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Exemplos - Dependência Linear

Exemplo 1: O conjunto {(1, 0), (0, 1)} em R2 é Linearmente Independente.

De fato, a equação:
α1 (1, 0) + α2 (0, 1) = (0, 0)
só vale para α1 = α2 = 0. Assim, os vetores (1, 0) e (0, 1) são L.I.

Exemplo 2: Os elementos v1 = (1, 2) e v2 = (3, 6) do espaço vetorial R2 são Linearmente


Dependentes.

De fato, temos que a equação:

α1 v1 + α2 v2 = e ⇒ α1 (1, 2) + α2 (3, 6) = (0, 0)

É verdadeira para α1 = 3 e α2 = −1. Assim, v1 e v2 são L.D.


Também podemos verificar que (3, 6) = 3(1, 2) ⇒ v2 = 3v1 , ou seja, v2 é combinação linear de v1 .

Geometricamente, quando dois elementos em R2 ou R3 são Linearmente Dependentes, eles estão


na mesma reta, quando colocados na mesma origem.

Figura 1: Os vetores v1 e v2 são L.D.

Exemplo 3: Os elementos v1 = (1, 2) e v2 = (4, 3) de R2 são Linearmente Independentes.

De fato, a equação:
α1 v1 + α2 v2 = e ⇒ α1 (1, 2) + α2 (4, 3) = (0, 0)
Vale apenas para α1 = α2 = 0.

Geometricamente, quando dois elementos em R2 ou R3 são L.I., eles não estão na mesma reta,
quando colocados na mesma origem.
Exemplo 4: O conjunto {(1, 1, 1), (1, 2, 1), (3, 2, −1)} ⊂ R3 é Linearmente Independente.

Tome a equação:
α1 (1, 1, 1) + α2 (1, 2, 1) + α3 (3, 2, −1) = (0, 0, 0) ⇔

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Figura 2: Os vetores v1 e v2 são L.I.

 
 α1 + α2 + 3α3 = 0  α1 + α2 + 3α3 = 0
⇔ α1 + 2α2 + 2α3 = 0 escalonamento
−−−−−−−−−−−→  α2 − α3 = 0
α1 + α2 − α3 = 0 −4α3 = 0

Este sistema tem como única solução α1 = α2 = α3 = 0.


Assim, {(1, 1, 1), (1, 2, 1), (3, 2, −1)} é L.I.

Exemplo 5: Os elementos v1 = (1, 3, 2), v2 = (−2, −2, 1) e v3 = (−3, −1, 4) de R3 são


Linearmente Dependentes.

Tome a equação:

α1 v1 + α2 v2 + α3 v3 = e ⇒ α1 (1, 3, 2) + α2 (−2, −2, 1) + α3 (−3, −1, 4) = (0, 0, 0) ⇔


 
 α1 − 2α2 − 3α3 = 0  α1 − 2α2 − 3α3 = 0
⇔ 3α1 − 2α2 − α3 = 0 escalonamento
−−−−−−−−−−−→  20α2 + 40α3 = 0
2α1 + α2 + 4α3 = 0 0α2 + 0α3 = 0

Obtemos um sistema linear que tem como solução: α2 = −2α3 , α1 = −α3 com α3 ∈ R livre. As-
sim, para algum α3 6= 0 a equação vale, portanto v1 = (1, 3, 2), v2 = (−2, −2, 1) e v3 = (−3, −1, 4)
são L.D.

De fato, podemos ver que o vetor v3 = (−3, −1, 4) é combinação linear dos vetores v1 = (1, 3, 2)
e v2 = (−2, −2, 1), uma vez que: (−3, −1, 4) = (1, 3, 2) + 2(−2, −2, 1) ⇒ v3 = v1 + 2v2 .

Geometricamente, se três vetores em R3 são Linearmente Dependentes, eles estão no mesmo


plano, quando colocados na mesma origem.

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Figura 3: Os vetores v1 , v2 e v3 são L.D.

Exemplo 6: Os polinômios 1, x, x2 , x3 ∈ P3 (R) são Linearmente Independentes.

De fato, temos que:


α1 + α2 x + α3 x2 + α4 x3 = 0 + 0x + 0x2 + 0x3
só vale se α1 = α2 = α3 = α4 = 0.

Exemplo 7: O subconjunto 2x, x2 + 1, x + 1, x2 − 1 de P2 (R) é Linearmente Dependente.




Tomando a equação:
α1 2x + α2 (x2 + 1) + α3 (x + 1) + α4 (x2 − 1) = 0 + 0x + 0x2 ⇒
⇒ (α2 + α3 − α4 ) + (2α1 + α3 )x + (α2 + α4 )x2 = 0 + 0x + 0x2
Dois polinômios são iguais se os coeficientes de cada termo é igual, assim temos:

 α2 + α3 − α4 =0
2α1 + α3 =0
α2 + α4 =0

Que é um sistema linear homogêneo com três equações e quatro incógnitas, ou seja, admite mais
de uma solução além da trivial. Assim, podemos afirmar que o conjunto 2x, x2 + 1, x + 1, x2 − 1


é L.D.
     
1 1 2 1 0 0
Exemplo 8: As matrizes M1 = , M2 = , M3 = e M4 =
0 0 0 0 0 2
 
0 1
pertencentes a M2 (R) são Linearmente Independentes.
1 0

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De fato, tomando a equação:
         
1 1 2 1 0 0 0 1 0 0
α1 + α2 + α3 + α4 =
0 0 0 0 0 2 1 0 0 0

Obtemos o sistema:


 α1 + 2α2 =0  
α1 + α2 + α4 =0 α1 + 2α2 = 0 α1 + 2α2 = 0

⇒ ⇒

 α4 =0 α1 + α2 = 0 −α2 = 0
2α3 = 0 ⇒ α3 = 0

Do qual obtemos α1 = α2 = α3 = α4 = 0. Assim, as matrizes M1 , M2 , M3 e M4 são L.I.

Exemplo 9: Determinar c para que o conjunto {(3, 5c, 1), (2, 0, 4), (1, c, 3)} seja Linearmente
Independente.

Tomando a equação:

α1 (3, 5c, 1) + α2 (2, 0, 4) + α3 (1, c, 3) = (0, 0, 0)

Obtemos o sistema: 
 3α1 + 2α2 + α3 = 0
5cα1 + cα3 = 0
α1 + 4α2 + 3α3 = 0

Para que o conjunto seja linearmente independente, temos que ter α1 = α2 = α3 = 0, ou seja,
o sistema linear homogêneo acima deve admitir somente a solução trivial. Mas para isso, basta
que a matriz do sistema tenha determinante diferente de 0. Isto é:

3 2 1
5c 0 c 6= 0 ⇒ 2c + 20c − 30c − 12c 6= 0 ⇒ −20c 6= 0 ⇒ c 6= 0
1 4 3

Assim, para algum c 6= 0 o conjunto {(3, 5c, 1), (2, 0, 4), (1, c, 3)} é L.I. e para c = 0 temos que o
conjunto é L.D.

Exemplo 10: O subconjunto {(1, 1, 0, 0), (0, 1, 0, 2), (0, 0, 1, 0), (0, 2, −1, 4)} de R4 é Linear-
mente Dependente.

De fato, temos que:

0(1, 1, 0, 0) + 2(0, 1, 0, 2) − (0, 0, 1, 0) = (0, 2, −1, 4)

Ou seja, um dos vetores é combinação linear dos demais, assim o subconjunto é L.D.

Considere o subespaço S = [(1, 1, 0, 0), (0, 1, 0, 2), (0, 0, 1, 0), (0, 2, −1, 4)] de R4 . Como já vi-
mos, um dos vetores pode ser escrito como combinação linear dos demais. Pela propriedade (P7)
podemos extraí-lo do conjunto de geradores e temos:

S = [(1, 1, 0, 0), (0, 1, 0, 2), (0, 0, 1, 0)]

Ou seja, os três vetores restantes ainda geram S.

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