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TRABAL

de
HO
Geogra
fia
Contracapa
Escola: Dib Audi
Data: 21/03/2023
Assunto: Globalização
Professor: David
Matéria: Geografia
Série: 8° B
Nomes das participantes: Ana Clara Teixeira de Oliveira
Grace Rodrigues Gomes
Samara Novaes Boto Pitz
Stephany Torres de Alencar
Yasmin Arcanjo Alves

1
Introdução
Neste trabalho, nós falamos sobre três aspectos negativos e
três aspectos positivos sobre a globalização. Um aspecto
negativo da globalização é o desemprego e um aspecto
positivo da globalização é a interculturalidade, temos o
Milton Santos, José Saramago, Fernando Henrique
Cardoso, Vladimir Safatle e a María Laura Méndes falando
suas respectivas opiniões sobre a globalização, logo depois
do desenvolvimento, temos as considerações finais e as
referências.

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Aspectos Negativos
Milton Santos
Milton Santos: Para Milton Santos a globalização é considerada como uma
perversidade, pois o desemprego se torna cada vez maior, a educação é precária, a
pobreza aumenta, diminuindo a qualidade de vida das pessoas, aumentando assim o
processo de exclusão da população. Em seus últimos livros, Milton Santos tratou da
globalização. Ele abordou seus aspectos econômicos, analisando o papel das
empresas na internacionalização do capital, mas também os fluxos financeiros e suas
implicações na cultura local. O geógrafo brasileiro teorizou e criticou sobre estes
aspectos do mundo contemporâneo, propondo, ao final de sua vida, uma
globalização solidária, baseada em outros valores que a da hegemônica. Estas ideias
são tratadas em um diálogo com autores que também estudaram a globalização e
suas consequências. "Sobre a globalização, Milton Santos era um de seus críticos
mais ferrenhos. Em uma de suas mais célebres frases, ele afirmava que “Essa
globalização não vai durar. Primeiro, ela não é a única possível. Segundo, não vai
durar como está porque como está é monstruosa, perversa. Não vai durar porque não
tem finalidade”. Em uma das suas obras mais difundidas pelo mundo – Por uma
outra globalização –, muito lida por “não geógrafos”, Milton Santos dividiu o mundo
em “globalização como fábula” (como ela nos é contada), “globalização como
perversidade” (como ela realmente acontece) e “globalização como possibilidade”,
explorando a ideia de uma outra globalização."

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Aspectos Negativos
José Saramago
José Saramago: A capacidade de produzir cada vez mais e com mais qualidade está
acelerada e, a cada momento, as tecnologias geram novos produtos de consumo. É
certo que a globalização propiciada pelo progresso e evolução das tecnologias
provoca o aumento da produtividade e o crescimento econômico, mas também pode
provocar efeitos não desejados sobre a distribuição de renda da população. Assim, a
desigualdade social gerada pela globalização e o deslocamento do poder para quem
detém o acesso à informação são desafios atuais e que são discutidos em várias obras
de Saramago. Com suas parábolas e fábulas, Saramago encaminha seus leitores para
a reflexão sobre o atuar do ser humano num mundo globalizado. A pesquisa teve por
objetivo buscar, em algumas das obras de José Saramago, citações que remetam à
discussão da globalização na Sociedade da Informação. O trabalho vale-se da
pesquisa qualitativa em que são consideradas e analisadas publicações relativas ao
tema “globalização”. Saramago, através de seus romances, busca fazer com que seus
leitores se questionem e questionem o mundo em que vivem. A capacidade de
produzir mais e melhor não cessa de crescer. Paciência que tal progresso traga
consigo regressões, desemprego, exclusão, pauperização, subdesenvolvimento. A
distribuição de renda piora, a exclusão social aumenta, o trabalho se torna mais
precário nesse mundo de poder, produção e mercadoria. Desta forma, essa integração
causa pontos a serem destacados ao longo da história da humanidade, em um
processo que não depende apenas da criação de uma tecnologia, mas da capacidade
da sociedade em dominá-la.

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Aspectos Negativos
Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique Cardoso: Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não
é apenas a polarização que pode levar o Brasil a crises e protestos. Na avaliação dele, a
agenda econômica "ultraliberal" do governo Jair Bolsonaro é um fio 'desencapado'
capaz de gerar revoltas populares, como as que ocorrem no Chile.
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, em Londres, FHC elogiou a reforma da
Previdência, mas não poupou palavras para criticar outras propostas de ajuste fiscal
lançadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como a taxação do seguro-
desemprego. "Na situação do mundo hoje, um fio desencapado pode levar a um curto-
circuito. Eu quero isso? Não, mas pode acontecer. Eu acho que essa política
ultraliberal dificilmente se implanta na sociedade brasileira", disse.
'Não se assustem se alguém pedir o AI-5', diz Guedes sobre Lula chamar 'povo pra rua'
Por que igrejas evangélicas ganharam tanto peso na política da América Latina?
Especialista aponta 5 fatores. O ex-presidente classificou "de ridícula" a criação pelo
governo de uma alíquota de 7,5% sobre o benefício concedido aos desempregados.
Para ele, a medida é fruto da mente de políticos que vivem 'numa bolha' e
desconhecem a 'realidade brasileira'.

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Aspectos Positivos
Vladimir Safatle
Vladimir Safatle: A ideia de interculturalidade é comumente associada a outros conceitos, como
diversidade cultural e, principalmente, multiculturalismo. Esses dois aparentes sinônimos são,
inclusive, tratados como partes de uma mesma definição no verbete escrito por Vladimir Safatle no
livro ‘Palavras-chave’, de Raymond Williams. Segundo ele, o multiculturalismo diz respeito a “uma
lógica de ação política baseada no reconhecimento institucionalizado da diversidade cultural própria
às sociedades multirraciais ou às sociedades compostas por comunidades linguísticas distintas”. E o
autor completa, destacando aquela que é uma das críticas mais recorrentes a essas abordagens: “Isso
implica transformar o problema da tolerância à diversidade cultural, ou seja, o problema do
reconhecimento de identidades culturais, no problema político fundamental”. Para alguns estudiosos
e militantes dessa área, no entanto, essas são exatamente algumas das limitações que tornam
necessário um outro conceito — o de interculturalidade. “O reconhecimento e a tolerância com os
outros que o paradigma multicultural promete não só mantêm a permanência da iniquidade social
como deixam intactas as estruturas sociais e institucionais que constroem, reproduzem e mantêm
essas iniquidades”, explica Catherine Walsh, professora da Universidade Andina Simon Bolívar, do
Equador, no artigo ‘Interculturalidad y colonialidad del poder’. Segundo essa autora, uma diferença
fundamental entre os dois conceitos é que a ideia de multiculturalismo foi elaborada pelos “de cima”
e, portanto, está ligada à manutenção dos centros de poder. Já o conceito de interculturalidade, diz,
foi desenvolvido nas lutas sociais, por grupos subalternizados, como os movimentos indígenas e
afrodescendentes. “A interculturalidade tal como é concebida pelo movimento indígena introduz o
jogo da diferença colonial, que o conceito de multiculturalidade esconde”, explica, no artigo.
Referindo-se aos movimentos sociais do Equador, onde, segundo ela, essa concepção transformadora
do conceito se desenvolveu mais do que nos outros países da América Latina, a autora explica que a
ideia de interculturalidade questiona não só o colonialismo (que, embora presente, tem suas origens
no passado) como também o imperialismo atual. “A interculturalidade assinala uma política cultural
e um pensamento de oposição não baseados simplesmente no reconhecimento ou na inclusão, mas
também dirigidos a uma transformação estrutural e sócio-histórica”, explica o texto. E resume: “Uma
política e um pensamento voltados para a construção de uma proposta alternativa de civilização e
sociedade”.

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Aspectos Positivos
María Laura Méndez
María Laura Méndez: María Laura Méndez (2013, comunicação oral) ressalta que,
para pensar a interculturalidade, temos que sair da lógica do Um e nos situar na
lógica multivocal, a qual pressupõe multiplicidade e devir, e dentro da qual não
podem ser feitas totalizações. Essa multiplicidade acarreta sempre diferença e se
conforma dentro da heterogeneidade e suas combinações imprevisíveis. Não pode se
fazer uma teoria da interculturalidade, porque isso implicaria uma generalização e
universalização, o que é impossível. Define a interculturalidade como "[...] uma série
de gestos, práticas, que supõem sempre uma situação". Na leitura dos signos que
revelem a interculturalidade, podemos nos sentir violentados em nossas
representações e modos habituais de reconhecimento. Através da leitura dos signos,
enxergaremos outros elementos que fazem parte da situação em relações diversas. A
autora concebe toda construção intercultural como uma situação em que a
combinação dos elementos é inesperada e complexa. Nomeia o processo como
mestiçagem, o que significa falar de uma combinação ou montagem de elementos
heterogêneos, em que cada uma conserva sua particularidade, dentro da qual
permanece a diferença. O conceito representa um diálogo em imanência, em
paridade, um diálogo de confiança, criando uma estética de muitas vozes que falam e
conversam, se sucedem, se contradizem e, às vezes, também se interrompem. Esse
diálogo tem que ser posto em prática, para ter as ideias encarnadas, fazendo-se
presentes na pluralidade de pontos de vista, sem que nenhum prevaleça sobre o outro.
Na visualização e enunciação das forças de poder se formarão espaços para
diferentes processos de subjetivação. A interculturalidade se separa da cultura
hegemônica, na procura de diálogos ou gestos interculturais.

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Aspectos Positivos
Octavio Ianni
Octavio Ianni: “Metáforas da Globalização” – Octavio Ianni em seu texto vai
discorrer sobre a Globalização a partir de metáforas comumente usadas para
designar o fenômeno. Termos já legitimados por grandes autores e pensadores e
correntemente utilizados em suas obras, tais quais aldeia global, fábrica global,
shopping center global, sistema mundo etc. Ao fim do século XX, o mundo passa
por grandes mudanças, pois o próprio homem as está sofrendo. Já não há mais uma
concepção de que o globo seja meramente a soma de estados-nações relativamente
interdependentes. Já não é mais colonialismo, imperialismo, bi e multilateralismo.
Desde o século XIX o homem vem progressivamente mudando sua maneira de
enxergar a si e a esse mesmo mundo, através da influência das obras de Copérnico,
Darwin, Freud, Adam Smith, David Ricardo etc. Nesse clima de reflexão e
imaginação, se multiplicam as metáforas. Mesmo em obras teóricas elas são
utilizadas com abundância para tentar explicar o fenômeno da globalização. Talvez
por uma carência das próprias Ciências Sociais. O fato é que a questão da
Globalização tal qual ela se apresenta configurada na atualidade pode realmente ser
colocada de modo inovador. Talvez disso advenha essa carência. A própria
Globalização se utiliza bastante de imagens na era da mídia, som-imagem,
eletrônica e informática em que nos encontramos. Nada mais natural do que se
utilizar desses próprios recursos para a tentativa de explicação do fenômeno.
Entretanto, o autor ao abordar a questão, salienta, que mais do que simplesmente
uma imagem, as metáforas são utilizadas em forma de parábolas e alegorias,
reflexo das próprias mudanças sofridas pelo homem e sua maneira de pensar e
fabular. Essas metáforas, com aquilo que sugerem, contribuem para uma melhor
contribuição do que vem a ser globalização. Assim, o autor discorre um pouco
sobre cada uma das metáforas por ele assinaladas, mostrando assim o que cada uma
ajuda a elucidar, e que aspecto cada uma ressalta.

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Considerações Finais
Ana Clara: A globalização na minha opinião não é uma coisa boa pois tem muito
desemprego, diminui a qualidade de vida a pobreza aumenta e etc. A
interculturalidade é uma coisa boa por que a interculturalidade quer a igualdade
social em tudo.
Grace: Com base na opinião dos pensadores, podemos entender que a globalização,
nos mostra aspectos positivos e negativos. Que nos levam a entender que a
globalização, tem seus pontos ruins e seus pontos bons. Mas que no geral nos traz mais
pontos negativos, do que positivos como o desemprego, que é uma coisa muito ruim
que acontece em nossa sociedade.

Samara: Pode se dizer que a interculturalidade é boa em vários sentidos, por que você
aprende sobre outras culturas e grupos étnicos, e isso é muito legal, já o desemprego
não é nada bom, por que, gera uma certa dificuldade na vida de uma pessoa e na
família dela.

Stephany: Globalização é um processo por meio do qual as diferentes partes do mundo se tornam
mais conectadas. Num mundo globalizado, pessoas, bens e informações se deslocam com mais
facilidade através das fronteiras nacionais. Conforme os deslocamentos se tornam mais rápidos,
com o avanço dos transportes, as próprias distâncias entre os mais diversos pontos do globo
parecem ficar cada vez menores, resultando numa espécie de território compartilhado. Do ponto de
vista econômico, globalização tem a ver com a integração dos mercados num mundo onde há
poucas barreiras dificultando as trocas comerciais e os investimentos. Do ponto de vista cultural, a
globalização é um processo que promove a circulação de ideias, costumes, valores, espalhando
bens culturais para além das fronteiras entre os países. O avanço das tecnologias da informação e a
popularização do acesso à internet favorecem bastante esse processo de integração.

Yasmin: Ao mesmo tempo em que a globalização possui muitas vantagens, entre elas: maior
inovação tecnológica, maior qualidade e menor preço dos produtos devido à competitividade e maior
troca de opiniões. Ela também possui muitas desvantagens, como: aumento das desigualdades,
destruição do meio ambiente. O fato de países pobres serem marginalizados deste processo refere-se
ao fato de que nem todos têm condições de investir em produtos e serviços tecnológicos. Pode-se
dizer que a globalização é a integração global da sociedade, da política, da economia e da tecnologia.
Com o surgimento de novas tecnologias de transporte e comunicação, as relações entre os mundos
estão cada vez mais interligadas, encurtando tempo e distância.

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Referências
Milton Santos: http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=926dc2d550fbfd65
https://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-124h.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm (Fontes Utilizadas)
José Saramago: https://www.scielo.br/j/jistm/a/q3WrmvpTwfS6fN8YXdrHWjS/?lang=pt
(Fonte Utilizada)
Fernando Henrique Cardoso: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50558337
(Fonte Utilizada)
Vladimir Safatle: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/dicionario-jornalistico/interculturalidade
(Fonte Utilizada)
María Laura Méndez: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v26n27/04.pdf (Fonte Utilizada)
Octavio Ianni: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/amp/filosofia/metaforas-globalizacao-
octavio-ianni.htm (Fonte Utilizada)
Fontes Utilizadas nas imagens:
Planeta Terra: https://i0.wp.com/cafecomsociologia.com/wp-content/uploads/2014/05/
escola_globaliza_o.jpg?w=320&ssl=1
Milton Santos: https://www.uol.com.br/ecoa/amp-stories/milton-santos/
José Saramago:
https://br.web.img3.acsta.net/c_310_420/medias/nmedia/18/92/37/00/20195890.jpg
Fernando Henrique Cardoso:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/46/Fernando_Henrique_Cardoso_
%281999%29.jpg/330px-Fernando_Henrique_Cardoso_%281999%29.jpg
Vladimir Safatle: tse-vladimir-safatle-250001613795.jpg (161×225) (cnnbrasil.com.br)
María Laura Méndez:https://www.universilibros.com/images/stories/virtuemart/category/maria-
laura-mendez.jpg
Octavio Ianni: https://www.unicamp.br/unicamp_hoje/ju/abril2003/fotos/pag06-209f14.jpg

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