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A origem do nome Guarulhos está intimamente relacionada aos primeiros habitantes do território.
Os índios Maromomi foram os primeiros povoadores do lugar; expulsos do litoral pelos índios Tupis,
chegaram a região por volta de 1400; eram nômades e viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos. A
criação da aldeia de Nossa Senhora da Conceição, atual cidade de Guarulhos, esteve vinculada, desde
o início, à Vila de São Paulo de Piratininga. A iniciativa dos colonizadores portugueses ao fundarem
várias aldeias indígenas em São Paulo visava controlar o espaço territorial e proteção contra os ataques
dos indígenas Tamoios.
Guarulhos foi fundada, oficialmente, no dia 8 de dezembro de 1560, pelo Padre Jesuíta Manoel de
Paiva. Em 1675, nas terras de São Paulo, a aldeia de Nossa Senhora da Conceição foi elevada à
condição de distrito; dez anos depois, em 8 de maio de 1685, passou à categoria de freguesia. Apenas
em 24 de março de 1880 foi elevada à condição de vila, emancipando-se de São Paulo, ocasião em que
teve seu nome abreviado para Conceição de Guarulhos. A atual denominação, por sua vez, foi assumida
em 6 de novembro de 1906, quando ganhou o estatuto de cidade.
O desenvolvimento da cidade deu-se em função de três principais atividades econômicas, e pode
ser dividida em três ciclos: O ciclo do ouro, o ciclo do tijolo e o ciclo industrial.
A primeira atividade econômica foi a extração de ouro. A descoberta do ouro em 1597 é atribuída
a Afonso Sardinha e o minerador Clemente Alves. A extração de ouro em Guarulhos antecedeu em 100
as descobertas de ouro em Minas Gerais e estendeu-se até o ano de 1812. O território do Garimpo de
Ouro do Ribeirão das Lavras ficava situado nos atuais bairros Capelinha, Morro Grande, Tanque Grande,
Lavras e Bonsucesso. A caça ao ouro foi o início do processo de expansão urbana e das atividades
culturais, sendo os índios, portugueses e negros os principais personagens do período.
O esgotamento das atividades de mineração de ouro em Guarulhos possibilitou outro modelo de
ocupação do espaço. O povoamento e as atividades econômicas deslocaram-se dos morros, nas regiões
norte e leste para as áreas próximas aos rios Tietê, Cabuçu de Cima e Baquirivu-Guaçu.
As condições naturais existentes nessas regiões (água, argila, madeira, areia e pedra) e a
utilização do tijolo como material construtivo, em substituição à taipa de pilão, fez com que a cidade
reencontrasse seu espaço na economia paulista com o clico do Tijolo Cozido. O consumo de tijolos
cozidos na região metropolitana, utilizados em todos os tipos de construções, fez aumentar a demanda,
aumentando o número de olarias na cidade. O ciclo do tijolo cozido, que teve seu auge entre os anos de
1884 e 1960, entre outras coisas, trouxe três elementos novos para o cenário político da cidade:
implantação das primeiras indústrias, o modelo assalariado para a remuneração do trabalho e o
aparecimento dos primeiros operários urbanos.
Guarulhos é a segunda cidade mais populosa do estado, a 13ª mais populosa do Brasil. É a
cidade não capital de estado mais populosa do Brasil, além de deter o 4º maior produto interno bruto do
seu estado.