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Pós-Graduação Lato Sensu em

AEROPORTOS, PROJETO E CONSTRUÇÃO

PLANEJAMENTO

Prof. Dr. Rita Moura Fortes


rita.fortes@alumni.usp.br
O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em
AEROPORTOS, PROJETO E CONSTRUÇÃO
tem como objetivos:

Geral

Atualizar os conhecimentos sobre


AEROPORTOS, PROJETO E CONSTRUÇÃO,
aliando-os à formação acadêmica do estudante,
valorizando e estabelecendo relações sinérgicas
com os aspectos tecnológico, científico,
ambiental e de cidadania, implícitos ao setor da
Construção Civil.

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• Específicos
Analisar os impactos do segmento aeroportuário e indústria do segmento de
transporte aéreo em relação à economia, emprego, meio-ambiente e na
qualidade de vida do cidadão;
Desenvolver a capacidade de atuação no setor aeroportuário da construção civil
por meio de estudos sobre planejamento,operação e meio ambiente, de projeto
e construção terminais de passageiros, das construções complementares e do
complexo de pistas e pátios destinados ás operações de pouso, decolagem,
taxiamento e estacionamento; de análise de investimentos, de logística, da
segurança e manutenção estrutural;
Incentivar o estudante a um comportamento tecnológico no seu próprio negócio
ou atuando em organizações;
Reforçar a importância da ação multidisciplinar em um ambiente de
planejamento e negócios globalizado e em acelerado ritmo de mudanças.

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O modelo pedagógico do curso permite uma formação
diferenciada do estudante, capacitando-o para:

Definir estratégicas empresariais;


i) Planejar operações e atividades envolvidas em
empreendimentos aeroportuários relacionados à
Construção Civil;
ii) Realizar planejamento estratégico e operacional de
empresas envolvidas nos slots aeroportuários
(Segundo Manual da IATA (International Air
Transport Association), "um slot aeroportuário (ou
“slot”) é uma autorização dada por um coordenador
para uma operação planejada, que permite usar em
sua totalidade a infraestrutura aeroportuária
necessária para os pousos e decolagens em uma
data e hora específicas." 4
Um slot pode ser melhor entendido como uma vaga, uma unidade em um
aeroporto coordenado que corresponde a um pouso/decolagem em data e
horário marcados, dentro de uma sequência com intervalos controlados de
acordo com a capacidade aeroportuária.);
iii. Propor ações relacionadas às pessoas envolvidas com os
empreendimentos;
iv. Entender e trabalhar com sistemas de gestão integrada e ambiental.
Será um profissional capaz de aplicar os procedimentos necessários no
exercício de suas atividades, planejando a implantação de aeroportos e áreas
afins elaborando manuais e rotinas de trabalho, definindo métodos de execução
a serem aplicados e as formas de acompanhamento de desempenho,
organizando plano de distribuição de trabalho, podendo utilizar aplicativos de
informática, na área de projeto e construção do equipamento urbano aeroporto.

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Componente curricular: Planejamento
• Objetivo / Competências:

• - Consolidar e integrar os conhecimentos adquiridos sobre o futuro da


aviação e da indústria aeronáutica;
• - Desenvolver o espírito de equipe, ético, cooperativo e de compartilhamento
de informações;
• - Entender os aspectos organizacionais de um empreendimento
aeroportuário;
• - Conhecer os sistemas de planejamento aeroportuários;
• - Desenvolver ferramentas de projeto e operação de terminais de
passageiros e cargas; de operação e de segurança.

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Ementas / Bases Instrumentais e/ou Tecnológicas:
1. O futuro da indústria da aviação e dos aeroportos;
2. Dinâmica do planejamento estratégico;
3. Privatização e regulamentação/desregulamentação;
4. Sistema aeroportuário;
5. Impactos Ambientais;
6. Implantação de sistemas aeroportuários, demandas e segurança
aeroportuária;
7. Runways, taxiways, Strips, áreas de escape;
8. Responsabilidade civil no transporte aéreo;

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PLANO DE AULA
UNIDADE CURRICULAR: Planejamento
CRONOGRAMA DE AULAS E PRÁTICAS
Nº da Aula Data Tema Seminário do grupo Grupo (alunos)
Todos os grupos. resumo dos
1. Privatização e principais tópicos relacionados ao
1 29/fev -
regulamentação/desregulamentação; Planejamento Aeroportuário do
último relatório consolidado
Introdução a disciplina. Ementa.
Conteúdo. Critério de Avaliação.
2 07/mar Bibliografia básica e complementar. Aula expositiva -
Plano de Aulas.
2. Transporte Aéreo e Aviação Civil
1. Privatização e Os alunos devem levar o último relatório consolidado
3 14/mar
regulamentação/desregulamentação; para trabalharem em classe.
3. Estrutura Aérea, Organização e Estrutura Aérea, Organização e
grupo 1
Controle do Tráfego Aéreo Controle do Tráfego Aéreo
Planejamento, PDIR, Tipos de
4 21/mar 4. Sistema aeroportuário; Aeroporto. Dinâmica do
Planejamento, PDIR e Tipos de planejamento estratégico; grupo 2
Aeroportos Requisitos para Aprovação do
Projeto. Registro e Homologação.
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PLANO DE AULA
UNIDADE CURRICULAR: Planejamento

CRONOGRAMA DE AULAS E PRÁTICAS


Nº da Aula Data Tema Seminário do grupo Grupo (alunos)
5. Características das aeronaves
5 28/mar Projeto Geométrico da Área de Pouso Aula expositiva -
Cálculo do comprimento da pista de
pouso de decolagem
6 04/abr Projeto Geométrico grupo 3
6. Previsão do Tráfego Aéreo Previsão do Tráfego Aéreo
7 11/abr -
7. Localização de Aeroportos Localização de Aeroportos
8 18/abr 8. Meteorologia Aeroportuária Meteorologia Aeroportuária -
9 25/abr 9 Helipontos/Heliportos Helipontos/Heliportos grupo 4

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PLANO DE AULA
UNIDADE CURRICULAR: Planejamento

CRONOGRAMA DE AULAS E PRÁTICAS


Nº da Aula Data Tema Seminário do grupo Grupo (alunos)
10 02/mai 10. Auxílios Visuais Auxílios Visuais grupo 5
11 09/mai Drenagem aeroportuária Drenagem aeroportuária grupo 6
12 16/mai Prova Prova -
13 30/mai Corpus Christi
14 06/jun Fechamento das notas - -

O seminário deverá ser de aproximadamente 45 de apresentação, com 15 minutos para debate e questionário.
Deverá ser entregue um resumo, em pdf, o trabalho completo em pdf e com a apresentação em power point para
a professora, no dia da apresentação. A avaliação será de 40% seminário e 60% prova.

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Avaliação
O seminário deverá ser de aproximadamente 45 de apresentação, com 15
minutos para debate e questionário. Deverá ser entregue um resumo para os
colegas, em pdf, o trabalho completo em pdf e com a apresentação em
Power point para a professora, três dias antes da apresentação (sexta-feira
que antecede). A avaliação será de 40% seminário e 60% prova.
No seminário será ponderada a participação de todos os componentes do
grupo, domínio do assunto, interação, questionamento apresentado e
respondido. Conforme o planejamento apresentado, cada grupo escolherá
um desses tópicos e apresentará no início da aula, sendo complementado
pela professora ao final.
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Bibliografia básica:
NEUFVILLE, Richard. & ODONI, Amedeo. – Airport Systems, Planning,
Design and Management – New York: Ed. McGraw-Hill, 2003.

FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION – Airport Design AC 150-5300-13:


Washington D.C. , 1989.

FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION –The Airport System Planning


Process AC 150/5070-7 Washington D.C. , 2004
MORSELLO, Marcos Fábio – Responsabilidade Civil no Transporte Aéreo,
São Paulo, Editora Atlas, 2006.
12
• INFRAERO: www.infraero.gov.br
• ANAC: www.anac.gov.br
• DNIT – Departamento Nacional de
Infraestrutura em Transportes:
www.dnit.gov.br
• ICAO - International Civil Aviation
Organization: www.icao.org ATUALIDADES
• FAA - Federal Aviation Administration:
www.faa.gov
• TRB - Transport Research Board:
www.trb.org
• ICAO - International Civil Aviation
Organization: www.icao.int/
Algumas definições importantes:

Aeródromo é toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.


Os aeródromos podem sem classificados como públicos e privados.

Helipontos são os aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros.

Heliportos são os helipontos públicos dotados de instalações e facilidades para apoio


de operações a helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

Helideque: é uma estrutura construída para pousos e decolagens de helicópteros,


instalada a bordo de plataformas marítimas ou em embarcações.
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• O termo hub-and-spoke tem a sua origem nos
vários raios de uma bicicleta que aponta na direção
do seu eixo central.
• Nas rotas hub-and-spoke as empresas aéreas
escolhem uma determinada cidade para ser o centro
Sistema hub- de distribuição dos seus voos, fazendo com que os
passageiros mudem de avião no aeroporto
and-spoke seleccionado como hub. Para além do aumento da
rede aérea, as rotas hub-and-spoke permitiram o
aumento do número de frequências para um
determinado destino, pois as aeronaves
permanecem mais tempo no ar (Soutelino, 2006, p.
3).

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• Classificação
De acordo com a FAA (Federal
Aviation Authority),
os hubs podem ser classificados
de acordo com o número de
passageiros por ano (Soutelino,
2006, p. 7):

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Vantagens
O sistema hub apresenta várias vantagens em
relação aos sistemas que operam ponto a ponto
Desvantagens (Soutelino, 2006, p. 7-8):
Apesar de ser economicamente A companhia aérea ganha maior poder de compra
viável, o sistema hub-and-spoke em relação à concorrência;
apresenta algumas
desvantagens para as Maior número de voos diretos;
companhias aéreas e para os Curto tempo de conexão para voos de pequenas
passageiros (Soutelino, 2006, p. distâncias;
8-9): Facilidade de transferência de voos;
Pequena taxa de bagagens avariadas ou
extraviadas.
O hub proporciona ainda a criação de novos postos
de trabalho, pois são necessários um conjunto de
serviços que vão desde bancos a lojas e salas de
descanso (Soutelino, 2006, p. 7-8).
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Companhia aérea
Colisões;
Atrasos em cadeia;
Tráfego aéreo;
Congestionamentos na infra-estrutura aeroportuária;
Custos adicionais com handling e de combustível.
(Custo de manuseio (HANDLING COST)
São os custos envolvidos na movimentação de mercadorias no armazém. Esse
custo é composto pelos salários do pessoal envolvido com as atividades de
movimentação, manutenção e depreciação dos equipamentos de
movimentação.)
Passageiros
Duração da viagem;
Desconforto gerado pela viagem.
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Generalidades sobre o Transporte Aéreo

• A transferência deve ocorrer da maneira mais rápida e segura.


• Reduzir os tempos de percurso terrestres, nas transferências e nos deslocamentos aéreos.
• Fazer aeroportos mais próximos dos centros geradores de tráfego ou, uma vez que aeroportos
incomodam por conta dos ruídos, fazer com que o acesso aos terminais sejam mais rápidos
(vias de acessos exclusivos).
• Tornar os procedimentos aeroportuários mais rápidos ou, quando não for possível, que se
realizem de forma confortável.
• Tornar as viagens aéreas mais rápidas => limites de velocidade x controle de tráfego aéreo.
• Outra alternativa é baratear as viagens colocando mais assentos e diminuindo serviços de
bordo.
Custos
As redes aéreas possuem custos associados, que são variáveis
consoante o tipo de rede utilizado. Os custos não operacionais
são os custos que não estão diretamente relacionados com o
transporte de passageiros e carga. Os custos operacionais
advêm da produção e venda dos outputs relativos ao transporte
aéreo. Os custos operacionais indiretos são independentes da
utilização de uma frota de transportes aéreos. Os custos
operacionais diretos são largamente dependentes do tipo de
aeronave utilizado na frota aérea e da maneira como estas
aeronaves são utilizadas. Contudo, existe outro tipo de distinção
entre os custos operacionais diretos (Holloway, 2003, p. 273):
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Custos produtivos – incluem custos associados à manutenção,
taxas relativas aos aeroportos e combustíveis;
Custos associados ao tráfego – incluem operações de catering,
documentação das cargas, comissões de agências de viagens
e taxas associadas ao transporte de passageiros.
(Holloway, 2003, p. 275).
HOLLOWAY, Stephen - Straight and level: practical airline economics [Em linha]. 2ª ed. Hampshire:
Ashgate Publishing, Ltd., 2003. [Consult. 20 Maio 2008]. Disponível em WWW:
<URL:http://books.google.com/books?id=coiK9f88F88C&hl=pt-PT>. ISBN 978-0-7546-1930-7
Objetivos
A programação de voos visa criar um equilíbrio entre a óptica comercial e as
outras áreas associadas, por forma a otimizar a rede aérea. Este equilíbrio deve
ser estabelecido tendo em conta as operações financeiras e técnicas. Assim é
possível estabelecer uma lista de objetivos a definir (Lessa et al., 2001, p. 2-3):
• Satisfação do cliente – são necessárias informações sobre o cliente para
satisfazer as necessidades dos passageiros. O plano de programação deve
satisfazer os requisitos dos passageiros;
• Produtividade dos recursos humanos – a mão-de-obra deve ser dimensionada
de forma a não ocorrer subutilização da mesma. Os custos operacionais
associados à tripulação devem ser optimizados.
• Elevada utilização da frota aérea – uma aeronave só é lucrativa quando se
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encontra em movimento. Os custos indiretos de operação de uma aeronave são
fixos, portanto, quanto maior for a utilização da aeronave, menores serão os
custos indiretos por total de horas em que a aeronave está a ser operada..

LESSA, Anderson et al. - A atividade de programação de voos de uma empresa aérea [Em linha]. Rio de Janeiro,
2001. [Consult. 24 Maio 2008]. Disponível em
WWW:<URL:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0641.pdf>
Objetivos
• Elevadas taxas de ocupação – Deve tentar-se atingir um equilíbrio entre o nível de
tráfego disponível e o nível de capacidade oferecida. As companhias aéreas
pretendem alcançar elevadas taxas de ocupação, mas tendo o cuidado de não
estabelecer essas taxas a um nível muito elevado sob o risco dos passageiros
optarem por outra alternativa;
• Alta frequência – por forma a obter quotas significativas de mercado é importante
estabelecer uma alta frequência de voos, mas tendo o cuidado de manter o
equilíbrio com o nível de capacidade oferecido em cada rota;
• Maximização das conexões – deve se tentar optimizar as conexões de passageiros
nas duas extremidades de cada rota. Para isso é necessário a elaboração de nós
de conexão. Através de relatórios de movimento de aeroportos, é possível observar
quais os voos que chegam e partem de uma determinada localidade.

LESSA, Anderson et al. - A actividade de programação de vôos de uma empresa aérea [Em linha]. Rio de Janeiro,
2001. [Consult. 24 Maio 2008]. Disponível em 29
WWW:<URL:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0641.pdf>
Restrições
Existem dois tipos de restrições associada à programação de voos (Lessa et al., 2001, p. 4).

Externas
Nas restrições externas existem os problemas de slot, ou seja, restrições quanto aos horários
de partida e chegada de aeronaves.
Outra restrição importante são os night curfews, em que os aeroportos fecham ou reduzem o
tráfego durante o período noturno. Nesta situação o programador de voo não deve programar
decolagens ou aterissagens durante este período.
As regulamentações do setor e os acordos de pools/joint-ventures também constituem
restrições externas à programação de voos (Lessa et al., 2001, p. 4).

(A Joint Venture – termo de origem britânica – compreende na união de duas ou mais


empresas, porém, com demais aparatos adicionados. Por exemplo, nesta modalidade de
conglomerados, as companhias aliadas partilham dos serviços, bens, prejuízos e lucros.
Quando as empresas decidem optar por este tipo de envolvimento, estão cientes que
superarão, juntas, dificuldades no mercado e barreiras para expansão. Por outro lado, serão
beneficiárias das tecnologias que possuem e participarão dos aprimoramentos das outras
corporações.)

LESSA, Anderson et al. - A actividade de programação de vôos de uma empresa aérea [Em linha]. Rio de Janeiro, 2001. [Consult. 24
Maio 2008]. Disponível em WWW:<URL:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0641.pdf>
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Internas
Os requisitos de manutenção, em que cada tipo de aeronave tem uma
programação especifica de manutenção e os planos de contingência são
exemplos deste tipo de restrição.

Nos planos de contingência é importante elaborar planos para manter a


pontualidade do restante planeamento.

No caso de surgir um imprevisto existem aeronaves que ficam em reserva.


Esse nível de reserva é afetado pela situação financeira da companhia, as
condições e a idade da sua frota (Lessa et al., 2001, p. 4).

LESSA, Anderson et al. - A actividade de programação de vôos de uma empresa aérea [Em linha]. Rio de Janeiro,
2001. [Consult. 24 Maio 2008]. Disponível em
WWW:<URL:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0641.pdf> 31
Berlim – Bajaras,
Alemanha Madri –
Espanha
A transferência
deve ocorrer
da maneira
mais rápida e
segura. Paris -
França
Reduzir os tempos de percurso terrestres, nas transferências e nos
deslocamentos aéreos

Dusseldorf -
Airtrain
Aspecto multidisciplinar do projeto aeroportuário
✓ Planejamento, o projeto e a implantação de um aeroporto envolvem
profissionais de várias especialidades, inclusive não-aeroviárias.
✓ Sociólogos e economistas: previsão de demanda.
✓ Engenheiros aeronáuticos: previsão de aeronaves (veículos), análise de
frotas disponível e futura e conversão de demandas: passageiros e cargas.
✓ Engenheiros civis e arquitetos: projetos e construção de edificações,
integração modal e fluxos na integração (orientação).
✓ Engenheiros civis: terraplenagem e pavimentação de pistas.
✓ Engenheiros mecânicos: infraestrutura de suporte a aeronaves e cargas.
✓ Engenheiros elétricos e eletrônicos: iluminação e sistemas de sinalização
e comunicação.
✓ Engenheiros químicos: pinturas de pistas e pátios.
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Histórico da Aviação Civil
Internacional
Leonardo Da Vinci

O sonho de Ícaro

Nossa história
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• Engenharia pode ser definida como a arte de
associar os conhecimentos científicos à técnica e
à prática para conceber, projetar, construir,
operar e gerenciar empreendimentos, objetos ou
máquinas com a finalidade de proporcionar a
melhoria das condições de vida dos seres e,
numa visão mais moderna, pensando na
sustentabilidade!

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• Máquina voadora –
Leonardo da Vinci

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• RELATO HISTÓRICO DA AVIAÇÃO NO BRASIL
• Do balão até o avião
• 1709 - Lisboa - Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724). Passarola -
Aerostato subiu 60 m e depois pousou suavemente no Tejo.
• 1855 - 1ª ascensão aerostática no Rio de Janeiro. Aeronauta Edouard
Heill sobe no campo de Santana (Praça da República) e pousa na água
próximo a ponte do Gambá.
• 1867 - Balões de observação na Guerra do Paraguai (12 ascensões do
Duque de Caxias)
• 1881 - Júlio César Ribeiro de Souza elevou-se em Paris no seu "balão
planador - Vitória". Formato alongado e leme pois o projetista pretendia
alcançar a dirigibilidade (antes nunca tentada). Anteviu a possibilidade de usar
o leme para orientar a navegação aérea.
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• RELATO HISTÓRICO DA AVIAÇÃO NO BRASIL
• Do balão até o avião
• 1890 e 1892 - Leopoldo Correa da Silva construiu 2 balões dirigíveis (21 de
Abril e Cruzeiro do Sul". Criou a empresa (Navegação Comercial Aérea",
tendo entre os seus objetivos a cobrança de frete.
• 1898 - Santos Dumont: "nº1" - balão dirigível de formato cilíndrico; "nº2";
"nº3"; "nº4"; "nº5" - domínio da dirigibilidade dos balões; "nº6" ... "nº14".
• 1902 - Augusto Severo - "Pax" - dirigível com 2000 m3 de hidrogênio e 2
motores (40 cavalos-vapor) explodiu a 400 m de altura sobre Paris. Primeiros
mártires da aviação brasileira (Severo e seu mecânico)

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• 1906 (13/9) - 14 Bis - Campo de
Bagatelle - 30 km/h, altura de 0,50
m e distância de 7 m.
• 1906 (23/10) - 14 Bis - alguns
metros acima do chão, distância de
aproximadamente 6 m - 1º voo de
um aparelho mais pesado que o ar.

Voo do 14 Bis em 1906

44
I Guerra Mundial (1914-1918)

I Guerra Mundial (1914-1918)


45
Após a 1ª Guerra Mundial

Surgimento do transporte aéreo como atividade


comercial e, consequentemente, aparecem as
primeiras “linhas aéreas”.
O primeiro voo regular da história da aviação civil
foi realizado em1914 pelo piloto Tony Jannus, que
transportou passageiros e carga entre Petersburgo
e Tampa (Flórida, EUA).

Primeiros conflitos no espaço aéreo

Necessidade de criação de normas aplicadas na


atividade aérea e delimitação do espaço aéreo.
46
• Aeroportos e Companhias de
Aviação
• 1912 - Velódromo - pista
elipsoidal com eixo menor que
100 m no local onde hoje se
ergue o Teatro Cultura Artística
(R. Nestor Pestana).
• . Prado da Moóca - elipsoidal -
gramado com menos de 200 no
seu eixo maior.
• . Fazenda de Guapira - hoje
Parque Edu Chaves, Eduardo
(Edu) Pacheco Chaves fundou o
campo de aviação. 47
• Aeroportos e Companhias de Aviação
• 1920 - verba de 200 contos de réis para construção de uma pista e um
hangar.
• 1927 (07/05) - fundação da Varig no Rio Grande do Sul. Grupo de
pioneiros liderados por Otto Ernst Meyer. 1º voo comercial com correio e
passageiros entre Porto Alegre e Rio Grande - avião "Atlântico" (Dornier Wal)
• 1930 - Orthon Hoover - Escola de Aviação - Campo de Indianópolis (atual
praça Nossa Senhora Aparecida na Av. Indianópolis.
• Aeródromo Brasil: Pamplona com Estados Unidos
48
• 1933 (04/11) fundação da Vasp. Na R. Boa Vista, 25 sala 519 - SP, 72
homens de negócios reuniram 400 contos de réis. Dois pequenos bimotores
Monospar (Inglesa) com capacidade para 03 passageiros.
• "Bartholomeu de Gusmão - Vasp 1" e "Edu Chaves, Vasp2” rotas: São
Paulo - Rio Preto com escala em São Carlos São Paulo - Uberaba com escala
em Ribeirão Preto.
• Mais tarde o governo paulista de Armando de Salles Oliveira assume mais de
90% do capital da Vasp e adquire o campo de Congonhas.

49
• 1936 - Construção do Aeroporto de Congonhas (palavras tupi: congói que
significa haste que sustenta a erva-mate. Madeira boa para pequena
carpintaria e dela se extraia antigamente tinta preta.
• Foi realizado um estudo cuidadoso da acessibilidade, visibilidade, drenagem,
área disponível e projeto. Foi projetada para receber até 12 toneladas (DC3),
sendo que em 1981 o pavimento foi reforçado para receber Airbus de 140 t.
• 1983 - Guarulhos. Aeroporto com duas pistas de 3000 e 3700 m destinado a
receber aeronaves de até 350t (Boeing 747).

50
• CONGONHAS

51
Aeroporto de Congonhas – SP / 1940

52
Nossa história
Impulsionados pelo incremento das atividades comerciais e industriais nas
grandes cidades, os aeroportos ofereceram importantes infraestruturas de
acessibilidade e se transformaram em sinônimos de status e modernidade.

Santos Dumont - 1937

53
Nossa história

O período pós-guerra
implementou um novo ritmo
tecnológico, que precisava ser
acompanhado pela
infraestrutura dos recém
nascidos aeroportos brasileiros

Congonhas em 1939 , 45 e 67 54
Criada pelo governo federal em 1972, a
INFRAERO assumiu a responsabilidade
de implantar, administrar, explorar e
operar os principais aeroportos do País,
promovendo o desenvolvimento
necessário da infraestrutura
aeroportuária BASP - Base Aérea de
São Paulo em 1948 e 1973

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Histórico

✓ 2ª Guerra Mundial
✓ Mudança brusca e radical
✓ Equipamentos mais velozes, com maior capacidade e com maior
autonomia.
✓ Novas pistas e aeroportos.
✓ Expansão e aperfeiçoamento da navegação aérea.
✓ Operação em lugares cada vez mais remotos.
✓ Grande número de aeronaves disponíveis a preços reduzidos tornou o
transporte aéreo uma alternativa atraente (lucro fácil).
56
LISTA DE SIGLAS

57
LISTA DE
SIGLAS
59
60
Considerar, analisar e planejar os aeroportos como
equipamentos urbanos geradores de impactos
socioeconômicos de grande envergadura, foi fundamental
para promover as mudanças que a Empresa almejava pelos
anos que se seguiriam

A elaboração dos
Planos Diretores foi
fundamental para
nortear o
desenvolvimento
ordenado dos
aeroportos, inserindo-
os no planejamento
urbano dos municípios
61
Obras de Expansão
COMAR - Comandos Aéreos Regionais
I COMAR - Jurisdição sobre os Estados do Pará, Maranhão e Amapá.
Belém - PA
II COMAR - Jurisdição sobre os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Piauí.
Recife - PE
III COMAR - Jurisdição sobre os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais.
Rio de Janeiro - RJ
IV COMAR - Jurisdição sobre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul
São Paulo - SP
62
V COMAR - Jurisdição sobre os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul.
Canoas - RS

VI COMAR - Jurisdição sobre os Estados de Goiás, Mato Grosso Tocantins


e Distrito Federal.
Brasília - DF

VII COMAR - Jurisdição sobre os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e


Roraima.
Manaus - AM

63
Convenções Internacionais

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Carta da Nações Unidas de 24/10/1945:
“todos os Estados são soberanos e iguais entre si”
A soberania, tanto interna quanto externa, é o pleno
poder de se auto dirigir todos os setores. Quanto à
utilização do espaço aéreo (acima de seu território e mar
Convenções territorial), o exclusivo poder do Estado vem sendo
Internacionais reconhecido, de modo explícito, desde a Convenção de
Navegação Aérea de Paris, de 13/10/1919.
(CINA), no que foi seguida pela Convenção Ibero-
Americana de Navegação Aérea de Madri (CIANA), de
1926, pela Convenção de Havana, de 1928 e,
atualmente, pelo artigo 1º da Convenção de Chicago, de
1944.
Convenções Internacionais

A Convenção de Varsóvia (1929) dispõe sobre regras, contrato e documentos de transporte


aéreo internacional de passageiros, bagagem e carga estabelecendo limites de
responsabilidade do transportador nos casos de acidente aéreo, atraso e dano à bagagem.

São países signatários da Convenção de Varsóvia: Argentina, Austrália, Bahrein, Bélgica,


Barbados, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Chipre, República
Democrática do Congo, Dinamarca, Equador, Egito, Estônia, Etiópia, Iugoslávia, Finlândia,
França, Gana, Grécia, Guatemala, Guiné, Honduras, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, Japão,
Jordânia, Quênia, Kuwait, Líbano, Maurício, Marrocos, Nauru, Nova Zelândia, Holanda,
Nigéria, Noruega, Omã, Portugal, Qatar, Senegal, Cingapura, Eslovênia, Espanha, Suécia,
Suíça, Macedônia, Togo, Turquia, Emirados Árabes, Reino Unido e Estados Unidos.

66
Convenções Internacionais
Convenção de Roma (1933)

Decretos nº 3.931/1939 e 52.019/1963.

Unificação de certas regras relativas ao sequestro preventivo de aeronaves e danos causados


.
pelas aeronaves e terceiros na superfície.

Convenção de Montreal (1999)

Com o patrocínio da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI), a Conferência


Internacional de Direito Aeronáutico deliberou adotar nova Convenção para unificar/atualizar as
regras sobre o transporte aéreo internacional, atualizar a consolidar a Convenção de Varsóvia.

67
Convenção de Chicago (1944)
• Também conhecida como Convenção sobre Aviação Civil Internacional.
• Decreto nº 21.713/1946.
• Tratado firmado por 52 Estados em 7 de dezembro de 1944, em Chicago. Criou a
OACI/ICAO – Organização Internacional da Aviação Civil, formalmente fundada em
4 de abril de 1947. Reconhecimento da soberania de um Estado contratante no
espaço aéreo sobre seu território.
• Aplicação somente para aeronaves civis.
• Padronização técnica

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Convenção de Chicago (1944)
Objetivos
Desenvolvimento da Aviação Civil Internacional.
Preservação da paz mundial.
Acordos internacionais para o estabelecimento de
princípios e meios pelos quais a aviação se desenvolvesse
com segurança e de forma ordenada e o serviço de
transporte aéreo se estabelecesse qualitativa e
economicamente.
Pelo artigo 37 da Convenção, os Estados contratantes
se obrigavam a colaborar a fim de atingir a maior
uniformidade possível em seus regulamentos, sempre que
isto trouxesse vantagens para a atividade.
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International Civil Aviation Organization (ICAO) - Organização de Aviação
Civil Internacional (OACI)

Agência especializada das Nações Unidas cuja função é coordenar e


controlar o transporte aéreo internacional.
A Convenção determina regras acerca do espaço aéreo, registro de
aeronaves, aeroportos e segurança de voo, bem como detalha os direitos
dos signatários com respeito ao transporte aéreo.
Serve como fórum global para os seus 191 países signatários

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Evita a discriminação entre os Estados contratantes.

International Civil Contribui para a segurança dos voos na


navegação aérea internacional.
Aviation Organization
Fomenta, de modo geral, o desenvolvimento de
(ICAO) - Organização de todos os aspectos da aeronáutica civil
internacional.
Aviação Civil
Funções legislativa (normas), política (tratados
Internacional (OACI)
internacionais),administrativa (regulamentação
técnica) e judiciária (resolução de conflitos).

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CLAC
Comissão Latino-Americana de Aviação Civil
Criada em 1973, na Cidade do México, durante a 2ª
Conferência Latino-americana de Autoridades Aeronáuticas,
onde 15 Estados subscreveram o estatuto da CLAC,
,
constituindo-se, desta forma, no mais importante organismo
de aviação civil da América.
.
Sua função é centralizar e facilitar a cooperação para
discussão, em nível regional os assuntos relacionados à
aviação civil e ao transporte aéreo

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Componentes
básicos

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SISTEMA AEROPORTO

ESPAÇO AÉREO EM ROTA

ESPAÇO AÉREO TERMINAL

LADO AÉREO
PISTA

CAMINHOS DE CIRCULAÇÃO

PÁTIO

TERRESTRE
TERMINAL

LADO
ESTACIONAMENTO E CIRCULAÇÃO INTERNA

SISTEMA DE ACESSO/ EGRESSO TERRESTRE


AERONAVES
PASSAGEIROS/ VEÍCULOS 80
Aeroporto de Congonhas (CGH)

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Aeroporto Santos Dumont (SDU)

82
Aeroporto de Guarulhos (GRU)

83
Aeroporto de Brasília (BSB)

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Aeroporto O´Hare – Chicago (ORD)

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Ilha da Madeira (FNC)

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Gibraltar (GIB)

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Dividirem em grupos e
entregar dia 21/3/24, o
resumo dos principais
tópicos relacionados
ao Planejamento
Aeroportuário do
último relatório
consolidado (assunto
que também fará parte
da prova.

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