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Introdução A métrica Equações da estrutura estelar Solução interior com densidade constante

Solução de Estrelas

Victor F. C. Vieira1
Orientador: Prof. Dr. Caio F. B. Macedo1

Universidade Federal do Pará1

16 de fevereiro de 2024

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Victor F. C. Vieira1 Orientador: Prof. Dr. Caio F. B. Macedo1 Universidade Federal do Pará1
Solução de Estrelas
Introdução A métrica Equações da estrutura estelar Solução interior com densidade constante

Sumário

1 Introdução

2 A métrica

3 Equações da estrutura estelar

4 Solução interior com densidade constante

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Victor F. C. Vieira1 Orientador: Prof. Dr. Caio F. B. Macedo1 Universidade Federal do Pará1
Solução de Estrelas
Introdução A métrica Equações da estrutura estelar Solução interior com densidade constante

Sumário

1 Introdução

2 A métrica

3 Equações da estrutura estelar

4 Solução interior com densidade constante

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Victor F. C. Vieira1 Orientador: Prof. Dr. Caio F. B. Macedo1 Universidade Federal do Pará1
Solução de Estrelas
Introdução A métrica Equações da estrutura estelar Solução interior com densidade constante

Introdução

A solução de estrelas descreve a solução para um espaço-tempo estático e esfericamente


simétrico.
A solução é associada ao interior de objetos esfericamente simétricos.
O tensor energia-momento da matéria que constitui a estrela deve ser incluı́do nas
equações de campo.

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Sumário

1 Introdução

2 A métrica

3 Equações da estrutura estelar

4 Solução interior com densidade constante

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A métrica

A forma geral para a métrica de um espaço-tempo esfericamente simétrico é dada por

ds 2 = A(r )dt 2 − B(r )dr 2 − r 2 (dθ2 + sin2 θdϕ). (1)

Utilizando a equação de campo de Einstein,


 
1
Rµν = −κ Tµν − Tgµν , (2)
2

Desse modo, vamos assumir que a matéria será descrita por um fluido perfeito, ou seja, o
tensor energia-momento será
 p
Tµν = ρ + 2 uµ uν − pgµν , (3)
c
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Tomando uµ u µ = c 2 , temos que


 p
T = ρ + 2 c 2 − pδµµ = ρc 2 − 3p. (4)
c
Aplicando a equação acima em (2), temos
 
p 1 2
Rµν = κ ρ + 2 uµ uν − (ρc − p)gµν . (5)
c 2

A partir disso, podemos ver que a 4-velocidade do fluido será



[uµ ] = c A(1, 0, 0, 0). (6)

Assim, vemos que o objeto está em estado de equilı́brio hidrostático.


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Relembrando as componentes do Tensor de Ricci

As componentes do tensor de Ricci são

A′′ A′ A′ B′ A′
 
R00 =− + + − ,
2B 4B A B rB
A′′ A′ A′ B′ B′
 
R11 = − + − ,
2A 4A A B rB
 ′
B′

1 r A
R22 = −1+ − ,
B 2B A B
R33 = R22 sin2 θ.

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A partir das expressões anteriores, obtemos
1
R00 = − κ(ρc 2 + 3p)A, (7)
2
1
R11 = − κ(ρc 2 − p)B, (8)
2
1
R22 = − κ(ρc 2 − p)r 2 , (9)
2
R33 = R22 sin2 θ. (10)

Do sistema de equações acima, teremos

rB ′
 
R00 R11 2R22 1
+ + 2 = −2κρc 2 → 1− + = κr 2 ρc 2 . (11)
A B r B B2 university-logo

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De outra forma,
    −1
d 1 2Gm(r )
r 1− = κr 2 ρc 2 → B(r ) = 1 − , (12)
dr B c 2r

onde
Z r
m(r ) = 4π ρ(¯ r 2 d r¯.
r )¯ (13)
0

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Para determinar a função A(r ), fazemos


1 h p i  p ν µ σ
∇µ T µν = √ ∂µ ρ + 2 uµ uν + ρ + 2 Γσµ u u − g µν ∂µ p, (14)
−g c c
Visto que ∇µ T µν = 0, temos que

ρc 2 + p µν
g ∂σ A + g µν ∂σ p = 0. (15)
2A

ρc 2 + p
∂σ A + ∂σ p = 0. (16)
2A
A derivada com respeito a r é não trivial e dela, obtemos
A′ 2p ′
=− 2 , (17)university-logo
A ρc + p

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1 Introdução

2 A métrica

3 Equações da estrutura estelar

4 Solução interior com densidade constante

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Equações da estrutura estelar

Nota-se que a primeira equação da estrutura estelar é dada por

dm(r )
= 4πr 2 ρ(r ) (18)
dr
Utilizando (9), obtemos

A′ B′
 
1 r 1
−1+ − = − κ(ρc 2 − p)r 2 . (19)
B 2B A B 2

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Substituindo as equações (12) e (17), teremos


  −1
dp 1 2 4πG 3 Gm(r ) 2Gm(r )
= − 2 (ρc + p) pr + 1− . (20)
dr r c4 c2 c 2r

A equação acima é conhecida como equação de Oppenheimer–Volkoff, onde, no limite


newtoniano é será dada por

dp Gm(r )ρ(r )
=− (21)
dr r2
A terceira equação que descreve a estrutura estelar é a que relaciona a pressão com a
densidade, ou seja,

p = p(ρ) (22)

Dadas as equações, precisamos usar algumas condições de contorno. A primeira é que


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m(0) = 0, enquanto a outra leva em conta a pressão p(0), onde temos ρ(0).
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1 Introdução

2 A métrica

3 Equações da estrutura estelar

4 Solução interior com densidade constante

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Solução interior com densidade constante

A solução que leva em conta densidade constante considera um fluido incompressı́vel. Para
obter essa solução partimos da equação (17). Assim, podemos obter

4
m(r ) = πρr 3 , (23)
3
para r ≤ R, e
4
m(r ) = πρR 3 ≡ M, (24)
3
para quando r > R

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Além disso, para ρ constante, temos que a equação (20), torna-se


 −1
dp 4πG 2 2 8πG 2
= − 4 r (ρc + p)(ρc + 3p) 1 − 2 ρr . (25)
dr 3c 3c r

A partir da equação diferencial acima, obtemos


− 12
ρc 2 + 3p ρc 2 + 3p0

8πG 2
2
= 1− ρr (26)
ρc + p ρc 2 + p0 3c 2 r

Levando em conta que na borda do objeto a pressão é zero, temos que


" 2 #
3c 2
 2
2 ρc + 3p0
R = 1− (27)
8πG ρ ρc 2 + p0

o qual é o raio de uma estrela com densidade constante. university-logo

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Utilizando a equação (24), podemos obter uma expressão para a pressão p0 , qual será
1/2
21 − 1 − 2µ
R
p0 = ρc 1/2 , (28)
3 1 − 2µ
R − 1

onde µ = GM/c 2 . Substituindo (28) em (26), obtemos


 1/2 1/2
2µr 2
1− R3 − 1 − 2µR
p(r ) = ρc 2 1/2 (29)
1/2  2µr 2
3 1 − 2µ
R − 1 − R3

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Agora, temos que obter as funções que A(r ) e B(r ). Utilizando a equação (12) e (24), obtemos
−1
2µr 2

B(r ) = 1− . (30)
R3

A função A(r ) é obtida usando as equações (17) e (23), e impondo a condição de que r = R.
Logo,
"  1/2  1/2 #2
c4 2µ 2µr 2
A(r ) = 3 1− − 1− 3 (31)
4 R R

Assim, utilizando A(r ) e B(r ), podemos obter a solução interior de um objeto com densidade
constante.
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Teorema de Buchdahl

Pode-se apontar uma restrição que relacione a massa M da estrela com o seu raio R. Pela
equação (28), notamos que p0 → ∞ quando µ/R → 4/9. Dessa forma, temos que

GM 4
2
< . (32)
c R 9
O teorema de Buchdahl afirma que (32) é válida para qualquer equação de estado.

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Obrigado!

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