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PRINCÍPIOS ATIVOS

EM ESTÉTICA

Aline Andressa Matiello


Produtos capilares primários
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Relacionar a composição de xampus e sua indicação para os diversos


tipos de cabelos.
 Analisar a composição de condicionadores e máscaras capilares e sua
relação com o mecanismo de ação.
 Descrever a composição de cosméticos finalizadores e sua relação
com a indicação de uso.

Introdução
Os cosméticos capilares são formulações destinadas ao cuidado do ca-
belo e do couro cabeludo e podem ter como objetivo higienização,
hidratação, proteção, alteração da aparência do cabelo. Além disso, po-
dem ser utilizados com finalidade de tratamento de algumas disfunções
(FERNANDES, 2013).
O que difere um produto cosmético capilar de outro, como xampus,
condicionadores, máscaras e finalizadores, é o mecanismo de ação desses
produtos e que está relacionado à sua formulação. De acordo com os
objetivos e o tipo de cabelo a que serão aplicados, os cosméticos capilares
podem apresentar algumas diferenças (FERNANDES, 2013).
Neste capítulo, você vai conhecer produtos capilares, seus ingredientes
principais, mecanismos de ação e indicações, informações essenciais para
todo profissional de estética capilar.
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Os xampus
Os xampus são produtos cosméticos que têm como finalidade limpar o couro
cabeludo, removendo células mortas do estrato córneo e componentes do
suor, excesso de sebo, resíduos de cosméticos e poluição que se acumulam
nessa região e geram um aspecto de sujidade e oleosidade ao couro cabeludo
(KUPLICH; MATIELLO; PADILHA, 2018).
O xampu, mesmo desempenhando uma função semelhante aos demais
produtos para limpeza corporal, necessita atender às necessidades específicas
dos cabelos, principalmente no que se refere ao pH ácido do couro cabeludo,
que, em média, é de 4,5 a 5,8. O xampus ainda têm a função de preservar a
regulação do sebo fisiológica, manter em níveis ideais a hidratação local e
evitar a proliferação de microrganismos indesejados no couro cabeludo, como
fungos e bactérias (KUPLICH; MATIELLO; PADILHA, 2018).
A higienização dos fios de cabelo possui registros de aproximadamente 5
mil anos atrás, quando os antigos babilônios faziam uso de sabões, chamados
de agentes saponáceos, que tinham função de detergente e cuja formulação
era baseada em gordura animal ou vegetal misturada a substâncias bastante
alcalinas. Os sabões utilizados apresentavam muitas desvantagens, pois tor-
navam os cabelos ressecados e duros e, em virtude de sua alta alcalinidade,
causavam danos aos fios (HALAL, 2012)
Essa técnica de aplicar produtos alcalinos aos fios de cabelo proporcionava
uma limpeza do couro cabeludo e fios de maneira efetiva, mas, quando as
cutículas das camadas externas da haste capilar entravam em contato com
substâncias muito alcalinas elas dilatavam e ficavam muito porosas, dando um
aspecto de cabelo opaco e sem brilho. Dessa forma, o pH ideal de um xampu
não é alcalino e é diferente dos produtos para a higiene da pele, sendo mais
ácido, nesse caso, de modo a evitar efeitos indesejados sobre a haste capilar
(LOPES et al., 2017).
Diante disso, a indústria de cosméticos passou a desenvolver xampus que
fossem menos alcalinos, que causassem menos danos aos fios de cabelo,
e, em 1933, foi introduzido no mercado de cosméticos o primeiro xampu
não alcalino (HALAL, 2012). Além disso, passaram-se a introduzir outras
substâncias aos xampus, tornando-os muito mais do que apenas agentes de
limpeza e fazendo-os atuar no tratamento dos fios. Atualmente, a indústria
de cosméticos capilares possui agentes de limpeza sintéticos, que substitu-
íram os sabões e apresentam como vantagens menor custo, maior tolerância
à variação do pH do meio e maior adaptação às necessidades dos cabelos
(GALGANO, 2012).
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Xampus são agentes de limpeza destinados à remoção de oleosidade, suor, descamação


de células epidérmicas, resíduos de poluição e de outros produtos capilares que se
acumulam diariamente nos cabelos e no couro cabeludo (HALAL, 2012).

Mecanismo de ação dos xampus


O mecanismo de ação dos xampus está baseado no seu principal ativo cosmé-
tico, que é o agente de limpeza. Os xampus atuais possuem como princípio
ativo básico agentes de limpeza, chamados de surfactantes ou tensoativos.
Essa necessidade de um surfactante na formulação de um xampu é justificada
porque a água por si só é capaz de remover algumas sujidades do cabelo, mas
não é capaz de remover a oleosidade nos fios. Antigamente, o sabão funcionava
como agente de limpeza, tendo um mecanismo semelhante aos surfactantes
ou tensoativos, mas, ao mesmo tempo, causando muitos danos aos cabelos
(RIBEIRO, 2010). Os surfactantes, quando em contato com os cabelos, são
capazes de agir sobre as moléculas de gordura e sujidade, reduzindo a tensão
superficial de modo que as moléculas de gordura possam desprender-se dos
cabelos e promover a retirada da oleosidade e sujidade dos fios, limpando-os
(HALAL, 2012).
Inicialmente, as moléculas de xampu carregadas com surfactantes entram
em contato com os cabelos e reduzem a tensão superficial entre a água e a
gordura ou a sujidade, diminuindo a aderência das moléculas de sujidade à
queratina dos cabelos. Esse mecanismo se deve ao fato de que o surfactante
possui, em sua estrutura molecular, um polo que se liga à água e outro que se
liga ao óleo presente no cabelo, fazendo com que ele possa isolar essa molécula
de gordura a partir da criação de uma esfera, chamada de micela, que é uma
molécula de gordura isolada por surfactante ao seu redor. Esse processo de
redução da aderência ocorre pela ação do surfactante associado ao mecanismo
de esfregação dos fios, que potencializa a higienização (HALAL, 2012).
Posterior a isso, a micela descola-se do fio de cabelo assim que o cabelo
é enxaguado. Resumidamente, o surfactante presente no xampu faz com que
o óleo faça a adesão a molécula de surfactante (A, B, C) de modo a isolar as
moléculas de gordura; ao ser isolada, essa molécula se desprende do fio de
cabelo (D) (Figura 1) e a oleosidade é eliminada do cabelo assim que ele é
enxaguado (HALAL, 2012).
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Figura 1. Esquema de limpeza da oleosidade dos fios de cabelo pela ação do


surfactante presente no xampu.
Fonte: Pires (2016, documento on-line).

Classificação dos surfactantes

Os surfactantes empregados nos xampus são classificados de acordo com a


carga elétrica de sua molécula e podem ser aniônicos, catiônicos, anfotéricos
e não iônicos. Cada um desses diferentes tipos de surfactantes apresenta
diferentes características de limpeza e de condicionamento do cabelo, e o
entendimento das ações específicas de cada um deles é necessário para de-
terminar o xampu mais apropriado para cada cliente, de acordo com o tipo e
as características dos cabelos. A seguir, veja uma descrição dos surfactantes
(HALAL, 2012).

 Surfactantes aniônicos: são carregados negativamente e são os mais


utilizados na área de cosmetologia como agentes de limpeza secundários.
Apresentam como vantagens o fato de serem baratos, efetivos e de uso
simples, além de serem facilmente removidos do cabelo. A desvantagem
é que alguns deles são ásperos e agridem o couro cabeludo, além de
deixarem os cabelos com aspecto áspero, sem brilho e com eletricidade
estática aumentada ( frizz). Pode-se citar como ingredientes que são
classificados como surfactantes aniônicos: lauril sulfatos, lauril éter
sulfatos, sarcosinatos e sulfosucinatos (HALAL, 2012).
 Surfactantes catiônicos: são carregados positivamente, têm uma ca-
pacidade limitada de remoção da oleosidade e não produzem muita
espuma. Entretanto, apresentam características que promovem efeitos
de umectação, antiestatismo elétrico e atividade antimicrobiana. São
utilizados em formulações em que se objetiva uma capacidade mínima
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de limpeza, como em xampus para uso diário para cabelos tingidos ou


descoloridos. Os ingredientes mais utilizados como agentes de limpeza
catiônicos são os sais de amónio quaternário (HALAL, 2012).
 Surfactantes não iônicos: não possuem carga elétrica e, por essa ca-
racterística, não têm função se aplicados isoladamente aos fios, pois
apresentam uma capacidade de higienização mediana, além de serem
pouco espumosos. Para tanto, são empregados em quase todas as for-
mulações de xampus com o objetivo de reduzir a agressividade dos
agentes de limpeza aniônicos, utilizando-os de maneira conjunta. Os
principais ingredientes utilizados como agentes de limpeza não iônicos
são os óxidos de amina e derivados etoxilados (HALAL, 2012).
 Surfactantes anfotéricos: são carregados positivamente ou negativa-
mente, e que a carga dependerá do pH do ingrediente utilizado. Dessa
maneira, têm muita versatilidade de uso e, por serem mais caros, são
encontrados apenas em xampus de qualidade superior ou em xampus
com fórmulas infantis, por serem menos agressivos. São exemplos de
ingredientes os derivados de betaína e de sulfobetaínas e os derivados
do ácido aminopropiônico (HALAL, 2012).

Como apresentam características distintas, os xampus, para promoverem


os efeitos desejados, utilizam, em sua formulação, uma mistura de diferentes
surfactantes. Em geral, utiliza-se um surfactante aniônico forte, que possua
alta capacidade de remover a oleosidade, funcionando como um ativo primário;
associado a ele, utiliza-se um surfactante secundário mais fraco para melhorar
as propriedades do agente primário e minimizar desvantagens que o primeiro
possa apresentar (FERNANDES, 2013).
Além do surfactante, que é o ingrediente principal, o xampu tem outros
produtos adicionados à formulação, como: água, desembaraçadores antiestéti-
cos, agentes condicionantes, quelatos, agentes perolizantes ou opacificadores,
formadores de espuma, conservantes, espessantes e fragrâncias, dentre outros.
Dessa maneira, atualmente, é possível encontrar formulações compostas por mais
de 30 ingredientes. A seguir, são descritas as funções de cada um dos principais
produtos que estão presentes nas formulações de xampus (FERNANDES, 2013).

 Formadores de espuma: a capacidade de um xampu de formar espuma


não está relacionada diretamente com a capacidade de limpeza que
ele apresenta, tendo apenas função cosmética. Entretanto, o cliente
considera esse fator importante no momento de escolha do xampu, uma
vez que a maior quantidade de espuma o auxilia a espalhar o produto
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pelo cabelo. Para aumentar a quantidade de espuma, alguns compostos


podem ser adicionados de modo a promover a formação de espuma
abundante. Exemplos desses produtos são: aminas gordas e os óxidos
de amina (HALAL, 2012).
 Agentes quelantes: também chamados de agentes sequestrantes, não
participem na limpeza do cabelo, mas têm a função de prevenir a for-
mação de precipitação de metais como cálcio e magnésio, pois essas
substâncias podem fazer com que o xampu sofra deterioração com o
tempo (FERNANDES, 2013).
 Agentes condicionadores: alguns xampus possuem, em sua formulação,
ativos cosméticos com finalidade de hidratação (FERNANDES, 2013).
 Agentes desembaraçadores antiestéticos: atuam reduzindo a con-
centração de agente de limpeza catiônico ao fim da lavagem, tornando
o ato de pentear mais fácil e reduzindo o frizz por meio da redução
das cargas negativas responsáveis pela eletricidade estática do cabelo
(HALAL, 2012).
 Conservantes: têm a função de evitar o crescimento de microrganismos
no produto, aumentando a vida útil do cosmético e garantindo aumento
da segurança no uso de xampus (HALAL, 2012).
 Fragrâncias: representam menos de 1% do xampu, mas são essenciais
para atender às necessidades dos clientes no que se refere à essência,
garantindo um cheiro agradável ao produto. (HALAL, 2012)
 Agentes espessantes: aumentam a viscosidade do xampu, uma vez que
xampus com viscosidade aumentada tornam o produto mais fácil de
ser aplicado (FERNANDES, 2013).
 Agentes perolizantes ou opacificadores: alteram as propriedades óticas
do xampu, de modo a aumentar (perolizantes) ou reduzir o brilho dos fios
de cabelo (opacificadores), sem interferir na limpeza (HALAL, 2012).

Indicações das diferentes formulações de xampus


para cada tipo de cabelo

A escolha de um xampu deve ocorrer de acordo com a condição dos cabelos


e do couro cabeludo do cliente, que deverá ser avaliado pelo profissional de
estética capilar. Normalmente, classifica-se o cabelo em oleoso, seco, normal
ou tratado quimicamente (FRANGIE et al., 2017). Veja, a seguir, uma descrição
dos tipos de xampu existentes no mercado.
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 Xampus para cabelos secos: cabelos secos possuem redução na hidra-


tação natural dos fios, de modo que os xampus para cabelos secos não
devem ser agressivos e não devem retirar tanta oleosidade dos fios, uma
vez que esse fator já se encontra reduzido nesse tipo de cabelo. Indica-
-se, nesse caso, surfactantes não iônicos, porque conferem suavidade
às formulações. Além disso, esses xampus devem conter substâncias
ativas que se depositem no cabelo, permanecendo mesmo após o en-
xágue, de modo a garantir uma hidratação extra, como as proteínas
hidrolisadas. Esses xampus não devem possuir tensoativos aniônicos
ou, se possuírem, deve ser em pequena quantidade, uma vez que esse
tipo de surfactante tem efeito de ressecamento (LEONARDI, 2007).
 Xampus para cabelos oleosos: devem apresentar maior concentração
de surfactantes, além de possuírem surfactantes mais potentes, como
os surfactantes aniônicos, uma vez que devem remover uma quantidade
maior de óleo dos fios. Podem, ainda, em sua formulação, ter mais de um
surfactante aniônico para intensificar a higiene dos fios (LEONARDI,
2007). Também podem ser adicionados ativos excepcionais, como chá
verde, hortelã e hamamelis, que adicionam ao produto adstringência,
controle da oleosidade e efeito antimicrobiano (GRANDE, 2013). Os
xampus destinados a cabelos oleosos são chamados de xampus balance-
adores, pois, além de retirar o excesso de oleosidade dos fios, impedem
que o cabelo resseque (FRANGIE et al., 2017).
 Xampus para cabelos ressecados e danificados: apresentam maior
concentração de surfactante do tipo aniônico e podem ser compostos por
ingredientes como: aloe vera e óleo de argan, que atuam na hidratação
e na regeneração dos fios lesados (GRANDE, 2013). Esses xampus
também retêm a umidade, aumentando o teor de água dos fios, e podem
ser chamados de xampus hidratantes ou condicionadores (FRANGIE
et al., 2017).
 Xampus anticaspa: os xampus destinados ao tratamento de caspa
contêm, em sua formulação, ativos antifúngicos, como cetoconazol,
piritiona de zinco ou sulfureto de selênio. As fórmulas são, normal-
mente, mais suaves, uma vez que é necessário o uso diário (HALAL
2012). Fazem parte dos xampus chamados de medicamentosos, pois
atuam no tratamento de alguma disfunção e, devido às suas formula-
ções específicas, devem ser utilizados apenas com orientação médica
(FRANGIE et al., 2017).
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 Xampus de retenção de cor ou para cabelos quimicamente tratados:


indicados para clientes que possuam cabelos coloridos quimicamente,
atuam prevenindo ou amenizando o desbotamento dos fios. São mais
suaves e, em geral, livres de sulfato (HALAL 2012). Além disso, fazem
uso de um pH mais próximo do natural dos fios de cabelo, ou seja, um
pH balanceado, que facilita o fechamento das cutículas e a manutenção
da química (FRANGIE et al., 2017).
 Xampus infantis: possuem surfactantes aniônicos extremamente su-
aves, como o lauril éter sulafto, associados a surfactantes anfóteros,
como a coco betaína (LEONARDI, 2007).
 Xampus antiqueda: considerando a disfunção, esses xampus possuem
ativos de estimulação e restauração capilar, como o d-pantenol, e pos-
suem surfactantes mais suaves, como os aniônicos (LEONARDI, 2007).
 Xampus purificantes: indicado para pré-tratamentos de químicas e
para quando há acúmulo de produtos nos fios de cabelo (FRANGIE
et al., 2017).
 Xampus a seco: também conhecido como xampu em pó, limpa o ca-
belo sem o uso de água e sabão. O pó aplicado recolhe a sujeira e o
óleo. Nunca deve ser aplicado antes de realizar serviços de química
(FRANGIE et al., 2017).

A escolha de xampus também deve levar em consideração o pH do pro-


duto. Xampus ácidos possuem pH entre 0 e 6,9, enquanto xampus alcalinos
apresentam pH acima de 6,9. Xampus alcalinos são mais fortes e agressivos
aos fios de cabelo — quanto maior o pH, maior a chance de tornar o cabelo
ressecado e poroso. Xampus levemente ácidos, por sua vez, aproximam-se
mais do pH natural dos fios (FRANGIE et al., 2017)

Condicionadores
Os xampus não são capazes de remover apenas o óleo sujo dos fios de cabelo,
removendo, também, os óleos essenciais e que fazem parte da hidratação
natural do cabelo. Dessa maneira, o uso do xampu, por mais que utilizado
corretamente, reduz a hidratação natural dos fios, predispondo ao ressecamento
capilar (HALAL, 2012).
Diante disso, o mercado de cosmética capilar desenvolveu outro produto
com o objetivo de devolver aos fios de cabelo a hidratação necessária, o
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condicionador. Esse produto é destinado à aplicação após lavagem do cabelo


e é importante pois reduz o ressecamentos dos fios, causado, principalmente,
pelo uso de xampus. Os compostos dos condicionadores objetivam os efeitos
de proteção da fibra capilar, aumento do brilho e facilitação do pentear pelo
fechamentos das cutículas capilares (HALAL, 2012).

Composição e mecanismo de ação dos condicionadores


Quanto à sua composição, os condicionadores podem ser comparados a
xampus invertidos: enquanto a maioria dos xampus possui surfactante em
grande quantidade e uma pequena quantidade de agentes condicionadores, os
condicionadores possuem uma formulação inversa, com maior concentração
de agentes hidratantes, como materiais graxos, por exemplo, e uma pequena
concentração de surfactantes. Além de agentes condicionantes e surfactantes,
o condicionador também possui outros compostos excipientes semelhantes
ao xampu, como umectantes, espessantes, fragrâncias, conservantes, dentre
outros (FERNANDES, 2013).
Condicionadores suavizam as cutículas e revestem a haste capilar a fim de
deixar o cabelo com uma aparência mais saudável (FRANGIE et al., 2017). O
principal ativo de um condicionador é o agente condicionante, que pode ser um
diferente tipo de material graxo, como: álcoois graxos, silicone, umectantes
ou hidratantes, derivados de proteínas e surfactantes catiônicos, dentre outros.
Normalmente, um condicionador apresenta mais de um tipo de material graxo
em sua formulação (HALAL, 2012).
Os materiais graxos são os ativos principais de todo o condicionador, po-
dendo apresentar diferentes associações para garantir os efeitos desejados. Os
materiais graxos são basicamente lipídeos e agem sobre os fios de cabelo por
meio da deposição desse material sobre os fios, com propriedades oleosas que
aumentam a hidratação do cabelo e facilitam o pentear. Os materiais graxos
podem ser classificados em:

 Álcoois graxos: são gorduras, óleos ou ceras que podem ser emprega-
dos como condicionadores. Exemplos: cetilico, estearilico, emiristilico
(HALAL, 2012).
 Silicones: são superiores aos óleos comuns, uma vez que são menos
gordurosos, mas formam uma película sobre a haste capilar, impedindo
a perda de água e protegendo o fio de danos. Exemplos: dimeticona,
amodimeticona e ciclometicona (HALAL, 2012).
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 Umectantes: atraem e retêm a umidade da atmosfera e são encontrados


nos condicionadores com o objetivo de manter a umidade dos fios.
Exemplo: glicerina (HALAL, 2012).
 Hidratantes: produtos oleosos que previnem a perda de água pelo
cabelo através do revestimento dos fios. Exemplo: lanolina, óleo mineral
(HALAL, 2012).
 Proteínas e derivados de proteínas: os principais produtos utilizados
são os hidrolisados proteicos de colágeno, proteínas animais e seda.
A estrutura molecular de proteínas é considerada grande, de modo
que não adentra na fibra capilar facilmente; entretanto, quando in-
gredientes com proteínas de estrutura menor são aplicados nos fios,
elas funcionam para selar as pontas duplas, aumentando a resistência
dos cabelos. As proteínas hidrolisadas, por possuírem moléculas
menores, podem penetrar no córtex e melhorar a textura dos fios,
equilibrando a porosidade e aumentando a elasticidade de cabelos
secos (HALAL, 2012).
 Surfactantes catiônicos: quase sempre compostos de amónio quaternário,
esses surfactantes aderem-se ao fio capilar e diminuem o embaraçamento
dos fios quando o cabelo está úmido (FERNANDES, 2013).

Os condicionadores, formulados a partir de materiais graxos, possuem


grande afinidade pela queratina do cabelo e conferem propriedades físicas
favoráveis aos fios, tais como elasticidade, suavidade, maciez e facilidade
no pentear os cabelos, úmidos ou secos, além de diminuírem a eletricidade
estática. Essa ação ocorre, inicialmente, porque os ativos condicionadores
fecham as cutículas da haste capilar, protegendo as camadas internas dos
fios. O mecanismo de ação dos condicionadores ocorre a partir do conceito
de substantividade, ou seja, ocorre aderência dos materiais graxos à haste
capilar, modificando as propriedades superficiais do cabelo e permanecendo
nos fios mesmo após o enxague. Basicamente, a função do condicionador é
reequilibrar as cargas negativas deixadas pelo xampu após a lavagem e repor
a nutrição que o produto retira dos fios (LEONARDI, 2007).
Quanto à sua formulação, podem estar disponíveis em três tipos básicos:
condicionador com enxágue, condicionador de tratamento ou reparação e
condicionador sem enxágue. Em relação ao primeiro deles, após sua aplica-
ção, o cabelo deve ser enxaguado. O condicionador de tratamento é aplicado
para repor nutrientes dos fios e, normalmente, é aplicado por mais tempo que
o primeiro. Os sem enxágue permanecem nos fios até a próxima lavagem
(FRANGIE et al., 2017).
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Máscaras capilares
Também chamadas de tratamento de condicionamento profundo, as máscaras
capilares também se destinam ao tratamento de hidratação dos fios, mas
apresentam uma ação condicionante mais potente quando comparadas aos
condicionadores, permitindo a hidratação e a redução da perda de água e
protegendo os fios de danos externos por meio de mecanismos mais intensivos;
são compostas, geralmente, por ativos condicionantes catiônicos associados
a agentes condicionantes (TAMBOSSETI et al., 2008).
Enquanto os condicionadores de uso diário são indicados para uso regular, as
máscaras têm o objetivo de complementar os tratamentos de condicionamento
dos fios. Possuem formulações bem parecidas com a dos condicionadores, mas
diferem-se porque obtêm maior concentração de agentes espessantes, maior
viscosidade e por serem ricas em ativos condicionantes. As máscaras atuam nas
duas camadas mais externas dos fios, nas cutículas, selando-as, e no córtex, devol-
vendo nutrientes para essa região, como proteínas (TAMBOSSETI et al., 2008).
As máscaras têm um tempo de aplicação nos fios de cabelo maior que os
condicionadores. Normalmente, os condicionadores são aplicados aos cabelos
por um período médio de 5 minutos, enquanto as máscaras demoram, em
média, 10 minutos. Quanto à consistência desses produtos, os condicionadores
são, em geral, mais líquidos, enquanto as máscaras são mais consistentes
(CHILANTE; VASCONCELOS; SILVA 2018).
Dentre as máscaras mais utilizadas, encontram-se as com propriedade hi-
dratante, reconstrutoras e nutritivas, dependendo de sua composição. A máscara
hidratante atua por meio de uma formulação que contém ativos hidratantes que
criam um filme protetor ao longo da fibra capilar e selam as cutículas. As máscaras
de hidratação capilar atuam nas camadas mais externas do cabelo, proporcionando
a selagem da cutícula capilar e reestruturando o córtex (FRANGIE et al., 2017).
As máscaras restauradoras são indicadas para cabelos que se encontram com
alterações de composição, como perda excessiva de queratina e porosidade au-
mentada, causando efeitos inestéticos. Nesse caso, são indicadas máscaras de
restauradoras à base de proteínas, aminoácidos, silicones e óleos vegetais, dentre
outros, visando repor esses nutrientes no córtex capilar e devolvendo as caracterís-
ticas naturais e estéticas dos fios (CHILANTE; VASCONCELOS; SILVA 2018).
As máscaras nutritivas são indicadas para cabelos nos quais se objetive
aumentar a concentração de elementos como lipídeos e nutrientes, que se
encontram perdidos, como em cabelos secos. Possui ativos emolientes e hi-
dratantes, oferecendo aos fios um condicionamento profundo (CHILANTE;
VASCONCELOS; SILVA 2018).
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O uso de máscaras não dispensa o uso de condicionador, que sempre deve ser apli-
cada após o xampu e a máscara. Além disso, vale lembrar que o uso do xampu e do
condicionador deve ser diário, em cada processo de lavação. O uso do xampu deve
sempre preceder o uso do condicionador, uma vez que o xampu tem objetivo de
dilatar as cutículas e higienizar os fios a partir de agentes surfactantes, enquanto o
condicionador objetiva selar as cutículas e hidratar os fios através de diferentes matérias
graxos (VALENTE, 2017). O uso de um não substitui a função do outro.
No link a seguir, você confere uma orientação sobre o uso desses produtos.

https://goo.gl/rKKpUE

Cosméticos capilares finalizadores e fixadores


Os cabelos passam diariamente por uma série de danos, que iniciam pelo processo
de lavagem, no qual há dano decorrente da ação do xampu sobre os fios de cabelo.
Além disso, o ato de pentear e a realização de penteados com cabelos úmidos
também podem lesionar os fios de cabelo. Esticar o cabelo molhado durante a
escovação ou penteados pode causar danos como rachaduras nos fios que são
intensificadas com aplicação do calor do secador ou da chapinha (HALAL, 2012).
Para facilitar esses processos e reduzir os danos à haste capilar, pode-se
fazer uso de produtos como os produtos finalizadores e fixadores, que objetivam
reduzir os possíveis danos aos fios e facilitam os penteados (HALAL, 2012).
A principal característica dos produtos finalizadores e fixadores é que eles
não são retirados do cabelo, são aplicados após o uso de xampu, condicionador
e máscara, permanecendo nos cabelos até a próxima lavagem. Quanto aos
ingredientes presentes nesses produtos cosméticos, cita-se, principalmente
(HALAL, 2012):

 Resinas poliméricas: são mais comuns em finalizadores, como as


loções, por exemplo (HALAL, 2012).
 Surfactantes não iônicos: têm por objetivo amaciar a resina e fornecer
algum grau de hidratação.
 Álcoois: os álcoois voláteis, quando adicionados às loções, objetivam, além
de garantir sustentação, encurtar o tempo de secagem, como nos produtos
cosméticos fixadores. Vale lembrar que qualquer ressecamento causado
pelo álcool é eliminado assim que o cabelo é lavado (HALAL, 2012).
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Os produtos finalizadores e fixadores têm diferentes funções de acordo com


os objetivos do cliente. A diferença entre os finalizadores e fixadores está no
objetivo de tratamento: enquanto os fixadores são aplicados com o intuito de
fixar o penteado por mais tempo, os finalizadores têm funções como reduzir
frizz, facilitar o penteado, alterar o volume, etc. Dentre os finalizadores,
pode-se citar mousses, loções, leave-in e spray de brilho, descritos a seguir.

 Mousse: são macias ao toque e facilmente removidas. Os polímeros


catiônicos solúveis em água são adicionados a mousses com propriedades
condicionadoras, enquanto os polímeros aniônicos asseguram a fixa-
ção. São aplicadas no cabelo úmido ou seco e algumas já possibilitam
a coloração temporária do cabelo ou aumento do volume do cabelo
(FERNANDES, 2013).
 Loções: a sua aplicação resulta na formação de uma película fina e flexível
sobre os fios de cabelo, composta por resinas poliméricas. São aplicadas
aos cabelos úmidos, que, em seguida, são secos. As loções para penteados
têm por objetivo aumentar o volume, melhorar a sustentação e penetrar
na haste capilar para facilitar o pentear, secar rapidamente e não escamar
quando o cabelo for submetido a escovação (HALAL, 2012).
 Leave-in: possuem a mesma formulação básica das loções mas, nesse
caso, as resinas poliméricas são substituídas por ativos condicionadores
catiônicos. Além desses, podem ser empregados derivados de proteínas,
e os quaternários de amônio também podem ser adicionados aos agentes
condicionadores do leave-in. Os condicionadores catiônicos presentes
nos cremes de pentear ou leave-in oferecem uma proteção importante
para o fio — o grau de proteção do fio depende do tipo e da quantidade
de resina utilizada: quanto mais resina, mais espessa a película que
envolve o fio e maior a proteção (HALAL, 2012).

Além dos cosméticos finalizadores, o mercado oferece produtos para


fixação do cabelo, que são usados com o objetivo de produzir mudanças
temporárias no aspeto do cabelo, como, por exemplo, aumentar o volume,
manter o cabelo em determinada forma e posição. Atualmente, existem vários
tipos de produtos de fixação no mercado, como gel, sprays de fixação e loções
(FERNANDES, 2013):

 Gel: produto que causa um efeito de endurecimento dos fios de cabelo


na posição desejada associado ao efeito molhado dos fios, muito popular
entre jovens (FERNENDES, 2013).
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 Spray de fixação: também chamado de hair spray ou laca em spray,


é utilizado com o objetivo de fixar e dar forma, pois cria uma película
rígida e seca nos fios que é difícil de remover (FERNANDES, 2013).
O mecanismo de ação é igual ao das loções, mas é aplicado aos cabe-
los secos, geralmente após os penteados, embora possa ser aplicado
durante o penteado também, dependendo da necessidade. Possuem
compostos voláteis em sua formulação e, dessa maneira, secam mais
rapidamente que loções. O ativo mais utilizado é o álcool sd, que é o
álcool especialmente desnaturado (HALAL, 2012).

Os CFC (clorofluorcarbonos) foram substâncias utilizadas em larga escala para hair spray
aerossóis. Entretanto, desde 1978, estão proibidos por causarem danos na camada
de ozônio.

Há uma diferença importante que difere os sprays de fixação das loções,


como os leave-in, por exemplo. Essa diferença está, principalmente, na
quantidade de água em sua formulação e no tempo de secagem basicamente.
Sprays de fixação possuem menor quantidade de água que as loções, já que,
se fossem formulados com muita água, ao entrar em contato com o cabelo
seco, estragariam o penteado.
Os sprays são considerados produtos seguros, mas há uma preocupação
quanto à inalação de seus compostos durante a utilização, uma vez que o
jato fino faz com que o produto permaneça mais tempo no ambiente, o que
aumenta a sua inalação. Para tanto, é necessário ser cauteloso e minimizar a
exposição. Além disso, deve-se dar preferência para sprays de fixação solúveis
em água (HALAL, 2012).
Para saber se o spray é solúvel em água, é necessário realizar o teste:
borrife o produto em uma superfície limpa e seca de vidro e aguarde 24
horas; se o hair spray não puder ser removido facilmente, isso significa que
ele é insolúvel em água e que a sua inalação frequente pode ocasionar lesões
pulmonares (HALAL, 2012).
Produtos capilares primários 15

Veja, no Quadro 1, a relação dos tipos de cabelo e os produtos adequados


a cada um deles.

Quadro 1. Produtos indicados para cada tipo de cabelo

Os produtos certos de acordo com os tipos de cabelo

Tipo de cabelo Fino Médio Grosso

Liso  Xampu que  Xampu com  Xampu


dá volume pH ácido/ hidratante
 Desemba- balanceado  Condicionador
raçante, se  Creme de sem enxágue
necessário finalização  Tratamentos
 Tratamentos  Tratamentos hidratantes
com proteína com proteína

Ondulado,  Xampu para  Xampu com  Xampu


cacheado, cabelos finos pH ácido/ hidratante
extremamente  Condicionador balanceado  Condicionador
cacheado sem enxágue  Condicio- sem enxágue
leve nador sem  Tratamento
 Proteína enxágue de reparação
 Tratamento com  Tratamento hidratante
protetores tér- hidratante com proteína
micos em spray

Seco e danifi-  Xampu de  Xampu para  Xampu de


cado (perma- limpeza suave cabelos qui- hidratação
nentes, tintura,  Condicionador micamente profunda
relaxantes, sem enxá- tratados  Condicionador
secador, sol, gue leve  Condi- sem enxágue
chapinha)  Tratamento cionador  Tratamentos
de reparação hidratante hidratantes
hidratante  Tratamento profundos
com proteína de reparação e máscaras
 Proteção térmica hidratante capilares
com spray com proteína

Fonte: Adaptado de Frangie et al. (2017, p. 43).


16 Produtos capilares primários

1. Os xampus são produtos cosméticos uso de apenas um ativo prin-


capilares que têm como função a cipal, pois a utilização de ativos
higienização dos fios, uma vez que associados pode desencadear
a água, por si só, não é capaz de re- incompatibilidades químicas.
mover toda a sujidade e oleosidade b) O principal princípio ativo dos
do cabelo. Em relação aos xampus, condicionadores são os surfac-
assinale a alternativa correta. tantes, que atuam na abertura
a) O principal ingrediente ativo dos das cutículas e na redução da
xampus são os materiais graxos, hidratação dos fios pela remoção
responsáveis pela limpeza e pela da oleosidade.
remoção da oleosidade dos fios. c) Os xampus atuais possuem for-
b) Os surfactantes catiônicos são os mulações não agressivas aos fios;
ingredientes que proporcionam a dessa forma, o uso de condicio-
maior potencialidade de higiene nador não é obrigatório.
dos cabelos. d) Os condicionadores se diferem das
c) Os surfactantes, presentes no máscaras porque possuem maior
xampu, atuam reduzindo a tensão quantidade de agentes espes-
superficial e removendo a sujidade santes e maior viscosidade, sendo
e a oleosidade dos fios que a água ricos em ativos condicionantes.
não consegue remover sozinha. e) Nos condicionadores, pode-se
d) Quanto mais alcalino for um fazer uso de silicones, que são
xampu, maior será sua ação nos menos gordurosos e formam
fios; o pH não influencia nos uma película sobre a haste ca-
danos à haste capilar, apenas pilar, impedindo a perda de água
interfere na higienização. e protegendo os fios.
e) Os agentes de limpeza presentes 3. Cosméticos finalizadores capilares
nos xampus, atualmente, são os são aplicados após a lavagem dos
sabões, que têm um alto poder cabelos e da hidratação com uso de
de limpeza, em virtude de sua condicionador e podem ser utili-
alcalinidade. zados com diferentes objetivos. Em
2. O uso do xampu diariamente, a es- relação aos finalizadores capilares,
covação, os penteados, a exposição assinale a alternativa correta.
solar e os tratamentos químicos são a) Os sprays de fixação são apli-
exemplos de agentes lesivos aos cados nos cabelos úmidos e du-
fios de cabelo. Muitos desses danos rante a realização dos penteados,
podem ser evitados ou até tratados objetivando a fixação e o brilho.
com o uso de condicionadores e b) Os leave-in devem ser aplicados
máscaras capilares. Em relação a esse nos cabelos secos, com a finali-
assunto, assinale a alternativa correta. dade de fixação de penteados.
a) Tanto os condicionadores quanto c) Fair spray à base de CFC (cloroflu-
as máscaras capilares fazem orcarbonos) é indicado apenas
Produtos capilares primários 17

para uso profissional, visto os esses produtos têm os mesmos


efeitos nocivos desse gás para a efeitos nos fios.
saúde humana. e) A orientação aos clientes é de que
d) Normalmente, as loções o uso de xampu deve ser diário,
apresentam uma quantidade objetivando a limpeza dos fios e
pequena de água em sua do couro cabeludo, enquanto o
formulação associada ao uso de condicionador deve ser utilizado
substâncias voláteis, indicadas apenas em dias alternados.
para a fixação de penteados. 5. Os produtos capilares, quando
e) Os leave-in, também chamados utilizados corretamente, promovem
de cremes para pentear, podem efeitos como higiene, hidratação
ser usados com inúmeros e tratamento dos fios. Entretanto,
objetivos: controle de volume, para que esses efeitos sejam
controle de frizz, etc. garantidos, é necessário que sejam
4. O mercado de cosmética capilar respeitadas as indicações e as
disponibiliza uma série de produtos contraindicações de cada um dos
destinados aos cuidados diários dos produtos. A respeito desse tema,
cabelos, considerando a grande assinale a alternativa correta.
importância que esses representam a) Xampus com surfactantes catiô-
para a autoestima das pessoas. nicos devem ser indicados para
Entretanto, para que cumpram suas cabelos secos, uma vez que são
funções, o uso deve ser correto. menos agressivos.
A respeito do uso de de xampus, b) O uso de xampus purificantes é
condicionadores e máscaras, assinale indicado, especialmente, para
a alternativa correta. cabelos secos coloridos, uma vez
a) O uso de condicionadores que que atuam removendo a oleosi-
contenham surfactantes catiô- dade dos fios.
nicos dispensa o xampu. c) Dentre os fixadores, pode-se
b) O xampu deve ser sempre indicar o uso de gel a clientes
aplicado primeiramente, uma vez que objetivam sustentação de
que tem função de higienização; penteados com aspecto seco
em seguida, deve ser feita a dos fios.
aplicação do condicionador, com d) O uso de xampus purificantes
finalidade de hidratação. deve ser evitado em cabelos
c) O ato de esfregar os fios após a extremamente secos e após
aplicação do xampu não interfere tratamentos químicos de des-
na higiene do cabelo, uma vez que coloração e de alisamento, por
a ação se dá apenas pelo contato exemplo.
do produto com o cabelo úmido. e) Os finalizadores do tipo mousse
d) No uso de máscaras capilares, a são indicados apenas para
aplicação do condicionador não cabelos ondulados, para ativar os
deve ser realizada, uma vez que cachos e as ondulações dos fios.
18 Produtos capilares primários

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Leitura recomendada
VALENTE, A. Como tratar o cabelo??? Ao usar mascaras, condicionador e shampoo?? 17
maio 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_a8cDTnVH4g>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
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