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Tulio Gentil
IF Goiano
Estatı́stica Experimental
07 de Março de 2023
Tulio Gentil (IF Goiano) Aula 04 - Teste de comparações múltiplas Estatı́stica Experimental 1 / 35
Rações
A B C D
35 40 39 27
19 35 27 12
31 46 20 13
15 41 29 28
30 33 45 30
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Teste de comparações múltiplas
Quadro da ANOVA
Fonte de variação g.l. SQ QM Fc
Tratamentos (entre) 3 823,75 274,58 3,99
Resı́duo (dentro dos trat.) 16 1100,00 68,75
Total 19 1923,75
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Definições básicas
Definição
Um contraste de médias é qualquer função do tipo
Y = c1 µ1 + c2 µ2 + · · · ck µk ,
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Definições básicas
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Definições básicas
Supondo que os tratamentos têm variância constante σ 2 e que uma
estimativa não viesada desta variância é o QMR da ANOVA, tem-se que:
Ŷ = c1 x1 + c2 x2 + · · · + ck xk é um estimado não viesado do contraste
Y = c 1 µ 1 + c 2 µ2 + · · · c k µk ;
k
X σ2
V (Ŷ ) = ci2
ri
i=1
é um estimador não viesado e dado por
k
X QMR
V̂ (Ŷ ) = ci2 ;
ri
i=1
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Exemplo 1
Exemplo
Em um experimento, dois antibióticos, de duas dosagens cada um, para a
cura da mastite em bovinos a variável resposta é o tempo de cura em dias.
Tratamento Descrição
T1 Dose baixa da droga A
T2 Dose alta da droga A
T3 Dose baixa da droga B
T4 Dose alta da droga B
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Exemplo 1
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Teste t-student
O teste t–student pode ser utilizado para comparar médias de
tratamentos. Os requisitos básicos para sua utilização são:
as comparações devem ser determinadas a priori, ou seja, antes de
serem examinados os dados.
não existe limite para o número de contrastes envolvendo as médias
de tratamentos, porém, o número de contrastes ortogonais é, no
máximo, igual ao número de graus de liberdade dos tratamentos.
A ortogonalidade entre os contrastes de médias garante
independência entre as conclusões.
O objetivo é testar a hipótese
H0 : Yi = 0
H1 : Yi ̸= 0
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Teste t-student
Usamos a estatı́stica
Ŷi Ŷi
t=q =q ≃ t(gl res, α
2
),
QMR Pk 2
V̂ (Ŷ ) r i=1 ci
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Exemplo 2
Exemplo
Num experimento inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 4
repetições, estudaram-se os efeitos de Bacitracina de zinco (BDZ) e
Anti-stress sobre frangos de corte alimentados com rações à base de sorgo,
desde a fase inicial até a final. A resposta medida foi conversão alimentar.
Foram utilizados os seguintes tratamentos:
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Exemplo 2
Sabendo-se que da ANOVA o valor de QMR = 0, 0044375, com 12 graus
de liberdade, pode-se estabelecer os contrastes das médias dos
tratamentos para cada componente do desdobramento:
Milho vs Sorgo: Y1 = 3µ1 − µ2 − µ3 − µ4 , estimado por
Yˆ1 = 3y1 − y2 − y3 − y4 ;
Sorgo vs Sorgo + Aditivos : Y2 = 2µ2 − µ3 − µ4 , estimado por
Yˆ2 = 2y1 − y3 − y4 ;
Bacitracina vs Anti-stress: Y3 = µ3 − µ4 , estimado por Ŷ = y3 − y4 ;
Verificação dos contrastes ortogonais
P4 2
Contraste µ 1 µ 2 µ3 µ4 Ŷi i=1 ci tc
Y1 +3 -1 -1 -1 -0,41 12 -3,55 (p=0,00198)
Y2 0 +2 -1 -1 0,22 6 2,70 (p=0,0097)
Y3 0 0 +1 -1 -0,18 2 -3,82 (p=0,0012)
p < 0, 01 significativo a 1% e a 5%; p < 0, 05 significativo a 5% e p > 0, 05 não
significativo a 5%.
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Exemplo 2
H0 : Yi = 0,
H1 : Yi ̸= 0
para i = 1, 2, 3
Para o contraste Y1 temos:
Yˆ1 = −0, 41
V̂ (Yˆ1 ) = 0, 0133
tc = −3, 55
t(12,0.025) = 2, 179. Como |tc | > tTab , então rejeitamos H0 .
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Exemplo 2
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Teste de Scheffé
Y = c1 µ1 + c2 µ2 + · · · + ck µk
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Teste de Scheffé
(Experimento desbalanceado)
v
u k
u X ci2
S = (k − 1)F(k−1, gl res, α) QMR
t ;
ri
i=1
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Teste de Scheffé
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Exemplo 3
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Exemplo 3
O objetivo é testar a hipótese
H0 : Yi = 0, H1 : Yi ̸= 0
para i = 1, 2, 3.
Assim, para o contraste Y1 , temos:
H0 : Y1 = 0, H1 : Y1 ̸= 0
Ŷ1 = −0, 41
V̂ (Ŷ1 ) = 0, 0133, S = 0, 3733;
Pela regra de decisão |Yi | > S, logo rejeitamos H0 a 5% de
probabilidade e concluı́mos que a ração comercial com milho
tem uma conversão alimentar melhor do que a que a ração
comercial com sorgo.
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Teste de Tukey
O Teste de Tukey pode ser usado para comparar todo contraste entre duas
médias de tratamentos.
H0 : Yi = µi − µj = 0 para i ̸= j
H1 : Yi = µi − µj ̸= 0
Calcular o valor da diferença mı́nima significativa (d.m.s):
r
QMR
d.m.s = q(k;gl res ,α) experimento balanceado
r
s
QMR 1 1
d.m.s = q(k;gl res α) + experimento desbalanceado
2 ri rj
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Exemplo 4
Usando os dados do Exemplo 1:
k = 4, QMR = 68, 75 com 16 graus de liberdade
q(4,16,0.05) = 4, 046
dms = 15, 00
Assim, toda estimativa de contraste do tipo |Ŷi | = |y i − y j | que exceder o
valor do d.m.s. = 15, 00 é significativo a 5%.
Estimativa do contraste
|Ŷ1 | = |y B − y A | = |39 − 26| = 13 ns
|Ŷ2 | = |y C − y A | = |32 − 26| = 6 ns
|Ŷ3 | = |y D − y A | = |22 − 26| = 4 ns
|Ŷ4 | = |y B − y C | = |39 − 32| = 7 ns
|Ŷ5 | = |y B − y D | = |39 − 22| = 17 *
|Ŷ6 | = |y C − y D | = |32 − 22| = 10 ns
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Teste de Dunnet
É um teste no qual as únicas comparações de interesse são aquelas entre
os tratamentos e um determinado tratamento padrão, geralmente a
testemunha (controle), não havendo interesse na comparação dos demais
tratamentos entre si.
Para testarmos o contraste H0 : µi − µc , o qual envolve a média do
tratamento i e do tratamento controle c, usamos a estatı́stica
s
1 1
D = d(k,gl res,α) + QMR.
ri rc
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Teste de Dunnet
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Exemplo 5
Considere as médias de um experimento, apresentados na tabela abaixo,
em que um médico veterinário comparou o efeito de 5 drogas na
diminuição da pressão arterial de animais experimentais. Para tanto, o
pesquisador tomou 30 animais e dividiu ao acaso em 6 grupos: o grupo
controle recebeu um placebo e os outros receberam, cada um, uma das
drogas.
Tratamentos
Média
(Drogas)
A 21 a
B 8b
C 10 b
D 29 a
E 13 a
Controle 2b
Medidas com a mesma letra do controle não diferem do controle pelo teste de
Dunnet a 5% de probabilidade
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Exemplo 5
A verificação dos resultados da tabela anterior pode ser feita por meio da
ANOVA, onde QMR = 36, os graus de liberdade do resı́duo é 24 e vamos
fixar α = 5%.
consultando a tabela do teste de Dunnet a 5% de probabilidade,
temos
d(6,24,0.05) = 2, 76
e a estatı́stica
D = 10, 47.
as drogas A, D e E diferem significativamente do controle, ou seja,
apresentam resultados melhores que os do controle.
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Duncan
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Duncan
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Teste de Duncan
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Exemplo 6
Considere os dados do Exemplo 5. A ordem dos tratamentos, segundo a
grandeza das média, é
Tratamentos Controle B C E A D
Médias 2 8 10 13 21 29
z(6,24,0.05) = 3, 276.
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Exemplo 6
H0 : Y1 = 0
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Exemplo 6
As comparações entre o controle e a Droga A, e entre as drogas B e D,
envolvem intervalos de cinco médias e o cálculo de dms do teste de
Duncan fica:
os contrastes são Y2 = µcont − µA e Y3 = µB − µD e seus valores de
suas estimativas em módulo são
H0 = Y2 = 0 e H0 : Y3 = 0
H0 = Y2 = 0 e H0 : Y3 = 0
Exemplo 6
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Obrigado pela atenção!
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