Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em muitos estudos experimentais, pretende-se estudar o eventual efeito que uma, ou várias
Seja Y a variável resposta, quantitativa e numa escala, no mı́nimo, intervalar. Seja X uma
1 X dicotómica: testes t
Se X é dicotómica, então toma apenas dois valores. Para estudar o efeito que X tem na
de Levéne). Este teste tem como H0 : as variâncias das duas populações são iguais (σ12 = σ22 )
Se a H0 deste teste não é rejeitada, ou seja, se as variâncias são iguais, a ET do teste T para
com
(n − 1)S12 + (m − 1)S22
S ∗2 =
n+m−2
n e m são as dimensões das amostras associadas a Y1 e Y2 , respetivamente. A variável Y1
Caso as variâncias não sejam iguais (rejeição da H0 no teste de Levéne), tem-se uma correção
Y1−Y2
T =q 2 ∼ tν
S1 S22
n
+ m
com
S2 S22 2
( n1 + m
)
ν= S14 S24
n2 (n−1)
+ m2 (m−1)
(n = m), havendo apenas que corrigir os graus de liberdade quando as variâncias não são
iguais.
2 X policotómica: ANOVA
Se X toma valores em mais do que duas categorias, então, para estudar o efeito que X tem
em mais do que duas populações independentes, se os dados da resposta em cada uma das
de X em Y . Note que, se rejeitar H0 apenas conclui que existe efeito, não sendo possı́vel
Para testar estas hipóteses recorre-se a uma análise das variâncias dos k grupos. A ideia é
comparar a variabilidade da resposta explicada pelo modelo (variância entre grupos, variância
sistemática), com a variabilidade não explicada pelo modelo (variância dentro dos grupos,
M SA
F = ∼ Fk−1,n−k
M SE
Rejeita-se H0 se o valor de F for grande, ou seja se a variabilidade entre os grupos (causada
pela variável independente) for maior que a variabilidade dentro dos grupos (residual, resul-
df SS MS F
ser explicada pela variável independente (categórica), e SSE é uma medida da quantidade
Caso a H0 seja rejeitada, para se perceber que grupos são responsáveis pelas diferenças,
procede-se a comparações múltiplas, testando cada grupo contra todos os outros grupo (testes
post hoc), usando testes t, por exemplo. Com este procedimento, a probabilidade de cometer
erro tipo I no teste global aumenta. Uma solução é corrigir o nı́vel de significância dos
já inclui essas correções. Nem sempre o teste é conclusivo. Pode acontecer que nenhuma
das comparações dos valores médios dos grupos, dois a dois, sejam significativas (o que vai
contra a decisão de rejeição da igualdade dos valores médios da ANOVA) ou que existam
incongruências nas comparações. Quando isto acontece, pode-se estar a cometer erro tipo II
igualdade das variâncias nos k grupos. Caso se rejeite esta hipótese (teste de Levéne), deve
usar-se uma versão do teste F adaptada a esta situação (tal como se faz no teste t). Esta
versão, designada teste de Welch, encontra-se implementada no SPSS e deve ser usada caso
No caso em que os dados em cada uma das k categorias da variável categórica não são normais
ou as amostras são de pequena dimensão, deve usar-se uma alternativa não paramétrica à
ANOVA como, por exemplo, o teste de Kruskal-Wallis, ou ANOVA das ordens, implementado
5 Exercı́cios
(a) verifique se sex, higher, romantic e internet produzem efeito nas notas do
terceiro perı́odo, G3 .
(b) verifique se a ação conjunta dos fatores sex e romantic produzem efeito sig-
(c) verifique se a educação da mãe produz efeito nas notas do terceiro perı́odo. Indique
o teste que deve utilizar, justificando. Proceda a comparações múltiplas, caso seja
(dados iris). Em caso afirmativo, pode concluir que a setosa é a espécie que apresenta