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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA


Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica

Felipe Freitas Cerqueira 12211EAR004


Geasi Magalhães Castro 12211EAR003
Luiz Carlos de Melo Neto 12211EAR014
Tiago Prado de Barros 12211EAR001

Projeto Final – Construção de um planador

Uberlândia/MG
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica

Felipe Freitas Cerqueira 12211EAR004


Geasi Magalhães Castro 12211EAR003
Luiz Carlos de Melo Neto 12211EAR014
Tiago Prado de Barros 12211EAR001

Projeto Final – Construção de um planador

Relatório Técnico Científico apresentando o Projeto de um


planador elaborado para a disciplina de Introdução à
Engenharia aeronáutica, sob orientação do Prof. Dr. Roberto
de Souza Martins

Uberlândia/MG
2023
RESUMO

Este relatório técnico-científico apresenta o trabalho realizado pelo grupo de 4


alunos (Felipe, Geasi, Luiz e Tiago) da 25ª turma do curso de Bacharelado em Engenharia
Aeronáutica na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e segue o modelo NBR 10719 da
norma ABNT. O trabalho em grupo realizado, proposto pelo professor Dr. Roberto de Souza
Martins referente a matéria de Introdução a Engenharia Aeronáutica, foi desenvolver um
aeromodelo planador com requisitos específicos pré-estabelecidos pelo docente em um
prazo final de cento e dez dias (primeiro semestre). Tal atividade foi dividida em duas etapas
nas quais os objetivos de lançamento levavam em conta a distância percorrida e o desvio
sofrido no voo. Portanto, esse relatório tem a finalidade de apresentar as etapas de
desenvolvimento do projeto, construção do protótipo e os resultados obtidos pelo grupo.
Assim, esse relatório técnico-científico foi subdividido em tópicos detalhados visando o
melhor entendimento de todos os estágios supracitados.

Palavras-chave: Planador. Etapas. Objetivo.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................4
1.1. Objetivos..........................................................................................4
1.2. Metodología.....................................................................................5

2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................5
2.1. Protótipo I........................................................................................5
2.1.1. Materiais I ..................................................................................6
2.1.2. Fuselagem I.................................................................................6
2.1.3. Asa I............................................................................................7
2.1.4. Empenagem I ...........................................................................9
2.1.5. Testes e Correções I....................................................................10
2.2. Protótipo II ....................................................................................11
2.2.1. Materiais II ..............................................................................11
2.2.2. Fuselagem II ..............................................................................12
2.2.3. Asa II .........................................................................................12
2.2.4. Empenagem II.............................................................................13
2.2.5. Testes e Correções II .................................................................14
2.3. Protótipo III......................................................................................14
2.3.1. Materiais III ...............................................................................14
2.3.2. Fuselagem III...............................................................................14
2.3.3. Asa III..........................................................................................15
2.3.4. Empenagem III .........................................................................15
2.3.5. Testes e Correções III ..................................................................16

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................17

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................18

APÊNDICE...................................................................................................19

REFERENCIAS..............................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO
Um aeromodelo planador é uma miniatura de planador (aeródino que se mantém em
voo sem propulsão de motores) que tem fins experimentais, esportivos ou recreativos.
Dessa forma, ao ingressar no curso de Engenharia Aeronáutica, os universitários são
“desafiados” a construírem seu próprio aeromodelo planador, tornando a integração ao
curso e a cativação dos alunos mais efetiva.
Assim, tudo que foi realizado e será apresentado nesse trabalho, foi graças ao
conhecimento adquirido no primeiro período do curso, aos veteranos e às pesquisas feitas
pelos alunos.

1.1. Objetivos
O principal objetivo do trabalho será projetar, apresentar e testar um aeromodelo
planador com as características descritas abaixo, e que empregue apenas conceitos e
conteúdo de disciplinas do primeiro semestre do curso de graduação em
Engenharia Aeronáutica. Além disso, o trabalho visa contribuir para a formação e
desenvolvimento profissional e pessoal dos alunos, ampliando o conhecimento referentes a
aeronáutica.
Para a construção do planador, é necessário atender aos seguintes critérios:
Dimensão - envergadura de 1 metro;
Material - livre;
Asa com perfil aerodinâmico;
Voo com característica de planeio.
O planador terá que completar, com sucesso, duas etapas de voo, que consistem em:
Primeira etapa - o planador deve plainar por 10 metros em uma distância em linha reta do
ponto de partida ao de chegada do lançamento.
Segunda etapa: o planador deve plainar por 7,5 metros em uma distância em linha
reta do ponto de partida ao de chegada do lançamento, dentro de um corredor de 2,5
metros de largura.
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1.2. Metodologia
Os protótipos foram feitos em conjunto pelo grupo, que tendo em vista as exigências
do projeto, desenharam um esboço do planador com as medidas necessárias e proporções
desejadas.
Com a planta do planador pronta, os membros compraram os materiais escolhidos
para a construção e desenvolvimento dos protótipos. Além de começarem a anotar todos os
passos, detalhes e empecilhos ocorridos para a elaboração e organização deste relatório,
coletando assim, todas as informações necessárias para a compreensão do desenvolvimento
evolutivo do projeto.

2. DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento foi dividido em protótipos, para, assim, demonstrar o processo
de evolução obtido pelo grupo, ao passo que testes e pesquisas foram feitos.

2.1. Protótipo I
O primeiro protótipo foi construído entre os dias 17 e 25 de novembro de 2022, em
que decidiu-se criar um aeromodelo do tipo planador baseado no famoso avião de Alberto
Santos Dumont, o Demoiselle, apresentado na figura 1.

Figura 1: Avião Demoiselle

Fonte: https://www2.fab.mil.br/musal/index.php/aeronaves-em-exposicao/55-avioes/143-
demoiselle
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2.1.1. Materiais I
 Hastes de fibra de vidro;
 Poliestireno (isopor) P3;
 Linha de tecido;
 Cola instantânea TekBond 793;
 Cola para isopor;
 Bicarbonato de sódio;
 Hastes de bambu;
 Fita adesiva;
 Chumbada de pesos variados;
 Lixa d’água;
 Estilete.

2.1.2. Fuselagem I
A fuselagem de uma aeronave é a estrutura em que serão ligadas as asas e demais
apêndices. Essa deve ser aerodinâmica e resistente, visto que dá sustentação à aeronave. A
fuselagem pode ser classificada em três tipos: treliçada, monocoque e semi-monocoque.

Figura 2: Tipos de Fuselagens

Fonte: https://deltaequipamentos.com.br/produtos/aviacao/aeronaves-e-suas-partes/

Como observado na figura 2, a fuselagem do Demoiselle se assemelha a de tipo


treliçada, o que, portanto, corroborou para a criação de uma fuselagem seguindo esses
moldes.
Destarte, para a construção da fuselagem do planador, inúmeras ponderações devem
ser feitas. A priori, foi definido que hastes de fibra de vidro seriam o material utilizado na
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confecção da estrutura, posto que são resistentes e leves. Posteriormente, definiu-se que a
fuselagem teria 55 cm de comprimento e 8 cm de largura máxima, para que fosse respeitada
a proporcionalidade da aeronave, cuja asa deveria ter 1 m de envergadura.
Assim, como a estrutura treliçada foi definida como uma espécie de pirâmide de base
triangular, as medidas escolhidas para a base correspondiam a um triângulo isósceles de
lado menor com 8cm e lados maiores com 9cm, que forma a parte frontal da fuselagem. Em
consonância com tais medidas, foram estabelecendo-se triangulações através da estrutura
com o fito de aumentar a sua resistência e inflexibilidade.
Portanto, para fixar uma haste a outra foi utilizado um esquema de amarração com
linhas de tecido, fortificados por cola instantânea e bicarbonato de sódio, processo que se
demonstrou extremamente eficiente e contribuir em demasia para conceber-se uma
fuselagem resistente e aerodinâmica.

Figura 3: Fuselagem Protótipo I

Fonte: Autoral

2.1.3. Asa I
A asa é um “membro” de extrema importância em uma aeronave do tipo planador,
visto que ela é responsável pela sustentação que mantém o aeromodelo em voo de planeio.
Logo, essa estrutura recebeu uma grande e detalhada atenção durante as pesquisas e o
desenvolvimento do projeto, tanto que o modelo da asa se manteve constante em todos os
protótipos.
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Dessa forma, optou-se por dividir a asa em duas semiasas, a fim de adicionar uma
pequena angulação de diedro (7,5°) e facilitar a confecção dessas, posto que uma asa
inteiriça com 1m de envergadura seria bastante trabalhosa de se modelar. Assim, definiu-se
que as semiasas teriam ambas 47cm de comprimento e seriam retangulares com
enflechamento neutro, baseadas nos tipos mais comuns observados em planadores
recreativos.
Em sequência, foi necessário decidir um modelo de perfil de asa e, após pesquisas e
análises, concluiu-se que o perfil aerodinâmico Clark Y seria o mais apropriado. Isso porque o
modelo atende requisitos mínimos para uma boa aerodinâmica, e, por contar com um
intradorso quase horizontal, apresenta uma maior facilidade de reprodução a partir de
placas paralelepipédicas.

Figura 4: Perfil Clark Y

Fonte: http://www.aviacaoexperimental.pro.br/aero/perfis/perfisavileve1.html

Com o perfil escolhido, definiu-se uma medida de 17cm para a sua corda e uma
espessura máxima de 2,3cm. Ademais, o material escolhido para a confecção das semiasas
foi o isopor P3, devido a sua relativa resistência, comparado ao seu peso, ao fato de ser um
material cuja modelação é mais simples e ao seu custo reduzido.

Figura 5: Perfil da Asa

Fonte: Autoral
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Assim, o processo de modelagem foi feito em cima de placas de isopor, utilizando de


estiletes e lixas d’água (de diferentes espessuras) para atingir o perfil desejado por todo o
corpo das semiasas, as quais, quando finalizadas, foram reforçadas com duas hastes de fibra
de vidro em seu intradorso, que também foram utilizadas para a fixação das semiasas na
fuselagem.

2.1.4. Empenagem I
A empenagem é a estrutura do avião constituída pela parte terminal da fuselagem e
pelos estabilizadores verticais (leme de direção que orienta o avião para a esquerda ou
direita), e horizontal (controlador do movimento de subida ou descida do avião). Assim,
embora pareça menos importante que asa e fuselagem, essa estrutura é de essencial
importância para que qualquer aeronave realize um voo estável e controlado.
Portanto, com o foco sobre as necessidades do projeto, foram avaliados os principais
tipos de empenagem empregados na aviação moderna – convencional, tipo “T”, tipo “V”,
dupla, cruciforme – e concluiu-se que seria preferível utilizar o modelo convencional, posto
que é o mais comum nas aeronaves modernas e é mais leve e resistente proporcionalmente
aos demais, além de sua construção não ser complicada.

Figura 6: Tipos de Empenagem


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Fonte: https://bzaviation.blogspot.com/2019/07/tipos-de-empenagens.html

Dessa forma, na manufatura da empenagem, foi feito um estudo de proporção para


estimar as medidas dos estabilizadores que iriam ser adotadas. Então, foi marcada a chapa
de isopor, recortada e dado o acabamento com as lixas adequadas, tornando os
estabilizadores aerodinâmicos e eficientes.
Para a fixação foram utilizadas hastes de bambu e fibra de vidro, as quais davam
apoio ao isopor ao mesmo tempo que se uniam à fuselagem, tornando assim uma estrutura
leve e resistente.
Tanto o estabilizador horizontal (21 cm x 13 cm), quanto o estabilizador vertical (13,7
cm x 13cm) são no formato retangular, sem enflechamento, assim como a asa.

Figura 7: Empenagem Protótipo I


11

Fonte: Autoral

2.1.5. Testes e Correções I


Após a montagem do protótipo, foi analisado que seria necessário fazer alterações
no CG (centro de gravidade) da aeronave. Para tal, utilizou-se de 5 chumbadas de 5g cada na
ponta dianteira do planador, a fim de corrigir o CG, trazendo-o para a posição ideal, ou seja,
no primeiro terço da asa.
No entanto, ao realizar-se os testes de planeio foram identificados problemas de
alinhamento na construção da aeronave, o que era esperado, pois tratava-se do primeiro
protótipo. Assim, mesmo após diversas tentativas de correção, o planador ainda não
satisfazia os objetivos necessários com consistência. Portanto, o grupo optou por descartar
esse protótipo e dar início ao protótipo II.

Figura 8: Protótipo I
12

Fonte: Autoral

2.2. Protótipo II
O segundo protótipo foi construído entre os dias 25 e 29 de novembro de 2022, em
que decidiu-se criar um aeromodelo mais leve, feito somente de isopor baseado em
formatos modernos de planadores, porém com um corpo mais robusto para maior
resistência. Esse protótipo foi o utilizado para a primeira prova de voo no dia 01 de
dezembro de 2022.

2.2.1. Materiais II
 Poliestireno (isopor) P3;
 Cola para isopor;
 Hastes de bambu;
 Fita adesiva;
 Chumbada de pesos variados;
 Lixa d’água;
 Estilete.

2.2.2. Fuselagem II
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Como o objetivo era obter uma fuselagem leve e resistente, foi criado um “charuto”
de isopor que apresentava uma ponta aerodinâmica e resistente aos impactos e um fim mais
leve para diminuir o arrasto e melhorar o CG (Centro de Gravidade). Dessa maneira, como o
intuito era basear o protótipo em modelos mais contemporâneos, a fuselagem assumiu um
padrão semelhante ao tipo semi-monocoque.
Para manter as proporções escolhidas previamente, essa fuselagem cilíndrica
possui 57 cm de comprimento e 3,5 cm de raio, contendo rasgos de encaixe para as
semiasas e a empenagem. Durante a modelagem, toda a fuselagem foi lixada e aperfeiçoada
para um melhor desempenho de voo.

Figura 9: Fuselagem Protótipo II

Fonte: Autoral

2.2.3. Asa II
Como supracitado, a asa do primeiro protótipo já atendia os critérios necessários e o
grupo concordou que não era preciso modificá-la. Portanto, as únicas mudanças
relacionadas a asa nesse protótipo foram o tipo de fixação, posto que as semiasas deveriam
ser acopladas diretamente à fuselagem, e o ângulo de fixação, visto que, após pesquisas,
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seria benéfico um ângulo de ataque razoável. Assim, como pode ser observado na figura 10,
o melhor ângulo de ataque para o perfil Clark Y é de aproximadamente 7,5°, pois é o ângulo
que apresenta a maior razão entre o coeficiente de sustentação e o de arrasto.

Figura 10: Cl/Cd do Perfil Clark Y

Fonte: http://airfoiltools.com/airfoil/details?airfoil=clarky-il

2.2.4. Empenagem II
Para esse protótipo, optou-se por manter uma empenagem de tipo convencional,
devido as vantagens já conhecidas. Todavia, ambos os estabilizadores (horizontal e vertical)
foram acoplados diretamente à cauda da fuselagem, encaixando-os nos rasgos feitos e
fixando-os com cola de isopor e hastes de bambu.
Ademais, a modelagem da empenagem seguiu o mesmo padrão do primeiro
protótipo, porém suas medidas foram alteradas para atender às demandas da nova
fuselagem. Assim, esse estabilizador horizontal tem 40 cm de comprimento por 20 cm de
largura, ao passo que o estabilizador vertical tem 20 cm de comprimento por 20 cm de
largura.

2.2.5. Testes e Correções II


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Com o protótipo finalizado, observou-se a necessidade de ajustar o CG do planador,


para evitar o movimento de arfagem dele, assim como realizado no protótipo anterior.
Assim, por meio de testes sucessivos, concluiu-se que o peso adicional deveria ser de 70g,
valor que foi preenchido por chumbadas de tamanhos e pesos variados, as quais foram
colocadas em um espaço criado na ponta dianteira da aeronave, o qual foi, posteriormente,
tampado com o uso de fita adesiva.
Em sequência, com o CG corretamente estabelecido, o planador desempenhou voos
de planeio de maneira excepcional, atendendo, com uma margem considerável, os
requisitos necessários para a primeira prova de voo.

2.3. Protótipo III


O terceiro e último protótipo foi construído entre os dias 13 e 19 de janeiro de 2023,
em que decidiu-se criar um aeromodelo que performasse voos retilíneos, feito somente de
isopor, baseado no protótipo II, mas com algumas correções pontuais. Esse protótipo foi o
utilizado para a segunda prova de voo no dia 20 de janeiro de 2023.

2.3.1. Materiais III


 Poliestireno (isopor) P3;
 Cola para isopor;
 Hastes de bambu;
 Fita adesiva;
 Chumbada de pesos variados;
 Lixa d’água;
 Estilete.

2.3.2. Fuselagem III


Para a manufatura da fuselagem desse protótipo, o grupo optou por manter as
características base do protótipo II, visando apenas diminuir a sua robustez, o que a tornou
mais leve, porém ainda resistente, e permitiu, consequentemente, que fosse adicionado
peso às semiasas. Assim, para continuar com as proporções pré-estabelecidas, o
comprimento adotado para a fuselagem foi de 54 cm e o raio foi de 3 cm.
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Figura 11: Fuselagem Protótipo III

Fonte: Autoral

2.3.3. Asa III


A asa para esse protótipo foi a mesma utilizada nos protótipos anteriores, inclusive
fixada com o mesmo ângulo de ataque (7,5°). No entanto, como esse modelo teria a
pretensão de voar da maneira mais retilínea possível, houve a necessidade de adicionar-se
pesos na ponta de uma das semiasas, a fim de evitar o movimento de rolagem, garantindo
assim, uma melhor estabilidade de voo.

2.3.4. Empanagem
Para a empanagem, foram utilizadas as mesmas medidas do protótipo II, porém
optou-se por um perfil mais aerodinâmico no estabilizador horizontal e pela utilização de um
estabilizador vertical ajustável, para que um possível movimento de guinada fosse
prontamente corrigido.
A modelagem seguiu os padrões anteriores, feitos a partir de placas de isopor P3,
entretanto, a acoplagem à fuselagem não foi feita em rasgos de encaixe, com vistas a
possibilitar a movimentação do estabilizador vertical, criando uma espécie de leme.
Portanto, o estabilizador horizontal foi fixado com o uso de cola, enquanto o estabilizador
vertical foi fixado apenas com hastes de bambu.

Figura 12: Empenagem Protótipo III


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Fonte: Autoral

2.3.5. Testes e Correções III


Nesse protótipo, após a realização de alguns testes, o CG novamente teve de ser
corrigido, mas, nesta ocasião, de maneira mais drástica, posto que o peso total da aeronave
não poderia ser aumentado em demasia.
Logo, para promover o ajuste necessário, foi utilizada, na parte dianteira do planador,
uma haste de bambu (a qual, por ter maior braço, permitiu um maior deslocamento do CG
com o uso de menos peso) com 3 pesos de 25g fixados em sua ponta, totalizando 75g. Essa
haste foi anexada à fuselagem por meio de um furo longitudinal e fixada com o uso de fita
adesiva.
Em sequência, novos testes foram realizados, e a aeronave alcançou consecutivos
voos de planeio que se enquadravam nas exigências da segunda prova de voo.
Figura 13: Protótipo III

Fonte: Autoral
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir das aulas de Fundamentos de Aeronáutica e pesquisas complementares, os
alunos deste grupo reuniram informações valiosas para a realização do trabalho proposto
assim como aprenderam de forma levemente profunda sobre perfil aerodinâmico da asa,
centro de gravidade do planador e as forças envolvidas em um voo de planeio.
A fim de escolher o modelo final para a apresentação, o grupo se reuniu diversas
vezes no Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia para a realização de
testes e discussões acerca da melhor alternativa para a concretização dos objetivos. No fim,
o grupo optou pelo modelo previamente citado e explicado.
Desse modo, o grupo apresentou resultados de excelência na primeira etapa de voo,
realizando o voo de 10 (dez) metros com tranquilidade, sendo essa meta ultrapassada em
primeira tentativa. Durante a segunda etapa de voo, devido a erros posteriormente
resolvidos, o planador do grupo em questão não conseguiu atingir os objetivos pré-
estabelecidos em sua primeira tentativa, sendo necessário um segundo voo para a
concretização da meta estabelecida (Voo retilíneo, com desvio máximo de 2,5 metros (dois
metros e meio), por uma de distância de 7,5 metros (sete metros e meio)).
19

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do projeto, ministrado pelo Prof. Dr. Roberto de Souza Martins, rendeu
frutos de valor inestimável aos alunos participantes desse grupo, tanto no sentido
acadêmico quanto no sentido interpessoal. Com relação ao progresso acadêmico, os
integrantes necessitaram aprender mais a fundo a natureza de um voo planado, entender
tanto as funcionalidades das superfícies aerodinâmicas como asa, estabilizadores vertical e
horizontal assim como aplicá-las de maneira prática, a fim de realizar os objetivos
designados. Com relação ao desenvolvimento interpessoal dos participantes, ocorreu um
aprimoramento de suas capacidades de trabalho em grupo, pois houve necessidade de
repartição dos afazeres para a melhor distribuição e eficiência do projeto.
Assim sendo, o projeto trouxe quesitos importantes para a vida profissional e
aprendizado acadêmico para os estudantes do grupo.
20

APÊNDICE – Projeto do protótipo final


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REFERÊNCIAS

AIRFOIL TOOLS. CLARK Y AIRFOIL (CLARKY-IL). Disponível em:


<http://airfoiltools.com/airfoil/details?airfoil=clarky-il>. Acesso em: 20 nov. 2022
HILTON, Eduardo. PERFIS: AEROFÓLIOS PARA AERONAVES LEVES. [S. l.], 2014.
Disponível em: < http://www.aviacaoexperimental.pro.br/aero/perfis/perfisavileve1.html>.
Acesso em: 20 nov. 2022
FRANÇA RODRIGUES, Cássio. TIPOS DE EMPENAGENS. [S. l.], 19 jul. 2019. Disponível
em: < https://bzaviation.blogspot.com/2019/07/tipos-de-empenagens.html>. Acesso em: 20
nov.2022
HANGARMMA. FUSELAGEM. Disponível em:
<https://hangarmma.com.br/glossary/glossary-categories/fuselagem-2/>. Acesso em: 20
nov. 2022
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: apresentação
de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10520: Informação e
documentação - Citações em documentos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7 p.

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