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Revista Lusófona de Economia e Gestão das Organizações (R-LEGO – ISSN 2183-5845)

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Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Categoria: Artigo científico

O PARADOXO DA DEMOGRAFIA AFRICANA NA CONTEMPORANEIDADE,


DESAFIOS E OPORTUNIDADES. UM ESTUDO DE CASO EFECTUADO
COM JOVENS ANGOLANOS RESIDENTES NA PROVÍNCIA DE BENGUELA

Autor: Kelsom Chavonga


Mestre em Gestão de Recursos Humanos
dekhelsonmxipro@gmail.com
Orcid: 0009-0009-7778-1689

RESUMO

O crescimento demográfico é várias vezes apresentado como um dos factores


da crise global dos países em via de desenvolvimento, por esta razão, ao longo
dos tempos muitos países da Europa, da América do Sul, da América do Norte
e da Ásia, adoptaram políticas com níveis elevados de sucesso, o que contribuiu
para a redução da fecundidade e o abrandamento do crescimento populacional,
porém, diferente do resto do mundo, o continente africano, por questões de
várias ordens, manteve-se com um nível acelerado da taxa de natalidade, o que
contribuiu para aumento da sua população jovem, esta realidade contrasta com
o sistema de governação de muitos países africanos que é ainda caracterizado
por um total desrespeito pelos direitos humanos, assim como pela
marginalização da grande maioria da população jovem, o que constitui um
desafio e, ao mesmo tempo um poço de oportunidades. Isto ocorre numa altura
em que paradoxalmente muitos países desenvolvidos olham para o continente
africano, como sendo a solução da disponibilidade de força de trabalho para o
desenvolvimento das suas nações. Nesta ordem de ideias, considera-se que é
necessário que exista uma transformação estrutural em África passando pela
construção de sociedades mais abertas, mais transparentes, mais participativas
e mais justas para que todas vantagens competitivas advindas da massa jovem
sejam, efectivamente, desenvolvidas e aproveitadas no continente berço.

Palavras-chave: Demografia africana, paradoxo, desafios, oportunidades

INTRODUÇÃO

O continente africano é, por assim dizer, o segundo continente mais povoado do


mundo com cerca de 1,2 bilhões de habitantes, perdendo apenas para Ásia com
um total de 4,5 bilhões de habitantes. Ainda assim, a população
africana encontra-se espalhada pelo continente de modo bastante desigual. Em
razão das condições naturais, existem grandes vazios demográficos, como é o
caso das áreas do continente dominadas por grandes desertos e nas regiões de
densas florestas equatoriais, com densidades demográficas muito baixas
(menos de 1hab/km²). Em contrapartida, existem áreas intensamente povoadas,
concentradas principalmente nos grandes centros urbanos, sobretudo no litoral
africano. Entre as aglomerações urbanas mais populosas da África estão as
cidades de Lagos (cerca de 10 milhões), Cairo (cerca de 11 milhões) e Kinshasa
(cerca de 9 milhões). Nessas áreas, as densidades demográficas podem superar
400 hab./km² (Garcia, 2013).
Por outro lado, o crescimento demográfico é várias vezes apresentado como um
dos factores da crise global dos países em via de desenvolvimento e da África
subsariana (Mosca, 2004). Segundo o relatório do PNUD (2003) em vários
países africanos a população duplica em períodos entre 25 a 35 anos. Nesta
senda, diferentes políticas nacionais com apoios internacionais foram sugeridas
e aplicadas na tentativa de controlar o crescimento demográfico (Barata, 2003).
Foram experimentadas diversas formas de controlar os nascimentos (desde o
planeamento familiar, até medidas rigorosas de caracter económica) com êxitos
diversos. Segundo a Organização das Nações Unidas, (2022) a África
Subsariana foi a região que menos adoptou um dos diferentes métodos de
limitação de nascimentos: estima-se que apenas 13% dos casais com mulher
em idade reprodutiva praticaram algum método. A China, segundo o mesmo
relatório da ONU, foi um dos países com maior adopção (cerca de 72% dos
casais) e os países mais desenvolvidos (71%). Ressalta-se que muitos países
da América do Sul, da América do Norte e da Ásia, adoptaram políticas com
níveis elevados de sucesso, o que contribuiu para a redução da fecundidade
e da natalidade e o abrandamento do crescimento populacional a partir da
década dos anos 1980 e 1990 nos países desenvolvidos e em via de
desenvolvimento. Em África, apenas a África do Sul, o Botswana e as
Maurícias adoptaram políticas com impactos relevantes. Mosca (2004) salienta
que as questões culturais e o entendimento dos sistemas de reprodução
económica e social das famílias e das comunidades, são fundamentais para a
aplicação e a avaliação dos impactos das políticas. Em África tem importância a
poligamia e a função dos filhos, das crianças e dos jovens na divisão do trabalho
no seio das famílias e da comunidade. Os filhos são uma fonte de rendimento,
não só por constituírem força de trabalho para as actividades económicas no
âmbito das economias familiares e de subsistência, como ainda pelas receitas
das filhas através do pagamento dos dotes.

Por outro lado é, também, por evidente, que o continente africano, tem recursos,
espaço e clima para uma população mais numerosa daquela que possui. Desde
que existam políticas ajustadas e considerando os actuais indicadores
produtivos e de produtividade por hectares e por jorna de trabalho, as
possibilidades de aumento da população agrícola é grande. Vale ainda ressaltar
que, mesmo considerando as políticas desajustadas dos governos e das
instituições financeiras internacionais, o princípio malthusiano não está
verificado em África: as terras aráveis não estão esgotadas, a floresta é um
recurso natural imenso, a produtividade do trabalho pode multiplicar a produção
e os recursos naturais são exportados a troco de baixos salários e de doenças
profissionais ou mesmo de sangue. Por esses e outros vários factores Mosca
(2004) refere que o volume da população africana não é a causa (ou uma das
causas) da pobreza, mas sim um efeito.

Do ponto de vista demográfico, segundo relatório da ONU (2022) a média de


idade no mundo está distribuída da seguinte forma:
África Ásia Europa América Latina América Oceania
e Caribe do Norte

19,7 32 42,2 Anos 31 Anos 38,6 33,4 Anos


Anos Anos Anos

Fonte: ONU (2022)

Num estudo comparado, apresentado pelo mesmo relatório, pôde-se notar que
no Canadá , por exemplo, a idade média é de 41 anos e a expectativa de vida é
de 82 anos, ao passo que no Uganda, a expectativa de vida é bem mais baixa
(63 anos) e a idade média é de 16 anos de idade com o particular destaque de
apenas 2% da sociedade ter 65 anos de vida ou mais (ONU, 2020).

Por de trás dos números existem várias realidades complexas que passam pelas
seguintes questões: com cada vez menos jovens e uma população cada vez
mais envelhecida, como os países vão manter suas economias activas? E, como
a humanidade vai sobreviver?
É neste contexto que muitos olham para o continente africano, em particular para
os países da África subsariana. As projeções indicam que a população da região
vai dobrar até 2050, chegando a 2,5 bilhões de pessoas. Na prática, isso significa
que, em menos de 30 anos, um quarto da humanidade poderia ser
potencialmente africana.
O crescimento populacional da África ocorre duas vezes mais rápido que
o do sul da Ásia e quase três vezes mais do que o da América Latina. O que
impulsiona esse crescimento é uma característica única desta região: na
maioria dos países africanos, pelo menos 70% dos cidadãos têm menos de
30 anos. Isso contrasta fortemente com a situação no resto do mundo,
onde a população está envelhecendo rapidamente.
Esses dados, numa análise holística, representam aquilo que chamo de
disponibilidade de força de trabalho para o crescimento e desenvolvimento de
África mas, tal desiderato só será concretizado se houver boa vontade política
por parte dos governos de muitos países africanos em apostar seriamente na
potencialização técnica dos seus jovens.
Justificativa

O presente artigo pretende identificar e caracterizar os vectores considerados


essenciais para que os estados africanos despertem e passem a olhar para a
demografia jovem africana como uma oportunidade capaz de elevar a África para
patamares fortes de desenvolvimento.

Numa altura em que a diminuição do crescimento demográfico nos países


desenvolvidos trouxe um problema que eles tentam resolver: o elevado número
de idosos que hoje representa um aumento dos encargos para com a
previdência social (Almeida & Rigolin, 2002), por outro lado a população jovem
africana, se bem aproveitada pelos governos, pode ser um factor de
desenvolvimento, principalmente pelas seguintes razões: I - O número de idosos
representa uma baixa proporção de pessoas dependentes e, II - Uma proporção
elevada de população em idade produtiva representa recursos mobilizáveis e de
aumentos de produção e de rendimentos.

METODOLOGIA

Esta investigação alicerça-se no paradigma quantitativo porque procuramos


quantificar os fenómenos a estudar. É, igualmente, um estudo de delineamento
transversal porque recolhemos os dados num único momento.

A pesquisa é de natureza descritiva e, utilizou-se métodos de níveis teóricos


(indutivo-dedutivo e análise-Síntese) e métodos de níveis empíricos (pesquisa
bibliográfica e matemático-estatístico). Utilizou-se igualmente o inquérito por
questionário como instrumento de recolhas de dados e foram introduzidos no
package estatístico IBM/PSPP tendo-se seguido a depuração da base de dados
e procedido ao tratamento estatístico

Pergunta de partida

Será que a população jovem africana pode ser o garante do desenvolvimento do


continente berço da humanidade?
Objectivos

Constitui-se como objectivo principal desta investigação analisar os principais


paradoxos da demografia africana, tendo como mote os seus principais desafios
e oportunidades. Cumulativamente pretendemos analisar ainda os seguintes
aspectos:

 Fundamentar teoricamente sobre o paradoxo da demografia africana na


contemporaneidade, seus desafios e oportunidades;
 Identificar a média de idade no mundo por continente e suas respectivas
implicações;
 Avaliar o nível de percepção dos jovens angolanos residentes na
província de Benguela sobre a forma como são vistos em termos de
aproveitamento de suas potencialidades em diferentes áreas;
 Analisar a visão dos jovens angolanos residentes na província de
Benguela sobre as razões que estão na base da possibilidade de
emigração;

Caracterização da amostra

Na realização deste estudo foi utilizada uma amostra de conveniência (técnica


de amostragem não probabilística) abrangendo jovens de diferentes províncias
de Angola residentes na província de Benguela num total de 100 sujeitos.
Destes, 66 são do sexo masculino (66%) e 34 do sexo feminino (34%). Em
termos de idade, 80 pertencem à faixa etária dos 18 a 23 anos de idade (80%),
e 20 têm idades superior a 24 anos (20%). Em termos de habilitação literária,
63% dos jovens inquiridos possuem a licenciatura, 25% possuem o ensino médio
(com frequência universitária) e, apenas 12% possuem o ensino médio (sem
frequência universitária).

Resultados

Tabela – 1: Percepção dos jovens angolanos em relação a forma como são


aproveitadas as suas potencialidades em diferentes domínios como: valorização
da sua formação superior, acesso ao primeiro emprego, estado providência,
acesso ao crédito habitacional, opinião pública, participação nas decisões
políticas e entre outros domínios).

Opções Frequência Percentagem


Boa 5 5%
Razoável 10 10%
Má 30 30%
Muito Má 55 55%
Total 100 100%
Fonte: Elaboração própria

Quando procurou-se saber dos jovens inquiridos sobre a percepção que têm em
relação a forma como são vistos pelos seus governos em termos de
aproveitamento de suas potencialidades em diferentes domínios, de acordo com
os resultados obtidos, as respostas mostram que apenas 5% responderam boa,
que perfez 5 jovens, um total de 10 jovens que corresponde a 10% responderam
razoável, 30% responderam má e, a maioria (55%) responderam muito má.

Tabela – 2: Percepção da juventude angolana em relação aos efeitos do


cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável do estado angolano
que passa pela consolidação da legitimação interna e cooperação activa na
construção do Estado-Nação (nation-building); Redução da pobreza e a exclusão
social; Garantia da segurança e promoção da confiança; Equilíbrio de custos e
benefícios da transformação para um desenvolvimento inclusivo e da integração
nas áreas social, política, económica e institucional nas suas vidas.

Opções Frequência Percentagem

Boa 2 2%
Razoável 13 13%
Má 25 25%
Muito Má 60 60%
Total 100 100%

Fonte: Elaboração própria


Nesta tabela procurou-se saber sobre a percepção da juventude angolana em
relação aos efeitos do cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável
do estado angolano, uma percentagem muito ínfima (2%) responderam boa, que
perfez 2 jovens, um total de 13 jovens que corresponde a 13% responderam
razoável, 25% responderam má e, mais uma vez a maioria (60%) responderam
muito má.

Tabela – 3: Já alguma vez lhe ocorreu a possibilidade de emigrar?

Opções Frequência Percentagem

Sim 83 83%
Não 2 2%
Algumas vezes 15 15%
Total 100 100%

Fonte: Elaboração própria

De acordo com a tabela nº 3, ao questionarmos se alguma vez os jovens já


pensaram em emigrar, num universo de 100 participantes, 83 dos inquiridos
(83%), curiosamente a maioria, responderam sim, 15% responderam algumas
vezes e, apenas um total de 2% dos inquiridos responderam não.

Tabela – 4: Quais são as razões que estão na base desta intenção?

Opções Frequência Percentagem

Fraca qualidade do 10 10%


sistema de educação
Sistema de saúde 10 10%
paliativo
Escassez de emprego 40 40%
Decepção com o 20 20%
governo
Pouca valorização da 20 20%
juventude
Total 100 100%

Fonte: Elaboração própria

Nesta tabela, interessava-nos saber as razões que justificam a intenção dos


jovens de emigrar e, com base nos resultados adquiridos, a maioria (40%)
responderam escassez de emprego, seguidos da decepção com o governo
(20%) e da pouca valorização da juventude (20%). Para além destes três
factores que mais influenciam a intenção dos jovens de emigrar, constatou-se
outros factores como, a fraca qualidade do sistema de ensino (10%) e o sistema
de saúde paliativo (10%).

Tabela – 5: Qual seria o destino da pretensa possibilidade de emigrar?

Opções Frequência Percentagem

Europa 83 83%
Ásia 2 2%
América 13 13%
Nenhum destino 2 2%
Total 100 100%

Fonte: Elaboração própria

Com base nos resultados anteriores, na presente tabela procuramos saber dos
jovens sobre os potenciais destinos que pretendem alcançar e, constatou-se que
a maioria (83%) disseram Europa, 13% disseram América, 2% disseram Ásia e,
igual percentagem (2%) disseram nenhum destino.

Discussão dos resultados

O principal objectivo desta investigação foi analisar os paradoxos da demografia


africana, tendo como mote os seus desafios e oportunidades e, com base nos
resultados obtido, foi por evidente na literatura da especialidade e no relatório da
ONU (2022), que a África é, por assim dizer, em termos populacionais, o
continente mais jovem e, este dado representa, mais uma vez, aquilo que ao
longo do artigo chamei de disponibilidade de força de trabalho porém,
paradoxalmente é a força jovem que menos tem sido potencializada e explorada
em prol do desenvolvimento do continente berço da humanidade e por
consequência, muitos deles decidem sistematicamente emigrar para outras
paragens com o fito de emprestarem as suas potencialidades para o
desenvolvimento.

Procurou-se confirmar os resultados da literatura mediante o estudo empírico


para aferir a percepção dos jovens angolanos residentes na província de
Benguela em relação à forma como são aproveitadas as suas potencialidades
em diferentes domínios como: valorização da formação superior, acesso ao
primeiro emprego, estado providência, acesso ao crédito habitacional, opinião
pública, participação nas decisões políticas e entre outros domínios, os
resultados sugerem que a maioria dos jovens não se vê valorizado e têm pouco
espaço nas agendas do governo.

Foi também evidente que a maioria da juventude angolana residente na província


de Benguela têm uma percepção muito má em relação aos efeitos práticos do
cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável do estado angolano
que passa pela consolidação da legitimação interna e cooperação activa na
construção do Estado-Nação (nation-building); Redução da pobreza e a
exclusão social; Garantia da segurança e promoção da confiança; Equilíbrio de
custos e benefícios da transformação para um desenvolvimento inclusivo e da
integração nas áreas social, política, económica e institucional nas suas vidas.

Os resultados adquiridos do estudo empírico confirmaram a pretensa


possibilidade da maioria dos jovens angolanos residentes na província de
Benguela em quererem emigrar, ainda na senda dos resultados obtidos, foi por
evidente que grande parte dos jovens vê o continente europeu como sendo a
solução dos seus muitos anseios, curiosamente este continente desejado,
segundo os dados obtidos do relatório da ONU, em termos de média, é o
continente com mais pessoas em idade não produtiva e, a ser assim,
tecnicamente a força de trabalho jovem africano seria uma mais-valia para eles,
na sequência segue o continente americano como sendo o segundo mais
desejado pela juventude e finalmente a Ásia. Contudo, as razões que justificam
a possibilidade de emigrar por parte dos jovens são: A escassez de emprego, a
decepção com o governo em matérias de não cumprimento das suas agendas
políticas, a pouca valorização da juventude resultando em pouco espaço para
eles em vários domínios da sociedade, fraca qualidade do sistema de educação
e o sistema de saúde que na visão deles é, por demais, paliativo.

CONCLUSÕES

À guisa de conclusão, diante dos resultados obtidos e posteriormente discutidos,


a grande questão que se coloca é: por que é que a esmagadora maioria dos
governos africanos teimam em ignorar a franja que está em maior número em
muitos países do nosso continente estando, grande parte deles, relegados a
condições difíceis de sobrevivência quando, se aproveitados com a devida
responsabilidade (potencialização do capital humano) podiam, seguramente,
fazer jus àquele princípio sociológico “juventude/força motriz da sociedade”. E,
em resposta à esta falta de políticas públicas que visam o aproveitamento da
demografia jovem angolana em vários sectores, assiste-se a constantes saídas
de jovens africanos (qualificados ou não) para outras paragens (Europa e
América), num contexto em que tínhamos tudo para aproveitar as
potencialidades advindas dos jovens.

Todavia, Fátima Roque (2005; 2012), sustenta que o sucesso da transformação


de todo o continente africano, a qual Angola faz parte, dependerá da superação
dos obstáculos de pobreza extrema, exclusão social e analfabetismo; frágil
harmonia social, política e militar; corrupção, abuso de poder e clientelismo;
fracas estruturas políticas e sociedades civis pouco desenvolvidas;
discriminação de género, de classes e entre a cidade e meio rural; infra-
estruturas debilitadas; falta de quadros, especializações e motivações;
desemprego estrutural e demasiada dependência do sector público; dívidas
externas insustentáveis e problemas nas contas de capital.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Garcia, V. P. (2013). Bellucci, Beluce. Radix: geografia. São Paulo: Scipione.

Barata, O. S. (2003). Demografia e Sistema Internacional. Lisboa, UTL, ISCSP.

Mosca, J. (2004). S.O.S África. Instituo Piaget.

Roque, F. M. (2005). O desenvolvimento do continente africano na era da


mundialização. Coimbra, Almedina.

Roque F. M. (2012) (2.ª edição), África, a NEPAD e o futuro. Luanda, Texto


Editores.

ONU (2022). Relatório de desenvolvimento humano. Lisboa, Editora Mensagem.

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