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1 Tema da Pesquisa
O poder Arbitrário da Polícia
2 Delimitação do Tema
Direitos humanos e polícia – o poder arbitrário por parte dos agentes de
Segurança Pública
3 Introdução e Justificativa
A relação entre direitos humanos e a atuação da polícia é um tema complexo
e importante. Os direitos humanos são os direitos básicos e fundamentais de todos
os seres humanos, reconhecidos internacionalmente. A polícia, como instituição
responsável pela manutenção da ordem pública e segurança, tem o dever de
proteger e respeitar esses direitos.
1
Acadêmico do Curso de Direito do Centro Universitário Luterano de Manaus –
CEULM/ULBRA/Manaus, AM. E-mail: Larissa.alves33@rede.ulbra.br
2
Professora Mestre, orientadora da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, do Centro
Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA/Manaus, AM. E-mail:
madalena.pietzsch@ulbra.br
3
Professor Mestre, orientador da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, do Centro
Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA/Manaus, AM. E-mail:
wallace.carvalhosa@ulbra.br
Essas violações são extremamente preocupantes e inaceitáveis, uma vez que
os agentes de segurança pública devem agir dentro dos limites legais e respeitar os
direitos das pessoas. A ação arbitrária por parte da polícia não só viola diretamente
os direitos humanos das vítimas, mas também mina a confiança da população na
instituição policial e no Estado de direito.
4 Problema da Pesquisa
A pesquisa busca examinar a relação entre os direitos humanos e a conduta
dos agentes de segurança, investigando o tema do poder arbitrário e abuso de
autoridade por parte desses agentes.
6 Objetivos da Pesquisa
7 Referencial Teórico
A definição que contém no dicionário Dicio online de português, “arbitrário”
é aquilo que não segue princípios lógicos; que está sujeito aos desejos e/ou
vontades da pessoa que age; que não acompanha nem depende de regras ou
normas. No que tange a esfera jurídica, a arbitrariedade é o agente que utiliza do
livre-arbítrio de uma outra pessoa e desrespeita a lei e, filosoficamente, diz-se da
premissa, comportamento ou decisão que não se pauta nos princípios da lógica,
da moral ou de uma razão universal, seguimos neste estudo com algumas
teorias a serem analisadas.
origem na Idade Média, como forma de limitação do poder categórico, ressurgiu nos
últimos tempos como um ideal extremamente útil para todos aqueles que lutam
é visto como uma ferramenta para evitar a discriminação e o uso arbitrário da força.
Para superar tal situação de “opressão”, na qual o Estado, na pessoa dos agentes
geral, seria necessário retornar às origens do Estado de Direito. Para isso, Hayek
liberdade. De acordo com essa versão, ele não pode ser comparado ao princípio da
representa uma concepção material referente ao que o Direito deveria ser. Essa
dos agentes de segurança por meio de leis claras, previsíveis e aplicadas de forma
Estado de Direito.
2. Teoria dos Direitos Humanos: De acordo com Bobbio (2004)3 Direitos
humanos são derivados da dignidade e do valor inerente à pessoa humana, tais
direitos são universais, inalienáveis e igualitários. Em outras palavras eles são
inerentes a cada ser humano, não podem ser tirados ou alienados por qualquer
pessoa; sendo destinados e aplicados a qualquer indivíduo em igual medida –
independente do critério de raça, cor, sexo, idioma, religião, política ou outro tipo
de opinião, nacionalidade ou origem social, propriedades, nascimento ou outro
status qualquer. Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” foi considerado
antagônico ao de Segurança Pública. Produto do autoritarismo vigente no país
entre 1964 e 1984 e da manipulação, por ele, dos aparelhos policiais, esse velho
paradigma maniqueísta cindiu sociedade e polícia, como se a última não fizesse
parte da primeira. Polícia, então, foi uma atividade caracterizada pelos
segmentos progressistas da sociedade, de forma equivocadamente conceitual,
como necessariamente afeta à repressão anti-democrática, à truculência, ao
conservadorismo. “Direitos Humanos” como militância, na outra ponta, passaram
a ser vistos como ideologicamente filiados à esquerda, durante toda a vigência
da Guerra Fria (estranhamente, nos países do “socialismo real”, eram vistos
como uma arma retórica e organizacional do capitalismo). No Brasil, em
momento posterior da história, à partir da rearticulação democrática, agregou-se
a seus ativistas a pecha de “defensores de bandidos” e da impunidade.
Evidentemente, ambas visões estão fortemente equivocadas e prejudicadas pelo
preconceito. Apesar de detalhamento do trabalho policial no corpo da
Constituição; tais como: patrulhamento ostensivo; função de investigação e
apuração de infrações penais; e preservação da ordem pública, o que se vê,
hoje, é uma polícia que faz mais do que a determinação legal impõe. A instituição
policial absorveu atividades que em princípio não deveriam ser suas, como por
exemplo, as ocorrências que envolvem discussões familiares, tal fato pode estar
ligado a falhas no Sistema de Segurança Pública ou pela mudança nos anseios
da sociedade. A atividade policial, atualmente, não pode ser compreendida
apenas pela ótica legal. É preciso levar em conta que as leis são rígidas e
invariáveis, mas a sociedade é mutável e espera uma mudança na perspectiva
do trabalho policial. O profissional de segurança contemporâneo é um agente
promotor de cidadania e direitos humanos.
3. Teoria do Controle Social: É cediço que o Estado surgiu e se mantém,
por meio de ideologias que buscam sua legitimação, dentre as quais, se destaca
aquela cujo objetivo é a busca do bem comum, consubstanciada na possibilidade de
convivência social harmônica. Exsurge, para dita função, meios legitimados,
conhecidos como instituições de controle ao corpo social. Nesse diapasão, o
controle social exercido pelo Estado se vale desde meios mais ou menos “difusos” e
encobertos até meios específicos e explícitos, como é o sistema penal (Polícias,
Ministério Público, órgãos da Magistratura, órgãos da Administração Penitenciária).
Assim, para avaliar o controle social em um determinado contexto, não se deve
deter-se apenas ao sistema penal, mas é necessário analisar outros aspectos que
tornam complicadíssimo o tecido social, Essa abordagem analisa o papel da polícia
e dos agentes de segurança como instituições de controle social. Ela explora como o
poder dessas instituições pode ser usado de forma abusiva e arbitrária, mas também
considera as formas pelas quais o controle social legítimo pode ser exercido para
garantir a ordem e a segurança pública. Posto isso, com o fim de não cair em
ilusões, tampouco obter resultados superficiais, far-se-á à análise de duas
instituições da nossa sociedade, quais sejam –Família e Escola –, com o objetivo de
observarmos a extensão e complexidade do nosso controle social, e, com o
resultado, verificarmos se nossa sociedade é mais autoritária ou mais democrática,
na medida em que essa característica determinará o rigor do controle social.
4. Teoria Crítica: Partindo de qualquer das definições apresentadas
anteriormente do poder dos agentes de segurança publica, se encontra o núcleo
principal da crítica moderna. A noção de poder de polícia embute em si um forte
timbre autoritário. Comumente, ao conceito de poder de polícia está mais que a
mera aplicação da lei reguladora de direitos dos particulares, mas também,
conforme Otto Meyer apud Sundfeld (2003): “na ação da autoridade para fazer
cumprir o dever, que se supõe geral, de não perturbar de modo algum a boa ordem
da coisa pública”. Conforme pesquisas bibliográficas anteriormente, a Teoria Crítica
preocupa-se (e ocupa-se) com questões relacionadas à apropriação do poder e da
justiça em nossa sociedade. Nesse sentido, busca-se compreender como se
constitui o sistema social levando em consideração diversas relações: da economia,
da política, das questões raciais, de gênero, das ideologias, da educação, da
religião, das dinâmicas culturais, entre outras. De um modo geral, pode-se dizer que
o Poder de Polícia funciona como um mecanismo de frenagem que é utilizado pela
Administração Pública para conter abusos na sociedade e, em contrapartida, para
evitar a ocorrência de arbitrariedades e excessos de servidores que atuam na área
da Segurança Pública, sobretudo quando estes permitem que o direito individual
sobreponha o direito coletivo, o que, na prática, não pode e nem deve acontecer,
conforme já exposto anteriormente.
8 Metodologia da Pesquisa
A pesquisa bibliográfica Cadernos da Fucamp, v.20, n.43, p.64-83/2021 primordial
na construção da pesquisa científica, uma vez que nos permite conhecer melhor o
fenômeno em estudo. Os instrumentos que são utilizados na realização da pesquisa
bibliográfica são: livros, artigos científicos, teses, dissertações, anuários, revistas,
leis e outros tipos de fontes escritas que já foram publicados.
9 Cronograma
ATIVIDADES MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do Tema x
Levantamento de x x
Literatura
Elaboração do Projeto x x x
Levantamento de Dados x
Escrita da Parte Teórica x
Análise dos Dados x
Discussão dos x
Resultados
Elaboração das x x x x
Considerações Finais e
Referências
Ajustes Finais x
Entrega da Versão Final x
do TCC
10 Referências
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho;
apresentação de Celso Lafer. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P.A.; SILVA, R. Metodologia Científica. 6. Ed. – São
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https://static.scielo.org/scielobooks/b5pv2/pdf/costa-9788523212193.pdf Acesso em
16 março 2021.
FERRAREZI JUNIOR, Celso. Guia do Projeto Científico: do projeto à redação
final: monografia, dissertação e tese. 1 ed. – São Paulo: Contexto, 2011.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
Apostila.
GABARDO, Emerson. O princípio da supremacia do interesse público sobre o
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GOLDSTEIN, Herman. Policiando uma sociedade livre. Tradução Marcello
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HAYEK, Friedrich August von. O Caminho da servidão. São Paulo: Instituto Liberal,
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MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 17.ed. São Paulo: Revista dos
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VIEIRA, Oscar Vilhena. Estado de Direito. Enciclopédia jurídica da PUC-SP.
Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire
(coords.). Tomo: Teoria Geral e Filosofia do Direito. Celso Fernandes
Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga, André Luiz Freire (coord. de tomo). 1.
ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível
em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/78/edicao-1/estado-de-direito
ZAFFARONI, Eugenio Rául. PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal
brasileiro: parte geral. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p 61.