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ALMANAQUE

DA HISTÓRIA DA
ARTE NO BRASIL
Douglas Tufano
© Marcos de Mello

Resenha
Os artistas são pessoas que vivem em sociedade e são in-
fluenciados por aquilo que acontece no dia a dia. Por isso, pode-
mos dizer que a história da arte acompanha a história da socieda-
de. Nessa nossa viagem pela história da arte produzida no Brasil,
vamos viajar também pelos momentos importantes do desenvol-
vimento da sociedade brasileira.
Vamos observar que a arte serviu a diferentes propósitos ao
longo do tempo, ajudando também a formar as ideias que temos
hoje sobre o que é ser brasileiro. Será que os povos indígenas que
viviam aqui no Brasil antes da chegada dos portugueses também
faziam obras de arte? Qual foi a contribuição dos africanos que
vieram escravizados para o Brasil na história da nossa arte? Como
os artistas se formavam? Havia escolas de arte? Houve influência
da Europa na história da arte feita no Brasil? A sociedade tecno-
lógica em que vivemos hoje, com tantos dispositivos eletrônicos,
está criando novas formas de arte?
Descubra as respostas dessas perguntas fazendo conosco
uma viagem fascinante no tempo para conhecer os momentos
mais importantes da história da arte no Brasil.
Coordenação:
Maria José Nóbrega
Depoimento
De Pedro Felicio,
ator, músico e pai

Almanaques são demais. São incríveis. Ao Essa passagem já seria suficiente para que
lê-los, temos essa sensação de que uma quan- Douglas Tufano e o ilustrador Marcos de Mello se
tidade infinita de informações nos são disponi- sentissem orgulhosos do trabalho que fizeram. Essa
bilizadas. Nossa curiosidade sobre os temas do é a função de um livro como esse.
almanaque é exponencialmente aguçada e senti- Mas, então, temos o segundo fenômeno, que
mos que poderíamos saber de tudo sobre deter- diz respeito também à pequena, mas especialmen-
minado assunto. te ao meu filho mais velho, de 10 anos. Os dois tó-
Às vezes, a gente se esquece deles e os deixa picos finais do almanaque tratam especificamente
num cantinho da estante. Até que alguém vê a lom- da arte negra e da arte indígena de hoje em dia e
bada do livro e se lembra do tempo bom que pas- isso saltou aos olhos do menino. “Na exposição
sou virando suas páginas de lá para cá, retoma a do Portinari (que eles viram alguns dias atrás) ti-
leitura, relembra informações ou histórias, descobre nha muitos negros nos quadros, pai, mas ele era
elementos que antes, nas outras vezes, não tinha branco. Eu queria ver quadros que pessoas negras
percebido ou dado a devida atenção. pintaram. Você conhece?”. Respondi que conheço
Com esse almanaque, aqui em casa acontece- e, infelizmente, tive que admitir que conheço pou-
ram dois fenômenos muito interessantes. O primeiro cos. Pouquíssimos. Então fomos atrás de artistas
diz respeito à minha filha mais nova, que está com negros e negras. E a nossa viagem foi incrível. Pas-
recém-completados 7 anos de idade. Ela está estu- sando por Arthur Bispo do Rosário, chegamos em
dando as culturas indígenas na escola, então conse- Carla Santana e Mônica Ventura. Pudemos (ainda
guimos passar mais de uma hora apenas nas primei- que apenas pela tela do computador) conhecer um
ras páginas do livro. Ela quis saber da arte plumária pouquinho do trabalho desses artistas. O comeci-
(quis fazer um cocar, diga-se), quis saber os nomes nho de um processo que pode durar a vida toda.
dos povos indígenas do Brasil, quis saber onde eles Então, como não dá ainda para saber como
vivem, me contou sobre o povo Kariri-Xocó (que vive esse Almanaque da História da Arte no Brasil vai re-
hoje no estado do Alagoas e que ela conheceu na verberar daqui por diante na vida de meus filhos e
escola), perguntou sobre os idiomas indígenas e na minha (porque ele pode ser resgatado da estan-
cantou uma música que utilizarão na sua escola em te a qualquer momento, levando-nos a novas, inu-
uma homenagem ao Bumba meu boi do Maranhão. sitadas e incríveis jornadas), encerro este pequeno
A conversa foi tão intensa que ela me pediu de pre- depoimento comunicando ao autor e ao ilustrador
sente de aniversário (e eu lhe dei) um enfeite de ca- que o trabalho de vocês foi extremamente bem-­
belo com plumas feito pelos Kariris-Xocós. -sucedido. Missão cumprida!
Um pouco sobre o autor Leia mais
Douglas Tufano nasceu em São Paulo e é for- Do mesmo autor
mado em Letras e Pedagogia pela Universidade de c A Semana de Arte Moderna: São Paulo, 1922. São
São Paulo (USP). Foi professor efetivo da rede ofi- Paulo: Moderna.
cial de ensino de São Paulo e trabalhou também em
c Egito, Grécia e Roma: um almanaque de História
escolas particulares, tendo lecionado Português, da Arte. São Paulo: Moderna.
Literatura Brasileira e História da Arte. Atualmente,
c Jean Baptiste Debret. São Paulo: Moderna.
ministra cursos de capacitação para professores
c Leonardo da Vinci e sua época: um almanaque do
de todo o Brasil, a convite de secretarias de educa-
Renascimento. São Paulo: Moderna.
ção e instituições particulares de ensino. É autor de
c Monet e sua época: um almanaque do
vários livros didáticos e paradidáticos publicados
Impressionismo. São Paulo: Moderna.
pela Editora Moderna.
c Navegando pelo dicionário. São Paulo: Moderna.
c Navegando pela história do livro. São Paulo:
Moderna.
c Navegando pela língua portuguesa. São Paulo:
Moderna.
c Navegando pela mitologia grega. São Paulo:
Moderna.

Sobre o mesmo tema

c Antônio Francisco Lisboa: O Aleijadinho, de


Angela Braga e Lígia Rego. São Paulo: Moderna.
c Tarsila do Amaral, de Angela Braga e Lígia Rego.
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c Tomie Ohtake, de Lígia Rego e Ligia Santos. São
Paulo: Moderna.
c Vamos ao museu?, de Nereide Schilaro Santa
Rosa e Neusa Schilaro Scaléa. São Paulo:
Moderna.

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