Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cesário
A Vida de Jesus
O Evangelho Segundo o Cordel
Copyright©: 2022 - Todos os direitos reservados (João Evódio Silva
Cesário – J.E. Cesário). Proibido cópia, alteração, venda,
reprodução, cessão, distribuição ou manutenção em mídia digital,
sem a autorização do autor.
A Vida de Jesus
O Evangelho Segundo o Cordel
Índice
A Vida de Jesus
A Vida de Jesus
Começo este cordel
Fazendo uma oração.
Peço ao Papai do céu
Que me dê inspiração,
Pois a vida de Jesus,
O que é do mundo a luz,
Narro em forma de canção.
O profeta Jeremias
Falou em justo Renovo,
Descendente de Davi,
Traria justiça ao povo.
Com ciência reinaria,
Sabiamente agiria,
Criando um mundo novo.
(Jeremias 23.5)
Por último, Daniel
Profetizou, em mistério,
Sobre um período de tempo,
Para que o ministério
De Jesus, que é o Messias,
Cumpridos aqueles dias,
Firmasse o seu império.
(Daniel 9:25)
Profecias se cumpriram.
Nasceu em Belém, Judeia.
Os registros do evangelho
Nos transmitem a ideia
De como Ele viveu
E até depois que morreu:
Narro aqui a epopeia.
O evangelho de Mateus
Traça a genealogia.
De Abraão até Jesus,
As gerações que havia
Quarenta e duas somaram,
Das famílias que geraram,
Conforme a Bíblia historia.
Encontrava-se Maria
Desposada com José.
Antes de viverem juntos
Como marido e mulher,
Estava embarrigada:
A história era embolada
E o noivo quis dar no pé.
Considerado um rabino,
Anunciou o Messias.
Preparou o seu trajeto,
Conforme disse Isaías:
“Voz que clama no deserto,
Deixai o caminho certo;
Já são chegados os dias.”
João era humilde, simples
E dos prazeres liberto.
Usava vestes de couro
E vivia no deserto.
Aos princípios foi fiel
E, após cumprir seu papel,
Jesus foi vê-lo de perto.
A pregação de João
Era forte e direta.
Anunciava a Jesus
Na certeza mais concreta
De um batismo prescrito
Com o fogo do Espírito,
Pra Justiça e vida reta.
(Mateus 3)
Depois que saiu dali,
Jesus foi para o deserto,
Conduzido pelo Espírito
Pra ser tentado de perto
Por Satanás, o Diabo,
Sendo que ao fim e ao cabo,
Da provação foi liberto.
Leitores, eu contarei
Como tudo aconteceu.
Passados quarenta dias
A fome apareceu
E, chegando o tentador,
Provocou nosso Senhor
E a proposta ofereceu:
– Se tu és Filho de Deus,
A estas pedras dê ordem,
Que se transformem em pães
E, se os anjos te acodem,
Lança-te da cobertura
Do templo, de toda altura.
Eles farão ou não podem?
Jesus assim respondeu
À primeira tentação:
Usando as Escrituras,
Disse que nem só de pão
O homem vive na terra.
A boca de Deus encerra
Pra alma a nutrição.
O diabo o deixou
E eis que anjos de luz
Ampararam o Senhor
E alimentaram Jesus.
Logo após a tentação,
Deu-se início à missão
Até se entregar na cruz.
Em seguida, narrarei
Como Jesus recrutou
A equipe de discípulos
E o jeito com que chamou:
André e Pedro (Simão),
Tiago e João, seu irmão,
Cada um deles pescador.
A multidão o seguia
Vinda de todo lugar,
Até pra lá do Jordão,
Para o Senhor encontrar:
Decápolis, Galileia,
Jerusalém e Judeia,
Podemos relacionar.
(Mateus 4)
Em um daqueles encontros
Jesus, vendo a multidão,
Assentou-se em um monte
E proferiu um sermão
Sobre a bem-aventurança,
Que nos enche de esperança,
De amor e satisfação:
E se forem maltratados,
Com injúria e injustiça,
Pela causa do Senhor,
Lembrem-se desta premissa:
Bem-aventurados são
Os que a perseguição
Sofrem em razão da justiça.
Aos limpos de coração
Fez a seguinte promessa:
Que eles verão a Deus
E não há nada que impeça.
Toda palavra Ele cumpre,
Sua verdade nos supre
E sua ordem é expressa.
Na sequência do sermão,
O Senhor continuou.
Sobre a lei e os profetas,
Aos ouvintes relatou:
– Não vim para abolir
Mas sim a tudo cumprir,
Como a palavra citou.
Aos mandamentos da Lei,
Todos devem obedecer.
Praticar e ensinar
Seja a nós como um dever.
Assim, no Reino do céu,
A quem for sempre fiel
Será grande o seu prazer.
E a justiça de vocês
Seja bem superior
Àquela do fariseu,
Do mestre e do doutor,
Pois, sem essa condição,
De modo algum entrarão
No céu do nosso Senhor.
Acerca do adultério,
A lei Ele incrementou,
Porque também o pratica
Quem na mulher nem tocou
Mas, valendo a intenção,
Desejou no coração
E com isso já pecou.
E se seu olho direito
Acaso o fizer pecar
Ou até mesmo a mão
Da mesma forma incitar,
Corte o membro e lance fora:
Melhor perder parte agora
E o corpo se salvar.
Acerca de juramento,
Trouxe a recomendação,
Que não se jure por nada
E seja sim, sim; não, não,
A palavra em compromisso,
Pois tudo que passar disso
Certamente é maldição.
Sobre a lei de talião,
Fez a cada um ciente,
Não será olho por olho,
Nem também dente por dente.
Se o inimigo o ferir,
Não deverá resistir:
Entregue a Deus somente.
Já se alguém o forçar
A caminhar uma milha,
Não reclame e aceite,
Ande o dobro da trilha.
Empreste a quem pedir,
Sem se esconder ou fugir,
Que se opera maravilha.
Antigamente ensinaram
“Odeiem seu inimigo,”
Mas de forma diferente
Aqui e agora lhes digo,
Que deem somente amor,
Orem por ele em favor:
Façam dele um amigo.
Pois que agindo dessa forma,
Venham a ser filhos de Deus,
Cujo sol brilha pra todos,
Aos gentios e judeus.
Sobre justos e injustos,
As bençãos descem sem custos,
Conforme os desejos Seus.
Observe os passarinhos:
Não armazenam em celeiro,
Mas têm alimentação
Pra passar o ano inteiro.
Você tem bem mais valor
E Deus é seu cuidador,
Verdadeiro dispenseiro.
Recomendou ao rapaz:
– Não conte isso a ninguém,
Mas mostre ao sacerdote
Em testemunho do bem.
No templo faça uma oferta,
Da forma prescrita e certa:
É isso que lhe convém.
Entrando em Cafarnaum,
Chegou um centurião
Rogando a cura de um servo
Entrevado, em sofridão.
Jesus disse: – Irei curá-lo.
– Basta uma palavra em regalo –
Respondeu o cidadão.
Perguntaram a Jesus,
Os alunos de João:
– Por que a gente jejua
E seus discípulos não?
– Estou com eles na festa,
Após a era funesta
Em luto jejuarão.
“Ninguém põe remendo novo
Em roupa velha e rota.
Em odres que são antigos
Vinho novo não se bota.
Se o odre é novo, o vinho
Conserva-se bem fresquinho,
Protegido da derrota.”
A notícia se espalhou
Por todo aquele lugar.
Jesus, ao sair dali,
Viu dois cegos a clamar:
– Senhor, Filho de Davi,
Nossa prece agora ouvi
E nos faça enxergar!
Entrando ele em casa,
Os cegos vieram atrás.
Jesus então perguntou:
– Vocês creem que sou capaz?
– Sim, meu Senhor! – responderam.
Foram curados, pois creram.
Seguiram a vida em paz.
Os discípulos saíam
E o Senhor, pra multidão,
Começou a discursar
A respeito de João,
Confirmando a profecia,
Que um mensageiro viria
À frente em preparação.
‘Comilão e Beberrão!’
Assim acusam o Senhor,
Por sentar com pecadores
Como se fosse um horror.
Mas provam sabedoria,
As obras na companhia
De todo ato de amor.”
“O semeador saiu
Ao campo a semear.
Quando jogou a semente,
Parte caiu num lugar
Bem à beira do caminho,
Então veio um passarinho
Pra dela se alimentar.”
“Caiu no meio das pedras
Outra parte da semente.
Logo brotou mas morreu.
A planta ficou doente
Porque, sem terra bastante,
Sob o sol escaldante
Secou-se rapidamente.”
Então, os trabalhadores
Questionaram ao seu senhor:
– De onde veio esse joio?
– Um inimigo, sem pudor,
Enquanto a gente dormia
Plantou essa porcaria
E fez esse desfavor.
Os encarregados são
Anjos do nosso Senhor.
Sabem identificar
Quem é justo ou malfeitor.
Eles farão a limpeza,
Retirando a impureza
Que no Reino se infiltrou.
Jesus, com suas parábolas,
Nos traz muito ensinamento.
Pegou um grão de mostarda,
Aquele que é condimento,
E usou como um exemplo,
Tão belo que eu contemplo
E lembro neste momento.
Para os escandalizados,
Jesus assim afirmou:
– Só em sua própria terra,
Na casa em que habitou,
Um profeta não tem honra
(Por conta dessa desonra
Pouco ali realizou).
Naquele tempo, Herodes
Ouviu falar de Jesus
E disse aos que o serviam:
– Esse é João, eu supus,
Pois ressuscitou da morte,
Voltou encantado, forte
E tais milagres produz.
Na data do aniversário,
Herodes deu uma festa.
A filha de Herodias
Dançava com a mão na testa.
Herodes, sem se aguentar,
Lhe prometeu tudo dar
Conforme a Bíblia atesta.
Os alunos de João
Foram o corpo sepultar.
Depois contaram a Jesus,
Que se retirou pra o mar,
Indo a um lugar deserto
Para refletir, decerto,
De forma particular.
Acompanhando da terra,
Muita gente o seguia.
Quando Ele saiu do barco
Viu os doentes que havia.
Por tão grande multidão
Jesus teve compaixão
E os curou com alegria.
Atravessaram de novo;
Chegaram a Genesaré.
Lá lhe trouxeram uns doentes
De carro, cavalo e a pé.
Todos que nEle tocaram
Prontamente se curaram,
Cada um conforme a fé.
Daí, alguns fariseus
E também mestres da lei
Vindos de Jerusalém
Foram e perguntaram ao Rei:
“Por que os que contigo estão
Comem sem lavar a mão?”
(um pensou: “eu o peguei!”)
Conclamou a multidão
E disse, o Filho do Homem:
“Prestem atenção, entendam,
Não é impuro o que comem,
Mas o que sai de suas bocas
Maldições, palavras loucas,
Sujam vocês e os consomem.”
Os discípulos vieram
E perguntaram ao Senhor:
– Sabia que os fariseus
Se encheram de rancor?
Essas palavras que disse,
Pra que todo mundo ouvisse,
Atiçaram seu furor.
Perguntaram, os discípulos:
“Como vamos encontrar?
É gente que não se acaba
Pra poder alimentar.
Este lugar é deserto
Não tem comércio por perto,
Nem que fosse pra comprar.”
Interrogou-lhes, Jesus:
– E quantos pães vocês têm?
Eles responderam: “Sete,
E alguns peixinhos também.”
Ordenou à multidão
Que se assentasse no chão.
Deu graças; disse “Amém”.
Debatiam, os discípulos,
Naquele exato momento:
– Porque não trouxemos pão,
Ele fala de fermento!
Percebendo a discussão,
Jesus fez repreensão:
– Mas que grupo desatento!
A eles apareceram
Moisés e o profeta Elias,
Naquele mesmo momento,
Conversando com o Messias.
Pedro disse a Jesus:
– Que lugar bom, quanta luz!
Ficar aqui tu querias?
– Farei agora três tendas,
Sendo uma para ti,
A segunda pra Moisés.
A de Elias ponho ali.
Enquanto estava falando,
Uma nuvem foi passando
E uma voz saiu dali.
Os discípulos temeram
Aquela voz de trovão.
Todos eles se prostraram,
Botando o rosto no chão:
“Ouçam o meu filho amado
É nele em quem me agrado”
Assim dizia o refrão.
Jesus se aproximou.
Tocou neles, disse assim:
“Não tenham medo, levantem,
Ergam-se, olhem pra mim.”
E não viram mais ninguém.
Os outros foram pro além
E se acalmaram, enfim.
Ao descerem da montanha,
Jesus assim ordenou:
“Não contem nada a ninguém.
O que viram, aqui ficou.
Só depois podem falar,
Quando eu ressuscitar.”
Após isso, um perguntou:
Indagaram, os discípulos:
– Por que nós não conseguimos?
– A sua fé é pequena
E esse demônio que vimos
Só com jejum e oração,
Dessa forma expulsarão.
Desse poder nos munimos.
– Eu ainda asseguro:
Basta que a fé tamanha
Seja um grão de mostarda,
Que ordenará à montanha
Saia daqui para lá:
Prontamente ela irá
Ou qualquer outra façanha.
Chegando-se a Jesus,
A mãe de Tiago e João
Prostrou-se aos pés de Cristo
E o Senhor disse: “Pois não?”
Querendo ajudar os filhos,
Meio que saiu dos trilhos
E fez uma petição:
Estavam em Jericó
E, ao saírem dali,
O povo seguiu o Mestre
Jesus, Filho de Davi.
Viram à beira dos caminhos
Dois cegos tristes, sozinhos
Que padeciam ali.
Gritavam, desesperados,
E o povo os repreendeu.
Então gritaram mais alto,
Nenhum dos dois se rendeu.
Clamaram assim a Jesus:
– Queremos ver tua luz!
E o Senhor percebeu.
Perto de Jerusalém,
Chegaram a Betfagé.
Ao monte das Oliveiras
Enviou Pedro e Tomé.
Disse: “Ao povoado vão,
Logo ali encontrarão
Uma jumenta em pé.
“Com ela, um jumentinho:
Soltem os dois; tragam pra mim.
Se alguém perguntar algo,
Digam exatamente assim:
‘O Senhor precisa deles
Logo devolverá eles’:
O dono dirá que sim.”
Aquele agrupamento
Caminhava e gritava:
“Filho de Davi, Hosana!”
De lá, outro completava:
“Seja bendito o que vem
Em nome de Deus, amém!”
E a festa continuava.
Respondeu-lhe, o Senhor:
– Também tenho uma questão.
Se responderem à minha
Pra sua dou solução:
Era do homem ou do céu,
Com fundamento ou ao léu,
O batismo de João?
Os mestres e os sacerdotes
Conversaram entre si:
– Se dissermos que é do céu,
Ele nos dirá assim:
“E por que não creram nele?”
Não vamos cair na dele,
Pois isso vai dar ruim.
Os convidados fugiram,
Fazendo bem pouco caso.
Um disse: ‘tenho um negócio
E já estou com atraso’.
Outro disse: ‘vou pra roça,
Consertar uma carroça,
Não pense que é descaso’.
Não bastasse o acontecido,
Outros também convidados
Agarraram os mensageiros
E mataram os empregados.
O rei então disse assim:
‘Esse meu dedo ruim,
Só convidei desgraçados!’.
‘Ninguém te influencia,
Nem ligas para aparência.
Mas responda aqui pra nós,
Pra que tenhamos ciência:
Qual a tua opinião
Sobre a tributação
Que hoje está em vigência?’
‘Dize a nós o que parece:
Quanto a César e seu tributo
É certo pagar ou não?’
Jesus, muito mais astuto,
Percebeu a intenção:
– Hipócritas, vocês são,
Mas respondo num minuto.
Quando da ressurreição,
De quem será a esposa?
De qual dos sete irmãos?
Responder isso, quem ousa?
Mas Jesus disse: “Coitados,
Vocês estão enganados
Imaginando tal cousa.”
“Semelhante ao primeiro,
Outro grande mandamento
É dar amor ao teu próximo,
Como a ti mesmo é atento.
Toda a Lei e os profetas
Dependem das duas metas:
São o Novo Testamento.”
A um grupo de fariseus
O Senhor fez um quesito,
Procurando saber deles
Quem seria o pai do Cristo.
"É de Davi que é filho!":
Disseram, sem empecilho,
Conforme era previsto.
“Escribas e fariseus,
Deixem essa vida incerta.
Santuário é mais que o ouro,
O altar é mais que a oferta.
Quem jura pelo altar
Jura por tudo que há:
Sua jura está coberta.”
“Prepararam os candeeiros
E as insensatas disseram:
'Nos deem um pouco do óleo
Que as nossas chamas já eram'.
Mas as prudentes negaram:
Se para as outras faltaram
Por elas mesmas temeram.”
“O dia do advento
Também compara a um senhor
Que, ao sair de viagem,
Seus servos ele chamou.
A cada um deu um bem:
'Os talentos que aqui têm,
Cuidem deles que já vou'.”
Os discípulos, ao verem,
Começaram a reclamar.
"Por que este desperdício?"
Se puseram a perguntar.
"Este perfume, vendido,
Poderia ser vertido
Aos pobres, para ajudar."
Percebendo o que disseram,
Jesus assim arguiu:
"Por que estão perturbando
A mulher que me ungiu?
Ela fez uma boa ação.
Pobres sempre haverão.
Mas a mim, for ver: "sumiu!""
Um a um foram dizendo:
"Porventura serei eu?"
Jesus falou: "é aquele
Que no meu prato comeu.
Havia de me trair
Pra profecia cumprir,
Mas esse aí mal se deu.”
"Melhor seria se ele
Não tivesse nem nascido."
Quando Jesus falou isso,
Judas, aquele fingido,
Perguntou: – Senhor, sou eu?
– Sim, você reconheceu:
Disse o Senhor ao perdido.
No Jardim do Getsêmani,
Ele escolheu um lugar.
Acomodou os discípulos
E os mandou esperar.
Levou Pedro e mais dois
Quando retornou, depois,
Estavam a cochilar.
Jesus os repreendeu:
"Não puderam esperar
Nem mesmo por uma hora?
Devem orar e vigiar,
Pra não caírem em pecado:
O espírito está formado,
Mas da carne é o fraquejar."
Ali naquele lugar,
Jesus se angustiou.
Numa tristeza mortal
Sua alma se afundou,
Pois na sua humanidade
Teve medo, de verdade,
E assim a Deus orou:
"Afasta de mim o cálice,
Meu Papai, se for possível,
Mas não seja como eu quero
Teu desejo é o preferível."
Se o devo, então, beber
Seja teu o meu querer,
Pois teu plano é infalível."
O servo do sacerdote
Teve a orelha decepada.
Jesus disse: "Nada disso!
Guarde agora essa espada.
Os que vivem nessa ação,
Pela espada morrerão:
A violência é errada.”
Apesar da imputação,
Ele nada respondeu.
Pilatos disse outra vez:
“Qual o argumento seu?
Não escuta a acusação
Que fazendo agora estão?
Defenda-se, Galileu!”
Escolheram Barrabás,
Pra que fosse libertado.
– E o que farei com Jesus?
– Deve ser crucificado!
– Mas que crime cometeu?
Sem resposta, conheceu
Que tudo estava acabado.
Depois de o crucificarem,
Suas roupas dividiram.
Em sorteio entre eles,
Quem ia ganhar decidiram.
Sentados, o vigiavam,
Em seu corpo se mostravam
Feridas que lhe infligiram.
Igualmente, o insultava
O ladrão que era covarde.
Houve trevas sobre a terra
Até três horas da tarde.
Jesus bradou: “Eloí!
Lamá Sabactâni?”
Gritando com todo alarde.
Quando o centurião
E os que Jesus vigiavam
Viram aquele terremoto
E os fatos que se passavam,
Ficaram aterrorizados,
Surpresos, maravilhados
E o Senhor professavam.
Ao recebermos Jesus,
A nova vida se cria.
As coisas velhas se passam,
Temos paz e alegria!
Hoje é o melhor momento
De aceitar o salvamento
Pra encontrá-lo em breve dia.
Petrolina, 14 de janeiro de 2022.