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RGEO TOPOGRAFIA “Seus limites na medida exata!


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Agrimensura e Geodésia.

RELATÓRIO TÉCNICO SIGEF / INCRA


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RELATÓRIO TÉCNICO

ANÁLISE TÉCNICA DO CÁLCULO DA DISTÂNCIA ENTRE VÉRTICES


CONFORME MODELO ADOTADO PELO SIGEF / INCRA

DIFERENÇA NAS DISTÂNCIAS HORIZONTAIS PROJETADAS NOS


VÉRTICES COMUNS EM PROPRIEDADES ADJACENTES

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

2. MODELO MATEMÁTICO ADOTADO NA 3ªEDIÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS PARA


GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS – SIGEF/INCRA ........................... 3

3. ESTUDO DE CASO: LOTE 11-H E LOTE 11-A – DISTÂNCIA ENTRE OS VÉRTICES


GXV-M-1314 / GXV-M-1317 .................................................................................. 4

4. CONCLUSÃO ................................................................................................... 8

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo analisar as diferenças obtidas nas distâncias
horizontais projetadas no SGL (Sistema Geodésico Local ou PTL – Plano Topográfico Local)
nos vértices GXV-M-1314 / GXV-M-1317 em propriedades adjacentes.

2. MODELO MATEMÁTICO ADOTADO NA 3ªEDIÇÃO DAS NORMAS


TÉCNICAS PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS –
SIGEF/INCRA

A terceira edição das Normas Técnicas para Georreferenciamento de Imóveis Rurais


adotou de forma assertiva, o Plano Topográfico Local (PTL) para determinar a área,
distâncias e azimutes das linhas.

As fórmulas adotadas são as utilizadas na NBR14. 166/1998 para a transformação de


coordenadas geodésicas (Latitude, Longitude e Altitude Geométrica), em coordenadas
plano retangulares no Sistema Topográfico Local.

A transformação das coordenadas geodésicas em coordenadas topográficas locais é


efetuada a partir de multiplicação de matrizes, conforme modelo abaixo:

Onde:
e, n, u = são as coordenadas cartesianas locais do vértice de interesse;
X, Y, Z = são as coordenadas cartesianas geocêntricas do vértice de interesse;
φ0, λ0 = são a latitude e a longitude médias adotadas como origem do sistema;
X0, Y0, Z0 = média das coordenadas cartesianas geocêntricas adotadas como origem do
sistema.

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De acordo com o Manual Técnico de Posicionamento, primeira edição de 2013 do


INCRA pág.28, o cálculo de área é feito com as coordenadas cartesianas locais (e, n, u)
referenciadas ao Plano Topográfico Local. Deste modo, as coordenadas cartesianas
geocêntricas determinadas para os vértices do limite devem ser convertidas para o PTL ou
SGL, usando-se a média das coordenadas da parcela em questão como origem do sistema.

Neste ponto acima descrito está apoiado este relatório, uma vez que, em função da
mudança no valor das coordenadas médias do vértice de origem do sistema, haverá
também variação nas distâncias entre os mesmos vértices em propriedades contíguas.

Essas diferenças podem ocorrer também em parcelas que necessitam de


desmembramento e remembramento, devido à inclusão de pontos adicionais que
provocam a mudança do vértice de origem do sistema (ponto médio). Essa alteração
muda o Plano Topográfico Local e, mudando o PTL, muda a área e, em pequena escala, as
distâncias e azimutes.

3. ESTUDO DE CASO: LOTE 11-H E LOTE 11-A – DISTÂNCIA ENTRE OS


VÉRTICES GXV-M-1314 / GXV-M-1317

Os vértices GXV-M-1314 e GXV-M-1317 fazem parte de duas certificações distintas no


SIGEF/INCRA, sendo o LOTE 11-H registrado na matrícula n°22753 e certificação
n°2704edf-e54e-4014-8045-df8728464f1d e o LOTE 11-A registrado na matrícula
n°21449 e certificação n°15f039fb-b4f5-459d-95b3-4f40e8a4e04d, ambos do C.R.I. de
Sinop / MT. As certificações estão sob-responsabilidade do técnico em agrimensura
Hersiane José de Oliveira, credenciado pelo INCRA através do código: GXV.

O limite da divisa entre os LOTES 11-H e 11-A é a linha entre os vértices GXV-M-1314
e GXV-M-1317. Desta forma, constata-se que as coordenadas (N/ latitude, E/ longitude e
h/ altitude) dos vértices são exatamente as mesmas nas duas parcelas conforme tabelas a
seguir:

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Propriedade: LOTE 11-H


Coordenadas UTM SIRGAS2000 | MC: - 57°
VÉRTICES
E / Long. N / Lat. h
GXV-M-1314 668.042,876 8.706.971,932 353,12
GXV-M-1315 668.170,916 8.706.950,094 353,11
GXV-M-1316 668.057,673 8.706.514,700 352,33
GXV-M-1317 667.924,675 8.706.537,918 358,68
Ponto Médio 668.049,035 8.706.743,661 354,31
Tabela n°01: LOTE 11-H

Propriedade: LOTE 11-A


Coordenadas UTM SIRGAS2000 | MC: - 57°
VÉRTICES
E / Long. N / Lat. h
GXV-M-1313 667.915,864 8.706.993,673 352,26
GXV-M-1314 668.042,876 8.706.971,932 353,12
GXV-M-1317 667.924,675 8.706.537,918 358,68
B6J-M-2017 667.908,464 8.706.475,109 359,65
B6J-M-2035 667.780,849 8.706.496,914 359,50
B6J-M-2021 667.912,902 8.706.983,703 353,37
Ponto Médio 667.914,272 8.706.743,208 356,10
Tabela n°02: LOTE 11-A

As tabelas acima apresentam as coordenadas dos vértices de cada propriedade. Os


vértices GXV-M-1314 e GXV-M-1317 estão contidos nas duas propriedades e suas
coordenadas, objeto das certificações no SIGEF INCRA são exatamente as mesmas. Ocorre
que, para cada propriedade existe um ponto médio distinto. Desta forma, as distâncias
calculadas sofrerão alteração, porquanto, o modelo matemático utilizado para a
transformação das coordenadas para o PTL leva em consideração as coordenadas médias
dos vértices da parcela.

Não obstante, o valor das coordenadas do ponto médio estando mais próximo em
relação ao meridiano central (ou ao bordo do fuso), ocasionará maiores divergências nas
distâncias entre os vértices limites em propriedades adjacentes. Contudo, a maior
alteração está relacionada com a altitude média, uma vez que, quanto mais elevado
estiver o PTL maior será o valor da área levando em consideração polígonos com as

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mesmas coordenadas E e N. A imagem 01 abaixo demonstra a posição das propriedades
contíguas em relação ao meridiano central.

Imagem n°01: Posição das propriedades em relação ao Meridiano Central (57°W)

Na imagem n°01 é possível observar que a propriedade LOTE 11-A apresenta uma
longitude média mais próxima do meridiano central que a propriedade LOTE 11-H, fato
este preponderante para a divergência nos cálculos das distâncias dos vértices.

Em relação à altitude, a imagem 02 abaixo apresenta uma simplificação de como a


maior elevação ocasionará em cálculos de áreas maiores. Isso se dá devido à convergência
da linha de eixo dos pontos serem projetadas em direção ao centro de massa da terra.

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Desta forma, áreas com altitude média mais elevada, com diferenças significativas,
apresentarão maior valor na área, quando comparamos polígonos de mesma posição
geográfica (latitude/longitude).

Imagem n°02: Simplificação das superfícies de referência

Embora a altitude média (356,10) da propriedade LOTE 11-A esteja mais elevada
em relação à altitude média (354,31) da propriedade LOTE 11-H, à distância projetada
no PTL entre os vértices GXV-M-1314 e GXV-M-1317 é maior na parcela de menor
elevação devido a maior proximidade da longitude média da propriedade LOTE 11-A do
meridiano central, visto que a diferença na altitude média é muito pequena. Abaixo as
tabelas n°03 e 04 apresentam os valores das distâncias de 449,91m para o LOTE 11-H e
a distância de 449,87m para o LOTE 11-A, entre os vértices GXV-M-1314 e GXV-M-1317.

Tabela n°03: Memorial Descritivo SIGEF referente ao LOTE 11-H

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Tabela n°04: Memorial Descritivo SIGEF referente ao LOTE 11-A

As tabelas acima demonstram os valores obtidos após certificação no SIGEF INCRA.


Com isso constatamos que em determinadas posições do fuso, quanto maior a amplitude
das áreas adjacentes, maior será a diferença no ponto médio e consequentemente haverá
uma divergência mais acentuada.

4. CONCLUSÃO

O modelo matemático adotado pelo SIGEF é sem dúvida uma ferramenta muito boa,
mas necessita de algumas melhorias. Dentre elas, a utilização do mesmo ponto médio
(origem do sistema) para casos como esse em propriedades adjacentes, de forma que as
distâncias e os ângulos sejam mantidos.
De acordo com o engenheiro agrimensor e professor Luiz Carlos da Silveira - Editorial
A Mira, página 9 da Edição n°182 -, para os casos de desmembramentos e
remembramentos, a solução é utilizar as coordenadas médias (origem do sistema), como
parâmetros para o PTL e desconsiderar as altitudes dos novos vértices implantados nos
desmembramentos. Já no remembramento, utilizar o PTL, ou seja, coordenadas médias
(origem do sistema), da maior área. A soma das áreas será um pouco diferente das
somadas áreas anteriores, neste caso, os registradores deverão ser comunicados do fato a
partir de uma circular do INCRA.
Deste modo, é necessário também, que o SIGEF informe ao credenciado os valores
obtidos no ponto médio, coordenadas (E0, N0, h0) origem do sistema para o PTL adotado.

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Elaborado por:

RGEO TOPOGRAFIA

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Rodolfo Mota – Eng. Agrimensor


CREA SP: 5062689616
Cód. Credenciado INCRA: RGTP

Lorena 15, de dezembro de 2018.

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