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A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.

17-28)

Introdução
Rebelião é conduta ou discurso incitando a revolta contra autoridade constituída ou governo legitimo. a
rebeldia (marãh) trata-se de uma oposição que alguém faz alicerçado no orgulho.
A rebeldia pode ser praticada contra os líderes, os pais, Deus e sua Palavra.
• Filho rebelde (Dt 21.18). / • Jerusalém rebelando-se contra Deus (Is 3.8). / • Homem de Deus rebelando-se
contra Deus (1 Rs 13.26). / • Homem rebelando-se contra a Palavra do Senhor (1 Rs 13.21). / • Rebelião contra a
Palavra do Senhor (Sl 107.11). /
Os que praticam rebeldia buscam desafiar a Deus e a sua ordem (Lm 1.18)
REBELIÃO CONTRA DEUS

Proibida (Núm. 14:9; Jos. 22:19). A culpa devido à rebeldia:


Provoca a Deus (Núm. 16:30; Ne. 9:26). e agravada pelos cuidados paternais de Deus
(Isa. 1:2).
Provoca a Cristo (Êxo. 23:20,21 com I Cor.
10:9). agravada pelos incessantes convites de Deus,
para que o rebelde retorne a ele (lsa. 65:2).
Vexa ao Espírito Santo (Isa. 63:10).
Deve ser lamentada (Jos. 22:29).
Exibida:
Deve ser confessada (Lm, 1:18,20; Dan. 9:5).
Na incredulidade (Deu. 9:23; Sal. 106:24,25).
Só Deus pode perdoá-la (Nee. 9:17).
Na rejeição do governo divino (I Sam. 8:7;
15:23). A instrução religiosa. visa impedi-la (Sal.
78:5,8).
No desprezo à sua lei (Nee. 9:26).
Promessas feitas aos que a evitam (Deu. 28:1-
No desprezo aos seus conselhos (Sal. 107:11).
13; II Sam. 12:14).
Na desconfiança quanto ao seu poder (Eze,
:2 perdoada em face do arrependimento
17:15).
(Nee. ,9:26,27).
Na murmuração contra Deus (Núm, 20:3.10).
Os Ministros:
Na recusa de dar-lhe ouvidos (Deu. 9:23; Eze.
São advertidos contra ela (Eze. 2:8).
20:8; Zac.7:11).
São enviados aos rebeldes (Eze. 2:3-7; 3:4-9;
No afastar-se de Deus (Isa, 59:13).
Mar. 12:4-8).
Na rebeldia contra os lideres nomeados por
Devem advertir contra a mesma (Núm. 14:9).
Deus (Jos. 1:18).
Devem testificar contra a mesma (Isa. 30:8,9;
No afastar-se dos preceitos divinos (Dan.
Eze 17:12; 44:6).
9:5).

O questionar não é rebeldia; Exemplo João Batista


Rebelde vive em luta – O primeiro rebelde é Lúcifer; rebelde luta para permanecer no erro.
O cristão não pode ser rebelar.
Mandamento se cumpre não se questiona – eu não faço o que eu penso, aquilo que eu acho que é certo.
Mandamentos precisam ser cumpridos esse é o pensamento Judaico.
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Vivemos tempos em que as gerações são dominadas pelo sentimento de rebeldia. O que prevalece
nas universidades são pensamentos niilistas, que atacam todo tipo de valores morais e cristãos, como
também os poderes estabelecidos, pois tal ensino originou-se em Nietzsche, que pregava a independência
humana e o realizar-se em si mesmo, não aceitando o conformismo e a submissão. A rebeldia não é o
procedimento correto daquele que serve e teme a Deus.

Niet que vai falar que Deus esta morto – “O niilismo é nossa lenta caminhada em direção ao
abismo. Enquanto o niilista é o acusador: dos outros, de si, da existência, de tudo. O sacerdote, o utópico, o
sonhador, o crente, o fascista, o iludido, todos criam ficções para justificar suas acusações a este mundo e
assim tornar a vida mais (in)suportável. Pobres negadores, eles preferem querer o nada à nada querer!

A nova geração de israelitas, que sobreviveram no deserto, foi alertada a não seguir o modelo de
seus pais, que se portaram rebeldemente (Sl 78:8 e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e
rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.; Jr 5:23 Mas este povo é de
coração rebelde e contumaz; rebelaram-se e foram-se.);

Figuradamente, Israel foi comparado a uma vaca rebelde que se rebelou contra Deus (Os
4.16).
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I – DEFINIÇÃO DE REBELDIA
1.Conceito. A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por
vezes se trata de uma obstinação em excesso.
Biblicamente falando, “o termo mãrãh signica oposição a alguém motivado por orgulho:
Quando alguém tiver um lho contumaz [sarar] e rebelde [mãrãh], que não obedecer à voz de seu pai...
(Dt 21.18). O sentido aparece mais claramente em Is 3.8: Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu,
porquanto a sua língua e as suas obras são contra o SENHOR, para irritarem os olhos da sua glória.
Mais particularmente, a palavra conota uma atitude rebelde contra Deus”

2. O aspecto bíblico. Algumas passagens do Antigo Testamento, como por exemplo, Jeremias 3.23
e 31.22, apontam a nação de Israel como filhos e filhas rebeldes.

AS REBELIÕES DO POVO DE DEUS:


 Desprezo ao Maná mandado por Deus: NUM 11.1-10;
 A Rebelião de Miriã e Arão contra Moisés: NUM 12;
 O Desejo de voltar para o Egito: NUM 14;
 A Rebelião de Corá, Datã e Abirão: NUM 16;
 A Rebelião do povo em Baal-Peor: NUM 25.1,2;
 O Bezerro de ouro: EX 32;
“O Povo de Israel era tão rebelde que o profeta Oséias os compara a uma vaca rebelde”. OS 4.16;

A rebeldia psicológica não é aquele sentimento de ser contra tudo e contra todos, de rejeitar o
verdadeiro, a harmonia. Ela não é improdutiva. Na verdade, ela surge quando algumas normas sociais
são impostas arbitrariamente; esse fogo é aceso no momento em que alguém se depara com a quebra
de valores justos, bons, verdadeiros. Os psicólogos falam em dois tipos de rebeldia: a inteligente e a
destrutiva. A primeira busca questionar certas coisas procurando seu real sentido, seu ajuste, entender
o porquê de certa coisa estar sendo feita. A segunda surge de revoltas sem motivos, pautadas em
interesses próprios. São revoltas sem causas justas, visando única e exclusivamente contrariar as
pessoas.

A rebeldia no seu aspecto positivo busca resolver problemas, procura o bem do próximo, quer
uma sociedade justa, um mundo melhor. Quando uma pessoa age intencionada na defesa dos bons
princípios, de uma sociedade igualitária, de direitos iguais, pode-se dizer que, nesse parâmetro, sua rebeldia
é a de não se conformar com o que não convém, mas, sim, com o que convém; por isso ela é positiva

3. O cristão e a rebelião. A Bíblia ensina ao cristão respeitar todas as autoridades, inclusive os


líderes da igreja; jamais ser insubmisso, rebelar-se (Rm 13.1), mas tendo como dever orar por elas (1 Tm
2.1,2).

O Cristão nascido de novo não pode viver na prática da rebeldia, visto que há uma nova natureza
inserida nele: 2Co 5:17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas./ 1Pe 1:23 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas
de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.;
Sendo assim:
 O Cristão deve submeter-se e respeitar as autoridades constituídas:
Rm 13:1 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas./

Tt 3:1-2 Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes,
estejam prontos para toda boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos,
dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.

Deus é Deus de ordem, e não de desordem. Ele instituiu o governo, e não a anarquia
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.17-28)
A igreja deve ser a consciência do Estado, alertando-o sempre de seu papel. A autoridade das
autoridades possui limites. O Estado não pode ser absolutista, divinizado. Deve ser laico e jamais
interferir no foro íntimo das pessoas para escravizar as consciências. A autoridade do Estado é delegada, e
não uma autoridade absoluta.
Quatro modelos principais já foram tentados:
o erastianismo (o Estado controla a igreja);
a teocracia (a igreja controla o Estado);
o constantinismo (compromisso pelo qual se estabelece que o Estado favorece a igreja e esta se
acomoda ao Estado a fim de garantir seus favores);
e a parceria (a igreja e o Estado reconhecem e incentivam um ao outro nas distintas
responsabilidades dadas por Deus, em um espírito de colaboração construtiva).
O último parece o que melhor se encaixa no ensino de Paulo aqui em Romanos 13.

A POSTURA DO CRISTÃO:
 Não deve sujeitar-se a uma autoridade quando esta com suas regras e imposições, venha a ferir,
contradizer a Palavra de Deus e colocar em risco a Justiça social):
At 5:28-29 dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo,
enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Então,
Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.

 Mas isso não significa liberdade para usar de ataques, difamação e desrespeito para com a
autoridade)
EX: Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego

O cristão jamais deverá trilhar o caminho da rebeldia que visa destruir a harmonia, a paz, a
comunhão, dividir igrejas, colocar um crente contra o outro. Pode-se notar que as Escrituras Sagradas
destacam o respeito para com as autoridades seculares (Rm 13.1; Tt 1.3) e que jamais se deve proceder
como ímpios, que buscam criar revoltas apenas para fins particulares (Pv 17.11). Os apóstolos Pedro e Judas
falam daqueles que são dominados pelas paixões infames da carne e não temem desrespeitar qualquer
autoridade (2 Pe 2.10; Jd 1.8)

Toda a autoridade vem de Deus. Aqueles que exercem autoridade devem também estar debaixo de
autoridade. Os apóstatas se colocavam acima das Escrituras e dos apóstolos (Judas v. 8).

Observa que a palavra “difamam”, em Judas 8 e 10, tem o mesmo sentido de “blasfêmia”. A
blasfêmia vai muito além de tomar o nome de Deus em vão, apesar de ser essa a sua essência. Uma pessoa
blasfema de Deus quando toma sua Palavra levianamente e até zomba dela, ou quando desafia a Deus
deliberadamente ao julgar a sua Palavra (Sl 73.9,11).

Toda autoridade - seja do lar, da igreja ou do Estado — procede de Deus. Os que exercem
autoridade devem, antes de tudo, estar sujeitos à autoridade. Mas os falsos mestres rejeitam a doutrina de
Deus e se estabelecem como autoridade de si mesmos.

Destaca os atos desses homens ímpios, usando três verbos: contaminar, rejeitar e maldizer (v. 8). O
pecado de contaminação está ligado aos atos homossexuais mencionados no versículo 7; o pecado de
rejeição é semelhante ao da rebelião dos anjos (v. 6); e o pecado de difamação é equivalente à incredulidade
dos israelitas no deserto (v. 5).*
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.17-28)

II. A REBELDIA DE SAUL


Não Cumpria a Ordem Divina

RAÍZ DA REBELDIA DE SAUL:


A VITÓRIA SOBRE OS AMALEQUITAS:
 Após vencer os Amalequitas, Saul age com orgulho como se a Vitória fosse conquistada por ele
e não pelo Senhor.
Mandou fazer um monumento em honra a si mesmo:
1Sm 15:12 Madrugou Samuel para encontrar a Saul pela manhã; e anunciou-se àquele: Já chegou
Saul ao Carmelo, e eis que levantou para si um monumento; e, dando volta, passou e desceu a Gilgal.;(ele
queria a Glória da vitória para si mesmo, queria ver seu nome exaltado);
“O Orgulho é um fator determinante para o pecado de Rebelião”
SAUL ERA DESOBEDITENTE:
 Havia uma ordem Divina a ser cumprida: I SAM 15.1-7
(A Razão de Deus mandar aniquilar com os Amalequitas é uma consequência de quando os
Israelitas saíram do Egito e os Amalequitas os atacaram em Refidim: EX 17.8-14/DT 25.17-19);
 Saul vence a guerra, mas não obedeceu á ordem de Deus:
I SAM 15.8,9:(Essa atitude deixou Deus arrependido, e o próprio Deus comunica isso a Samuel, e
este fica triste): I SAM 15.10,11

Lendo os versículos 15-21, pode-se perceber facilmente que Saul não era um líder. Sua escolha
veio do povo, não de Deus, que o conhecia muito bem. Deus só coloca na sua obra líderes de verdade, que
estejam prontos a obedecer-lhe. Saul era um escravo do povo. Suas decisões não eram pautadas com boa
base de liderança. Observe que, ao ser repreendido, ele lança a culpa sobre o povo, assim como fez Adão,
Eva, Arão (Gn 3.12; Êx 32.22).
Por não obedecer à ordem de Deus, poupando o melhor dos despojos dos amalequitas e Agague, o
Senhor desaprovou o reinado de Saul, que seria mais e mais decadente dali em diante. Observe que Saul era
um rei cheio de vaidade e autoconfiante. Ao ser perguntado por Samuel se havia cumprido o que Deus
tinha determinado, ele prontamente diz que sim. Nesse particular, nota-se que ele não tinha
verdadeiro temor e conhecimento do Senhor; daí o grande motivo de seu fracasso.
Está claro no texto que, sendo Saul pequeno, Deus exaltou-o, ou seja, deu lhe o trono. Todavia,
diante de tamanha bondade do Senhor para com Saul, ele sempre continuava desobedecendo, não ouvindo
sua voz. Quando Samuel repreende Saul, ele apresenta suas argumentações sem base, e o profeta apenas lhe
diz que o obedecer é melhor do que qualquer sacrifício
Os 6:6 Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que
holocaustos.
Sl 50.14 Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o
Altíssimo;
Is 1:11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o SENHOR. Estou
farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de
novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.

O Arrependimento de Deus em Relação a Saul


1Sm 15:10-11 Então, veio a palavra do SENHOR a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver
constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se
contristou e toda a noite clamou ao SENHOR.

Deus se arrependeu de ter colocado Saul como Rei.


Mas como assim, Se a Bíblia Diz que Deus não se arrepende? NUM 23.19.
Para entender isso é preciso entender o que é:
O ARREPENDIMENTO DO HOMEM:
 Sentimento de tristeza e pesar por um erro cometido;
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.17-28)
(Deus não erra);
O ARREPENDIMENTO DE DEUS:
 Mudança nos planos e propósitos de Deus em relação a alguém, por causa de atitudes desse
alguém: EX: GN 6.7/II SAM 24.16/JON 3.10;
”Foi esse o arrependimento de Deus em relação a Saul”.

Na expressão do versículo 11, tratando do arrependimento de Deus em ter posto Saul como rei, o
que se deve entender é que tal conotação não tem ligação semelhante com o arrependimento humano (1 Sm
15.29). Por não ser obediente, Deus levantaria outro homem, que seria novamente instrumento para
cumprir os propósitos divinos.
No hebraico, a expressão “arrependo-me” é nacham, que quer dizer “sentir muito, lamentar”.
Quando aplicada a Deus, fala tão somente de mudança de planos com respeito aos agentes humanos. Diante
de tudo o que havia feito de não obedecer à Palavra, Saul não percebia o tamanho e a gravidade do mal que
ele cometera, o que foi relatado por Samuel.
Nesse diálogo, surgem dos lábios de Samuel não apenas verdades que feriram grandemente o
coração de Saul, mas ele deixa claro que, mais do que qualquer sacrifício, o que Deus deseja de um
devoto sincero é obediência.
Saul é rejeitado como líder do povo de Deus porque rejeitou a sua Palavra.
Quem não obedece à Palavra do Senhor já foi rejeitado por Ele há muito tempo; Ele já tem outro
melhor para a sua obra.
É sempre bom lembrar que a melhor devoção é aquela que vem do coração, e não das
cerimônias externas, cheias de formalismo. Quem é transformado interiormente pelo poder da Palavra de
Deus exterioriza isso na prática obedecendo. Saul não obedecia como deveria porque não sabia os valores
espirituais que estavam por trás de tudo quanto Deus exigia.

O Pecado de Rebelião e Feitiçaria


O pecado da rebelião é descrito como algo sério pelo fato de tratar-se de um levante contra
Deus, sendo, nesse sentido, tão nocivo como a feitiçaria, que, no hebraico, é qecem, adivinhação. Trata-
se de magia com que se usam alguns tipos de palavras para invocar demônios ou espíritos para prever o
futuro e controlar pessoas (Gl 5.20). Quem praticasse a rebelião era como se estivesse cometendo o pecado
de apostasia, pois buscar a feitiçaria era negar a pessoa do Deus supremo, sua autoridade, colocando, assim,
outros poderes em seu lugar.
Em relação à obstinação, do hebraico patsar, no hifil, que é causativo, trata-se de demonstrar
arrogância, insolência, presunção; assim, ela também é tão nociva quanto os cultos que se fazem a
ídolos, do hebraico ´awen. Quem pratica a idolatria está cometendo um grande pecado, pois substitui o
Deus verdadeiro por um falso, o que também é um tipo de apostasia. Na feitiçaria, o que se tem é o
reconhecimento de poderes sobrenaturais; quem a pratica despreza o poder de Deus. Na rebelião, a pessoa
nega a autoridade divina.

A QUALIFICAÇÃO DO PECADO DE SAUL:


O Senhor caracterizou a rebeldia de Saul como pecado de Feitiçaria: I SAM 15.22,23. Porquê?
• A Feitiçaria busca roubar a Glória de Deus por meio de seus atos de “poderes “ao querer
tomar o lugar de Deus:(A Rebeldia de Saul indicava que ele estava tomando o lugar de Deus como se as
regras da guerra fossem criadas por ele, porfiando, competindo com Deus a glória que só a Deus pertence):
Is 42:8 Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a
minha honra, às imagens de escultura.;
• Enganou a si mesmo quando quebrou princípios Divinos ao achar que Deus aceitaria como oferta
elementos da sua desobediência 1 SAM 15.21-22;

E assim os leitores fazem perguntas a si mesmos. Talvez, como Saul, eles tenham ido longe demais.
Será que também podem ser rejeitados por Deus?
Mas a história de Saul não tem a finalidade de nos amedrontar. Ela está na nossa Bíblia para
nos encorajar. E para nos ensinar a maneira como evitar a armadilha em que caiu o primeiro rei de
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.17-28)
Israel. O problema básico de Saul era o fato de que ele não estava disposto a confiar em Deus, e julgava
impossível obedecê-lo. Saul teve medo quando confrontado por um grande exército de filisteus (1 Sm 13).
Ele esqueceu-se de que Deus era capaz de salvar.
Não tendo confiado que Deus iria agir naquela situação terrível, Saul desobedeceu ao Senhor.
Quando lemos esta última história, Saul já tem medo do seu próprio povo. Mais uma vez, o
medo de Saul se origina de uma falta de confiança, e se expressa na incapacidade de obedecer ao Senhor.
A única coisa que destruiu a vida de Saul e o seu futuro, foi a sua incapacidade de confiar em
Deus, expressa na sua desobediência. Isso é tão encorajador na história de Saul. A medida que a
lemos, compreendemos a questão principal na vida espiritual.
A história de Saul nos ensina que a única coisa que devemos fazer é confiar em Deus, e que a
confiança irá nos libertar, para que possamos obedecer.
Quando você ou eu sentirmos medo ou pânico, é o momento de fazer uma pausa e nos lembrarmos
de quem é o nosso Deus. Pensar na sua grandeza. Recordar o seu poder. Meditar sobre o seu amor. Quando
conservamos nossos corações fixos em quem Deus é, nós nos entregamos a Ele. E obedecemos.

Aplicação Pessoal
A confiança em Deus nos liberta para obedecer. E a obediência nos protege do destino de Saul.
Citação Importante “Aquele que não é capaz de obedecer, não é capaz de comandar.” — Benjamin
Franklin
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS (1 Sm 15.17-28)

III. SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS


Não Sabia Esperar
Logo que Saul é coroado, não demora para que ele seja provado por Deus. Esse teste divino tinha
como objetivo provar sua confiança, ou seja, se ela estava em Deus ou nos recursos do mundo. Jônatas, filho
de Saul, tinha lançado um ataque sobre os filisteus e agora eles vinham contra Israel (1 Sm 13.4,5). A ordem
de Samuel era que Saul esperasse antes de lançarem-se à batalha, mas, sete dias depois, não chegando o
profeta, Saul ficou sem controle, em estado de pânico, temendo que seus soldados abandonassem-no.
Assim, ele desrespeita o que Samuel havia falado e logo oferece sacrifício a Deus, preparando tudo
para a batalha. Não demorou para que Samuel chegasse e denunciasse seu pecado (1 Sm 13.10).
A desobediência de Saul ataca seriamente sua vida; na verdade, o trono, pois o Senhor diz que
tiraria dele o governo e que o daria a um homem melhor, Davi, que seria segundo o seu coração (1 Sm
13.14). Nunca é bom desobedecer, ser impaciente, mas esperar com paciência (Sl 40.1), pois a impaciência,
o ato de não saber esperar, pode custar caro para nossa vida.

Na obra de Deus é preciso capacidade para esperar o salmista esperou com paciência
Sl 40:1 Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando
clamei por socorro.
Não podemos ultrapassar os limites impostos por Deus

Saul: O Rei Rejeitado


Deus é maravilhoso, bondoso, misericordioso. Ele concede ao rei Saul mais uma chance para
que pudesse demonstrar mudança de vida, de atitude, evidenciando isso por meio de sua total e plena
confiança em Deus. É isso que o capítulo 15 diz. Como já dito, ele recebeu a ordem de matar os
amalequitas por completo, que seria um tipo de oferta para Deus, mas, novamente, ele volta a desobedecer
ao comando de Deus, escolhendo aquilo que achava ser melhor para o Senhor.
Samuel repreende Saul severamente pelo pecado cometido outra vez, como já era de costume. Saul
não se arrepende, mas apresenta seus subterfúgios, suas evasivas, buscando desculpar-se, justificar-se,
afirmando que tinha separado o melhor para Deus. O profeta diz a ele que o Senhor, mais do que qualquer
sacrifício, quer obediência.
Saul passa a ser um rei rejeitado porque se tornou presunçoso, arrogante, rebelde, que não
ouvia a voz de Deus. Consciente e propositalmente, ele não atentou para tudo quanto o Senhor falou,
preservando a vida humana e dos animais, enquanto Deus havia dito para destruir tudo.

O Sucesso não é somente ser separado para um cargo mas na obediencia a Palavra de Deus

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