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ISO VIM (JCGM/WG 2 Documento N318)

01 AGO 2006

Vocabulário internacional de Metrologia – Conceitos


fundamentais e genéricos e termos associados (VIM)
3ª edição
Projeto final 01 AGO 2006

(Tradução livre de Marco Antônio Ribeiro)

Salvado, BA, inverno 2009


© Tek, T&C
JCGM/WG 2 Documento N318

Vocabulário internacional de Metrologia – Conceitos


fundamentais e genéricos e termos associados (VIM)

3ª. edição
Conteúdo
VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE METROLOGIA – CONCEITOS FUNDAMENTAIS E
GENÉRICOS E TERMOS ASSOCIADOS (VIM) 1
3ª EDIÇÃO 1
PROJETO FINAL 01 AGO 2006 1
CONTEÚDO 1
PREFÁCIO 1
INTRODUÇÃO 2
CONVENÇÕES 4
ESCOPO 6
CAPÍTULO 1. QUANTIDADES E UNIDADES 7
CAPÍTULO 2. MEDIÇÃO 19
CAPÍTULO 3: EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO 35
CAPÍTULO 4: CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO 38
CAPÍTULO 5: PADRÕES DE MEDIÇÃO, ETALONS 45
ANEXO A: CONCEITOS DO ENFOQUE CLÁSSICO 52
(DA EDIÇÃO DE 2004) 53
DIAGRAMAS CONCEITUAIS 53
BIBLIOGRAPHY 61
LISTA DE ACRÓSTICOS 63
ENGLISH INDEX 64
INDEX FRANÇAIS 71

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JCGM/WG 2 Documento N318

Prefácio
Em 1997, a Junta Comitê para Guias em Metrologia (JCGM), presidida pelo Diretor do BIPM,
foi formada pelas sete Organizações Internacionais que preparam as versões originais do
Guia para a Expressão da Incerteza na Medição (GUM) e o Vocabulário Internacional de
Termos Básicos e Genéricos em Metrologia (VIM). A Junta Comitê tomou o trabalho da
Agrupo Auxiliar Técnico ISSO 4 (TAG 4), que tinha desenvolvido o GUM e o VIM. A Junta
Comitê foi originalmente constituída pelos representantes de:
Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM),
Comissão Internacional Eletrotécnica (IEC),
Federação Internacional de Química Clínica e Medicina Laboratorial (IFCC),
Organização Internacional para Padronização (ISO),
União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC),
União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP) e
Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML).
Em 2005, o Laboratório Internacional de Cooperação de Acreditação (ILAC) juntou às sete
organizações internacionais fundadoras.
JCGM tem dois grupos de Trabalho. O Grupo de Trabalho 1, Expressão da Incerteza na
Medição, tem a tarefa de promover o uso do GUM e para preparar suplementos para o GUM
para aplicações mais amplas. O Grupo de Trabalho 2, Grupo de Trabalho sobre o VIM, tem
a tarefa de revisar o VIM e promover seu uso. O Grupo de Trabalho 2 é composto de dois
representantes de cada organização membro, suplementado por um número limitado de
especialistas. Esta terceira edição do VIM foi preparada pelo Grupo de Trabalho 2 do JCGM
(JCGM/WG 2).
Em 2004, o primeiro rascunho desta 3ª edição do VIM foi submetida para comentários e
propostas para as oito organizações representadas no JCGM, que em muitos casos
consultou seus membros ou afiliados, incluindo numerosos Institutos Nacionais de
Metrologia. As respostas foram estudadas e discutidas, consideradas quando apropriadas e
replicadas pela JCGM/WG 2. O rascunho final desta 3ª edição foi submetida em 2006 às
oito organizações para aprovação

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Introdução
Em geral, um vocabulário é um dicionário terminológico que contém designações e
definições de um ou mais campos específicos (ISSO 1087-1:2000, sub-cláusula 3.7.2). O
presente Vocabulário se refere à metrologia, o campo do conhecimento relacionado com a
medição. Ele também cobre os princípios básicos governando quantidades e unidades. O
campo de quantidades e unidades poderia ser tratado de muitos modos diferentes. Capítulo
1 deste Vocabulário é um tal tratamento e é baseado nos princípios baseados em varias
partes da Norma Internacional ISSO 31, Quantidades e unidades, subsequentemente
substituída pela ISSO/IEC 80 000 e na Brochura SI (publicada pelo BIPM).
A 2ª edição do Vocabulário Internacional de Termos Básicos e Genéricos em Metrologia foi
publicada em 1993. A necessidade de cobrir medições em química e medicina laboratorial
pela primeira vez, bem como para incorporar outros conceitos adicionais, tais como vários
que se relacional com a rastreabilidade metrológica, incerteza na medição e propriedades
nominais (comumente obtidas por medições qualitativas), levou a esta 3ª edição.
Para melhor refletir o conteúdo desta edição do VIM, o titulo foi modificado para Vocabulário
Internacional de Metrologia – Conceitos Básicos e Gerais e Termos Associados, para
enfatizar a tarefa principal de conceitos em desenvolver um vocabulário.
.Neste Vocabulário, é tomado por garantia que não há diferença fundamental nos princípios
básicos de medição, se as medições são feitas em física, química, laboratório de medicina,
biologia ou engenharia. Mais ainda, foi feita uma tentativa para satisfazer as necessidades
conceituais de medição nos campos tais como bioquímica, ciência de alimentos, medicina
legal e biologia molecular.
Vários conceitos que apareciam na 2ª edição do VIM não aparecem nesta 3ª edição, porque
eles não são mais considerados como básicos ou gerais. Para conceitos pertinentes aos
equipamentos de medição que não são cobertos por esta 3ª edição do VIM, o leitor deve
consultar outros vocabulários, tais como IEC 60 050, Vocabulário Eletrotécnico Internacional,
IEV. Para conceitos relacionados ao gerenciamento da qualidade, arranjos de
reconhecimento mútuo pertinentes à metrologia ou metrologia legal, o leitor deve ser referir
aos documentos listados na bibliografia.
O desenvolvimento desta 3ª edição do VIM levantou algumas questões fundamentais sobre
diferentes filosofias correntes e descrições de medição, como será resumido abaixo. Estas
diferenças geralmente criam dificuldades no desenvolvimento de definições que poderiam
ser usadas através de descrições diferentes. Nenhuma preferência é dada nesta 3ª edição a
qualquer uma destas descrições particulares.
A evolução do tratamento da incerteza da medição de um Enfoque Clássico (geralmente
chamado de Enfoque Tradicional ou Enfoque do Valor-Verdadeiro) para um Enfoque da
Incerteza necessitava de reconsideração de alguns dos conceitos relacionados na 2ª edição
do VIM. Enquanto não houver descrição definitiva do Enfoque Clássico, é usualmente
entendido significar que um mensurando pode finalmente ser descrito por um único valor
verdadeiro que é consistente com a definição do mensurando. O objetivo da medição no
Enfoque Clássico é determinar um valor que seja tão próximo quanto possível para este
único valor verdadeiro. No Enfoque Clássico, é assumido que instrumentos e medições não
aceitam este valor verdadeiro por causa dos erros aditivos, sistemáticos e aleatórios. É
assumido que estes dois tipos de erros podem sempre ser diferenciados. Eles devem ser
tratados de modo diferente na propagação do erro, mas nenhuma regra justificável pode
ser dada de como eles se combinam para formar o erro total de qualquer resultado dado da
medição. Pode-se somente estabelecer um limite superior do erro total, vagamente
chamado de incerteza.

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Na Recomendação INC-1 (1980) do CIPM no Estabelecimento das Incertezas é sugerido


que os componentes da incerteza da medição sejam agrupados em duas categorias, A e B,
de acordo como se elas foram avaliadas por métodos estáticos ou de modo diferente e para
combiná-las também tratando os componentes B em termos de variâncias. Uma visão do
Enfoque da Incerteza foi detalhada no Guia para a Expressão da Incerteza na Medição,
GUM (1993, corrigido 1995) que focaliza o tratamento matemático da incerteza da medição
através de um modelo explícito de medição sob a hipótese que o mensurando pode ser
caracterizado essencialmente por um único valor. Mais ainda, no GUM bem como nos
documentos IEC, é fornecida recomendação sobre o Enfoque da Incerteza no caso de uma
única leitura de um instrumento calibrado, uma situação normalmente encontrada na
metrologia industrial.
O objetivo da medição no Enfoque da Incerteza não é determinar um valor verdadeiro tão
proximamente quanto possível. Adicionalmente, o Enfoque da Incerteza reconhece que a
informação da medição somente permite atribuir um intervalo de valores para o mensurando.
Informação relevante adicional pode reduzir este conjunto de valores que podem ser
razoavelmente atribuídos ao mensurando. Porém, mesmo a medição mais refinada não
pode reduzir o intervalo para um único valor, por causa do detalhe inerentemente finito na
definição de um mensurando: uma incerteza definicional, portanto estabelece um limite
mínimo para qualquer incerteza da medição. O intervalo pode ser representado por um de
seus valores, chamado de valor da quantidade medida.
No GUM, a incerteza definicional é considerada ser desprezível com relação à incerteza da
medição sob consideração, de modo que o mensurando pode ser representado por um valor
essencialmente único. O objetivo da medição é então estabelecer probabilidades que
valores medidos especificados sejam consistentes com a definição do mensurando,
baseado na informação disponível da medição.
O cenário IEC focaliza as medições com leituras simples, permitindo a investigação se
quantidades variam no tempo pela demonstração se os resultados da medição são
compatíveis. A visão da IEC também permite incertezas definicionais não desprezíveis. A
validade dos resultados da medição é altamente dependente das propriedades metrológicas
do instrumento, como determinado por sua calibração. O intervalo de valores oferecidos
para descrever o mensurando é o intervalo de valores dos padrões de medição que teriam a
mesma indicação.
No GUM, o conceito de valor verdadeiro é mantido para descrever o objetivo da medição,
mas o adjetivo verdadeiro é considerado redundante. A IEC não usa o conceito para
descrever este objetivo. Neste Vocabulário, o conceito e termo são mantidos por causa de
seu uso comum.
Nesta 3ª edição do VIM, termos e conceitos do Enfoque da Incerteza são introduzidos,
enquanto aqueles do Enfoque Clássico são mantidos, desde que o último enfoque é ainda
usado. Uns poucos termos em ambos os enfoque, de fato, designam dois conceitos
diferentes. Em tais casos, duas definições diferentes são necessárias (ver ‘exatidão da
medição’, ‘condição de referência’ e ‘resolução’).

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Convenções
Regras de terminologia
As definições e termos dados nesta 3ª edição, bem como seus formatos, estão de
conformidade tanto quanto possível com as regras de terminologia, como mostrados nas
Normas Internacionais ISSO 704, ISSO 1087-1 e ISSO 10 241. Em particular, se aplica o
principio da substituição, ou seja, é possível em qualquer definição substituir um termo
referindo a um conceito definido em algum lugar no VIM pela definição correspondente para
este termo, sem introduzir contradição ou circularidade.
Os conceitos são listados em cinco capítulos e em ordem lógica em cada capítulo.
Na formulação de um vocabulário, o uso de algum conceito não definido (também chamado
primitivo) é inevitável. Neste Vocabulário, foram introduzidos diagramas conceituais. Eles
são dados no Anexo A (informativo).

Números de referência
Conceitos aparecendo em ambas as edições, 2ª r 3ª, têm um duplo número de referência;
sendo o número de referência da 3ª edição em negrito e o número de referência anterior da
2ª edição em parêntesis e em itálico.

Sinônimos
Termos múltiplos para o mesmo conceito são permitidos. Se mais de um termo é dado, o
primeiro termo é o preferido.

Negrito
Termos usados para um conceito a ser definido são impressos em negrito . No texto de uma
dada entrada, termos de conceitos definidos em outro local são também impressos em
negrito na primeira vez que eles aparecem e o termo preferido é usado sempre que possível.

Aspas
Em Inglês, aspas simples (‘...’) envolvem um conceito, enquanto a aspas dupla (“...”) indicam
um termo ou uma quotação Em Francês, as aspas (<< ...>>) são usadas para quotação u
para separar palavras ou grupos de palavras de seus contexto.

Sinal decimal
O sinal decimal no texto Inglês é o ponto na linha e a vírgula na linha é o sinal decimal no
texto Francês.

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Intervalo
O termo “intervalo” é usado junto com o símbolo [a, b] para denotar o conjunto de números
reais x para que a ≤ x ≤ b, onde a e b > a são números reais. O termo “intervalo” é usado
aqui como ‘intervalo fechado’. Os símbolos a e b denotam os ‘pontos finais’ do intervalo
[a, b].
Exemplo:
[4, 2]

Os dois pontos terminais 2 ae -4 do intervalo [=4, 2] podem ser estabelecidos como -1 ± 3.


Esta expressão não denota o intervalo [-4, 2].

Faixa de intervalo

Faixa
A faixa do intervalo [a, b] é a diferenca b – a e é denotada por r[a, b].
Exemplo
R[-4, 2] = 2 – (-4) = 6

Nota – O termo “amplitude de faixa” (span) é geralmente usado para este conceito.

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Escopo
Neste Vocabulário, é dado um conjunto de definições e termos associados (na norma
original, em Inglês e Francês) para um sistema de conceitos básicos e gerais usados em
metrologia, junto com diagramas conceituais para demonstrar suas relações. Informação
adicional é dada na forma de exemplos e notas dentro de varias definições.
Este Vocabulário é esperado ser uma referência comum para cientistas e engenheiros,
incluindo físicos, químicos, cientistas medições, bem como para professores e praticantes,
envolvidos no planejamento ou execução de medições, independente do nível da incerteza
da medição e independente do campo de aplicação. É também esperado ser uma referência
para órgãos governamentais e inter-governamentais, comercio, associações e corpos de
acreditação, reguladores e sociedades profissionais.
Conceitos usados em diferentes enfoques para descrever a medição são apresentados
juntos. As organizações membro dão JCGM podem selecionar os conceitos e definições de
acordo com suas terminologias respectivas. De qualquer modo, este Vocabulário pretende
promover harmonização global da terminologia usada em metrologia.

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Capítulo 1. Quantidades e Unidades


1.1 (1.1)
quantidade
propriedade de um fenômeno, corpo ou substância, para a qual um número pode ser
atribuído com relação a uma referência.
EXEMPLOS

Exemplo de quantidade em um sentido Exemplo de uma quantidade particular


geral

Comprimento, l Raio, r Raio do circulo A, rA ou r(A)


Comprimento de onda, Comprimento de onda da radiação D do sódio,
λ λD ou λ(D;Na)
Energia, E Energia cinética, T Energia cinética da partícula i em um dado
sistema, Ti
Calor, Q Calor de vaporização da amostra i da água, Qi
Carga elétrica, Q Carga elétrica do próton, e
Resistência elétrica, R Resistência elétrica do resistor i em um dado
circuito, Ri
Concentração em quantidade de Concentração em quantidade de substância de
substância da entidade B, cB B etanol em amostra i de vinho, ci(C2H5OH)
Número de concentração da entidade B, Número de concentração de eritrócitos em
CB B amostra de sangue i, C(Eris; Bi)
Dureza Rockwell C, (150 kg carga), HRC Dureza Rockwell C de amostra de aço i,
(150 kg) HRC(150 kg)

NOTAS
1. Em Inglês, o termo “quantidade” é geralmente usado para tipo de quantidade. Em
Francês, o termos “natureza” é somente usado em expressões tais como “grandezas de
mesma natureza” (em Inglês, “quantidade do mesmo tipo”).
2. Uma referência pode ser uma unidade de medição, um procedimento de medição ou
um material de referência.
3. Símbolos para quantidades são dados na Norma Internacional ISSO/IEC 80000,
Quantidades e Unidades. Os símbolos para quantidades são escritos em itálico.
4. O formato preferido pela IUPAC/IFCC para designações de quantidades em laboratório
de medicina é “Sistema – Componente; tipo de quantidade”.
EXEMPLO
“Plasma (sangue) – Íon sódio; concentração da quantidade de substancia igual a 143
mmol/L em uma dada pessoa em um dado tempo”.
5. Uma quantidade como definida aqui é escalar. Porem, um vetor ou um tensor cujos
componentes são quantidades é também considerado ser uma quantidade.
6. Em caso de ambigüidade, o termo ‘quantidade’ pode ser qualificado, e.g., ‘quantidade
física’.

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1.2. (1.1, Nota 2)


Tipo de quantidades
Tipo
aspecto comum a quantidades mutuamente comparáveis
NOTAS
1. Em Inglês, o termo “quantidade” é geralmente usado para tipode quantidade. Em
Francês, o termo “natureza” é somente usado em expressões tais como “grandezas de
mesma natureza” (em Inglês, “quantidades de mesmo tipo”).
2. A divisão do conceito de ‘quantidade” de acordo com o ‘tipo de quantidade’ é de certo
modo arbitrário.
EXEMPLOS
a) As quantidades diâmetro, circunferência e comprimento de onda, são geralmente
consideradas como quantidades do mesmo tipo, ou seja, do tipo de quantidade
chamada comprimento.
b) As quantidades calor, energia cinética e energia potencial, são geralmente
consideradas como quantidades do mesmo tipo, ou seja, do tipo de quantidade
chamada energia.
3. Quantidades do mesmo tipo dentro de um dado sistema de quantidades têm a mesma
dimensão da quantidade. Porém, quantidades da mesma dimensão não
necessariamente são do mesmo tipo.
EXEMPLO
As quantidades momento de força e energia são, por convenção, não consideradas
como sendo do mesmo tipo, embora ambas tenham a mesma dimensão. Do mesmo
modo, para capacidade de calor e entropia, bem como para permeabilidade relativa e
fração de massa.

1.3. (1.2)
sistema de quantidades
conjunto de quantidades juntas com um conjunto de equações não contraditórias
relacionando estas quantidades.
NOTA - quantidades ordinais, tais como dureza rockwell c, são usualmente não
consideradas como parte de um sistema de quantidades porque elas são relacionadas a
outras quantidades apenas através de relações empíricas.

1.4. (1.3)
quantidade de base
quantidade em um subconjunto de um dado sistema de quantidades escolhido
convencionalmente, onde nenhuma quantidade do subconjunto pode ser expressa em
termos das outras
NOTAS
1. O subconjunto mencionado na definição é chamado de conjunto de quantidades de base.
EXEMPLO
O conjunto de quantidades de base no Sistema Internacional de Quantidades (ISQ) é
dado em 1.6.
2. Quantidades de base são referidas como sendo mutuamente independentes, desde que
uma quantidade de base não pode ser expressa como um produto de potencias de
outras quantidades de base.

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3. “Número de entidades” pode ser considerado como uma quantidade de base em


qualquer sistema de quantidades.

1.5. (1.4)
quantidades derivada
quantidade, em um sistema de quantidades, definida em termos de suas quantidades
base.
EXEMPLO
Em um sistema de quantidades tendo as quantidades de base comprimento e massa,
densidade de massa é uma quantidade derivada definida como o quociente da
massa e volume (comprimento à terceira potência).

1.6.
Sistema Internacional de Quantidades
ISQ

sistema de quantidades baseado nas sete quantidades de base comprimento, massa,


tempo, corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de substancia e
intensidade luminosa.
NOTAS
1. Este sistema de quantidades é publicado na Norma Internacional ISSO/IEC 80000,
Quantidades e Unidades.
2. O Sistema Internacional de Unidades (SI), ver item 1.16, é baseado no ISQ.

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1.7.(1.5)
dimensão quantidade
dimensão de uma quantidade
dimensão
expressão da dependência de uma dada quantidade sobre as quantidades base de um
sistema de quantidades como um produto de potências de fatores correspondendo às
quantidades base, omitindo qualquer fator numérico.
EXEMPLOS
a) No ISQ, a dimensão quantidade de força é dim F = LMT-2
b) No mesmo sistema de quantidades, ML-3 é a quantidade dimensão da
concentração de massa e também de densidade de massa (massa volúmica).
NOTAS
1. Uma potencia de um fator é o fator elevado a um expoente. Cada fator é a dimensão de
uma quantidade base.
2. A representação simbólica convencional da dimensão de uma quantidade base é uma
letra maiúscula romana sem serif. A representação simbólica convencional da dimensão
de uma quantidade derivada é o produto de potencias das dimensões das quantidades
base de acordo com a definição da quantidade derivada. A dimensão de uma quantidade
Q é denotada por dim Q.
3. Na derivação da dimensão de uma quantidade, não importa se ela é escalar, vetorial ou
tensorial.
4. Em um dado sistema de quantidades,
• Quantidades da mesmo tipo tem a mesma dimensão,
• Quantidades de diferentes dimensões são sempre de tipos diferentes e
• Quantidades tendo a mesma dimensão não são necessariamente do mesmo tipo.
5. No Sistema Internacional de Quantidades (IS!), a dimensão das quantidades de base
são:

Quantidade de base Dimensão


Comprimento L
Massa M
Tempo T
Corrente Elétrica I
Temperatura termodinâmica Θ
Quantidade de substancia N
Intensidade luminosa J

Assim, a dimensão de uma quantidade Q é dim Q = LαMβTχIδΘεNγJη onde os expoentes


chamados de expoentes dimensionais são positivos, negativos ou zero.

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1.8 (1.6)
quantidade de dimensão um
quantidade adimensional
quantidade em que todos os expoentes dos fatores correspondendo às quantidades de
base na representação de sua dimensão são zero.
NOTAS
1. O termo quantidade adimensional é, por razoes históricas, geralmente usado. Ele
aparece do fato que todos os expoentes são zero, na representação simbólica da
dimensão para tais quantidades. Porém, o termo “quantidade de dimensão um” reflete a
convenção em que a representação simbólica da dimensão para tais quantidades é o
símbolo 1 (ver ISO 31-0:1992, item 2.2.6).
2. As unidades de medição e os valores de quantidades de dimensão um são números,
mas tais quantidades carregam mais informação que um número.
3. Algumas quantidades de dimensão um são definidas como as relações de duas
quantidades do mesmo tipo.
EXEMPLOS
Ângulo plano, ângulo sólido, índice de refração, fração de massa, fator de atrito, número
de Mach.
4. Quantidades de dimensão um podem também ser números de entidades.
EXEMPLOS
Número de voltas em uma bobina, número de moléculas em uma dada amostra,
degenerescência (número de níveis de energia) em mecânica quântica.

1.9. (1.7)
unidade medição
unidade de medição
unidade
quantidade escalar, definida e adotada por convenção, com a qual quaisquer outras
quantidades do mesmo tipo são comparadas para expressar a relação das duas
quantidades como um numero.
NOTAS
1. unidades são designadas por nomes e símbolos atribuídos por convenção.
2. unidades de quantidades de mesma dimensão podem ser designados pelo mesmo
nome e símbolo, mesmo quando as quantidades não são da mesmo tipo. Por
exemplo, o joule por kelvin, J/K, é o nome e símbolo tanto da unidade de capacidade
de calor como da unidade de entropia, que são geralmente não consideradas
quantidades de mesmo tipo. Porem, em alguns casos, unidades especiais de
medição são restritas para uso apenas com quantidades de tipo especifico. Por
exemplo, a unidade 1/s é chamada de hertz quando usada para freqüências e
becquerel quando usada para atividades de radionuclídeos.
3. unidades de quantidades de dimensão um são números. Em alguns casos estas
unidades possuem nomes especiais, e.g., radiano, esterradiano e decibel ou são
expressos por quocientes, tais como, tais como milimole por mole igual a 10-3 e
micrograma por kilograma igual a l0-9.
4. para uma dada quantidade, o termo curto “unidade” é geralmente combinado com o
nome da quantidade, tal como “unidade massa” ou “unidade de massa”

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1.10 (1.13)
Unidade de base
unidade medição que é adotada por convenção para uma quantidade de base
NOTAS
1. Em cada sistema de unidades, há somente uma unidade de base para cada
quantidade de base.
EXEMPLO
No SI, o metro é a unidade de base de comprimento. O centímetro e o kilômetro são
também unidades de comprimento, mas eles não são unidades de base no SI. Porem,
nos sistemas CGS, o centímetro é a unidade de base de comprimento.
2. Uma unidade de base também serve como uma quantidade derivada da mesma
dimensão.
EXEMPLO
Queda de chuva, quando definido como volume árico (volume por área), tem o metro
como uma unidade coerente derivada no SI.
3. Para número de entidades, o número um, símbolo 1, pode ser considerado como uma
unidade de base em qualquer sistema de unidades.
1.11 (1.14)
unidade derivada
unidade de medição para uma quantidade derivada
EXEMPLOS
O metro por segundo, símbolo m/s e o centímetro por segundo, símbolo cm/s, são unidades
derivadas de velocidade no SI. O kilômetro por hora, símbolo km/h é uma unidade de
velocidade fora do SI mas aceita para uso com o SI. O knot, igual a uma milha náutica por
hora é uma unidade velocidade fora do SI.

1.12 (1.10)
unidade derivada coerente
unidade derivada que, para um dado sistema de quantidades e para um conjunto
escolhido de unidades base, é um produto de potências de unidades base com nenhum
outro fator de proporcionalidade que o um.
NOTAS
1. a potência da unidade de base é a unidade base elevada a um expoente.
2. Coerência pode ser determinada somente com relação a um particular sistema de
quantidades e um dado conjunto de unidades base.
EXEMPLOS
Se o metro, o segundo e o mol são unidades de base, o metro por segundo é a unidade
derivada de velocidade, quando velocidade é definida pela equação quantidade v =
dr/dt e o mol por metro cúbico é a unidade derivada coerente de concentração de
quantidade de substancia quando concentração de quantidade de substancia é definida
pela equação quantidade c = n/V. O kilômetro por hora e o knot, dados como exemplos
de unidades derivadas em 1.11, não são unidades coerentes em tal sistema..
3. uma unidade derivada pode ser coerente com relação a um sistema de quantidades
mas não para outro.

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EXEMPLO
O centímetro por segundo é uma unidade derivada coerente para velocidade no sistema
de unidades CGS mas não é uma unidade derivada coerente no SI.
4. a unidade derivada coerente para cada quantidade de dimensão um em qualquer
sistema de quantidades, é o número um, símbolo 1. Nome e símbolo da unidade de
medição não são geralmente indicados.

1.13 (1.9)
sistema de unidades
conjunto de unidades base e unidades derivadas, seus múltiplos e submúltiplos, e
regras para seu uso.

1.14 (1.11)
sistema coerente de unidades
sistema de unidades, baseado em um dado sistema de quantidades, em que a unidade
de medição para cada quantidade derivada é uma unidade derivada coerente
EXEMPLOS
a) O sistema CGS (baseado em centímetro, grama e segundo) em mecânica clássica.
b) Sistema Internacional de Unidades (SI)
NOTAS
1. Um sistema de unidades pode ser coerente somente com relação a um sistema de
quantidades e as unidades de base adotadas.
2. Para um sistema coerente de unidades, equações de valor numérico têm a mesma
forma que as correspondentes equações de quantidade.

1.15 (1.15)
unidade de medição fora do sistema
unidade fora do sistema
unidade medição que não pertence a um dado sistema de unidades
EXEMPLOS
a) O eletrovolt (cerca de 1,602 16 x 10-19 J) é um unidade de medição fora do sistema
de energia com relação ao SI.
b) Dia, hora, minuto são unidades de medição de tempo com relação ao SI.

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1.16 (1.12)
Sistema Internacional de Unidades
SI

sistema coerente de unidades, baseado no Sistema Internacional de Quantidades, ISQ,


seus nomes e símbolos e uma série de prefixos e seus nomes e símbolos, juntos com
regras para seu uso, adotado pela Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM)

NOTAS
1. O SI é baseado nas seguinte sete quantidades de base do ISQ e nas unidades de base
contidas na seguinte tabela:

Quantidade base Unidade de base


Nome nome símbolo
comprimento metro m
massa kilograma kg
tempo segundo s
corrente elétrica ampere A
temperatura termodinâmica kelvin K
quantidade de matéria mole mol
intensidade luminosa candela cd

2. Para uma descrição completa e explicação do Sistema Internacional de Unidades, ver a


edição corrente da brochura SI publicada pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas
(BIPM) e disponível no site da internet do BIPM.
3. No cálculo da quantidade, a quantidade ; ‘número de entidades’ é geralmente
considerado como uma quantidade de base com a unidade de base um, símbolo 1.

1.17 (1.16)
múltiplo de uma unidade
unidade de medição obtida pela multiplicação de uma dada unidade de medição por um
inteiro maior que um
EXEMPLOS
a) O kilômetro é um múltiplo decimal do metro.
b) A hora é um múltiplo não-decimal do segundo.

1.18 (1.17)
submúltiplo de uma unidade
unidade de medição obtida pela multiplicação de uma dada unidade de medição por um
inteiro menor que um
EXEMPLOS
a) O milímetro é um submúltiplo decimal do metro.
b) Para o ângulo plano, o segundo é um submúltiplo não-decimal do minuto.

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1.19.(1.18)
valor quantidade
valor de uma quantidade
valor
número e referência juntos expressando a magnitude de uma quantidade
EXEMPLOS

Comprimento de uma dada barra 5.34 m ou 534 cm

Massa de um dado corpo 0.152 kg ou 152 g

Curvatura de um dado arco 112 m-1

Temperatura Celsius de uma dada amostra -5 oC

Impedância elétrica de um dado elemento de circuito em uma (7 + 3j) Ω


dada freqüência

Índice de refração de uma dada amostra de vidro 1.32

Dureza Rockwell C de uma dada amostra (carga de 150 kg) HRC (150 kg) 43.5

Fração de massa de cádmio em uma dada amostra de cobre 3 μg/kg ou 3 x 10-9

Quantidade de substância de Pb++ em uma dada amostra de 1.76 mmol/kg


água

Força agindo em uma dada partícula (-31,5: 43,2: 17,0) N

NOTAS
1. Um valor de quantidade pode ser expresso como:
• Um produto de um número e uma unidade de medição (a unidade um é geralmente
não indicada para quantidades de dimensão um) ou
• um número e uma referência a um procedimento medição ou
• um número e um material de referência
2. O número pode ser real ou complexo.
3. Um valor quantidade pode ser expresso em mais de um modo.
4. No caso de quantidades de um vetor ou tensor, cada componente tem um valor como
definido acima.

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1.20 (1.21)
valor numérico da quantidade
valor numérico de uma quantidade
valor numérico
número na expressão de um valor da quantidade, outro que qualquer número servindo como
referência
NOTAS
1. Para quantidades de dimensão um, a referência é uma unidade de medição que é um
número e este não é considerado como parte do valor numérico da quantidade.
EXEMPLO
Em uma fração de quantidade de substancia igual a 3 mmol/mol, o valor numérico é 3 e
a unidade é mmol/mol. A unidade mmol/mol é numericamente igual a 0,001, mas este
número 0,001 não é parte do valor numérico da quantidade que permanece 3.
2. Para quantidades que tenham uma unidade de medição (i.e., aquelas que não sejam
quantidades ordinais), o valor numérico {Q} de uma quantidade Q é frequentemente
denotado como {Q} = Q/[Q], onde [Q] denota a unidade de medição.
EXEMPLO
Para um valor de massa de 5 kg, o valor numérico em kilogramas é {m} = (5 kg)/kg = 5.

1.21
cálculo da quantidade
conjunto de regras matemáticas e operações aplicadas a quantidades outras que
quantidades ordinais.
NOTA
Em cálculo de quantidade, equações de quantidade são preferidas às equações do valor
numérico por que as equações da quantidade são independentes da escolha das unidades
de medição, enquanto que as equações do valor numérico não são (ver ISSO 31-0:1992,
sub-cláusula 2.2.2).

1.22
equação da quantidade
relação matemática entre quantidades em um dado sistema de quantidades, independente
das unidades de medição
EXEMPLOS
a) Q1 = α Q2 Q3 onde Q1, Q2 e Q3 denotam quantidades diferentes e onde α é um
fator numérico.
b) T = (1/2) mv2, onde T é a energia cinética e v a velocidade de uma específica
partícula de massa m.
c) N = It/F, onde n é a quantidade de substancia de um componente univalente, I é
a corrente elétrica e t a duração da eletrolise e onde F é a constante de Faraday.

16
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1.23
equação da unidade
equação matemática relacionando as unidades de base, unidades derivadas coerentes ou
unidades de medição
EXEMPLOS
a) Para as quantidades no exemplo a do item 1.22, [Q1] = [Q2][Q3] onde [Q1], [Q2] e [Q3]
denotam as unidades de medição de Q1, Q2 e Q3 , respectivamente, desde que estas
unidades de medição sejam de um sistema coerente de unidades
b) J = kg m2/s2, onde J, kg, m e s são símbolos de joule, kilograma, metro e segundo,
respectivamente.
c) 1 km/h = (1/3,6) m/s.

1.24
fator de conversão entre unidades
relação de duas unidades de medição para quantidades de mesmo tipo
EXEMPLO
Km/m = 1000 e assim 1 km = 1000 m
NOTA
As unidades de medição podem pertencer a diferentes sistemas de unidades
EXEMPLOS
a) h/s = 3600 e assim 1 h = 3600 s;
b) (km/h)/(m/s) = (1/3,6) e assim 1 km/h = (1/3,6) m/s.

1.25
equação do valor numérico
equação do valor numérico da quantidade
equação matemática relacionando valores numéricos da quantidade, baseada em uma dada
equação de quantidade e específicas unidades de medição
EXEMPLOS
a) Para as quantidades no exemplo a) no item 1.22, {Q1} = α {Q2}{Q3} onde {Q1}, {Q2} e
{Q3} denotam os valores numéricos de Q1 , Q2 e Q3, respectivamente, desde que elas
sejam expressas em unidades de base ou em unidades derivadas coerentes.
b) Na equação da quantidade para a energia cinética de uma partícula, T = (1/2) mv2 ,
se m = 2 kg e v = 3 m/s, então {T} = (1/2) x 2 x 32 é uma equação do valor numérico
dando o valor numérico de 9 de T em joules.

1.26
quantidade ordinal
quantidade definida por um procedimento convencional de medição, para o qual uma
relação de ordenação total, de acordo com a magnitude, com outras quantidades do mesmo
tipo é definido, mas para o que nenhuma outra operação algébrica entre estas quantidades
é definida.
EXEMPLOS
a) Dureza Rockwell C
b) Número de octanas para combustível de petróleo
c) Intensidade de terremoto na escala Richter

17
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1.27
escala de quantidade
escala de medição
conjunto ordenado de valores de quantidades de um mesmo tipo usado em ranking, de
acordo com magnitude. De quantidades do mesmo tipo
EXEMPLOS
a) Escala de temperatura Celsius
b) Escala de tempo
c) Escala de dureza Rockwell C

1.28
escala de quantidade ordinal
escala ordinal
escala de referência convencional
escala de quantidade, definida por acordo formal, em que somente comparação de
magnitude se aplica.
EXEMPLOS
a) Escala de dureza Rockwell C
b) Escala de números de octanas para combustível de petróleo

1.29
propriedade nominal
propriedade de um fenômeno, corpo ou substancia que pode ser idêntico ou não a uma
propriedade comparável, mas não pode ser ordenada de acordo com sua magnitude
EXEMPLOS
a) Sexo de um ser humano
b) Cor de uma amostra de tinta
c) Cor de um teste de spot em química
d) Código ISSO de duas letras de um país
e) Seqüência de amino ácidos em um polipeptídio

18
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Capítulo 2. Medição
2.2 (2.1)
medição
processo de experimentalmente obter um ou mais valores de quantidade que podem ser
razoavelmente atribuídos a uma quantidade
NOTAS
1. Medição implica comparação de quantidades ou contagem de entidades.
2. Medição pressupõe descrição da quantidade comensurada com o uso pretendido do
resultado da medição, um procedimento da medição e um sistema de medição
calibrado operando de acordo com um específico procedimento de medição.

2.2 (2.2)
metrologia
campo do conhecimento relacionado com medição.
NOTA
Metrologia inclui todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja
a incerteza medição e o campo de aplicação.

2.3 (2.6)
mensurando
quantidade pretendida a ser medida
NOTAS
1. a especificação de um mensurando requer descrição do estado do fenômeno, corpo ou
substância portando a quantidade, incluindo qualquer componente relevante e as
entidades químicas envolvidas.
2. Na 2ª edição do VIM e na IEC 60050-300:2001, o mensurando é definido como a
“quantidade sujeita à medição”
3. A medição pode mudar o fenômeno, corpo ou substância de modo que a quantidade
sendo medida pode diferir do mensurando. Neste caso é necessária a correção
adequada.
EXEMPLO
A diferença de potencial entre os terminais de uma bateria pode diminuir quando
usando um voltímetro com uma condutância interna significativa para executar a
medição. A diferença de potencial de circuito aberto pode ser calculada das
resistências internas da bateria e do voltímetro.
4. Em química, “análise” ou o nome de uma substância ou composto são termos
geralmente usados para “mensurando”. Este uso é errôneo porque estes termos não se
referem a quantidades.
5. Em química, o mensurando pode ser uma atividade biológica.

19
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2.4. (2.3)
princípio de medição
fenômeno servindo como a base de uma medição.
EXEMPLOS
a) Efeito termelétrico aplicado à medição de temperatura;
b) Absorção de energia aplicada à medição da concentração de quantidade de
substância.
c) Abaixamento da concentração de glucose no sangue em coelho faminto aplicado à
medição de concentração de insulina em uma preparação.
NOTA
O fenômeno pode ser de natureza física, química ou biológica.

2.5.(2.4)
método medição
método de medição
descrição genérica de uma seqüência lógica de operações usada em uma medição.
NOTAS
1. Métodos de medição podem ser qualificados em vários modos, tais como:
• método de medição por substituição
• método medição diferencial
• método medição por nulo
ou
• método medição direta
• método medição indireta
2. Ver IEC 60 050-300:2001

2.6 (2.5)
procedimento de medição
descrição detalhada de uma medição de acordo com um ou mais princípios de medição e
para um dado método de medição, baseado em um modelo de medição e incluindo
qualquer cálculo para obter um resultado de medição..
NOTAS
1. Um procedimento de medição é usualmente documentado em detalhe suficiente
para permitir um operador fazer uma medição.
2. Um procedimento de medição pode incluir uma incerteza alvo de medição.
3. Um procedimento de medição é geralmente chamado de procedimento de operação
padrão, abreviado SOP (standard operating procedure).

2.7
procedimento de medição de referência
procedimento de medição aceito como fornecendo os resultados de medição adequados
para seu uso pretendido em atribuindo verdade da medição dos valores da quantidade
medida obtidos de outros procedimentos de medição para quantidades do mesmo tipo ou
em caracterizando materiais de referência.

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2.8.
procedimento medição primário
procedimento primário
procedimento de medição usado para obter um resultado de medição sem relação com um
padrão de medição para uma quantidade de mesmo tipo.
NOTAS
1 O Comitê Consultivo para Quantidade de Substância – Metrologia em Química (CCQM)
usa o termo “método primário direto de medição” para este conceito.
2 Definições de dois conceitos subordinados, que poderiam ser chamados de
“procedimento de medição de referência primário direto” e “procedimento de medição
referência primário” são dados por CCQM (5º Meeting, 1999).

2.9 (3.1)
resultado medição
resultada da medição
conjunto de valores de quantidade sendo atribuídos a um mensurando junto com
qualquer outra informação relevante disponível
NOTAS
1. Uma medição geralmente fornece informação acerca do conjunto de valores de
quantidade, de modo que alguns podem ser mais representativos do mensurando que
outros. Isto pode ser demonstrado na forma de uma função densidade de probabilidade
(PDF).
2. Um resultado de medição é geralmente expresso como um único valor de quantidade
medida e uma incerteza de medição. Se a incerteza de medição é considerada
desprezível para algum objetivo, o resultado da medição pode ser expresso como um
único valor da quantidade medida. Em muitos campos este é o modo comum de
expressar a resultada de medição.
3. na literatura tradicional e na edição anterior do VIM, o resultado da medição era definido
como um valor atribuído a um mensurando e explicado para significar uma indicação ou
um resultado incorreto ou um resultado corrigido, de acordo com o contexto.

21
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2.10
Valor da quantidade medida
valor medido de uma quantidade
valor medido
valor da quantidade representando um resultado de medição
NOTAS
1. Para uma medição envolvendo indicações replicadas, cada indicação pode ser
usada para fornecer um valor da quantidade medida correspondente. Este conjunto
de valores de quantidade medidos individuais pode ser usado para calcular um valor
da quantidade medida resultante, usualmente com uma incerteza de medição
associada diminuída.
2. Quando se acredita que a faixa de valores de quantidade verdadeiros que representa
o mensurando é pequena comparada com a incerteza de medição, um valor de
quantidade medido pode ser considerado ser a melhor estimativa de um
essencialmente único valor de quantidade verdadeiro e é geralmente uma média ou
mediana de valores de quantidade medidos individuais obtidos através de medições
replicadas.
3. No caso onde se acredita que a faixa de valores de quantidade verdadeiros
representa o mensurando não é pequena comparada com a incerteza de medição,
um valor medido é geralmente uma estimativa de uma media ou mediana de um
conjunto de valores de quantidade verdadeiros.
4. No GUM, os termos “resultado da medição” e “estimativa do valor do mensurando”
ou apenas “estimativa do mensurando” são usados para “valor da quantidade
medida”.

2.11 (1.19)
valor verdadeiro da quantidade
valor verdadeiro de uma quantidade
valor verdadeiro
valor quantidade consistente com a definição de uma quantidade
NOTAS
1. No enfoque clássico para descrever a medição, um valor verdadeiro da quantidade é
considerado único e, na prática, desconhecível. Outro enfoque é reconhecer que,
possuindo a quantidade inerentemente incompleta de detalhes na definição de uma
quantidade, não há um único valor verdadeiro de quantidade mas um conjunto de
valores verdadeiros de quantidade consistentes com a definição. Outros enfoques
dispensam totalmente o conceito de valor verdadeiro da quantidade e se baseiam no
conceito de compatibilidade metrologia dos resultados da medição para estabelecer
sua validade.
2. No caso especial de uma constante fundamental, a quantidade é considerada ter um
único valor verdadeiro da quantidade.
3. Quando a incerteza definicional do mensurando é desprezível com relação a outros
componentes da incerteza de medição, a quantidade medida pode ser considerada
ser representada por um “essencialmente único” valor de quantidade. Este é o
enfoque tomado pelo GUM, onde a palavra “verdade” é considerada ser redundante.

22
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2.12 (1.20, nota 1)


Valor convencional quantidade
Valor convencional de uma quantidade
valor convencional
Valor quantidade atribuído por acordo para uma quantidade para uma dada aplicação
EXEMPLOS
Aceleração padrão de queda livre (anteriormente chamada de ‘aceleração padrão devida a
gravidade’), gn = 9,806 65 m s-2
Valor convencional de quantidade da constante Josephson, KJ-90 = 483 597,9 GHz V-1
Valor convencional de quantidade de um dado padrão de massa, m = 100,003 47 g
NOTAS
1. O termo valor convencional verdadeiro da quantidade é geralmente usado para este
conceito, mas seu uso não é recomendado.
2. Um valor convencional de quantidade é somente uma estimativa de um valor verdadeiro
da quantidade.

2.13 (3.5)
exatidão (accuracy) da medição (1)
exatidão (accuracy) da medição (1)
exatidão (1)
<enfoque clássico> proximidade de acordo entre um valor medido da quantidade e um valor
verdadeiro da quantidade do mensurando
NOTAS
1. O conceito ‘exatidão da medição’ não dá um valor numérico, mas uma medição é dita
ser mais exata quando ela oferece uma menor incerteza de medição. Medidas de
exatidão da medição são encontradas na ISO 5725.
2. O termo ‘exatidão da medição’ não não deve ser usado para ‘verdade de medição’ e o
termo “precisão de medição” não deve ser usado para ‘ exatidão de medição’.

2.14
exatidão (accuracy) da medição (2)
exatidão (accuracy) da medição (2)
exatidão (2)
<enfoque incerteza> proximidade de acordo entre valores medido da quantidade que estão
sendo atribuídos ao mensurando
NOTA
O conceito exatidão da medição não dá um valor numérico, mas uma medição é dita
ser mais exata quando ela oferece uma menor incerteza de medição.

23
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2.15
Verdade medição
verdade da medição
verdade (trueness)
Proximidade de acordo entre a media de um número infinito de valores medidos da
quantidade replicados e um valor de quantidade de referência
NOTAS
1. Um valor de referência de quantidade pode ser um valor verdadeiro da quantidade do
mensurando ou um valor de quantidade atribuído de um padrão de medição com
incerteza de medição desprezível.
2. A verdade de medição não pode ser expressa numericamente mas medidas são dadas
na ISO 5725.
3. A verdade de medição é inversamente relacionada a somente erros sistemático da
medição.
4. O termo “verdade de medição” não deve ser usada para ‘exatidão de medição’ e vice-
versa.

2.16
precisão medição
precisão
proximidade de concordância entre indicações obtidas por medições replicadas em mesmos
objetos ou similares, sob condições específicas
NOTAS
1. Precisão medição é usualmente expressa numericamente por meio de imprecisão, tal
como desvio padrão, variância ou coeficiente de variação sob condições específicas de
medição.
2. As ‘ condições específicas ‘ podem ser condições de repetitividade de medição,
condições intermediárias de precisão de medição ou condições de reprodutibilidade de
medição (ver ISSO 5725-5:1998).
3. Precisão de medição é usada para definir repetitividade de medição, precisão
intermediária de medição ou reprodutibilidade de medição.
4. Geralmente “precisão” é erroneamente usada para ‘exatidão da medição (2)’

2.17 (3.10)
erro medição
erro de medição
erro
diferença do valor da quantidade medida e valor da quantidade referência
NOTAS
1. O conceito de erro pode ser usado quando houver um único valor de quantidade de
referência para se comparar, que ocorre se uma calibração é feita por meio de um
padrão de medição com incerteza desprezível ou se um valor convencional de
quantidade é dado ou se o mensurando é suposto ser representado por um único valor
de quantidade verdadeiro ou um conjunto de valores de quantidade verdadeiro de faixa
desprezível.
2. O sinal da diferença deve ser considerado
3. Erro de medição não deve ser confundido com erro da produção ou engano.

24
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2.18. (3.14)
Erro de medição sistemático
erro medição sistemático
erros sistemático
componente do erro de medição que em medições replicadas se mantem constante ou varia
de um modo previsível
NOTAS
1. O valor quantidade de referência para um erro de medição sistemático é um valor
quantidade verdadeiro ou um valor quantidade medido de um padrão de medição com
incerteza medição desprezível ou um valor quantidade convencional.
2. Erro medição sistemático e suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Uma
correção pode ser aplicada para compensar um erro medição sistemático conhecido.
3. Erro medição sistemático é igual à diferença do erro de medição e erro medição
aleatória.

2.19 (5.25)
polarização (bias) de medição
polarização (bias)

erro de indicação sistemático ou sua estimativa, com relação a um valor quantidade de


referência

2.20 (3.13)
Erro medição aleatório
erro de medição aleatório
erro aleatório
Componente do erro de medição que em medições replicadas varia de um modo
imprevisível
NOTAS
1. O valor quantidade de referência para um erro de medição aleatório é a media que seria
conseguida de um número infinito de medições replicadas do mesmo mensurando.
2. Erros medição aleatórios de um conjunto de medições replicadas formam uma
distribuição que pode ser descrita por sua variância e tem uma expectativa de zero.
3. Erro medição aleatório é igual à diferença do erro de medição e do erro medição
sistemático.

2.21 (3.6 Notas 1 e 2)


condição repetitividade da medição
condição repetitividade
condição de medição em um conjunto de condições que inclui o mesmo procedimento
medição, mesmo operador, mesmo sistema medição, mesmas condições operação e
mesmo local e medições replicadas do mesmo objeto similar durante um curto período de
tempo.
NOTA
Em química, o temo ‘condição precisão intermediaria interserial de medição’ é
geralmente usado para designar este conceito.

25
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2.22 (3.6)
repetitividade da medição
repetitividade
precisão medição sob um conjunto de condições de repetitividade de medição

2.23
condição precisão intermediária da medição
condição precisão intermediária
condição de medição em um conjunto de condições que inclui o mesmo procedimento
medição, mesmo local e medições replicadas do mesmo objeto ou similar durante um longo
período de tempo, mas pode incluir outras condições envolvendo mudanças.
NOTAS
1 As mudanças podem incluir nova calibração, calibradores, operadores e sistemas de
medição.
2 Uma especificação deve conter as condições alteradas e inalteradas, para a prática
estendida.
3 Em química, o temo ‘condição precisão intermediaria interserial de medição’ é
geralmente usado para designar este conceito.

2.24
precisão intermediária da medição
precisão intermediária
precisão medição sob um conjunto de condições de precisão intermediaria de medição
NOTA
Termos estatísticos relevantes são dados em ISO 5725-3:1998.

2.25 (3.7 Nota 2)


condição reprodutibilidade da medição
condição reprodutibilidade
condição de medição em um conjunto de condições que inclui locais diferentes,
operadores, sistemas de medição e medições replicadas do mesmo objeto ou similar
NOTAS
1 Os diferentes sistemas medição podem usar diferentes procedimentos medição.
2 Uma especificação deve dar as condições alteradas e inalteradas, para a prática
estendida.

2.26 (3.7)
reprodutibilidade da medição
reprodutibilidade
precisão medição sob condições de reprodutibilidade de medição
NOTA
Termos estatísticos relevantes são dados em ISO 5725-3:1998.

26
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2.27 (3.9)
incerteza medição
incerteza da medição
incerteza
parâmetro que caracteriza a dispersão dos valores quantidade que estão sendo atribuídos
a um mensurando, baseado na informação usada.
NOTAS
1 Incerteza de medição inclui componentes que aparecem de efeitos sistemáticos, tais
como componentes associados com correções e os valores atribuídos de quantidade
dos padrões de medição, bem como a incerteza definicional. Geralmente os efeitos
sistemáticos conhecidos não são corrigidos mas, em vez disso, são tratados como
componentes de incerteza.
2 O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão chamado de incerteza padrão de
medição (ou um múltiplo especifico do desvio padrão) ou a metade da largura de um
intervalo, tendo uma probabilidade de cobertura estabelecida.
3 A incerteza medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes
componentes podem ser avaliados pela avaliação Tipo A da incerteza medição da
distribuição estatística dos valores quantidade de séries de medições e podem ser
caracterizados por desvios padrão experimentais. Os outros componentes que podem
ser avaliados pela avaliação Tipo B da incerteza medição, podem também ser
caracterizados por desvios padrão, avaliados de distribuições de probabilidade
assumidas baseadas na experiência ou em outras informações.

2.28
incerteza definicional
incerteza medição mínima resultando da quantidade de detalhe inerentemente finita na
definição de um mensurando.
NOTAS
1 Qualquer mudança no detalhe descritivo de um mensurando requer um outro modelo
levando a outro mensurando tendo outra incerteza definicional.
2 Definir o mensurando é o primeiro passo de qualquer procedimento medição. A
incerteza definicional que segue pode assim ser considerada como parte da incerteza
medição.
3 No GUM, D.3.4 e na IEC 60359, o conceito de ‘incerteza definicional’ é chamada de
“incerteza intrínseca”.

2.29
avaliação Tipo A da incerteza medição
avaliação Tipo A
avaliação de um componente de incerteza de medição por uma análise estatística dos
valores de quantidade obtidos por medições sob condições de medição definidas
NOTAS
1. Para vários tipos de condições de medição, ver condição de repetitividade de medição,
condição de precisão intermediaria de medição e condição de reprodutibilidade da
medição.
2. Para informação acerca da análise estatística, ver GUM.
3. Ver também GUM, 2.3.2.

27
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2.30
avaliação Tipo B da incerteza medição
avaliação Tipo B
avaliação de um componente de incerteza medição por meio que não seja a avaliação Tipo
A da incerteza de medição
EXEMPLOS
Avaliação baseada na informação:
• associada com os valores quantidade publicados por autoridades
• associada com o valor quantidade de um material referência certificada
• obtida de um certificado de calibração e incorporação de deriva (drift)
• obtida da classe de exatidão de um instrumento medição verificado
• obtida de limites deduzidos através de experiência pessoal
NOTA
Ver também GUM 2.3.3.

2.31
incerteza medição padrão
incerteza da medição padrão
incerteza padrão
incerteza medição expressa como um desvio padrão.

2.32
Incerteza medição padrão combinada
Incerteza padrão combinada
incerteza medição padrão que é obtida dos resultados de medição das quantidades de
entrada em um modelo de medição
NOTA
Ver também GUM 2.3.4.

2.33
balanço da incerteza
estabelecimento de uma incerteza medição, dos componentes desta incerteza medição e de
seus cálculos e combinação
NOTA
O balanço da incerteza deve incluir o modelo da medição, estimativas e incertezas
medição das quantidades no modelo de medição, covariâncias, tipo de funções de
densidade de probabilidade aplicadas, graus de liberdade, tipo de avaliação da
incerteza medição e qualquer fator de cobertura.

2.34
Incerteza medição alvo
incerteza alvo
Incerteza medição especificada como um objetivo ou ótima ou decidida na base do uso
pretendido dos resultados da medição.

28
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2.35
incerteza medição expandida
incerteza expandida
produto de uma incerteza medição padrão combinada e um fator maior do que um
NOTAS
1 Incerteza medição expandida é chamada de “incerteza total” no parágrafo 5 da
Recomendação INC-1 (1980) e simplesmente incerteza nos documentos IEC.
2 O termo ‘fator’ nesta definição se refere ao fator de cobertura

2.36
intervalo cobertura
intervalo contendo o conjunto de valores quantidade verdadeiros de um mensurando com
uma probabilidade estabelecida, baseado na informação disponível
NOTAS
1. Um intervalo de cobertura não necessita ser centrado no valor quantidade medido. Ver
Avaliação de dados da medição – Suplemento 1 do GUM.
2. Um intervalo de cobertura não deve ser chamado de ‘intervalo de confiança’ para evitar
confusão com o conceito estatístico (ver GUM 6.2.2).
3. Um intervalo de cobertura pode ser derivado de uma incerteza medição expandida (ver
GUM 2.3.5).

2.37
probabilidade cobertura
probabilidade que o conjunto de valores quantidade verdadeiros de um mensurando esteja
contido dentro de um específico intervalo cobertura
NOTAS
1. Esta definição pertence ao Enfoque Incerteza como apresentado no GUM.
2. A probabilidade cobertura é também chamada de nível de confiança no GUM.

2.38
fator cobertura
número maior que um pelo qual uma incerteza medição padrão combinada é multiplicada
para se obter uma incerteza medição expandida.
NOTA
Um fator de cobertura é usualmente simbolizado k (ver também GUM 2.3.6).

2.39 (6.11)
Calibração
operação que, sob condições específicas, em um primeiro passo, estabelece uma relação
entre valores quantidade com incertezas medição fornecidas pelos padrões de medição e
correspondendo indicações com incertezas medição associadas e, em segundo passo, usa
esta informação para estabelecer uma relação para obter um resultado de medição de uma
indicação
NOTAS
1. Uma calibração pode ser expressa por uma declaração, função de calibração, diagrama
de calibração, curva de calibração ou tabela de calibração. Em alguns casos ela pode
consistir de uma correção aditiva ou multiplicativa da indicação com incerteza associada.

29
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2. Calibração não deve ser confundida com ajuste de um sistema de medição, geralmente
chamado erradamente de ‘auto calibração’ nem com verificação de calibração.
3. Geralmente o primeiro passo sozinho na definição acima é considerado como sendo
calibração.

2.40
hierarquia de calibração
seqüência de calibrações de uma referência estabelecida para o instrumento de medição
final ou sistema de medição, onde a saída de cada calibração depende da saída da
calibração anterior.
NOTAS
1 A incerteza de medição necessariamente aumenta ao longo da seqüência de calibrações.
2 Os elementos de uma hierarquia de calibração são um ou mais padrões de medição ou
calibradores e sistemas medição operados de acordo com os procedimentos de
medição.
3 Por esta definição, a ‘referência estabelecida’ pode ser uma definição de uma unidade
medição através de sua realização prática ou um procedimento de medição ou padrão
medição.
4 Uma comparação entre dois padrões de medição pode ser vista como uma calibração,
se a comparação é usada para verificar e, se necessário, corrigir o valor da quantidade e
incerteza de medição atribuída a um dos padrões de medição.

2.41 (6.10)
rastreabilidade metrológica
propriedade de um resultado da medição pelo qual o resultado ser relacionado com uma
referência estabelecida através de uma cadeia ininterrupta documentada de calibrações,
cada uma contribuindo para a incerteza da medição.
NOTAS
1 Para esta definição, uma ‘referência estabelecida’ pode ser uma definição de uma
unidade de medição através de sua realização prática ou um procedimento de
medição incluindo a unidade de medição para uma quantidade não ordinal ou um
padrão de medição.
2 A rastreabilidade metrológica requer uma hierarquia de calibração estabelecida.
3 Especificação da referência estabelecida deve incluir o tempo em que esta referência foi
usada, além de qualquer outra informação metrológica relevante acerca da referência,
tal como quando a primeira calibração foi feita na hierarquia de calibração.
4 Para medições com mais de uma quantidade de entrada no modelo da medição,
cada quantidade de entrada deve em si ser rastreável metrologicamente e a hierarquia
de calibração envolvida pode formar uma estrutura ramificada ou uma rede. O esforço
envolvido em estabelecer a rastreabilidade metrológica para cada quantidade de entrada
deve ser comensurada com sua contribuição relativa para o resultado da medição.
5 O termo abreviado “rastreabilidade” é geralmente usado para “rastreabilidade
metrológica” bem como para outros conceitos, tais como ‘rastreabilidade de amostra’ ou
‘rastreabilidade de documento’ ou ‘rastreabilidade de instrumento’, onde a história
(“rastro”) de um item está entendida. Assim, o termo completo deve ser preferido.

30
JCGM/WG 2 Documento N318

2.42
cadeia de rastreabilidade metrológica
cadeia de rastreabilidade
seqüência de padrões de medição e calibrações que é usada para relatar um resultado de
medição para uma referência estabelecida
NOTAS
1. Uma cadeia de rastreabilidade metrológica é definida através de uma hierarquia de
calibração.
2. A cadeia de rastreabilidade metrológica é usada para estabelecer rastreabilidade
metrológica do resultado da medição.
3. A comparação entre dois padrões de medição pode ser visto como uma calibração se a
comparação é usada para verificar e, se necessário, corrigir o valor da quantidade e a
incerteza da medição atribuída a um dos padrões de medição.

2.43
rastreabilidade metrológica a uma unidade de medição
rastreabilidade metrológica a uma unidade
rastreabilidade metrológica onde a referência estabelecida é a definição de uma unidade
de medição através de sua realização prática
NOTA
A expressão ‘rastreabilidade ao SI’ significa rastreabilidade metrológica a uma
unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI).

2.44
verificação
provisão de evidencia objetiva que um dado item satisfaz exigências específicas, tomando
qualquer incerteza de medição em consideração
[modificado da ISO 9000:2000, item 3.8.4]
EXEMPLOS
1. Confirmação que um dado material de referência como assumido é homogêneo para a
quantidade e procedimento de medição relativo, para uma parte do teste tendo uma
massa de 10 mg.
2. Confirmação que as propriedades de desempenho estabelecidas ou exigências legais de
um sistema de medição são conseguidas.
3. Confirmação que uma incerteza de medição alvo estabelecido pode ser satisfeita.
NOTAS
1. O item pode ser, por exemplo, um processo, procedimento de medição, material,
composto ou sistema de medição.
2. As exigências especificadas podem ser, por exemplo, que as especificações do
fabricante são satisfeitas.
3. Verificação não deve ser confundida com calibração ou validação.
4. Em química, verificação de identidade de entidade envolvida ou de atividade, requer
uma descrição da estrutura ou propriedades desta entidade ou atividade.

31
JCGM/WG 2 Documento N318

2.45
validação
verificação, onde as exigências especificadas são adequadas para o uso estabelecido
EXEMPLO
Um procedimento de medição, normalmente usado para a medição de concentração
de nitrogênio em água, pode ser validado também para a medição de concentração de
nitrogênio no serum humano.

2.46
comparabilidade metrológica de resultados de medição
comparabilidade metrológica
propriedade de resultados de medição que são metrologicamente rastreáveis à mesma
referência
EXEMPLO
Resultados de medição, para as distâncias da Terra a Lua e de Paris a Londres, são
comparáveis, quando elas forem ambas metrologicamente rastreáveis à mesma
unidade, por exemplo, o metro.
NOTAS
1. Para esta definição, uma ‘referência estabelecida’ pode ser uma definição de uma
unidade de medição através de sua realização prática ou um procedimento de
medição incluindo a unidade de medição para uma quantidade não ordinal ou um
padrão de medição.
2. Comparabilidade metrológica de resultados de medição não necessita que os valores
da quantidade medida e incertezas associadas comparados sejam da mesma ordem
de grandeza.

2.47
compatibilidade metrológica de resultados de medição
compatibilidade metrológica
propriedade de todos pares de resultados de medição para um mensurando especifico, tal
que o valor absoluto da diferença dos valores medidos da quantidade seja menor que algum
múltiplo escolhido da incerteza de medição do padrão desta diferença
NOTAS
1. Compatibilidade metrológica de resultados de medição substitui o conceito tradicional de
“estar dentro do erro”, quando ela representa o critério para decidir se dois resultados de
medição se referem ao mesmo mensurando ou não. Se um conjunto de medições de um
mensurando, embora seja constante, um resultado de medição não é compatível com os
outros, se a medição não esteja correta (por exemplo, sua incerteza de medição foi
estabelecida como sendo muito estreita) ou a quantidade medida se alterou entre as
medições.
2. Correlação entre as medições influencia a compatibilidade metrológica. Se as medições
são completamente não-correlatas, a incerteza da medição padrão de suas diferenças é
igual à raiz quadrada da soma dos quadrados de suas incertezas de medição padrão,
enquanto ela for menor para covariância positiva ou maior para covariância negativa.

32
JCGM/WG 2 Documento N318

2/48
modelo medição
modelo de medição
modelo
relação matemática entre todas as quantidades conhecidas a serem envolvidas em uma
medição
NOTAS
Uma forma genérica de modelo de medição é a equação h(Y, X1, X2, ..., Xn) = 0, Y, a
quantidade saída no modelo de medição, é o mensurando que é para ser inferido da
informação acerca das quantidades de entrada no modelo de medição X1, X2, ,..., Xn .
Em casos mais complexos, onde há duas ou mais quantidades de saída, o modelo de
medição consiste de mais de uma equação.

2.49
função medição
função de quantidades, o valor de que, quando calculado usando valores de quantidade
conhecidos para as quantidades de entrada em um modelo de medição, é um valor de
quantidade medido da quantidade de saída no modelo de medição
NOTAS
1. Se o modelo de medição h(Y, X1, X2, ..., Xn) = 0 pode explicitamente ser escrito como
Y = f(X1, X2, ..., Xn) onde Y é a quantidade de saída no modelo da medição, a função f é
a função de medição. Mas genericamente, f pode simbolizar um algoritmo, produzindo
para valores de quantidade de entrada x1, x2, ..., xn um valor único de quantidade de
saída y = f(x1, x2,..., xn).
2. A função de medição é também usada para calcular a incerteza da medição associada
com o valor da quantidade medida de Y.

2.50
quantidade entrada em um modelo de medição
quantidade entrada
quantidade que deve ser medida, ou uma quantidade, cujo valor pode ser obtido de outro
modo, para calcular um valor da quantidade medido de um mensurando
EXEMPLO
Quando o comprimento de uma barra está sendo medido, temperatura, comprimento e o
coeficiente de expansão termal da barra são quantidades de entrada em um modelo de
medição.
NOTA
Uma quantidade de entrada em um modelo de medição geralmente é uma quantidade
de saída de um instrumento de medição ou sistema de medição

2.51
quantidade saída em um modelo de medição
quantidade saída
quantidade, o valor medido do qual é calculado usando os valores das quantidades de
entrada no modelo de medição

33
JCGM/WG 2 Documento N318

2.52 (2.7)
quantidade de influência
quantidade que, em uma medição direta, não afeta a quantidade que está realmente
medida, mas afeta a relação entre a indicação e o resultado da medição
EXEMPLOS
a) Freqüência na medição direta com um amperímetro de amplitude constante de uma
corrente alternada.
b) Concentração de quantidade de substância de bilirubin em uma medição direta de
concentração de hemoglobina em plasma de sangue humano
c) Temperatura de um micrômetro usado para a medição do comprimento de uma barra,
mas não a temperatura da barra em si que pode entrar na definição do mensurando.
d) Pressão de fundo na fonte de íon de um espectrômetro de massa durante a medição
de fração de quantidade de substância.
NOTAS
1. Uma medição indireta envolve uma combinação de medições diretas, cada uma que
pode ser afetada pelas quantidades de influência.
2. No GUM, o termo ‘quantidade de influência’ é definido como na 2ª edição do VIM,
cobrindo não apenas as quantidades afetando o sistema de medição, como na definição
acima, mas também aquelas quantidades que afetam as quantidades realmente
medidas. Também no GUM, este conceito não é restrito às medições diretas.

2.53 (3.15)(3.16)
correção
modificação aplicada a um valor quantidade medido, para compensar um efeito
sistemático conhecido.
NOTAS
1. Ver GUM 3.2.3 (1995) para explicação de “efeito sistemático”.
2. A modificação pode tomar formas diferentes, tais como um adendo ou um fator ou
pode ser deduzida de uma tabela.

2.54
Indicação em branco
indicação de background
indicação obtida de um fenômeno, corpo ou substância similar a uma sob investigação, mas
que a quantidade de interesse é assumida ter valor zero.

34
JCGM/WG 2 Documento N318

Capítulo 3: Equipamentos para medição


3.1 (4.1)
instrumento de medição
equipamento usado para fazer medições, cozinho ou em conjunto com outro equipamento
suplementar
NOTAS
1. Um instrumento de medição isolado pode ser considerado como um sistema de medição
2. Um instrumento de medição pode ser um instrumento de indicação ou um medida
material.

3.2 (4.5)
Sistema de medição
conjunto de um ou mais instrumentos de medição e geralmente outros equipamentos,
incluindo qualquer reagente ou fonte, montado e adaptada para dar valores de quantidade
medidos dentro de intervalos especificados para quantidades de tipos especificados.
NOTA
Um sistema de medição pode consistir de apenas um instrumento de medição.
medida material

3.3. (4.b)
instrumento de medição indicador
instrumento de medição que fornece um sinal de saída portando informação acerca do valor
da quantidade sendo medida
EXEMPLOS
a) Amperímetro
b) Micrômetro
c) Termômetro
d) Balança eletrônica
NOTAS
1. Um instrumento de medição indicador pode fornecer um registro de sua indicação.
2. O sinal de saída pode ser apresentado em forma visual ou acústica. Ele pode também
ser transmitido para um mais outros equipamentos.

3.4. (4.6)
instrumento de medição mostrador
instrumento de medição indicador onde o sinal de saída é apresentado na forma visual

3.5. (4.17)
escala de um instrumento de medição mostrador
parte de um instrumento de medição mostrador, consistindo de um conjunto ordenado de
marcas junto com quaisquer números associados ou valores de quantidade

35
JCGM/WG 2 Documento N318

3.6. (4.2)
medida material
instrumento de medição reproduzindo ou fornecendo, de um modo permanente durante seu
uso, quantidades de um ou mais tipos, cada um com um valor atribuído
EXEMPLOS
Bloco de peso
Medida de volume (fornecendo um ou vários valores, com ou sem uma escala de
quantidade)
Resistor elétrico padrão
Escala linear (régua)
Bloco padrão de dimensão
Gerador de sinal padrão.
NOTA
A indicação de uma medida material é seu valor atribuído

3.7 (4.3)
transdutor de medição
dispositivo, usado na medição, que fornece uma quantidade de saída tendo uma relação
específica com a quantidade de entrada
EXEMPLOS
a) Termopar
b) Transformador de corrente
c) Célula extensiométrica.
d) Eletrodo de pH
e) Tubo Bourdon
f) Tira bimetálica

3.8 (4.14)
sensor
elemento de um sistema de medição que é diretamente afetado pelo fenômeno, corpo ou
substância implicando a quantidade a ser medida.
EXEMPLOS
a) Bobina sensora de um indicador de temperatura a resistência de platina
b) Rotor de uma turbina medidora de vazão.
c) Tubo Bourdon de um indicador de pressão
d) Bóia de um instrumento medidor de nível.
e) Fotocélula de um espectrofotômetro.
f) Cristal liquido termotrópico que muda cor em função da temperatura.
NOTAS
Em alguns campos, o termo ‘detector’ é usado para este conceito.

36
JCGM/WG 2 Documento N318

3.9 (4.15)
detector
equipamento ou substância que indica a presença de um fenômeno, corpo ou substância
quando um valor limite de uma quantidade associada é excedido
EXEMPLOS
a) Detector de vazamento de halogênio.
b) Papel Litmus.
NOTAS
1. Em alguns campos, o termo detector é usado para o conceito de sensor.
2. Em química, o termo indicador é frequentemente usado para este conceito.

3.10 (4.4)
cadeia de medição
série de elementos de um sistema de medição constituindo um único caminho do sinal do
sensor para o elemento de saída
EXEMPLOS
1. Uma cadeia eletro-acústica constituída de um microfone, atenuador, filtro, amplificador e
voltímetro.
2. Uma cadeia de medição mecânica consistindo de um tubo bourdon, sistema de
alavancas e um indicador mecânico

3.11 (4.5)
ajuste de um sistemas de medição
ajuste
conjunto de operações executadas em um sistema de medição para que ele forneça
indicações correspondentes a dados valores da quantidade a ser medida
NOTAS
1. Tipos de ajuste incluem ajuste de zero de um sistema de medição, ajuste de offset e
ajuste de amplitude de faixa (geralmente chamado de ajuste de ganho)
2. Ajuste de um sistema de medição não deve ser confundido com calibração.
3. Após um ajuste, um sistema de medição geralmente deve ser recalibrado.

3.12.
Ajuste de zero de um sistema de medição
ajuste de zero

3.12
ajuste de um sistema medidor fornecendo uma indicação nula correspondendo ao valor
nulo da quantidade a ser medida.

37
JCGM/WG 2 Documento N318

Capítulo 4: Características dos sistemas de medição


4.1 (3.2)
indicação
valor de quantidade fornecido por um instrumento de medição ou um sistema de medição
NOTAS
1. A indicação pode ser apresentada em forma visual ou acústica ou pode ser transferida
para outro equipamento. A indicação é geralmente dada pela posição no display para
saídas analógicas, o número mostrado ou impresso para saídas digitais, o padrão de
código para saídas codificadas ou o valor da quantidade atribuído para medidas
materiais.
2. A indicação e o valor da quantidade sendo medida não são necessariamente valores de
quantidades da mesmo tipo.

4.2 (4.19)
intervalo de indicação
conjunto de valores quantidade limitado pelas indicações possíveis e extremas.
NOTAS
1. Um intervalo de indicação é usualmente estabelecido em termos de seus valores de
quantidade mínimo e máximo, por exemplo, 99 V a 201 V.
2. Em alguns campos, o termo é ‘faixa de indicações’.

4.3 (5.1)
intervalo de indicação nominal
intervalo nominal
conjunto de valores quantidade, limitado pelas indicações extremas aproximadas ou
arredondas obtíveis com um ajuste particular dos controles de um instrumento de medição
ou de um sistema de medição e usado para designar este ajuste
NOTAS
1. Um intervalo nominal é usualmente expresso por seus valores de quantidade
mínimos e máximos , por exemplo, “100 V a 200 V". Onde um dos valores de
quantidade extremo é zero, o intervalo nominal é geralmente expresso somente pelo
valor quantidade maior, por exemplo um intervalo nominal de 0 V a 100 V é expresso
como “100 V”.
2. Em alguns campos, o termo é “faixa nominal”.
3. Ver nota para 4.5 valor de quantidade nominal.

38
JCGM/WG 2 Documento N318

4.4 (5.2)
faixa de um intervalo de indicação nominal
amplitude de faixa
valor absoluto da diferença entre os valores quantidade extremos de um intervalo
nominal de indicação.
EXEMPLO
Para um intervalo nominal de -10 V a +10 V, a faixa do intervalo de indicação
nominal é de 20 V.
NOTAS
1. Faixa de um intervalo de indicação nominal é geralmente chamado de “amplitude de
faixa de um intervalo nominal”
2. Ver nota para 4.5 valor de quantidade nominal.

4.5 (5.3)
valor de quantidade nominal
valor nominal
valor arredondado ou aproximado de uma quantidade característica de um instrumento
de medição ou sistema medição que fornece um guia para seu uso apropriado.

EXEMPLOS
1. 100 Ω como o valor quantidade nominal marcado em um resistor padrão
2. 100 cL como o valor marcado em um frasco volumétrico de simples marca.
3. 0,1 mol/l como o valor de quantidade nominal para concentração de quantidade de
substância de uma solução de ácido clorídrico, HCl.
4. 40 oC como a máxima temperatura Celsius para armazenamento.
NOTA
O termo “valor nominal” é também usado para valor de característica nominal.

4.6 (5.4)
intervalo de medição
intervalo de trabalho
conjunto de valores de quantidades da mesmo tipo que pode ser medida por um dado
sistema de medição ou sistema de medição, com especificada incerteza instrumental sob
condições definidas.
NOTAS
1. Em alguns campos, o termo é faixa de medição ou faixa medição.
2. O limite inferior de um intervalo de medição não deve ser confundido com o limite de
detecção do instrumento de medição.

4.7
condição de regime permanente
condição de operação de um sistema de medição ou sistema de medição em que a
calibração permanece valida para um mensurando variando com o tempo

39
JCGM/WG 2 Documento N318

4.8 (5.5)
condição de operação especificada
condição que deve ser satisfeita durante a medição para que um instrumento de medição
ou sistema de medição opere como projetado.
NOTA
A condição de operação especificada geralmente especifica intervalos de valores para a
quantidade sendo medida e para qualquer quantidade de influência.

4.9 (5.6)
condição limite
condição extrema que um instrumento de medição ou sistema de medição é requerido
suportar sem dano e sem degradação das características metrológicas especificadas
quando ele é subsequentemente operado sob suas condições de operação especificadas.
NOTAS
1. As condições limites para armazenamento, transporte e operação podem ser diferentes.
2. As condições limites podem incluir valores limites da quantidade sendo medida e para
qualquer quantidade influência.

4.10 (5.7)
condição referência (1)
<avaliação de desempenho> condição de uso prescrita para avaliar o desempenho de um
instrumento de medição ou sistema de medição ou para comparação de resultados de
medição
NOTA
Uma condição de referência especifica um intervalo de valores do mensurando e das
quantidades de influencia.

4.11 (5.7)
condição referência (2)
<incerteza instrumental> condição de uso um instrumento de medição ou sistema de
medição, na qual a incerteza instrumental especificada é a menor possível
NOTAS
1. Uma condição de referência especifica um intervalo de valores do mensurando e das
quantidades de influência.
2. Esta definição é derivada da norma IEC 60 050-300, item 311-06-02.

40
JCGM/WG 2 Documento N318

4.12 (5.10)
sensitividade
quociente da variação na indicação e a correspondente variação no valor da quantidade
sendo medida.
NOTAS
1. A sensitividade pode depender do valor da quantidade sendo medida.
2. A variação considerada no valor da quantidade sendo medido deve ser grande
comparada com a resolução (1).

4.13
seletividade de um sistema de medição
seletividade
capacidade de um sistema de medição, usando um procedimento de medição especifico,
para fornecer resultados de medição, para um ou mais mensurandos, que não dependem de
cada outro nem de qualquer outra quantidade no sistema sob medição
EXEMPLOS
1. Capacidade de um sistema de medição incluindo um espectrômetro de massa para
medir a relação de corrente do íon gerada por dois compostos específicos sem distúrbio
de outras fontes específicas de corrente elétrica.
2. Capacidade de um sistema de medição para medir a potencia de um componente de
sinal em uma dada freqüência sem ser perturbado pelos componentes do sinal ou outros
sinais de outras freqüências.
3. Capacidade de um receptor discriminar entre um sinal desejado e sinais não desejados,
geralmente tendo freqüências levemente diferentes da freqüência do sinal desejado.
4. Capacidade de um sistema de medição para a radiação ionizante responder a uma
radiação a ser medida na presença de radiação concomitante.
5. Capacidade de um sistema de medição medir a concentrada de quantidade de
substância de creatinina no plasma de sangue por um procedimento Jaffé sem
interferência da glucose, urate, ketone e concentrações de proteína.
6. Capacidade de um espectrômetro medir a abundância da quantidade de substância do
isótopo 28Si no silício de um deposito geológico.

4.14
resolução (1)
<instrumento de medição ou sistema de medição> menor variação na quantidade sendo
medida que causa uma variação perceptível na indicação correspondente
NOTA
A resolução pode depender, por exemplo, do ruído (interno ou externo) ou atrito. Ela
pode também depender do valor da quantidade sendo medida.

4.15 (5.12)
resolução (2)
,equipamento de display> menor diferença entre indicações que pode ser
significativamente distinguida.

41
JCGM/WG 2 Documento N318

4.16 (5.11)
limite de discriminação
maior variação no valor de uma quantidade sendo medida que causa uma variação não
perceptível na indicação correspondente
NOTA
O limite de discriminação de um sistema de medição pode depender, por exemplo,
do ruído (interno ou externo) ou atrito. Ele pode também depender do valor da
quantidade sendo medida.

4.17 (5.13)
banda morta
máximo intervalo através do qual o valor de uma quantidade sendo medida pode ser
variado em ambas as direções sem produzir uma variação detectável na indicação
correspondente
NOTA
A banda morta pode depender da taxa de variação.

4.18
limite de detecção
limite de detecção
sensitividade (ruim)
<química> valor de quantidade medido, obtido por um dado procedimento de medição, para
o qual a probabilidade de assumir falsamente a ausência de um componente em um
material é β, dado a probabilidade α de falsamente assumir sua presença
NOTAS
IUPAC recomenda valores default para α e β iguais a 0,05.
A abreviação LOD (Limit Of Detection)é geralmente usada.

4.19 (5.14)
estabilidade
habilidade de um instrumento de medição ou sistema de medição manter suas
características metrológicas constantes com o tempo.
NOTA
Estabilidade pode ser quantificada de vários modos.
EXEMPLOS
a) Em termos da duração de um intervalo de tempo sobre o qual uma característica
metrológica varia por uma quantidade estabelecida.
b) Em termos da variação de uma característica durante um intervalo de tempo
estabelecido.

42
JCGM/WG 2 Documento N318

4.20 (5.16)
desvio (drift) instrumental
variação continua em uma indicação, relacionada nem com variação na quantidade sendo
medida nem com a variação de qualquer quantidade de influência reconhecida.
NOTA
Para uma medida material, o desvio é uma variação do valor da quantidade
fornecida que não é devida à variação de uma quantidade influência.

4.21
variação devida a uma quantidade influência
diferença entre as indicações para o mesmo valor da quantidade medida ou dos valores
de quantidade fornecidos por uma medida material, quando uma quantidade de influência
assume sucessivamente dois valores diferentes.

4.22 (5.17)
resposta no tempo a um degrau
duração entre o instante em que um valor quantidade na entrada de um instrumento de
medição ou sistema de medição é submetida a uma variação tipo degrau entre dois
valores de quantidades constantes específicos e o instante quando a indicação
correspondente fica dentro de limites especificados em torno de seu valor de regime
permanente final.

4.23
incerteza instrumental
componente da incerteza medição que aparece de um instrumento de medição ou
sistema de medição em uso e obtida por sua calibração.
NOTAS
1. A incerteza instrumental é usada em uma avaliação Tipo B da incerteza de medição.
2. Informação relevante para a incerteza instrumental pode ser dada nas especificações do
instrumento.

4.24 (5.19)
classe de exatidão
classe de instrumentos de medição que satisfazem exigências metrológicas estabelecidas
que são pretendidas manter os erros de medição ou as incertezas instrumentais dentro de
limites especificados sob condições de operação especificadas.
NOTAS
1. Uma classe de exatidão é usualmente denotada por um número ou símbolo adotado por
convenção.
2. Um conceito relacionado é exatidão da medição.
3. Instrumento de medição inclui medida material.

43
JCGM/WG 2 Documento N318

4.26 (5.22)
erro datum
erro de medição, com relação a um valor de quantidade de referência conhecido, de um
instrumento de medição ou sistema de medição em um valor de quantidade medido
específico.

4.27 (5.23)
erro de zero
erro datum para valor de quantidade medido igual a zero

4.28
Incerteza de medição nula
incerteza de medição para valor de quantidade medida igual a zero
NOTA
A incerteza de medição nula é associada com um nulo ou indicação próxima de zero
e cobre o intervalo onde não se sabe se o mensurando é muito pequeno para ser
detectado ou o sinal do instrumento de medição é devido apenas ao ruído.

4.29
diagrama de calibração
expressão gráfica da relação entre a indicação e o resultado de medição correspondente
NOTAS
Um diagrama de calibração é a faixa do plano definida pelo eixo da indicação e o eixo do
resultado da medição, que representa a resposta do instrumento de medição a diferentes
valores de quantidade medidos. Uma relação de um-para-muitos é dada e a largura da faixa
para uma dada indicação fornece a incerteza instrumental.
Expressões alternativas da relação incluem uma curva de calibração e incerteza de medição
associada, uma tabela de calibração ou um conjunto de funções.
Este conceito se relaciona com uma calibração quando a incerteza instrumental é grande
em comparação com as incertezas de medição dos padrões da medição.

4.30
Curva de calibração
Expressão da relação entre a indicação e valor de quantidade medido
NOTA
Uma curva de calibração expressa uma relação um-para-um que não fornece um resultado
de medição como ele suporta nenhuma informação acerca da incerteza de medição.

44
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Capítulo 5: Padrões de medição, étalons


5.1 (6.1)
padrão de medição
etalon
realização da definição de uma dada quantidade, com valor de quantidade e incerteza de
medição estabelecidos, usada como uma referência
EXEMPLOS
a) 1 kg padrão de massa
b) 100 Ω resistor padrão
c) Césio padrão de freqüência
d) Eletrodo hidrogênio padrão
e) Conjunto de soluções referência de cortisol em serum humano tendo concentrações
e incertezas de medição certificadas de cortisol
f) Material referência fornecendo valores certificados com incertezas medição para a
concentração massa de cada uma de dez proteínas diferentes
NOTAS
1. A ‘realização da definição de uma dada quantidade’ pode ser fornecida por um
sistema de medição, uma medida material ou um material referência
certificada.
2. Um padrão de medição é freqüentemente usado como uma referência para
atribuir resultados medição a outras quantidades de mesmo tipo, assim
estabelecendo uma rastreabilidade metrológica através de calibração de
outros padrões de medição, instrumentos de medição ou sistemas de
medição.
3. Em muitos casos, padrões medição são realizações da definição de uma
unidade de medição.
4. A incerteza de medição padrão associada com um padrão medição é sempre
um componente da incerteza de medição padrão combinada (ver Nota para
2.32)em um resultado de medição obtido usando o padrão de medição.
Frequentemente, este componente é pequeno, comparado com outros
componentes da incerteza padrão combinada.
5. Várias quantidades da mesmo tipo ou de diferentes tipos podem ser realizadas
em um equipamento que é comumente chamado de padrão medição.
6. A palavra ‘incorporação’ é geralmente usada em vez de ‘realização’.
7. Em ciência e tecnologia, a palavra inglesa “padrão” é usada com dois significados
diferentes: como um padrão escrito, especificação, recomendação técnica ou
documento similar adotado largamente (em Francês, “norme”) e como um padrão
de medição (em Francês, “étalon”). Este Vocabulário adota somente o segundo
significado.
8. o valor de quantidade e incerteza de medição devem ser assegurados no
momento quando o padrão de medição for usado.

45
JCGM/WG 2 Documento N318

5.2 (6.2)
padrão de medição internacional
padrão de medição reconhecido por signatários de um acordo internacional e pretendido
para servir mundialmente
EXEMPLOS
1. Protótipo internacional do kilograma
2. Gonadotropina clorionica, Organização Mundial de Saúde (WHO), 4º Padrão
Internacional 1999, 75/589,650 Unidades Internacionais por ampola.
3. VSMOW2 (Vienna Standard Mean OCean Water) distribuída pela Agencia de Energia
Atômica Internacional (IAEA) para medições de relação de quantidade de isótopo estável
diferencial.

5.3 (6.3)
padrão medição nacional
padrão nacional
padrão de medição reconhecido por autoridade nacional para servir no país

5.4 (6.4)
padrão medição primário
padrão primário
padrão de medição cujo valor de quantidade e incerteza de medição são estabelecidos
usando um procedimento de medição primário
EXEMPLOS
1. Padrão de medição primário de concentração de quantidade de substância
preparado pela dissolução de uma quantidade conhecida de substância de um
componente químico para um volume de solução conhecido.
2. Padrão medição primário para pressão baseado nas medições separadas de
força e área.
3. Padrão medição primário para medições de relação de quantidade de substância
de isótopo, preparado pela mistura de quantidade de substâncias conhecidas de
isótopos específicos.

5.5 (6.5)
padrão medição secundário
padrão secundário
padrão de medição cujo valor de quantidade e incerteza de medição são estabelecidos
através calibração com relação a um padrão de medição primário para uma quantidade
de mesmo tipo.
NOTAS
1. A relação pode ser obtida diretamente entre o padrão de medição primário e o
padrão de medição secundário, ou envolver um sistema de medição
intermediário calibrado por um padrão de medição primário e atribuindo um
resultado de medição para o padrão de medição secundário.
2. Um padrão medição tendo seu valor de quantidade atribuído por uma relação do
procedimento de medição primário é um padrão de medição secundário.

46
JCGM/WG 2 Documento N318

5.6 (6.6)
padrão medição referência
padrão referência
padrão de medição projetado para a calibração de padrões medição de trabalho para
quantidades de um mesmo tipo em uma dada organização ou em um dado local.

5.7 (6.7)
padrão medição de trabalho
padrão de trabalho
padrão de medição que é usado rotineiramente para calibrar ou verificar instrumentos de
medição ou sistemas de medição
NOTAS
1. Um padrão medição de trabalho é usualmente calibrado com relação a um padrão de
medição de referência.
2. Outros termos são “padrão de verificação” ou “padrão de controle”.

5.8 (6.9)
padrão medição de viagem
padrão de viagem
padrão de medição, às vezes de construção especial, pretendido para ser transportado
entre diferentes locais.
EXEMPLO
Um padrão de freqüência de Césio133 portátil, operado a bateria.

5.9 (6.8)
equipamento de transferência
equipamento usado como um intermediário para comparar padrões de medição.
NOTA
Geralmente, padrões de medição são usados como equipamentos de transferência.

47
JCGM/WG 2 Documento N318

5.10
padrão medição intrínseco
padrão intrínseco
padrão de medição baseado em uma característica de um fenômeno ou substância,
suficientemente estável e reprodutível para seu uso pretendido.
EXEMPLOS
1. Célula de ponto triplo da água como um padrão intrínseco da temperatura
termodinâmica.
2. Padrão de medição intrínseco da diferença de potencial elétrico baseado no efeito
Josephson.
3. Padrão de medição intrínseco de resistência elétrico padrão baseado no efeito
quântico Hall.
4. Amostra de cobre como um padrão intrínseco de condutividade elétrica.
NOTAS
1. O valor de quantidade de um padrão intrínseco é atribuído por consenso e não
precisa ser estabelecido por sua relação com padrão medição do mesmo tipo. Sua
incerteza de medição é determinada pela consideração de dois componentes:
aquele associado com seu valor quantidade consensado e aquele associado com
sua construção, implementação e manutenção.
2. Um padrão de medição intrínseco usualmente consiste de um sistema produzido de
acordo com as exigências de um procedimento consensado e sujeito a verificação
periódica. O procedimento consensado pode conter provisão para aplicação de
correções necessárias para a implantação.
3. O padrão de medição intrínseco que são baseados em fenômenos quânticos
usualmente tem altíssima estabilidade.
4. O adjetivo ‘intrínseco’ não significa que este padrão de medição possa ser
implementado e usado sem cuidado especial ou que este padrão de medição seja
imune a efeitos espúrios.

5.11 (6.12)
conservação de um padrão de medição
manutenção de um padrão de medição
conjunto de operações necessárias para preservar as características metrológicas de um
padrão de medição dentro de limites estabelecidos.
NOTA
Conservação geralmente inclui verificação periódica de características metrológicas
predefinidas ou calibração, armazenamento sob condições adequadas e cuidado
específico em uso.

5.12
calibrador
padrão de medição usado na calibração

48
JCGM/WG 2 Documento N318

5.13 (6.13)
material de referência
RM
material, suficientemente homogêneo e estável com relação a uma ou mais características,
usado na calibração, em atribuição de um valor para outro material ou em garantia da
qualidade
NOTAS
1. ‘Material de referência’ compreende materiais incorporando quantidades bem como
características nominais.
EXEMPLOS DE MATERIAL DE REFERÊNCIA INCORPORANDO QUANTIDADES
a) Água de pureza estabelecida, a viscosidade dinâmica usada para calibrar
viscosímetros.
b) serum humano sem um valor de quantidade atribuído para a concentração de
colesterol inerente, usado somente como um material de controle de precisão de
medição.
c) tecido de peixe contendo uma fração de massa estabelecida de uma dioxina, usada
como um calibrador.
EXEMPLOS DE MATERIAL DE REFERÊNCIA INCORPORANDO CARACTERÍSTICAS
d) Gráfico de cor indicando uma ou mais cores específicas.
e) Composto de DNA contendo uma seqüência de acido nucléico específica.
f) Urina contendo androstenedione.
2. Nesta definição, “valor” cobre tanto o valor de quantidade e o ‘valor de característica
nominal’.
3. Materiais de referência com ou sem valores de quantidade atribuídos podem ser usados
para controle de precisão enquanto que somente materiais de referência com valores de
quantidade atribuídos podem ser usados para calibração ou controle da verdade da
medição.
4. Alguns materiais de referência têm quantidades que são metrologicamente rastreável a
uma unidade de medição fora do sistema de unidades. Tais materiais incluem vacinas
para as quais as Unidades Internacionais tem sido atribuídas pela Organização Mundial
de Saúde.
5. As especificações de uma material de referência devem incluir sua rastreabilidade
material, indicando sua origem e processamento.
6. Em uma dada medição, um material de referência pode somente ser usada ou para
calibração ou para garantia da qualidade.
7. Um material de referência é geralmente incorporado em um equipamento fabricado
especialmente.
EXEMPLOS
a) Substância de ponto triplo conhecido em uma célula de ponto triplo.
b) Vidros de densidade óptica conhecida em uma portador de filtro de transmissão.
c) Esferas de tamanho de partícula uniforme montado em um microscópio.
d) Matriz de junções Josephson.

49
JCGM/WG 2 Documento N318

(5.14) (6.14)
material de referência certificada
CRM ou MRC
material de referência, acompanhado por documentação emitida por um corpo autorizado
e referindo a procedimentos válidos usados para obter valor de uma característica
especificada com incerteza e rastreabilidade
EXEMPLO
Serum humano com um valor de quantidade atribuído para a concentração de
colesterol e incerteza de medição estabelecida em um certificado anxo, usado como
calibrador ou material de controle da verdade de medição.
NOTAS
1. A “documentação” é dada na forma de um ‘certificado’ , ver ISO Guide 30:1992.
2. Procedimentos válidos para a produção e certificação de material de referência
certificada são dados, por exemplo, no ISO Guide 34 e ISO Guide 35.
3. Nesta definição, “incerteza” cobre ambas incerteza de medição e ‘incerteza de um valor
de propriedade nominal”, tal como para identidade e seqüência, expressa como
probabilidades. “Rastreabilidade” cobre ambas ‘rastreabilidade metrológica’ de um valor
de quantidade e ‘rastreabilidade de um valor de característica nominal’.
4. ‘Material referência certificada’ é um conceito especifico sob “material de referência”.
5. Valores de quantidade especificados em materiais de referência certificada requerem
rastreabilidade metrológica com incerteza de medição associada.

5.15
comutabilidade de um material de referência
propriedade de um material de referência, demonstrada pela proximidade de concordância
entre a relação entre os resultados de medição para uma quantidade estabelecida neste
material, obtida de acordo com dois dados procedimentos medição e a relação obtida entre
os resultados medição para outros materiais específicos.
NOTAS
1. O material de referência em questão é usualmente um calibrador e os outros materiais
especificados são usualmente amostra de rotina.
2. Os procedimentos de medição referidos à definição são um precedente e um seguindo o
material de referência (calibrador) em questão em uma hierarquia de calibração.
3. A estabilidade um materiais de referência comutáveis é monitorada regularmente.

5.16
dado de referência

dado que é criticamente avaliado e verificado, obtido de uma fonte identificada e relacionado
com uma propriedade de um fenômeno, corpo, ou substância, ou um sistema de
componentes de composição ou estrutura conhecida.
EXEMPLO
Dados para solubilidade de compostos químicos como publicado pela IUPAC.
NOTA
“Dado” é comumente usado no sentido singular, em vez de “datum”.

50
JCGM/WG 2 Documento N318

5.17
dado de referência padrão
dado de referência editado por uma autoridade reconhecida estabelecida.
EXEMPLOS
1. Valores das constantes físicas fundamentais, como regularmente avaliados e publicados
pela ICSU CODATA (por exemplo, em 2005).
2. Valores do Peso Atômico dos elementos, como avaliados a cada dois anos pela IUPAC-
CIAAW na Assembléia Geral IUPAC e publicado em Pure Appl Chem ou em J.
Phys.Chem Ref. Data.

5.18
valor de quantidade referência
valor de quantidade, geralmente aceito como tendo uma incerteza de medição
convenientemente pequena, para ser usada como uma base para comparação com valores
de quantidades de mesmo tipo.
NOTAS
1. Um valor de quantidade referência com incerteza medição associado é usualmente
referido para:
• Um material, e.g., um material de referência certificado.
• Um equipamento, e.g., um laser estabilizado
• Um procedimento de medição de referência.
• Uma comparação de padrões de medição.
2. um valor de quantidade de referência deve ser metrologicamente rastreável.

51
JCGM/WG 2 Documento N318

Anexo A: Conceitos do Enfoque Clássico


Os diagramas de conceito estão em preparação

52
JCGM/WG 2 Documento N318

(Da edição de 2004)

Diagramas Conceituais
Os diagramas conceituais neste Anexo são usados para fornecer:
• Uma apresentação visual das relações entre os conceitos definidos e chamados nos
capítulos anteriores.
• Uma possibilidade para checar se as definições oferecem relações adequadas.
• Um background para identificar conceitos necessários adicionais e
• Um check que termos suficientemente sistemáticos.
Deve ser ressaltado, porém, que um dado conceito pode ser descrito por várias
características e somente as características limitantes essenciais são incluídas na definição.
A área disponível na pagina limite o numero de conceitos que pode ser apresentados de
modo legível, mas todos os diagramas, em princípio, são inter-relacionados como mostrado
por alguns conceitos superpostos com referência.
As relações usadas são de três tipos, como definido na ISO 704 e ISO 1087-1:
• Duas são hierárquicas, i.e., têm conceitos superordinados e subordinados
• Uma é não hierárquica
A relação genérica hierárquica (ou relação genus-espécie) conecta um conceito genérico a
um conceito especifico, este último inerente a todas as características do primeiro. Os
diagramas mostram tais relações como uma arvore,

Onde um segmento curto com três pontos indica que um ou mais conceito especifico
existem, mas não estão incluídos na apresentação. Por exemplo,

A relação partitiva (ou relação parte-inteiro) é também hierárquica e conecta um conceito


compreensivo a dois ou mais conceitos partitivos que colocados juntos constituem o
conceito gerador. Os diagramas mostram tais relações como um ancinho ou suporte:

53
JCGM/WG 2 Documento N318

Onde uma linha dupla fechada indica que vários conceitos partitivos de um dado tipo estão
envolvidos e uma linha pontilhada mostra que tal pluralidade é incerta. Por exemplo,

Onde o termo entre parêntesis indica um conceito que não está definido no Vocabulário,
mas é tomado como uma primitiva, que é assumida ser geralmente entendida. Uma linha
contínua sem um dente significa um ou mais conceitos partitivos que não estão discutidos.
A relação associada (ou relação pragmática) é não hierárquica e conecta dois conceitos que
estão de algum modo associados tematicamente. Há muitos subtipos de relação associativa,
mas todas estão indicadas por uma seta nas duas extremidades. Por exemplo,

Para evitar diagramas muito complicados, eles não mostram todas as relação associativas
possíveis.
Os diagramas irão demonstrar que termos derivados totalmente sistemáticos não foram
criados, geralmente porque metrologia é uma disciplina antiga com um vocabulário que
evolui pelo aumento natural e pela adição gradual de conceitos externos em vez de ser uma
estrutura compreensiva nova.

54
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.1 Diagrama conceitual para parte do Capítulo 1, centrado na quantidade

Fig. B.2 Diagrama conceitual para parte do Capítulo, centrado em unidade

55
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.3 Diagrama conceitual para parte do Capítulo 2, centrado na medição

Fig. B.4 Diagrama conceitual para parte do Capítulo 2, centrado na incerteza medição

56
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.5 Diagrama conceitual para parte do Capítulo 2, centrado na calibração de um


sistema medição

Fig. B.6 Diagrama conceitual para parte do Capítulo, centrado na precisão da medição

57
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.7 Diagrama conceitual para Capítulo 3, centrado em Equipamentos para medição

Fig. B.8 Diagrama conceitual para parte do Capítulo 4, centrado na característica


metrológica de um sistema medição

58
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.9 Diagrama conceitual para Capítulo 4, centrado nas condições de operação

Fig. B.10 Diagrama conceitual para Capítulo 5, centrado em padrões de medição

59
JCGM/WG 2 Documento N318

Fig. B.9 Diagrama conceitual para Anexo A, centrado nos conceitos usados no Enfoque
Clássico da medição

60
JCGM/WG 2 Documento N318

Bibliography
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[2] ISO 31:1992, amended 1998, Quantities and Units – Parts 0 to 13.

[3] ISO 80000-3:2006, Quantities and units – Part 3: Space and time.

[4] ISO 80000-4:2006, Quantities and units – Part 4: Mechanics. [5] ISO 1000:1992,
amended 1998, SI units and recommendations for the use of their multiples and of certain
other units.

[6] ISO Guide 30:1992, Terms and definitions used in connection with reference materials.

[7] ISO 3534-1:1993, Statistics – Vocabulary and symbols – Part 1: Probability and general
statistical terms.

[8] IEC 60050-300:2001, International Electrotechnical Vocabulary – Electrical and electronic


measurements and measuring instruments – Parts 311, 312, 313, 314.

[9] IEC 60359:2001, Ed. 3.0 (bilingual), Electrical and electronic measurement equipment -
Expression of performance.

[10] OIML V1: 2000, International Vocabulary of Terms in Legal Metrology (VIML).

[11] IUPAP–25: Booklet on Symbols, Units, Nomenclature and Fundamental Constants.


Document IUPAP–25, E.R. Cohen and P. Giacomo, Physica 146ª (1987) 1–68. (To be
revised and published on the web.)

[12] IUPAC: Quantities, Units and Symbols in Physical Chemistry (1993, 2006 edition in
preparation).

[13] Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement (1993, amended 1995)


(published by ISO in the name of BIPM, IEC, IFCC, IUPAC, IUPAP and OIML).

[14] Supplement 1 to the “Guide to the expression of uncertainty in measurement” -


Propagation of distributions using a Monte Carlo method

[15] IFCC/IUPAC: Approved Recommendation (1978). Quantities and Units in Clinical


Chemistry, Clin. Chim. Acta, 1979:96:157F:83F.

[16] ISO Guide 34: 2000, General requirements for the competence of reference material
producers.

[17] ISO Guide 35: 2006, Certification of reference materials – General and statistical
principles.

[18] ISO 704:2000, Terminology work – Principles and methods.

[19] ISO 1087-1:2000, Terminology work – Vocabulary – Part 1: Theory and application.

[20] ISO 9000:2005, Quality management systems – Fundamentals and vocabulary.

[21] ISO 10241:1992, International terminology standards – Preparation and layout.

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[22] CODATA Recommended Values of the Fundamental Physical Constants: 2002,


Reviews of Modern Physics, 2005, 77, 107 p. http://physics.nist.gov/constants.

[23] BIPM, Report of the 5th CCQM meeting (1999).

[24] IUPAC, Pure Appl. Chem. , 2003, 75, 1107-1122

[25] Isotopic Composition of the Elements , 2001, J. Phys. Chem. Ref. Data., 2005, 34, 57-
67.

[26] ISO 5725-1:1994 (amendement 1998), Accuracy (trueness and precision) of


measurement methods and results – Part 1: General principles and definitions.

[27] ISO 5725-2:1994 (amendement 2002), Accuracy (trueness and precision) of


measurement methods and results – Part 2: Basic method for the determination of
repeatability and reproducibility of a standard measurement method.

[28] ISO 5725-3:1994 (amendement 2001), Accuracy (trueness and precision) of


measurement methods and results – Part 3: Intermediate measures of the precision of a
standard measurement method.

[29] ISO 5725-4:1994, Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results – Part 4: Basic methods for the determination of the trueness of a standard
measurement method.

[30] ISO 5725-5:1998 (amendement 2005), Accuracy (trueness and precision) of


measurement methods and results – Part 5: Alternative methods for the determination of
the precision of a standard measurement method.

[31] IS0 5725-6:1994 (amendement 2001), Accuracy (trueness and precision) of


measurement methods and results – Part 6: Use in practice of accuracy values.

Apostilas DOC/Metrologia VIM 2006 P.doc 19 AGO 2009

62
JCGM/WG 2 Documento N318

Lista de Acrósticos

BIPM International Bureau of Weights and Measures

CCQM Consultative Committee for Amount of Substance – Metrology in Chemistry

CGPM General Conference on Weights and Measures

CODATA Committee on Data for Science and Technology

GUM Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement

IAEA International Atomic Energy Agency

ICSU International Council of Scientific Unions

IEC International Electrotechnical Commission

IFCC International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine

ILAC International Laboratory Accreditation Cooperation

ISO International Organization for Standardization

IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry

IUPAC-CIAAW International Union of Pure and Applied Chemistry – Commission on Isotopic


Abundances and Atomic Weights

IUPAP International Union of Pure and Applied Physics

JCGM Joint Committee for Guides in Metrology

JCGM/WG 1 Working Group 1 of Joint Committee for Guides in Metrology

JCGM/WG 2 Working Group 2 of Joint Committee for Guides in Metrology

OIML International Organization of Legal Metrology

VIM International Vocabulary of Metrology -- Basic and General Concepts and


Associated Terms

WHO World Health Organization

Apostilas DOC/Metrologia Vocabulario Metrologia 2004.doc 05 FEV 06

63
JCGM/WG 2 Documento N318

ENGLISH INDEX
A
accuracy (1) ................................................... 2.13
accuracy (2) ................................................... 2.14
accuracy of measurement (1).......................... 2.13
accuracy of measurement (2).......................... 2.14
accuracy class................................................ 4.24
adjustment ..................................................... 3.11
adjustment of a measuring system .................. 3.11
adjustment, zero ............................................. 3.12
B
background indication..................................... 2.54
band, dead ..................................................... 4.17
base unit ........................................................ 1.10
base quantity.................................................. 1.4
bias ................................................................ 2.19
blank indication .............................................. 2.54
budget, uncertainty ......................................... 2.33
C
calculus, quantity............................................ 1.21
calibration ...................................................... 2.39
calibration curve ............................................. 4.30
calibration diagram ......................................... 4.29
calibration hierarchy ....................................... 2.40
calibrator ........................................................ 5.12
certified reference material ............................. 5.14
chain, measuring ............................................ 3.10
chain, metrological traceability........................ 2.42
class, accuracy............................................... 4.24
coherent derived unit ...................................... 1.12
coherent system of units ................................. 1.14
combined standard measurement uncertainty.. 2.32
combined standard uncertainty ....................... 2.32
commutability of a reference material.............. 5.15
comparability, metrological ............................. 2.46
compatibility, metrological............................... 2.47
condition, intermediate precision..................... 2.23
condition, limiting............................................ 4.9l
condition, rated operating ............................... 4.8
condition (1), reference................................... 4.10
condition (2), reference................................... 4.11
condition, repeatability.................................... 2.21
condition, reproducibility ................................. 2.25
condition, steady state .................................... 4.7
conservation of a measurement standard ........ 5.11
conventional quantity value............................. 2.12
conventional reference scale .......................... 1.28
conventional value.......................................... 2.12
conventional value of a quantity ...................... 2.12
conversion factor between units ...................... 1.24
correction ....................................................... 2.53
coverage factor .............................................. 2.38
coverage interval ............................................ 2.36
coverage probability ....................................... 2.37
CRM............................................................... 5.14

64
JCGM/WG 2 Documento N318

D
data, reference ............................................... 5.16
data, standard reference................................. 5.17
datum error .................................................... 4.26
dead band ...................................................... 4.17
definitional uncertainty.................................... 2.28
derived quantity .............................................. 1.5
derived unit .................................................... 1.11
derived unit, coherent ..................................... 1.12
detection limit ................................................. 4.18
detector.......................................................... 3.9
device, transfer............................................... 5.9
diagram, calibration ........................................ 4.29
dimension....................................................... 1.7
dimension of a quantity ................................... 1.7
dimension one, quantity of .............................. 1.8
dimensionless quantity ................................... 1.8
discrimination threshold .................................. 4.16
displaying measuring instrument ..................... 3.4
displaying measuring instrument, scale of a .... 3.5
drift, instrumental............................................ 4.20
E
equation, numerical value ............................... 1.25
equation, quantity ........................................... 1.22
equation, unit ................................................. 1.23
error ............................................................... 2.17
error, datum ................................................... 4.26
error, limit of................................................... 4.25
error, maximum permissible ............................ 4.25
error of measurement ..................................... 2.17
error, random ................................................. 2.20
error, systematic............................................. 2.18
error, zero ...................................................... 4.27
etalon ............................................................ 5.1
evaluation, type A ........................................... 2.29
evaluation, type B ........................................... 2.30
expanded measurement uncertainty................ 2.35
expanded uncertainty ..................................... 2.35
F
factor between units, conversion ..................... 1.24
factor, coverage ............................................. 2.38
function, measurement ................................... 2.49
H
hierarchy, calibration ...................................... 2.40
I
indicating measuring instrument...................... 3.3
indication........................................................ 4.1
indication, background.................................... 2.54
indication, blank ............................................. 2.54
indication interval ........................................... 4.2
indication interval, nominal ............................. 4.3
influence quantity ........................................... 2.52
influence quantity, variation due to an ............. 4.21
input quantity.................................................. 2.50
input quantity in a measurement model ........... 2.50
instrument, measuring .................................... 3.1
instrumental drift............................................. 4.20

65
JCGM/WG 2 Documento N318

instrumental uncertainty.................................. 4.23


intermediate measurement precision............... 2.24
intermediate precision .................................... 2.24
intermediate precision condition...................... 2.23
intermediate precision condition of measurement 2.23
international measurement standard ............... 5.2
International System of Units .......................... 1.16
International System of Quantities .................. 1.6
interval, coverage ........................................... 2.36
interval, indication .......................................... 4.2
interval, measuring ......................................... 4.6
interval, nominal ............................................. 4.3
interval, working ............................................. 4.6
intrinsic measurement standard ...................... 5.10
intrinsic standard ............................................ 5.10
ISQ ................................................................ 1.6
K
kind ................................................................ 1.2
kind of quantity ............................................... 1.2
L
limit of detection ............................................. 4.18
limit of error .................................................... 4.25
limiting condition............................................. 4.9
M
maintenance of a measurement standard 5.11
material measure............................................ 3.6
material, reference ......................................... 5.13
material, certified reference ............................ 5.14
maximum permissible error ............................. 4.25
measurand ..................................................... 2.3
measure, material ........................................... 3.6
measured quantity value ................................. 2.10
measured value of a quantity .......................... 2.10
measured value .............................................. 2.10
measurement ................................................. 2.1
measurement accuracy (1).............................. 2.13
measurement accuracy (2).............................. 2.14
measurement bias .......................................... 2.19
measurement error ......................................... 2.17
measurement function .................................... 2.49
measurement method ..................................... 2.5
measurement model ....................................... 2.48
measurement model, input quantity in a .......... 2.50
measurement model, output quantity in a ........ 2.51
measurement precision................................... 2.16
measurement precision, intermediate.............. 2.24
measurement principle.................................... 2.4
measurement procedure ................................. 2.6
measurement procedure, primary.................... 2.8
measurement procedure, reference................. 2.7
measurement repeatability.............................. 2.22
measurement reproducibility ........................... 2.26
measurement result ........................................ 2.9
measurement scale ........................................ 1.27
measurement standard ................................... 5.1
measurement standard, conservation of a ....... 5.11
measurement standard, international .............. 5.2
measurement standard, national ..................... 5.3

66
JCGM/WG 2 Documento N318

measurement standard, primary...................... 5.4


measurement standard, reference................... 5.6
measurement standard, secondary ................. 5.5
measurement standard, travelling ................... 5.8
measurement standard, working ..................... 5.7
measurement trueness ................................... 2.15
measurement uncertainty................................ 2.27
measurement uncertainty, combined standard. 2.32
measurement uncertainty, expanded............... 2.35
measurement uncertainty, null ........................ 4.28
measurement uncertainty, standard ................ 2.31
measurement uncertainty, target ..................... 2.34
measurement unit ........................................... 1.9
measuring chain ............................................. 3.10
measuring instrument ..................................... 3.1
measuring instrument, displaying .................... 3.4
measuring instrument, indicating..................... 3.3
measuring interval .......................................... 4.6
measuring system........................................... 3.2
measuring transducer ..................................... 3.7
method of measurement ................................. 2.5
metrological comparability .............................. 2.46
metrological comparability of measurement results 2.46
metrological compatibility................................ 2.47
metrological compatibility of measurement results 2.47
metrological traceability .................................. 2.41
metrological traceability chain......................... 2.42
metrological traceability to a measurement unit 2.43
metrological traceability to a unit..................... 2.43
metrology ....................................................... 2.2
model ............................................................. 2.48
model of measurement ................................... 2.48
multiple of a unit ............................................. 1.17
N
national measurement standard ...................... 5.3
national standard ............................................ 5.3
nominal indication interval .............................. 4.3
nominal indication interval, range of a ............. 4.4
nominal interval .............................................. 4.3
nominal property............................................. 1.29
nominal quantity value .................................... 4.5
nominal value ................................................. 4.5
null measurement uncertainty ......................... 4.28
numerical quantity value ................................. 1.20
numerical quantity value equation ................... 1.25
numerical value .............................................. 1.20
numerical value equation ................................ 1.25
numerical value of a quantity .......................... 1.20
O
off-system measurement unit .......................... 1.15
off-system unit................................................ 1.15
operating condition, rated ............................... 4.8
ordinal quantity............................................... 1.26
ordinal quantity scale...................................... 1.28
ordinal scale ................................................... 1.28
output quantity................................................ 2.51
output quantity in a measurement model ......... 2.51

67
JCGM/WG 2 Documento N318

P
permissible error, maximum ............................ 4.25
precision ........................................................ 2.16
precision condition, intermediate..................... 2.23
precision, intermediate ................................... 2.24
primary measurement procedure..................... 2.8
primary measurement standard....................... 5.4
primary procedure .......................................... 2.8
primary standard ............................................ 5.4
principle of measurement................................ 2.4
probability, coverage ...................................... 2.37
procedure, measurement ................................ 2.6
procedure, primary ......................................... 2.8
procedure, reference measurement................. 2.7
property, nominal............................................ 1.29
Q
quantities, system of....................................... 1.3
Quantities, International System of ................. 1.6
quantity .......................................................... 1.1
quantity, base................................................. 1.4
quantity calculus............................................. 1.21
quantity, derived ............................................. 1.5
quantity dimension.......................................... 1.7
quantity, dimensionless .................................. 1.8
quantity equation ............................................ 1.22
quantity, influence .......................................... 2.52
quantity, input................................................. 2.50
quantity, kind of .............................................. 1.2
quantity of dimension one ............................... 1.8
quantity, ordinal.............................................. 1.26
quantity, output............................................... 2.51
quantity scale ................................................. 1.27
quantity scale, ordinal..................................... 1.28
quantity value ................................................. 1.19
R
random error .................................................. 2.20
random error of measurement......................... 2.20
random measurement error............................. 2.20
range of a nominal indication interval .............. 4.4
rated operating condition ................................ 4.8
reference condition (1).................................... 4.10
reference condition (2).................................... 4.11
reference data ................................................ 5.16
reference data, standard................................. 5.17
reference material .......................................... 5.13
reference material, certified ............................ 5.14
reference material, commutability of a............. 5.15
reference measurement standard.................... 5.6
reference measurement procedure.................. 2.7
reference quantity value ................................. 5.18
reference standard ......................................... 5.6
reference value .............................................. 5.18
reference scale, conventional ......................... 1.28
repeatability.................................................... 2.22
repeatability condition..................................... 2.21
repeatability condition of measurement ........... 2.21
reproducibility ................................................. 2.26
reproducibility condition .................................. 2.25
reproducibility condition of measurement ........ 2.25

68
JCGM/WG 2 Documento N318

resolution (1) .................................................. 4.14


resolution (2) .................................................. 4.15
result of measurement .................................... 2.9
RM ................................................................. 5.13
S
scale, conventional reference ......................... 1.28
scale, measurement ....................................... 1.27
scale of a displaying measuring instrument ..... 3.5
scale, ordinal quantity..................................... 1.28
scale, quantity ................................................ 1.27
secondary measurement standard .................. 5.5
secondary standard ........................................ 5.5
selectivity ....................................................... 4.13
selectivity of a measuring system.................... 4.13
sensitivity ....................................................... 4.12
sensitivity (deprecated)................................... 4.18
sensor ............................................................ 3.8
SI ................................................................... 1.16
stability........................................................... 4.19
standard, intrinsic ........................................... 5.10
standard, measurement .................................. 5.1
standard measurement uncertainty ................. 2.31
standard, national ........................................... 5.3
standard, primary ........................................... 5.4
standard, reference ........................................ 5.6
standard reference data.................................. 5.17
standard, secondary ....................................... 5.5
standard, travelling ......................................... 5.8
standard uncertainty ....................................... 2.31
standard uncertainty, combined ...................... 2.32
standard uncertainty of measurement ............. 2.31
standard, working ........................................... 5.7
steady state condition ..................................... 4.7
step response time ......................................... 4.22
submultiple of a unit ....................................... 1.18
system, measuring.......................................... 3.2
system of quantities........................................ 1.3
System of Quantities, International ................. 1.6
system of units ............................................... 1.13
system of units, coherent ................................ 1.14
System of Units, International ......................... 1.16
systematic error.............................................. 2.18
systematic error of measurement .................... 2.18
systematic measurement error ........................ 2.18
T
target measurement uncertainty...................... 2.34
target uncertainty ........................................... 2.34
threshold, discrimination ................................. 4.16
traceability chain ............................................ 2.42
traceability, metrological ................................. 2.41
traceability to a unit, metrological.................... 2.43
transducer, measuring .................................... 3.7
transfer device................................................ 5.9
travelling measurement standard .................... 5.8
travelling standard .......................................... 5.8
true value ....................................................... 2.11
true quantity value .......................................... 2.11
true value of a quantity ................................... 2.11
trueness ......................................................... 2.15

69
JCGM/WG 2 Documento N318

trueness of measurement ............................... 2.15


type A evaluation ............................................ 2.29
type A evaluation of measurement uncertainty 2.29
type B evaluation ............................................ 2.30
type B evaluation of measurement uncertainty 2.30
U
uncertainty ..................................................... 2.27
uncertainty budget .......................................... 2.33
uncertainty, definitional................................... 2.28
uncertainty, expanded .................................... 2.35
uncertainty, instrumental................................. 4.23
uncertainty of measurement............................ 2.27
uncertainty, standard ...................................... 2.31
uncertainty, target .......................................... 2.34
unit................................................................. 1.9
unit, base ....................................................... 1.10
unit, coherent derived ..................................... 1.12
unit, derived ................................................... 1.11
unit equation .................................................. 1.23
unit, multiple of a ............................................ 1.17
unit of measurement ....................................... 1.9
unit, off-system ............................................... 1.15
unit, submultiple of a ...................................... 1.18
unit, metrological traceability to a.................... 2.43
units, coherent system of ................................ 1.14
units, system of .............................................. 1.13
Units, International System of ......................... 1.16
V
validation........................................................ 2.45
value .............................................................. 1.19
value, conventional......................................... 2.12
value, measured ............................................. 2.10
value, nominal ................................................ 4.5
value, numerical ............................................. 1.20
value of a quantity .......................................... 1.19
value, reference ............................................. 5.18
value, true ...................................................... 2.11
variation due to an influence quantity .............. 4.21
verification...................................................... 2.44
W
working interval .............................................. 4.6
working measurement standard ...................... 5.7
working standard ............................................ 5.7
Z
zero adjustment .............................................. 3.12
zero adjustment of a measuring system .......... 3.12
zero error ....................................................... 4.27

70
JCGM/WG 2 Documento N318

INDEX FRANÇAIS
A
afficheur, appareil........................................... 3.4
ajustage ......................................................... 3.11
ajustage d'un système de mesure ................... 3.11
aléatoire, erreur.............................................. 2.20
algèbre des grandeurs .................................... 1.21
anticipée, incertitude ...................................... 2.34
appareil afficheur............................................ 3.4
appareil de mesure......................................... 3.1
appareil de mesure afficheur........................... 3.4
appareil de mesure afficheur, échelle d’un ...... 3.5
appareil de mesure indicateur ......................... 3.3
appareil indicateur .......................................... 3.3
assignée de fonctionnement, condition............ 4.8
attribut............................................................ 1.29
B
base, grandeur de .......................................... 1.4
base, unité de................................................. 1.10
bilan d'incertitude ........................................... 2.33
blanc, indication du......................................... 2.54
C
calibre ............................................................ 4.3
capteur........................................................... 3.8
certifié, matériau de référence ........................ 5.14
chaîne de mesure ........................................... 3 10
chaîne de traçabilité métrologique .................. 2.42
cible, incertitude ............................................. 2.34
classe d'exactitude ......................................... 4.24
cohérent d'unités, système ............................. 1.14
cohérente, unité dérivée ................................. 1.12
commutabilité d'un matériau de référence ....... 5.15
comparabilité métrologique ............................. 2.46
compatibilité de mesure .................................. 2.47
compatibilité métrologique .............................. 2.47
composée, incertitude-type ............................. 2.32
condition assignée de fonctionnement............. 4.8
condition de fidélité intermédiaire.................... 2.23
condition de référence (1) ............................... 4.10
condition de référence (2) ............................... 4.11
condition de régime établi ............................... 4.7
condition de régime permanent ....................... 4.7
condition de répétabilité.................................. 2.21
condition de reproductibilité ............................ 2.25
condition limite ............................................... 4.9
confiance, niveau de....................................... 2.37
conservation d'un étalon ................................. 5.11
constance....................................................... 4.19
conventionnelle, valeur ................................... 2.12
conversion entre unités, facteur de ................. 1.24
correction................................................................. 2.53
courbe d’étalonnage ....................................... 4.30
D
définitionnelle, incertitude ............................... 2.28
dérive instrumentale ....................................... 4.20
dérivée cohérente, unité ................................. 1.12
dérivée, grandeur ........................................... 1.5
dérivée, unité ................................................. 1.11

71
JCGM/WG 2 Documento N318

détecteur ........................................................ 3.9


détection, limite de ......................................... 4.18
diagramme d’étalonnage................................. 4.29
dimension....................................................... 1.7
dimension d'une grandeur............................... 1.7
dimension, grandeur sans............................... 1.8
dimension un, grandeur de ............................. 1.8
dispositif de transfert ...................................... 5.9
donnée de référence normalisée..................... 5.17
donnée de référence....................................... 5.16
E
échelle ........................................................... 3.5
échelle d’un appareil de mesure afficheur ....... 3.5
échelle de grandeurs ...................................... 1.27
échelle de mesure .......................................... 1.27
échelle de repérage........................................ 1.28
échelle ordinale .............................................. 1.28
échelon, temps de réponse à un ..................... 4.22
élargi, intervalle .............................................. 2.36
élargie, incertitude .......................................... 2.35
élargissement, facteur d'................................. 2.38
entrée, grandeur d' ......................................... 2.50
environnement, indication d' ........................... 2.54
équation aux grandeurs .................................. 1.22
équation aux unités ........................................ 1.23
équation aux valeurs numériques.................... 1.25
erreur ............................................................. 2.17
erreur à zéro .................................................. 4.27
erreur aléatoire............................................... 2.20
erreur au point de contrôle.............................. 4.26
erreur de justesse........................................... 2.19
erreur de mesure ............................................ 2.17
erreur, limite d’ ............................................... 4.25
erreur maximale tolérée .................................. 4.25
erreur systématique ........................................ 2.18
établi, condition de régime .............................. 4.7
étalon ............................................................. 5.1
étalon, conservation d'un ................................ 5.11
étalon de référence......................................... 5.6
étalon de travail .............................................. 5.7
étalon d'étalonnage ........................................ 5.12
étalon international ......................................... 5.2
étalon intrinsèque ........................................... 5.10
étalon, maintenance d'un ................................ 5.11
étalon national................................................ 5.3
étalon primaire ............................................... 5.4
étalon secondaire ........................................... 5.5
étalon voyageur .............................................. 5.8
étalonnage ..................................................... 2.39
étalonnage, courbe d’ ..................................... 4.30
étalonnage, diagramme d’............................... 4.29
étalonnage, étalon d' ...................................... 5.12
étalonnage, hiérarchie d' ................................ 2.40
étendue de mesure ......................................... 4.4
étendue nominale ........................................... 4.4
évaluation de type A ....................................... 2.29
évaluation de type A de l'incertitude................ 2.29
évaluation de type B ....................................... 2.30
évaluation de type B de l'incertitude................ 2.30
exactitude (1) ................................................. 2.13

72
JCGM/WG 2 Documento N318

exactitude (2) ................................................. 2.14


exactitude, classe d' ....................................... 4.24
exactitude de mesure (1) ................................ 2.13
exactitude de mesure (2) ................................ 2.14
F
facteur de conversion entre unités .................. 1.24
facteur d'élargissement................................... 2.38
fidélité ............................................................ 2.16
fidélité de mesure ........................................... 2.16
fidélité intermédiaire de mesure ...................... 2.24
fidélité intermédiaire ....................................... 2.24
fidélité intermédiaire, condition de................... 2.23
fonction de mesure ......................................... 2.49
G
grandeur......................................................... 1.1
grandeur d'entrée ........................................... 2.50
grandeur d'entrée dans un modèle de mesure. 2.50
grandeur d'influence ....................................... 2.52
grandeur d’influence, variation due à une........ 4.21
grandeur de base ........................................... 1.4
grandeur de dimension un .............................. 1.8
grandeur de sortie .......................................... 2.51
grandeur de sortie dans un modèle de mesure 2.51
grandeur dérivée ............................................ 1.5
grandeur, dimension d'une.............................. 1.7
grandeur, nature de ........................................ 1.2
grandeur ordinale ........................................... 1.26
grandeur repérable ......................................... 1.26
grandeur sans dimension................................ 1.8
grandeur, valeur d'une .................................... 1.19
grandeurs, algèbre des ................................... 1.21
grandeurs, échelle de ..................................... 1.27
grandeurs, équation aux ................................. 1.22
grandeurs, système de ................................... 1.3
grandeurs, Système international de ............... 1.6
H
hiérarchie d'étalonnage .................................. 2.40
hors système, unité ........................................ 1.15
I
incertitude ...................................................... 2.27
incertitude anticipée ....................................... 2.34
incertitude, bilan d' ......................................... 2.33
incertitude cible .............................................. 2.34
incertitude de mesure à zéro........................... 4.28
incertitude de mesure ..................................... 2.27
incertitude définitionnelle ................................ 2.28
incertitude élargie ........................................... 2.35
incertitude instrumentale................................. 4.23
incertitude-type composée .............................. 2.32
incertitude-type............................................... 2.31
indicateur, appareil ......................................... 3.3
indication........................................................ 4.1
indication d'environnement ............................. 2.54
indication du blanc.......................................... 2.54
indications, intervalle des ............................... 4.2
indications, intervalle nominal des .................. 4.3
influence, grandeur d' ..................................... 2.52
instrumentale, dérive ...................................... 4.20
instrumentale, incertitude................................ 4.23
intermédiaire, fidélité ...................................... 2.24

73
JCGM/WG 2 Documento N318

international d'unités, Système ....................... 1.16


international de grandeurs, Système ............... 1.6
international, étalon ........................................ 5.2
intervalle de mesure ....................................... 4.6
intervalle des indications ................................ 4.2
intervalle élargi ............................................... 2.36
intervalle nominal ........................................... 4.3
intervalle nominal des indications ................... 4.3
intrinsèque, étalon .......................................... 5.10
ISQ ................................................................ 1.6
J
justesse.......................................................... 2.15
justesse de mesure ........................................ 2.15
justesse, erreur de.......................................... 2.19
L
limite, condition .............................................. 4.9
limite d’erreur ................................................. 4.25
limite de détection .......................................... 4.18
M
maintenance d'un étalon ................................. 5.11
matérialisée, mesure ...................................... 3.6
matériau de référence certifié ......................... 5.14
matériau de référence..................................... 5.13
matériau de référence, commutabilité d'un ...... 5.15
maximale tolérée, erreur ................................. 4.25
mesurage ....................................................... 2.1
mesurande ..................................................... 2.3
mesure matérialisée ....................................... 3.6
mesure ........................................................... 2.1
mesure, échelle de ......................................... 1.27
mesure, fonction de ........................................ 2.49
mesure, résultat de......................................... 2.9
mesurée, valeur.............................................. 2.10
méthode de mesure ........................................ 2.5
métrologie ...................................................... 2.2
mobilité .......................................................... 4.16
mode opératoire de mesure de référence ........ 2.7
mode opératoire de mesure ............................ 2.6
mode opératoire primaire ................................ 2.8
modèle ........................................................... 2.48
modèle de mesure .......................................... 2.48
modèle de mesure, grandeur d'entrée dans un 2.50
modèle de mesure, grandeur de sortie dans un 2.51
morte, zone .................................................... 4.17
MR ................................................................. 5.13
MRC............................................................... 5.14
multiple d'une unité......................................... 1.17
N
national, étalon............................................... 5.3
nature ............................................................ 1.2
nature de grandeur ......................................... 1.2
niveau de confiance........................................ 2.37
nominal, intervalle .......................................... 4.3
nominale, étendue .......................................... 4.4
nominale, valeur ............................................. 4.5
normalisée, donnée de référence.................... 5.17
numérique, valeur ........................................... 1.20
O
opératoire de mesure, mode ........................... 2.6
opératoire, procédure ..................................... 2.6

74
JCGM/WG 2 Documento N318

ordinale, échelle ............................................. 1.28


ordinale, grandeur .......................................... 1.26
P
permanent, condition de régime ...................... 4.7
point de contrôle, erreur au............................. 4.26
primaire, étalon .............................................. 5.4
primaire, procédure opératoire ........................ 2.8
principe de mesure ......................................... 2.4
procédure opératoire de référence .................. 2.7
procédure opératoire primaire ......................... 2.8
procédure opératoire ...................................... 2.6
propriété qualitative ........................................ 1.29
Q
qualitative, propriété ....................................... 1.29
R
référence (1), condition de.............................. 4.10
référence (2), condition de.............................. 4.11
référence certifié, matériau de ........................ 5.14
référence, donnée de...................................... 5.16
référence, étalon de........................................ 5.6
référence, matériau de.................................... 5.13
référence normalisée, donnée de.................... 5.17
référence, procédure opératoire de ................. 2.7
référence, valeur de........................................ 5.18
régime établi, condition de .............................. 4.7
régime permanent, condition de ...................... 4.7
réglage de zéro .............................................. 3.12
repérable, grandeur ........................................ 1.26
repérage, échelle de....................................... 1.28
répétabilité ..................................................... 2.22
répétabilité, condition de................................. 2.21
répétabilité de mesure .................................... 2.22
réponse à un échelon, temps de ..................... 4.22
reproductibilité................................................ 2.26
reproductibilité, condition de ........................... 2.25
reproductibilité de mesure .............................. 2.26
résolution (1) .................................................. 4.14
résolution (2) .................................................. 4.15
résultat de mesure.......................................... 2.9
résultat d'un mesurage ................................... 2.9
S
sans dimension, grandeur............................... 1.8
secondaire, étalon .......................................... 5.5
sélectivité ....................................................... 4.13
sensibilité ....................................................... 4.12
seuil de mobilité ............................................. 4.16
SI ................................................................... 1.16
sortie, grandeur de ......................................... 2.51
sous-multiple d'une unité ................................ 1.18
stabilité .......................................................... 4.19
systématique, erreur ....................................... 2.18
système cohérent d'unités .............................. 1.14
système d'unités............................................. 1.13
système de grandeurs .................................... 1.3
système de mesure ........................................ 3.2
Système international d'unités ........................ 1.16
Système international de grandeurs ................ 1.6
système, unité hors ........................................ 1.15

75
JCGM/WG 2 Documento N318

T
temps de réponse à un échelon ...................... 4.22
tolérée, erreur maximale ................................. 4.25
traçabilité, chaîne de ...................................... 2.42
traçabilité métrologique .................................. 2.41
traçabilité métrologique à une unité ................ 2.43
traçabilité métrologique à une unité de mesure 2.43
transducteur de mesure .................................. 3.7
transfert, dispositif de ..................................... 5.9
travail, étalon de............................................. 5.7
type A de l'incertitude, évaluation de............... 2.29
type B de l'incertitude, évaluation de............... 2.30
type, incertitude-............................................. 2.31
U
unité............................................................... 1.9
unité de base.................................................. 1.10
unité de mesure.............................................. 1.9
unité dérivée cohérente .................................. 1.12
unité dérivée .................................................. 1.11
unité hors système ......................................... 1.15
unité, multiple d'une........................................ 1.17
unité, sous-multiple d'une ............................... 1.18
unité, traçabilité métrologique à une ............... 2.43
unités, équation aux ....................................... 1.23
unités, système cohérent d' ............................ 1.14
unités, système d'........................................... 1.13
unités, Système international d' ...................... 1.16
V
valeur ............................................................. 1.19
valeur conventionnelle .................................... 2.12
valeur conventionnelle d'une grandeur ............ 2.12
valeur d'une grandeur ..................................... 1.19
valeur de référence......................................... 5.18
valeur mesurée............................................... 2.10
valeur nominale .............................................. 4.5
valeur numérique............................................ 1.20
valeur numérique d'une grandeur.................... 1.20
valeur vraie .................................................... 2.11
valeur vraie d'une grandeur ............................ 2.11
valeurs numériques, équation aux................... 1.25
validation........................................................ 2.45
variation due à une grandeur d’influence......... 4.21
vérification...................................................... 2.44
voyageur, étalon ............................................. 5.8
vraie, valeur ................................................... 2.11
Z
zéro, erreur à ................................................. 4.27
zéro, incertitude de mesure à.......................... 4.28
zéro, réglage de ............................................. 3.12
zone morte ..................................................... 4.17

76

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