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NEGACIONISMO CIENTIFICO

Aquecimento global
Desmatamento
Covid
Gostaria de iniciar minha fala atentando de as consequências de manter o
negacionismo nas posições de poder da nossa sociedade não trarão
consequências apenas a curto prazo, mas também no nosso desenvolvimento
enquanto sociedade o nosso bem-estar enquanto humanos e no que
deixaremos para as nossas futuras gerações
O negacionismo parece ter voltado as posições de poder nos últimos anos.
Vemos isso graças ao exemplo das eleições dos presidentes dos Estados
Unidos Donald Trump em 2016 e a eleição do atual presidente do Brasil Jair
Bolsonaro dois presidentes que se aliam a Extrema direito em busca da
manutenção do poder nos Estados Unidos essa nuvem do obscurantismo e do
negacionismo científico parece ter passado mas enquanto isso nós aqui no
Brasil ainda somos reféns de uma política genocida no que se refere ao
combate a pandemia e a uma política devastadora no que se refere ao
desmatamento e o combate ao aquecimento global
Artigo I. O negacionismo no poder – O Globo BERNARDO MELLO
FRANCO NOVEMBER 22, 2020
A Amazônia não está em chamas. O aquecimento global é uma ficção. O Brasil
nunca teve ditadura. A Covid é só uma gripezinha. Não há mais corrupção no
governo. Não existe racismo no Brasil
“O negacionismo é um dos pilares do bolsonarismo. O capitão e seus aliados
travam uma guerra permanente contra a verdade. Não se trata de discordar do
politicamente correto. A ordem da extrema direita é desacreditar os fatos, a
ciência e as instituições que fiscalizam o poder: imprensa, universidades,
organizações não governamentais.”

Racismo
O racismo sempre esteve entre nós, mas agora se instalou no gabinete
presidencial. Bolsonaro já responsabilizou os negros pela escravidão, chamou
a política de cotas de “coitadismo” e equiparou quilombolas a animais que têm
o peso medido em arrobas.

Artigo II. REVISTA PIAUI - O Negacionismo No Poder - Como fazer


frente ao ceticismo que atinge a ciência e a política - Tatiana Roque
questionou o deputado federal Eduardo Bolsonaro num vídeo que gravou para
o YouTube em 2018, durante o inverno nos Estados Unidos “Que aquecimento
global é esse?”, “Não deixe que o discurso, principalmente dos globalistas,
matéria em cima de matéria, jogando essa mentira para vocês, que ela reste
sedimentada como verdade”
 dentre os mais de 11 mil artigos científicos publicados sobre mudança
climática entre janeiro e julho de 2019, não havia um único sequer que
contestasse que o planeta está ficando mais quente por causa dos gases de
efeito estufa lançados na atmosfera por atividades humanas.
Donald Trump, que está tirando os Estados Unidos do Acordo de Paris, pelo
qual quase duzentos países haviam se comprometido em 2015 a tentar conter
os prejuízos causados pelo aquecimento global; e de Jair Bolsonaro, que
também comanda um governo contrário às ações para combater a mudança
climática.
“O fenômeno da pós-verdade – esse momento que atravessamos no qual fatos
objetivos têm menos influência na opinião pública do que crenças pessoais – é
um sintoma extremo dessa crise. Muita gente não enxerga que a ciência, assim
como a política, existe para beneficiar a sociedade. Diante disso, contradizer
argumentos falsos exibindo fatos reais pode ter pouca relevância em uma
discussão. Evidências e consensos científicos têm sido facilmente contestados
com base em convicções pessoais ou experiências vividas”
Você acha que a ciência o beneficia pessoalmente ou beneficia a maioria da
sociedade? Quem respondeu “não” foi classificado como “cético”. No Brasil,
esse grupo representa 23% da população.
O fundamentalismo religioso tem inquietado o meio intelectual. Com razão, pois
75% dos entrevistados dizem que, quando a ciência discorda de sua religião,
seguem a orientação religiosa. Essa tendência é influenciada pela importância
crescente da religião na vida cotidiana de muitas pessoas. “O pertencimento à
comunidade religiosa gera confiança, fazendo com que pastores, padres ou
irmãos de fé sejam mais ouvidos do que figuras públicas, políticos ou
cientistas.”
O presidente Jair Bolsonaro e seus ministros atacaram frontalmente as ONGs,
principalmente as que atuam na área ambiental, insinuando que poderiam estar
por trás das queimadas na Amazônia ou do derramamento de óleo que atingiu
as praias do Nordeste. A pesquisa mostrou ainda que um terço dos brasileiros
não confia muito nos funcionários das organizações não governamentais,
sendo que quase metade da população confia apenas em alguns deles.
O presidente pediu a cabeça de Ricardo Galvão, diretor do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), por divulgar dados corretos sobre a explosão do
desmatamento na Amazônia – no fim do ano, o anúncio da taxa anual
divulgada pelo próprio Inpe deu razão a Galvão, com um aumento de quase
30%, o maior registrado neste século. 

Artigo III. REVISTA VEJA - Estudo aponta confiança global na ciência,


com Brasil na direção oposta - Amanda Péchy 29 set 2020
Pesquisa do Pew Research Center, conduzida em mais de 20 países, mostra
que brasileiros são os que menos confiam em cientistas
Apesar de ter sido concluído antes do coronavírus ganhar proporções
pandêmicas, o levantamento mostra que a ciência é vista de forma positiva
pelo público global, indo de acordo com a atual expectativa em torno de
tratamentos para a Covid-19. Contudo, brasileiros são os que menos acreditam
que os cientistas fazem o que é certo para a sociedade – 36% dos
entrevistados disseram confiar pouco ou nada neles. Apenas 23% acreditam
muito nas atitudes dos cientistas. A pesquisa foi conduzida de outubro de 2019
a março de 2020 na Europa, Rússia, Américas e região da Ásia-Pacífico. O
Brasil ficou distante da média, 19 pontos percentuais à frente da parcela de
pessoas que não confia nada em cientistas. nos Estados Unidos, onde 67%
dos democratas dizem confiar “muito” nos cientistas, em comparação com 17%
dos republicanos.
O Ministério da Educação já informou que irá cortar parte das verbas
discricionárias de institutos federais e universidades em 2021 – redução de
quase 1 bilhão de reais para o ensino superior. A medida representa mais um
golpe a atividades de ensino, pesquisa e extensão, podendo prejudicar ainda
mais ciência nacional.

O negacionismo no governo Bolsonaro não é mera incompetência em seguir a


ciência, é um aversivo projeto de poder cujo foco é a manutenção do poder,
mesmo que por vias que destruam cada vez mais Brasil
Bolsonaro, que sonha em ser um autocrata, e seu governo genocida graças ao
negacionismo que apoia e pratica é responsável pelas eminentes 500 mil
mortes por covid-19 no Brasil e pelos recordes na taxa de desmatamento nos
últimos dois anos.
Artigo IV. SCIENCE - Um ambiente hostil. Cientistas brasileiros
enfrentam ataques crescentes do regime de Bolsonaro

Por Herton Escobar Abr. 7, 2021

Na semana passada, cientistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da


Biodiversidade (ICMBio), principal órgão brasileiro de estudo e gestão das
vastas áreas protegidas do país, tiveram que começar a respeitar uma nova
regra indesejável. Dá a um dos principais funcionários do ICMBio a autoridade
para revisar todos os "manuscritos, textos e compilações científicas" antes de
serem publicados.

Pesquisadores temem que o governo do presidente Jair Bolsonaro, que tem


uma relação notavelmente hostil com a comunidade científica brasileira, use as
revisões para censurar estudos que conflitam com seus esforços contínuos
para enfraquecer as proteções ambientais
As queixas de Bolsonaro com cientistas remontam ao início de seu governo em
2019. Em seguida, acusou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de
"mentir" sobre dados de satélite mostrando aumento do desmatamento na
Amazônia e demitiu seu diretor, o físico Ricardo Galvão, depois que ele
defendeu os números. Desde então, Bolsonaro tem entrado em conflito com
pesquisadores sobre questões que incluem sua persistente rejeição às
estratégias baseadas na ciência para combater a pandemia COVID-19, que já
matou pelo menos 330 mil brasileiros. Mas a relação parece ter entrado em
uma fase ainda mais tensa nos últimos meses.
 “A Controladoria-Geral da União, informou ao epidemiologista Pedro Hallal, ex-
reitor da Universidade Federal de Pelotas, que poderia perder o emprego por
causa das críticas que ele ariou a Bolsonaro em janeiro durante um evento
online. Hallal, que coordena o maior projeto de pesquisa epidemiológica
COVID-19 do Brasil, havia chamado Bolsonaro de "desprezível", citando a
retórica antivacinação do presidente e sua interferência política na seleção de
reitores universitários”
Os cientistas também estão reconsiderando o que estudam e publicam, diz
Marcus Lacerda, especialista em doenças infecciosas da Fundação Oswaldo
Cruz em Manaus. No ano passado, ele enfrentou intensas investigações do
Ministério Público Federal — e recebeu ameaças de morte — depois que
publicou trabalho destacando os riscos à saúde de dar cloroquina à droga para
pacientes do COVID-19. 
 Colegas abandonaram a pesquisa do coronavírus, acrescenta ele, a fim de
evitar o assédio online pelo que é conhecido como "milícia digital" de
Bolsonaro.
Nesta semana, um grupo de pesquisadores brasileiros citou preocupações com
a segurança ao explicar por que não assinaram seus nomes em  um white
paper, publicado pela Climate Social Science Network, da Universidade Brown,
que descreve os esforços de Bolsonaro para desmantelar as proteções
ambientais. Decidiram permanecer anônimos "por razões de segurança e
considerando o atual cenário político no Brasil", escreveram.
Os cientistas brasileiros também enfrentam uma crise de financiamento
aprofundada. Os gastos do governo com pesquisa encolheram mais de 70%
em relação ao pico de 2014, e o governo Bolsonaro recentemente cortou 34%
do orçamento de investimentos do Ministério da Ciência para este ano. A
principal agência federal de financiamento do país, o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, deverá ter menos de US$ 4 milhões
disponíveis para bolsas de pesquisa este ano.
Artigo V. Prints do Twitter
https://twitter.com/SamPancher/status/1345410194621259777?s=20

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