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Orientador:
Prof. Dr. Carlos Roberto Lyra da Silva
Coorientadora:
a a
Prof. Dr. Joanir Pereira Passos
Rio de Janeiro - RJ
Fevereiro de 2023
DURVAL DINIZ RAIMUNDO
Orientador:
Prof. Dr. Carlos Roberto Lyra da Silva
Coorientadora:
Prof.a Dr.a Joanir Pereira Passos
Rio de Janeiro - RJ
Fevereiro de 2023
Catalogação informada pelo(a) autor (a)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Banca Examinadora
_______________________________________
Prof. Dr. Carlos Roberto Lyra da Silva – UNIRIO
Presidente
_______________________________________
Prof.a Dr.a Joanir Pereira Passos – UNIRIO
Coorientadora
________________________________________
Prof. Dr. Daniel da Silva Granadeiro – UNISUAN
1º Examinador
___________________________________________
Prof.a Dr.a Renata da Silva Hanzelmann – UNI São José
2º Examinador
___________________________________________
Prof. Dr. Carlos Magno de Carvalho – UNIRIO
3º Examinador
__________________________________________
Prof. Dr. Paulo Sérgio Marcellini – UNIRIO
4º Examinador
__________________________________________
Prof.a Dr.a Aline Ramos Velasco – Ministério da Saúde
Suplente
_____________________________________________
Prof.a Dr.a Clenya Rejane Barros de Lima – UERR
Suplente
Seja-lhe como a veste que o cobre, como um cinto que o cinja para sempre.
Esta, a paga do Senhor àqueles que me acusam e que só dizem mal de mim.
Mas vós, Senhor Deus, tratai-me segundo a honra de vosso nome.
Salmo 108; v.19, 20 e 21.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos excelentes profissionais dos Hospitais: Hospital Universitário
Graffée e Guinle (HUGG), Clínica São Vicente da Gávea e do Hospital Copa Star / RJ que lutam
dia após dia, ao longo dos anos, para qualificar o processo de trabalho com excelência no cuidar
do ser humano.
Ao amigo e professor da Universidade Salgado de Oliveira / UNIVERSO, Prof. MST
Robson Damião.
Aos primos e amigos: Tiago, Lene, Alexandre, Emanuelle Velasco, “Galego” Velasco,
Fernanda, Amanda, Gabriela, Anabel, Dorival, Gelson, Roberta Oliveira, Ronan, Vanessa,
Eduardo Faria, Elida da Costa Faria, Eneida Faria, Eliane da Costa, Alex “cabeça”, Rose
Eduardo “more”, Tobias, David, Thompson, Flávio, Jailson Cavalcante, Lucas, Pedro Lucas
“genro”, Mirian Martha, Luzimar de Moura, Madalena, Aline Thomaz da Conceição Lucena,
Mónica Montuano, Lana Pianor, Rosemeri Pianor, Roseni (cunhada), Nicolas (sobrinho),
Ronaldo Sampaio e Andreia Aires “Déia, Dedéia e Deinha”.
Aos amigos, professores da Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac / USC, Dr.ª
Milda Izaac Telles, Jorge Thadeu e Élida C. Bonzon.
As enfermeiras, enfermeiros, fisioterapeutas, professores e administradores do nosso
grupo de estudo PENSAT da UNIRIO, em especial: Érika Almeida Alves Pereira, Renata
Hanzelmann, Flávia Lugão, Giovana Vieira, Claudia Barbastefano, Daniel Granadeiro, Juliane
Ferreira, Aline Velasco, Aninha, Érica “INTO”, Mônica, Ronan, Rosangela, Suelen, Vanessa,
Sandra Solange, Paloma, Thereza, Thayssa, Maithê, Renato Tonole, Nadyra, Marta, Land Mary,
Robson Bessa e Josenaldo. Muito grato a vocês!
Ao orientador Prof. Dr. Carlos Roberto Lyra da Silva um agradecimento especial por ter
compreendido minha luta pela vida e como diz o meu amigo professor Dr. Leonardo Boff – “Viva
o cuidado que salva a vida”.
À coorientadora e amiga que juntos nos emocionarmos e nos alegramos com o “Grupo
PENSAT”: Prof.ª Dr.ª Joanir Pereira Passos.
Aos administrativos da secretaria da UNIRIO: Fabiana Lima e Rachel Magioni.
Aos membros da banca examinadora: Dr. Carlos Roberto Lyra da Silva, Dr.ª Joanir
Pereira Passos, Dr. Daniel da Silva Granadeiro, Dr.ª Renata da Silva Hanzelmann, Dr. Carlos
Magno de Carvalho, Dr.ª Aline Ramos Velasco, Dr. Paulo Sérgio Marcellini e Dr.ª Clenya Rejane
Barros de Lima.
Aos filhos; Juliana Pereira Diniz Raimundo, Rafael Ribeiro Diniz Raimundo, Maria Flor
Ribeiro Diniz Raimundo, minha netinha Maitê, minha namorada e companheira Bianca da Silva
Dias, que me apoiou nos momentos mais difíceis e nos momentos de alegria durante o
preparatório para cursar o doutorado, ao meu irmão Marcelo Diniz Raimundo.
Aos grandes amigos: Ricardo Guimaraes Estrela “Patropí”, Alexandre Raymundo dos
Santos, Aline Thomaz da Conceição Lucena, Cristiane Pastor dos Santos e Luzimar de Moura,
que me ensinam a cada dia o valor de uma verdadeira amizade.
Aos meus pais Maria José Diniz Raimundo e Durval Raimundo, minha eterna sogra
Jacira Andrade Ribeiro, minhas tias Maria da Conceição, Aquiléia dos Santos “Vera”, Maria da
Costa Faria e meus tios Hélio e Moacir Eugenio. Ao amigo e irmão Gabriel Pianor. Um
agradecimento em especial a nossa eterna amiga da Faculdade de Enfermagem Alfredo Pinto -
UNIRIO: Sr.ª Maria da Guia. Estes “estrelados” que não estão mais presentes neste mundo, mas
atuando como anjos entre nós. Uma prova disso foi eles terem enviado durante a pandemia de
covid-19 entre os anos de 2020/22 os 10 (dez) anjos que numa certa ocasião chegaram ao ponto
de “matar a minha fome” e até mesmo evitar o pior em minha vida: Sr.° Mozar, seu “Zé - Zeca”,
dona “Julia”, Tarciso, Emanuelle Velasco, Alex Cabeça, Deise, Paulinho e Soraia.
Muito obrigado!
AGRADECIMENTOS
No que diz respeito ao ruído hospitalar, trata-se de uma exposição a eventos de vida estressores
que possibilita o surgimento de sintomas e transtornos de ansiedade em geral, onde o estresse
causado pelo alto nível de incômodo proveniente do ruído é considerado como doença, que tem
motivado pesquisadores a estudá-lo e a desenvolver estratégias para a sua redução, e conhecer
essa produção científica contribui para o preenchimento de uma lacuna existente na literatura
sobre o assunto, cooperando para um direcionamento de pesquisas sobre tecnologias geradoras de
ruído ocupacional em ambientes internos de Unidades de Cuidados Intensivos. O objetivo geral da
pesquisa foi caracterizar a produção científica sobre tecnologias geradoras de ruído ocupacional
em ambientes hospitalares intensivos no período de 1976 a 2022 na base de dados Scopus. Trata-
se de pesquisa com abordagem de métodos mistos, de caráter descritivo e exploratório, e como
meios de investigação aplicou-se a análise bibliométrica e cientométrica com a utilização do
software RStudio e sua interface web Biblioshiny. Obteve-se como resultados 206 documentos
que abordavam sobre o tema. Constatou-se que parcela considerável das pesquisas neste campo
tem origem nas áreas de Medicina e Engenharia e foram identificados os periódicos, artigos e
autores mais devotados ao longo de 46 anos, sendo rastreada as redes de colaboração, cocitação e
coocorrência com indicadores bibliométricos que apontaram a utilização da literatura científica na
área de Saúde sobre o tema e a sua aproximação com a área da Biociência, fornecendo um
direcionamento para futuros estudos. Esta pesquisa evidenciou também, que a produção científica
sobre tecnologias geradoras de ruído ocupacional em ambientes internos em unidades de cuidados
intensivos é um tema (re) emergente, identificando o grande potencial de aplicações que
proporcionam soluções para os efeitos do ruído hospitalar e tem motivado pesquisadores que
fizeram parte do corpus desta pesquisa, porém, não foi possível identificar uma rede de
colaboração científica consolidada sobre o tema.
With regard to hospital noise, it is an exposure to stressful life events that allows the appearance
of symptoms and anxiety disorders in general, where the stress caused by the high level of
annoyance resulting from the noise is considered as a disease, which has motivated researchers to
study it and develop strategies for its reduction, and knowing this scientific production contributes
to filling a gap in the literature on the subject, cooperating to direct research on technologies that
generate occupational noise in indoor environments of Intensive Care Units. The general objective
of the research was to characterize the scientific production on technologies that generate
occupational noise in intensive hospital environments from 1976 to 2022 in the Scopus database.
This is a research with a mixed methods approach, of a descriptive and exploratory nature, and as
means of investigation, bibliometric and scientometric analysis was applied using the RStudio
software and its Biblioshiny web interface. As a result, 206 documents were obtained that dealt
with the subject. It was found that a considerable portion of research in this field originates in the
areas of Medicine and Engineering and the most devoted journals, articles and authors were
identified over 46 years, tracking the collaboration networks, co-citation and co-occurrence with
bibliometric indicators that pointed out the use of scientific literature in the area of Health on the
subject and its approximation with the area of Bioscience, providing a direction for future studies.
This research also showed that the scientific production on technologies that generate
occupational noise indoors in intensive care units is a (re)emerging theme, identifying the great
potential of applications that provide solutions to the effects of hospital noise and has motivated
researchers that were part of the corpus of this research, however, it was not possible to identify a
consolidated scientific collaboration network on the subject.
LISTA DE GRÁFICOS
Quadro 1 – Limite de níveis de pressão sonora em função dos tipos de áreas habitadas em
ambiente hospitalar e industrial / United States Environmental Protection Agenc – USEPA e pela
Organização Mundial da Saúde –
OMS ...........................................................................................38
Quadro 2 – Medição do nível médio de pressão sonora de alguns
equipamentos............................47
Quadro 3 – Cálculo do nível médio de pressão sonora de cada Unidade
hospitalar.........................47
Quadro 4 – Comparação das aplicações dos distintos métodos
quantitativos..................................64
Quadro 5 – Lista das 16 ferramentas analisadas por de Moreira, Guimarães e Tsunoda
(2020) ......76
Quadro 6 – Comparativo entre as 4 ferramentas selecionas na pesquisa de Moreira, Guimarães e
Tsunoda (2020) ...............................................................................................................................76
Quadro 7 – Conjunto de análises disponíveis no Biblioshiny
Autores............................................79
Quadro 8 – Principais funções da bibliometrix associadas a analise bibliométrica e
cientométrica...................................................................................................................................81
Quadro 9 – Estrutura da relação campo por tipo de dados do
Bibliometrix.....................................82
Quadro 10 – Lista de elementos de um objeto Bibliometrix e sua
descrição...................................83
Quadro 11 – Esquema do percurso
metodológico ..........................................................................85
Quadro 12 – Categorias e indicadores contemplados por esta
pesquisa..........................................89
Quadro 13 – Principais informações resumidas sobre a coleção de documentos
recuperados.........91
Quadro 14 – Distribuição da quantidade de palavras nas 3 zonas de
zipf........................111
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Tabela Clássica de
Bradford..........................................................................................94
Tabela 2 – Zonas, Multiplicador e média do Multiplicador de
Bradford.........................................98
Tabela 3 – Média de citações por artigo, ano e anos
citáveis............................................................98
Tabela 4 – Métricas "h", "g" e "m" index das
fontes......................................................................100
Tabela 5 – Produtividade do Autor aplicando a da Lei de
Lotka....................................................105
Tabela 6 – Os 10 Autores mais relevantes com citação na
Scopus.................................................106
Tabela 7 – Autores mais relevantes com no mínimo h index =
2....................................................107
Tabela 8 – Instituições com pelo menos 5
publicações..................................................................108
Tabela 9 – Colaboração autor correspondente por
país.................................................................109
Tabela 10 – Documentos mais citados no mundo
todo..................................................................110
Tabela 11 – Zona 1 de
Zipf............................................................................................................111
Tabela 12 – Quantitativo de palavras contidas nos
resumos..........................................................112
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................17
Objeto de estudo ........................................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................20
1.1 Contextualização ..............................................................................................................20
1.2 A Problemática do Estudo................................................................................................24
1.3 OBJETIVOS......................................................................................................................30
1.4 A Tese...............................................................................................................................30
1.5 Justificativa da pesquisa...................................................................................................31
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................32
2.1 Ruídos Ambientais na Rotina Laboral Hospitalar...............................................................31
2.2 Acústica e Som..................................................................................................................34
2.3 O Ruído Propagado............................................................................................................39
2.4 Efeitos do Ruído na Saúde Humana no Contexto Hospitalar...............................................44
2.5 Barreiras e Painéis Acústicos para Sons que Podem Tornar-se Incomodativos no Ambiente
Hospitalar...................................................................................................................................... 48
2.6 Dimensionamento de Barreiras Acústicas.............................................................................50
2.7 Condicionamento Acústico de Hospitais...............................................................................53
2.8 Ruído Hospitalar.................................................................................................................... 55
2.9 Variáveis de Situação de Saúde / Comportamentais (cognição) Associados aos Ruídos no
Ambiente Hospitalar..................................................................................................................... 57
2.9.1 Afecções Casualmente Relacionadas à Exposição Prolongada ao Ruído com Efeitos Físicos,
Fisiológicos e Psicológicos (determinadas e codificadas segundo o CID – 10) ..........................58
2.9.1.1 Principal Afecção Casualmente Relacionadas à Exp. Prolongada ao Ruído com Efeitos
Físicos........................................................................................................................................... 59
2.9.1.2 Afecções Casualmente Relacionadas à Exposição Prolongada ao Ruído com Efeitos
Fisiológicos................................................................................................................................... 60
2.9.1.3 Afecções Casualmente Relacionadas à Exposição Prolongada ao Ruído com Efeitos
Psicológicos ................................................................................................................................. 60
2.9.2 Métricas.................................................................................................................................62
2.9.3 Bibliometria e Cientometria ..................................................................................................65
2.9.4 Indicadores Bibliométricos e Cientométricos .......................................................................69
2.9.4.1 Leis de Lotka Bradford; Zipf, Elitismo ..............................................................................69
2.9.4.2 Citações e Redes Científicas ..............................................................................................71
2.9.4.3 Software para Auxílio nas Análises ...................................................................................75
2.9.4.4 Rstudio, Bibliometrix, Biblioshing ................................................................................... 77
3 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................84
3.1 Tipo de Estudo..................................................................................................................84
3.2 Técnica e Coleta de Dados...............................................................................................85
3.2.1 Escolha da Base de Dados ............................................................................................86
3.2.2 String de Busca e Definição do Corpus de Análise ......................................................87
3.3 Análise e Tratamento dos Dados......................................................................................88
3.4 Aspéctos Éticos da Pesquisa ............................................................................................90
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................97
4.1 Coleção de Dados Recuperados ........................................................................................90
4.2 Análise das Fontes ............................................................................................................92
4.3 Discussão dos resultados..................................................................................................118
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................119
REFERÊNCIAS....................................................................................................................120
APÊNDICE A........................................................................................................................140
17
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
ruído com o incómodo que estas causam. A sensibilidade ao ruído diz, assim, respeito
ao estado interno de qualquer indivíduo que aumenta o seu grau de reação ao ruído em
geral (JOB, 1999).
A sensibilidade pode ser vista como a variável independente e estar
relacionada diretamente com os resultados, como por exemplo o estado de saúde, ou
ser reconhecida como um fator que modifica ou que influencia os resultados obtidos
sobre a exposição ao ruído (SMITH, 2003).
Categoricamente, Matos (2019) explica que a qualidade sonora é uma das
características fundamentais para a Paisagem Sonora, pois envolve a percepção das
pessoas em relação ao ambiente em que estão inseridas, e é influenciada por vários
fatores, como:
A tal ponto tornamos as coisas assim difíceis para nós mesmos que a poluição
sonora vem aumentando exponencialmente com o passar dos anos, com fontes sonoras
estáticas e simultâneas em ambientes abertos e fechados, caracterizando-se do ponto
de vista de Safatle et al., (2018, p. 9) como uma modalidade de sofrimento produzida
pela sociedade, sendo o evento sonoro social considerado adverso à saúde dos
trabalhadores, dada sua inconformidade com o ambiente de trabalho dispensado ao
tratamento do paciente.
Por outro lado, Fernandes e Michaoski (2015, p. 2), definem o evento sonoro
como um dos vários desafios ambientais e sociais que surgem na atualidade, incluindo
a lógica produtiva de sofrimento dos envolvidos, que cessaria com a utilização de
23
2
Reverberação (R): Em acústica, define-se R como a persistência do som no ambiente. Ela é parametrizada pelo
Tempo de reverberação (TR): É o tempo de permanência do som no ambiente após cessada sua fonte (medidos em
segundos) (L. BERANEK, 1969).
3
A persistência sonora é o mínimo intervalo de tempo necessário para que o ouvido humano faça a distinção entre
sons emitidos por fontes sonoras diferentes (SILVA JÚNIOR, 2020).
24
Junto com o processo de expansão foi criada a primeira UTI no ano de 1926
em Boston pelo Dr. Walter Dandy. A enfermeira britânica Florence Nightingale
também merece destaque haja vista que foi a primeira a colocar em prática a ideia de
classificação e ambiente dos pacientes, sendo que os mais graves careciam de mais
atenção estando a equipe de enfermagem atento à eles (SCHLINZ, 2016).
Na década 70, as unidades de terapia intensiva foram implantadas no Brasil
através da rápida difusão e produção de equipamentos e fármacos, fortalecendo o setor
de saúde como um novo setor industrial (BARRA et al., 2009).
Conforme Resolução Nº 2.271, de 14 de fevereiro de 2020, publicada pelo
Conselho Federal de Medicina (2020, p.2), em seu artigo 5º, determina “que cabe ao
médico a responsabilidade ética e técnica quanto às decisões concernentes ao
diagnóstico e tratamento realizados nos pacientes internados nas UTI/UCI.” As UCI
também se classificam conforme o tipo de paciente, sendo: neonatal, pediátrico ou
adulto, uma outra classificação agregada é o nível de atenção ou complexidade. A UCI
é considerada parte do ambiente hospitalar, o qual é considerado o setor de suporte
vital de alta complexidade, incluindo monitorização por parte de vários equipamentos
e suporte avançados para proporcionar “a vida durante condições clínicas de gravidade
extrema e risco de morte por insuficiência orgânica. Essa assistência é prestada de
forma contínua, 24 horas por dia, por equipe multidisciplinar especializada”
(CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2020).
Ao compreender a nova organização do trabalho hospitalar, Rouquayrol e
Gurgel (2018, p. 368) acreditam que o crescimento acelerado nas áreas tecnológicas
de engenharia e arquitetura acústica supostamente proporcionaria resultados
compensadores no que diz respeito ao desempenho das atividades. Isso porque,
segundo os autores, um ambiente de trabalho hospitalar livre de poluição sonora, com
condições isolantes tanto para trabalhadores quanto para os clientes externos
(pacientes, familiares, gestores, médicos e representantes), ambos os grupos dotados
de uma competência comportamental que lhes permita expressar conforto ou
desconforto com os fatos e eventos de vida estressorespo, derá influenciar os
trabalhadores da unidade a introduzir mudanças ambientais capazes de amenizar as
agressões sonoras a que todos estão submetidos.
25
Desselle et al., (2003, p. 23) destacam que para uma melhor compreensão das
diferentes áreas do conhecimento, elas foram divididas em paradigmáticas e pré-
paradigmáticas, de acordo com o nível de consenso acerca das teorias, métodos,
técnicas e problemas/objetos da área. É razoável admitir, em um primeiro momento,
que a Enfermagem está entre as áreas e disciplinas consideradas de baixo consenso
(pré-paradigmáticas), considerando seus métodos de ensino e pesquisa, efetividade
organizacional, capacidade de adquirir financiamento e a produtividade e
reconhecimento intersubjetivo de suas pesquisas, o que chama a atenção para a
importância de tal classificação.
Em que pese o fato de que, na literatura, possam existir divergências sobre a
definição dos termos “área” e “disciplina”, alguns autores, como por exemplo Desselle
(et al.,2003) consideram os termos como sinônimos, quando não, consideram as
“áreas” como mais abrangentes por englobarem as “disciplinas” e “subdisciplinas”.
Nesta tese, com vistas à padronização, a Enfermagem foi considerada como uma
disciplina.
A enfermagem, tal como as outras disciplinas, buscam incessantemente o seu
lugar de destaque profissional, acadêmico e científico. No plano da investigação, a
produção científica de qualquer disciplina, dentre seus objetivos, almeja que seus
produtos sejam o mais rapidamente publicado, em especial, na forma manuscritos e,
portanto, assim como as outras disciplinas científicas, também sofre com as
particularidades e dinâmicas que envolvem o processo de produção e disseminação do
conhecimento, o que demonstra para a Academia, a imperiosa necessidade de
proposições científicas capazes de detalhar os padrões e tendências de publicação
desta disciplina.
Dessa maneira, pesquisas bibliométricas e/ou cientométricas podem contribuir
com o terreno epistemológico da Enfermagem, tanto na elucidação das dinâmicas de
produção científica, quanto para determinar os fatores interferentes no
desenvolvimento desta disciplina. Destarte, o objeto desta proposição é a produção
científica sobre ruído ocupacional em unidade de cuidado intensivo.
Por este motivo, a OMS (WHO, 1986) nos últimos anos tem-se falado sobre a
ideia de que o silêncio precisa ser encarado como um direito do cidadão com um
ambiente de apoio que cuide da saúde. Em todos esses anos, o bem-estar da população
27
não deveria ser visto apenas exponencialmente e com pouca frequência nos projetos
de isolamento acústico tecnicamente perfeitos e carosserão necessários procedimentos
interdisciplinares que incluem acústica, física, psicologia e sociologia quando um
levantamento sobre a percepção de ambientes acústicos é realizado sob o aspecto de
conforto (SCHULTE-FORTKAMP, 2002).
Com isso, ao desenvolver um corpo profissional específico e organizado no
que diz respeito ao conhecimento técnico e que, além disso, expresse preocupação
com foco no conforto acústico, Schulte-Fortkamp (2002, p. 16) assevera que será
necessário combinar métodos com diferentes sensibilidades para medir a percepção
subjetiva de ruído que auxiliaram na preservação da saúde psíquica, tornando o
ambiente hospitalar acusticamente adequado e agradável ao indivíduo.
A sensação de bem-estar pode ser considerada uma atitude, neste caso
particular, aos sons indesejáveis no ambiente hospitalar. Mas, segundo Praun (2016),
para estudar o que está ocorrendo com o trabalhador nas unidades hospitalares, será
importante questionar se estaríamos diante de condições e situações de trabalho mais
adoecedoras que aquelas vivenciadas no período de predomínio do taylorismo-
fordismo, com os mais variados problemas e situações relacionados ao ruído
ocupacional, de espaços de degradação dos laços de solidariedade, de adoecimento
físico e mental, assim como de descarte dos trabalhadores adoecidos pelo trabalho.
Em instituições hospitalares existem vários públicos em situações de exposição
provocada pelo ruído de baixa intensidade sonora (ruído de fundo) produzidas por
fontes distintas nas unidades hospitalares: um conjunto de trabalhadores da saúde
propriamente dito que atuam em todas as unidades internas e externas do hospital
(enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, médicos, nutricionistas, técnicos de
enfermagem, técnicos de farmácia e laboratório), administrativos, trabalhadores das
áreas de carga/descarga e higiene/limpeza.
Entretanto, apoiado em Praun (2016), os eventos com processos para lidar com
o adoecimento mental no universo do trabalho são compreendidos como algo
relacionado à esfera individual e, portanto, fora do escopo de ações das entidades
representativas, voltadas essencialmente às questões coletivas, neste caso, sem
considerar a questão da reverberação provocadas pelo ruído hospitalar como um
indicador relativo à segurança do trabalho.
28
1.3 Objetivos
Objetivo Geral:
Avaliar os padrões e tendências das produção científica relacionadas as
tecnologias geradoras de ruído ocupacional em ambientes internos nas unidades de
cuidado intensivo adulto identificada no período de 1976 a 2022 na base de dados
Scopus.
Para o objetivo geral ser alcançado, objetivos específicos precisaram ser
definidos, os quais seguem:
Objetivos Específicos:
1.4 A Tese
Por se tratar de um tema de interesse interdisciplinar, a tese que se pretende
afirmar é de, além da dispersão de periódicos que publicam sobre este tema, não há um
grupo de elite de autores.
Corroborando com Hessen (2003) ao concordar que jamais um objeto será
conhecido em sua plenitude, esta pesquisa tem como diferencial a comunicação
científica de um assunto em que aplica técnicas de análises bibliométricas e
cientométrica, bem como no recorte temporal contemplado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
respeito dos fenômenos associados à propagação sonora em campo livre desde a fonte
até o ouvinte. Segundo o Instituto do Ambiente (2004, p.6), propagação sonora é a
diferença ambiental instantânea relativa à pressão atmosférica a partir da qual o
ouvido humano é sensível.
Hannah (2006, p. 10) afirma que, além do conhecimento dos fenômenos
associados à propagação sonora em campo livre, a influência da presença de um
elemento físico (a barreira acústica / painel acústico) na trajetória das ondas sonoras
altera o comportamento destas, numa sucessão de valores de pressão que se alternam
ora acima, ora abaixo da pressão estática do ar.
Conforme a OMS (WHO, 2019), no caso de não haver barreiras acústicas, os
efeitos negativos mais significativos decorrentes da exposição ao ruído passam para
níveis superiores a 65 dB (decibéis). O ruído normalmente emitido em unidades
hospitalares varia entre os 25 dB e picos de 85 dB. Para a OMS, uma emissão de ruído
superior ao recomendado à saúde humana pela exposição permanente que levam a
existência de fenômeno de habituação ou de adaptação ao ruído, poderá provocar
reações psicológicas, fisiológicas e ao mesmo tempo patológicas causados pela
diminuição da resposta a um estímulo continuado.
Conciliar um ambiente de trabalho livre de fatores de riscos de natureza
ocupacional, com níveis aceitáveis de ruídos ambientais na rotina laboral hospitalar -
constitui-se para o Instituto do Meio Ambiente (2004), em um dos fatores mais
importantes que devem ser trabalhados nas empresas hospitalares com foco na
prevenção das doenças físicas auditivas, fisiológicas e psicológicas.
Essas relações entre as ações empresariais no ambiente laboral e o desempenho
dos trabalhadores dentro do processo de cuidar devem seguir no sentido de como
eliminar o ruído num ambiente coletivo onde há tecnologias diversas, como é o caso
de um hospital.
A implementação de medidas coletivas para reduzir a exposição dos
trabalhadores ao ruído em ambiente hospitalar depende da identificação das fontes
sonoras de ruídos ocupacionais que provocam sofrimento no trabalho. Por essa razão,
as autoridades competentes estabeleceram limites para a exposição de pessoas ao ruído
em ambientes de trabalho. Modelos instituídos de sucesso que ocorreu em nível
internacional com a International Organization for Standardization (ISO) (ISO 9612,
34
1997), tendo o Brasil sido incluído entre os países que aderiram a essa determinação
por meio da Norma Brasileira (NR 15, 1978), elaborada pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
4
Adaptado de Robert Bruce Lindsay “Acoustical News: Report to the National Science Foundation on Conference
on Education in Acoustics”, J. Acoust. Soc. Am. V. 36, p. 224 (1964).
35
Fonte: BISTAFA, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle do ruído/ Sylvio R. Bistafa. Editora Edgard
Blucher. 3 ed. São Paulo, 2018.
Para Bistafa (2011, p. 2), o termo som tem conotação mais ampla, já que se
refere não somente ao fenômeno do ar responsável pela sensação da audição, mas
também a tudo aquilo que é governado por princípio físico análogo. Assim, segundo o
autor, perturbações em frequências muito baixas (infrassons) ou muito elevadas
(ultrassons), que não são ouvidas por uma pessoa normal, são também consideradas
como sons.
Em contrapartida, o Instituto do Ambiente (2004, p. 6), define o som como
“uma variação da pressão atmosférica que o ouvido humano pode detectar, seja no ar,
na água ou em qualquer outro meio de propagação”.
O som é ainda definido como uma percepção sensorial, dependendo do padrão
das ondas geradas, é reconhecido como música, discurso ou qualquer dos inúmeros
ruídos ambientais aos quais estamos continuamente expostos, sendo quatro as suas
características principais: intensidade ou pressão (medida em decibéis); duração;
características espectrais e timbre – corresponde à característica qualitativa do som 5.
O som é medido como um nível de pressão sonora cuja unidade é o decibel
(dB). Assim, de acordo com Lawson et al., (2010, p. 12), dentre as várias escalas de
nível de pressão sonora utiliza-se, frequentemente, a escala com ponderado A (dB (A))
como standard, uma vez que essa escala dá mais ênfase a frequências às quais o
ouvido humano é mais sensível —, que descreve a sensação com que efetivamente o
Ser Humano percebe determinado ruído dentro dos limites compatíveis com as
características fisiológicas do ouvido humano normal que varia em média de 20 a
20.000 Hz com uma certa variação de intensidade e de pressão mínima a percepção
(NEPOMUCENO, 1977).
Em suas visões, a escala de dB é uma relação logarítmica entre a pressão
sonora no ambiente e uma pressão sonora de referência, e, portanto, não é linear
(LAWSON et al., 2010). Essa escala varia entre 0 dB(A) e 120 dB (A), sendo este
último equivalente ao limiar de dor (RICHARDSON et al., 2009).
As leis de cálculo dos níveis de pressão sonora têm regras próprias — elas não
obedecem à aritmética simples por conta da elevada amplitude de resposta do ouvido.
5
Schulte-Fortkamp (2002); Lopes (2005); Pope (2010); Silva (2014); Pimentel, 2016.
36
Por exemplo, uma delas indica que a duplicação de uma fonte sonora da mesma
intensidade traduz-se num aumento de 3 dB (A), como exemplo, 60 dB (A) + 60 dB
(A) = 63 dB (A). Experiências desenvolvidas neste domínio mostram que o ser
humano interpreta um acréscimo de 10 dB (A) como se se tratasse, 60 dB (A) + 70 dB
(A) = 70 dB (A) — o ruído resultante do funcionamento das duas fontes terá um nível
de pressão sonora ponderado “A” igual ao do mais elevado dos dois ruídos. O ruído de
menor amplitude é, portanto, mascarado pelo de maior amplitude (INSTITUTO DO
AMBIENTE, 2004).
Segundo Lopes (2005, p. 22), o aumento da amplitude e explicado pela
intensidade sonora — que permite a um som ser percebido a maior ou menor distância
da fonte sonora, permitindo classificá-lo como forte ou fraco. É definida como a
potência (taxa de transferência de energia) por unidade de área. Assim, a autora
explica e exemplifica que pode-se medir a intensidade sonora em Watts por centímetro
quadrado de superfície.
O nível de pressão sonora, expresso em decibéis, tem a seguinte expressão
matemática: Nível (dB) = 10.log10 (I/I0) , onde I0 = 10-12 W/m2
Para Nepomuceno (1977); Richardson et al., (2009) e Lawson et al., (2010, p.
12), um som 10 vezes mais forte do que o outro apresenta 10 dB a mais na
intensidade. Um som 1.000 vezes mais intenso é 30 dB mais forte; um som 100 mil
vezes mais intenso é 50 dB mais forte, e assim por diante. Lopes (2005, p. 22) explica
que esta é uma unidade logarítmica e não deve-se somar decibéis.
Nota1: Período/horários
Os limites de horário para o período diurno e noturno do Quadro1 podem ser definidos pelas autoridades
de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno deve começar depois das 22h e não
deve terminar antes das 7h do dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado, o término do
período noturno não deve ser antes das 9h.
Nota2: Para a aplicação desta Norma, entende-se por área mista aquelas ocupadas por dois ou mais tipos
de uso, sejam eles residencial, comercial, de lazer, de turismo, industrial e outros.
RLAeq - Limites de níveis de pressão sonora; LAeq T– Nível de pressão sonora contínua equivalente
ponderada em A [dB].
Fonte: United States Environmental Protection Agenc – USEPA, Organização Mundial da Saúde – OMS
(WHO, 2018) e referências de autores consagrados.
Segundo Hinkle (2020, p. 1513) o som acima de 80 dB é percebido pelo
ouvido humano como sendo estridente e pode ser lesivo para o ouvido interno.
Nas medições ocorridas em atividades hospitalares comparadas a
atividades industriais observadas no Quadro 1, encontram-se níveis de ruído entre 30
dB e 65 dB durante grande parte do tempo nas atividades hospitalares, não
ultrapassando o nível de 80 dB lesivo ao ser humano explícito por Hinkle (2020, p.
1513).
Para trazer maior conforto e condições adequadas de atuação para um
trabalhador em seu ambiente laboral, Hinkle (2020) sugere estudos que ofereçam
parâmetros para avaliar problemas de aspectos superficialmente explorados e
historicamente conhecidos sobre ruído hospitalar.
Para Santos et al., (1994) apud Lopes (2005, p. 21), os termos som e ruído são
freqüentemente utilizados indiferenciadamente mas, geralmente, som é utilizado para
39
sensações prazerosas como música ou fala, ao passo que ruído é usado para descrever
um som indesejável como buzina, explosão, barulho de trânsito e máquinas.
A necessidade do uso de Equipamento de Proteção Auricular (EPA) dos tipos
protetores de inserção e protetores circum-auriculares (tipo concha) (Figura 2) pelos
trabalhadores é obrigatória quando estes exercem atividades ambientais com nível de
ruído superior ao estabelecido pela legislação própria de cada país. Nas empresas
brasileiras, assim como nas americanas, o limite de tolerância ao ruído foi estabelecido
em 85 dB (A) para um período de oito horas de exposição contínua ou intermitente
(PEIXOTO, 2010).
6
(Hilton, 1985; Hodge & Thompson, 1990; Akansel & Kaymakçi, 2008; Pardal, (2013, p. 17).
41
Fonte: Instituto do Ambiente, Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente. O RUÍDO
E A CIDADE, Lisboa, 2004.
Para delinear essa hipótese, Dal Pai (2010, p. 6) é categórico em dizer que,
independentemente do processo de comunicação que estiver sendo analisado, para
ocorrer a propagação do som há três elementos básicos em cada sistema de
comunicação que gera ruído: o transmissor, o canal e o receptor. Quanto à localização
desses elementos, o transmissor está localizado em um ponto do espaço; o receptor em
algum outro ponto do espaço, separado do transmissor, e o canal é o meio físico que
os liga, conforme ilustração da Figura 4.
Figura 4: Transmissor, canal e receptor
42
Nota1: Toda fonte geradora de ruído por um canal deve ser trabalhada para que as distorções que ocorrem
devido a imperfeições no canal não atinjam o usuário.
Fonte: Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo/FAUSP
A fonte sonora ou transmissora converte o sinal de mensagem produzido pela
fonte da informação em uma forma adequada à transmissão por um canal. Entretanto,
à medida que o sinal transmitido se propaga ao longo do canal, ele é distorcido devido
à imperfeição do canal. Com Dal Pai (2010, p. 10), um ponto importante que temos de
considerar é que a presença de ruído em um sistema de comunicação é inevitável.
Assim, o transmissor e o receptor devem ser projetados de forma a
minimizarem o efeito do ruído para melhorar a qualidade da recepção. Nas palavras do
autor, uma maneira quantitativa de contabilizarmos o efeito do ruído é medir a relação
sinal-ruído no sistema (de maneira preventiva) para não potencializar o ruído externo
no ambiente hospitalar, como ilustrado na Figura 5.
Figura 5: Figura ilustrativa de um sistema de comunicação _ efeito dos ruídos no sistema e no usuário da
informação
43
O grau de reação ao ruído hospitalar será maior quanto maior for o grau de
doença dos doentes hospitalizados ou quanto mais velhos estes forem (Lazarus 1968;
44
Cohen 1976 apud Akansel e Kaymakçi, 2008). Vários estudos demonstram que
doentes no período pós-operatório, enfermeiros de cuidados intensivos e funcionários
de laboratório, cuja sensibilidade geral ao ruído é maior do que a sensibilidade
comum, têm resultados de scores mais significativos de stress induzido pelo hospital
(BORBA, 2012; AKANSEL e KAYMAKÇI, 2008; SILVA, 2014).
Para Choiniere (2010, p. 10), a avaliação da sedação do paciente pode ser
influenciada pelo ruído ambiente excessivo. Não obstante, o ruído ambiente excessivo
está relacionado com a necessidade de aumento de sedação em pacientes internados
em Unidades de Cuidados Intensivos. Por exemplo, ao serem sedados com Propofol
(anestésico geral endovenoso) para intervenção cirúrgica em ambientes ruidosos, os
clientes necessitam de mais fármacos para atingir um nível de sedação adequado.
Carvalho (2005, p. 18) apud Macedo et al., (2009, p. 844) apresentam novas
provas e pesquisas que demonstram ser o eixo hipotálamo-hipofise-adrenal sensível a
níveis de pressão sonora de 65 dB (A), observando-se também nessa condição níveis
elevados de secreção de adrenalina, noradrenalina e corticosteroides, que elevam a
pressão arterial, e alteram o ritmo cardíaco e a vasoconstricção periférica.
A voz dos enfermeiros é frequentemente mencionada pelos pacientes
internados como o ruído mais perturbador, situação estressante na qual apresenta um
estado de humor negativo7. Portanto, o cuidado dos pacientes também produz ruído,
podendo ser específico de cada tratamento, tal como a monitorização endovenosa e
cardíaca. Os sons durante o sono influenciam a atividade cerebral cortical e a função
cardiovascular (BUXTON et al., 2012).
Não por outro motivo, num estudo realizado numa Unidade de Cuidados
Intensivos, 66% de enfermeiros relataram irritação, 66% fadiga, 40% cefaleias e
taquicardia, sintomas estes também relacionados ao ruído (OKCU et al., 2011). No
que tange à taquicardia, ela foi relacionada a eventos cardiovasculares, notoriamente
em indivíduos hipertensos, como ilustrado na Figura 6.
Figura 6: Efeitos nocivos do ruído no homem, matéria publicada na revista FOCUS 2/2009
7
Aitken (1982); Hilton (1985); Busch-Vishniac et al., (2005); Christensen (2005); Goines & Hagler (2007); Joseph
& Ulrich (2007); Pope (2010); Silva (2014).
45
dB (A), com isso demonstrando não haver risco ocupacional para as equipes de saúde
nos ambientes pesquisados. Em contrapartida, foram encontrados níveis de pressão
sonora acima do recomendado pela ABNT e pela USEPA, o que aponta para um
problema importante no aspecto da morbidade do paciente internado.
O Quadro 2 apresenta a medição efetuada por Silva (2014, p. 25) que tange ao
nível médio de pressão sonora produzida por alguns equipamentos hospitalares. Com
o intuito de obter um valor médio do nível de pressão sonora das fontes de ruído de
cada Unidade.
Quadro 2 - Medição do nível médio de pressão sonora de alguns equipamentos
Tipos de fontes Nível médio de
Equipamentos
pressão sonora
Bomba infusora 54 dB
Fontes Clínicas de Ruído Seringa perfusora 54 dB
Monitor Sinais Vitais 53 dB
Monitor/Desfibrilador 57 dB
Aspirador de secreções 63 dB
Computador 32 dB
Saídas de ar/rampa de Oxigênio 63 dB
Fontes Hoteleiras de Ruído Deslocação de carrinho de comida 75 dB
Deslocação de carrinho de material 75 dB
Fontes Comunicacionais de Ruído 41dB (volume min.)
Telemóveis 69 dB (volume
máx.)
Telefone serviço 58 dB
Admissão de doente no Serviço 69 dB
Fontes Estruturais de Ruído Ar-Condicionado 58 dB
Fonte: SILVA (2014)
O Quadro 3 apresenta as medições efetuadas por unidade hospitalar. E, para
efetuar este cálculo, Silva (2014, p. 56) conseguiu listar o nível médio de pressão de
cada unidades hospitalar: Unidades de Cuidados Cirúrgicos Intermédios – UCCI,
Cuidados Intensivos Coronários – UCIC e Cuidados Pós-Anestésicos – UCPA.
Quadro 3 - Cálculo do nível médio de pressão sonora de cada Unidade hospitalar
Fontes de ruído Unidade UCPA (dB) UCIC (dB) UCCI (dB)
Ltm Fontes Clínicas 58,7 58,7 58,7
Ltm Fontes Hoteleiras 75,0 73,9 73,9
Ltm Fontes Comunicacionais 71,4 72,0 71,4
Ltm Fontes Estruturais 58,0 58,0 58,0
Ltm FONTES DE RUÍDO 70,7 70,2 70,0
Lts GLOBAL DA UNIDADE 76,7 76,2 76,0
Fonte: SILVA (2014)
Legenda: Ltm refere-se ao valor médio de pressão sonora ao qual um doente está sujeito nas respectivas
Unidades de internamento; Lts refere-se ao somatório médio da intensidade sonora (equivalente a pico) a
que o doente está sujeito, quando as fontes de ruído emitem som em simultâneo nas Unidades de
Cuidados Cirúrgicos Intermédios – UCCI, Cuidados Intensivos Coronários – UCIC, Cuidados Pós-
Anestésicos – UCPA.
47
Para esses autores, o ruído gerado por estas fontes hospitalares estão se
intensificando em razão de ter havido um importante aumento do número de
equipamentos com alarmes acústicos utilizados, o que se somou ao ruído de fundo
criado pela atuação e conversação da equipe de profissionais.
De acordo com Hinkle (2020, p. 1516), o volume absoluto de barulho que nos
circunda diariamente aumentou desde um simples incômodo para uma fonte
potencialmente perigosa de comprometimento físico e psicológico.
A experiência de Bistafa (2011, p. 1) tem mostrado que a tecnologia é em
grande parte responsável pelo problema, sendo ela própria que terá de propor soluções
para o enfrentamento que demanda controle significativo do ruído –, e chama a
atenção de todos os agentes envolvidos: cidadãos, comunidades, poder Executivo,
Legislativo e Judiciário, em todos os níveis, entidades e órgãos governamentais,
institutos de pesquisas, universidades e empresas para a obtenção de um meio
ambiente mais silencioso no futuro.
2.5 Barreiras e Painéis Acústicos para Sons que podem tornar-se Incomodativos no
Ambiente Hospitalar
Por exemplo, uma barreira que “esconda” a fonte sonora somente em um ângulo de
90º oferece uma redução dos níveis de pressão sonora de apenas 3 dB (A).
Fonte: AFESP – Associação Portuguesa de Sinalização: Tipologia de Barreiras Acústicas: prós e contras
- PAIS (2010)
sempre apontado o impacto visual, como o maior efeito negativo das barreiras. Para
Crocker (2007), no envolvente de uma barreira acústica, consideram que a presença da
barreira restringe o seu campo de visão, provoca sensação de encarceramento, de
perda de luz natural e impede a circulação do ar.
Segundo Oliveira e Silva (2019, p. 8), o trabalho em saúde, talvez seja um dos
mais difíceis de ser realizado, e isso em razão de que os trabalhadores lidam
56
8
As principais capacidades cognitivas são: atenção/foco, percepção, memória e linguagem, além de capacidades
responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas (raciocínio, lógica, estratégias, tomada de decisões e resolução
de problemas) (HINKLE, 2020).
57
por Ruído Ocupacional (PAIRO)10, segundo Kakehashi et al., (2007, p. 404), ela é
reconhecida como um dos agravos à saúde do trabalhador mais prevalentes nas
indústrias brasileiras (CID 10 – H 83.3).
Portanto, nas diferentes classes de trabalhadores brasileiros, as estimativas da
prevalência da doença são efetuadas basicamente por meio de alguns estudos
epidemiológicos. Para DOBIE, R. A. (2008, p. 562) 11, a exposição ao ruído e o
envelhecimento são considerados as principais causas da perda auditiva em adultos.
Todavia, apenas o ruído é passível de intervenção.
10
Maschke, C.; Rupp, T.; Hecht, K. (2000), Standley, J. M. (2002).
11
Meira, T. C.; Ferrite, S.; Cavalcante, F; Corrêa, M. J. M. (2012).
12
Diminuição da resposta a um estímulo continuado (INSTITUTO DO AMBIENTE, 2004).
59
não só ao paciente como também os trabalhadores que exercem suas atividades nesse
ambiente, expondo-se por tempo prolongado a vários níveis de pressão sonora
(POSSO, 1980; BARCELÓ et al., 1986; GARRIDO; MORITZ, 1999; VEIT, 1999;
EUGENE; LIU; TAN, 2000; GOMES; FUMAGALLI; GUERRA, 2000; LOPES,
2005).
Segundo Hinkle (2020, p. 1516), a exposição ao ruído é inerente a muitas
profissões e o comprometimento auditivo do trabalhador pode deflagrar alterações na
personalidade e atitude, na capacidade de se comunicar, na consciência do ambiente e,
até mesmo, na capacidade de se proteger, afetando, dessa maneira, a qualidade de vida
da pessoa.
Hinkle (2020, p. 1516) concorda que os trabalhadores não tem consciência de
seus comprometimentos auditivos graduais e com frequência a avaliação do dano não
é realizada pela pessoa portadora da perda auditiva induzida pelo ruído ou qualquer
dano provocado pelo ruído, mas pelas pessoas com as quais ele se comunica que
reconhecem primeiramente o comportamento.
Nessas circunstâncias, segundo Hinkle (2020, p. 1516), o trabalhador pode
ficar irritado com muita facilidade, fadigado, deprimido, desinteressado pelo
cotidiano, inseguro, indeciso e até mesmo provocar isolamento social.
Para Belojevic et al., (2003 p. 30), o desempenho perceptivo ou motor envolve
principalmente a atividade muscular ou de resposta sensorial, enquanto a atividade
mental ou de desempenho cognitivo se baseia na atividade intelectual.
Na realização da tarefa cognitiva, existe uma enorme quantidade de
informações detectadas pelos órgãos dos sentidos, sendo algumas partes são
identificadas, selecionadas e organizadas através de processos de percepção e atenção.
A transformação desses sinais pelo nosso cérebro, e consequente análise pela nossa
memória permite, em trabalhos de exigência mais elevada, selecionar e executar a
resposta mais adequada. Em todas as fases existem, individualmente, determinadas
limitações de capacidade que podem conduzir à perturbação por alguns fatores
intrínsecos ao processamento. BELOJEVIC et al., (2003) apud PINTO (2012).
Conforme visto, o uso do aprendizado de todos os aspectos da geração,
transmissão, recepção e percepção do som em acústica é uma realidade, sendo
necessário conhecer sobre como está a produção científica sobre este assunto. Para
60
Avaliar o sucesso de
determinados sítios,
Identificar domínios de
Melhorar a eficiência da detectar a presença de
interesse. Onde os
recuperação da países, instituições,
Alocar recursos, assuntos estão
informação, identificar pesquisadores na rede e
Objetivos pessoas, tempo, concentrados.
estruturas e relações melhorar a eficiência
dinheiro Compreender como e
dentro dos diversos dos motores de busca
quanto os cientistas se
sistemas de informação na recuperação das
comunicam
informações
BORSCHIVER, 2005). Ao longo dos anos esta lei tem sido aplicada em várias áreas
do conhecimento até os dias atuais.
Em 1934, o químico e bibliotecário britânico Samuel C. Bradford, definiu a
Lei de Bradford, também conhecida como Lei da Dispersão da Produção Científica, e
tem como objeto o conjunto de periódicos. Ele investigou no recorte temporal de 1931
a 1933, na área da Geofísica, que analisando a coleção de periódicos de um
determinado assunto é possível identificar 03 zonas, cada uma contendo 1/3 do total
de artigos, sendo a zona 1, com poucos artigos produtivos, a zona 2 contém um
número maior de artigos menos produtivos e a zona 3 inclui ainda mais periódicos, e
com menos artigos produtivos que a zona anterior.
De acordo com (ARAÚJO, 2006, p.14), Bradford ao formular a lei visava
“descobrir a extensão na qual artigos de um assunto científico específico apareciam
em periódicos destinados a outros assuntos, estudando a distribuição dos artigos em
termos de variáveis de proximidade ou de afastamento.” De acordo com (ARAÚJO,
2006, p.15), o enunciado da Lei de Bradford consolida-se assim:
Se dispormos periódicos em ordem decrescente de produtividade de artigos
sobre um determinado tema, pode-se distinguir um núcleo de periódicos mais
particularmente devotados ao tema e vários grupos ou zonas que incluem o mesmo
número de artigos que o núcleo, sempre que o número de periódicos existentes no
núcleo e nas zonas sucessivas seja de ordem de n1: n 2: n 3... .
Assim, os periódicos devem ser listados com o número de artigos de cada um,
em ordem decrescente, com soma parcial. O total de artigos deve ser somado e
dividido por três; o grupo que tiver mais artigos, até o total de 1/3 dos artigos, é o
“core” daquele assunto. O segundo e o terceiro grupo são as extensões. A razão do
número de periódicos em qualquer zona pelo número de periódicos na zona
precedente é chamada “multiplicador de Bradford” (Bm): à medida que o número de
zonas for aumentando, o Bm diminuirá.
Neste sentido, a Lei de Bradford possibilita indicar que os primeiros artigos
publicados acerca de um determinado assunto irão ser submetidos a uma pequena
seleção serão aceitos por periódicos específicos do assunto. Essas fontes escolhidas
logo no começo de determinado assunto consequentemente atrairão mais artigos. No
entanto, em paralelo outros periódicos publicam também, logo “se o assunto continua
69
pesquisas são resultantes dos trabalhos em equipe, bem como em menções a outros
estudos em que está envolvido do assunto.
As citações em documentos são consideradas ferramentas cartográficas que
contribuem para a formação da estrutura conceitual das disciplinas e das
especialidades científicas, além de possibilitar uma apresentação do seu crescimento,
por meio da utilização de indicadores quantitativos de desenvolvimento temporal,
utilizando métodos quantitativos, como o acoplamento bibliográfico e as citações de
documentos (GINGRAS, 2016).
Para Oliveira (2018, p. 58), a citação é um indicador o qual: Permite a
identificação de grupos de cientistas e suas publicações, com a finalidade de
evidenciar os pesquisadores de maior impacto de uma área, apontando seus
paradigmas, procedimentos metodológicos pertinentes e os pesquisadores de
vanguarda que constroem o novo conhecimento na área.
De acordo com Romancini (2010, p. 20), “a rede constituída por citações
possui certa arquitetura, capaz de revelar alguns padrões e características de um
grupo”. A cocitação é a frequência com que dois outros documentos citados estão
juntos em determinado documento.
Para Oliveira (2018, p. 59), “a força da cocitação entre dois autores citados
pode ser facilmente determinada a partir do número de vezes que os autores foram
citados juntos”. Vanz e Caregnato (2003, p. 252) citando Garfield (1979) esclarece
que a “análise de citações não tem como princípio medir o número de vezes em que
um determinado autor está certo ou errado, mas sim, medir o nível de contribuição de
um pesquisador ou de uma instituição à ciência.”
A cocitação liga documentos, autores ou periódicos segundo a combinação
como os escritores os usam, sendo um princípio de agrupamento executado várias
vezes por pesquisadores que citam publicações que consideram fundamentais para o
estudo (ZUPIC; CATER, 2015).
Grácio (2016, p. 84) esclarece que o acoplamento bibliográfico visa “medir a
relação entre dois artigos com base no número de referências em comum citadas pelos
dois artigos.” Já a análise de cocitação tem por objetivo mensurar “a relação entre dois
artigos com base no número de publicações em que estes aparecem citados
71
Figura 15: Visão do esquema de documentos cocitados (lado esquerdo) e de documentos acoplados (lado
direito)
analisar. Ou seja, ele permite vários níveis de agregação, o que viabiliza uma adaptação
ao problema estudado.
b) Vínculo relacional - estabelece a relação entre pares de nós.
c) Díade (dyad) - um par de atores e suas ligações.
d) Tríade (triad) - é um subgrafo constituído de três de atores e suas ligações.
e) Subgrupo - é um subconjunto de atores e suas possíveis ligações.
f) Grupo - é o conjunto de todos os atores em que as ligações serão mensuradas.
g) Relação - conjunto de laços relacionais entre membros de um grupo.
h) Grafos - é forma de visualização de dados, que é composto pela relação entre nós e
arestas, no caso, as arestas são as linhas que ligam um nó a outro.
As redes sociais também possuem algumas características descritas por
medidas ou indicadores, que permitem sua compreensão de mais fácil maneira. Neste
sentido, apresenta-se as principais características das redes conforme (MARTELETO;
TOMAÉL, 2005, p. 91-92):
a) Coesão social: Pressupõe uma rede densa com a presença de ligações fortes entre um
grupo de atores.
b) Densidade da rede: Mede a quantidade de ligações em uma rede, quanto maior o
número de ligações entre os atores, mais densa é considerada a rede. É uma das medidas
mais amplas da estrutura de rede social, porque explicita o número de ligações
existentes quando a rede é mapeada. Uma rede densa tem considerável comunicação
direta entre todos os membros.
c) Transitividade: Mede o grau de flexibilidade e cooperação de uma rede,
possibilitando identificar o fluxo da informação entre três atores sem ligações
recíprocas.
d) Distância Geodésica: É entendida como a menor distância entre dois pontos, em ARS
refere-se ao número de ligações - graus - entre um ator e outro, calculado pelo caminho
mais curto, e tem por finalidade otimizar o percurso.
e) Fluxo Máximo: Revela o quanto dois atores estão totalmente conectados na rede. Os
atores próximos são os que possibilitam os prováveis e diferentes caminhos para o fluxo
de informação de um ator. O propósito do fluxo máximo é levantar os possíveis
caminhos de distribuição da informação entre atores, identificando pontos de
73
Quadro 5: Lista das 16 ferramentas analisadas por de Moreira, Guimarães e Tsunoda (2020).
Última Qualidade da Interface
Ferramenta Gratuita
Versão documentação gráfica?
Bibliometrix/Biblioshiny Sim 14/03/2019 Alta Parcial
VOSViewer Sim 03/04/2019 Alta Sim
Publish or Perish Sim 17/04/2019 Alta Sim
CiteSpace Sim 31/08/2018 Média Sim
Metaknowledge Sim 21/01/2019 Média Não
Bibexcel Sim 2017 Baixa Sim
Network Workbench Tool Sim 15/09/2009 Baixa Sim
Science of Science (Sci²) Tool Sim 31/01/2018 Baixa Sim
InCites Não N/A Baixa Sim
SciMAT Sim 12/07/2016 Média Sim
IN-SPIRE™ Não 01/02/2019 Média Sim
VantagePoint Não 05/02/2019 Média Sim
SciVal Não 26/03/2019 Média Sim
SCImago Sim N/A Média Sim
Fonte: Moreira, Guimarães e Tsunoda (2020, p. 146)
Coautoria Organizações X X X
Países X X X
CoocorrênciaTodas as palavras-chave X X X
Palavras-chave do autor X X X
75
disponíveis como se tem nos dias atuais, “a opção por se utilizar esses recursos se
mostra relevante e desafiadora, uma vez que o campo está em desenvolvimento,
exigindo decisões de pesquisa nem sempre claras.”
17
Elemento Descrição
TCperYear Número médio anual de vezes que cada documento foi citado
3 MATERIAL E MÉTODO
vários campos, inclusive nas Ciências da Saúde, por meio das quais tem apresentando grande
potencial nos resultados das análises (PINHEIRO; SANTOS; KANTORSKI, 2019;
MOLINA-AZORIN, 2012; LORENZINI, 2017).
Quanto aos objetivos esta pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva. De
acordo Cervo, Bervian e Da Silva (2007), a pesquisa exploratória tem por objetivo conhecer
de maneira mais profunda sobre uma situação em questão. Neste sentido, devido ao objetivo
de conhecer sobre a produção científica do aprendizado de máquina em cuidados intensivos,
coube para esta pesquisa a característica de ser exploratória. Também de caráter descritivo, a
pesquisa adota procedimentos de análise cientométrica para coletar dados e analisar
informações, bem como desenvolver indicadores que evidenciem as características e a
estrutura da temática em questão.
Para Gil (2017) dentre suas principais características, a pesquisa descritiva consiste em
métodos canônicos de coleta de dados, que objetivam características e relevâncias dentre as
relações de determinada população ou corpo institucional.
Quanto aos meios de investigação, assume-se a forma predominante de análise
bibliométrica e cientométrica.
De maneira resumida, no Quadro 11, a metodologia ficou assim definida:
Quadro 11: Esquema do percurso metodológico
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA:
- Abordagem: Métodos misto
- Objetivos: Descritiva e Exploratória
- Meios de Investigação: Bibliometria e Cientometria
Conforme Archambault et al. (2009, p. 1320) por mais de 40 anos, o Institute for
Scientific Information (ISI), agora parte da Thomson Reuters, foi responsável por produzir e
cuidar das únicas bases de dados bibliográficas, a partir das quais podiam compilar
indicadores bibliométricos em grande escala, agora reagrupados sob a Web of Science (WoS).
Em 2004 ocorreu o aparecimento da base de dados Scopus, cuja empresa responsável é a
Elsevier, na qual as publicações de pesquisas multiplicaram-se até os dias atuais.
Por meio do estudo de Archambault et al. (2009, p. 1320) ao comparar a base de dados
WoS e Scopus, concluiu que há “evidências de que os indicadores de produção científica e
citações em nível de país são estáveis e amplamente independentes do banco de dados”
(tradução nossa). Tal afirmação pode ser comprovada através dos estudos Vera-Baceta,
Thelwall e Kousha (2019); Aksnes e Sivertsen (2019); Pech e Delgado (2020) ao comparar
características das bases de dados Web of Science e Scopus, concluíram que as coberturas são
praticamente as mesmas.
Neste sentido, considerando que esta pesquisa se desenvolve baseada em publicações
em banco de dados, após a realização de leituras para verificar quais os critérios e motivações
para escolher a banco de dados de apoio a este estudo, selecionou-se a base de dados Scopus
da Elsevier.
O acesso a base de dados Scopus deu-se via Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro – UNIRIO pelo Portal de Periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES), sendo direcionado para a página inicial de pesquisa da base de
dados Scopus.
A busca foi realizada no dia 20 de julho de 2022, na base de dados Scopus, com os
termos "INTENSIVE CARE UNIT; SCIENTIFIC PRODUCTION; NOISE; WORKER'S
HEALTH" AND ("INTENSIVE CARE" OR "CRITICAL CARE"), pesquisados dentro de títulos
de artigos, resumos, palavras-chave (article title, abstract, keywords). Ressalta-se que,
anteriormente a esta data, foram realizados testes piloto para adequação e validação da string
de busca. Intensive Care Unit; Scientific production; Noise; Worker's health.
As palavras NOISE e INTENSIVE CARE, foram previamente consultadas e validadas
no vocabulário controlado da área da Saúde DeCS e MeSH, como forma de verificar se tais
palavras eram as adequadas para descrever o que se pretendia pesquisar como objeto.
21
mesmos foram iniciados, e para acessar a interface web, proposto em linguagem R para servir
de apoio na análise bibliométrica e cientométrica, digitou-se os comandos no console do
software RStudio: library (bibliometrix), e em seguida, (biblioshiny), para que a interface
web Biblioshiny fosse acionada. Após iniciado, o uso do Biblioshiny deu-se por meio do
navegador definido como padrão. O arquivo de dados salvo em *. CSV foi recuperado e
carregado para que os dados fossem analisados.
A análise dos dados e interpretação dos resultados foram realizados à luz das teorias
que fundamentam a pesquisa de análise bibliométrica e cientométrica, descritas no item 2.9.3,
tendo como objeto a produção científica sobre ruído ocupacional em unidade de cuidado
intensivo.
Visando a classificação da atividade da produção científica acerca do objeto, com o
auxílio da interface web Biblioshiny, foram gerados quadros, tabelas, gráficos, mapas, e com
base nestes, análises e interpretações foram realizadas nos parâmetros de comportamentos,
analisados com o uso da estatística descritiva. Ao considerar o viés descritivo e exploratório,
buscou-se realizar análises que permitem aprender diversos aspectos do objeto como campo
científico.
Para facilitar a compreensão das dimensões em análise, optou-se por categorizar em
função do propósito pretendido. Os indicadores apresentam um panorama descritivo, trazendo
gráficos, quadros, tabelas e classificações, bem como a representação por meio de redes
apresentando afinidades entre diversos construtos acerca do objeto.
Esquematizou-se no Quadro 12, as categorias e indicadores contemplados por esta
pesquisa.
Quadro 12: Categorias e indicadores contemplados por esta pesquisa
Coleção de - Principais informações sobre a coleção dos dados recuperados
dados - Produção científica anual
recuperados - Gráfico dos três campos (autores, palavras-chaves e periódicos)
- Lei de Bradford e fontes mais relevantes
- Fontes mais citadas localmente
Fontes
- Impacto (H-Index)
- Dinâmica da Fonte
- Lei de Lotka e os autores mais relevantes
- Autores mais citados localmente
Autores - Produção dos autores ao longo dos anos
- Impacto (H-Index)
- País do autor
Afiliações e - Afiliações mais relevantes
países - País dos autores
- Documentos mais citados globalmente
Documentos
- Média de citações por documento ano
- Palavras mais frequentes (Palavras-chave do autor; Palavras-chave Plus; Título;
Palavras-
Resumo)
Chave
- Nuvem de palavras
23
- TreeMap
- Dinâmica de palavra
- Tópicos de tendência
- Rede de Coocorrência
Estrutura - Mapa Temático
Conceitual - Evolução Temática
- Análise Fatorial
Estrutura - Rede de Cocitação
Intelectual - Historiógrafo
Estrutura - Rede de Colaboração
Social - Mapa do mundo de colaboração
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Documentos 206
TIPOS DE DOCUMENTOS
CONTEÚDO DO DOCUMENTO
AUTORES
Autores 748
COLABORAÇÃO DE AUTORES
De acordo com Toledo e Skalinski Junior (2012, p. 255) as fontes “são produções
humanas, portanto, nas suas mais diversas modalidades, são registros das relações entre os
homens em um dado momento histórico.”
Na visão de Brito e Lima (2015) os periódicos são considerados fontes de
informação, os quais apresentam como características a regularidade, a veracidade dos textos,
facilitando a leitura ao reunir vários textos e as apreciações de diversos autores sobre
determinado tema. A função de um periódico científico é a divulgação da informação
científica para a comunidade, “constituindo fórum privilegiado para anunciar resultados,
submeter a produção ao julgamento feito pelos pares e receber contribuições” (BRITO;
LIMA, 2015, p. 49).
Na classificação das fontes como categoria de análise, identificou-se os periódicos
mais relevantes com a aplicação da Lei de Bradford, os mais citados localmente, posicionou-
os por meio do impacto (H-Index), e apresentou-se a dinâmica das fontes no decorrer dos
anos.
Utilizou-se a Lei de Bradfort, que conforme já explanado no referencial teórico no
item 2.9.4.1, para medir a relevância de periódicos em uma determinada área por meio da
produção do maior número de artigos sobre determinado assunto, formando assim um núcleo
de periódicos, de maneira suposta que os identificados possuem maior qualidade e/ou
relevância para a área (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).
A bibliometria é uma das ferramentas utilizadas pela ciência, tanto na perspectiva
metodológica, quanto teórica, usando análise quantitativa, sobre si mesma. Essencialmente, a
ela está baseada na aplicação de análises quantitativas e estatísticas a documentos já
publicados, como artigos de periódicos e suas respectivas contagens de citações.
A avaliação quantitativa desses dados de e citações tem sido amplamente usada nos
mais diversos campos científicos, com vistas à avaliação do crescimento, a maturidade, os
principais autores, os mapas conceituais e intelectuais, as tendências de uma comunidade
científica.
Cada documento recuperado contém vários elementos, como nomes dos autores,
título, palavras-chave e outras informações. Todos esses elementos constituem os atributos
bibliográficos de um documento, também chamados de metadados. Nesta tese, a partir dos
documentos recuperados na base Scopus, os resultados serã apresentados em formas de
28
colaboração entre professores e alunos tal como uma atividade cooperativa bastante usual no
meio acadêmico, pela qual o professor orienta o aluno seja na escolha da literatura pertinente
ao tema pesquisado, seja na escolha dos métodos científicos, ideias e forma de desenvolver a
pesquisa., o que parece ser um pouco diferentemente da Área de História, que por sua vez,
espera que a produção intelectual de cada membro do corpo docente de cada PPGH tenha,
individualmente, produção bibliográfica e técnica. 17 Portanto, é de se esperar que a quantidade
de autoria única seja muito inferior à múltipla autoria, o que pode explicar o percentual de
1,87% de autoria única sobre o tema estudado.
A taxa de crescimento anual foi de 3,06%. A média de documentos por autor foi de
0,275 documento. A idade média do documento foi de 11.5 anos. Sabe-se que com o passar
do tempo, o uso da literatura científica decresce, isto é, a literatura obsolesce, talvez o que
possa explicar a exigência de grande parte de periódicos devotados à área de saúde, exigirem
que as referências alcancem de 80% a 85% de referências com até 5 anos de publicação. É
razoável admitir que, pelo fato de nunca se referirem a um determinado documento, são os
autores e leitores, aqueles que vão determinar se um documento é obsoleto (DIODATO,
1994). Por outro lado, se esses sujeitos se referem a esse documento citando-o continuamente
nos seus artigos, eles o mantêm vivo e perdurável, portanto, ainda útil a atual para um
determinado assunto/tema ou área de conhecimento.
É este contexto que Diodato (1994) tem chama de “obsolescência”, que quando
empregado fora do contexto da produção intelectual científica, pode designar algo que pode
ou deve ser descartado e substituído. Por exemplo, quando mencionamos que um conceito é
obsoleto, estamos “decretando” que ele foi superado e substituído por um novo, talvez mais
eficiente e com maior capacidade de “generalização”. No entanto, para a literatura científica,
é bem provável que isto não parece ser certo, pois não sabemos se uma informação qualquer
ou parte dela é superada por outra mais eficiente ou mais nova. Contudo, neste caso, quando a
obsolescência da literatura se refere à uma diminuição em sua frequência de uso ou citação,
mas não a seu descarte definitivo (DIODATO, 1994).
A informação científica nem sempre são originais, por estarem baseados em
evidências científicas anteriores e essas evidências podem constar nas referências publicadas
das contribuições mais recentes, o que nos permite considerar que a evolução da frequência
das citações, segundo o tempo, permite reconhecer o valor do documento publicado
(DIODATO, 1994). Este mesmo autor corrobora quando nos se refere à obsolescência como:
17
Fonte: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/historia-26-05-pdf
30
A Média de citações por documento foi de 21,52 citações, sendo o total de referências
utilizadas, 4.645 referências. Os estudos sobre a obsolescência, a vida e morte das
publicações, têm sua importância como indicador bibliométrico graças ao trabalho de Price
(1965:512), que sugeria que a “cada ano aproximadamente 10% de todos os artigos
“morrem”, não voltam a ser citados novamente”. A morte da informação científica pode ser
atribuída ao fato dessa informação/referência, nunca mais ser citada em outros documentos.
Sendo assim, a extração e análise das citações e referências utilizadas nas pesquisas
científicas, são importantes dados/parâmetros coletados para se medir o envelhecimento dos
documentos, isso nos leva à conclusão “geral” de que o uso anual da literatura científica entra
em declínio com o passar dos anos, segundo uma distribuição exponencial negativa, ainda que
outros autores postulem a distribuição lognormal como a mais adequada para medir a
obsolescência da literatura (DIODATO, 1994). Estudo de bibliométrico sobre machine
learning em cuidados intensivos de Lima (2021), apontou que a média de citações por
documento, foi substancialmente inferior à média alferida nesta tese, ficou em 12,32. Em
contrapartida, a quantidade de referências mencionadas foi substancialmente inferior ao
estudo em questão, que totalizou 22.456 referências.
A Média de citações por documento envolve indicadores básicos e derivados de
citações, e é considerada, por vários autores, a área mais importante da bibliometria
(ARAÚJO, 2006). Ela está entre os principais indicadores de citação clássicos para a
avaliação dos pesquisadores, instituições ou países, pois buscam refletir o impacto, a
influência e a visibilidade junto à comunidade científica.
A quantidade de palavras-chave plus (ID) foi de 1087, enquanto a de palavras-chave
do autor (DE) foi de 298 palavras-chave plus (ID) é a distribuição de frequência de palavras-
chave associadas ao manuscrito pelas bases de dados Scopus e Thomson Reuters' ISI Web of
Knowledge, enquanto a palavras-chave do autor (DE) corresponde à distribuição de
frequência das palavras-chave dos autores.
31
Beaver e Rosen, 1978, destacam que os esforços dos pesquisadores para a colaboração
conjunta na ciência, ainda que de forma tímida, já configurava uma preocupação e uma
realidade no século XVII. O primeiro registro de artigo escrito em coautoria entre
pesquisadores data de 1665. No século XIX, com a crescente importância da ciência para a
sociedade, o trabalho em conjunto ganha força e a colaboração entre os pesquisadores passa a
se constituir a característica marcante do desenvolvimento das pesquisas, o que pode ser
verificado nos dias atuais e que pode ser verificada nas recomendações dos documentos de
área da CAPES, nos Editais de agências de fomento à pesquisa e, mais recentemente, no
Programa Institucional de Internacionalização – CAPES – PrInt, que tem como um de seus
objetivos, estimular a formação de redes de pesquisas internacionais com vistas a aprimorar a
qualidade da produção acadêmica vinculadas à pós-graduação.
Nesse cenário, a colaboração científica potencializa tanto o crescimento profissional,
quanto o desenvolvimento do conhecimento, uma vez que os pesquisadores envolvidos em
um projeto científico colaborativo têm acesso a um contingente maior de recursos materiais e
informacionais.
Observa-se, assim, que a colaboração na ciência é uma estratégia adotada por
pesquisadores, envolvendo uma atividade social que tem como meta viabilizar, facilitar e
potencializar o desenvolvimento de pesquisas, principalmente aquelas de natureza empírica
e/ou experimental. Compreende a interação entre pesquisadores que cooperam entre si para
produzir conhecimento científico, envolvendo habilidades e conhecimentos distintos, os quais
possibilitam a realização de estudos mais aprofundados, com diferentes perspectivas e
opiniões, análises mais precisas e elaboradas, além de agilidade e redução de tempo na
construção do trabalho (Hilário e Grácio, 2017).
Muito em bora não exista qualquer menção determinando um valor que possa
determinar um IC aceitável, o crescimento cada vez maior da produção científica em
colaboração, juntamente com os seus objetivos, possibilidades de acesso a novas pesquisas e
de prestígio acadêmico, desta forma levando autores a trabalhar em colaboração para troca de
informações, espaço e para divulgação de suas pesquisas. Os artigos científicos com múltiplos
autores são em média citados mais do que artigos de pesquisadores isolados, e a publicação
entre pares melhora a autoridade epistêmica (SCOTT, 2011; LEE, 2005).
33
Uma outra perspectiva que não pode ser desprezada, em especial para a ciência
barsileira, e que está intrinsicamente realacionada ao aumento da colaboração, deve-se em
grande parte à complexidade dos problemas estudados, mas também, aos altos custos
enfrentados pelos pesquisadores para a execução de suas pesquisas, especialmente pelos altos
custos implicados na publicação científica, o que tem sido motivo de várias iniciativas
nacionais e internacionais, a principal delas, a Ciência Aberta, movimento que propõe
mudanças estruturais na forma como o conhecimento científico é produzido, organizado,
compartilhado e reutilizado. É um novo modo de fazer ciência, mais colaborativo,
transparente e sustentável.
Gráfico 1 – Distribuição anual da produção na Scopus
16
15
14 14
14
12
12
11
10 10 10
10 f(x) = 0.274051803885291 x − 543.446577243293
9
R² = 0.72887231829384
Produtividade
8 88 8
8
7 7
6
5 5 5
4 4
4
333 3
22 2 2 2 2 2
2
111 1 11
00 0 0000000
0
1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
Ano de produção
A Lei de Bradford refere que na medida em que os primeiros artigos sobre um novo
assunto são escritos, eles são submetidos à uma pequena seleção, por periódicos apropriados,
e se aceitos para publicação, esses periódicos atraem mais e mais artigos, no decorrer do
desenvolvimento da área de conhecimento/assunto estudado. Nesta tese, assumimos a fração
de 1/3 da produção recuperada para a construção da Tabela de Bradford, disponível na Tabela
nº 1.
série Freqênci
a
Intensive and Critical Care Nursing 1 5 5 zona 1
Journal of Perinatology 2 5 10 zona 1
Journal of Neonatal Nursing 3 4 14 zona 1
Acta Paulista de Enfermagem 4 3 17 zona 1
American Journal of Perinatology 5 3 20 zona 1
Archives of Disease in Childhood: Fetal and 6 3 23 zona 1
Neonatal Edition
Critical Care Medicine 7 3 26 zona 1
Indian Journal of Public Health Research and 8 3 29 zona 1
Development
International Journal of Nursing Studies 9 3 32 zona 1
Journal of Critical Care 10 3 35 zona 1
Journal of Intensive Care Medicine 11 3 38 zona 1
Journal of the Acoustical Society of America 12 3 41 zona 1
Noise and Health 13 3 44 zona 1
Nursing in Critical Care 14 3 47 zona 1
Advances in Neonatal Care 15 2 49 zona 1
American Journal of Critical Care 16 2 51 zona 1
Anaesthesia 17 2 53 zona 1
Anaesthesist 18 2 55 zona 1
Applied Acoustics 19 2 57 zona 1
Canadian Acoustics - Acoustique Canadienne 20 2 59 zona 1
Children 21 2 61 zona 1
Clinical Neonatology 22 2 63 zona 1
Colombia Medica 23 2 65 zona 1
Critical Care 24 2 67 zona 1
Early Human Development 25 2 69 zona 1
Enfermeria Intensiva 26 2 71 zona 2
Evidence-Based Nursing 27 2 73 zona 2
Indian Journal of Pediatrics 28 2 75 zona 2
Indian Pediatrics 29 2 77 zona 2
Intensive Care Medicine Experimental 30 2 79 zona 2
International Journal of Africa Nursing 31 2 81 zona 2
Sciences
International Journal of Pediatric 32 2 83 zona 2
Otorhinolaryngology
Iranian Journal of Neonatology 33 2 85 zona 2
Journal for Specialists in Pediatric Nursing 34 2 87 zona 2
Journal of Clinical Nursing 35 2 89 zona 2
Journal of Perinatal and Neonatal Nursing 36 2 91 zona 2
Kinderkrankenschwester : Organ der Sektion 37 2 93 zona 2
kinderkrankenpflege
Korean Journal of Adult Nursing 38 2 95 zona 2
Nascer e Crescer 39 2 97 zona 2
Pediatrics 40 2 99 zona 2
Sajch South African Journal of Child Health 41 2 101 zona 2
Texto e Contexto Enfermagem 42 2 103 zona 2
14th International Congress on Sound and 43 1 104 zona 2
Vibration 2007
19th International Congress on Sound and 44 1 105 zona 2
Vibration 2012
19th National Conference on Noise Control 45 1 106 zona 2
Engineering 2005
38th International Congress and Exposition on 46 1 107 zona 2
Noise Control Engineering 2009
40th International Congress and Exposition on 47 1 108 zona 2
Noise Control Engineering 2011
42nd International Congress and Exposition on 48 1 109 zona 2
35
Enfermeria Intensiva, mesmo com métricas inferiores atribuídas ao Intensive and Critical
Care Nursing, ainda assim, deve ser considero um periódico relevante para a Área de
Ciências da Saúde, muito embora ele não consta na classificação Qualis Periódicos de 2017-
2020, certamente por não ter, ainda, publicado artigo proveniente de PPGs brasileiros.
As análises, ainda que singelas e aqui consideradas uma experiência primeira
(BACHELARD, 2007), chamam a atenção para um importante aspecto da produção científica
oriunda dos PPGs brasileiros, pois apesar da importância da pós-graduação stricto sensu para
o ensino e a pesquisa, os processos de avaliação de pesquisadores, no bojo dos programas de
pós-graduação promovidos pela CAPES, dão uma ênfase maior na produção de artigos
científicos, fazendo com que docentes e orientandos, publiquem o maior número de artigos
em periódicos qualificados para atender a pontuação necessária e assegurar a sua permanência
no programa, porém, em muitos dos casos, a escolha dos periódicos para as submissões, via
de regra, não obedecem às métricas aqui destacadas, mas sim, o que determina a
extratificação a partir do Qualis, o que pode provocar possíveis distorções nos conceitos de
qualidade atribuídos aos periódicos, em especial, aos que são editados no Brasil pelos PPGs,
mas que ainda não foram indexados nas bases de indexação utilizadas pela CAPES para
avaliar classificação da produção intelectual desses PPGs.
A Tabela Nº 3 mostra a média de citações por artigo, considerando o ano citável. Esta
Tabela mostra a variação de citação de documentos no decorrer do período estudado,
portanto, um indicador importante quando se busca avaliar a vida média e a obsolescência da
literatura, indicadores bibliométricos que são utilizadas para determinar a utilização da
literatura científica com o passar do tempo em determinada área de conhecimento, ou seja, a
vida útil e a taxa de envelhecimento. A vida média é um indicativo da razão de obsolescência
da literatura científica e permite determinar a idade e o declínio da literatura utilizada em uma
determinada área de conhecimento. Nesta pesquisa, a média de citações por artigo, ano e anos
citáveis (Tabela Nº 3), foi complementada com a Tabela 4, que mostra o impacto dos
periódicos que publicaram os documentos recuperados.
Tabela 3 – Média de citações por artigo, ano e anos citáveis
Ano Nº Artigos Média TC/Artigo MédiaTC/Ano Anos citáveis
1976 2 3.50 0.08 46
1977 2 57.50 1.28 45
1978 0 0.00 0.00 0
1979 0 0.00 0.00 0
1980 1 176.00 4.19 42
1981 1 7.00 0.17 41
1982 1 1.00 0.03 40
1983 0 0.00 0.00 0
40
A Tabela Nº 5 contém a lista de autores de acordo com sua produção. Para calcular a
estimativa do coeficiente da Lei de Lotka, a qual é possível estimar os seus coeficientes para
produtividade científica, consideramos a frequência de publicação de todos os autores sobre o
tema em qualquer campo, esta Lei é também conhecida como a Lei do inverso do quadrado,
onde o número de autores que publicam um certo número de artigos é uma razão fixa para o
número de autores que publicam um único artigo. Essa suposição implica que o coeficiente
beta teórico da lei de Lotka é igual a 2.
Portanto, utilizando a função Lotka é possível estimar o coeficiente Beta do acervo
bibliográfico sobre o assunto estudado, recuperado na Scopus, e avaliar, por meio de um teste
estatístico, a similaridade desta distribuição empírica com a teórica.
4 7 0,9
5 3 0,4
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
A produção científica de uma instituição é um indicador que deve ser considerado nas
pesquisas bibliométricas, pois trata-se de um indicador de qualidade e que pode caracterizar
uma expertise de grupos de pesquisa e seus membros, filiados às instituições, além do mais,
irá permitir uma análise mais fiel do mapeamento da colaboração científica interinstitucional.
Na Tabela Nº 8 é possível verificar as instituições que foram responsáveis por pelo menos, 5
(cinco) documentos publicados e indexados na base Scopus.
A colaboração interna e externa entre países foi calculado através dos índices de
colaboração intra-país (SCP) e inter-países (MCP). Para este estudo, consideramos os índices
de colaboração SCP e MCP, respectivamente: Single Country Publications e Multiple
Country Publications, contabilizando, somente os países com mais de 1 (um) documento
publicado cujo autor correspondente tenha sido informado como afiliado ao país. A Tabela Nº
9 destaca esses países, enquanto a Tabela Nº 9 apresenta os indicadores dos países mais
citados.
Artigo
País s SCP MCP Freq. Fracionada MCP_Razão
EUA 83 77 6 0.403 0.142
Canadá 13 11 2 0.063 0.154
Brasil 11 11 0 0.053 0.000
China 9 8 1 0.044 0.111
Índia 9 9 0 0.044 0.000
Reino Unido 9 8 1 0.044 0.111
Iran 7 7 0 0.034 0.000
Portugal 7 6 1 0.034 0.143
Turquia 7 7 0 0.034 0.000
Espanha 6 4 2 0.029 0.333
Austrália 5 3 2 0.024 0.400
Colômbia 4 4 0 0.019 0.000
Itália 4 4 0 0.019 0.000
Coréia 4 4 0 0.019 0.000
Holanda 4 3 1 0.019 0.250
Suíça 4 4 0 0.019 0.000
França 3 3 0 0.015 0.000
Alemanha 3 3 0 0.015 0.000
Jordânia 2 1 1 0.010 0.500
Arábia Saudita 2 2 0 0.010 0.000
África do Sul 2 2 0 0.010 0.000
Suécia 2 2 0 0.010 0.000
Argentina 1 1 0 0.005 0.000
Egito 1 1 0 0.005 0.000
Grécia 1 1 0 0.005 0.000
Indonésia 1 1 0 0.005 0.000
Israel 1 0 1 0.005 1.000
México 1 1 0 0.005 0.000
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
Para este estudo, consideramos como os documentos mais citados no mundo, aqueles
documentos com 50 (cinquenta) ou mais citações. Como a distribuição não é Gaussiana ou o
desvio padrão é muito pequeno, como no caso deste estudo quando consideramos os
principais documentos mais citados no mundo, normalizar os dados foi uma escolha tomada.
Usando o Bibliometrix®, tendo o documento Normalized Citation Score (NCS) de um
documento é calculado dividindo a contagem real de itens de citação pela taxa de citação
esperada para documentos com o mesmo ano de publicação. Sendo assim, os valores estão
disponíveis na Tabela Nº 10.
A Lei de Zipf foi aplicada, considerando todas as palavras contidas nos resumos dos
documentos recuperados (n = 20991). O Quadro 14 contém a distribuição de palavras e seus
respectivos percentis, por Zonas de Zipf. As palavras contidas na Zona 1 estão descritas na
Tabela 11, enquanto o quantitativo de todas as palavras está disponibilizado na Tabela nº 12.
1 98 98 0,47% 20
1 92 92 0,44% 21
1 86 86 0,41% 22
1 85 85 0,40% 23
1 84 84 0,40% 24
1 81 81 0,39% 25
2 78 156 0,74% 26
2 76 152 0,72% 27
1 75 75 0,36% 28
1 72 72 0,34% 29
1 71 71 0,34% 30
1 70 70 0,33% 31
2 68 136 0,65% 32
3 66 198 0,94% 33
1 65 65 0,31% 34
2 62 124 0,59% 35
1 61 61 0,29% 36
1 60 60 0,29% 37
1 58 58 0,28% 38
3 57 171 0,81% 39
1 56 56 0,27% 40
1 52 52 0,25% 41
1 50 50 0,24% 42
2 49 98 0,47% 43
3 48 144 0,69% 44
3 46 138 0,66% 45
2 45 90 0,43% 46
2 43 86 0,41% 47
2 42 84 0,40% 48
3 41 123 0,59% 49
3 40 120 0,57% 50
5 38 190 0,91% 51
3 37 111 0,53% 52
3 36 108 0,51% 53
3 35 105 0,50% 54
1 34 34 0,16% 55
4 33 132 0,63% 56
6 32 192 0,91% 57
3 31 93 0,44% 58
2 30 60 0,29% 59
4 29 116 0,55% 60
5 28 140 0,67% 61
5 27 135 0,64% 62
5 26 130 0,62% 63
8 25 200 0,95% 64
5 24 120 0,57% 65
11 23 253 1,21% 66
16 22 352 1,68% 67
13 21 273 1,30% 68
10 20 200 0,95% 69
54
9 19 171 0,81% 70
8 18 144 0,69% 71
18 17 306 1,46% 72
20 16 320 1,52% 73
18 15 270 1,29% 74
15 14 210 1,00% 75
15 13 195 0,93% 76
29 12 348 1,66% 77
37 11 407 1,94% 78
37 10 370 1,76% 79
43 9 387 1,84% 80
37 8 296 1,41% 81
62 7 434 2,07% 82
86 6 516 2,46% 83
154 5 770 3,67% 84
190 4 760 3,62% 85
271 3 813 3,87% 86
650 2 1300 6,19% 87
2040 1 2040 9,72% 88
TOTAL 20.991 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
Sob o aspecto linguístico, uma definição de contexto pode ser encontrada a partir do
trabalho de Saussure (1972), quando define linguagem como sendo um sistema de termos
interdependentes cujos valores são atribuídos na relação como utros termos. Especificamente,
em se tratando do tema/assunto estudado, considerar o contexto e buscar, se possível,
significados/identificação palavra por palavra, ou até mesmo trechos de um texto, neste caso,
as palvras-chave do autor para os títulos dos 206 artigos/documentos recuperados, isso foi
possível com o uso do Bibliometrix, cuja técnica influenciou na frequência de ocorrência das
palavras vizinhas, tal como uma estratégia para representação vetorial de palavras
(SILVEIRA et al., 2018).
A Figura 20 traz o mapa temático gerado a partir do conjunto de dados referentes aos
títulos dos artigos/documentos recuperados, contendo as palavras-chave dos autores como
públicações relacionando os termos de busca da string na Scopus.
55
Figura 20 – Mapa temáticos pela abordage de rede com palavras-chave dos autores
5 CONCLUSÃO
60
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