Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uberlândia/MG
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica
Uberlândia/MG
2023
RESUMO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................4
1.1. Objetivos..........................................................................................4
1.2. Metodología.....................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................5
2.1. Protótipo I........................................................................................5
2.1.1. Materiais I ..................................................................................6
2.1.2. Fuselagem I.................................................................................6
2.1.3. Asa I............................................................................................7
2.1.4. Empenagem I ...........................................................................9
2.1.5. Testes e Correções I....................................................................10
2.2. Protótipo II ....................................................................................11
2.2.1. Materiais II ..............................................................................11
2.2.2. Fuselagem II ..............................................................................12
2.2.3. Asa II .........................................................................................12
2.2.4. Empenagem II.............................................................................13
2.2.5. Testes e Correções II .................................................................14
2.3. Protótipo III......................................................................................14
2.3.1. Materiais III ...............................................................................14
2.3.2. Fuselagem III...............................................................................14
2.3.3. Asa III..........................................................................................15
2.3.4. Empenagem III .........................................................................15
2.3.5. Testes e Correções III ..................................................................16
APÊNDICE...................................................................................................19
REFERENCIAS..............................................................................................20
4
1. INTRODUÇÃO
Um aeromodelo planador é uma miniatura de planador (aeródino que se mantém em
voo sem propulsão de motores) que tem fins experimentais, esportivos ou recreativos.
Dessa forma, ao ingressar no curso de Engenharia Aeronáutica, os universitários são
“desafiados” a construírem seu próprio aeromodelo planador, tornando a integração ao
curso e a cativação dos alunos mais efetiva.
Assim, tudo que foi realizado e será apresentado nesse trabalho, foi graças ao
conhecimento adquirido no primeiro período do curso, aos veteranos e às pesquisas feitas
pelos alunos.
1.1. Objetivos
O principal objetivo do trabalho será projetar, apresentar e testar um aeromodelo
planador com as características descritas abaixo, e que empregue apenas conceitos e
conteúdo de disciplinas do primeiro semestre do curso de graduação em
Engenharia Aeronáutica. Além disso, o trabalho visa contribuir para a formação e
desenvolvimento profissional e pessoal dos alunos, ampliando o conhecimento referentes a
aeronáutica.
Para a construção do planador, é necessário atender aos seguintes critérios:
Dimensão - envergadura de 1 metro;
Material - livre;
Asa com perfil aerodinâmico;
Voo com característica de planeio.
O planador terá que completar, com sucesso, duas etapas de voo, que consistem em:
Primeira etapa - o planador deve plainar por 10 metros em uma distância em linha reta do
ponto de partida ao de chegada do lançamento.
Segunda etapa: o planador deve plainar por 7,5 metros em uma distância em linha
reta do ponto de partida ao de chegada do lançamento, dentro de um corredor de 2,5
metros de largura.
5
1.2. Metodologia
Os protótipos foram feitos em conjunto pelo grupo, que tendo em vista as exigências
do projeto, desenharam um esboço do planador com as medidas necessárias e proporções
desejadas.
Com a planta do planador pronta, os membros compraram os materiais escolhidos
para a construção e desenvolvimento dos protótipos. Além de começarem a anotar todos os
passos, detalhes e empecilhos ocorridos para a elaboração e organização deste relatório,
coletando assim, todas as informações necessárias para a compreensão do desenvolvimento
evolutivo do projeto.
2. DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento foi dividido em protótipos, para, assim, demonstrar o processo
de evolução obtido pelo grupo, ao passo que testes e pesquisas foram feitos.
2.1. Protótipo I
O primeiro protótipo foi construído entre os dias 17 e 25 de novembro de 2022, em
que decidiu-se criar um aeromodelo do tipo planador baseado no famoso avião de Alberto
Santos Dumont, o Demoiselle, apresentado na figura 1.
Fonte: https://www2.fab.mil.br/musal/index.php/aeronaves-em-exposicao/55-avioes/143-
demoiselle
6
2.1.1. Materiais I
Hastes de fibra de vidro;
Poliestireno (isopor) P3;
Linha de tecido;
Cola instantânea TekBond 793;
Cola para isopor;
Bicarbonato de sódio;
Hastes de bambu;
Fita adesiva;
Chumbada de pesos variados;
Lixa d’água;
Estilete.
2.1.2. Fuselagem I
A fuselagem de uma aeronave é a estrutura em que serão ligadas as asas e demais
apêndices. Essa deve ser aerodinâmica e resistente, visto que dá sustentação à aeronave. A
fuselagem pode ser classificada em três tipos: treliçada, monocoque e semi-monocoque.
Fonte: https://deltaequipamentos.com.br/produtos/aviacao/aeronaves-e-suas-partes/
confecção da estrutura, posto que são resistentes e leves. Posteriormente, definiu-se que a
fuselagem teria 55 cm de comprimento e 8 cm de largura máxima, para que fosse respeitada
a proporcionalidade da aeronave, cuja asa deveria ter 1 m de envergadura.
Assim, como a estrutura treliçada foi definida como uma espécie de pirâmide de base
triangular, as medidas escolhidas para a base correspondiam a um triângulo isósceles de
lado menor com 8cm e lados maiores com 9cm, que forma a parte frontal da fuselagem. Em
consonância com tais medidas, foram estabelecendo-se triangulações através da estrutura
com o fito de aumentar a sua resistência e inflexibilidade.
Portanto, para fixar uma haste a outra foi utilizado um esquema de amarração com
linhas de tecido, fortificados por cola instantânea e bicarbonato de sódio, processo que se
demonstrou extremamente eficiente e contribuir em demasia para conceber-se uma
fuselagem resistente e aerodinâmica.
Fonte: Autoral
2.1.3. Asa I
A asa é um “membro” de extrema importância em uma aeronave do tipo planador,
visto que ela é responsável pela sustentação que mantém o aeromodelo em voo de planeio.
Logo, essa estrutura recebeu uma grande e detalhada atenção durante as pesquisas e o
desenvolvimento do projeto, tanto que o modelo da asa se manteve constante em todos os
protótipos.
8
Dessa forma, optou-se por dividir a asa em duas semiasas, a fim de adicionar uma
pequena angulação de diedro (7,5°) e facilitar a confecção dessas, posto que uma asa
inteiriça com 1m de envergadura seria bastante trabalhosa de se modelar. Assim, definiu-se
que as semiasas teriam ambas 47cm de comprimento e seriam retangulares com
enflechamento neutro, baseadas nos tipos mais comuns observados em planadores
recreativos.
Em sequência, foi necessário decidir um modelo de perfil de asa e, após pesquisas e
análises, concluiu-se que o perfil aerodinâmico Clark Y seria o mais apropriado. Isso porque o
modelo atende requisitos mínimos para uma boa aerodinâmica, e, por contar com um
intradorso quase horizontal, apresenta uma maior facilidade de reprodução a partir de
placas paralelepipédicas.
Fonte: http://www.aviacaoexperimental.pro.br/aero/perfis/perfisavileve1.html
Com o perfil escolhido, definiu-se uma medida de 17cm para a sua corda e uma
espessura máxima de 2,3cm. Ademais, o material escolhido para a confecção das semiasas
foi o isopor P3, devido a sua relativa resistência, comparado ao seu peso, ao fato de ser um
material cuja modelação é mais simples e ao seu custo reduzido.
Fonte: Autoral
9
2.1.4. Empenagem I
A empenagem é a estrutura do avião constituída pela parte terminal da fuselagem e
pelos estabilizadores verticais (leme de direção que orienta o avião para a esquerda ou
direita), e horizontal (controlador do movimento de subida ou descida do avião). Assim,
embora pareça menos importante que asa e fuselagem, essa estrutura é de essencial
importância para que qualquer aeronave realize um voo estável e controlado.
Portanto, com o foco sobre as necessidades do projeto, foram avaliados os principais
tipos de empenagem empregados na aviação moderna – convencional, tipo “T”, tipo “V”,
dupla, cruciforme – e concluiu-se que seria preferível utilizar o modelo convencional, posto
que é o mais comum nas aeronaves modernas e é mais leve e resistente proporcionalmente
aos demais, além de sua construção não ser complicada.
Fonte: https://bzaviation.blogspot.com/2019/07/tipos-de-empenagens.html
Fonte: Autoral
Figura 8: Protótipo I
12
Fonte: Autoral
2.2. Protótipo II
O segundo protótipo foi construído entre os dias 25 e 29 de novembro de 2022, em
que decidiu-se criar um aeromodelo mais leve, feito somente de isopor baseado em
formatos modernos de planadores, porém com um corpo mais robusto para maior
resistência. Esse protótipo foi o utilizado para a primeira prova de voo no dia 01 de
dezembro de 2022.
2.2.1. Materiais II
Poliestireno (isopor) P3;
Cola para isopor;
Hastes de bambu;
Fita adesiva;
Chumbada de pesos variados;
Lixa d’água;
Estilete.
2.2.2. Fuselagem II
13
Como o objetivo era obter uma fuselagem leve e resistente, foi criado um “charuto”
de isopor que apresentava uma ponta aerodinâmica e resistente aos impactos e um fim mais
leve para diminuir o arrasto e melhorar o CG (Centro de Gravidade). Dessa maneira, como o
intuito era basear o protótipo em modelos mais contemporâneos, a fuselagem assumiu um
padrão semelhante ao tipo semi-monocoque.
Para manter as proporções escolhidas previamente, essa fuselagem cilíndrica
possui 57 cm de comprimento e 3,5 cm de raio, contendo rasgos de encaixe para as
semiasas e a empenagem. Durante a modelagem, toda a fuselagem foi lixada e aperfeiçoada
para um melhor desempenho de voo.
Fonte: Autoral
2.2.3. Asa II
Como supracitado, a asa do primeiro protótipo já atendia os critérios necessários e o
grupo concordou que não era preciso modificá-la. Portanto, as únicas mudanças
relacionadas a asa nesse protótipo foram o tipo de fixação, posto que as semiasas deveriam
ser acopladas diretamente à fuselagem, e o ângulo de fixação, visto que, após pesquisas,
14
seria benéfico um ângulo de ataque razoável. Assim, como pode ser observado na figura 10,
o melhor ângulo de ataque para o perfil Clark Y é de aproximadamente 7,5°, pois é o ângulo
que apresenta a maior razão entre o coeficiente de sustentação e o de arrasto.
Fonte: http://airfoiltools.com/airfoil/details?airfoil=clarky-il
2.2.4. Empenagem II
Para esse protótipo, optou-se por manter uma empenagem de tipo convencional,
devido as vantagens já conhecidas. Todavia, ambos os estabilizadores (horizontal e vertical)
foram acoplados diretamente à cauda da fuselagem, encaixando-os nos rasgos feitos e
fixando-os com cola de isopor e hastes de bambu.
Ademais, a modelagem da empenagem seguiu o mesmo padrão do primeiro
protótipo, porém suas medidas foram alteradas para atender às demandas da nova
fuselagem. Assim, esse estabilizador horizontal tem 40 cm de comprimento por 20 cm de
largura, ao passo que o estabilizador vertical tem 20 cm de comprimento por 20 cm de
largura.
Fonte: Autoral
2.3.4. Empanagem
Para a empanagem, foram utilizadas as mesmas medidas do protótipo II, porém
optou-se por um perfil mais aerodinâmico no estabilizador horizontal e pela utilização de um
estabilizador vertical ajustável, para que um possível movimento de guinada fosse
prontamente corrigido.
A modelagem seguiu os padrões anteriores, feitos a partir de placas de isopor P3,
entretanto, a acoplagem à fuselagem não foi feita em rasgos de encaixe, com vistas a
possibilitar a movimentação do estabilizador vertical, criando uma espécie de leme.
Portanto, o estabilizador horizontal foi fixado com o uso de cola, enquanto o estabilizador
vertical foi fixado apenas com hastes de bambu.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
18
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir das aulas de Fundamentos de Aeronáutica e pesquisas complementares, os
alunos deste grupo reuniram informações valiosas para a realização do trabalho proposto
assim como aprenderam de forma levemente profunda sobre perfil aerodinâmico da asa,
centro de gravidade do planador e as forças envolvidas em um voo de planeio.
A fim de escolher o modelo final para a apresentação, o grupo se reuniu diversas
vezes no Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia para a realização de
testes e discussões acerca da melhor alternativa para a concretização dos objetivos. No fim,
o grupo optou pelo modelo previamente citado e explicado.
Desse modo, o grupo apresentou resultados de excelência na primeira etapa de voo,
realizando o voo de 10 (dez) metros com tranquilidade, sendo essa meta ultrapassada em
primeira tentativa. Durante a segunda etapa de voo, devido a erros posteriormente
resolvidos, o planador do grupo em questão não conseguiu atingir os objetivos pré-
estabelecidos em sua primeira tentativa, sendo necessário um segundo voo para a
concretização da meta estabelecida (Voo retilíneo, com desvio máximo de 2,5 metros (dois
metros e meio), por uma de distância de 7,5 metros (sete metros e meio)).
19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do projeto, ministrado pelo Prof. Dr. Roberto de Souza Martins, rendeu
frutos de valor inestimável aos alunos participantes desse grupo, tanto no sentido
acadêmico quanto no sentido interpessoal. Com relação ao progresso acadêmico, os
integrantes necessitaram aprender mais a fundo a natureza de um voo planado, entender
tanto as funcionalidades das superfícies aerodinâmicas como asa, estabilizadores vertical e
horizontal assim como aplicá-las de maneira prática, a fim de realizar os objetivos
designados. Com relação ao desenvolvimento interpessoal dos participantes, ocorreu um
aprimoramento de suas capacidades de trabalho em grupo, pois houve necessidade de
repartição dos afazeres para a melhor distribuição e eficiência do projeto.
Assim sendo, o projeto trouxe quesitos importantes para a vida profissional e
aprendizado acadêmico para os estudantes do grupo.
20
REFERÊNCIAS