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Os dados contradizem duas críticas frequentes do governo federal às universidades


públicas brasileiras: de que elas não fazem pesquisa e não se relacionam com empresas.
Segundo o relatório, a produção de trabalhos acadêmicos em colaboração com a
indústria vem crescendo de forma exponencial no País desde a virada do século, e a
esmagadora maioria dessas colaborações é feita com universidades públicas.
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“O relatório mostra que a ciência brasileira tem crescido sistematicamente e que as
universidades, como já sabíamos, são o principal motor nesse desenvolvimento”, diz o
físico e pró-reitor de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Sylvio Canuto.
“Em conjunto com a manutenção dessa vitalidade acadêmica, vemos também uma
mudança de perfil nas publicações científicas, com um aumento exponencial da
interação entre as universidades e a indústria. Isso responde a um anseio da sociedade,
que cobra uma maior participação da pesquisa científica no desenvolvimento econômico
e social do País.”

Segundo o relatório, a produção científica do Brasil cresceu 30% entre 2013 e 2018 — o
dobro da média mundial, de 15%. O País continua sendo o 13° produtor de ciência no
mundo, em número de trabalhos publicados. Isso, apesar da crise econômica e dos
cortes expressivos no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), que teve seus recursos reduzidos quase que pela metade desde
2014.

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