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23/05/2023, 18:36 CONAMP - Associação Nacional dos Membros do Mínistério Público - CNMP aprova a Política de Segurança Institucional do Ministério

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CNMP aprova a Política de Segurança Institucional


do Ministério Público
15 Dez | 2016

Em sessão realizada no dia 13 de dezembro, o Conselho Nacional do Ministério


Público (CNMP) aprovou proposta de resolução que institui a Política de
Segurança Institucional e o Sistema Nacional de Segurança Institucional do
Ministério Público. O Plenário seguiu, por maioria, o voto-vista do conselheiro
Fábio Stica.

Membros da diretoria e do conselho deliberativo da CONAMP acompanharam a


sessão.

A proposta foi apresentada pelo presidente do Conselho, Rodrigo Janot, e


relatada pelo então conselheiro Jeferson Coelho, cujo mandato se encerrou no
dia 12 de agosto de 2015. Após a redistribuição, o processo passou à relatoria do
conselheiro Otavio Brito.

Em seu voto-vista, o conselheiro Fábio Stica afirmou que os riscos a que se


encontram expostos o Ministério Público e seus membros exigem do CNMP a
implantação de uma política de salvaguarda institucional, com a criação de um
Sistema Nacional de Segurança Institucional que seja capaz de garantir o
exercício pleno e livre das atividades desenvolvidas pelos seus integrantes, bem
como o controle das vulnerabilidades em torno da informação e seus sistemas.

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Stica explicou que suas sugestões foram feitas sem ferir a substância da
proposta apresentada pelo conselheiro Jeferson Coelho e com o objetivo de
aperfeiçoá-la. Entre as alterações sugeridas, consta a que inclui os membros
inativos do Ministério Público, inclusive familiares, na proteção integral, sempre
que o risco for decorrente do exercício da atividade funcional.

Além disso, foi prevista a possibilidade de a segurança de pessoas ser executada


mediante cooperação ou solicitação aos respectivos órgãos, por outros
servidores, policiais, militares e/ou empresas especializadas.

Em relação ao acesso às instalações do Ministério Público, o texto estabelece


que cada ramo do MP poderá expedir atos para restringir o ingresso e a
permanência de pessoas em suas áreas e instalações, desde que
justificadamente e, em especial, de pessoas armadas.

Outra determinação da proposta aprovada é que as instituições com as quais o


Ministério Público compartilhe informações sensíveis ou sigilosas possuam
normas e instrumentos voltados à preservação do sigilo de dados e informações
sensíveis, inclusive por meio de sistema de credenciamento de segurança.

Quanto à avaliação de risco, o Ministério Público deverá conduzir o processo


para determinar as necessidades de proteção, monitorar as situações de risco e
acompanhar a evolução de ameaças, procedendo, sempre que preciso, às
modificações para ajustar as medidas de proteção, sendo obrigatória a
reavaliação do cenário de risco a cada seis meses, devendo as pessoas
abrangidas adequarem-se aos protocolos de segurança estabelecidos pela
instituição, sob pena de serem desligadas do programa.

A proposta também estabelece a composição e as atribuições do Sistema


Nacional de Segurança Institucional do MP: Comissão de Preservação da
Autonomia do Ministério Público (CPAMP); Secretaria Executiva de Segurança
Institucional (SESI); Comitê de Políticas de Segurança Institucional (CPSI);
membros coordenadores da segurança institucional dos ramos do Ministério
Público da União e dos Ministérios Públicos dos Estados.

Outra questão abordada é a proteção à segurança dos conselheiros e dos


servidores do CNMP. De acordo com o texto, o Conselho cuidará da segurança
dos conselheiros, inclusive após o término do mandato, e de seus servidores,
inclusive familiares, quando houver risco decorrente do exercício funcional.
Importante destacar que será obrigatória a reavaliação do risco a cada seis
meses.

Foi incluído na proposta, também, artigo segundo o qual a atividade de


segurança institucional do MP será coordenada, fiscalizada e controlada por
membro do Ministério Público especificamente designado como coordenador
da área por ato do procurador-geral do respectivo ramo, sob as diretrizes do
CNMP.

Por fim, o texto faz alusão a parcerias do CNMP e dos ramos do Ministério
Público com a Polícia Federal, com a Polícia Rodoviária Federal, com a Polícia
Estadual, entre outros órgãos afins, de natureza policial, de segurança ou de
inteligência. A medida possibilitará a celebração de termos de cooperação para
a realização, anualmente, de cursos sobre segurança institucional, com ênfase
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em inteligência e contrainteligência, planejamento de operações, crime


organizado, grupo de extermínio, estatuto do desarmamento, armamento e tiro,
técnicas e equipamentos menos letais, entre outros.

Regulamentação do plantão

Foi aprovada ainda proposta de resolução que fixa diretrizes para a organização
de funcionamento do regime de plantão nas unidades do Ministério Público da
União e dos Estados. A proposta foi apresentada pelo corregedor nacional do
MP, Cláudio Portela, e relatada pelo conselheiro Fábio Stica.

O artigo 1º estabelece que o MPU e o MP dos Estados funcionarão em regime


de plantão permanente nos dias em que não houver expediente normal para
atendimento das matérias urgentes assim definidas por lei ou por ato da
Administração Superior das respectivas instituições. Por sua vez, o artigo 3º
determina que, no prazo de 90 dias, o MPU e o MP dos Estados adaptarão, no
âmbito de suas atribuições, as respectivas normas às diretrizes estabelecidas na
resolução.

O corregedor nacional do MP, Cláudio Portela, explicou que a obrigatoriedade


da atuação ininterrupta do Ministério Público é decorrência da previsão do
artigo 93, XII, combinado com o artigo 129, § 4º, da Constituição Federal. “Desse
modo, a implantação de um modelo eficiente de regime de plantões por parte
das unidades do MP não se sujeita à discricionariedade do gestor público, mas
surge com base em uma exigência constitucional. Mais do que isso, traduz uma
condição necessária à garantia do pleno acesso à Justiça e à efetiva tutela dos
direitos, especialmente quando houver urgência na prestação da atividade”,
destacou Portela.

O conselheiro Fábio Stica destacou que louva a iniciativa do corregedor


nacional do MP em propor o estabelecimento de uma normatização unificada
com parâmetros mínimos de qualidade da atuação ministerial, “preservando a
autogestão de cada unidade do Ministério Público brasileiro, buscando o
regular andamento dos trabalhos, sem prejuízos à sociedade”.

Com informações do CNMP

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