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Notas de Aula
CONCRETO ARMADO
ESCADAS
Campo Grande
2005
1. DIMENSÕES
No que diz respeito as dimensões usuais das escadas, recomenda-se que seja
verificada a relação: 60 ≤ p+2e ≤ 65 cm, sendo p = passo ou piso e, e = espelho (altura
do degrau). A Figura 1 abaixo apresenta outras recomendações sobre dimensões de
escadas.
p hm = h1 + (e/2)
e = 15 a 20 cm
hm
p = 25 a 32 cm
h1
e
60 cm ≤ p+2e ≤ 65 cm
h
n = lv / e
usual: e=18 cm
37°
p=30 cm
2. CLASSIFICAÇÃO
As ações atuantes que se têm em uma escada, normalmente, são: peso próprio,
sobrecargas, pavimento (piso) e parapeitos (corrimão). ( Ver NBR 6120- cargas para o
cálculo de estruturas de edificações).
O peso próprio é determinado pela espessura média: g = γ CA .hm
A sobrecarga será:
escadas de edifícios residenciais: q = 250 a 300 Kgf/m2;
escadas de edifícios públicos: q = 300 a 500 Kgf/m2;
escadas secundárias: q = 200 a 250 Kgf/m2.
Pavimento (pisos + argamassa de assentamento): 80 a 120 Kgf/m2,
lembrando que no caso de pisos muito “pesados” (como mármore) essa
carga deve ser aumentada.
Parapeitos (corrimão): quando existirem parapeitos (guarda-corpo e
corrimão) deverá ser considerado uma carga horizontal de 80 Kgf/m na
altura do corrimão e uma carga vertical de 200 Kgf/m.
Cargas de Muretas ou Paredes descarregando diretamente na escada será
considerada em função do peso específico do material constituinte da
mureta ou parede. E, será feito uma simplificação de modo a considerar
esta carga uniformemente distribuída sobre a laje da escada ou degraus.
Revestimentos inferiores: caso haja revestimento sob a escada muito
espesso, ou necessite um cálculo mais rigoroso, pode-se calcular o peso do
revestimento a partir do peso específico do material de revestimento
(normalmente varia entre 1900 a 2000 Kgf/m3). Deve ser considerado
também, o peso do forro do pavimento inferior apoiado na face inferior da
escada, quando houver, e seu cálculo pode ser feito da mesma forma.
4. ESCADAS RETANGULARES
p
Ä
Viga V2
As Secundária
ARMADURA PRINCIPAL
Viga V1 Viga V2
As Principal
ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
CORTE TRANSVERSAL
CORTE LONGITUDINAL
Este esquema estrutural será utilizado quando a escada não se apóia mais em vigas
laterais ao longo do comprimento da escada e sim, em vigas transversais em suas
extremidades (em geral, nos patamares). Nestes casos, devemos transformar a carga
vertical por metro segundo o plano horizontal, em carga normal ao eixo da escada por
metro na direção da inclinação da escada.
Portanto, nestes casos, para cálculo do momento, o vão a ser considerado será o
valor da projeção horizontal longitudinal da escada. Lembramos agora que o cálculo da
laje irá considerar como espessura da laje, apenas a parte da escada que constitui uma
laje inclinada, portanto, de valor h, medido perpendicularmente ao fundo inclinado,
como mostrado na Figura 1. Resumindo, utiliza-se então um valor de espessura de laje
inferior ao utilizado nas escadas armadas transversalmente.
Como mostrado na Figura 3 a armadura principal será posicionada na face inferior
da laje no sentindo longitudinal é claro, e, a armadura de distribuição sobre esta na
direção transversal.
p
Viga V2
Viga V1 Ä
pi
ARMADURA NEGATIVA
Ä
ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
ARMADURA PRINCIPAL
M máx. (As)
CORTE LONGITUDINAL
p.l 2 p.l 2
M = X =−
10 40
x .-
má As mín.
M As dist.
As dist. As dist.
. M2 + / As mín.
c
pr i
As As dist.
2 0%
As dist.
.+
máx
M1
C B
C
A B
A
(a) (b)
C D
B C
A A B
(d)
(c)
Escadas com mais de um patamar (d) ou com patamar intermediário (c) serão
sempre consideradas deslocáveis, portanto, estarão sujeitas apenas a momentos
positivos como mostrado na Figura 10.
Viga V4
Viga V3
V ig a V 2
A s x (m e n o r v ã o)
Asy
Nestas escadas os degraus são isolados e cada degrau trabalha como uma laje
engastada em uma viga central ou em uma viga em uma das laterais.
Neste tipo de escada, praticamente cada degrau serve de apoio para o degrau
situado imediatamente abaixo e se apóia no degrau situado acima. De difícil execução, e
custo mais elevado, apresenta a face inferior também em degraus, sendo projetado por
muitos arquitetos pelo seu potencial estético.
4.7.ESCADAS ARMADAS EM L
4.8.ESCADAS EM U
Estruturalmente, estas escadas são variantes das anteriores, pouco diferindo tanto no
cálculo como no detalhamento.
4.9. OUTROS TIPOS DE ESCADAS
- ESCADA EM CARACOL
- ESCADA EM ESPIRAL
- ESCADAS AUTO-PORTANTES
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
CUSTÓDIO, V.; COIMBRA, A.; Lajes em Concreto Armado e Protendido, 2ª ed., Ed.
EDUFF, 1998.
MELGES, J.L.P.; PINHEIRO, L.M.; GIONGO, J.S. Concreto Armado: escadas. São
Carlos: 2004. Serviço Gráfico EESC/USP.