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Teoria de Voo - Helicóptero
Sumário
Parte 1
1 Introdução....................................................................................... 2
2 Histórico do helicóptero.................................................................. 3
3 Princípios de Física e Aerodinâmica................................................ 7
4 Seções do helicóptero..................................................................... 18
5 Rotores............................................................................................ 21
6 Performance de voo........................................................................ 29
7 Comandos de voo............................................................................ 35
Parte 2
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Teoria de Voo - Helicóptero
1 – Introdução
No início do século XX os primeiros “mais pesados que o ar” moldavam o que seria a
nossa aviação atual, com veículos voadores manobráveis, controláveis e que podiam
transportar pessoas e cargas entre dois pontos definidos.
Este material foi idealizado para suprir a carência de informações a respeito da teoria
de voo de helicópteros no conteúdo preconizado para o curso técnico em manutenção
aeronáutica. Não substitui os cursos específicos das aeronaves de asas rotativas que são
ministrados pelos fabricantes, mesmo porque a informação aqui apresentada é genérica e se
aplica a todos os tipos de helicópteros. No entanto é um conteúdo muito rico em informações
básicas necessárias ao entendimento do voo dessas máquinas tão fantásticas.
Esperamos poder ajudá-lo em seu primeiro passo em direção a uma aviação que vem a
cada dia ganhando mais importância em nossas atividades.
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Teoria de Voo - Helicóptero
2 – Histórico
Dizem que os chineses já concebiam em 400 a.C. um dispositivo que se sustentava por
ação de uma asa rotativa. Na prática, a ideia surgiu da observação de um certo tipo de
semente que se afastavam da árvore original em um voo giratório induzido pela passagem do
ar por uma haste em forma de folha presa a ela. O dispositivo chinês não era um veículo, mas
um brinquedo que ganhava altura ao ser girado pelas palmas das mão.
Fonte: http://waynesword.palomar.edu/plfeb99.htm
Acesso em 01 de maio de 2016.
Fonte: http://conteudo.imasters.com.br/11728/helicoptero.jpg
Acesso em: 01 de maio de 2016
Muitos projetos foram implementados entre os anos 1700 e 1900 sem muito
progresso, pois um grande obstáculo ao voo vertical é a enorme potência necessária para
sustentá-lo, coisa que só seria possível de se obter em um dispositivo leve e compacto com os
modernos motores de combustão interna.
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Teoria de Voo - Helicóptero
A tecnologia ainda não tinha como superar restrições como o peso do material
utilizado na construção das aeronaves e o controle de um veículo aéreo tão complexo. Com o
tempo, após diversas tentativas, erros e acertos e ainda com o desenvolvimento de materiais
mais leves e resistentes e motores de melhor rendimento, pode-se finalmente ter uma
aeronave que pudesse fazer um voo tal como os helicópteros atuais.
Até 1907, todas as tentativas de realizar um voo vertical controlado não passavam de
modelos que não eram capazes de elevar nada além de seu próprio peso e por tempo
extremamente limitado. A maioria deles, não podendo suportar o peso de um motor que
impulsionasse seu sistema de sustentação, se utilizava de molas ou elásticos.
O uso dos motores de combustão interna permitiu que se fizessem aeronaves que
transportavam seu próprio motor, mas com isso surgiu o problema do torque que deveria ser
contornado.
Nossa ideia não é apresentar uma série de nomes e datas que marcaram cada passo
do desenvolvimento da invenção do helicóptero, mas sim mostrar a você algumas passagens
marcantes que irão ajudá-lo a compreender algumas soluções ainda hoje utilizadas.
Em 1907, Louis Charles Breguet fez o primeiro voo vertical com motor e piloto a bordo,
porém com o auxílio de quatro pessoas no solo para manter a aeronave estabilizada. O
aparato elevou-se a uma altura de aproximadamente 60 cm.
Ainda em 1907, Paul Cornu foi o primeiro a projetar e construir um helicóptero que
alçou voo totalmente livre e transportando uma pessoa. O aparelho de Cornu possuía dois
rotores contrarrotativos e efetuou um voo de 20 segundos a 30 cm do solo.
Fonte:
http://www.unicopter.com/1605.html
Acesso em 01 de maio de 2016
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Teoria de Voo - Helicóptero
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/a/a6/Helic%C3%B3ptero_de_
Alberto_Santos_Dumont.jpg
Fig. 6 – Autogiro C6 de
De La Cierva
Fonte:
http://www.airvectors.net/a
vheli_1.html
Acesso em 01 de maio de
2016
Em 1937, o alemão Heinrich Fock realiza o primeiro voo considerado bem sucedido em
helicóptero. Seu aparelho FW-61 fazia voos de mais de uma hora de duração, deslocando-se
em todas as direções e realizando subidas e descidas na vertical.
Fonte:
http://www.airvectors.net/avheli_1.htmlAcesso
em 01 de maio de 2016
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Teoria de Voo - Helicóptero
Fonte:http://www.aviastar.org/comments/h_co
mments.php?aircraft=sik_vs-300
A grande difusão dos helicópteros no meio aeronáutico veio após a Segunda Grande
Guerra, na qual esses aparelhos demonstraram grande versatilidade no cumprimento de suas
missões.
Fonte:
http://sceptre63.deviantart.com/art/
MASH-BELL-47-D-137112670
Hoje em dia o helicóptero é amplamente usado por todas as Forças Armadas, por
forças de apoio de defesa civil, forças policiais e em mais uma infinidade de aplicações nas
quais a aviação de asas fixas é totalmente inviável ou mesmo impossível.
Conhecer a trajetória da aviação de asas fixas nos mostra que cada voo considerado
hoje como uma simples operação entre decolagem e pouso representa o domínio de um
espaço antes apenas imaginado e que foi conquistado por meio de persistência e do emprego
da genialidade humana na busca de soluções.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Conceitos teóricos geralmente não são bem quistos pelos alunos que desejam ir para
“o que interessa” o mais rápido possível. No entanto, a maioria dos efeitos relacionados ao
voo dos helicópteros não poderá ser entendida sem uma noção mínima de certos conceitos de
física e aerodinâmica.
Leis de Newton
Sir Isaac Newton estabeleceu no século XVII um conjunto de três leis que regem a
mecânica clássica e são interessantes de serem revisadas antes do estudo da teoria de voo dos
helicópteros:
3ª Lei – Princípio da Ação e Reação: A toda ação corresponde uma reação de mesma
intensidade, mesma direção e sentido oposto, ambas aplicadas em corpos distintos.
Terra exerce sobre ela. Essa mesma carga na Lua, teria a mesma massa, ou seja, a mesma
quantidade de matéria, porém, como a atração gravitacional da Lua é menor, seu peso seria
seis vezes menor.
A segunda lei de Newton também pode ser escrita como F = m.a, onde F é a força
aplicada em um corpo (ou a resultante das forças aplicadas no corpo), m é a massa do corpo e
a é a aceleração relativa à força. No caso da atração gravitacional, devido à massa da Terra ser
muito maior que a dos corpos sobre ela e a distância entre os centros de gravidade (da Terra e
de cada corpo) ser praticamente igual ao raio da Terra, podemos antecipadamente calcular a
aceleração, que chamamos de “aceleração da gravidade”. Essa aceleração tem valor
aproximado de 10 m/s2. Com esse valor e a expressão matemática da força, podemos
facilmente calcular o peso de um corpo, sabendo sua massa. No caso da carga de 400 kg de
massa, a força peso (P), foi calculada por P=m.g = 400 kg.10m/s2 = 4000 N.
A terceira lei de Newton diz que um objeto reage a uma força aplicada a ele. Imagine
um helicóptero que realiza um pouso brusco. O helicóptero aplica uma força no solo e o solo
reage com uma força que deflete os amortecedores dos esquis, ou pode até causar danos
estruturais, conforme sua intensidade.
O mecânico representado na figura, que pretende rebocar o helicóptero para o hangar, deve
inicialmente vencer a inércia aplicando uma força suficiente para colocar o aparelho em
movimento. Depois, a força deverá apenas equilibrar o atrito com o solo até a chegada no
destino, quando ele deverá aplicar outra força para deter o movimento.
A força necessária para elevar este helicóptero do solo é proporcional à sua massa, pois deve
ser suficiente para contrapor o peso, ou seja, para gerar uma aceleração maior que a da
gravidade. Em um motor a jato, a ação de expulsão dos gases gera a reação do movimento
para frente.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Vetores
Ao falarmos das leis de Newton, comentamos a respeito da massa, uma grandeza que
fica bem definida ao citarmos apenas seu valor, por exemplo, 400 kg. Com esse valor,
podemos estimar o comportamento da massa sem a necessidade de qualquer outro dado.
Mas o que podemos dizer em relação à força e a aceleração? Se aplicarmos uma força de 1 N
sobre uma massa de 2 kg que esteja sobre uma mesa o que irá acontecer? Várias respostas são
possíveis, dependendo de como essa força é aplicada, por exemplo, de cima para baixo, da
esquerda para a direita etc.
O vetor é uma seta cuja reta suporte indica a direção da grandeza vetorial que
representa, a ponta representa o sentido e o comprimento representa a intensidade da força.
Pode-se usar qualquer valor para relacionar a intensidade com o comprimento, mas a relação
usada deve ser mantida para todos os vetores do sistema estudado. Por exemplo, pode-se
desenhar em um caderno um vetor de 1 N que tenha 1 cm, mas a partir daí, cada cm
representará 1 N nos outros vetores. O mesmo sistema pode ser desenhado em um quadro,
usando 1 m para cada 1 N.
Fig. 12 – Vetores. Fonte: Elaboração do Autor.
Pressão
A pressão é a grandeza que nos revela a quantidade de um a força aplicada sobre uma
unidade de área. É interessante conhecermos a pressão em diversos casos nos quais saber
apenas a força não é suficiente, pois a mesma força que é distribuída em uma grande área tem
efeito diferente do que se for aplicada em um ponto localizado.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Movimento Circular
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Teoria de Voo - Helicóptero
Torque e Momento
Da mesma forma que para alterar o momento linear é necessário que se aplique uma
força, para alterar o momento angular é necessário que se aplique um torque para alterar o
momento angular. Se não é aplicado torque, o momento angular se conserva. A diferença é
que o momento angular pode ser conservado e a velocidade se alterar, desde que se altere
proporcionalmente o raio.
L = m.v.r
τ.Δt = ΔL v1 v2
Raio maior
se τ = 0 → L é constante Velocidade menor
então, se r diminui, Raio menor
m, r1 Velocidade maior
v aumenta e vice-versa
m, r2
Fig. 19 – Momento Angular. Fonte: Elaboração do Autor.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Efeitos Giroscópicos
Quando um corpo com massa considerável gira em torno de um eixo próprio, surgem
efeitos conhecidos como efeitos giroscópicos. Esses efeitos podem ajudar ou prejudicar nossos
propósitos, conforme a situação, mas conhecê-los é fundamental para que possamos lidar com
eles. Os efeitos giroscópicos estão relacionados com a conservação do momento angular e
com as propriedades vetoriais do torque e momento linear, as quais explicamos na
complexidade suficiente para que os efeitos do voo sejam melhor entendidos a frente. Da
mesma forma, vamos apresentar essas duas propriedades de maneira tão simples quanto
possível.
A Rigidez é a propriedade que um corpo girante tem de manter o seu eixo de rotação.
Essa propriedade que faz com que um pião se mantenha em pé quando em giro mesmo esta
posição sendo um equilíbrio estável. Tanto que, quando o giro cessa, em consequência do
atrito da ponta do pião com o chão, o peão cai.
A Precessão já é uma propriedade menos lógica, digamos assim. Quando uma força é
aplicada em um corpo girante, seu efeito se dá a 90⁰ adiantados em relação ao giro. Ao aplicar
a força, é aplicado um torque e vimos que o torque afeta o momento angular. Se o momento
angular é alterado, produz um novo torque. Todas essas grandezas vetoriais são
perpendiculares entre si.Uma experiência prática mostra que, se uma pessoa sentada em uma
cadeira giratória livre segura uma roda girante e inclina essa roda lateralmente, o torque
gerado pela inclinação da roda faz com que a cadeira gire.
Fonte:
https://ascartasqueninguemvailer.w
ordpress.com/
2014/04/07/brincar-de-peao/
Fonte:
http://cientistacriativo.blogspot.com
.br/2010_10_01_archive.html
Fonte:
http://blog.hangar33.com.br/wp-
content/uploads/2015/02/p2.jpg
Veremos que o rotor principal do helicóptero, que é uma enorme massa girante, sofre os
efeitos de rigidez e precessão. Esses efeitos devem ser seriamente considerados ao se
projetarem os comandos de voo necessários ao controle da aeronave.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Conservação de Energia
Fonte: https://myloview.com.br/adesivo-mao-com-chave-inglesa-no-826502
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Teoria de Voo - Helicóptero
Equação de Bernoulli
Considerando que as propriedades do fluido sejam tais que toda a massa que entra
por um lado deve sair do outro lado no mesmo intervalo de tempo, vemos que no
estrangulamento, como a área é menor, a velocidade será maior. Essa é a equação da
continuidade, que diz que a velocidade de escoamento é inversamente proporcional à área.
Pensemos agora em energia. Como o tubo não possui desnível, não vamos considerar
a energia potencial, apenas a energia da pressão e a energia cinética.
A energia da pressão é dada pela força x distância (trabalho exercido), como p=F/A,
então F=p.A, assim, a energia será p.A.d, mas A.d = V (área vezes a distância é o volume). A
energia será p.V.
A energia cinética é ½ m.v2. Podemos substituir m por ρ.V, pois a densidade (ρ) é igual
a m/V. A energia cinética será ½ ρ.V.v2.
O que podemos concluir é que a pressão estática (p) e a pressão dinâmica (½ ρ.v 2) se
equilibram, ou seja, se uma aumenta a outra deve diminuir.
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Teoria de Voo - Helicóptero
O tubo assim utilizado é conhecido como Tubo de Venturi e é utilizado para vaporizar
líquidos como o combustível em carburadores ou tinta em pistolas de pintura. O mesmo
princípio explica a sustentação nos aerofólios.
Aerodinâmica
Vento Relativo
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Teoria de Voo - Helicóptero
• O perfil simétrico não produz RA quando o ângulo de ataque é zero, pois a velocidade do
vento relativo sobre e sob o perfil é a mesma. A medida que o ângulo de ataque aumenta,
começa a surgir a diferença de pressão e a RA vai aumentando. O CP permanece na
mesma posição enquanto o ângulo de ataque aumenta.
• O perfil assimétrico produz RA com ângulo de ataque zero, pois seu formato faz com que
haja diferença de velocidades nessa situação. Para que a RA seja nula, o aerofólio deve
estar com um ângulo de ataque negativo chamado de ângulo de sustentação nula. O
aumento do ângulo de ataque provoca aumento da RA com o deslocamento do CP em
direção ao bordo de ataque do perfil assimétrico.
• Em ambos os perfis, há um limite de aumento do ângulo de ataque no qual o escoamento
do vento relativo no extradorso se torna turbilhonado e, no perfil assimétrico, o CP se
posiciona muito a frente no aerofólio. Nessas condições, o arrasto se torna elevado e a
sustentação não é mais possível. Esse limite é chamado de estol.
• Nos helicópteros, o ângulo de incidência é controlável, logo, o aerofólio é fixado por um
eixo que permite a variação desse ângulo. Para se evitar esforços de torção indesejáveis,
que provocam fadiga do material das pás, normalmente se usam perfis simétricos na
construção de pás de rotores, localizando o CP no eixo de fixação. Atualmente, com o
desenvolvimento de materiais mais resistentes, são construídas pás de perfil assimétrico,
que possuem maiores coeficientes de sustentação.
• Perceba observando a fórmula, que a sustentação pode ser alterada se mudarmos o C L, a
densidade do ar, a área da asa ou a velocidade. Desses elementos, o piloto normalmente
tem controle sobre a velocidade e sobre o CL, que depende do ângulo de ataque.
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Teoria de Voo - Helicóptero
4 – Seções do Helicóptero
A seção dianteira do helicóptero pode ser construída dos mais diversos materiais estruturais
aeronáuticos e geralmente comporta o parabrisas e janelas, que são confeccionados em
material transparente de boa visibilidade e baixa distorção, pois o helicóptero é uma aeronave
que voo geralmente em condições visuais e, além disso, por ter a possibilidade de efetuar
decolagem e pouso na vertical e voo em qualquer direção, deve permitir ao piloto uma plena
visualização do que está ao seu redor.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Os motores a reação utilizados em helicópteros são do tipo turboeixo que são motores
que utilizam a propulsão do jato não para produzir movimento por ação e reação
propriamente dita, mas para movimentar uma turbina livre que por sua vez move um
dispositivo, no caso do helicóptero, os rotores. Nos motores de helicóptero a reação
existe uma caixa de redução com a finalidade de compatibilizar a rotação da turbina
com os acessórios a serem movimentados.
Tal como nas aeronaves de asa fixa, os trens de pouso têm a finalidade de suportar a
aeronave e permitir sua manobrabilidade no solo e suportar o impacto da aterragem.
Devido à capacidade de decolar e pousar na vertical, os helicópteros podem ser
operados em uma infinidade de terrenos e para cada tipo de terreno um tipo de trem
de pouso é mais adequado.
Os helicópteros podem possuir trens de pouso com rodas, semelhantes aos dos aviões
e com praticamente as mesmas características. A maior complexidade em relação ao
trem tipo esqui, tal como a calibragem dos pneus e sistemas de recolhimento, é
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Teoria de Voo - Helicóptero
Ainda podem ser instalados na seção central do helicóptero flutuadores que permitem
o pouso na água. Os flutuadores podem ser fixos, removíveis ou mesmo de
acionamento manual ou automático. Ainda podemos ter trens de pouso especiais que
permitem o pouso e decolagem em superfícies de gelo e na neve.
Seção Traseira – As principais partes da seção traseira são o cone de cauda e o rotor de cauda.
O cone de cauda suporta as demais partes tais como, caixa de transmissão traseira (CTT), eixo
de acionamento da CTT, estabilizadores, luzes de navegação, esqui de cauda, acessórios e o
próprio rotor de cauda.
O acionamento do rotor principal pelo motor causa o efeito de torque, por ação e reação, que
tende a fazer com que a fuselagem do helicóptero gire no sentido oposto ao do giro do rotor.
Para contrapor esse efeito indesejado, existem várias soluções das quais veremos algumas
quanto tratarmos especificamente do rotor. A instalação do rotor de cauda é uma dessas
soluções e por ser a mais simples é também a mais difundida. Nos referiremos de maneira
generalizada aos helicópteros como sendo de rotor simples, ou seja, possuindo rotor de cauda.
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Teoria de Voo - Helicóptero
5 – Rotores
Configurações de Rotores
Uma das maiores dificuldades encontradas nos projetos iniciais de helicópteros foi o
controle do efeito torque causado pelo acionamento do rotor principal pelo motor. A
instalação de um rotor de cauda é apenas uma das soluções. Veremos a seguir, além da já
comentada configuração de rotor simples, outras configurações que nos permitem classificar
os helicópteros. Procuraremos apresentar também as vantagens e desvantagens inerentes a
cada uma delas.
Essa configuração tem como vantagens a sua simplicidade de construção e manutenção e mais baixo
custo em relação as demais.
Como desvantagens temos o risco de contato com objetos ou pessoas no solo e a sensibilidade ao
vento, que torna mais difícil o controle a baixas velocidades.
As desvantagens do rotor duplo axial está na complexidade de se colocar dois eixos girando em
sentidos opostos no mesmo espaço físico. Isso torna essa configuração mais cara e de manutenção
mais difícil.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Esta configuração requer uma estrutura pesada, volumosa e atrelada a grande arrasto.
Além das configurações apresentadas existem outras menos expressivas ou por serem
apresentarem desvantagens significativas em relação às vantagens ou por ainda não terem
suas tecnologias desenvolvidas suficientemente a ponto de serem consideradas seguras,
econômicas e de custo justificável.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Uma dessas configurações é a que usa motores a jato nas extremidades das pás para
propulsionar o rotor sem a necessidade de tração no eixo. Outra delas é a dos chamados
convertiplanos, que possuem conjuntos de motores e rotores que podem mudar o plano de
rotação. Para as decolagens e pousos na vertical, às pás funcionam como rotores de
helicóptero, mas em voo funcionam como hélices. Ainda existem configurações que
apresentam rotores e motores de tração ou propulsão, semelhantes aos girocópteros.
Quando as pás do rotor giram, suas pontas descrevem uma trajetória circular. O círculo
definido por essa trajetória é chamado de Disco do Rotor e se encontra em um plano que é
chamado de Plano de Rotação. Pelo centro do círculo definido pela trajetória das pontas das
pás do rotor e perpendicular ao plano de rotação está o Eixo de Rotação. O eixo de rotação
não é sempre coincidente com o mastro do rotor e é isso que permite a manobrabilidade do
helicóptero.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Se estivermos tratando com quilogramas (kg) e metros quadrados (m2), essa razão será dada
em kg/m2.
Eixo Vertical
Eixo Longitudinal
Como o helicóptero tem as asas (pás dos rotores) com liberdade de variação do ângulo
de incidência, definimos também três eixos de movimento das pás. Estes também se
denominam como eixo longitudinal, eixo lateral ou transversal e eixo vertical, mas seu
cruzamento se dá no ponto de fixação de cada pá no mastro.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Pás – São as asas rotativas propriamente ditas. As pás são os aerofólios montados na estrutura
do rotor com a finalidade de gerar a sustentação e controle do helicóptero. As pás possuem
compensadores nos bordos de fuga, próximo às pontas, para ajuste de sua trajetória média.
Podem ter também pesos para ajuste de balanceamento. Sendo um corpo extenso em
movimento circular com mesma velocidade angular, cada pá tem uma velocidade tangencial
baixa próximo ao eixo de rotação e alta próximo à ponta. Para homogeneizar a sustentação,
que depende da velocidade, ao longo da pá, normalmente o ângulo de passo é variado.
Próximo ao eixo o ângulo tem um valor elevado e vai se reduzindo no sentido da ponta. Isso dá
uma característica de torção na pá do rotor. Outra solução é a variação da área, que também
influencia na sustentação. Assim, a pá tem maior corda próxima ao eixo e menor corda
próxima à ponta, ficando com formato trapezoidal. Como a pá tem diferentes características
ao longo de seu eixo longitudinal, é identificada por estações.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Punhos – O punho ou garra de cada pá é a parte pela qual a pá é fixada a estrutura do rotor
por parafusos ou pinos.
Mastro – É o eixo de rotação que recebe o movimento da caixa de transmissão faz com que as
pás girem.
Cubo – Também chamado de cabeça do rotor, é responsável pela conexão entre os punhos
das pás e o mastro do helicóptero.
Pitch Horns – São alavancas ligadas aos punhos que permitem o movimento de mudança de
passo, ou seja, a alteração do ângulo de incidência.
Pitch Links – São as hastes ligadas aos pitch horns e são acionados pela estrela rotativa.
Estrela Rotativa – É uma plataforma rotativa que tem liberdade de movimentos verticais
acionando as hastes de mudança de passo.
Estrela Fixa – É uma plataforma conectada à estrutura do helicóptero por hastes de comando
ligadas aos comandos de voo na cabine e que transmite os movimentos à estrela rotativa. O
conjunto de estrela fixa e estrela rotativa também é chamado de unidade misturadora ou
swash plates.
Tesoura–É uma peça ligada ao conjunto de estrelas para transferir a força do mastro a elas e
também para alinhar e limitar o movimento do conjunto.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Mudança
de passo
O Rotor Rígido é aquele cujas pás possuem apenas o movimento de mudança de passo. Na
verdade, as pás fazem um limitado movimento de batimento por flexão do material com o
qual são construídas. Segundo Rocha (2011), esse tipo de rotor, que tem como vantagem a
simples construção, por sua maior inércia, consequência de sua maior massa, possui maior
inércia de rotação. Se houver uma parada de motor, o rotor fixo demora mais para perder
rotação, oferecendo maior tempo ao piloto para executar os procedimentos de emergência e
manter a rotação em valores seguros. No entanto, caso a rotação caia abaixo do valor de
segurança, fica mais difícil recuperá-la.
O Rotor Semi-Rígido executa, além do movimento de mudança de passo, o batimento das pás.
De acordo com Machado e Reisdorfer (2011), esse sistema é utilizado normalmente em
rotores de duas pás, as quais executam o movimento de gangorra por meio de um movimento
chamado trunnion. As pás, portanto, não têm movimento independente, enquanto uma sobe a
outra desce.
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Teoria de Voo - Helicóptero
O rotor de cauda é o elemento usado nos helicópteros com rotor principal do tipo
simples para contrapor o efeito torque causado pelo motor ao acionar o movimento das pás.
Apesar de existirem outras soluções para eliminar o efeito torque, a utilização de um rotor
principal simples e um rotor de cauda ainda é a mais usada por sua simplicidade de construção
e manutenção. Dentre os diversos tipos de rotores de cauda, podemos destacar:
Convencional, que é um rotor composto por duas ou mais pás instalado na extremidade do
cone de cauda em posição perpendicular ao plano do rotor principal. O rotor de cauda poderá
ser semi-rígido ou articulado e a variação do passo de suas pás é que dará o controle da força
anti-torque exercida por ele, de forma a possibilitar o movimento de guinada do helicóptero.
Fonte:
http://rotorcentral.blogspot.com.br/
2010_05_01_archive.html
Fenestron é um tipo de rotor de cauda totalmente protegido por uma carenagem, o que
elimina os efeitos translacionais eliminando também a necessidade de batimento e avanço e
recuo das pás, ou seja, o rotor tipo Fenestron é um rotor rígido. Esse tipo de rotor possui um
número maior de pás que o rotor convencional e tem por vantagem um menor nível de ruído e
melhor eficiência em virtude não receber o ar turbilhonado. A empenagem de um helicóptero
equipado com rotor tipo Fenestron possui ainda uma superfície vertical bem destacado.
Fig. 45 - Fenestron
Fonte:
http://canalpiloto.com.br/teorias-rotativas-03/
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Teoria de Voo - Helicóptero
NOTAR é a sigla de No Tail Rotor, um conceito desenvolvido para helicópteros com motor a
reação no qual parte do fluxo de ar produzido pela turbina mantém uma pressão constante no
cone de cauda de forma a produzir um fluxo variável de ar por uma saída na extremidade da
cauda. Além do efeito causado pelo fluxo, que sendo regulável permite o controle de guinada,
grande parte da força anti-torque é produzida pela passagem do fluxo de gerado pelo rotor
principal em torno do cone de cauda construído com um perfil adequado para produzir tração
no sentido contrário ao torque do rotor.
Fonte: http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/helicoptero-sem-
rotor-de-cauda-chega-ao-brasil_410.html
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Teoria de Voo - Helicóptero
6 – Performance de Voo
Fig. 47 - Voo Pairado sem Vento Fig. 48 - Voo Pairado com Vento
O voo pairado com vento é muito semelhante a um voo em deslocamento com baixa
velocidade (para um vento de baixa intensidade). O vetor sustentação deverá ser inclinado e
ter seu módulo aumentado para que tenha uma componente vertical equivalente ao peso e
uma componente horizontal na direção de onde vem o vento. O arrasto de fuselagem passa a
não ser mais vertical e ter uma componente horizontal, também.
Voo Vertical
O voo vertical é aquele no qual o helicóptero tem variação de altura, porém não tem
movimento horizontal. Para que ocorra o voo vertical, é necessário que se quebre o equilíbrio
das forças nessa direção. No voo vertical ascendente, a sustentação é maior que o peso
somado à componente vertical do arrasto de fuselagem. No voo vertical descendente, o peso
somado à componente vertical do arrasto é maior que a sustentação. Num voo vertical
prolongado, no qual haja um período de velocidade de deslocamento constante, retorna o
equilíbrio entre as forças.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Voo Descendente
Razão de Descida é a relação entre a altura perdida e o tempo decorrido. É medida em ft/min
ou m/s.
Menor Ângulo de Descida é o ângulo de descida que permite alcançar a maior distância em
uma descida sem potência, num voo semelhante ao voo planado de um avião de asa fixa. Essa
descida deverá ser executada em uma determinada rotação do rotor principal e em uma
determinada velocidade, geralmente coincidente com a velocidade de máximo alcance (aquela
que permite percorrer a maior distância com uma dada quantidade de combustível).
Menor Razão de Descida é a razão de descida que permite que o helicóptero se mantenha em
voo o maior tempo possível em caso de perda de potência do motor, ou seja, descendo em
auto-rotação. A menor razão de descida, apesar de manter o helicóptero mais tempo em voo,
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Teoria de Voo - Helicóptero
não garante o alcance de maior distância, tal como o menor ângulo de descida, pois para se
obter a menor razão é necessário aumentar o ângulo de descida. A velocidade correspondente
à menor razão de descida geralmente corresponde à velocidade de maior autonomia (aquela
na qual a aeronave voa por mais tempo com uma dada quantidade de combustível).
Influencia do Vento – Em relação ao ar, a descida se dá da mesma forma com ou sem vento,
porém em relação ao solo, o vento influencia de forma que o vento de cauda ajuda no
deslocamento e o vento de proa retém esse deslocamento. Assim, o vento de cauda aumenta
a distância percorrida e consequentemente diminui o ângulo de descida. O vento de proa
reduz a distância percorrida, aumentando o ângulo de descida. Como o deslocamento em
relação ao ar não se altera, permanecem invariáveis a velocidade aerodinâmica e a razão de
descida.
Influência da Altitude – Quanto maior a altitude, menor a densidade do ar. Assim, para obter a
mesma velocidade indicada, a velocidade aerodinâmica será maior em uma aeronave que se
encontra em maior altitude. Com maior velocidade aerodinâmica, aumenta a razão de descida,
visto que o deslocamento na trajetória é mais veloz.
Voo Ascendente
Razão de Descida é a relação entre a altura ganha e o tempo decorrido. É medida em ft/min ou
m/s.
Melhor Ângulo de Subida é o maior ângulo possível de se efetuar uma subida. No caso de
vento calmo, esse ângulo é de 90º, ou seja, subida na vertical. Quando esse ângulo é utilizado
para livrar obstáculos na decolagem, deve-se, assim que possível, iniciar um deslocamento,
para evitar o risco de uma pane do motor a baixa altura sem velocidade de deslocamento para
uma auto-rotação bem sucedida.
Maior Razão de Subida é a situação na qual o helicóptero ganha altura no menor tempo
possível. A maior razão de subida está relacionada com o tempo no qual o helicóptero ganha
altura e não com o ângulo, pois um ângulo de subida muito grande implica em uma velocidade
menor.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Influencia do Vento – Em relação ao ar, a subida se dá da mesma forma com ou sem vento,
porém em relação ao solo, o vento tem influência. Se houver vento de proa, a subida na
vertical é feita como se houvesse um deslocamento com a mesma velocidade do vendo. O
vento de cauda “empurra” o helicóptero para frente enquanto sobe. Assim, o vento de cauda
aumenta a distância percorrida e consequentemente diminui o ângulo de subida. O vento de
proa reduz a distância percorrida, aumentando o ângulo de subida. Como o deslocamento em
relação ao ar não se altera, permanecem invariáveis a velocidade aerodinâmica e a razão de
subida.
Influência da Altitude – Quanto maior a altitude, menor a densidade do ar tornando mais difícil
a sustentação. Logo quanto mais alto, menor a razão de subida, até um limite acima do qual o
helicóptero não consegue mais subir.
Voo em Curva – Para que um objeto em movimento retilíneo uniforme possa realizar uma
curva, é necessário que nele atue uma força, perpendicular ao deslocamento e no sentido do
centro da curva. No caso do voo de helicóptero, essa força, chamada de força centrípeta, é
obtida com a inclinação do disco do rotor principal, que cria uma componente horizontal da
sustentação para fazer as vezes de força centrípeta. A atuação do rotor de cauda serve para
manter a fuselagem alinhada com a tangente da curva garantindo a coordenação. Uma curva
realizada com aplicação inadequada da força anti-torque pode descoordenar o helicóptero de
forma que a cauda tenha tendência a ir para “fora” da curva ou para “dentro” da curva. No
primeiro caso, teremos uma curva glissada, no segundo caso uma curva derrapada.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Decolagem
Pouso
Assim como a decolagem, o pouso também poderá ser feito com um voo vertical ou
com um ângulo de aproximação. A opção de melhor pouso dependerá das condições de peso,
densidade do ar, vento, obstáculos etc.
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7 – Comandos de Voo
Vimos que o giro do rotor principal do helicóptero propicia o vento relativo nas pás,
que são aerofólios e, por sua vez, produzem uma resultante aerodinâmica. Essa força,
inicialmente direcionada para cima, poderá ter sua intensidade aumentada ou reduzida
conforme seja alterado o ângulo de ataque de todas as pás do rotor coletivamente (todas no
mesmo sentido ao mesmo tempo).
Vimos também que para executar certas manobras, como voo em deslocamento e
curvas, é necessário que se incline o plano do disco do rotor, o que será realizado com a
variação cíclica do ângulo de ataque das pás do rotor (aumenta o ângulo de ataque das pás
que passam por um setor e diminui o ângulo das pás que passam pelo setor oposto).
Finalmente, vimos que o giro do rotor principal provoca uma força de torque que
tende a girar a fuselagem do helicóptero e que é contraposta pela força de tração produzida
no rotor de cauda. Essa força anti-torque, controlada de maneira adequada, propicia o
controle de direção da fuselagem, permitindo um voo coordenado.
Todos esses ajustes em prol do controle do voo do helicóptero são providos pelos
comandos de voo: coletivo, manete de potência, cíclico e pedais.
Coletivo
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Manete de potência
Como a atuação da manete altera inicialmente a rotação das pás do rotor principal ao
variar a potência do motor, dizemos que a manete de potência é o comando primário de RPM.
Cíclico
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Teoria de Voo - Helicóptero
Ao comandar o cíclico para frente, por exemplo, o disco do rotor é inclinado para
frente. Como o cíclico tem liberdade de movimento para os 360⁰, sua atução pode inclinar o
disco do rotor para todos os lados, causando movimento para frente, para trás, lateral e
comandando curvas, caso esteja em movimento para frente.
A princípio, poderíamos pensar que para inclinar o disco do rotor para frente teríamos
de aumentar o ângulo de ataque das pás quando passam na parte de trás e reduzi-los ao
passar pela frente. Devemos lembrar que o rotor é uma massa girante, portanto, sujeita aos
efeitos giroscópicos. A pressão giroscópica diz que o efeito de uma força aplicada à uma massa
girante se dá com 90⁰ de avanço. Ou seja, para que tenhamos a inclinação do rotor para
frente, devemos aplicar uma força a 90⁰ atrasada em relação ao giro. Por exemplo, um rotor
que gira no sentido anti-horário quando visto de cima, deve receber uma força para cima no
lado esquerdo do piloto para que a parte de trás do rotor se eleve.
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Pedais
Fig. 56 –Pedais.
É interessante ressaltar que a função primária dos pedais atuando no rotor de cauda é
contrapor adequadamente o torque, mantendo o helicóptero coordenado. Diferentemente do
avião, os pedais não são necessariamente usados em uma curva, podendo até haver o caso de
se usar os pedais no sentido contrário ao da curva. Por exemplo, ao se aumentar a potência de
um helicóptero cujo sentido do giro do rotor seja o anti-horário quando visto por cima,
aumenta a tendência de o nariz ir para a direita. Isso faz com que o piloto tenha que pressionar
o pedal esquerdo para manter a coordenação. Suponha que este helicóptero esteja fazendo
uma curva ascendente à direita. Como a curva é ascendente, requer maior potência, ou seja,
terá de ser atuado o pedal esquerdo, mesmo com a curva sendo feita para a direita.
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Teoria de Voo - Helicóptero
Fig. 57 – Atuação dos pedais em um helicóptero cujo rotor principal gira no sentido anti-horário
quando visto de cima. A pressão no pedal direito diminui o passo do rotor de cauda, reduzindo
sua atuação e levando a cauda para a esquerda, pois a tendência do torque é levá-la para este
lado. Com os pedais em neutro, o rotor de cauda simplesmente contrapõe a força do torque. Ao
pressionar o pedal esquerdo, aumenta-se o passo do rotor de cauda, aumentando a força anti-
torque e fazendo com que a cauda se mova para a direita (nariz para a esquerda).
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Teoria de Voo - Helicóptero
Conclusão da Parte1
Vimos então as partes do helicóptero e a função de cada uma delas, dada especial
atenção aos rotores. Logo em seguida vimos as características de performance do helicóptero,
ou seja, os movimentos que caracterizam o seu voo.
Finalizamos esta primeira parte do estudo com a descrição dos comandos de voo, que
permitem que o helicóptero proceda aos movimentos determinados pelo pitoto.
Até lá!
Prof. Hélio
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