Você está na página 1de 14

Álgebra Linear - 6a lista de exercı́cios

Prof. - Juliana Coelho

1 - Ache os autovalores e respectivos autoespaços das transformações abaixo.


T : R2 → R2
(a)
(x, y) 7→ (2x + y, −y)

T : R2 → R2
(b) (T é a transformação identidade em R2 )
(x, y) 7→ (x, y)

T : R3 → R3
(c)
(x, y, z) 7→ (x + 2z, z, x + 2z)

T : P2 → P2
(d)
ax2 + bx + c 7→ (−a + 3c)x2 + 2bx + c − b

2 - Das transformações acima, quais são diagonalizáveis? Exiba uma base diagonalizante,
quando possı́vel, e escreva a matriz de T nesta base.

3 - Para cada matriz M abaixo, encontre matrizes P e D tais que D é uma matriz diagonal
e M = P DP −1 .
µ ¶
2 1
(a) M = ;
0 −1
 
1 4 0
(b) M =  0 2 0 .
0 0 1

4 - Em cada item abaixo, decida se a firmação é Verdadeira ou Falsa, justificando sua


resposta:

(a) Uma transformação linear com apenas um autovalor não é diagonalizável.

(b) Seja T : V → V uma transformação linear e sejam v, v 0 ∈ V autovetores de T associa-


dos a autovalores λ, λ0 ∈ R. Se o conjunto {v, v 0 } é LD então λ = λ0

(c) Se uma transformação linear é diagonalizável, então T é inversı́vel.

(d) Seja T : Rn → Rn uma transformação linear cuja matriz M = [T ]C,C com respeito
base canônica C é uma matriz triangular. Então os autovalores de T são os elementos
da diagonal principal de M .

1
5 - Considere T : R2 → R2 com autovalores λ = −1 e λ = 2. Ache a lei de T quando

(a) V−1 = h(1, 0)i e V2 = h(−1, 1)i;

(b) V−1 = h(−1, 1)i e V2 = h(1, 0)i.

6 - Em cada caso (a) e (b) acima, explicite uma base que diagonaliza T e escreva a matriz
de T nesta base.

7 - Considere T : R3 → R3 . Ache a lei de T quando

(a) T tem autovalores λ = 0, −1 e 3 e V−1 = h(1, 0, 0)i e V0 = h(0, 1, 0)i e V3 = h(1, 0, 1)i;

(b) T tem autovalores λ = 1 e −1 e V−1 = h(1, 0, 0), (1, 0, 1)i e V1 = h(0, 1, 0)i.

8 - Em cada caso (a) e (b) acima escreva a matriz de T na base A = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (1, 0, 1)}.
(Obs.: Sem fazer contas!)

9 - Seja T : M2×2 → M2×2 uma transformação linear. Determine se T é diagonalizável e,


se for, ache uma base A que diagonaliza T e a matriz [T ]A,A de T na base A nos seguintes
casos:

(a) T tem autovalores λ = 2, λ = 0, λ = −4 e λ = −1 com autoespaços


½µ ¶ ¾ ½µ ¶ ¾
2a −a a −3a
V2 = , a ∈ R , V0 = ,a∈R ,
3a 0 0 a
½µ ¶ ¾ ½µ ¶ ¾
0 b 0 0
V−4 = ,b∈R e V−1 = ,d∈R .
2b −2b 3d d

(b) T tem autovalores λ = 2 e λ = 0 com autoespaços


½µ ¶ ¾
a b
V2 = ∈ M2×2 | 2a + c − 3d = 0, b − 2d + 3c = 0
c d
½µ ¶ ¾
a b
V0 = ∈ M2×2 | a − 2d + b = 0, c = 0 .
c d

(c) T tem autovalores λ = 2 e λ = 0 com autoespaços


½µ ¶ ¾
a b
V2 = ∈ M2×2 | a − 2d + b = 0, 4a − 3b = 0, 3b − 2d + c = 0
c d
½µ ¶ ¾
a b
V0 = ∈ M2×2 | a + 2d + b = 0, a − d + b = 0 .
c d

2
10 - Considerando as transformações lineares T da questão 9, em algum dos casos T é
inversı́vel? Qual o núcleo de T em cada caso?

11 - Identifique as curvas cônicas abaixo:

(a) 4x2 + y 2 + 4xy + 10x − 2 = 0;

(b) 17x2 + 12xy + 8y 2 − 10x + 20y + 5 = 0;

(c) 2xy − 1 = 0;

(d) 4xy − x2 − y 2 + 4x + 1 = 0.

12 - Seja C a curva de equação xy − 1 = 0. Encontre coordenadas x0 e y 0 tais que C tenha


equação ax0 − by 0 = 1 para alguns a, b ∈ R.

3
Gabarito:

1a QUESTÃO:
(a) Os autovalores de T são as raı́zes do polinômio caracterı́stico p(λ) = det(M − λI) onde
M é a matriz de T com respeito à base canônica
µ ¶
2 1
M= .
0 −1
Logo µ ¶
2−λ 1
p(λ) = det = (2 − λ)(−1 − λ)
0 −1 − λ
e os autovalores de T são λ = 2 e λ = −1.
O autoespaço relativo a λ = 2 é V2 = Nuc(T − 2Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 2Id. Temos

(T − 2Id)(x, y) = T (x, y) − 2(x, y) = (2x + y, −y) − (2x, 2y) = (y, −3y).

Logo V2 , que é o núcleo de T − 2Id, é o conjunto dos vetores (x, y) ∈ R2 tais que
(T − 2Id)(x, y) = (0, 0). Assim, V2 é o conjunto-solução do sistema
½
y =0
⇒ y=0
−3y = 0

mostrando que V2 = {(x, 0) | x ∈ R}.


O autoespaço relativo a λ = −1 é V−1 = Nuc(T + 1Id). Primeiro devemos achar a lei
de T + 1Id. Temos

(T + 1Id)(x, y) = T (x, y) + (x, y) = (2x + y, −y) + (x, y) = (3x + y, 0).

Logo V−1 , que é o núcleo de T + 1Id, é o conjunto-solução do sistema


½
3x +y = 0
⇒ y = −3x
0 =0

mostrando que V−1 = {(x, −3x) | x ∈ R}.


(b) Como todo vetor (x, y) ∈ R2 satisfaz T (x, y) = (x, y), vemos que todo vetor de R2 é
um autovetor relativo ao autovalor λ = 1. Assim o único autovalor de T é λ = 1 e
V1 = R2 .
De outro modo, os autovalores de T são as raı́zes do polinômio caracterı́stico p(λ) =
det(M − λI) onde M é a matriz de T com respeito à base canônica
µ ¶
1 0
M= .
0 1

4
Logo µ ¶
1−λ 0
p(λ) = det = (1 − λ)2
0 1−λ
e o único autovalor de T é λ = 1.
O autoespaço relativo a λ = 1 é V1 = Nuc(T − 1Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 1Id. Temos

(T − 1Id)(x, y) = T (x, y) − (x, y) = (x, y) − (x, y) = (0, 0).

Logo V1 é o núcleo da transformação

T − 1Id : R2 → R2
.
(x, y) 7→ (0, 0)

Ora, como esta transformação leva todo vetor (x, y) no vetor nulo (0, 0), vemos que
todo vetor (x, y) está no núcleo de T − 1Id, ou seja, V1 = Nuc(T − 1Id) = R2 .

(c) Os autovalores de T são as raı́zes do polinômio caracterı́stico p(λ) = det(M − λI) onde
M é a matriz de T com respeito à base canônica
 
1 0 2
M =  0 0 1 .
1 0 2

Logo  
1−λ 0 2
p(λ) = det  0 −λ 1  = λ2 (3 − λ)
1 0 2−λ
e os autovalores de T são λ = 0 e λ = 3.
O autoespaço relativo a λ = 0 é V0 = Nuc(T − 0Id) = Nuc(T ). Logo V0 é o conjunto-
solução do sistema 
 x +2z = 0
z =0 ⇒ x=z=0

x +2z = 0
mostrando que V0 = {(0, y, 0) | y ∈ R}.
O autoespaço relativo a λ = 3 é V3 = Nuc(T − 3Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 3Id. Temos

(T − 3Id)(x, y, z) = T (x, y, z) − 3(x, y, z)


= (x + 2z, z, x + 2z) − 3(x, y, z)
= (−2x + 2z, z − 3y, x − z).

5
Logo V3 , que é o núcleo de T − 3Id, é o conjunto-solução do sistema

 −2x +2z =0
−3y +z =0 ⇒ x = z = 3y

x −z =0
mostrando que V3 = {(3y, y, 3y) | y ∈ R}.
(d) Os autovalores de T são as raı́zes do polinômio caracterı́stico p(λ) = det(M − λI) onde
M é a matriz de T com respeito à base canônica C = {x2 , x, 1}
 
−1 0 3
M = 0 2 0 .
0 −1 1
Logo  
−1 − λ 0 3
p(λ) = det  0 2−λ 0  = (−1 − λ)(2 − λ)(1 − λ)
0 −1 1 − λ
e os autovalores de T são λ = 1, λ = 2 e λ = −1.
O autoespaço relativo a λ = 1 é V1 = Nuc(T − 1Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 1Id. Temos
(T − 1Id)(ax2 + bx + c) = T (ax2 + bx + c) − 1(ax2 + bx + c)
= ((−a + 3c)x2 + 2bx + c − b) − (ax2 + bx + c)
= (−2a + 3c)x2 + bx − b
Logo V1 , que é o núcleo de T − 1Id, é o conjunto dos polinômios ax2 + bx + c tais que
a, b, c satisfazem o sistema

 −2a +3c =0
3
b =0 ⇒ b = 0, a = c
 2
−b =0
mostrando que V1 = { 32 cx2 + c | c ∈ R}.
O autoespaço relativo a λ = 2 é V2 = Nuc(T − 2Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 2Id. Temos
(T − 1Id)(ax2 + bx + c) = T (ax2 + bx + c) − 2(ax2 + bx + c)
= ((−a + 3c)x2 + 2bx + c − b) − 2(ax2 + bx + c)
= (−3a + 3c)x2 − b − c
Logo V2 , que é o núcleo de T − 2Id, é o conjunto dos polinômios ax2 + bx + c tais que
a, b, c satisfazem o sistema

 −3a +3c =0
0 =0 ⇒ a = c, b = −c

−b −c =0

6
mostrando que V2 = {cx2 − cx + c | c ∈ R}.
O autoespaço relativo a λ = −1 é V−1 = Nuc(T + 1Id). Primeiro devemos achar a lei
de T + 1Id. Temos

(T + 1Id)(ax2 + bx + c) = T (ax2 + bx + c) + 1(ax2 + bx + c)


= ((−a + 3c)x2 + 2bx + c − b) + (ax2 + bx + c)
= 3cx2 + 3bx + c

Logo V−1 , que é o núcleo de T + 1Id, é o conjunto dos polinômios ax2 + bx + c tais que
a, b, c satisfazem o sistema

 3c =0
3b =0 ⇒ b=c=0

c =0

mostrando que V−1 = {ax2 | a ∈ R}.

2a QUESTÃO:

(a) Os autovalores de T são λ = 2 e λ = −1 com autoespaços

V2 = {(x, 0) | x ∈ R} = h(1, 0)i ⇒ dim(V2 ) = 1


V−1 = {(x, −3x) | x ∈ R} = h(1, −3)i ⇒ dim(V−1 ) = 1

Como dim(R2 ) = dim(V2 ) + dim(V−1 ), então T é diagonalizável. Uma base que diago-
naliza T é A = {(1, 0), (1, −3)} e a matriz de T nesta base é
µ ¶
2 0
[T ]A,A = .
0 −1

(b) O único autovalor de T é λ = 1 com autoespaço V1 = R2 . e temos obviamente


dim(R2 ) = dim(V1 ). Assim T é diagonalizável e qualquer base A de R2 diagonaliza T
e nos dá a matriz µ ¶
1 0
[T ]A,A = .
0 1

(c) Os autovalores de T são λ = 0 e λ = 3 com autoespaços

V0 = {(0, y, 0) | y ∈ R} = h(0, 1, 0)i ⇒ dim(V0 ) = 1


V3 = {(3y, y, 3y) | y ∈ R} = h(3, 1, 3)i ⇒ dim(V3 ) = 1

Assim, como dim(R3 ) 6= dim(V0 ) + dim(V3 ), a transformação T não é diagonalizável.

7
(d) Os autovalores de T são λ = 1, λ = 2 e λ = −1 com autoespaços
V1 = { 32 cx2 + c | c ∈ R} = h 32 x2 + 1i ⇒ dim(V1 ) = 1
2 2
V2 = {cx − cx + c | c ∈ R} = hx − x + 1i ⇒ dim(V2 ) = 1
V−1 = {ax2 | a ∈ R} = hx2 i ⇒ dim(V−1 ) = 1
Como dim(P2 ) = dim(V1 ) + dim(V2 ) + dim(V−1 ), então T é diagonalizável. Uma base
que diagonaliza T é A = { 32 x2 + 1, x2 − x + 1, x2 } e a matriz de T nesta base é
 
1 0 0
[T ]A,A =  0 2 0 .
0 0 −1

3a QUESTÃO:
(a) Seja T : R2 → R2 a transformação linear associada a M . Pelo exercı́cio 2(a), T
é diagonalizável e a base A = {(1, 0), (1, −3)} diagonaliza T . Assim, a matriz D
procurada é a matriz de T na base A
µ ¶
2 0
D = [T ]A,A =
0 −1
e a matriz P é a matriz de mudança de base de A para a base canônica C de R2 . Como
as colunas desta matriz são dadas pelos vetores da base A, temos
µ ¶
1 1
P = [Id]A,C = .
0 −3

(b) Seja T : R3 → R3 a transformação linear associada a M . Temos


T : R3 → R3
(x, y, z) 7→ (x + 4y, 2y, z)
Precisamos verificar que T é diagonalizável, encontrar uma base que a diagonalize e a
matriz de T nesta base. Primeiro achamos os autovalores de T , que são as raı́zes do
polinômio caracterı́stico p(λ) = det(M − λI). Logo
 
1−λ 4 0
p(λ) = det  0 2−λ 0  = (1 − λ)2 (2 − λ)
0 0 1−λ
e os autovalores de T são λ = 1 e λ = 2.
O autoespaço relativo a λ = 1 é V1 = Nuc(T − 1Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 1Id. Temos
(T − 1Id)(x, y, z) = T (x, y, z) − 1(x, y, z)
= (x + 4y, 2y, z) − (x, y, z)
= (4y, y, 0)

8
Logo V1 , que é o núcleo de T − 1Id, é o conjunto-solução do sistema

 4y =0
y =0 ⇒ y=0

0 =0

mostrando que V1 = {(x, 0, z) | x, z ∈ R} = h(1, 0, 0), (0, 0, 1)i. Logo dim(V1 ) = 2.


O autoespaço relativo a λ = 2 é V2 = Nuc(T − 2Id). Primeiro devemos achar a lei de
T − 2Id. Temos

(T − 1Id)(x, y, z) = T (x, y, z) − 2(x, y, z)


= (x + 4y, 2y, z) − 2(x, y, z)
= (−x + 4y, 0, −z)

Logo V2 , que é o núcleo de T − 2Id, é o conjunto-solução do sistema



 −x + 4y = 0
0 =0 ⇒ z = 0, x = 4y

−z = 0

mostrando que V2 = {(4y, y, 0) | y ∈ R} = h(4, 1, 0)i. Logo dim(V2 ) = 1.


Assim, como dim(R3 ) = dim(V1 ) + dim(V2 ), a transformação T é diagonalizável e uma
base que adiagonaliza T é A = (1, 0, 0), (0, 0, 1), (4, 1, 0)}. Logo as matrizes D e P
procuradas são
   
1 0 0 1 0 4
D = [T ]A,A =  0 1 0  e P = [Id]A,C =  0 0 1  .
0 0 2 0 1 0

4a QUESTÃO:
(a) (Falsa) Por exemplo, a transformação identidade da questão 1(b) tem apenas o auto-
valor λ = 1 mas é diagonalizável.

(b) (Verdadeiro) Se o conjunto {v, v 0 } é LD então um destes vetores é múltiplo do outro,


ou seja, existe k ∈ R tal que v 0 = kv. Agora, como v e v 0 são autovetores, temos que
T (v) = λv e T (v 0 ) = λ0 v 0 . Mas por outro lado, temos

T (v 0 ) = T (kv) = kT (v) = kλv = λ(kv) = λv 0 .

Assim, temos
λ0 v 0 = λv 0 ⇒ (λ0 − λ)v 0 = 0
e como v 0 não é o vetor nulo (pois é um autovetor e, por definição, autovetores são
não-nulos), temos que ter λ0 − λ = 0, ou seja, λ0 = λ.

9
(c) (Falso) Basta que a transformação tenha como autovalor λ = 0 para que não seja
inversı́vel. Assim, a transformação da questão 7(a), por exemplo, é diagonalizável mas
não é inversı́vel.

(d) (Verdadeiro) De fato, sendo M triangular superior, temos


 
a11 a12 a13 . . . a1n
 0 a22 a23 . . . a2n 
 
 0 a33 . . . a3n 
M = 0 
 .. . . .. 
 . . . 
0 0 0 . . . ann

e portanto, o polinômio caracterı́stico de T fica


 
a11 − λ a12 a13 ... a1n
 0 a − λ a ... a2n 
 22 23 
 0 0 a33 − λ ... a3n 
p(λ) = det  
 .. .. .. 
 . . . 
0 0 0 . . . ann − λ
= (a11 − λ)(a22 − λ)(a33 − λ) · · · (ann − λ)

Logo os autovalores de T , que são as raı́zes de p(λ) são

λ = a11 , λ = a22 , λ = a33 , . . . λ = ann ,

ou seja, são os elementos da diagonal principal de M . Se M é triangular inferior o


mesmo raciocı́nio de aplica.

5a QUESTÃO:
(a) Como (1, 0) é autovetor de T com autovalor λ = −1, temos que T (1, 0) = −1(1, 0) =
(−1, 0). Do mesmo modo, como (−1, 1) é autovetor de T com autovalor λ = 2, temos
que T (−1, 1) = 2(−1, 1) = (−2, 2). Assim queremos achar a lei da transformação
T : R2 → R2 tal que T (1, 0) = (−1, 0) e T (−1, 1) = (−2, 2). Para isto precisamos
escrever os vetores (x, y) de R2 como combinação linear de (1, 0) e (−1, 1):

(x, y) = a(1, 0) + b(−1, 1) = (a − b, b) ⇒ b = y, a = x + b = x + y.

Portanto temos que

T (x, y) = aT (1, 0) + bT (−1, 1) = (x + y)(−1, 0) + y(−2, 2) = (−x − 3y, 2y)

e a lei de T é
T : R2 → R2
(x, y) 7→ (−x − 3y, 2y).

10
(b) Procedendo como no item anterior, precisamos achar a lei da transformação T : R2 →
R2 tal que T (−1, 1) = (1, −1) e T (1, 0) = (2, 0). Escrevendo os vetores (x, y) de R2
como combinação linear de (1, 0) e (−1, 1) temos, como no item (a),
(x, y) = (x + y)(1, 0) + y(−1, 1)
o que implica que
T (x, y) = (x + y)T (1, 0) + yT (−1, 1) = (x + y)(2, 0) + y(1, −1) = (2x + 3y, −y).
Assim a lei de T é
T : R2 → R2
.
(x, y) 7→ (2x + 3y, −y).

6a QUESTÃO:
(a) Base A = {(1, 0), (−1, 1)} com matriz
µ ¶
−1 0
[T ]A,A = .
0 2

(b) Base A = {(1, 0), (−1, 1)} com matriz


µ ¶
2 0
[T ]A,A = .
0 −1

7a QUESTÃO:
(a) Procedendo como na questão 5, queremos achar a lei da transformação T : R3 → R3
tal que
T (1, 0, 0) = (−1, 0, 0), T (0, 1, 0) = (0, 0, 0), T (1, 0, 1) = (3, 0, 3).
Para isto precisamos escrever os vetores (x, y, z) de R3 como combinação linear de
(1, 0, 0), (0, 1, 0) e (1, 0, 1). Temos
(x, y, z) = a(1, 0, 0) + b(0, 1, 0) + c(1, 0, 1) = (a + c, b, c) ⇒ c = z, b = y, a = x − z.
Logo temos que
T (x, y, z) = aT (1, 0, 0) + bT (0, 1, 0) + cT (1, 0, 1)
= (x − z)(−1, 0, 0) + y(0, 0, 0) + z(3, 0, 3)
= (−x + 4z, 0, 3z)
e portanto a lei da transformação procurada é
T : R3 → R3
.
(x, y, z) 7→ (−x + 4z, 0, 3z)

11
(b) Novamente, queremos achar a lei da transformação T : R3 → R3 tal que

T (1, 0, 0) = (−1, 0, 0), T (1, 0, 1) = (−1, 0, −1), T (0, 1, 0) = (0, 1, 0).

Escrevendo os vetores (x, y, z) de R3 como combinação linear de (1, 0, 0), (0, 1, 0) e


(1, 0, 1) temos, como no item anterior,

(x, y, z) = (x − z)(1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(1, 0, 1).

Logo temos que

T (x, y, z) = (x − z)T (1, 0, 0) + yT (0, 1, 0) + zT (1, 0, 1)


= (x − z)(−1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(−1, 0, −1)
= (−x, y, −z)

e portanto a lei da transformação procurada é

T : R3 → R3
.
(x, y, z) 7→ (−x, y, −z)

8a QUESTÃO:
 
−1 0 0
(a) [T ]A,A =  0 0 0 ;
0 0 3
 
−1 0 0
(b) [T ]A,A =  0 1 0 .
0 0 −1

9a QUESTÃO:

(a) Temos que achar bases para os autoespaços V2 , V0 , V−4 e V−1 . Temos
¿µ ¶À ¿µ ¶À
2 −1 1 −3
V2 = , V0 =
3 0 0 1
¿µ ¶À ¿µ ¶À
0 1 0 0
V−4 = , V−1 =
2 −2 3 1
e logo dim(V2 ) = dim(V0 ) = dim(V−4 ) = dim(V−1 ) = 1. Assim T é diagonalizável pois
dim(M2×2 ) = dim(V2 )+dim(V0 )+dim(V−4 )+dim(V−1 ), logo o conjunto de autovetores
½µ ¶ µ ¶ µ ¶ µ ¶¾
2 −1 1 −3 0 1 0 0
A= , , ,
3 0 0 1 2 −2 3 1

12
é uma base de M2×2 sendo então uma base que diagonaliza T . A matriz de T na base
A é  
2 0 0 0
 0 0 0 0 
[T ]A,A = 
 0 0 −4
.
0 
0 0 0 −1

(b) Temos que achar bases para os autoespaços V2 e V0 . Temos


¿µ ¶ µ ¶À ¿µ ¶ µ ¶À
1 6 0 −7 −1 1 2 0
V2 = , , V0 = ,
−2 0 3 1 0 0 0 1

e logo dim(V2 ) = dim(V0 ) = 2. Assim T é diagonalizável pois dim(M2×2 ) = dim(V2 ) +


dim(V0 ) e o conjunto de autovetores
½µ ¶ µ ¶ µ ¶ µ ¶¾
1 6 0 −7 −1 1 2 0
A= , , ,
−2 0 3 1 0 0 0 1

é uma base de M2×2 que diagonaliza T . A matriz de T na base A é


 
2 0 0 0
 0 2 0 0 
[T ]A,A = 
 0 0 0
.
0 
0 0 0 0

(c) Temos que achar bases para os autoespaços V2 e V0 . Temos


¿µ ¶À ¿µ ¶ µ ¶À
1 4/3 1 −1 0 0
V2 = , V0 = ,
−5/3 7/6 0 0 1 0

e logo dim(V2 ) = 1 e dim(V0 ) = 2. Assim T não é diagonalizável pois dim(M2×2 ) 6=


dim(V2 ) + dim(V0 ).

10a QUESTÃO: A transformação T não é inversı́vel em nenhum caso pois seu núcleo é
igual a V0 , que em nenhum item é só o vetor nulo.
11a QUESTÃO:

(a) Os autovalores da forma quadrática associada são λ = 5 e λ = 0 e a curva é uma


parábola.

(b) Os autovalores da forma quadrática associada são λ = 5 e λ = 20 e a curva é uma


elipse.

(c) Os autovalores da forma quadrática associada são λ = 1 e λ = −1 e a curva é uma


hipérbole.

13
√ √
(d) Os autovalores da forma quadrática associada são λ = −1 − 3 e λ = −1 + 3ea
curva é uma hipérbole.
µ ¶
0 1
12 - Vamos proceder como visto em aula. Considere a matriz simétrica M = e
1 0
a transformação linear associada:

T : R2 → R2
(x, y) 7→ (y, x)

Os autovalores de M são λ = 1 e λ = −1, como visto na questão anterior. Precisamos


achar uma base A = {v1 , v2 } formada por autovetores unitários. Para isso vamos achar os
autoespaços:

• V1 = Nuc(T − 1Id). Temos (T − 1Id)(x, y) = T (x, y) − (x, y) = (y − x, x − y) e logo


V1 = {(x, y) ∈ R2 | x − y = 0} = h(1, 1)i.

• V−1 = Nuc(T + 1Id). Temos (T + 1Id)(x, y) = T (x, y) + (x, y) = (y + x, x + y) e logo


V−1 = {(x, y) ∈ R2 | x + y = 0} = h(1, −1)i.

Assim (1, 1) e (1, −1) formam uma base de autovetores de T . Como precisamos de vetores
unitários, consideramos
µ ¶ µ ¶
(1, 1) 1 1 (1, −1) 1 1
v1 = √ = √ ,√ e v2 = p = √ , −√ .
12 + 12 2 2 12 + (−1)2 2 2

Como visto em aula, tomamos (x0 , y 0 ) as coordenadas de (x, y) com respeito à base A =
{v1 , v2 }. Assim, precisamos escrever (x, y) como combinação linear de v1 e v2 . Temos
µ 0 ¶ √ √
0 0 x + y 0 x0 − y 0 0 2 0 2
(x, y) = x v1 + y v2 = √ , √ ⇒x = (x + y), y = (x − y)
2 2 2 2

Pelo visto em aula, temos que

2xy = λ1 x0 + λ2 y 0 = x0 − y 0

e logo a equação da curva nas coordenadas x0 e y 0 fica x0 − y 0 = 1.

14

Você também pode gostar