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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
avançadas de produção”
1. Introdução
Com o mundo cada vez mais globalizado, é necessária cada vez mais energia elétrica para
atender a demanda. Com o consumo cada vez maior, torna-se importante administrar bem os
gastos com essa energia, bem como uma maneira de se economizar. A gestão energética tem
como finalidade analisar os gastos diários com energia elétrica através de análises de
potências de lâmpadas e aparelhos elétricos.
O setor elétrico no Brasil, segundo alguns especialistas, pode ser dividido em cinco períodos.
O primeiro se iniciou por volta de 1990, quando a economia do país era caracterizada por
produção de produtos primários e a geração da energia era a partir do carvão vegetal. O
segundo período se iniciou em 1930, com a aceleração do processo de industrialização. Já o
terceiro período se iniciou com o fim da Segunda Guerra Mundial com a presença rigorosa no
setor elétrico do Estado, principalmente através da criação de empresas estatais na área de
geração e distribuição da energia elétrica. O quarto período se iniciou com o aumento da
dívida externa do Brasil, em 1980. Para tentar conter a inflação as tarifas de energia elétrica
foram mantidas baixas para todo o país, o que afetou às empresas do setor, pois a baixa tarifa
não garantia uma remuneração suficiente para o equilíbrio econômico das mesmas. O quinto
período iniciou então com o desenvolvimento das indústrias de geração de energia elétrica do
país. Por volta de 1990, o Ministério de Minas e Energia preparou mudanças operacionais e
institucionais no setor que resultaram no modelo que é regente atualmente no setor. Em 2001
o país passou pela primeira crise de energia elétrica até então, sendo necessário um
racionamento. Diante disso surgiu a preocupação do governo em reduzir os riscos de falta de
energia no país, melhorando então o planejamento e controle de todo o sistema.
2. Referencial Teórico
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Para o mesmo valor de energia elétrica recebida, quanto menor a energia dissipada pelo
aparelho, maior é sua Eficiência Elétrica, isso significa que maior parte da energia fornecida
foi bem aproveitada e houve pouco desperdício. Sendo assim a Eficiência Energética de um
equipamento é a razão entre a quantidade de energia utilizada por ele para realização de uma
atividade e a energia fornecida para esse equipamento. É de grande importância estimar a
Eficiência Energética dos aparelhos, pois é através dela que se pode observar se a energia está
sendo ou não bem utilizada por esses aparelhos.
Em 1993 foi criado o selo PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica)
de economia de energia, com o objetivo de criar a fabricação e compra de produtos mais
eficientes. Esse selo possui uma escala que começa na letra A e vai até a letra E, os aparelhos
que recebem conceito A são aqueles que são mais eficientes, sendo assim irão consumir uma
menor quantidade de energia elétrica para desempenhar sua função, aqueles que recebem o
conceito E são os menos econômicos, pois sua eficiência é baixa, consumindo uma
quantidade maior de energia elétrica para realizar sua função.
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O filamento desse tipo de lâmpada geralmente é feito de tungstênio, a escolha desse elemento
foi devido à sua alta temperatura de fusão (3422ºC). Remove-se todo o ar do interior do bulbo
de vidro, para se evitar que o filamento entre em combustão, e então o espaço vazio é
preenchido com uma mistura de gases inertes que funcionam como isolantes térmicos.
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Elas podem ter uso doméstico, industrial e laboratorial, onde sua cobertura de fosforo é usada
para esterilização de materiais através da radiação ultravioleta. Elas geram uma economia de
80% (lâmpada de 15W fluorescente comparada a uma lâmpada incandescente de 60W), elas
também podem ser ate quatro vezes mais eficientes que as lâmpadas incandescentes, e sua
vida útil podem chegar acima de dez mil horas de uso contra mil horas das incandescentes.
Esse tipo de lâmpada é formado por um diodo semicondutor (junção P-N) que quando
energizado emite uma luz visível, que é produzida pelas interações energéticas dos elétrons. O
processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica recebe o nome de
eletroluminescência. Nas junções P-N polarizadas diretamente, ocorrem recombinações de
lacunas e elétrons, essas recombinações exigem que a energia possuída pelos elétrons seja
liberada, o que pode ocorrer na forma de calor ou fótons de luz. A luz emitida é
monocromática sendo a sua cor definida pelo cristal ou impureza de dopagem usada para a
fabricação desses materiais.
No silício e no germânio, que são elementos básicos dos diodos, a maior parte da energia é
liberada em forma de calor, sendo muito pequena a luz emitida. Quando os componentes que
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Os LEDs são as melhores opções em termo de eficiência e economia, o custo dela é mais alto
que das outras lâmpadas porem a economia de energia e a durabilidade que ela proporciona a
torna uma excelente escolha.
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2.4. Iluminância
Iluminância é o “Limite da razão do fluxo luminoso recebido pela superfície em torno de um
ponto considerado, para a área da superfície quando esta tende para o zero” (ABNT ,1992,
p2).
A Associação brasileira de normas técnicas (ABNT) delimita um valor de iluminância
mínima e máxima para cada atividade a ser exercida, para salas de aula o valor determinado
de iluminância deve estar entre duzentos e quinhentos. Para obtermos tal valor deve-se utilizar
a seguinte formula:
Onde temos:
q = quantidade de lâmpadas no recinto;
Lúmens = fator de iluminância de cada lâmpada
m² = área do recinto analisado
lx = número de luminância do recinto
3. Metodologia
Para realização desse trabalho, primeiramente visitou-se as escolas municipais da cidade de
Bambuí-MG, para realizar a coleta dos dados, sendo eles a quantidade de lâmpadas utilizadas
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nas escolas, assim como suas potencias e seu tempo de funcionamento. A partir dos dados
coletados calculou-se o consumo diário e mensal das respectivas escolas. Para calcular o gasto
das escolas com o consumo da energia elétrica para iluminação foi solicitada a prefeitura
municipal a modalidade tarifaria e o valor cobrado pelo consumo de cada 1kWh. Então após
efetuados tais cálculos, modificamos os tipos de lâmpadas e suas quantidades, respeitando a
quantidade de lumens determinada pela norma brasileira, tais dados serão analisados e
discutidos posteriormente.
Para que se tornasse possível tais cálculos e analises o tempo de funcionamento de alguns
setores foram obtidos através de uma média diária. E para o cálculo do consumo mensal,
consideramos o consumo diário igual para todos os dias do mês assim como adotamos o mês
como tendo 20 dias uteis.
Utilizando os mesmos dados coletados na prefeitura e o mesmo período de utilização das
lâmpadas foi calculado para as quatro escolas municipais o consumo de potência diário e
mensal caso adotassem lâmpadas LED.
4. Análise de Dados
Os seguintes resultados foram obtidos utilizando os dados coletados na prefeitura com o
consumo período de tempo coletado nas referentes escolas.
4.1. Escola 1
Imagem 1: Relação de lâmpadas da escola 1 e seu consumo
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A escola 1 apresenta como consumo de potência diário 103,595 kWh, portanto, temos um
consumo mensal total de 2.061,02 kWh. Desse consumo sua maior parte 51,24% (1.056,00
kWh) vem dos projetores retangulares que se localizam em torno da escola, seu alto consumo
é recorrente de sua alta potência de trabalho e seu grande período de funcionamento, e o
menor consumo mensal é referente aos banheiros que representa 0,35% (7,20 kWh), pois as
lâmpadas utilizadas são de baixa potência e seu baixo período de funcionamento.
Os três locais que possuem maior tempo de uso são respectivamente, a fachada da escola, a
cozinha e a diretoria/laboratórios, isso devido ao fato que durante todo o período da noite a
escola se encontra com sua fachada iluminada pelos projetores retangulares, e tanto a
diretoria, a cozinha e os laboratórios são locais de grande uso, tanto no período matutino
quanto no vespertino. Já os três locais com os menores consumos mensais são
respectivamente cantina/pátio, banheiros e os corredores (tanto superior como o térreo), isso
se dá ao fato que a cantina os corredores e o pátio só precisam de iluminação no início do
período matutino devido a fraca iluminação natural, e o banheiro somente quando for
utilizado.
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Como esperado os períodos de 6h ás 12h e 13h as 18h possuem alto consumo de potência,
pois são os períodos de aula. O período de 18h as 6h possui o maior consumo pois é nesse
período que os refletores retangulares, que possuem um alto consumo de potência, estão
ligados. Já o período de 12h as 13h apresenta o menor consumo de potência pois é um horário
de baixa utilização de lâmpadas na escola.
4.2 Escola 2
Imagem 2: Relação de lâmpadas da escola 2 e seu consumo
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A escola 2 apresenta como consumo de potência diário 27,312 kWh, sendo assim seu
consumo mensal é igual a 522,08 kWh. Do consumo total a maior parte vem das salas de aula,
201,60 kWh (38,61%), pois além do auto período de funcionamento apresenta também um
grande número de lâmpadas. Já a escadaria representa a menor parte do consumo total 2,16
kWh (0,41%), pois além do seu curto período de utilização também apresenta uma pequena
quantidade de lâmpadas.
A fachada da escola é o local que apresenta o maior período de utilização 12h, apesar disso
seu consumo total apresenta apenas 5,52% do consumo total, isso se dá a sua baixa
quantidade de lâmpadas. Já a cantina e o pátio apresentam o menor período de utilização 1h,
devido ao fato que a ambos só precisam de iluminação no início do período matutino devido a
fraca iluminação natural.
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4.3 Escola 3
Imagem 3: Relação de lâmpadas da escola 3 e seu consumo
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De acordo com os dados coletados da escola 3 temos que, o seu consumo diário é de 50,391
kWh, sendo assim seu consumo mensal é de 1.007,82 kWh. Nessa escola a maior parte do
consumo vem da área externa que consome 842,00 kWh (83,55%) esse consumo é devido ao
grande número de projetores retangulares que possuem uma alta potência, e o menor consumo
mensal é referente ao refeitório (2,56kWh) que representa 0,25%, pois além do baixo número
de lâmpadas temos um curto período de utilização.
A área externa apresenta o maior período de utilização 13h, além da área externa temos outras
áreas que apresentam grande período de utilização, sendo elas a diretoria, as salas de aula e a
cozinha da escola (11h). Em contrapartida temos a cozinha e os depósitos que apresentam
apenas 1h de utilização por dia.
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4.4 Escola 4
Imagem 4: Relação de lâmpadas da escola 4 e seu consumo
De acordo com os dados da Escola 4, temos como consumo diário 29,344 kWh,
consequentemente temos um consumo mensal de 586,88 kWh. O maior consumo vem das
salas de aula que representam um total de 450,56 kWh (76,77%) esse valor é devido a grande
quantidade de lâmpadas utilizadas em cada sala de aula. O menor consumo é o da cantina de
1,92 kWh (0,33%), tal valor é devido à baixa quantidade de lâmpadas e pouca utilização
Apesar do maior período de funcionamento ser da entrada da escola, seu consumo contribui
com apenas 5,31% do consumo total, devido à baixa quantidade de lâmpadas e seu baixo
consumo.
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5. Resultados
Os seguintes resultados foram obtidos utilizando os dados coletados na prefeitura com o
período de tempo coletado nas referentes escolas e o consumo das novas lâmpadas.
5.1. Escola 1
Imagem 5: Relação de lâmpadas novas da escola 1 e seu consumo
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Utilizando lâmpadas LEDs o número de lâmpadas utilizadas para a iluminação das salas de
aulas cairá de 12 para 10 lâmpadas, isso se dá devido ao fato que as lâmpadas LED
apresentam um maior grau de luminosidade. Já nos laboratórios e na diretoria por
apresentarem o mesmo tamanho das demais salas de aula, optamos por padronizar e colocar
também 10 lâmpadas LED.
Para os ambientes externos onde tínhamos anteriormente lâmpadas compactas, optamos por
não interferir na quantidade, apenas trocamos as lâmpadas usadas (fluorescente compacta
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34W), por lâmpadas LED (10W). Já os projetores retangulares (400W), optamos por trocá-los
por projetores retangulares (100W).
Antes das modificações a escola apresentava um gasto com a iluminação da escola no valor
de R$1.124,74 com a modificação temos uma queda nesse valor, passando a ser de R$372,31
o que indica uma redução de 66,9% no valor final referente a iluminação da escola.
5.2. Escola 2
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Utilizando lâmpadas LEDs o número de lâmpadas utilizadas para a iluminação das salas de
aulas cairá de 8 para 6 lâmpadas, isso se dá devido ao fato que as lâmpadas LED apresentam
um maior grau de luminosidade.
Para os ambientes externos onde tínhamos anteriormente lâmpadas compactas, optamos por
não interferir na quantidade, apenas trocamos as lâmpadas usadas (fluorescente compacta 34
W), por lâmpadas LED (10W). Já os projetores retangulares (400W), optamos por trocá-los
por projetores retangulares (100W). Exceto na escadaria onde trocamos 3 lâmpadas
fluorescentes (20W) compactas por duas lâmpadas LED tubular (18W).
Antes das modificações a escola apresentava um gasto com a iluminação da escola no valor
de R$284,91, já com a modificação temos uma queda nesse valor, passando a ser de R$142,32
o que indica uma redução de 50,05% no valor final referente a iluminação da escola.
5.3. Escola 3
Imagem 7: Relação de lâmpadas novas da escola 3 e seu consumo
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Utilizando as lâmpadas de LED, a quantidade de lâmpadas nas salas de aula tiveram que
aumentar, pois a luminância estava abaixo do recomendado.
Para os ambientes externos onde tínhamos anteriormente lâmpadas compactas, optamos
também por não interferir na quantidade, apenas trocamos as lâmpadas usadas (fluorescente
compacta 25W), por lâmpadas LED (10W). Já os projetores retangulares (400W), optamos
por trocá-los por projetores retangulares de LED (100W).
Antes das modificações a escola apresentava um gasto com a iluminação da escola no valor
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de R$705,98, e com a modificação houve uma queda nesse valor, passando para R$238,98, o
que indica uma redução de 33,75% no valor final referente a iluminação da escola.
5.4. Escola 4
Imagem 8: Relação de lâmpadas novas da escola 4 e seu consumo
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Com a troca das lâmpadas, o consumo de energia caiu de R$317,00 para R$ 112,36, obtendo
assim uma economia de 35,44%.
Modificamos a quantidade de lâmpadas das salas de aula de 8 para 6 e no salão de 20 para 15,
graças ao fato de que a lâmpada LED apresentar maior índice de luminância do que as
anteriores.
Para os ambientes externos onde tínhamos anteriormente lâmpadas compactas, optamos por
não interferir na quantidade, apenas trocamos as lâmpadas usadas (fluorescente compacta
34W), por lâmpadas LED (10W).
6. Conclusão
Com a análise desenvolvida nesse trabalho foi possível perceber que a troca das lâmpadas
convencionais por lâmpadas de LED tem redução significativa no valor final da conta de luz.
A escola 1, que apresentou maior redução na sua conta, atualmente paga valor de
aproximadamente R$1124,74, passará a pagar R$372,31, com redução 66,9%. A escola 3 que
apresentou a menor redução, equivalente a 33,75%, deixará de pagar R$705,98 e pagará
R$238,98. Essa escola foi onde foram encontradas maiores irregularidades. A quantidade de
lâmpadas nas salas estava abaixo do valor estipulado pela ABNT e os refletores externos
estavam exagerados.
A lâmpada de LED, embora um pouco mais cara do que as lâmpadas convencionais, tem o
seu preço compensado pela redução significativa que a mesma proporciona. Logo, é cabível
que as escolas realizem as trocas de suas lâmpadas.
Referencial Teórico
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