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10/03/22 – Quinta – Batalha Espiritual – Estudo 02

“A REALIDADE DA BATALHA ESPIRITUAL”

2 Tessalonicenses 3:1-5
1 Finalmente, irmãos, orem por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja
glorificada, como aconteceu entre vocês.
2 Orem também para que sejamos livres das pessoas perversas e más; porque a fé não é
de todos.
3 Mas o Senhor é fiel. Ele os fortalecerá e os guardará do Maligno.
4 Temos confiança no Senhor quanto a vocês, de que não só estão praticando as coisas
que lhes ordenamos, como também continuarão a fazê-las.
5 Que o Senhor conduza o coração de vocês ao amor de Deus e à perseverança de Cristo.

Paulo pede orações para que Deus o proteja:


1. Que o Maligno não atrapalhe a propagação do Evangelho;
2. Que o Maligno não use pessoas para o prejudicar - pessoas perversas e más;
3. Que o Maligno não atrapalhe os Tessalonicenses a praticar o cristianismo;
4. Que o Maligno não tome conta do coração dos salvos;

 A INFLUÊNCIA DO DIABO PODE IR ATÉ ONDE?

1. Pedro e Maria são um casal de sua igreja. Pedro não acredita em Satanás.
Também não acredita realmente em Deus. Em seu mundo, tudo depende dele.
Não há forças espirituais invisíveis, apenas as escolhas que ele faz. Agora mesmo
Pedro está escolhendo ter um caso extraconjugal e deixar Maria, com quem está
casado há dez anos. Ele quer que você lhe dê permissão para deixá-la.
2. Luiz se encontra com você e lhe diz que a esposa dele, Laura, acredita que ele tem
um demônio do vício, que o leva a beber demais. ... Luiz quer saber se ele tem
realmente esse demônio e se ainda não descobriram a maneira correta de orar.
3. Helena acabou de se tornar uma cristã. ... Casou-se e teve três filhos, e um ano
atrás ela colocou sua fé em Jesus. Agora, seu marido, Tomas, está se opondo
resolutamente a que ela vá à igreja e leve os filhos à igreja. Ela não sabe o que
fazer. E procura você em busca de orientação.
4. Carol vê a obra do diabo em todo problema, grande ou pequeno. Uma vez ela
expulsou um demônio de seu computador. Tinha certeza de que um vírus de
computador era a obra do diabo. Quando ela descreve uma má escolha que fez,
sempre a descreve como Satanás se aproveitando dela. Carol acredita realmente
que, nas palavras dela, “o diabo me levou a fazer isso”.

 Como o poder incomum das trevas se harmoniza com os fatores mais acessíveis
da vida de uma pessoa?
 É possível que esses fatores aparentemente acessíveis sejam, de fato, muito mais
ilusórios do que imaginamos, por que operam de mãos dadas com o entretecedor
de ilusões e enganos?
 Como devemos entender realmente o papel do diabo nas batalhas em que
estamos envolvidos?

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Essas são perguntas difíceis. E é muito fácil seguirmos a direção errada quando
pensamos no papel que o Maligno desempenha neste mundo.
COMECEMOS OBSERVANDO COMO A BÍBLIA NOS LEVA A PENSAR SOBRE A
GUERRA ESPIRITUAL.
 Você sabia que a expressão batalha espiritual nunca aparece nas Escrituras?
 É uma expressão teológica e pastoral que descreve o conflito que ocorre no centro
da vida cristã.
 Por razões bíblicas, práticas e boas, os cristãos sempre entenderam que
enfrentamos um inimigo moral tríplice: o mundo, a carne e o diabo.
 Sobre essa trindade impura, paira o espectro de nosso último inimigo — a
“sombra da morte e a própria morte”.
 A Escritura nos ensina que todos esses inimigos são governados por Satanás, o
príncipe deste mundo.
EMBORA A EXPRESSÃO NÃO APAREÇA NA ESCRITURA, AQUI ESTÃO QUATRO
MANEIRAS DE ENTENDERMOS BIBLICAMENTE A BATALHA ESPIRITUAL.

1º) PRIMEIRA, BATALHA ESPIRITUAL É UMA METÁFORA PARA SE


TOMAR UM LADO, ESTAR DO LADO DO SENHOR NA LUTA ÉPICA
ENTRE O SENHOR E OS SEUS INIMIGOS.
 Os filhos da luz devem continuar na luz.
Efésios 5:8 “Porque no passado vocês eram trevas, mas agora são luz no
Senhor. Vivam como filhos da luz”.
 Muitos estão ainda nas trevas e precisam saber disso, escolher um lado e sofrer as
consequências dessa escolha.
Efésios 2:3 “Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;
e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais”.

 NOSSO ALVO É LEVAR A MENSAGEM DE CRISTO JESUS E AJUDAR


OUTROS A TOMAR UM LADO E PERMANECER NESTE LADO.

2º) SEGUNDA, A BATALHA ESPIRITUAL É UMA LUTA MORAL. É UM


CONFLITO SOBRE QUEM VOCÊ É, O QUE VOCÊ CRÊ E COMO VOCÊ
VIVE.
 Nossos sofrimentos, independentemente de sua forma ou causa são ocasiões
para tropeçarmos nas trevas ou permanecermos firmes na luz.
 A nossa guerra é a respeito de qual será o resultado.
 Por exemplo, Satanás instigou a morte dos filhos de Jó, a perda da sua riqueza,
a doença que afligiu seu corpo e o conselho perverso de sua esposa. Mas, em
última análise, a batalha espiritual foi pela lealdade da alma de Jó.
 Ele tinha de fazer uma escolha moral: a quem ele serviria? Quem seria o seu
pastor?

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 Precisamos compreender o que O Senhor deseja para nós, como Ele nos ajuda e
direciona e como Ele manifesta o amor sobre nossa vida.
 No fim, a batalha é para que nos consolemos na proteção e no cuidado do Senhor
Jesus.

Ler: Tiago 3.13-4.12


1. O livro de Tiago se focaliza na luta moral que ocorre dentro do coração.
2. Tiago concentra a atenção em DOIS IMPULSOS DO CORAÇÃO
humano: “Eu sou” e “Eu quero” (Tg 3.13-4.12).
3. TIAGO ENFATIZA COMO SATANÁS INTERAGE COM O NOSSO
CORAÇÃO, o que Tiago chama de “a carne”.
4. As mentiras e distorções de Satanás são parte da combinação de causas,
mas O ARREPENDIMENTO E A HUMILDADE DIANTE DE DEUS
FARÃO O DIABO FUGIR (Tg 4.7).

 Quem é nosso Senhor? A quem nós ouvimos e obedecemos?

3º) TERCEIRA, A BATALHA ESPIRITUAL É UM SINÔNIMO DAS


LUTAS DA VIDA CRISTÃ.

 Tudo é uma única guerra — e a marca de Satanás está em toda luta que é
errada e malévola.
 Estamos em constante ataque, o inimigo não dá sossego.

Lucas 4:13
“Tendo concluído todas as tentações, o diabo afastou-se de Jesus, até
momento oportuno.”

4º) QUARTA, A BATALHA ESPIRITUAL É UMA BATALHA POR


SENHORIO. EM SUA ESSÊNCIA, É A BATALHA CONCERNENTE A
QUEM SERVIREMOS.

 Na imagem de quem estamos sendo moldados?


 Pareceremos com o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas?
 Ou nos tornaremos cada vez mais semelhantes a Satanás, o mentiroso e
destruidor?
 Essa é uma batalha que envolve toda a vida.
 Não apenas em alguns momentos estranhos ou bizarros, mas, em todos os
momentos de cada dia, estamos numa batalha que diz respeito a quem
serviremos.

 Não devemos descansar deste lado da eternidade.

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Ilustração – Perpétua e Felicidade

Origens
Uma nobre e uma escrava. O que sabemos sobre as origens das duas é pouco, porém
digno de nota. Perpétua era nobre da cidade de Cartago, no Norte da Á frica. Felicidade
era escrava de Perpétua, também de Cartago. As duas tinham por volta de 20 anos e
eram cristã s numa regiã o dominada pelo império romano, em tempos de perseguiçã o
contra os cristã os.

Escrava e senhora unidas pela fé


Perpétua era rica, de família tradicional e nobre. Seu pai era pagã o. Quando da prisã o,
ela tinha apenas vinte e dois anos e era mã e de um bebê recém-nascido. Felicidade, sua
escrava, estava com oito meses de gravidez.

Prisão
As duas foram presas no ano 203, por ordem do imperador romano Lú cio Sétimo
Severo, pelo simples fato de serem cristã s. Severo, cujas origens familiares também
estavam na Á frica, tinha emitido um decreto de pena de morte aos cristã os. As duas
sofreram as atrocidades da prisã o unidas pela fé, em oraçã o e dando força uma à outra.

O diário da prisão
Estando na prisã o, Perpétua escreveu um diá rio que está entre os mais comoventes e
realistas da histó ria da Igreja. Nesse diá rio ela narra todo o sofrimento porque
passaram e descreve a fé e a esperança cristã na vida eterna de maneira maravilhosa.
No diá rio ela conta que seu pai foi visitá -la na prisã o para pedir que ela renunciasse à
fé cristã e salvasse sua vida. Ela, porém, preferiu a morte a negar o Senhor de sua vida,
Jesus Cristo.

Um parto na prisão
Temendo a pena de morte, Felicidade pedia diariamente a Deus que seu filho nascesse
antes que ela fosse executada. Assim aconteceu. Embora tivesse um parto muito
sofrido, seu filho nasceu livre. O filho dela nasceu apenas dois dias antes de seu
martírio na arena.

Batismo na prisão
Perpétua e Felicidade, senhora e escrava, mantinham-se firmes na oraçã o e no sustento
da fé, apoiadas por outros seis cristã os também presos. Estes tornaram-se seus
companheiros de vida, de morte e de testemunho para o mundo. Perpétua e Felicidade,
mesmo demonstrando tanta fé, ainda nã o tinham sido batizadas. Por isso, receberam o
batismo na prisã o. Isso fortaleceu ainda mais a fé dessas duas cristã s.

Torturas e martírio
Segundo os relatos oficiais da época, que completam o diá rio de Perpétua, os cristã os
homens foram martirizados primeiro, tendo sido jogados aos leopardos famintos. Estes
os despedaçaram. Perpétua e Felicidade foram jogadas a touros selvagens. Perpétua
viu sua amiga e irmã ser atingida pelos animais e ainda conseguiu amparar sua irmã de
fé em seus braços e recompor sua roupa estraçalhada, numa demonstraçã o de respeito,
dignidade e amor. Os pagã os que assistiam ao “espetá culo” se emocionaram por um
curto espaço de tempo. Porém, logo começaram a gritar pedindo a morte de Perpétua.
Entã o, os touros atingiram as duas e, logo em seguida, elas foram degoladas. Isso
aconteceu no dia 07 de março do ano 203”.
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 Em resumo, a Escritura trata a batalha espiritual como uma parte normal e
cotidiana da vida cristã.
 E deveríamos fazer o mesmo.
 A guerra espiritual não é a respeito de efeitos especiais assombrosos.
 É a respeito de como pensamos, sentimos, vivemos, desejamos e agimos na
presença de Deus e de nossos amigos e inimigos.
 A pergunta crucial que afeta a vida de cada pessoa e permeia toda a Bíblia é:
quem será o seu pastor?
 Você será pastoreado por seu bondoso Pai celestial ou pelo mentiroso e assassino
— Satanás?

O inimigo pode ter mudado de face – não mais romanos ou judeus perseguidores, mas
continua violento, vicioso e destruidor.

Que O Senhor Nosso Deus e protetor nos ajude a vencer essa batalha!
Amém. Aleluia!

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