Você está na página 1de 20

ANSIEDADE GENERALIZADA NO PERÍODO PRÉ-VESTIBULAR E A TERAPIA

COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Valéria Xavier 1
Gilmara Azevedo do Rosário 2

RESUMO

Este artigo de revisão bibliográfica visa encontrar possíveis intervenções clínicas em Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC) para o atendimento a estudantes, especialmente no período pré-vestibular, que
sofrem de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), buscando compreender o estresse do período
de intensa preparação para o exame. O tema surgiu da necessidade prática dos atendimentos clínicos
para compreender as relações entre o processo de escolha profissional neste período e as
manifestações de ansiedade geradas pelo exame, com foco em jovens formandos do Ensino Médio e
vestibulandos. O estudo visa compreender a relação entre exames vestibulares e as manifestações
psicossomáticas geradas por eles, que costuma causar grande estresse afetando a saúde mental dos
estudantes. A tensão do final de um ciclo escolar e a decisão de iniciação da próxima etapa gera grande
pressão sobre os estudantes, para que esse futuro seja decidido e concretizado com a inserção no
Ensino Superior. Os objetivos da pesquisa foram conferir a compreensão da TCC sobre a pressão e a
ansiedade, específicas das avaliações e os manejos para lidar com a expectativa em relação ao futuro
acadêmico. Também aborda como isso pode se transformar em um TAG e quais as abordagens, dentro
da TCC podem ser utilizadas para auxiliar os estudantes que apresentem esses distúrbios. A Terapia
Cognitivo Comportamental tem grande eficácia para a Ansiedade Generalizada pois oferece uma
variabilidade de técnicas que são empregadas de maneira combinadas causando impacto sobre o
transtorno onde o sujeito passa a ver a preocupação como um processo normal do desenvolvimento
humano, mostra-se uma terapia de resultados aceitáveis, possibilitando uma diminuição de
comportamentos de preocupações exageradas e mantidas pelo transtorno o que favorece um
reestabelecimento em níveis cognitivos, emocionais e comportamentais.

Palavras- chave: Ansiedade, Estresse, Avaliação, Vestibular, Terapia Cognitivo


Comportamental, Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Valéria Xavier1 aluna de Pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental do Instituto Capacitar,


São Paulo.
Gilmara Azevedo do Rosario2 especialista em Terapia Comportamental, Musicoterapeuta, MBA em
Gestão de Pessoas
ABSTRACT

This literature review article aims to find possible clinical interventions in Cognitive Behavioral Therapy
(CBT) for the care of students, especially in the pre-vestibular period, suffering from Generalized Anxiety
Disorder (GAD), seeking to understand the stress of the period of intense preparation for the
examination. The theme arose from the practical need of clinical care to understand the relationship
between the process of professional choice in this period and the manifestations of anxiety generated
by the exam, focusing on young high school graduates and students. The study aims to understand the
relationship between vestibular exams and the psychosomatic manifestations generated by them, which
usually cause great stress affecting the mental health of students. The tension of the end of a school
cycle and the decision to start the next stage generates great pressure on students, so that this future
is decided and realized with the insertion in Higher Education. The objectives of the research were to
verify the understanding of CBT on pressure and anxiety, specific to evaluations and managements to
deal with expectations regarding the academic future. It also discusses how this can turn into a TAG
and what approaches within CBT can be used to assist students who present these disorders. Cognitive
Behavioral Therapy has great efficacy for Generalized Anxiety because it offers a variability of
techniques that are employed in a combined manner causing an impact on the disorder where the
subject comes to see the concern as a normal process of human development, it is shown a therapy of
acceptable results, allowing a reduction of behaviors of exaggerated concerns and maintained by the
disorder, which favors a reestablishment in cognitive, emotional and behavioural aspects.

Keywords: Anxiety, Stress, evaluation, Vestibular, Cognitive Behavioral Therapy,


Generalized Anxiety Disorder.

1. INTRODUÇÃO

1.1. Princípios Teóricos da Terapia Cognitivo-Comportamental

A Terapia Cognitivo Comportamental foi desenvolvida por Aaron Beck no início dos
anos 1960, sendo originalmente denominada “Terapia Cognitiva”. (BECK, 2014). Para
tratar depressões, Beck concebeu uma psicoterapia estruturada, de curta duração,
focada no presente, direcionada à solução de problemas e modificação de
pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados). (BECK, 2014). Desde
então, ele e outros autores obtiveram sucesso na adaptação da TCC a populações
diversas e com uma ampla abrangência de transtornos e problemas. Essas
adaptações alteraram o foco, as técnicas e a duração do tratamento, porém os
pressupostos teóricos em si permaneceram constantes. (BECK, 2014).
Em todas as formas de terapia cognitivo-comportamental derivadas do
modelo de Beck, o tratamento é baseado em uma formulação cognitiva
das crenças e estratégias comportamentais que caracterizam um
transtorno específico. (ALFORD; BECK, 1997 apud BECK, 2014, p.22)

O autor acrescenta que: “O tratamento também está baseado em uma conceituação,


ou compreensão de cada paciente (suas crenças específicas e seus padrões de
comportamento)”. (BECK, 2014, p. 22)
Conforme Beck (2014), mesmo com essa individualização, há princípios básicos
presentes estabelecidos na terapia cognitivo-comportamental para todos os pacientes:
a) Está baseada em uma formulação de desenvolvimento contínuo a
respeito dos problemas do paciente, estabelecendo uma
conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos;
b) Requer uma aliança terapêutica sólida;
c) Enfatiza a colaboração e a participação ativa;
d) É orientada para os objetivos e focada nos problemas;
e) Enfatiza inicialmente o presente;
f) É educativa, tendo como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio
terapeuta, enfatizando a prevenção de recaída;
g) Visa ser limitada no tempo;
h) Apresenta sessões de terapia estruturadas;
i) Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus
pensamentos e crenças disfuncionais;
j) Utiliza uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o
humor e o comportamento.
O terapeuta procura produzir de várias formas uma mudança cognitiva,
modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente para
produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura.
(BECK, 2014, P.22)

A terapia cognitivo-comportamental parte da premissa de que as emoções, os


comportamentos e a fisiologia de uma pessoa são influenciados pelas percepções que
ela tem dos eventos.
Isso ocorre porque as emoções e os comportamentos das pessoas são gerenciados
por um conjunto de crenças e pensamentos automáticos, decorrentes da capacidade
individual de representar o mundo conforme suas próprias percepções. Tais cognições
são organizadas em esquemas mentais, que influenciam o processamento das
informações e as interpretações acerca dos eventos cotidianos. (BECK, 2014, grifo
nosso).
Os pensamentos automáticos, as palavras ou imagens que passam
pela mente da pessoa, são específicos para as situações e podem
ser considerados como o nível mais superficial de cognição.
(BECK, 2014, p.58)
A maneira das pessoas sentirem e a forma como se comportam estão associadas ao
modo como elas interpretam e pensam a respeito da situação. O evento em si não
determina diretamente como elas se sentem ou o que fazem: a sua resposta
emocional é mediada pela percepção do ocorrido. (BECK, 2014). Assim sendo, não é
o evento em si que determina o que a pessoa sente, mas como ela interpreta uma
situação. (BECK, 1964; ELLIS, 1962 apud BECK, 2014).

Os pensamentos automáticos são rápidos, breves e espontâneos, não resultando em


raciocínio. Geralmente nem são percebidos e, mesmo que se tornem conscientes,
serão aceitos como verdadeiros, sem nenhuma crítica. O mais provável é que passem
despercebidos, embora desencadeiem emoções, comportamentos ou reações
fisiológicas perceptíveis. São essas reações que possibilitam a identificação dos
pensamentos automáticos, quando a pessoa for ensinada a isso. (BECK, 2014, grifo
nosso).
Identificar pensamentos automáticos possibilita avaliar a validade do pensamento. Ao
perceber que a interpretação da situação foi errônea, é possível obter melhoras ao
corrigir essa interpretação, significando que: “em termos cognitivos, quando
pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão objetiva, as emoções, o
comportamento e a reação fisiológica do sujeito geralmente se modifica”. (BECK,
2014, p. 56).
Ocorre, porém, que os pensamentos automáticos são influenciados pelas crenças,
que são fenômenos cognitivos mais permanentes (BECK, 2014).

No começo da infância, as crianças desenvolvem determinadas ideias sobre


si mesmas, sobre as outras pessoas e o seu mundo. As suas crenças mais
centrais, ou crenças nucleares, são compreensões duradouras tão
fundamentais e profundas que frequentemente não são articuladas nem para
si mesmas. A pessoa considera essas ideias como verdades absolutas – é
como as coisas “são” (BECK, 1987 apud BECK, 2014, p. 57).

As crenças podem ser nucleares ou intermediárias, sendo as crenças nucleares as de


nível mais fundamental. Elas são globais, rígidas e super generalizadas. Tanto que
“ao processar uma informação, os dados negativos são processados imediatamente,
fortalecendo a crença nuclear. Os dados positivos, porém, são desconsiderados ou
não são percebidos.” (BECK, 2014, p. 58).
Assim, sem intervenção, de qualquer forma a crença nuclear é confirmada como uma
verdade absoluta.
Entre as crenças nucleares e os pensamentos automáticos, situam-se as crenças
intermediárias ou subjacentes.

Em uma situação específica, as crenças subjacentes influenciam a percepção


da pessoa, que é expressa pelos pensamentos automáticos em situações
específicas. Esses pensamentos, por sua vez, influenciam a reação
emocional, comportamental e fisiológica. (BECK, 2014, p. 62).

Quadro 1: Hierarquia da Cognição


Crenças Nucleares

Pensamentos Intermediários (regras, atitudes, pressupostos)

Situação / Evento

Pensamentos Automáticos

Reação (emocional, comportamental, fisiológica)
Fonte: Beck (2014, p. 62)

A ansiedade é um sentimento que acompanha o homem em sua existência, sendo


que a ansiedade normal reativa é considerada um sinal de alerta que permite ao
indivíduo estar atento diante de uma ameaça ou perigo, e decorre da realidade externa
(Pitta, 2011). Já a ansiedade patológica se diferencia pela intensidade, pelo caráter
anacrônico, repetitivo e desproporcional ao ambiente, sendo caracterizada por um
sentimento desagradável de apreensão negativa em relação ao futuro (Pitta 2011). O
transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um transtorno psiquiátrico que se
caracteriza pela preocupação excessiva. De acordo com o DSM – 5 (APA 2014). Os
critérios diagnósticos para o TAG, de acordo com o DSM-V são apresentados no
Quadro 2.

Quadro 2: Critérios do DSM-V para o Transtorno de Ansiedade Generalizada


A. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por pelo
menos seis meses e relacionada a inúmeros eventos ou atividades (p.ex. trabalho
e desempenho escolar).
B. A preocupação é difícil de controlar.
C. A ansiedade e a preocupação estão associados a três (ou mais) dos seguintes
sintomas (com pelo menos alguns sintomas aparecendo na maioria dos dias por
seis meses ou mais):
* inquietação ou sensação de estar no limite;
* cansar-se facilmente;
* dificuldade de concentração;
* irritabilidade;
* tensão muscular;
* distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação de sono
insatisfatório).
D. Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente
significante ou incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras.
E. O transtorno não pode ser atribuído a uma condição médica geral, uso de
substâncias ou outro transtorno mental.
Fonte: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders.

1.2. Vestibular e Ansiedade

O exame vestibular dá aos estudantes acesso à Universidade, sendo seletivo e


classificatório. A maioria dos estudantes que o prestam é de adolescentes, que estão
em fase final de conclusão do Ensino Médio.

Contextualizando: o vestibular é uma prova concorrida, classificatória e difícil, na qual


o aluno deve ser capaz de aplicar todo o conhecimento adquirido na trajetória escolar
e, ao mesmo tempo, manter o controle emocional (D'Avila & Soares, 2003). Sua
complexidade e a dificuldade de acesso, são características do Ensino Superior no
Brasil, principalmente nas universidades públicas, visto o reduzido número de vagas
em relação ao volume de pleiteantes (D'Avila, Krawulski, Veriguine, & Soares, 2011).
O vestibular é como um “ritual de passagem”, a partir do qual o adolescente entrará
no mundo adulto e do trabalho (Dias, Nazareno, Zanini, & Mendonça, 2008; Fagundes,
Aquino, & Paula, 2010; Paggiaro & Calais, 2009; Rodrigues & Pelisoli, 2008). A época
que o antecede caracteriza-se como uma fase de turbulência e insegurança. Muitas
vezes a prova contribui para o surgimento de estresse e psicopatologias como
Ansiedade e Depressão (Dias et al., 2008), visto que a grande pressão exercida no
estudante é acompanhada por medo do fracasso e de escolhas malsucedidas; pela
disputa de vagas; pelo pouco tempo de preparo e a sensação de que, se falharem,
terão perdido todo o ano de estudos (Paggiaro & Calais, 2009); pela pressão e
expectativas da família, amigos e sociedade (Dias et al., 2008; Rodrigues & Pelisoli,
2008).
Nesse sentido, Silva e Zanini (2011) denotam que, não apenas a vivência dos eventos
estressores afeta os vestibulandos, mas também a forma como os enfrentam,
interferindo no aumento ou diminuição das suas consequências. O estado emocional
e psicológico no momento da prova, como o sentimento de obrigação em prestá-la e
o fato de ela ser considerada decisiva, afetam a ansiedade do vestibulando, que, em
decorrência desses fatores, pode não ser aprovado (Guhur et al.; 2010).
É difícil escolher a profissão quando ainda se vivencia crises e conflitos típicos da
adolescência. O jovem não se conhece o bastante e nem tem a maturidade necessária
para a escolha profissional propriamente dita (Bianchetti, 1996). Segundo D'Avila e
Soares (2003), para o adolescente, o exame gera conflitos, dúvidas, medo, ansiedade
e estresse. O medo da reprovação é o principal fator para desencadear a Ansiedade.
Este medo está relacionado com a avaliação do seu estudo, com enfrentar as
expectativas da família e da sociedade, com a possibilidade do fracasso, com a
incerteza relativa à escolha profissional, com o excessivo número de matérias para
estudar e o elevado número de candidatos por vaga (Levenfus, 1993).
A escolha profissional pode motivar adolescente a estudar e planejar, ou pode se
tornar um fator ansiogênico devido à necessidade de conhecimento da área de
atuação, mercado de trabalho, rotina, salários e todos os acompanhantes da vida
profissional (Rodrigues & Pelisoli, 2008). Dessa forma, o auxílio ao jovem nas decisões
de carreira promove melhora no desempenho acadêmico, na motivação e na
sensação de bem-estar, contribuindo para a qualidade de vida (Paggiaro & Calais,
2009).
Nesse período, os adolescentes são submetidos às cobranças pessoais, familiares e
sociais para um bom desempenho nos estudos. Estas pressões podem gerar um
estado de Ansiedade prejudicial ao desempenho acadêmico.
Sentimentos como: solidão, insegurança e dúvidas (característicos da adolescência e
típicos desse período pré-vestibular), podem resultar em pânico e sentimentos de
incompetência. O drama psicológico aumenta à medida em que o exame se aproxima
e o vestibulando pode vir a sofrer distúrbios psicofisiológicos levando até mesmo à
depressão (Soares, 2002).
Segundo Oliveira e Duarte (2004), a tensão, incerteza e apreensão em relação ao
futuro são componentes da ansiedade, que podem interferir na aprendizagem e no
desempenho em geral. O sistema de classificação por notas leva o aluno à competição
para a realização pessoal no desejo de ser aceito e valorizado pela família e pela
sociedade. O fracasso pode levar à crença de que só os bem-sucedidos são amados
e a possibilidade não ser amado pode ser vivida com sofrimento, tensão e ansiedade.
Segundo Ladeira-Fernandes e Cruz (2007) a Ansiedade é o resultado de uma
atividade de um sistema saudável denominado “medo”, responsável pelo
processamento de estímulos de perigo presentes no mundo externo. Certo grau de
Ansiedade é cogente para a sobrevivência humana, mas, se aparece de modo
exacerbado, o desempenho do indivíduo será prejudicado frente às várias situações
que enfrentará, como provas, entrevistas e relacionamentos, dentre outras
(Biaggio,1999, Lipp, 2003; Lipp, Arantes, Buriti, & Witzig, 2003; Lipp & Tanganelli,
2002).

1.3. Ansiedade e a Terapia Cognitivo Comportamental

A ansiedade é um sinal de alerta para situações de perigo real ou imaginário,


entendida como uma resposta física vinda do sistema nervoso autônomo, e independe
do nosso pensamento racional, como um reflexo. As reações de resposta ao estresse
preparam o corpo para as ações de luta ou fuga em uma situação de perigo e estão
diretamente ligadas ao instinto de sobrevivência humano. (VASCONCELOS et al,
2008).
Na ansiedade há um encontro entre os sintomas físicos e psíquicos, onde os sintomas
físicos surgem em função das características psicológicas do indivíduo. Transtornos
de ansiedade são considerados um grande problema para a população, estando
associados a elevado sofrimento e limitações, pois, além de provocar dor, estão
relacionados aos mais debilitantes transtornos psiquiátricos
Em relação à psicobiologia da ansiedade, (Cruz, Zangrossi e Graeff 1998), comentam
que “Definir uma experiência emocional não é tarefa fácil”, e se complica mais ainda
quando se trata da ansiedade. Argumentam também que essa dificuldade está
relacionada aos limites entre a ansiedade normal e a patológica, já que não são
claramente identificados. Em alguns momentos o grau de ansiedade tende a motivar
o indivíduo para um melhor desempenho, sendo que, clinicamente o seu diagnóstico
será pautado quando houver uma intensidade, durações excessivas, irracionalidade
ou quando dissociado de situações ansiogênicas. A partir dessas situações a
ansiedade passa a ser claramente um papel desajustado.
Outro ponto que os autores supracitados destacam é a existência da ansiedade como
estado ou traço, “[...] A ansiedade-estado é aquela observada em um dado momento
da vida do indivíduo. [...] A ansiedade-traço é uma característica do indivíduo, ou uma
propensão para sentir maior ou menor grau de ansiedade diante de situações
ambientais [...]”. Reforçando a ideia, (Ferreira et al 2009) coloca que “A
ansiedadeestado está ligada a um momento ou situação particular [...] causando um
estado emocional transitório. Já a ansiedade-traço está relacionada às características
individuais e disposicionais, [...] estando relacionada, diretamente, à personalidade de
cada um”. A respeito da predisposição a ansiedade, os autores (Castillo et al 2000 e
Strieder 2009) citam que as reações exageradas ao estímulo ansiogênico se
desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica
herdada.
A ansiedade pode causar uma série de transtornos psíquicos. (Versiani et al 2007),
citam que “Os diferentes transtornos de ansiedade se caracterizam pela presença de
sintomas de ansiedade crônicos clinicamente significativos e constituem o grupo mais
prevalente dentre os transtornos psiquiátricos”. Por ser um comportamento intrínseco
ao ser humano, a ansiedade depende das circunstâncias ou intensidade, por isso (D’el
Rey et al.2007) destaca a funcionalidade da terapia cognitivo comportamental como
explanaremos adiante. Em níveis normais, trata-se de fenômeno fisiológico
responsável pela adaptação do organismo em situações de perigo. No entanto,
quando a ansiedade é excedente, em vez de ser útil e contribuir para a adaptação,
pode se tornar patológica. Para diferenciar a ansiedade normal da patológica, devese
observar a intensidade dos sintomas e os prejuízos que estes trazem. Para (Versiani
et al 2007) a ansiedade patológica acontece quando “Os pacientes portadores de
transtornos de ansiedade apresentam redução significativa da qualidade de vida, com
menor produtividade, maior morbidade e mortalidade, e maiores taxas de
comorbidade”. Sobre a diferenciação da ansiedade normal da patológica, (Strieder
2009) argumenta que a ansiedade pode ser reconhecida como patológica quando está
além de ser uma reação exagerada e desproporcional ao estímulo e se torna um
Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG
Em (Margis e Kapcinski 2004) vemos que o TAG pode ser entendido como um
transtorno multidimensional, com três sistemas de ansiedade: fisiológico, cognitivo e
comportamental. Os autores destacam que o TAG consiste na associação da
ansiedade e a preocupação excessiva em eventos ou atividades, e ocorrem na maioria
dos dias por pelo menos seis meses. Segundo o Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais (DSM-V - 2016), o TAG se caracteriza por ansiedade e a
preocupação persistentes e excessivas sobre vários domínios, incluindo desempenho
escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são
experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor
da pele"; fatigabilidade; dificuldade de concentração; irritabilidade; tensão muscular; e
perturbação do sono.
Os sintomas da ansiedade podem ser somáticos, somáticos atrasados e motores,
como afirma (Valle 2003). Nos somáticos observa-se sudorese, boca seca, respiração
curta, frequência cardíaca acelerada, hipertensão, tensão muscular e dificuldade para
respirar; os sintomas somáticos atrasados, que podem ser resultados de uma tensão
ou estimulação prolongada como a fraqueza muscular, cólica intestinal dores de
cabeça e pressão sanguínea alta. Os sintomas motores são: inquietação e tamborilar
dos dedos das mãos e dos pés e dores musculares.
As características da ansiedade são diversas e se manifestam como sintomas físicos,
cognitivos e comportamentais, normalmente de difícil controle, com destaque para dor
ou aperto no peito, taquicardia, respiração ofegante ou falta de ar, sudorese
aumentada, tremores, sensação de fraqueza ou fadiga, boca seca, insônia ou falta de
sono, mãos e pés frios ou suados, náusea, tensão muscular, dor de barriga ou diarreia.
Os sintomas cognitivos presentes são uma constante tensão ou nervosismo; a
sensação de que algo ruim acontecerá; problemas de concentração, medo constante,
confusão mental, dificuldade em esquecer o objeto de tensão, e preocupação
exagerada em comparação com a realidade. A esquiva e fuga das situações
consideradas estressoras são os sintomas comportamentais mais comuns no sujeito
ansioso. (LEITE et al, 2015. VASCONCELOS et al, 2008). Apesar da ansiedade estar
ligada ao instinto de sobrevivência da espécie humana e ser imprescindível para tal,
quando ela está presente em níveis elevados torna-se disfuncional, acarretando
diversos prejuízos tanto nas áreas cognitivas, quanto nas profissionais e sociais.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral


Analisar quais são as concepções teóricas da Terapia Cognitivo-Comportamental
sobre a Ansiedade e quais são os possíveis manejos clínicos necessários para
fortalecer aspectos emocionais de jovens adolescentes/adultos que estejam em
processo seletivo pré-vestibular.

2.2. Objetivos Específicos

a) Compreender a fundamentação teórica da Terapia Cognitivo Comportamental


para o estabelecimento de entendimento no período de tensão pré-vestibular;

b) Identificar quais as técnicas de intervenção que podem ser utilizadas no


acolhimento clínico ao jovem adolescente/adulto em situação de crise ansiosa.
3. METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica cuja trajetória metodológica


percorrida foi a de leituras exploratórias. Esse é um tipo de pesquisa que segundo
Mancini (1) visa a realização de análises e sínteses de informações disponíveis em
estudos relevantes sobre o assunto. Para a concretização do método, realizaram-se
leituras e compreensões da literatura, tanto no acervo pessoal, quanto com buscas
em bases de indexação de resumos de revistas e periódicos eletrônicos consideradas
referências sobre estudos na área da saúde, como Scientific Electronic Library Online
(SCIELO) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
usando como descritores combinações de palavras chaves como: terapia
CognitivoComportamental; ansiedade e estratégias cognitivas e comportamentais.
Após a classificação do material bibliográfico, foi realizada a leitura exploratória,
obtendo assim uma visão global do material, considerando o interesse ou não à
pesquisa. Os estudos selecionados permitiram definir qual material bibliográfico
realmente era relevante à pesquisa, sendo então selecionados e citados no
transcorrer da pesquisa.

4. RESULTADOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Em análise das produções científicas sobre ansiedade em vestibulandos, torna-se


possível compreender que a ansiedade e estresse são fatores associados ao período
pré-vestibular, mas com um número sutil de pesquisas durante o período estudado.
De maneira geral, considerando as especificidades desta pesquisa, esse volume de
material pode ter sido limitado pelos critérios estabelecidos, contudo, é possível
perceber que, apesar de pequena há uma crescente na produção científica sobre o
assunto, porém percebe-se expressiva necessidade de novas produções científicas
que conduzam aprofundamento e intervencionismo adequados para melhorar a
situação do período pré-vestibular.
Quanto ao contexto um fator também encontrado por meio deste mapeamento é o de
que muitos indivíduos em período pré-vestibular não apresentam repertório adequado
e suficiente para lidar com as pressões e o estresse derivados dos estudos e há os
que apresentam maior nível de ansiedade devido à dúvida de qual curso escolher.
Diante disso a importância de trabalhar o manejo da ansiedade com intervenções
cabíveis.

4.1. Compreendendo as Estratégias e Técnicas da Terapia Cognitivo


Comportamental utilizadas no processo de tratamento da Ansiedade
Generalizada

Integrando técnicas e conceitos vindos de duas principais abordagens, a cognitiva e a


comportamental. A TCC focaliza os fatores cognitivos da psicopatologia,
reconhecendo a influência do pensamento sobre o afeto, o comportamento, a biologia
e o ambiente. (Shinohara 2001) menciona que os objetivos das técnicas cognitivas
são a identificação dos pensamentos automáticos; reconhecer conexões entre estes
pensamentos, afetos e comportamentos; testar na realidade e substituir as distorções
cognitivas e esquemas disfuncionais por interpretações realistas.
Portanto, o objetivo do uso dessas técnicas comportamentais na TCC, será o de
produzir mudanças nas atitudes do indivíduo e o de testar a validade de suas ideias
de competências ou adequação.
De acordo com (Wright; Basco e Thase 2008) a pessoas que apresentam transtornos
de ansiedade relatam suas experiências subjetivas de medo de forma intensa,
acompanhadas de sintomas físicos de excitação psíquica, quando apresentadas ao
estímulo ameaçador. As respostas emocionais e fisiológicas aos estímulos são tão
aversivas que farão de tudo para evitá-las, a fim de não passar por essas situações
novamente. A TCC se destaca por ser uma das primeiras a dar a atenção ao impacto
do pensamento sobre o afeto, o comportamento, a biologia e o ambiente. Nesse
sentido (Knapp 2004) destaca: “[...] Distorções cognitivas são vieses sistemáticos na
forma como indivíduos interpretam suas experiências. [...] O objetivo da terapia
cognitiva é corrigir as distorções do pensamento [...]”. (Wright, Basco e Thase 2008)
descrevem que a TCC é uma abordagem baseada em dois princípios centrais: “[...] 1.
nossas cognições têm influência controladora sobre nossas emoções e
comportamento;
2. o modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos
padrões de pensamentos e nossas emoções [...]”.
A TCC é utilizada para eliminar e corrigir os padrões de distorções do pensamento,
gerados pela ansiedade, produzindo mudanças cognitivo-comportamentais, isso
porque o indivíduo pode trabalhar os dois aspectos de forma simultânea no processo
terapêutico.
Durante o tratamento a TCC busca organizar a perturbação no pensamento que está
por trás dos transtornos, identificando e trabalhando três níveis de cognições:
1. pensamentos automáticos (PAs);
2. pressupostos subjacentes;
3. crenças nucleares ou centrais.
É a partir do conhecimento desses três níveis cognitivos que os terapeutas cognitivo
comportamentais traçam as estratégias buscando o equilíbrio emocional. Esses níveis
serão descritos abaixo:
Os PAs são pensamentos que, em geral, não são percebidos conscientemente, pois
além de surgirem de forma rápida, involuntária e automática, são praticamente
inumeráveis, manifestam-se distorcidos, equivocados, irrealistas e disfuncionais
possuem um importante papel na psicopatologia, pois podem desencadear
perturbações afetivas disfóricas.
Os pressupostos subjacentes são as construções disfuncionais subjacentes aos PAs.
São compreendidos como regras, padrões, premissas e atitudes de um indivíduo,
desenvolvidas com o tempo, que levam a expectativas em relação a si mesmo e aos
outros.
As crenças centrais são as ideias e conceitos mais profundos, enraizados e
fundamentais de uma pessoa. Aqui as crenças são incondicionais e seu pensamento
será o mesmo, independente das circunstâncias. São aprendidas com as experiências
desde a infância e se fortalecem com o tempo, se tornando rígidas.

4.2. Técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental e Intervenções Aplicadas


nas Sessões de Manejo da Ansiedade para estudantes pré-vestibular

As intervenções cognitivo-comportamentais mais usadas no quadro descrito são: a


psicoeducação, a identificação dos pensamentos automáticos e das emoções, a
identificação das crenças centrais e intermediárias, a reestruturação cognitiva, a
resolução de problemas e a avaliação do processo.
A psicoeducação é um recurso importante na psicoterapia e deve ser o pontapé inicial
neste processo. O paciente deve ser informado sobre a funcionalidade ou não das
suas reações comportamentais. Segundo Barlow e colaboradores (2009, p. 235), "os
pacientes recebem informações em relação às sequelas cognitivas, fisiológicas e
comportamentais das reações emocionais e como esses componentes interagem". O
passo seguinte é identificar os PAs e as emoções, avaliando-os posteriormente. Os
PAs surgem em função da interpretação de uma situação e ocorrem paralelamente
aos pensamentos manifestos. Todos nós apresentamos PAs, porém, as pessoas que
não estão angustiadas costumam testá-los e verificar sua disfuncionalidade, uma vez
que elas enxergam a realidade como ela realmente se apresenta. Beck (1997, p. 87)
nos fala que "pessoas com transtornos psicológicos [...], interpretam erroneamente
situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos
automáticos são tendenciosos". Ao identificar tais pensamentos, examiná-los e corrigir
os seus erros, os pacientes podem melhorar.
As crenças centrais e intermediárias são então identificadas e modificadas a fim de
construir outros modelos de comportamento, baseados na escolha consciente. Essas
crenças são identificadas ao se preencher um formulário com dados sobre os
pensamentos automáticos, as emoções, sentimentos, sensações, os comportamentos
e/ou crenças do paciente (Beck, op. cit.). Com este formulário, é possível reconhecer
as relações entre os pensamentos automáticos e as crenças do paciente.
As crenças centrais estão, conforme (Beck, op. Cit.) relacionadas invariavelmente à
infância. São ideias rígidas sobre si mesmo, enquanto as crenças intermediárias estão
relacionadas às regras, atitudes e suposições do paciente. Tanto um tipo de crença
quanto outro são direcionados ao próprio paciente, ao outro e ao futuro.
Após a identificação dos PAs e das crenças disfuncionais do paciente, a
reestruturação cognitiva deve tomar lugar e possibilitar a aplicação da habilidade de
solução de problemas. Reestruturar cognitivamente pensamentos e crenças significa,
questionar os pensamentos, procurar evidências a favor e contra as avaliações e
interpretações dos eventos, da realidade. Além disso, é necessário identificar os erros
cognitivos dos pacientes ansiosos, tais como a catastrofismo, a leitura mental e a
generalização, e modificá-los (Leahy, 2011).
Os erros cognitivos são erros de julgamento ou dos pensamentos na forma de avaliar
o que nos acontece. A catastrofismo configura-se na antecipação negativa do futuro e
o paciente acredita que o porvir será tão horrível que ele não suportará. Com a leitura
mental, o paciente acredita que conhece os pensamentos e intenções de outros (ou
que eles conhecem seus pensamentos e intenções) sem ter evidências suficientes. A
generalização significa tomar casos negativos isolados e os generalizar, tornando-os
um padrão interminável com o uso repetido de palavras como "sempre", "nunca",
"todo", "inteiro" etc.
A partir da reestruturação cognitiva passa-se à resolução de problemas e possibilita
as escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas
decisões. É importante salientar que os pacientes com TAG parecem exibir plena
capacidade para resolução dos problemas mais comuns. Suas dificuldades parecem
advir dos altos níveis de excitação (vigilância) e ansiedade, que terminam por
prejudicar sua capacidade de raciocínio, além de gerar esquiva, dificultando,
afastando ou procrastinando as soluções dos problemas enfrentados.
(Possendoro in Angelotti, 2007, p. 73).
Caballo (2003) traça algumas intervenções específicas para a preocupação. Dentre
elas, destaca-se o treinamento em solução de problemas adaptado (TSP) -, que diz
respeito às preocupações com problemas baseados na realidade, os quais podem ser
modificados. Para isso, devem-se utilizar dois tipos de estratégias:
1. Orientação em relação ao problema - envolve as reações cognitivas e
comportamentais do paciente ao problema. O paciente com transtorno de ansiedade
tem orientação deficiente em relação ao problema, o que dificulta a aplicação das
habilidades de solução de problemas, já que ele apresenta preocupação excessiva e
sensação de falta de controle pessoal.
2. Habilidades de solução de problemas - referem-se aos comportamentos de
solução de problemas. Este componente compreende quatro passos: a) definição do
problema; b) geração de soluções alternativas; c) tomada de decisão; e d) prática da
solução escolhida e avaliação de seus efeitos.
O tratamento na abordagem cognitiva comportamental nos casos de ansiedade, tanto
de ajustamento quanto generalizada, requer um foco na resolução de problemas e na
habilidade de escolhas. Nessa proposta, o paciente ganha autonomia, pois ele passa
de uma atitude passiva e impeditiva (sentimento de impotência, e medo de tomar
decisões), a uma postura menos rígida e consciente das suas reais possibilidades de
escolha.
A técnica de Mindfulness (atenção plena), desenvolvida pelo fundador Jon Kabat Zinn,
também tem sido muito considerada no tratamento do TAG, apresenta-se como uma
nova perspectiva para a terapia Cognitivo Comportamental no tratamento do TAG,
pois se baseia em aceitação e incorpora à terapia Cognitivo Comportamental
conceitos vindos das tradições espirituais orientais. Esta abordagem terapêutica tem
como finalidade ajudar o cliente a identificar e vivenciar conscientemente as suas
emoções sem ser dominado por elas. Combinar a TCC tradicional à mindfulness e
aceitação no TAG é um desafio que pode originar resultados positivos, visto que a
aceitação da ansiedade facilita o seu manejo podendo colaborar para potencializar e
facilitar a reestruturação cognitiva.
A Mindfulness ou Terapia Cognitiva Baseada na Meditação (TCBM), tem a intenção
de ensinar aos pacientes a tomar consciência e estabelecer uma nova relação com
pensamentos negativos, possibilitando que pacientes ansiosos tirem o foco de seus
pensamentos, sentimentos e sensações corporais negativas, contribuindo para a
diminuição do sofrimento. Entretanto, essas terapias trabalham praticamente com os
mesmos princípios: o desenvolvimento de habilidades perceptivas e de atenção
focada no momento presente, sem julgamento, ampliando assim a dimensão da
consciência e dos seus processos de acolhimento dos pensamentos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que o TAG está incluso entre os transtornos de ansiedade também
muito frequente, sendo que seu aspecto principal é uma preocupação exagerada (em
nível patológico) de uma série de situações. Entretanto, há certa dificuldade em
diferenciar de outros problemas comuns, uma vez que a grande maioria dos adultos
demonstra preocupação também no seu dia a dia. Dessa maneira, é necessária por
parte do terapeuta (psicólogo) uma investigação minuciosa, a fim de atestar ou não o
transtorno.
Clark e Beck (2012) são autores de uma das principais fontes sobre transtornos
ansiosos, por isso foram tão citados no referente estudo. Em sua obra intitulada
“Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade”, trazem contribuições e
informações sobre o manejo, intervenções, técnicas (cognitivas e comportamentais),
instrumentos, enfim, sobre todas as implicações dos mais variados tipos de
transtornos ansiosos na perspectiva da Terapia Cognitiva e na TCC, chegando a
afirmar que tratamentos baseados nessas terapias possuem eficácia bastante
expressiva, onde os tratamentos para o TAG, especialmente, conseguem alcançar
uma taxa de recuperação de 50 a 60%. Dessa forma, as técnicas e intervenções
sugeridas são eficazes para reduzir a preocupação patológica que tanto caracteriza o
TAG.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

American Psychiatric Association. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BECK, J. S. Terapia Cognitivo Comportamental – Teoria e Prática. Trad. Sandra


Mallmann da Rosa. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

D’Avila, G. T., & Soares, D. H. P. (2003) Vestibular: Fatores geradores de


ansiedade na cena da prova. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 4(1-
2), 105-116.

CLARK, D. A.; BECK, A. T. Terapia Cognitiva para Transtornos de Ansiedade –


guia do terapeuta. Trad. Maria Cristina Monteiro. Porto Alegre: Artmed, 2012.

Paggiaro, P. B. S., & Calais, S. L. (2009). Stress e escolha profissional: um difícil


problema para alunos de curso pré-vestibular. Contextos Clínicos, 2(2), 97-105.
DOI: 10.4013/ctc.2009.22.04

Rodrigues, D. G., & Pelisoli, C. (2008). Ansiedade em vestibulandos: um estudo


exploratório. Revista de Psiquiatria Clínica, 35(5), 171-177.
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832008000500001
Silva, L. S. D. e., & Zanini, D. S. (2011). Coping e saúde mental de adolescentes
vestibulandos. Estudos de Psicologia, 16(2), 147-154.
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2011000200005

BIANCHETTI, L. Angústia no vestibular: indicações para pais e professores.


Passo
Fundo: Ed. da UPF, 1996.

LEVENFUS, R. S. Vestibular: Derrubando o mito. Porto Alegre: Gente, 1993.


KNAPP, P. et al. Terapia Cognitivo-Comportamental na prática psiquiátrica. Porto
Alegre: Artmed, 2007

LEAHY, R. L. Livre de Ansiedade. Trad.Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2011.

Zuardi AW. Características Básicas do Transtorno de Ansiedade Generalizada.


Rev Medicina Ribeirão Preto Online 2017; 50(Supl.1): 51-55. [citado em 15 setembro
2017]. Disponível em: https://www.journals.usp.br/rmrp/article/vie w/127538/124632.

Sousa LPC, Vedana KGG, Miasso AI. Adesão ao Tratamento Medicamentoso por
Pessoas com Transtorno de Ansiedade. Rev Cogitare Enfermagem 2016; 21(1): 1-
11. [citado em 15 setembro 2017]. Disponível em:
http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/4 3510/27515.

Cruz APM, Zangrossi JH, Graeff FG. Psicobiologia da Ansiedade. In: Rangé B. (org.).
Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: Pesquisa, Prática, Aplicações e Problemas.
Campinas (SP): Psy; 1998.

Versiani M, Menezes GB, Fontenelle LF, Mululo S. Resistência ao Tratamento nos


Transtornos de Ansiedade: Fobia Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada
e Transtorno do Pânico. Rev Brasileira de Psiquiatria 2007; 29(2,suppl): 55-60. [citado
em 20 de agosto de 2017]. Disponível em: http://web.a.ebscohost.com/abstract?direct
Margis R, Kapcinski G. Transtorno de Ansiedade Generalizada. In: Knapp P, (org.).
Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre (RS): Artmed;
2004. p. 209-216.

Wright JH, Basco M, Thase ME. Princípios Básicos da Terapia Cognitivo


Comportamental. In: Wright JH, Basco M, Thase ME. Aprendendo a Terapia
CognitivoComportamental: Um Guia Ilustrado. Porto Alegre (RS): Artmed; 2008. p. 15-
32.

Knapp P. Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva. In: Knapp P, (org.). Terapia


Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre (RS): Artmed; 2004.
p. 19-41.
Sudak DM. Modelo e Teoria Cognitivos da Psicopatologia. In: ____________.

Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática. Porto Alegre (RS): Artmed, 2008. p.


21-28.

Você também pode gostar