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Belo Horizonte
2023
Tópico 1. Dê a definição de matriz simétrica. Escreva três exemplos de
matrizes simétricas.
R.: Uma matriz simétrica é uma matriz quadrada, a qual pode ser descrita da forma
α(ij), e cada elemento dessa matriz será igual ao respectivo elemento na matriz α(ji). Ou
seja, a matriz α será igual a sua transposta.
α = αt
Exemplos:
9 1 3 9 1 3
(1 T
6 2) = (1 6 2)
3 2 7 3 2 7
1 2 3 1 2 3
(2 T
4 5) = (2 4 5)
3 5 6 3 5 6
2 3 T 2 3
( ) =( )
3 0 3 0
4 2 2
(2 4 2)
2 2 4
Para diagonalizar a matriz acima, primeiramente temos que subtrair uma variável, (a qual
iremos chamar de λ) de todos os elementos de sua diagonal principal.
Consequentemente, é preciso igualar o determinante da matriz a 0, para encontrarmos
as raízes de λ.
4−λ 2 2
( 2 4−λ 2 )
2 2 4−λ
det. A = 0
Calculando o determinante pela “regra de Sarrus", obtemos:
- λ 3+ 12λ2 - 36λ +32 =0
Para calcularmos as raízes de uma equação de terceiro grau, é preciso fatorar os
polinômios presentes na equação:
(2- λ).( λ 2-10λ +16) = 0
Que também pode ser reescrita como:
(2- λ).( λ -8).( λ -2) = 0
Quando o produto de alguma operação é 0, isso significa que alguns dos fatores é o
próprio zero, dessa forma, as raízes de X são:
λ1 = 2
λ2 = 2
λ3 = 8
Sendo que, o número 2 é uma raiz dupla, pois pode gerar mais de um autovetor
distinto.
Logo, os números 2 e 8, são autovalores da matriz A. Para prosseguir o
procedimento da diagonalização de matrizes, também é necessário encontrar os
autovetores da mesma matriz. Diante disso, subtraímos os autovalores da primeira
diagonal (diagonal principal) da matriz, separadamente. Feito isso, igualamos o sistema
a 0.
Autovalor = 2
2 2 2 𝑋 0
(2 2 2 ) x ( 𝑌 ) = ( 0)
2 2 2 𝑍 0
2X + 2 Y + 2Z = 0
2X = -2Z-2Y
X = -Z-Y
Logo,
Y = Z e X =-Z-Y. Adotando: X = -α-β, Y = β e Z = α
Portanto, o autovetor pode ser escrito como: (−α − β, β, α).
Para α = 1 e β = 0, o autovetor assume os seguintes valores: (-1, 0, 1).
Como o autovalor 2 é uma raiz dupla, para α = 0 e β = 1, o autovetor assume os seguintes
valores: (-1, 1, 0).
Autovalor = 8
−4 2 2 𝑋 0
(2 −4 2 ) x ( 𝑌 ) = (0)
2 2 −4 𝑍 0
Aplicando operações elementares, obtemos:
−4 2 2 0
(2 −4 2) ( 0)
2 2 −4 0
𝐋𝟏
L1 − 𝟒
1 −1/2 −1/2 0
2 −4 2 0
2 2 −4 0
L2 L2 – 2L1
1 −1/2 −1/2 0
0 −3 3 0
2 2 −4 0
L3 L3 – 2L1
1 −1/2 −1/2 0
0 −3 3 0
0 3 −3 0
−𝐋𝟐
L2 𝟑
1 −1/2 −1/2 0
0 1 −1 0
0 3 −3 0
L3 L3 – 3L2
1 −1/2 −1/2 0
0 1 −1 0
0 0 0 0
𝑳𝟐
L1 L1 + 𝟐
1 0 −1 0
0 1 −1 0
0 0 0 0
Logo:
X–Z=0
Y–Z=0
Portanto, X = Z e Y = Z. As três coordenadas possuem o mesmo valor. O autovetor pode
ser escrito como: (1, 1, 1).
Uma vez que os autovetores foram descobertos, basta substituir as matrizes na fórmula:
D = PAP-1
P = Matriz composta pelos autovetores.
D = Matriz diagonalizada.
P-1 = Matriz inversa composta pelos autovetores.
A = Matriz original
1 −1 −1
(
P= 1 0 1)
1 1 0
Para inverter a matriz P, colocamos a matriz identidade ao lado e realizamos as
operações elementares.
1 −1 −1 1 0 0
1 0 1 0 1 0
1 1 0 0 0 1
L2 L2 – L1
1 −1 −1 1 0 0
0 1 2 −1 1 0
1 1 0 0 0 1
L3 L3 – L1
1 −1 −1 1 0 0
0 1 2 −1 1 0
0 2 1 −1 0 1
L3 L3 – L2
1 −1 −1 1 0 0
0 1 2 −1 1 0
0 0 −3 1 −2 1
−𝑳𝟑
L3 𝟑
1 −1 −1 1 0 0
0 1 2 −1 1 0
0 0 1 −1/3 2/3 −1/3
L2 L2 – 2L3
1 −1 −1 1 0 0
0 1 0 −1/3 −1/3 2/3
0 0 1 −1/3 2/3 −1/3
L1 L1 + L3
1 −1 0 2/3 2/3 −1/3
0 1 0 −1/3 −1/3 2/3
0 0 1 −1/3 2/3 −1/3
L1 L1 + L2
1 0 0 1/3 1/3 1/3
0 1 0 −1/3 −1/3 2/3
0 0 1 −1/3 2/3 −1/3
Tópico 3. Faça uma pesquisa sobre o Teorema Espectral para matrizes simétricas. Dê
um enunciado deste teorema.
Logo;
𝑃ρα é uma matriz ortogonal, ↔, ρ é uma base ortonormal.
Adotando λ = -2, e considerando que este vetor precisa ser ortogonal, ou seja 〈V1, V2
−√2 √2 √2 √2
〉= 0, V2 precisa ser ( , 2 ); uma vez que V1 = ( 2 , ).
2 2
Elipse: Sejam F1 e F2 pontos fixos de um plano. A distância desses pontos pode ser
nomeada por 2c. Considere α, um número real, tal que 𝛼 > c. Um lugar geométrico,
chamado E, de pontos X tais que d(X, F1) + d(X, F2) = 2α chama-se elipse.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Fma
tematica%2Felipse.htm&psig=AOvVaw2ghDq8U4GlPu1YwVGwqplR&ust=1687744944
034000&source=images&cd=vfe&ved=0CBEQjRxqFwoTCKDC__2p3f8CFQAAAAAdAA
AAABAE
Tópico 5. Determine a descrição por meio de equações no plano da parábola, hipérbole
e elipse (por exemplo, uma reta tem equação y = ax + b).
𝒙𝟐 𝒚𝟐
- =1
𝒂𝟐 𝒃𝟐
Quando a hipérbole tem focos no eixo y, sua equação é:
𝒚𝟐 𝒙𝟐
- =1
𝒂𝟐 𝒃𝟐
Equação reduzida da elipse:
𝒙𝟐 𝒚𝟐
+ =1
𝒃𝟐 𝒂𝟐
Tópico 7. Mostre que, após diagonalizar a matriz A do item acima, obtemos uma nova
equação quadrática. Mostre que ela é da forma das equações das seções cônicas
obtidas no tópico 5.
A = PDPT
𝑥
(𝑥 𝑦) . (λ1 0
) . (𝑦 ) = d
0 λ2
Efetuando a multiplicação, obtemos:
𝜆1 𝜆2
+ 𝑦2 = d
𝑥2
Portanto, é possível concluir que a nova equação quadrática é representada pela mesma
forma da equação reduzida da elipse.
Tópico 8. Considere a equação quadrática
5x2 − 4xy + 8y2 = 36.
• Escreva-a em forma matricial, como no tópico 6.
• Diagonalize a matriz A obtida.
• Encontre a nova equação associada à matriz diagonal.
• Identifique qual é a cônica descrita pela equação.
Item 1:
(𝑥 𝑦) . ( 5 −2 𝑥
) (𝑦) = 36
−2 8
Item 2:
5−𝜆 −2
( )
−2 8−𝜆
(𝜆2 − 13𝜆 + 36) = 0
(𝜆 − 4) . (𝜆 − 9) = 0
𝜆1 = 4
𝜆2 = 9
Logo, os números 4 e 9, são autovalores da matriz. Para prosseguir o
procedimento da diagonalização de matrizes, também é necessário encontrar os
autovetores da mesma matriz. Diante disso, subtraímos os autovalores da primeira
diagonal (diagonal principal) da matriz, separadamente. Feito isso, igualamos o sistema
a 0.
Autovalor = 4
1 −2 𝑥 0
( ) . (𝑦 ) = ( )
−2 4 0
X - 2Y = 0
X = 2Y
Portanto, o autovetor pode ser escrito como: (1, 2).
Autovalor = 9
−4 −2 𝑥 0
( ) . (𝑦 ) = ( )
−2 −1 0
-2X -Y = 0
-2X = Y
−1
Portanto, o autovetor pode ser escrito como: ( 2 , 1).
−1
2
P=( 2 )
1 1
1
1 1 2
Para inverter a matriz P, P-1 = .( )
𝑑𝑒𝑡𝑃
−1 2
2 1
1
1 1 5 5
5 .( 2)=( 2 4)
2 −1 2 −5 5
Logo:
2 1
−1
4 0 2 5 −2
( )( 2 ) ( 52 5
4) =( )
0 9 1 1 −5 −2 8
5
Item 3:
(𝑥 𝑦 ) (4 0 𝑥
) ( ) = 36
0 9 𝑦
4X2 + 9Y2 = 36
Item 4:
4 9
+ 𝑦 2 = 36
𝑥2