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VILA VELHA
2017
VICTOR TEIXEIRA COSTA
VILA VELHA
2017
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NOME DO ALUNO
BANCA EXAMINADORA
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Nome:
Prof. Orientador
Faculdade Novo Milênio
_____________________________________
Nome:
Prof. Avaliador
Faculdade Novo Milênio
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Palavras-chaves:
1. INTRODUÇÃO
2. AVERSÃO AO MILITARISMO
.
Antes da Constituição de 1934, as polícias militares (Forças Públicas)
ostensivas eram verdadeiros exércitos estaduais. Em 1978 começou o
processo de redemocratização brasileira, ou seja, o fim de um regime
autoritário imposto pelos militares, entretanto as taxas de criminalidade,
principalmente homicídios de jovens nas periferias, só aumentaram a partir
dessa data6.
3
Se diz as praças, e não os praças.
4
PROERD é o Programa Educacional de Resistência as Drogas. Uma adaptação brasileira do programa norte
americano Drug Abuse Resistence Education – D.A.R.E. Implementado em 1992 pela PMERJ e difundido em todo o
Brasil. Atua nas escolas, principalmente na educação infantil e no ensino fundamental, por meio de palestras e aulas
realizadas por policiais militares. Disponível em: < https://www.proerdbrasil.com.br/oproerd/oprograma.htm>
5
Patrulha Escolar é um setor da PMES onde os policiais são exclusivos e preparados para o atendimento de escolas.
Dão palestras de bullyng; atos infracionais, entre outras. Tentam humanizar a relação sociedade x PM.
6
Pesquisa realizada pelo Instituto Sangari diz que o país cresceu 124% na taxa de homicídios em 30 anos. Mapa da
Violência. Disponível em:<www.mapadaviolencia.org.br>
6
Além das polícias serem auxiliares do exército, segundo Alba Zaluar7 seus
integrantes ainda envolveram com criminalidade e acabaram protegidos pela
“Lei da Segurança Nacional” e “Lei de Anistia” que acarretaram em
impunidade, além de “reprimir a memória de quaisquer atos ilegais, sem um
debate público sobre o perdão e a reconciliação conscientes e aceitos pelos
cidadãos brasileiros”.
3. OS CONTRATEMPOS DA DESMILITARIZAÇÃO
As polícias militares são braços armados dos governos estaduais, eles detém o
monopólio da violência, estando ainda submissas ao exército, o que retira parte
do seu controle da autoridade civil e implica na diminuição do poder dos chefes
do executivo dos Estados, responsáveis pela segurança pública, conforme
previsão constitucional. Além disso, o Decreto 88540/83 autoriza o Presidente
da República a mobilizar as polícias militares por alguns fatores, que vão de
7
ZALUAR; Alba. Instituto de Estudos Avançados. Democratização Inacabada: fracasso da segurança pública.
Disponível em: <http://www.iea.usp.br/revista/autores/alba-zaluar>
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SILVEIRA, Felipe Lazzari. Reflexos sobre a desmilitarização e unificação das polícias brasileiras. 2013, p. 11
11
Segundo o Economista da Universidade de Lisboa, Professor Paulo Nunes, trabalhador é: todo aquele que, em
troca de alguma tipo de remuneração, desenvolve algum tipo de trabalho, quer seja de forma independente ou por
conta própria, quer seja integrado numa organização e sob ordens desta
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CARVALHO. Thiago FABRES. Greve da polícia e explosão de violência no ES: premissas para o debate sobre a
paz armada. Disponível em:<justificando.cartacapital.com.br/2017/02/09/grebe-da-policia-e-explosao-de-violencia-
no-es-premissas-para-o-debate-sobre-paz-armada/> Acesso em: 18/09/2017
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amigo versus inimigo, tratando o cidadão como cidadão, ainda que ele venha a
cometer delitos, ainda que ele venha eventualmente a transgredir regras”.13
4. AS FACES DA MILITARIZAÇÃO
4.1. DA ORGANIZAÇÃO
13
CARVALHO. Thiago FABRES. Greve da polícia e explosão de violência no ES: premissas para o debate sobre a
paz armada. Disponível em:<justificando.cartacapital.com.br/2017/02/09/grebe-da-policia-e-explosao-de-violencia-
no-es-premissas-para-o-debate-sobre-paz-armada/> Acesso em: 18/09/2017
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CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. Remilitarização da segurança pública: a Operação Rio. Discursos
Sediciosos – Crime, Direito e Sociedade. Rio de Janeiro. P.140 . 1998.
10
Essa violência institucional, por sua vez, se reflete nas ações realizadas junto à
população civil, pelos dados e notícias diuturnamente veiculadas pelos veículos
de comunicação, há muita força repressora exercida pelos policiais face aos
civis. Quando uma instituição que deveria ser civil, considerando a nova ordem
jurídica e as necessidades sociais, continua vinculada ao Exército nacional,
15
Pesquisa realizada por estudantes da Universidade José do Rosário Vellano chegou à conclusão que 46% dos
policiais militares apresentaram estresse em algum nível.
16
Por que policiais se matam? Polícia Militar capixaba vive entre a contradição de salvar vidas e conviver com o
suicídio de membros da tropa. Disponível em:<http://www.elimarcortes.com.br/2017/11/por-que-os-policiais-se-
matam-policia.html>
11
17
CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. Questões preliminares para a discussão de uma proposta de diretrizes
constitucionais sobre a segurança pública. Revista Brasileira de Ciências Criminais. São Paulo, n. 22, p. 139-181,
abr./jun. 1998, p. 175.
12
O militar é a única categoria de trabalhadores que ainda podem ser presos por
motivos administrativos21 ou disciplinares, quando não há flagrante delito ou
ordem fundamentada de autoridade judiciária competente (art. 5º, LXI da CF),
tampouco tem direito a habeas corpus (art. 142 da CF). Essa categoria também
18
SAPORI, Luís Flávio. Segurança Pública no Brasil: Desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007,
p. 118.
19
Art. 136, II, b, do Decreto 254-R
20
Art 137, II, a, do Decreto 254-R
21
A lei 12.403 de 2011 revogou o art. 319 do CPP que previa a prisão administrativa.
13
é proibida de realizar greve (art. 144, § 6º da CF), não tem direito a FGTS,
além de outros direitos celetistas suprimidos que o trabalhador comum possui.
5. MUDANÇAS
22
Humam Rights Watch. Brasil: Polícia Militar Silenciada. Disponível em: <
https://www.hrw.org/pt/news/2017/03/09/300970>
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23
COTTA, Francis Albert. Breve História da Polícia Militar de Minas Gerais. 2006, p. 141
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Ressalta-se que o Brasil tem a nona maior taxa de homicídios do mundo 24, e
isso não é problema de uma polícia militarizada, é um problema social que
aflige toda a sociedade brasileira. Desse modo, a própria sociedade precisa
desvincular as funções de policial e do militar. Isto porque, tratam-se de
funções completamente distintas, e essa confusão dificulta o processo de
desmilitarização das PMs, justamente por confundir com o desarmamento 25 ou
o fim da polícia ostensiva.
Percebe-se uma total descrença nas PMs por parte de todos. É preciso romper
este paradigma e desmilitarizar, construir um novo modelo de polícia, voltada
para o cidadão e respeitando os direitos dos policiais, em observância aos
princípios e direitos constitucionais.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Humam Rights Watch. Brasil: Polícia Militar Silenciada. Disponível em: <
https://www.hrw.org/pt/news/2017/03/09/300970>
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS