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Origem e fundação

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Em 1953, o oficial da Aviação do Exército, Casimiro Montenegro convida o engenheiro
aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus
engenheiros, para que atuassem no CTA.[15] Isto ocorre após Montenegro tomar
conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na
Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves
como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.[16] A Embraer nasceu como uma
iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar
a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de
importações.[17]

Embraer EMB-100, projeto IPD-6504, primeiro protótipo do Bandeirante, cujo primeiro


voo foi em 22 de outubro de 1968. A aeronave foi restaurada e encontra-se
preservada no Museu Aeroespacial, na cidade do Rio de Janeiro
Neste contexto, foi aprovado em 25 de junho de 1965, o projeto governamental IPD-
6504, para a produção de uma aeronave que atendesse as necessidades do transporte
aéreo comercial brasileiro, principalmente em pequenas cidades, visando a produção
de um avião que se adaptasse à infraestrutura aeroportuária do país na época. A
especificação técnica do projeto era para a produção de uma aeronave pequena, com
capacidade para oito passageiros, de asa baixa, turbopropelida e bimotor. O projeto
e montagem foram realizados nas instalações do CTA e o primeiro protótipo teve seu
voo inaugural em 22 de outubro de 1968. Sua produção envolveu cerca de trezentas
pessoas, lideradas pelo engenheiro aeronáutico e então major da FAB, Ozires Silva.
[18] No ano seguinte seria criada a Embraer com a finalidade de produzir o modelo
em série, denominado Embraer EMB-110, sendo Ozires Silva o primeiro presidente da
empresa, cargo que exerceria até 1986.[19]

Mais dois protótipos foram produzidos pela Embraer, com a denominação EMB 100
Bandeirante, passando depois as aeronaves a receber a denominação EMB 110, para a
produção em série.[20] Além do CTA, criado em 1946, mas que em 30 de abril de 2009
passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), é
considerado outro precursor da Embraer, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA). Criado também por Casimiro Montenegro em 1950, a proposta para sua criação
havia sido apresentada por ele em 1945 a um grupo de oficiais do Estado Maior da
Aeronáutica.[21]

Fundada no ano de 1969, como uma sociedade de economia mista vinculada ao


Ministério da Aeronáutica,[22] seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires
Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.[23] Inicialmente,
a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do CTA. De certo modo,
a Embraer nasceu dentro do CTA. No ano de 1980, adquiriu o controle acionário da
Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária, atual divisão de
aviação agrícola. Durante as décadas de 1970 e 1980, a empresa conquistou
importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e
Brasília.[carece de fontes]

Cooperação e crise

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