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Provas de CDI3 Resolvidas

Luís Barreira e Claudia Valls

Para o Teste 1

Para o Teste 2

Para o Teste 3

Para o Exame
Provas de CDI3 Resolvidas, Luís Barreira e Claudia Valls 1

TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) Temos AeA A = eA A para pelo menos uma matriz quadrada não nula A.
b) O conjunto das soluções da equação x′ = t cos x é um espaço linear.
c) A equação x′′ x′ = 0 tem pelo menos uma solução ilimitada.
d) Uma solução da equação tx′ + x = 0 é x(t) = 1/t com t ∈ R+ .

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.

2. a) As soluções da equação (D2 − 1)(D − 1)x = 0 são:


i) c1 e−t + c2 et + c3 te−t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R. ii) c1 cos t + c2 et + c3 tet com c1 , c2 , c3 , t ∈ R.
iii) c1 e−t + c2 et + c3 t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R. iv) c1 e−t + c2 et + c3 tet com c1 , c2 , c3 , t ∈ R.

b) As soluções da equação em 2a com x(0) = x′ (0) = 0 são:


i) c1 (cos t − et + tet ) com c1 , t ∈ R. ii) c1 (e−t − et + 2te−t ) com c1 , t ∈ R.
iii) c1 (e−t − et + 2tet ) com c1 , t ∈ R. iv) c1 (e−t − et + 2t) com c1 , t ∈ R.

c) As soluções da equação em 2a com x(t) = x(−t) para t ∈ R são:


i) c1 cos t com c1 , t ∈ R. ii) 0 com t ∈ R.
iii) c1 (et + e−t ) com c1 , t ∈ R. iv) c1 e−t + c2 et com c1 , c2 , t ∈ R.

3. a) Um factor integrante para a equação 4 cos x − (t sen x)x′ = 0 em {(t, x) ∈ R2 : t > 0} é:


i) x2 . ii) t3 . iii) t. iv) x.

b) As soluções da equação em 3a têm a expressão analítica:


i) arctg(c/t) com c ∈ R. ii) arcsen(c/t4 ) com c ∈ R.
iii) arccos(c/t4 ) com c ∈ R. iv) c arccos(t2 ) com c ∈ R.

c) O intervalo de definição da solução da equação em 3a com x(1) = π/4 é:


√ √ √
i) ]1/ 8 2, +∞[. ii) ]1/ 4 2, +∞[. iii) R+ . iv) ]1/ 2, 1[.
3 0

4. a) Determine eAt para a matriz A = −1 2 .
 
b) Determine a solução da equação x′ = 3 0
−1 2 x + ( 11 ) com x(1) = 1
−1 .
c) Determine uma função diferenciável V : R2 → R tal que para qualquer solução x(t) da equação

x′ = −1 2 x que nunca se anula temos dt V (x(t)) > 0 para t ∈ R.
3 0 d
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RESOLUÇÃO
1. a) V b) F c) V d) V 2. a) iv b) iii c) iii 3. a) ii b) iii c) i
Esboço para 2: Como (D2 −1)(D−1)x = (D−1)2 (D+1)x = 0, vem x(t) = c1 e−t +c2 et +c3 tet com
c1 , c2 , c3 , t ∈ R. De x(0) = x′ (0) = 0 vem c1 + c2 = −c1 + c2 + c3 = 0 e x(t) = c1 (e−t − et + 2tet )
com c1 , t ∈ R. As soluções com x(t) = x(−t) satisfazem c1 e−t +c2 et +c3 tet = c1 et +c2 e−t −c3 te−t
para t ∈ R, de onde vem c1 = c2 e c3 = 0, ou seja, x(t) = c1 (et + e−t ) com c1 , t ∈ R.

Esboço para 3: N1 ∂M ∂x − ∂t
∂N
= (−4 sen x + sen x)/(−t sen x) = 3/t e um factor integrante é
µ(t) = t3 . De ∂Φ = 4t 3
cos x vem Φ(t, x) = t4 cos x + C(x) e ∂Φ
∂x = −t4 sen x + C ′ (x) = −t4 sen x.
∂t √ √
Para C(x) = 0 vem t4 cos x = c ∈ R. De x(1) = π/4 vem c = 1/ 2 e de 1/( 2t4 ) ∈ [−1, 1] vem

t ∈ ]1/ 8 2, +∞[.

4. a) De det(A − λId) = (3 − λ)(2 − λ), obtemos os valores próprios λ = 3 e λ = 2. Os vectores


próprios v1 = ( xy ) associados a λ = 3 satisfazem
! ! ! ! !
x 0 0 x 0 0
(A − 3Id) = = =
y −1 −1 y −x − y 0

e podemos tomar v1 = 1
−1 . Os vectores próprios v2 = ( xy ) associados a λ = 2 satisfazem
! ! ! ! !
x 1 0 x x 0
(A − 2Id) = = =
y −1 0 y −x 0

e podemos tomar v2 = ( 01 ). Temos então S = 1 0
−1 1 , pelo que S −1 = ( 11 01 ) e
! ! ! !
At S −1 ASt −1 e3t 0 −1 e3t 0 1 0 e3t 0
e = Se S =S S = = .
0 e2t −e3t e2t 1 1 e2t − e3t e2t

b) Pela Fórmula de variação das constantes temos


! ! Z ! !
t
e3(t−1) 0 1 e3(t−s) 0 1
x(t) = + ds
e 2(t−1)
− e3(t−1) e2(t−1) −1 1 e 2(t−s)
− e3(t−s) e2(t−s) 1
Rt ! !
e3(t−1) + 1 e3(t−s) ds e3(t−1) − 13 + 13 e3(t−1)
= Rt =
−e3(t−1) + 1 (2e2(t−s) − e3(t−s) ) ds −e3(t−1) − 1 + 13 + e2(t−1) − 13 e3(t−1)

e portanto x(t) = ( 43 e3(t−1) − 13 , − 43 e3(t−1) − 2


3 + e2(t−1) )T com t ∈ R.
c) Para qualquer solução x = (z, w) da equação temos z ′ = 3z e w′ = −z + 2w, de onde vem

d 2
(z + w2 ) = 2z · 3z + 2w(−z + 2w) = 6z 2 − 2zw + 4w2 = (z − w)2 + 5z 2 + 3w2 > 0
dt

se a solução nunca se anula. Logo, podemos tomar V (z, w) = z 2 + w2 .


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TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
e3t e3t −1

a) Existe uma matriz quadrada A tal que eAt = 0 e2t
para qualquer t ∈ R.
b) Todas as soluções da equação x′ = t2 x + t3 têm domínio R.
c) O conjunto das soluções da equação x′ = et
2
+cos t
x é um espaço linear.
d) Uma solução da equação t2 x′ − x = 0 é x(t) = e−1/t com t ∈ R+ .

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.

2. a) As soluções da equação (D2 − 4)(D + 2)x = 0 são:


i) c1 e−2t + c2 e2t + c3 te−2t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R. ii) c1 cos(2t) + c2 e2t + c3 te2t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R.
iii) c1 e−2t + c2 e2t + c3 t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R. iv) c1 e−2t + c2 e2t + c3 te2t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R.

b) As soluções da equação em 2a com x(0) = x′ (0) = 0 são:


i) c1 (e−2t − e2t + 4te−2t ) com c1 , t ∈ R. ii) c1 (e−2t − e2t + 4t) com c1 , t ∈ R.
iii) c1 (cos(2t) − e2t + 2te2t ) com c1 , t ∈ R. iv) c1 (e−2t − e2t + 4te2t ) com c1 , t ∈ R.

c) As soluções da equação em 2a com x(t) = −x(−t) para t ∈ R são:


i) c1 cos(2t) com c1 , t ∈ R. ii) 0 com t ∈ R.
iii) c1 (e−2t − e2t ) com c1 , t ∈ R. iv) c1 e−2t − c2 e2t com c1 , c2 , t ∈ R.

3. a) Um factor integrante para a equação 2 sen x + (t cos x)x′ = 0 em {(t, x) ∈ R2 : t > 0} é:


i) x4 . ii) t2 . iii) t. iv) x2 .

b) As soluções da equação em 3a têm a expressão analítica:


i) arctg(c/t) com c ∈ R. ii) arcsen(c/t2 ) com c ∈ R.
iii) arcsen(ct2 ) com c ∈ R. iv) c arccos(t2 ) com c ∈ R.

c) O intervalo de definição da solução da equação em 3a com x(1) = π/4 é:


√ √ √
i) ]1/ 4 2, +∞[. ii) ]1/ 2, +∞[. iii) R+ . iv) ]1/ 2, 1[.
2 0

4. a) Determine eAt para a matriz A = −1 3 .
 
b) Determine a solução da equação x′ = 2 0
−1 3 x + ( 11 ) com x(2) = 1
−1 .
c) Determine uma função diferenciável V : R2 → R tal que para qualquer solução x(t) da equação

x′ = −1 3 x que nunca se anula temos dt V (x(t)) > 0 para t ∈ R.
2 0 d
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RESOLUÇÃO
1. a) F b) V c) V d) V 2. a) i b) i c) iii 3. a) iii b) ii c) i
Esboço para 2: Como (D2 − 4)(D + 2)x = (D − 2)(D + 2)2 x = 0, vem x(t) = c1 e−2t + c2 e2t +
c3 te−2t com c1 , c2 , c3 , t ∈ R. De x(0) = x′ (0) = 0 vem c1 + c2 = −2c1 + 2c2 + c3 = 0 e
portanto x(t) = c1 (e−2t − e2t + 4te−2t ) com c1 , t ∈ R. As soluções com x(t) = −x(−t) satisfazem
c1 e−2t + c2 e2t + c3 te−2t = −c1 e2t − c2 e−2t + c3 te2t para t ∈ R, de onde vem c1 = −c2 e c3 = 0,
ou seja, x(t) = c1 (e−2t − e2t ) com c1 , t ∈ R.

Esboço para 3: N1 ∂M∂x − ∂t = (2 cos x − cos x)/(t cos x) = 1/t e um factor integrante é µ(t) = t.
∂N

De ∂t = 2t sen x vem Φ(t, x) = t2 sen x + C(x) e ∂Φ


∂Φ
= t2 cos x + C ′ (x) = t2 cos x. Para C(x) = 0
√∂x √ √
vem t sen x = c ∈ R. De x(1) = π/4 vem c = 1/ 2 e de 1/( 2t2 ) ∈ [−1, 1] vem t ∈ ]1/ 4 2, +∞[.
2

4. a) De det(A − λId) = (2 − λ)(3 − λ), obtemos os valores próprios λ = 2 e λ = 3. Os vectores


próprios v1 = ( xy ) associados a λ = 2 satisfazem
! ! ! ! !
x 0 0 x 0 0
(A − 2Id) = = =
y −1 1 y −x + y 0

e podemos tomar v1 = ( 11 ). Os vectores próprios v2 = ( xy ) associados a λ = 3 satisfazem


! ! ! ! !
x −1 0 x −x 0
(A − 3Id) = = =
y −1 0 y −x 0

e podemos tomar v2 = ( 01 ). Temos então S = ( 11 01 ) , pelo que S −1 = 1 0
−1 1 e
! ! ! !
−1 e2t 0 e2t 0 1 0 e2t 0
eAt = SeS ASt
S −1 = S S −1 = = .
0 e3t e2t e3t −1 1 e2t − e3t e3t

b) Pela Fórmula de variação das constantes temos


! ! Z ! !
t
e2(t−2) 0 1 e2(t−s) 0 1
x(t) = + ds
e2(t−2) − e3(t−2) e3(t−2) −1 2 e 2(t−s)
− e3(t−s)
e 3(t−s)
1
Rt ! !
e2(t−2) + 2 e2(t−s) ds e2(t−2) − 21 + 12 e2(t−2)
= Rt =
e2(t−2) − 2e3(t−2) + 2 e2(t−s) ds e2(t−2) − 2e3(t−2) − 12 + 21 e2(t−2)

e portanto x(t) = ( 32 e2(t−2) − 12 , − 12 + 32 e2(t−2) − 2e3(t−2) )T com t ∈ R.


c) Para qualquer solução x = (z, w) da equação temos z ′ = 2z e w′ = −z + 3w, de onde vem

d 2
(z + w2 ) = 2z · 2z + 2w(−z + 3w) = 4z 2 − 2zw + 6w2 = (z − w)2 + 3z 2 + 5w2 > 0
dt

se a solução nunca se anula. Logo, podemos tomar V (z, w) = z 2 + w2 .


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TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) O conjunto das soluções da equação (D3 − D2 )x = 2x é um espaço linear.
b) Temos rot ∇ div f = 0 para qualquer f : R3 → R3 de classe C 3 .
c) O domínio da transformada de Laplace de tet contém z = 3.
d) A equação (D2 − 1)2 x = (D − 1)2 x tem soluções que são polinómios não nulos.

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.

2. a) As soluções da equação (D2 − 1)(D2 − 4)x = 1 são:


i) 1
2 + c1 et + c2 e−t + c3 e2t + c4 e−2t com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
ii) 1
4 + c1 cos t + c2 sen t + c3 cos(2t) + c4 sen(2t) com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
iii) 1
2 + c1 cos t + c2 sen t + c3 cos(2t) + c4 sen(2t) com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
iv) 1
4 + c1 et + c2 e−t + c3 e2t + c4 e−2t com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.

b) As soluções da equação em 2a com x(0) = x′ (0) = 0 são:



i) 41 − 14 + c1 cos t + c1 cos(2t) − 2c2 sen t + c2 sen(2t) com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) 1
2 + c1 et + c2 e−t − 14 (3c1 + c2 + 1)e2t − 14 (c1 + 3c2 + 1)e−2t com c1 , c2 , t ∈ R.
iii) 1
4 + c1 et + c2 e−t − 18 (6c1 + 2c2 + 1)e2t − 18 (2c1 + 6c2 + 1)e−2t com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) 1
2 + c1 cos t + c2 sen t − 12 (2c1 + 1) cos(2t) − 12 c2 sen(2t) com c1 , c2 , t ∈ R.

3. a) Para S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 +z 2 = 1+y, 0 < y < 3}, uma parametrização φ : ]1, 2[×]0, 2π[ →
R3 é:
i) φ(r, θ) = (r cos θ, r2 − 1, r sen θ) com normal n = (2r cos θ, −r2 , 2r sen θ) em cada ponto.
ii) φ(r, θ) = (r cos θ, r2 − 1, r sen θ) com normal n = (2r2 cos θ, r, 2r2 sen θ) em cada ponto.
iii) φ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, r2 − 1) com normal n = (r cos θ, −r2 , r sen θ) em cada ponto.
iv) φ(r, θ) = (r cos θ, r2 − 1, r sen θ) com normal n = (2r2 cos θ, −r, 2r2 sen θ) em cada ponto.

b) Para f (x, y, z) = (x2 − y, −x, −2xz), uma função g = g(x, y, z) tal que f = rot g é:
  
i) y, −x2 z, − 12 y 2 . ii) (y, x2 z, z). iii) x, −x2 z, 12 x2 − 12 y 2 . iv) 0, x2 z, 12 x2 + 12 y 2 .
R
c) O integral S f · (0, 1, 0) para S e f como em 3a e 3b vale:
R 2 R 2π √
i) 1 0 r sen θ r4 + r2 dθ dr. ii) −2π/3. iii) π . iv) 2π .

4. a) Determine a transformada de Laplace X = Lx da solução da equação x′′ − x′ + 2x = 2et − 2


com x(0) = 0, x′ (0) = 1 num intervalo da forma ]c, +∞[, justificando porque X está definida num
intervalo desta forma e sem determinar a solução.
b) Determine uma função f : R+
0 → R com Lf (z) = (z − 3)/(z + 2 − 2z) para z > 1.
2

c) Mostre que para f : R+ → R contínua com |f (t)| ≤ Dect para t ≥ 0, temos Lg (z) = Lf (z)2
R0 t
para z > c, onde g(t) = 0 f (s)f (t − s) ds.
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RESOLUÇÃO
1. a) V b) V c) V d) V 2. a) iv b) iii 3. a) iv b) iii c) i
Esboço para 2: Como D(D2 − 1)(D2 − 4)x = 0, vem x(t) = c0 + c1 et + c2 e−t + c3 e2t + c4 e−2t com
c0 , c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R e substituindo vem c0 = 14 . De x(0) = x′ (0) = 0 vem 14 + c1 + c2 + c3 + c4 =
c1 − c2 + 2c3 − 2c4 = 0 e x(t) = 14 + c1 et + c2 e−t − 18 (6c1 + 2c2 + 1)e2t − 81 (2c1 + 6c2 + 1)e−2t
com c1 , c2 , t ∈ R.
Esboço para 3: Temos (r cos θ)2 + (r sen θ)2 = r2 = 1 + y para y = r2 − 1 e uma normal é dada
∂rR× ∂θ = (2r cos
por ∂φ θ, −r, 2r2 sen θ). Temos rot(x, −x2 z, 21 x2 − 12 y 2 ) = (x2 − y, −x, −2xz) e
∂φ 2
R 2 R 2π √ R 2 R 2π √
temos S f · (0, 1, 0) = 1 0 −r cos θ 4r4 + r2 dθ dr = 0 = 1 0 r sen θ r4 + r2 dθ dr.

4. a) Sabemos da teoria que X(z) está definida para z > c, para algum c > 0. Como Let (z) = 1/(z−1)
para z > 1 e L1 (z) = 1/z para z > 0, tomando a transformada de Laplace em ambos os lados vem

Lx′′ −x′ +2x (z) = z 2 X(z) − zx(0) − x′ (0) − (zX(z) − x(0)) + 2X(z)
2 2 2
= (z 2 − z + 2)X(z) − 1 = − =
z−1 z (z − 1)z

para z > max{c, 1}. Logo,


2
1+ (z−1)z (z − 1)z + 2 1
X(z) = = =
z2 − z + 2 (z − 1)z(z 2 − z + 2) (z − 1)z

para z > max{c, 1}.


b) Temos

z−3 z−3 z−1 2 z−1 2


= = − = − .
z2 + 2 − 2z (z − 1) + 1
2 (z − 1) + 1 (z − 1) + 1
2 2 (z − 1) + 1 (z − 1)2 + 1
2

Uma função com esta transformada de Laplace é

f (t) = et cos t − 2et sen t com t ∈ R+


0.

c) Temos
Z t
|g(t)| ≤ D2 ecs ec(t−s) ds = D2 tect ≤ Cedt
0

para quaisquer t ≥ 0 e d > c, com C = C(d) > D2 suficientemente grande. Logo, a transformada
de Laplace Lg está definida para z > c e temos
Z ∞ Z t Z ∞Z ∞
Lg (z) = e−tz
f (s)f (t − s) ds dt = e−sz f (s)e−(t−s)z f (t − s) dt ds
Z ∞
0 0
Z ∞ 0 s
Z ∞ Z ∞
−sz −(t−s)z −sz
= e f (s) e f (t − s) dt ds = e f (s) e−τ z f (τ ) dτ ds = Lf (z)2
0 s 0 0

para z > c, usando o Teorema de Fubini e fazendo a mudança de coordenadas t − s = τ .


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TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) O conjunto das soluções da equação (D2 + 3D)x = D3 x é um espaço linear de dimensão 1.
b) A equação (D − 1)(D50 + 1)x = 0 tem soluções ilimitadas.
c) Qualquer f : R+
0 → R contínua tem transformada de Laplace para z > c para algum c > 0.
p
d) Temos rot ∇ 1 + f 2 = 0 para qualquer f : R3 → R de classe C 3 .

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.

2. a) As soluções da equação (D2 − 1)(D2 + 4)x = 2 são:


i) − 12 + c1 cos t + c2 sen t + c3 e2t + c4 e−2t com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
ii) − 41 + c1 et + c2 e−t + c3 cos(2t) + c4 sen(2t) com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
iii) − 41 + c1 cos t + c2 sen t + c3 e2t + c4 e−2t com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.
iv) − 21 + c1 et + c2 e−t + c3 cos(2t) + c4 sen(2t) com c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R.

b) As soluções da equação em 2a com x(0) = x′ (0) = 0 são:


i) − 12 + c1 et + c2 e−t + 21 (−2c1 − 2c2 + 1) cos(2t) + 12 (c2 − c1 ) sen(2t) com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) − 14 + c1 cos t + c2 sen t + 18 (−4c1 − 2c2 + 1)e2t + 18 (−4c1 + 2c2 + 1)e−2t com c1 , c2 , t ∈ R.
iii) − 41 + c1 et + c2 e−t + 14 (−4c1 − 4c2 + 1) cos(2t) + 12 (c2 − c1 ) sen(2t) com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) − 21 + c1 cos t + c2 sen t + 14 (−2c1 − c2 + 1)e2t + 14 (−2c1 + c2 + 1)e−2t com c1 , c2 , t ∈ R.

3. a) Para S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 +y 2 = 1+z, 0 < z < 3}, uma parametrização φ : ]1, 2[ ×]0, 2π[ →
R3 é:
i) φ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, r2 − 1) com normal n = (2r2 cos θ, −r, 2r2 sen θ) em cada ponto.
ii) φ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, r2 − 1) com normal n = (2r2 cos θ, 2r2 sen θ, −r) em cada ponto.
iii) φ(r, θ) = (r cos θ, r2 − 1, r sen θ) com normal n = (r cos θ, −r, r sen θ) em cada ponto.
iv) φ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, r2 − 1) com normal n = (2r cos θ, −r2 , 2r sen θ) em cada ponto.

b) Para f (x, y, z) = (x2 − y, −x, −2xz), uma função g = g(x, y, z) tal que f = rot g é:
  
i) y, −x2 z, − 12 y 2 . ii) (y, x2 z, z). iii) 0, −x2 z, z + 12 x2 − 12 y 2 . iv) 0, x2 z, 12 x2 + 12 y 2 .
R
c) O integral S f · (0, 1, 0) para S e f como em 3a e 3b vale:
R 2 R 2π √
i) π/3. ii) 1 0 r sen θ r4 + r2 dθ dr. iii) −π/2. iv) 2π .

4. a) Determine a transformada de Laplace X = Lx da solução da equação x′′ − 2x′ + 2x = 2et − 4


com x(0) = 0, x′ (0) = 2 num intervalo da forma ]c, +∞[, justificando porque X está definida num
intervalo desta forma e sem determinar a solução.

0 → R com Lf (z) = (z − 1)/(z + 3z − 4) − 1/(z − 1) para z > 1.


b) Determine uma função f : R+ 2 2

R T −tz
0 → R contínua e T -periódica, temos Lf (z) = 1−e−T z 0 e
c) Mostre que para f : R+ 1
f (t) dt
para z > 0.
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RESOLUÇÃO
1. a) F b) V c) F d) V 2. a) iv b) i 3. a) ii b) iii c) ii
Esboço para 2: Como D(D2 −1)(D2 +4)x = 0, vem x(t) = c0 +c1 et +c2 e−t +c3 cos(2t)+c4 sen(2t)
com c0 , c1 , c2 , c3 , c4 , t ∈ R e substituindo vem c0 = − 12 . De x(0) = x′ (0) = 0 vem − 21 + c1 + c2 +
c3 = c1 − c2 + 2c4 = 0 e x(t) = − 21 + c1 et + c2 e−t + 21 (−2c1 − 2c2 + 1) cos(2t) + 12 (c2 − c1 ) sen(2t)
com c1 , c2 , t ∈ R.
Esboço para 3: Temos (r cos θ)2 + (r sen θ)2 = r2 = 1 + y para z = r2 − 1 e uma normal é dada por
∂r × ∂θR = (−2r cos θ, −2r sen θ, r). Temos rot(0, −x2 z, z + 21 x2 − 12 y 2 ) = (x2 − y, −x, −2xz)
∂φ ∂φ 2 2
R 2 R 2π √ R 2 R 2π √
e temos S f · (0, 1, 0) = 1 0 −r cos θ 4r4 + r2 dθ dr = 0 = 1 0 r sen θ r4 + r2 dθ dr.

4. a) Sabemos da teoria que X(z) está definida para z > c, para algum c > 0. Como Let (z) = 1/(z−1)
para z > 1 e L1 (z) = 1/z para z > 0, tomando a transformada de Laplace em ambos os lados vem

Lx′′ −2x′ +2x (z) = z 2 X(z) − zx(0) − x′ (0) − 2(zX(z) − x(0)) + 2X(z)
2 4 −2z + 4
= (z 2 − 2z + 2)X(z) − 2 = − =
z−1 z (z − 1)z

para z > max{c, 1}. Logo,


−2z+4
2+ (z−1)z (z − 1)z + 1 2
X(z) = = =
z 2 − 2z + 2 (z − 1)z(z 2 − 2z + 2) (z − 1)z

para z > max{c, 1}.


b) Temos

z−1 1 z−1 1 1 d 1 
− = − = + .
z 2 + 3z − 4 (z − 1)2 (z − 1)(z + 4) (z − 1)2 z + 4 dz z − 1

Uma função com esta transformada de Laplace é

f (t) = e−4t − tet com t ∈ R+


0.

c) As funções periódicas são limitadas e portanto Lf está definida para z > 0. Logo,
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z ∞
Lf (z) = e−tz f (t) dt = e−tz f (t + T ) dt = e−(τ −T )z f (τ ) dτ = eT z e−τ z f (τ ) dτ
0 0 T T

para z > 0, uma vez que f é T -periódica e fazendo a mudança de coordenadas t + T = τ . Portanto
Z ∞ Z ∞ Z T
(1 − e−T z )Lf (z) = e−tz f (t) dt − e−τ z f (τ ) dτ = e−τ z f (τ ) dτ,
0 T 0

RT
de onde vem Lf (z) = 1
1−e−T z 0
e−tz f (t) dt para z > 0.
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TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) Há funções não constantes em [−l, l] com série de Fourier F : [−l, l] → R constante.
∂u ∂u
b) A equação =x com t, x ∈ R tem soluções u que tomam apenas valores positivos.
∂t ∂x
c) Qualquer função C 1 em [−l, l] tem série de Fourier convergente em todos os pontos de [−l, l].
d) A série de senos da função x6 + 2x2 em [0, π] é zero em ]0, π[.

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.


p
2. a) A função f : R2 → R dada por f (t, x) = |x| + t|x| − x2 é:
i) localmente Lipschitz em x. ii) de classe C 1 . iii) de classe C 1 em x. iv) ilimitada.

b) A equação x′ = 4|x|3/4 em R com x(0) = 0 tem:


i) solução única. ii) apenas a solução x(t) = t4 com t ∈ R. iii) pelo menos 4 soluções.
iv) apenas a solução x : R → R com x(t) = 0 para t < 0 e x(t) = t4 para t ≥ 0.

3. a) O coeficiente an da série de cosenos da função x3 no intervalo ]0, π[ para n ≥ 1 é:


Z Z Z 1
2 π 1 π
i) cos(nx)x3 dx. ii) 0. iii) cos(nx)x3 dx. iv) 2 cos(nx)x3 dx.
π 0 π −π 0

b) A série de senos da função x no intervalo ]0, π[ é:


X∞ X∞
2(−1)n 2(−1)n
i) sen(nx). ii) − sen(nx).
n=1
n n=1
n

X X∞
2(−1)n 2(−1)n
iii) − sen(nπx). iv) sen(nπx).
n=1
n n=1
n

c) Para x = 1, a série de Fourier da função f : [−1, 1] → R dada por f (x) = x3 + 4x2 vale:
i) 5. ii) 4. iii) 1. iv) 0.

∂u ∂2u
4. a) Determine as soluções dadas pelo método de separação de variáveis do problema = et 2
∂t ∂x
para t ≥ 0 e x ∈ [0, 1] com u(t, 0) = u(t, 1) = 0 para t > 0. Nota: a combinação linear de soluções do
problema é solução do problema (não precisa mostrar).
b) Determine uma solução do problema em 4a com u(0, x) = 1 + sen(πx) para x ∈ ]0, 1[.
∂u ∂2u
c) Dada uma solução da equação = ecos t 2 para t ≥ 0 e x ∈ [0, 1], mostre que se u(t, 0) =
∂t ∂x
∂u R1
(t, 1) = 0 para t > 0, então v(t) = 0 u(t, x)4 dx não é crescente em nenhum intervalo.
∂x
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RESOLUÇÃO
1. a) V b) V c) V d) F 2. a) iv b) iii 3. a) i b) ii c) ii
Esboço para 2: Fazendo x → +∞ vemos que f é ilimitada. Além disso, x(t) = 0 para t ∈ R e a
função em iv são soluções, pelo que resta a opção iii.
Rl Rπ
Esboço para 3: an = 2l 0 cos(nπx/l)x3 dx com l = π . Série de senos: bn = π2 0 x sen(nx) dx =
2(−1)n
(− 2x cos(nx)
nπ + 2 sen(nx)
n2 π x=0 = − nπ . Temos F (1) =
)|x=π f (−1)+f (1)
2 = 4.

4. a) Procuramos u(t, x) = T (t)X(x) não nula. Substituindo vem T ′ X = et T X ′′ e portanto


T′ X ′′
t
= = −λ com λ ∈ R,
eT X
pois o primeiro termo não depende de x e o segundo não depende de t. As soluções não nulas
de T ′ = −λet T são T (t) = ce−λe com c ̸= 0. Como T (t) ̸= 0, u(t, 0) = u(t, 1) = 0 para
t

t > 0, ou seja,

T (t)X(0) = T (t)X(1) = 0 para t > 0 ⇔ X(0) = X(1) = 0.

Temos de resolver X ′′ + λX = 0 com X(0) = X(1) = 0.


λ = 0. X ′′ = 0 ⇒ X(x) = a + bx com a, b ∈ R. De X(0) = 0, a = 0. Logo, X(1) = b = 0 e
X(x) = 0.
√ √
|λ|x
λ < 0. X ′′ +√λX = 0 √
⇒ X(x) = ae √ + be− |λ|x
√ com a, b ∈ R. De X(0) = 0, a + b = 0. Logo,
|λ|
X(1) = a(e − e− |λ| |λ|
> 1 e e− |λ| < 1, a = 0 e b = 0. Logo, X(x) = 0.
) = 0. De e
√ √
λ > 0. X ′′ + λX = 0 ⇒ X(x) = a cos( λx) + b sen( λx) com a, b ∈ R. De X(0) = 0,
√ √
a = 0. Logo, X(1) = b sen( λ) = 0. Portanto b = 0 e X(x) = 0, ou sen( λ) = 0. Logo,

λ = nπ ⇔ λ = n2 π 2 com n ∈ N e X(x) = b sen(nπx) com n ∈ N e b ̸= 0.
Como combinação linear de soluções do problema é solução do problema, obtemos

X
cn e−n
2
π 2 et
u(t, x) = sen(nπx) com cn ∈ R para n ∈ N.
n=1

P
b) Temos u(0, x) = ∞ n=1 cn e
−n2 π 2
sen(nπx). Como a função 1 está em D[0,1] e é contínua, pela
representação de uma função em série de senos tomamos

Z 1
2 2(1 − (−1) ) 4/(nπ) se n ímpar,
n
2 1 sen(nπx) dx = − cos(nπx)|x=1 = =
0 nπ x=0
nπ 0 se n par.

Pela unicidade da série de senos, obtemos


 2


π
para n = 1,
e (1 + 4/π)
2 2
cn = 4en π /(nπ) para n > 1 ímpar,



0 para n > 1 par
2
(1−et )
P∞ π 2 (1−et )(2k+1)2
e portanto u(t, x) = (1 + π4 )eπ sen(πx) + 4
k=1 (2k+1)π e sen((2k + 1)πx).
c) Temos
Z 1 Z 1
− cos t ′ − cos t 3 ∂u ∂2u
e v (t) = e 4u dx = 4u3 dx
0 ∂t 0 ∂x2
Z 1  2 Z 1  2
∂u x=1 ∂u ∂u
= 4u3 − 12u2 dx = − 12u2 dx ≤ 0
∂x x=0 0 ∂x 0 ∂x
e portanto v não é crescente em nenhum intervalo.
Provas de CDI3 Resolvidas, Luís Barreira e Claudia Valls 11

TESTE (45 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) A série de Fourier F de qualquer f : [−l, l] → R C 1 é contínua em [−l, l].
∂u ∂u
b) A equação =2 com t, x ∈ R tem soluções não nulas da forma u(t, x) = T (t)X(x).
∂t ∂x
c) Qualquer função C 1 em [0, l] tem série de senos convergente em todos os pontos de ]0, l[.
d) Apenas a função nula em [−π, π] tem série de Fourier nula em [−π, π].

Perguntas 2 e 3: em cada alínea marque no máximo uma opção.


p
2. a) A função f : R2 → R dada por f (t, x) = − |x| + |t + x| é:
i) localmente Lipschitz em x. ii) de classe C 1 . iii) de classe C 1 em t. iv) ilimitada.

b) A equação x′ = −4|x|3/4 em R com x(0) = 0 tem:


i) solução única. ii) apenas a solução x(t) = t4 com t ∈ R. iii) pelo menos 4 soluções.
iv) apenas a solução x : R → R com x(t) = 0 para t > 0 e x(t) = t4 para t ≤ 0.

3. a) O coeficiente an da série de cosenos da função x3 no intervalo ]0, 1[ para n ≥ 1 é:


Z Z Z 1
2 1 3 1 π 3
i) cos(nπx)x dx. ii) 0. iii) cos(nπx)x dx. iv) 2 cos(nπx)x3 dx.
π 0 π −π 0

b) A série de senos da função x no intervalo ]0, 2π[ é:


X∞ X∞
4(−1)n 4(−1)n
i) sen(nx/2). ii) − sen(nx/2).
n=1
n n=1
n

X X∞
4(−1)n 4(−1)n
iii) − sen(nπx). iv) sen(nπx).
n=1
n n=1
n

c) Para x = 1, a série de Fourier da função f : [−1, 1] → R dada por f (x) = x3 − 3 cos3 (πx) vale:
i) 3. ii) 4. iii) 2. iv) 0.

∂u ∂2u
4. a) Determine as soluções dadas pelo método de separação de variáveis do problema = +2u
∂t ∂x2
para t ≥ 0 e x ∈ [0, 2] com u(t, 0) = u(t, 2) = 0 para t > 0. Nota: a combinação linear de soluções do
problema é solução do problema (não precisa mostrar).
b) Determine uma solução do problema em 4a com u(0, x) = 2 + 3 sen(πx) para x ∈ ]0, 2[.
∂u ∂2u
c) Dada uma solução da equação = (1 + t2 ) 2 para t ≥ 0 e x ∈ [0, 2], mostre que se
∂t ∂x
∂u ∂u R2
(t, 0) = (t, 2) = 0 para t > 0, então v(t) = 0 u(t, x)6 dx não é crescente em nenhum
∂x ∂x
intervalo.
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RESOLUÇÃO
1. a) F b) V c) V d) F 2. a) iv b) iii 3. a) iv b) ii c) i
Esboço para 2: Fazendo x → +∞ vemos que f é ilimitada. Além disso, x(t) = 0 para t ∈ R e a
função em iv são soluções, pelo que resta a opção iii.
Rl R 2π
Esboço para 3: an = 2l 0 cos(nπx/l)x3 dx com l = 1. Série de senos: bn = 2π2
0
x sen(nx/2) dx =
4 sin(nx/2) 2x cos(nx/2) x=2π 4(−1)n f (−1)+f (1)
( n2 π − nπ )|x=0 = − n . Temos F (1) = 2 = 3.

4. a) Procuramos u(t, x) = T (t)X(x) não nula. Substituindo vem T ′ X = T X ′′ + 2T X e portanto


T′ X ′′ + 2X
= = −λ com λ ∈ R,
T X
pois o primeiro termo não depende de x e o segundo não depende de t. As soluções não nulas de
T ′ = −λT são T (t) = ce−λt com c ̸= 0. Como T (t) ̸= 0, u(t, 0) = u(t, 2) = 0 para t > 0, ou seja,

T (t)X(0) = T (t)X(2) = 0 para t > 0 ⇔ X(0) = X(2) = 0.

Temos de resolver X ′′ + (2 + λ)X = 0 com X(0) = X(2) = 0.


λ = −2. X ′′ = 0 ⇒ X(x) = a + bx com a, b ∈ R. De X(0) = 0, a = 0. Logo, X(2) = 2b = 0
e X(x) = 0.
√ √
|λ+2|x
λ < −2. X ′′ + λX =
√ 0 ⇒ X(x) =√ ae + be− √|λ+2|x com a, b ∈√
R. De X(0) = 0, a + b = 0.
2 |λ+2| −2 |λ+2| 2 |λ+2| −2 |λ+2|
Logo, X(2) = a(e −e ) = 0. De e >1ee < 1, a = 0 e b = 0.
Logo, X(x) = 0.
√ √
λ > −2. X ′′ + λX = 0 ⇒ X(x) = a cos( λ + 2x) + b sen( λ + 2x) com a, b ∈ R. De X(0) = 0,
√ √
a = 0. Logo, X(2) = b sen(2 λ + 2) = 0. Portanto b = 0 e X(x) = 0, ou sen(2 λ + 2) = 0.

Logo, 2 λ + 2 = nπ ⇔ λ = −2 + n2 π 2 /4 com n ∈ N e X(x) = b sen( nπx 2 ) com n ∈ N e b ̸= 0.

Como combinação linear de soluções do problema é solução do problema, obtemos



X 2
 nπx 
π 2 /4)t
u(t, x) = cn e(2−n sen com cn ∈ R para n ∈ N.
n=1
2
P
b) Temos u(0, x) = ∞ n=1 cn sen( 2 ). Como a função 2 está em D[0,2] e é contínua, pela repre-
nπx

sentação de uma função em série de senos tomamos



Z 2  nπx   nπx  8/(nπ) se n ímpar,
4 4(1 − (−1)n
)
2 sen dx = − cos |x=2 = =
0 2 nπ 2 x=0
nπ 0 se n par.

Pela unicidade da série de senos, obtemos




 para n = 2,
3
cn = 8/(nπ) para n ≥ 1 ímpar,



0 para n > 2 par
2 P∞ (2−(2k+1)2 π 2 /4)t
e portanto u(t, x) = 3e(2−π )t
sen(πx) + 8
k=0 (2k+1)π e sen( (2k+1)πx
2 ).
c) Temos
Z 2 Z 2
2 −1 ′ 2 −1 ∂2u
5 ∂u
(1 + t ) v (t) = (1 + t ) 6u dx dx = 6u5
0 ∂t 0 ∂x2
x=2 Z 2   2 Z 2  2
5 ∂u ∂u ∂u
= 6u − 30u 4
dx = − 30u4
dx ≤ 0
∂x x=0 0 ∂x 0 ∂x
e portanto v não é crescente em nenhum intervalo.
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EXAME (120 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) A equação (D100 + 1)x = log t não tem soluções.
b) A equação (D2 + 1)(D − 2)x = 0 tem pelo menos três soluções constantes.
c) Se Lf tem domínio ]4, +∞[, então Lg com g(t) = t + f (t) para t ≥ 0 tem domínio ]4, +∞[.
2
d) Temos eA+A = eA eId+A para qualquer matriz quadrada A.
e) A equação (D2 + 1)(D50 + 1)x = 1 tem pelo menos uma solução constante.
∂u ∂  2 ∂u 
f) O conjunto das soluções da equação = x com t, x ∈ R é um espaço linear.
∂t ∂x ∂x
g) A função f : R2 → R dada por f (t, x) = t|t| − x|x| é localmente Lipschitz em x.

2. Em cada alínea marque no máximo uma opção:


a) As soluções da equação (D − 1)(D − 2)(D − 3)x = 0 com x(0) = 0 são:
i) x(t) = c1 et + c2 e2t − (c1 + c2 )e3t com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) x(t) = c1 et + c2 e2t + (c1 + c2 )e3t com c1 , c2 , t ∈ R.
iii) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t − (c1 + c2 )e−3t com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t + (c1 + c2 )e−3t com c1 , c2 , t ∈ R.

b) As soluções da equação (D − 1)(D − 2)x = cos t são:


i) x(t) = c1 et + c2 e2t − 1
10 cos t + 3
10 sen t com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) x(t) = c1 et + c2 e2t − 1
10 cos t − 3
10 sen t com c1 , c2 , t ∈ R.
iii) x(t) = c1 et + c2 e2t + 1
10 cos t − 3
10 sen t com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) x(t) = c1 et + c2 e2t + 1
10 cos t + 3
10 sen t com c1 , c2 , t ∈ R.

c) Para A = ( 21 30 ) a exponencial eAt é dada por:


! !
1 e−t + 3e3t 3e−t − 3e3t 1 e−t + 3e3t 3e−t − 3e3t
i) 4 . ii) 4 .
e−t − e3t 3e−t + e3t −e−t + e3t 3e−t + e3t
! !
1 e−t + 3e3t −3e−t + 3e3t 1 e−t + 3e3t −3e−t + 3e3t
iii) 4 . iv) 4 .
−e−t + e3t 3e−t + e3t e−t − e3t 3e−t + e3t

d) A série de Fourier da função x no intervalo ]−1, 1[ é:


X∞ X∞
2(−1)n 2(−1)n
i) sen(nπx). ii) − sen(nπx).
n=1
nπ n=1


X X∞
2(−1)n 2(−1)n
iii) − sen(nπx). iv) sen(nπx).
n=1
n2 π 2 n=1
n2 π 2

e) A expressão analítica de Lf com f (t) = t2 + cos(t − 3)e−2t para t ≥ 0 é:


2 z cos 3 + sen 3 + 2 cos 3 2 z cos 3 + sen 3 + 2 cos 3
i) 3 − . ii) 3 + .
z z 2 + 4z + 5 z z 2 + 4z + 5
2 z cos 3 − sen 3 + 2 cos 3 2 z cos 3 + sen 3 − 2 cos 3
iii) 3 + . iv) 3 + .
z z 2 + 4z + 5 z z 2 + 4z + 5
Provas de CDI3 Resolvidas, Luís Barreira e Claudia Valls 14

!
At 1 e−t + 3e3t
3e−t − 3e3t
3. Para uma matriz A com e = , determine as soluções x(t) da equa-
4
e−t − e3t
3e−t + e3t
ção x′ = Ax tais que e−2t x(t) não converge para 0 quando t → +∞.

4. Use o Teorema de Gauss ou o Teorema de Stokes para calcular o fluxo de f (x, y, z) = (x2 y, z +
ex , −2xyz) através de S = {(x, y, z) ∈ (R+ )3 : 2x + y + z = 1} segundo a normal n̂ = (n1 , n2 , n3 )
com n3 < 0.

5. Determine a solução da equação 2t(x − 1 − t2 ) − (1 + t2 ) 2 − log(1 + t2 ) x′ = 0 com x(5) = 0.
Sugestão: determine um factor integrante.
 2 
∂u ∂ u ∂u
6. Determine as soluções dadas pelo método de separação de variáveis de =t + 2 + u
∂t ∂x2 ∂x
para t ≥ 0 e x ∈ [0, 1] com u(t, 0) = u(t, 1) = 0 para t > 0. Nota: a combinação linear de soluções do
problema é solução do problema (não precisa mostrar).

7. Determine se a equação x′ = x4 + x2 tem alguma solução x : R → R+ (ou seja, alguma solução


positiva com domínio R).
Provas de CDI3 Resolvidas, Luís Barreira e Claudia Valls 15

RESOLUÇÃO
1. a) F b) F c) V d) F e) V f) V g) V

2. a) i b) iii c) iii d) ii e) ii
 
(a+3b)e−3t +3(a−b)et
3. As soluções são x(t) = eAt ( ab ) com a, b, t ∈ R ⇒ e−2t x(t) = 1
4(a+3b)e−3t −(a−b)et
. Para a =b
as componentes convergem para 0 e para a ̸= b divergem. Logo, x(t) = e ( b ) com a, b, t ∈
At a
Re
a ̸= b.

4. Pelo Teorema de Gauss:


Seja V ⊂ R3 o aberto delimitado pelas superfícies S , S1 = {(0, y, z) ∈ R3 : y, z > 0, y + z < 1},
S2 = {(x, 0, z) ∈ R3 : x, z > 0, 2x + z < 1} e S3 = {(x, y, 0) ∈ R3 : x, y > 0, 2x + y < 1}.
R R
Como div f = 0, pelo Teorema de Gauss 0 = V div f = ∂V f · n, onde n é a normal exterior.
R R R R
Temos S1 f · n = S1 f · (−e1 ) = 0 e S3 f · n = S3 f · (−e3 ) = 0. Como n = −n̂ em S , vem
R R
S
f · n̂ = S2 f · n =

Z Z 2−2
Z z=1

1 z
1 1

−z( 12 − z2 )−e 2 − 2 +1 dz = − z4 + z6 +2e 2 − 2 +z
1 z 2 3 1 z
(−z−ex ) dx dz = 12 −2
35
= e.
0 0 0 z=0

Pelo Teorema de Stokes:


Como div f = 0, existe g = (P, Q, 0) tal que rot g = (− ∂Q ∂z , ∂z , ∂x − ∂y ) = f . Como − ∂z = x y
∂P ∂Q ∂P ∂Q 2

∂z = z + e , podemos tomar Q = −x yz e P = 2 z + e z . Notamos que ∂x − ∂y R = −2xyz


∂Q
e ∂P x 2 1 2 x ∂P

e g(x, y, z) = ( 21 z 2 + ex z, −x2 yz, 0). Como S é orientável, pelo Teorema de Stokes S f · n̂ =


P3 R
i=1 Ci g·dγ , com as curvas Ci associadas a γ1 (t) = (0, t, 1−t) com t ∈ [0, 1], γ2 (t) = ( 2 −t, 0, 2t)
1

com t ∈ [0, 21 ], e γ3 (t) = (t, 1−2t, 0) com t ∈ [0, 12 ]. Temos g(γ1 (t))·γ1′ (t) = 0 e g(γ3 (t))·γ3′ (t) = 0,
de onde vem
Z Z 1/2 Z 1/2 t= 12
 √ √
g(γ2 (t))·γ2′ (t) dt = − 2t2 +2te 2 −t dt = − 2t3 +2 e(1+t)e−t
1 3
f ·n̂ = = 3512 −2 e.
S 0 0 t=0

5. As funções

M (t, x) = 2t(x − 1 − t2 ) e N (t, x) = −(1 + t2 ) 2 − log(1 + t2 )

são C 1 em R2 . Como ∂M
∂x = 2t e ∂N
∂t = −2t(2 − log(1 + t2 )) + 2t, a equação não é exacta. Temos
 
1 ∂M ∂N 2t(2 − log(1 + t2 )) 2t
− = =− =: a(t).
N ∂x ∂t −(1 + t2 )(2 − log(1 + t2 )) 1 + t2
 ′
De µ′ = a(t)µ vem µ(t) = e− log(1+t
2
)
= 1
1+t2 ⇒ 2t( 1+t
x
2 − 1) − 2 − log(1 + t ) x = 0 é exacta
2

em R2 . De ∂Φ
∂t = 1+t2 − 2t obtemos
2tx

∂Φ
Φ(t, x) = x log(1 + t2 ) − t2 + C(x) e = log(1 + t2 ) + C ′ (x) = −2 + log(1 + t2 ).
∂x
Tomamos então
Φ(t, x) = x log(1 + t2 ) − t2 − 2x.
t −25 2
De x(5) = 0 vem Φ(t, x) = Φ(5, 0) = −25 e x(t) = log(1+t 2 )−2 . Temos log(1 + t ) = 2 ⇔
2
√ √
t = ± e2 − 1 (pontos onde x(t) não está definida). Como 5 ∈ ] e2 − 1, +∞[, este intervalo é
o domínio da solução.
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6. Procuramos u(t, x) = T (t)X(x) não nula. Temos T ′ X = t(T X ′′ + 2T X ′ + T X) e portanto

T′ X ′′ + 2X ′
= + 1 = −λ com λ ∈ R ⇒ T ′ = −λtT e X ′′ + 2X ′ + (λ + 1)X = 0
tT X
(pois o lado esquerdo não depende de x e o lado direito não depende de t). As soluções não nulas
de T ′ = −λtT são T (t) = ce−λt /2 com c ̸= 0. Como T (t) ̸= 0, de u(t, 0) = u(t, 1) = 0 para t > 0
2

vem
T (t)X(0) = T (t)X(1) = 0 para t > 0 ⇔ X(0) = X(1) = 0.
√ √
As raízes do polinómio característico da equação para X são µ1 = −1 + −λ e µ2 = −1 − −λ.
(λ = 0) X(x) = ae−x + bxe−x com a, b ∈ R. X(0) = 0 ⇒ a = 0. X(1) = be−1 = 0 ⇒ b = 0 e
X(x) = 0.
(λ < 0) X(x) = aeµ1 x +beµ2 x com a, b ∈ R. X(0) = 0 ⇒ a+b = 0. Logo, X(1) = a(eµ1 −eµ2 ) = 0.
eµ1 ̸= eµ2 ⇒ a = 0 e b = 0. Logo, X(x) = 0.
√ √
(λ > 0) X(x) = ae−x cos( λx) + be−x sen( λx) com a, b ∈ R. X(0) = ae−1 = 0 ⇒ a = 0 e
√ √ √
X(1) = be−1 sen λ = 0. Portanto b = 0 e X(x) = 0, ou sen λ = 0. Logo, λ = nπ ⇔ λ = n2 π 2
com n ∈ N e X(x) = be−x sen(nπx) com n ∈ N e b ̸= 0.
Como combinação linear de soluções do problema é solução do problema, obtemos

X
cn e−n π 2 t2 /2 −x
2
u(t, x) = e sen(nπx) com cn ∈ R para n ∈ N.
n=1


2 = x2 − 1+x2 , resulta de x4 +x2 = 1 que − x(t) − arctan x(t) = t + c para algum c ∈ R.
1 1 1 x 1
7. Como x4 +x
Se x(t) > 0 para t ∈ R, temos − x(t) − arctan x(t) < 2 para t ∈ R enquanto t + c → +∞. Esta
1 π

contradição mostra que não existe uma solução como no enunciado.


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EXAME (120 MINUTOS)


1. Classifique cada afirmação em verdadeira ou falsa:
a) A equação (D4 + 1)x = 0 tem pelo menos uma solução que é limitada em R+ .
b) Se Lf e Lg têm ambas domínio ]c, +∞[, então Lf +g tem domínio ]c, +∞[.
c) x(t) = eAt|t| c com c ∈ Rn e t ∈ R é solução de x′ = 2|t|Ax para qualquer matriz n × n A.
d) Se Re λ < 0 para cada valor próprio λ de A, então as soluções de x′ = Ax são limitadas em R+ .

e) A equação x′ = 2x + 5 t com x(0) = 1 tem solução única com domínio R.
f) O conjunto das soluções de (D2021 + D2020 + 1)x = x + 1 é um espaço linear.
p p
g) A função f : R2 → R dada por f (t, x) = |t| − |x| é localmente Lipschitz em x.

2. Em cada alínea marque no máximo uma opção:


a) As soluções da equação (D2 + 1)(D2 + 9)x = 0 com x(0) = x(π) = 0 são:
i) x(t) = c1 sen t + c2 sen(3t) com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) x(t) = c1 (cos(3t) − cos t) + c2 sen t + c3 sen(3t) com c1 , c2 , c3 , t ∈ R.
iii) x(t) = c1 (cos(3t) − cos t) + c2 (sen t + sen(3t)) com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) x(t) = c1 (cos(3t) − cos t) + c2 sen(3t) com c1 , c2 , t ∈ R.

b) As soluções da equação (D + 1)(D + 2)x = et + e−t são:


i) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t − 61 et − e−t t com c1 , c2 , t ∈ R.
ii) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t − 61 et + e−t t com c1 , c2 , t ∈ R.
iii) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t + 61 et − e−t t com c1 , c2 , t ∈ R.
iv) x(t) = c1 e−t + c2 e−2t + 61 et + e−t t com c1 , c2 , t ∈ R.

c) Para A = ( 11 −4
1 ) a exponencial e
At
é dada por:
! !
et cos t 2et sen t et cos(2t) 2et sen(2t)
i) . ii) .
− 21 et sen t et cos t − 12 et sen(2t) et cos(2t)
! !
et cos t −2et sen t et cos(2t) −2et sen(2t)
iii) 1 t . iv) 1 t .
2 e sen t et cos t 2 e sen(2t) et cos(2t)

d) Um factor integrante para a equação 3t2 (1 + x2 ) log(1 + x2 ) + 2t3 xx′ = 0 em R2 é:


i) 1 + x2 . ii) 1 + t2 . iii) 1/(1 + x2 ). iv) 1/(1 + t2 ).

e) A expressão analítica de Lf com f (t) = t4 et + sen(2t)e−t para t ≥ 0 é:


2 24 2 24
i) 2 + . ii) 2 + .
z − 2z + 5 (z − 1)5 z + 2z + 5 (z − 1)5
2 6 2 6
iii) 2 + . iv) 2 + .
z − 2z + 5 (z − 1)5 z + 2z + 5 (z − 1)5
!
At t cos(2t) 2 sen(2t)
3. Para uma matriz A com e = e , diga se existe alguma solução x(t) da
− 21 sen(2t) cos(2t)
equação x′ = Ax tal que o conjunto {x(t) : t ∈ R} intersecta o eixo horizontal num número infinito
de pontos.
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4. Calcule o fluxo de f (x, y, z) = (x, −y, z) através de S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + 2y 2 < 1, x − y + z =


1} segundo a normal n = (n1 , n2 , n3 ) com n3 < 0.

5. Seja f : [−1, 1] → R dada por f (x) = 1 se x ∈ [−1, 0] e f (x) = 0 se x ∈ ]0, 1]. Determine a série
P
de Fourier de f , indique os seus valores em cada ponto, e verifique que 21 = π2 ∞ (−1)k
k=0 2k+1 .

∂2u ∂2u
6. Determine as soluções dadas pelo método de separação de variáveis do problema 2
+4 2 = 0
∂x ∂y
para x, y ∈ [0, 1] com u(x, 0) = u(x, 1) = u(0, y) = 0 para x, y ∈ ]0, 1[. Nota: a combinação linear de
soluções do problema é solução do problema (não precisa mostrar).

7. Dada uma função contínua f : R → R+ , mostre que para cada (t0 , x0 ) ∈ R2 o problema x′ = f (x)
Rx
com x(t0 ) = x0 tem solução única. Sugestão: considere a função g(x) = x0 fdy(y) .
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RESOLUÇÃO
1. a) V b) F c) V d) V e) V f) F g) F 2. a) ii b) iv c) iv d) iii e) ii
 
cos(2t)
3. As soluções são x(t) = eAt ( ab ) com a, b, t ∈ R. Para a = 1 e b = 0, a função x(t) = et − 1 sen(2t)
2
intersecta o eixo horizontal num número infinito de pontos: para t = nπ com n ∈ N temos x(nπ) =

enπ .
0

4. Pela definição:
A função φ(r, θ) = (r cos θ, √12 r sen θ, 1 − r cos θ + √1 r sen θ)
2
com (r, θ) ∈ ]0, 1[ × ]0, 2π[ é uma
parametrização de S . Notamos que ∂φ
∂r × ∂φ
∂θ é dado por

(cos θ, √12 sen θ, − cos θ + √1


2
sen θ) × (−r sen θ, √12 r cos θ, r sen θ + √1 r cos θ)
2
= √1 (r, −r, r),
2

que é uma normal a S com terceira componente positiva. Logo,


Z Z 1 Z 2π
f ·n= (r cos θ, − √12 r sen θ, 1 − r cos θ + √1 r sen θ)
2
· √1 (−r, r, −r) dθ dr
2
S 0 0
Z 1 Z 2π √ √ Z 1
= √1
2
(− 2r2 sen θ − r) dθ dr = − 2π r dr = − √π2 .
0 0 0

Pelo Teorema de Gauss:


Seja V ⊂ R3 o aberto delimitado por S , S1 = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + 2y 2 = 1, x − y + z <
1, z > − √12 } e S2 = {(x, y, − √12 ) ∈ R3 : x2 + 2y 2 < 1}. Como div f = 1, pelo Teorema de
R R
Gauss V 1 = ∂V f · n̂, onde n̂ é a normal exterior. A função φ(z, θ) = (cos θ, √12 sen θ, z) com
(z, θ) ∈ ]− √12 , 1 − cos θ + √12 sen θ[ × ]0, 2π[ é uma parametrização de S1 . Notamos que

n1 = ∂φ
∂θ × ∂φ
∂z = (− sen θ, √12 cos θ, 0) × (0, 0, 1) = ( √12 cos θ, sen θ, 0)

é uma normal exterior a S1 . Por outro lado, −e3 é uma normal exterior a S2 . Temos
Z Z Z Z
f ·n= f · n1 + f · (−e3 ) − 1
S S1 S2 V
Z 2π Z 1
1−cos θ+ √ sen θ
2
= (cos θ, − √12 sen θ, z) · ( √12 cos θ, sen θ, 0) dz dθ
1
0 −√
2
Z 1 Z 2π Z 1 Z 2π Z 1
1−r cos θ+ √ r sen θ
2
+ √1 √r
2 2
dθ dr − √r
2
dz dθ dr
1
0 0 0 0 −√
2

=0+ π
2 − π2 (1 + 2) = − √π2 .

Pelo Teorema de Stokes:


Não é possível pois div f = 1.
R0 R0
5. Como a função f está em D[−1,1] , temos a0 = −1 1 dx = 1, an = −1 cos(nπx) dx = sen(nπ) =0
R0 nπ
e bn = −1 sen(nπx) dx = −1+cos(nπ)
nπ para n ≥ 1. Logo, a série de Fourier de f é dada por

∞ ∞
1 X −1 + cos(nπ) 1 X −2
F (x) = + sen(nπx) = + sen((2k + 1)πx).
2 n=1 nπ 2 (2k + 1)π
k=0
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+ −
Temos F (x) = f (x )+f 2
(x )
para x ∈ ]−1, 1[ ⇒ F (x) = 1 para x ∈ ]−1, 0[, F (x) = 0 para
+
(1− )
x ∈ ]0, 1[ e F (0) = 2 . Temos também F (x) = f (−1 )+f
1
2 = 12 para x ∈ {−1, 1}. Tomando
1 k
x = 2 obtemos sen((2k + 1)πx) = (−1) . Logo,

∞ ∞
1 X −2 1 2 X (−1)k
0= + (−1)k ⇔ = .
2 (2k + 1)π 2 π 2k + 1
k=0 k=0

′′ ′′
6. Procuramos soluções u(x, y) = X(x)Y (y) não nulas. Temos X ′′ Y + 4XY ′′ = 0 e X4X = − Y =
Y

−λ, pois o lado esquerdo não depende de y e o lado direito não depende de x. Como u ̸= 0, temos
u(x, 0) = u(x, 1) = u(0, y) = 0, t > 0 ⇔ Y (0) = Y (1) = X(0) = 0.
(λ = 0) Y (y) = a + by com a, b ∈ R. Y (0) = a = 0 ⇒ Y (1) = b = 0 e Y = 0.
√ √ √ √
(λ√> 0) Y (y) =

ae λy +be− λy com a, b ∈ R. Y (0) = a+b = 0. Logo, Y (1) = a(e λ −e− λ ) = 0.
e λ > 1 e e− λ < 1 ⇒ a = b = 0 e Y = 0 .
p p p
(λ < 0) Y (y) = a cos( |λ|y) + b sen( |λ|y) com a, b ∈ R. Y (0) = a = 0 e Y (1) = b sen |λ| =
p p
0 ⇒ b = 0 e Y = 0, ou sen |λ| = 0. Logo, |λ| = nπ ⇔ λ = −n2 π 2 com n ∈ N e Y (y) =
b sen(nπy) com n ∈ N e b ̸= 0. De X ′′ − 4n2 π 2 X = 0 vem X(x) = ce2nπx + de−2nπx e resulta de
X(0) = 0 que c + d = 0.
Como combinação linear de soluções do problema é solução do problema, obtemos

X
u(x, y) = cn senh(2nπx) sen(nπy) com cn ∈ R para n ∈ N.
n=1


7. Para uma solução x(t) temos dt d
g(x(t)) = fx(x(t))
(t)
= 1 ⇒ g(x(t)) = g(x0 ) + t − t0 . Como f é
positiva, a função g é crescente e portanto invertível. Logo, x(t) = g −1 (g(x0 ) + t − t0 ).

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