvenis,
1º lugar na fase final do Campeonato Nacional –
1980/81
Pág.36 - Equipa que subiu à 1ª divisão Nacional e
Obteve o titulo Vice-Campeão Nacional da 2ª Divisão
Nacional * Época 1982/83
Pág.48 – 1980 * Equipa do Voley Clube de Salvaterra,
na sua deslocação à Bélgica (Kildrecht), participando
num torneio da modalidade
Pág. 48 – 1981 – Equipa Feminina do Voley Clube
Salvaterra, Campeã Regional e Vice-Campeã Nacional
da modalidade
Pág. 53 – 1984, O Judoca Júlio Marcelino, num torneio
em Esposende (tentando uma projecção sobre o
adversário) TAI-OTOSHI
Pág.61 – 1994, Equipa Vice Campeã Nacional (Bruno
Paulo, Paulo Marques,Carlos Oliveira e Sérgio Patrício)
Pág.64 – 1977, Equipa de Hóquei em Patins
1º Plano; Damásio, Luís Silva, Manuel Pedro e Jorge
castanheira

83
2º Plano – Nelson Caleiro (Seccionista), Manuel Maria,
João Carlos, Ricardino, Carlos Cantador, Ferreirinha e
João Gomes (Minau).
Pág.71 – Raquel Ribeiro Arraiolos, Pescadora do
Salvaterrense, pescando na Barragem de Odivelas
Nota: Vice-Campeã regional (1980) * 4º lugar no
Campeonato Nacional (1980) * Vice-Campeã Nacional
(1993)
Pág.75 – Ano 1973, Equipa de Atletismo dos Bombeiros
Voluntários de Salvaterra de Magos
Pág.75 – 6 /6/1982, Atletas do Salvaterrense, numa
prova em Castanheira do Ribatejo

**********
*****

84
Aos queridos Irmãos;
António Miguel, e
Cassiano Manuel, este
por gostar tanto do desporto, foi uma dedicação
ao Clube Desportivo Salvaterrense,
como, Massagista …!

85

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