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Objetivos específicos:
Resumo
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Palavras-chave
Introdução
Guy, no final do prefácio nos diz...” é preciso ler este livro tendo em mente que ele foi escrito
com o intuito deliberado de perturbar a sociedade espetacular.” 30 de junho de 1992. Guy
Debord (1931-1994)
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como o uso de propagandas, o anti-intelectualismo, a hierarquia, a vitimização e o
impacto dos mitos, que são alguns exemplos que podem indicar respostas.
Desenvolvimento
Assim o espetáculo também se tornou uma ideologia, porém irreal, como um fato
alucinatório. A imagem que é uma ilusão. Todos agora vivem uma consciência
espectadora. “A necessidade anormal de representação compensa o sentimento torturante de
estar a margem da existência.” Gabel.
Na obra “O povo contra a democracia” Yascha Mounk escreve que após o comunismo
ter fracassado a democracia liberal foi o caminho escolhido. Ela trouxe estabilidade
aos países, porém deveria ter um nível econômico e educacional alto ou ela se tornaria
insustentável. Também era necessário instituições neutras, como o judiciário. Há
apenas 25 anos as pessoas acreditavam que a democracia tinha vindo para ficar, mas
hoje estão cada vez mais desconfiados e temerosas pois percebem que a democracia
está ruindo e o cidadão está desiludido com a política. Percebe-se que eleições de
políticos autoritários transformaram as democracias em ditaduras eleitorais e
acabaram destruindo liberdades políticas importantes assim como as de imprensa,
causando caos nas instituições e calando opositores. Populistas tomam decisões
parecidas em seus governos, eles elevam discussões com seus oponentes, dividem
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opiniões, culpam fatores externos ao seu mandato, enchem os tribunais de aliados
transformando o sistema em ativismo judiciário e assumem o controle da mídia. Esse
é o caminho para ser uma democracia hierárquica ou iliberal, pois ser liberal é estar
comprometido com valores básicos como liberdade de expressão, separação de
poderes e proteção dos direitos individuais.
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do que o status quo.” Mounk Pág.181. Os políticos populistas exploraram muito bem o
poder das mídias e da nova tecnologia. Escreveu Mounk cita George Orwell “O
vencedor no momento, seja quem for, sempre vai parecer invencível. Mas, depois que os
populistas chegam ao poder e passam a quebrar as inúmeras promessas que fizeram, podem
ser bruscamente lembrados do potencial das mídias sociais para empoderar os novos outsiders
contra o governo.” Orwell pág.183. Em relação ao desenvolvimento econômico as
democracias mostraram que seus avanços foram impressionantes e obtiveram
melhora na qualidade de vida das pessoas, apesar desta melhora o desenvolvimento
econômico estagnou. O caso mais grave é nos EUA. Por conta disto a expectativa de
vida também diminuiu. Esses fatores colaboram para o medo de um futuro incerto.
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é comprometer um princípio básico da democracia liberal. O patriotismo que deve ser
almejado é o inclusivo.
A maioria dos medos dos eleitores tem relação com o dinheiro, pois o trabalho
já não é mais uma fonte de segurança na sociedade. As empresas acabam lucrando
mais, entretanto apenas 1% vai para 90% da pirâmide que compõe a sociedade.
Enquanto 42% para 0,1% do topo, além dos impostos cada vez mais baixos para os
ricos formando uma balança longe do equilíbrio e apertar o cerco a comportamentos
como a sonegação de impostos dos mega riscos é esperado. Os preços dos imóveis
explodiram nas maiores cidades do mundo e necessitam uma orientação radical das
políticas habitacionais. Em relação a produtividade economistas apontam para a
pesquisa e a educação, fazendo as políticas educacionais e industriais a
consequência será a mão de obra qualificada e salários adequados. O Estado tem o
dever de proteger os direitos individuais e gerar bem-estar para a sociedade atual,
fazer reformas tributárias, melhorar os sistemas de habitação, ser mais inclusivo com
capacidade de proteção aos vulneráveis e ofertar trabalho com propósito para
garantir dignidade as pessoas e senso de pertencimento. Ameaçados pela era digital
o mundo do trabalho também corre risco. Reconstruir a confiança nos políticos faz-se
necessário, e acordos entre ambos os lados da atual disputa polarizada. Investir na
educação cívica garante que os cidadãos entendam as teias que regem o sistema
político e que saibam então o melhor caminho, garantir isso as crianças faz parte da
resposta que precisamos. “Mas o foco exclusivo nas injustiças de hoje não é
intelectualmente mais honesto do que a exortação impensada da magnífica civilização
ocidental. Para ser fiel aos próprios ideais, a educação cívica precisa apresentar tanto as
verdadeiras injustiças quanto as grandes conquistas da democracia liberal.” Mounk. Assim
entendemos que as redes sociais só exerceram esse impacto negativo na política
porque as bases morais foram esquecidas.
A retórica da lei e ordem é descrita por Stanley como outro fator de divisão em classes.
Pois um Estado saudável deveria tratar todos os seus cidadãos de forma igual e justa.
Como na política fascista é utilizada a divisão alguns, são aceitos enquanto outros
não. Tais ações prejudicam o estado democrático. No livro o autor também cita
pesquisas que mostram encarceramento de afro-americanos com raízes em
propagandas racistas remetidas aos tempos da escravidão.
Quando o autor citou “Arbeit Macht Frei” (o trabalho liberta) vem à tona um ponto
relevante na política fascista, em tempos de crise e necessidade o governo de
ideologia fascista ajuda algumas comunidades devastadas em desfavor de outras.
Hannah Arendt, 1951, diz que o fascismo torna os indivíduos atomizados. Ao criar
condições econômicas incertas prospera o medo e o ressentimento em coloca os
cidadãos uns contra os outros. “Assim os movimentos fascistas compartilham com o
darwinismo social a ideia de que a vida é uma competição pelo poder.” pág.170.
“Os desafios que enfrentamos são enormes. Como manter um senso comum de humanidade,
se o medo e a insegurança nos levaram a fugir para os reconfortantes braços da superioridade
mítica, numa busca vã por um senso de dignidade? Perguntas inquietantes definem nossos
tempos.” Stanley Pág.183
O mundo presente se encaixa perfeitamente na visão crítica de Debord, tudo que ele
descreveu é atual. O homem vive hoje a tecnologia em telas inanimadas onde tudo se
torna imagem, e que se vê a todo momento nas redes sociais onde o observador
acredita serem verdadeiramente reais. Vive-se uma ilusão coletiva, onde a mentira é
preferível, as fake News nos tiram a chance de saber a verdade. Um dos motivos disto
estar ocorrendo é a fraqueza que dominou o mundo aliada a ideologia do consumo, o
único prazer a ser alcançado.
Ao conhecer a política do “nós” e “eles” podemos entender por que estamos vivendo
divididos. Existe uma tendência a normalização do fascismo. Mesmo que tanto a
história quanto a psicologia não confirmem essa premissa, serve como alerta estudar
estes métodos utilizados no passado para que não nos não deixe cair no
esquecimento as “táticas” já utilizadas de desumanização. Quando nos propomos a
questionar quem deve viver e quem deve morrer?
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poucos. Por isso devemos estudar outras formas e outras ideologias pesquisando
fatos históricos para além do fascismo. Cito um pouco divulgado, devido a censura
que era muito forte na época, ocorrido durante a implantação do comunismo na antiga
União Soviética e que dizimou cerca de 14 milhões de pessoas na Ucrânia, chamado
Holodomor. Mas porque estudamos com detalhes o holocausto e esquecemos do
Holodomor?
Os anos passam para nós simples mortais e mesmo vivendo em democracias não há
mudanças positivas gritantes acontecendo na vida das pessoas comuns. Uma saída
para este dilema é a união de grupos com o mesmo propósito. E desconfiar de
políticos demagogos que seguem a tática de dividir opiniões, escondidos atrás de
ideologias mais aceitas, mascaram suas reais intenções.
Sigamos perguntado...
Bibliografia
PLATÃO. A República. Tradução, textos adicionais e notas Edson Bini – 3ª ed. São
Paulo. Ed. Edipro, 2019.
https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/world-war-ii-in-europe
https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/world-war-ii-in-europe
FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. Tradução: Paulo Pollzonoff jr. Rio de Janeiro.
Ed. Sextenate.2011.
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