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Licenciatura em Matemática
Departamento de Matemática
Álgebra Linear I
Segundo teste - correcção 10 de Janeiro de 2019
Pelos cálculos feitos na alı́nea a), Nuc(T ) + Im(T ) é gerado por {(1, −1, 1), (1, 0, 2), (2, 1, 3)}, que
é um conjunto livre. De facto, se a, b, c ∈ R então
a + b + 2c = 0 b + 3c = 0
a(1, −1, 1) + b(1, 0, 2) + c(2, 1, 3) = (0, 0, 0) ⇐⇒ −a + c = 0 ⇐⇒ a= =c
a + 2b + 3c = 0 2b + 4c = 0
e daqui obtemos facilmente (por exemplo, tirando o valor de b na primeira equação e substituindo
na terceira) a = b = c = 0.
Mostramos assim que Nuc(T ) + Im(T ) tem dimensão três e, portanto, é igual a R3 . Atendendo
agora à igualdade
dim (Nuc(T ) + Im(T )) = dim Nuc(T ) + dim Im(T ) − dim (Nuc(T ) ∩ Im(T ))
T (1, −1, 1) = (0, 0, 0), T (1, 0, 2) = (3, 2, 4), T (2, 1, 3) = (7, 4, 10)
(3, 2, 4) = −(1, 0, 2) + 2(2, 1, 3), (7, 4, 10) = −(1, 0, 2) + 4(2, 1, 3)
0 0 0
então MB
BT =
0 −1 −1 .
0 2 4
3. (Nas aulas foi dito como se resolvem estes exercı́cios numa situação mais geral: se V ≤ Rn , W ≤ Rk e
dim V + dim W = n então existe ϕ : Rn → Rk tal que Nuc(ϕ) = V e Im(ϕ) = W ).
V tem dimensão 3 pois é definido por uma equação linear homogénea em 4 variáveis. Deste modo
(−1, 1, 0, 0), (−1, 0, 1, 0), (1, 0, 0, 1) é uma base de V .
Definir uma aplicação linear de domı́nio R4 é equivalente a definir as imagens dos elementos de uma
base de R4 , por exemplo a base (1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (1, 0, 0, 1) . Atendendo às condições
Daqui obtemos Nuc(ϕ) ⊇ W e Im(ϕ) ⊇ V e, portanto, dim Im(ϕ) ≥ dim W = 3 e dim Nuc(ϕ) ≥
dim W ≥ 1. Atendendo a que dim Im(ϕ) + dim Nuc(ϕ) = 4 concluı́mos que Nuc(ϕ) = W e Im(ϕ) = V .
4. (Caso particular do Exercı́cio (resolvido) 6 da página 50 e que também foi resolvido nas aulas)
Vejamos duas alternativas de resolução:
• Como (−1, 1, 0), (−1, 0, 1) é uma base do plano e (1, 1, 1) é perpendicular ao plano então B =
(−1, 1, 0), (−1, 0, 1), (1, 1, 1) é uma base de R3 . Definir a aplicação linear pedida é equivalente
a definir a imagem dos elementos de B.
Por hipótese temos T (−1, 1, 0) = (−1, 1, 0), T (−1, 0, 1) = (−1, 0, 1), T (1, 1, 1) = (0, 0, 0).
Daqui obtemos T (a, b, c) escrevendo (a, b, c) como combinação linear dos elementos da base de B.
• Vamos calcular directamente a projecção de um ponto (a, b, c) no plano de equação x + y + z = 0.
A projecção é a intersecção da recta que passa em (a, b, c) e tem a direcção do vector (1, 1, 1),
que é perpendicular ao plano. Temos assim sucessivamente
2a−b−c
x =
x =a+λ 3
y = −a+2b+c
(x, y, z) = (a, b, c) + λ(1, 1, 1) y =b+λ
3
x+y+z =0 z = c + λ −a−b+2c
z = 3
a + b + c + 3λ = 0
λ = − a+b+c
3
1
Daqui obtemos T (a, b, c) = 3 (2a − b − c, −a + 2b − c, −a − b + 2c).
Se (x, y) ∈ V e α, β ∈ R então
Deste modo
1
log3 2 − log3 2
MB
B2
3
T = 2
1 .
0 3 log3 2
Observação: Contrariamente ao que vários alunos escreveram, no enunciado não se diz que MBBT
é a matriz identidade (isso seria dizer que T é a identidade) mas sim que a matriz é diagonal e
os elementos da diagonal são 0 ou 1.