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Disciplina: Seminário Integrador

Nome da Atividade: Atividade Avaliativa II Polo: Campo Grande/RJ

Nome do aluno: Leandro dos Santos Martiliano Matrícula: 16113110083

Artigo (s) de referência: (Título, autor e referência completa da publicação)

Questões Parte I - Texto de Referência: Lana, RM et al. (2020) “Emergência do novo coronavírus
(SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva”. In: Cad. Saúde Pública
2020; 36(3): e00019620. Considerando a leitura do texto supracitado, RESPONDA as questões abaixo:

1. Coronavírus é um agente etiológico de uma doença chamada covid-19 e este agente é um vírus do tipo RNA
vírus de classificação SARS-CoV-2. A covid-19 consistem em infecções respiratórias em animais incluindo
aves e mamíferos. O Coronavírus foi detectado dia 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, na China (Lana et
al., 2020:01).

2. De acordo com o artigo base para essa questão a velocidade de propagação de uma doença pode ser avaliada
pelo seu número básico de reprodução (R0), definido como o número médio de casos secundários gerados por
caso primário. As estimativas iniciais de R0 para o SARS-CoV-2 variam de 1,6 a 4,1 6,7,8. (Lana RM t. Al.,
2020). Com a introdução do vírus em território brasileiro, especialistas estimavam que a mortalidade pelo
vírus seria bem menor que a causada pelo H1N1, em 2009. No entanto, até a presente data de publicação do
artigo, esta era uma previsão que não tem se concretizado com os dados recentes no mês de maio de 2020 e
assim o Brasil se torna o epicentro da pandemia na América Latina, preocupando países vizinhos (UOL, Maio
2020). A falta de conscientização em seguir as medidas no combate à epidemia pela OMS, fez com que o país
ganhasse esse posto.

3. Em maio de 2020, ficou evidente que o país com as suas políticas de cortes, do atual governo de Jair
Bolsonaro, nos serviços básicos como o de saúde, e também, cortes nas pesquisas, fez com que o caos fosse
instalado em diversas regiões, principalmente na Regiões Sudeste e Norte do país. Com a falta de recursos e
de preparo, temos um sistema fragilizado e que de contrapartida ainda temos um presidente com atitudes
irresponsáveis, das quais desconsidera os fatos científicos “receitando” medicação no combate ao vírus que já
fora amplamente debatido pela ciência a sua ineficácia, além da subestimação da gravidade da pandemia no
Brasil, flexibilizando atividades que não são. Com isso, nos tornamos o epicentro da pandemia na América
Latina e atitudes irresponsáveis de um representante de Estado, faz com que a população relaxe o
distanciamento social e sua representatividade tem se mostrado apenas para grandes empresários e banqueiros,
pois a sua preocupação consiste apenas na economia à frente de vidas humanas.

4. Em um mês de existência, o novo vírus já era citado em 37 publicações no PubMed, com análises
descritivas dos primeiros casos, análises de sequências genômicas e aspectos clínicos (Lana et al., 2020:03).
Enquanto alguns grupos rapidamente se organizaram para monitorar casos em tempo real, outros se
empenharam na aplicação de modelos matemáticos e estatísticos para monitorar o novo vírus e definir
estratégias de ação (Lana et al., 2020:03).

5. É lamentável vermos correntes via redes sociais, de supostos tratamentos como chás e medicamentos
ineficazes, o uso indevido da fé como cura do covid-19, a subestimação da gravidade da doença e seus efeitos
na sociedade, entre outros métodos não comprovados cientificamente e que com isso reforça ideias negativas
na população dificultando a adesão às medidas reais de combate a pandemia. Líderes de Estado que negam a
ciência, também, são responsáveis para que informações do tipo se fortaleçam, dificultando o combate a “fake
news”.

6. Para que se demonstrasse credibilidade das informações falsas, estas foram circuladas com o uso do discurso
de autoridade, ao dizerem que profissionais da saúde vinculados à órgãos de credibilidade teriam orientando
no uso de chá e medicamentos que não foram cientificamente comprovados. O Presidente Jair Bolsonaro
insiste em falar do uso da cloroquina, com o intuito de transmitir à população uma falsa sensação de controle,
no momento em que diversas pesquisas mundiais já descartaram o uso desse medicamento e comprovaram
sua ineficácia e o próprio Ministério da Saúde teve que fazer uma nota de esclarecimento contra a ideia do
presidente.

7. A falta de comunicação clara para a população, sobre resultados de pesquisas de modo que essa informação
não chegue apenas no modo de artigo, mas sim por canais mais populares do governo, por exemplo, a modo
de romper com ideias de senso comum tão difundidas como nessa pandemia, dificultando o trabalho de
combate. De fato, recebo esse tipo de informação através de noticiários de maior credibilidade, mas nem todos
tiveram um acesso educacional adequado para poderem fazer esse tipo de seleção e buscar informações de
qualidade.

8. Investimento sério em pesquisa e na saúde, por um governo competente que reconhece a importância
científica e tecnológica e que não meça esforços para medidas necessárias para esse combate. O Brasil tem
sido um grande exemplo de como NÃO agir numa pandemia, diante de um cenário de horrores de um
presidente que se apega ao senso comum e impõe suas verdades. A Nova Zelândia foi o país mais bem-
sucedido dessa pandemia devido a ótima atuação da Primeira Ministra Jacinda Ardern que com muita
competência, seguindo as recomendações à risca da OMS, conseguiu um grande feito e agora estão
conseguindo retornar à normalidade, já que o país achatou a curva pandêmica à níveis quase zero.

9. Estamos com o grave problema de subnotificação, pois o ex-Ministro da Saúde Nelson Teich, se negou a
fazer o teste em massa, que deveria ter sido feito o quanto antes para se ter um controle maior da doença.
Pesquisas apontam que o percentual de testes da população brasileira é muito abaixo do recomendado, gerando
subnotificação. O mesmo acabou pedindo demissão devido à pressão em atender as demandas de Bolsonaro
que fogem as regras da OMS.
10. As ações têm sido falhas e omissas, pois este está sob os interesses de grandes empresários que pouco se
importam com a vida e a vulnerabilidade dos trabalhadores. Inicialmente O ex-ministro Luiz Henrique
Mandetta seguia de forma coerente seguindo as recomendações da OMS, mas o presidente o Exonerou por
Vaidade e interesses políticos, colocando no lugar Nelson Teich com a ideia de “flexibilizar” as medidas de
isolamento social, levando ao colapso da saúde pública e privada, chegando aos 13 mil mortos.

Parte II Texto de Referência: Vieira, Pâmela Rocha; Garcia, Leila Posenato & Maciel, Ethel Leonor Noia.
(2020). “Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela? ”. In: Revista Brasileira
de Epidemiologia, 2020; 23: E200033.

1- A) No país, o necessário isolamento social para o enfrentamento a pandemia escancara uma dura realidade:
apesar de chefiarem 28,9 milhões 6 de famílias, as mulheres brasileiras não estão seguras nem mesmo em suas
casas. O isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19 traz à tona, de forma potencializada, alguns
indicadores preocupantes acerca da violência doméstica e familiar contra a mulher. As organizações voltadas
ao enfrentamento da violência doméstica observaram aumento da violência doméstica por causa da
coexistência forçada, do estresse econômico e de temores sobre o coronavírus ((Vieira, Garcia & Maciel,
2020).

B) O Estado e a sociedade devem ser mobilizados para garantir às mulheres brasileiras o direito a viver sem
violência. Embora estejam alijadas aos processos de tomada de decisão, as mulheres são a maioria da
população brasileira e compõem a maior parte da força de trabalho em saúde. Logo, elas têm papel
fundamental para a superação da pandemia e de suas graves consequências sanitárias, econômicas e sociais
(Vieira, Garcia & Maciel, 2020).

C) Evidências a respeito dos impactos do isolamento sobre a violência doméstica e familiar sejam incipientes,
notícias divulgadas na mídia e relatórios de organizações internacionais apontam para o aumento desse tipo
de violência. Na China, os registros policiais de violência doméstica triplicaram durante a epidemia4. Na
Itália, na França e na Espanha também foi observado aumento na ocorrência de violência doméstica após a
implementação da quarentena domiciliar obrigatória (Vieira, Garcia & Maciel, 2020).

D) Globalmente, assim como no Brasil, durante a pandemia da COVID-19, ao mesmo tempo em que se
observa o agravamento da violência contra a mulher, é reduzido o acesso a serviços de apoio às vítimas,
particularmente nos setores de assistência social, saúde, segurança pública e justiça (Vieira, Garcia & Maciel,
2020).

2: . O controle das finanças domésticas também se torna mais acirrado, com a presença mais próxima do
homem em um ambiente que é mais comumente dominado pela mulher. A perspectiva da perda de poder
masculino fere diretamente a figura do macho provedor, servindo de gatilho para comportamentos violentos
(Vieira, Garcia & Maciel, 2020).
3: No Brasil, segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), entre os dias 1º e 25 de março, mês da mulher, houve crescimento
de 18% no número de denúncias registradas pelos serviços disque 100 e ligue 180. Na China, os registros
policiais de violência doméstica triplicaram durante a epidemia. Na Itália, na França e na Espanha também foi
observado aumento na ocorrência de violência doméstica após a implementação da quarentena domiciliar
obrigatória (Vieira, Garcia & Maciel, 2020).

4: Feminicídio é o crime de ódio praticado contra a mulher muitas vezes praticado pelo seu próprio cônjuge,
namorado ou ex-cônjuge. Dos 3.739 homicídios de mulheres em 2019 no Brasil, 1.314 (35%) foram
categorizados como feminicídios. Isso equivale a dizer que, a cada sete horas, uma mulher é morta pelo fato
de ser mulher. Ao analisar o aspecto vínculo com o autor, revela-se que 88,8% dos feminicídios foram
praticados por companheiros ou ex-companheiros. Assim, é comum que as mulheres estejam expostas ao
perigo enquanto são obrigadas a se recolherem ao ambiente doméstico (Vieira, Garcia & Maciel, 2020).

5: A sociedade moderna com as transmissões de mídias com programações com conteúdo totalmente voltados
a violência, sexualidade precoce tem se infiltrado dia após dia no subcontinente das famílias. Em tempos de
pandemia onde as pessoas estão aterrorizadas pelo alto número elevado de óbitos pelo coronavírus o
isolamento social tem sido uma forma de precaução, entretanto o alto índice de violência contra as mulheres
tem sido registrado durante o confinamento dos familiares. Pensar que um vírus e medidas de precauções
como isolamento social e agressões contra a mulher só foram percebidos agora é um erro fatal. Porque? A
mulher tem sido exposta aos perigos do convívio familiar muito antes da pandemia. Advindo dessa
hierarquização que impunha papeis rigidamente estabelecidos e regras explícitas para cada membro desse
grupo social, o poder patriarcal estabeleceu como característica básica a restrição ao espaço da mulher e o
poder exercido sobre ela pelo marido, chefe da casa e do engenho. A mulher estava delimitada ao poder
masculino na família e deveria reconhecer seu próprio lugar e função social.

6: Em momentos de crise atual com o a epidemia do coronavírus e isolamento social a renda financeira das
famílias tem decaído e o homem como provedor do sustento familiar fica de mãos atadas afetado no seu
íntimo. A mulher como matriarca mãe e dona do lar tem desempenhando é atribuído múltiplas funções como:
cuidar do lar, dos filhos e também tem sido obrigada a empreender para o complemento do sustento familiar.
A falta de divisão de tarefas e a restrição do isolamento social tem elevado a mulher ao estresse físico e mental
pela sobrecarga e muitas das vezes não tendo seu valor reconhecido. Muitas mulheres precisam lidar com a
frustração do cônjuge que perdeu o emprego e esse conflito entre quem está na ativa trabalhando e o homem
que está desempregado gera uma mudança de paradigma transformando a mulher em símbolo de força indo
contra os preconceitos “ mulher sexo frágil “.

7: O isolamento social como recomendação contra a contaminação do Covid-19 trouxe um olhar de


observação em relação aos cuidados higiênicos que muitas das vezes as pessoas não se importavam como
lavar as mãos independentemente de qualquer momento esse simples ato se tornou rotineiro. O uso de
máscaras está sendo em minha opinião um bom hábito que ficará sendo praticado futuramente pós pandemia.

8: Para o enfrentamento do coronavírus devemos primeiro acabar com os factoides políticos principalmente
dos principais líderes governamentais que estão fazendo barganhas e campanhas políticas para as próximas
eleições. É imprescindível que o governo federal repense em investir nas universidades públicas em pesquisa
de P&D, em ciência e tecnologia para a criação de novos instrumentos específicos a doenças infecto
contagiosas como: Covid-19, Mers e Sars doenças relacionadas a síndromes respiratórias. Será de extrema
importância que haja desburocratização das principais. Instituições parlamentares como o Senado e Câmara
dos deputados. Infelizmente o Brasil como país atrasado subdesenvolvidamente não se preparou em relação a
outros países que foram atingidos por epidemias é doenças é necessário que o Brasil concilie (PPP) parceiro
público privado para a aquisição de novas tecnologias e deixando de ser dependente de países como a China
que é a principal fabricante.de respiradores para a Covid-19.

9: A covid-19 afetou é desestabilizou os pilares sociais de convívio familiar econômico e relações


interpessoais. Sou do trabalho de serviços essenciais por ser portador de doença respiratória sou do grupo de
risco e por que motivo estou afastado do trabalho. Entretanto, as medidas restritivas estão mudando meu
cotidiano e modo de viver restrições estás que por minha visão são corretas mais muitas pessoas perderam
seus empregos e estão dependentes de auxílios governamentais como o auxílio emergencial que impõe um
sacrifício imenso para ser obtido. Em minha percepção vejo que as pessoas ficaram futuramente abaladas
nesse ano de 2020 que já mais será esquecido pelas perdas irreparáveis de vidas humanas perdidas pela falta
de infraestrutura e de agilidade por parte dos gestores públicos. Os mercadores do caos que em meio a
pandemia obtém lucros pelo superfaturamento de compra de respiradores é contratos fraudulentos
metaforicamente “ na cara de pau “. Eu lavo as mãos ao entrar em casa ao sair de casa ao tossir se transformou
em um hábito rotineiro assim como o uso de máscaras. Estou tomando todo cuidado para não ser contagiado
pois a falta de medidas como a criação de hospitais de campanha que andam a passos lentos e a falta de
médicos nas UPAS, tudo isso mostra que a falta de sensibilidade de quem gerência o país é pior que o vírus.
Referências:

A evolução histórica da violência contra a mulher no cenário brasileiro do patriarcado e a busca pela efetivação
dos direitos humanos femininos – Veja mais em
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/50534/a-evolucao-historica-daviolencia-contra-a-
mulher-no-cenario-brasileiro-do-patriarcado-a-busca-pelaefetivacao-dos-direitos-humanos-femininos.
Acessado em 17/05/2020.

Covid-19: Governo anuncia planos de testes para o país - Veja mais em


https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-05/covid-19-governo-anuncia-plano-de-testes. Acessado
em 15/05/2020.

Epicentro da pandemia na América Latina, Brasil preocupa vizinhos... - Veja mais em


https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2020/05/06/epicentro-da-pandemia-na-america-latina-brasil-
preocupa-vizinhos.htm. Acessado em 14/05/2020.

Lana, RM et al. (2020) Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional
em saúde oportuna e efetiva”. In: Cad. Saúde Pública 2020; 36(3): e00019620.

Nelson Teich pede demissão; general assume Ministério da saúde – Veja mais em
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,nelson-teich-pede-demissao,70003304091. Acessado em
15/05/2020.

Nova Zelândia venceu uma batalha contra o coronavírus, afirma prime – Veja mais em
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/04/27/nova-zelandia-venceu-uma-batalha contra-o-coronavirus-
afirma-primeira-ministra.ghtml. Acessado em 14/05/2020.

Vieira, Pâmela Rocha; Garcia, Leila Posenato & Maciel, Ethel Leonor Noia. (2020). Isolamento social e o
aumento da violência doméstica: o que isso nos revela? ”. In: Revista Brasileira de Epidemiologia, 2020; 23:
E200033.

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