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As Guerras Napoleônicas

O processo revolucionário francês foi responsável pela disseminação de ideais que


conquistaram toda a Europa do século XIX. Entretanto, o triunfo alcançado pelo
movimento francês foi intensamente combatido pelas monarquias europeias que
olhavam com temor aquele levante de caráter liberal. Com isso, é de fundamental
importância que também concedamos destaque à importância das vitórias militares da
França Revolucionária contra os seus inimigos.
Foi justamente a essa altura da revolução, ameaçada pela instabilidade da fase
jacobinista, que o general Napoleão Bonaparte teve grande destaque e, pouco tempo
depois, simbolizou o avanço das idéias de liberdade, igualdade e fraternidade.
Inicialmente, Napoleão ganhou prestígio militar mediante suas bem-sucedidas vitórias
ocorridas no Egito e na Península Itálica. De origem humilde, foi logo aclamado a
condição de herói nacional.
Buscando uma figura política fiel e, ao mesmo tempo, prestigiada pelos populares, a alta
burguesia logo se aliou à figura do ambicioso comandante. Já na reforma política que deu
origem ao Consulado (1799), Napoleão Bonaparte tinha grandes funções políticas dentro
da França. Passados apenas cinco anos, o líder militar alcançou o posto de imperador com
a massiva aprovação da burguesia e os aplausos de uma população eufórica.
A partir desse momento, o chefe político-militar da França deu ênfase ao seu ambicioso
projeto: transformar o país em uma grande potência econômica. Para tanto, iniciou um
opulento conjunto de guerras que visava enfraquecer as monarquias contrárias a seu
governo. A Terceira Coligação – formada por Inglaterra, Rússia e Áustria – tentou
derrubar o governo de Napoleão. Inicialmente, os ingleses venceram os exércitos
napoleônicos durante a Batalha Naval de Trafalgar.
No entanto, o habilidoso chefe de Estado respondeu os exércitos monarquistas com uma
histórica vitória nas batalhas de Austerlitz e Ulm, onde abateu as forças russo-austríacas.
O avanço de Napoleão em território germânico resultou na extinção do Sacro Império e a
criação da Confederação do Reno, controlada pelo Estado francês. A conquista desse
espaço rendeu importantes conquistas econômicas à França. Contudo, a hegemonia da
força industrial britânica ainda era um grande obstáculo econômico.
Com isso, no ano de 1806, Napoleão Bonaparte instituiu o Bloqueio Continental, decreto
que proibiu todas as nações européias de estabelecerem comércio com a Inglaterra. Os
países que comprassem manufaturas ou fornecessem matéria-prima aos britânicos
estariam sujeitos à represália militar do poderoso exército francês.
Nos dois anos seguintes, cumprindo as determinações do Bloqueio, as
tropas francesas empreenderam a invasão da Espanha e de Portugal.
Entre 1806 e 1807, Napoleão derrotou a Quarta Coligação com as vitórias
obtidas em Friedland, Iena e Eylau. A aparente indestrutibilidade do
exército napoleônico acabou estabelecendo a aliança com os russos, após
a assinatura do Tratado de Tilsit. Logo depois de dominar os países
ibéricos, Napoleão ainda conseguiu abafar a reação militar austríaca com
a vitória conseguida na Batalha de Wagram, ocorrida no dia 6 julho de
1809. No ano seguinte, o poderio militar, político e econômico da França Napoleônica pareciam
ser inabaláveis. Destituindo as tradições monárquicas em cada território conquistado, Napoleão
se tornava um divulgador dos princípios liberais que norteavam sua forma de governo.
Entretanto, o herói dos franceses tratava com autoritarismo as populações colocadas sob sua
tutela. Em pouco tempo, a postura política do Império Francês motivou uma série de rebeliões
nacionais pela Europa.
Gradualmente, as forças francesas deram seus primeiros sinais de instabilidade mediante as
revoltas populares. Nesse mesmo período, ignorando a aliança firmada com os franceses, o czar
russo Alexandre I abriu os portos de seu país para as embarcações inglesas. Inconformado com a
traição da Rússia, Napoleão Bonaparte enviou uma tropa de 600 mil homens para consolidar a
domínio sob o extenso território russo. No entanto, o rigoroso inverno russo e a tática de “terra
arrasada” abalaram os exércitos franceses.
Sofrendo com o frio e com a fome, somente 30 mil soldados conseguiram retornar para a
França. Nesse momento, percebendo a fraqueza militar de Napoleão, as monarquias européias
formaram a Sexta Coligação, composta por Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria. Em 1813,
durante a Batalha de Leipzig – também conhecida como a Batalha das Nações – os exércitos
monarquistas conseguiram impor mais uma grande derrota contra os franceses.
Completamente abatido, Napoleão Bonaparte foi obrigado a assinar o Tratado de Fontainbleau.
Neste documento, o líder nacional francês abria mão de seu governo em troca de uma pensão
de milhões de francos anuais e o exílio na pequena Ilha de Elba. Em seu lugar, o rei Luís XVIII,
irmão do guilhotinado Luís XVI, restaurou a monarquia francesa sob a liderança da dinastia
Bourbon. Entretanto, um novo golpe foi executado por grupos bonapartistas.
Com o apoio de cerca de 1200 soldados, Napoleão fugiu de seu exílio e retomou o controle do
governo francês, em março de 1815. Voltando o poder, no chamado Governo de Cem Dias,
Napoleão teve pouco tempo para organizar uma ofensiva militar contra os exércitos da Sétima
Coligação. Na Batalha de Waterloo, sob a liderança das forças inglesas do duque Wellington, as
forças napoleônicas foram definitivamente destruídas. Dessa vez, Napoleão foi exilado na ilha
africana de Santa Helena, onde morreu em 1821.
A derrota definitiva de Napoleão incitou as monarquias européias a empreenderem uma reunião
com o objetivo de reorganizar a Europa revirada pelo audacioso general francês. Durante o
Congresso de Viena os territórios europeus foram reorganizados de acordo com as posteriores
convenções monárquicas. Paralelamente, a França foi obrigada a pagar diversas indenizações
pelos conflitos deflagrados ao longo desse período. Por fim, as monarquias criaram a Santa
Aliança, um exército internacional de caráter anti-revolucionário.
Jk

1- Como as monarquias europeias olhavam para revolução francesa;


a- ( ) As monarquias europeias olhavam a revolução francesa como algo incrível e
admiravam.
b- (X) As monarquias europeias olhavam com temor este levante de caráter liberal.
c- ( ) As monarquias europeias não olhavam pois tinham certeza que nada iria acontecer.
d- ( ) As monarquias europeias olhavam com temor este levante de caráter conservador.
e- ( ) As monarquias europeias olhavam e não entendiam nada por falta de técnicos de
inteligência.

2- Que fatos contribuíram para o ganho de prestigio militar de Napoleão Bonaparte;


a-( ) suas bem sucedidas vitorias na Rússia e na Alemanha.
b-(X) suas bem sucedidas vitorias no Egito e na península itálica.
c-( ) suas bem sucedidas vitória na Espanha e Portugal.
d-( ) suas bem sucedidas vitória sobre o Eunuco do Faraó.
e-( ) suas bem sucedidas vitorias sobre a Noruega e a Finlândia.
3- Analisando o texto quais eram as intenções da 3º coligação formada por Inglaterra,
Rússia e Áustria;
a- (X) a intenção era derrubar o governo Napoleão Bonaparte.
b- ( ) a intenção era ajudar o governo Napoleão Bonaparte.
c- ( ) a intenção era derrubar o governo Napoleão Bonaparte.
d- ( ) a intenção era ajudar o governo do Haiti.
e- ( ) a intenção era derrubar o Czar da Rússia.

4- O fato que contribuiu para guerra da França contra a Rússia no período napoleônico;
a- ( ) Napoleão atacou Portugal e acabou sendo enganando por Dom João VI
b- ( ) Napoleão atacou a Áustria e isto incomodou o Czar russo.
c- (X) O Czar russo Alexandre I abriu os portos para embarcações inglesas ignorando o
bloqueio continental.
d- ( ) O Czar russo Nicolau ignorou os acordos e abriu os portos para embarcações russa.
e- ( ) O Czar russo Vladmir fez acordo com os ingleses.

5- Após uma derrota dura contra a Rússia o que destino reservou para Napoleão
Bonaparte?
a- (X) Abatido Napoleão foi obrigado assinar um documento que faria ele abrir mão do poder
em troca de uma pensão.
b- ( ) Mesmo com a derrota Napoleão não perdeu o espirito de vencedor e não aceitou
assinar a rendição.
c- ( ) Abatido Napoleão fez uma acordo que o manteve no poder sem o mesmo brilho.
d- ( ) Mesmo derrotado ele lutou até o fim sem fazer acordo com seus adversários.
e- ( ) Napoleão nunca mais o mesmo governou a França até seus 87 anos.

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