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• O Espírito de Deus tem uma palavra específica para a nossa igreja nesta noite. A
mensagem enviada à igreja de Éfeso é uma palavra viva e atual para a igreja hoje. Os
problemas que aquela igreja enfrentou são os problemas que enfrentamos hoje: como
ser uma igreja dinâmica no trabalho de Deus num tempo de apatia. Como ser uma igreja
fiel em tempos de perseguição no campo de idéias e novas teologias emergentes? Como
ser uma igreja ortodoxa num contexto marcado por tanto misticismo e tantas heresias?
Como ser uma igreja vibrante no seu amor por Deus e uns pelos outros num contexto de
tanto formalismo religioso e frieza nos relacionamentos.
• A igreja de Éfeso teve grandes pastores como Paulo, Apolo, Timóteo e João. Aquela
era uma grande igreja. Houve naquela igreja ricos sinais de avivamento: 1) As pessoas
ao ouvirem o Evangelo vinham publicamente denunciando as suas obras pecaminosas;
2) As pessoas convertidas do ocultismo, queimavam em praça público os livros de
magia; 3) O evangelho espalhou-se por toda a Ásia a partir do testemunho daquela
igreja. Era uma igreja missionária. E Jesus tem uma mensagem para essa igreja e essa
mensagem também é para nós.
1. As credenciais de Jesus – v. 1
1.1. Ele tem a liderança da igreja nas suas mãos – Jesus não apenas tinha a liderança
da igreja nas mãos (1:16), mas ele segura essa liderança em suas mãos. Jesus exerce
controle sobre a sua igreja. Nós estamos dentro das mãos de Cristo e das suas mãos
ninguém pode nos arrebatar.
1.2. Ele visita a sua igreja e a sonda profundamente – Cristo visita o seu povo. Ele
habita com ele. Ele anda no meio dele. Ele o inspeciona. Ele o conhece. Jesus está
vendo a igreja por dentro e por fora. Ele anda no meio da igreja para a encorajar, para a
repreender e para chamá-la ao arrependimento. Seus olhos são como chama de fogo.
Nada escapa à sua investigação. Jesus olhou para a igreja de Éfeso e viu o seu amor se
esfriando. Ele olhou para a igreja de Esmirna e viu lá uma sinagoga de Satanás, onde a
imoralidade era tolerada. Ele olhou para a igreja de Pérgamo e viu lá instalado o trono
de Satanás. Na igreja de Tiatira ele viu a tolerância da imoralidade de Jezabel. Ele olhou
para a igreja de Sardes e viu que as suas obras não eram íntegras. Ele avisou à igreja de
Filadélfia que tinha posto diante dela uma porta aberta. Ele alertou a igreja de Laodicéia
que estava a ponto de vomitá-la da sua boca. O que é que Jesus está vendo em nossa
igreja? Frieza, infidelidade, mundanismo, falta de amor, falta de fervor, impureza,
secularismo?
2.1. Uma igreja envolvida na obra de Deus – v. 2 – A igreja de Éfeso era ativa,
ocupada no serviço de Deus e dos seres humanos. Seus membros eram plenamente
ocupados pregar o evangelho, cuidar dos doentes, ensinar os jovens e visitar os idosos.
A igreja de Éfeso era uma autêntica colméia industriosa. Cada membro estava sempre
fazendo alguma coisa para Cristo. A agenda da igreja estava sempre cheia de muitas
atividades. A palavra kopós descreve um trabalho árduo que demanda toda energia. A
vida cristã não é para os frívolos. Devemos nos gastar na obra de Deus.
2.2. Uma igreja perseverante nas tribulações – v. 2-3– A cidade de Éfesa era um dos
centros de adoração ao imperador. Os habitantes da cidade praticavam artes mágicas e
tinha profunda reverência pela grande Diana dos Efésios. Ser crente em Éfeso era
impopular. Era estar exposto à perseguição. Os crentes sabiam o que era ser desprezado
em público e ser caluniado na vida privada. Apesar de toda pressão, os crentes
mantinham-se firmes e fiéis a Jesus. A palavra hupomone é a paciência triunfadora.
Ninguém pode deter a igreja. O sangue dos mártires é a sementeira do evangelho.
• A igreja como noiva de Deus – Deus muitas vezes comparou Israel à sua noiva e ele
mesmo ao seu noivo ou esposo. Deus fixou nela o seu amor. Quando ela estava em
“tempos de amores” ele a tomou como sua. Ele lhe fizera juramento e entrou em aliança
com ela. Mas ela começou a flertar com outros amantes, os deuses cananeus. Israel
tornou-se infiel e abandonou o seu verdadeiro marido. Deus então como um noivo
apaixonado diz: “Lembro-me de ti, da tua afeição quando eras jovem, e do teu amor
quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra em que se não semeia
(Jeremias 2:2). A igreja é a noiva de Cristo. Ela deve apresentar-se a ele como uma
noiva pura, santa e sem defeito. Mas agora o noivo celestial vê que o amor da sua noiva
está se esfriando. Aquela primeira sensação de êxtase tinha passado. Sua antiga devoção
a Cristo havia esfriado. A igreja havia abandonado o seu primeiro amor.
• O Primeiro Amor – O noivo procura cortejar a sua noiva para voltar ao seu primeiro
amor. O profeta Oséias é um retrato de Cristo nesse ardente desejo: “Eis que eu a
atrairei, e levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Desposar-te-ei comigo para
sempre…”
• O amante divino ainda se entristece quando seu amor não é correspondido e suspira
por nossa adoração contínua, profunda e amadurecida. O amor, portanto, é a primeira
marca de uma igreja verdadeira e viva. Como conhecidos como discípulos de Cristo
pelo amor. A vida cristã é essencialmente uma relação de amor com Jesus.
• Amor Imortal – Sem esse amor, a obra da igreja é morta (1 Coríntios 13:1-3). A
primeira geração da igreja era marcada pelo amor (1:15). Cerca de 30 anos se passaram.
Uma nova geração despontou na igreja de Éfeso, a qual perdeu o fogo da sua primeira
devoção. Eles continuavam trabalhando, mas sem amor. Continuando enfrentando
perseguições, mas sem amor. Continuavam firmes na doutrina, mas sem amor. Mas sem
amor, o trabalho se torna enfadonho. Sem amor o sofrimento é estoicismo. Sem amor a
ortodoxia é morta. O amor é maior do que o conhecimento, do que a fé, e do que a
esperança.
• A filosofia do mundo diz que para você ser feliz, você precisa esquecer. Mas a
lembrança é um dom precioso. O passado é um enconrajamentro e uma advertência para
nós. Olhar para trás pode ser pecaminoso; mas pode também ser sensato. Olhar para trás
com olhos lascivos, como fez a mulher de Ló, para os pecados de Sodoma dos quais
temos sido libertos é atrair desastre. Olhar para trás para os prazeres do mundo, uma vez
que já pusemos a mão no arado, é não estar apto para o Reino de Deus. Mas olhar para
trás para corrigir os nossos caminhos é dar o primeiro passo na estrada do
arrependimento.
• Não devemos viver no passado. Mas lembrá-lo e comparar o que somos com o que
fomos, é uma experiência salutar e restauradora. O filho pródigo começou o seu
caminho de restauração quando ele lembrou da casa do Pai.
• A igreja recebe a ordem de arrepender-se. Isso não é apenas uma mudança passageira.
Não é apenas uma tristeza sentida pelo erro. Arrependimento não é apenas tecido de
palavras nem muito menos medo das consequências. Arrependimento significa mudar
de direção. Precisamos mudar a nossa mente. Precisamos mudar os nossos sentimentos.
Precisamos mudar a nossa vida.
• O filho pródigo disse: “Levantar-me-ei e irei ter com o meu Pai e lhe direi: Pai pequei
contra ti…”
• A igreja tinha que recuperar o que havia perdido. Ela tinha que praticar as obras que
praticava no início. Ela tinha que voltar a se apaixonar por Cristo. Ela tinha que ser uma
noiva apaixonada por seu noivo. Ela tinha que viver, trabalhar e enfrentar os perigos por
amor a Jesus.
• Ninguém se arrepende de um pecado e o continua praticando. A prova e o fruto do
arrependimento é uma vida transformada.
• É tempo de você voltar para Deus. Você que se afastou. Você que está frio na fé. Você
que deixou de orar, jejuar, ler a Palavra. É tempo de recomeçar como Pedro recomeçou.
É tempo de voltar para casa como o pródigo voltou. É tempo de reconstruir o altar do
Senhor que está em ruínas.
• Nenhuma igreja tem um lugar seguro e permanente neste mundo. Ela está
continuamente sob julgamento. O tempo é chegado quando o julgamento começa pela
Casa de Deus. Uma igreja fria não pode representar Cristo no mundo. A igreja de Éfeso
ouviu a exortação de Cristo e firmou-se. No século II o bispo Inácio de Antioquia dá
testemunho da vitalidade da igreja de Éfeso. Mas a nova geração que surgiu esqueceu-se
do Senhor e a ameaça foi cumprida. A igreja de Éfeso deixou de existir. Desde então,
aquela igreja nunca mais foi restaurada. Ela perdeu o tempo da sua visitação. Ela perdeu
o tempo da sua oportundade. Ela deixou de ser uma testemunha de Cristo. Éfeso tornou-
se um montão de ruínas e a igreja de Éfeso desapareceu no tempo.
• A despeito dos grande privilégios a igreja de Éfeso estava em risco de perder a sua luz.
A igreja que perde o seu amor, em breve perderá a sua luz. A igreja não tem luz sem
amor. Muitas igrejas tem deixado de existir, porque abandonaram o seu primeiro amor.
Seus templos se transformaram em museus. Seus membros ficaram dispersos. Outras
igrejas perderam sua capacidade de brilhar. Seus edifícios podem permanecer intactos,
seus pastores podem continuar pregando e suas congregações se reunindo, mas seu
candelabro foi removido. Ela não tem luz porque não tem amor.
CONCLUSÃO
• Ouça o que o Espírito diz à igreja: Há uma palavra para o vencedor: “Ao vencedor
dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (2:7).
Cada uma das sete cartas termina com uma promessa ao vencedor, ou seja, para quem
obedece à mensagem que o Espírito diz à igreja.
• Jesus está passeando no meio da nossa igreja nesta noite. Ele está sondando seus
pastores, seus líderes, os casais, os jovens, os adolescentes, os juniores, as crianças, os
anciãos. O que o Senhor está vendo em nossa igreja. Quais elogios? Quais exortações?
Que mudanças precisamos fazer? Quem tem ouvido, ouça o que o Espírito diz à igreja.
INTRODUÇÃO
1. É possível ser fiel e fiel até à morte num mundo carimbado pelo relativismo? O
sofrimento revela quem é fiel e quem é conveniente. Aqui vemos uma igreja sofredora,
perseguida, pobre, caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma igreja
fiel que só recebe elogios de Cristo.
2. Tudo o que Jesus diz nesta carta tem a ver com a cidade e com a igreja:
a) Uma igreja pobre numa cidade rica – Esmirna era rival de Éfeso. Era a cidade mais
bela da Ásia Menor. Era considerada o ornamento, a coroa e a flor da Ásia. Cidade
comercial, onde ficava o principal porto da Ásia. O monte Pagos era coberto de templos
e bordejado de casas formosas. Era um lugar de realeza coroado de torres. Tinha um
magnífica arquitetura, com templos dedicados a Cibeles, Zeus, Apolo, Afrodite e
Esculápio. Hoje essa é a única cidade sobrevivente, com o nome de Izmir, na Turquia
asiática, com 255.000 habitantes.
b) Uma igreja que enfrenta a morte numa cidade que havia morrido e ressuscitado –
Esmirna havia sido fundada como colônia grega no ano 1.000 a.C. No ano 600 a. C., os
lídios a invadiram e destruíram por completo. No ano 200 a. C., Lisímaco a reconstruiu
e fez dela a mais bela cidade da Ásia. Quando Cristo disse que estivera morto, mas
estava vivo, os esmirneanos sabiam do que Jesus estava falando. A cidade estava morta
e reviveu.
c) Uma igreja fiel a Cristo na cidade mais fiel a Roma – Esmirna sabia muito bem o
significado da palavra fidelidade. De todas as cidades orientais havia sido a mais fiel a
Roma. Muito antes de Roma ser senhora do mundo, Esmirna já era fiel a Roma. Cícero
dizia que Esmirna era a aliada mais antiga e fiel de Roma. No ano de 195 a. C., Esmirna
foi a primeira cidade a erigir um templo à deusa Roma. No ano 26 d.C., quando as
cidades da Ásia Menor competiam o privilégio de construir um templo ao imperador
Tibério, Esmirna ganhou de Éfeso esse privilégio. Para a igreja dessa cidade, Jesus
disse: “Sê fiel até à morte”.
d) Uma igreja vitoriosa na cidade dos jogos atléticos – Esmirna tinha um estádio onde
todos os anos se celebravam jogos atléticos famosos em todo o mundo; os jogadores
disputavam uma coroa de louros. Para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa
da vida.
3. Ser cristão em Esmirna era um risco de perder os bens e a própria vida. Essa igreja
pobre, caluniada e perseguida só recebe elogios de Cristo. A fidelidade até a morte era a
marca dessa igreja. Como podemos aprender com essa igreja a sermos fiéis?
1. Tribulação – v. 9
• A idéia de tribulação é de um aperto, um sufoco, um esmagamento. A igreja estava
sendo espremida debaixo de um rolo compressor. A pressão dos acontecimentos pesava
sobre a igreja e a força das circunstâncias procurava forçar a igreja a abandonar a sua fé.
• Os crentes em Esmirna estavam sendo atacados e mortos. Eles eram forçados a adorar
o imperador como Deus. De uma única vez lançaram do alto do montes Pagos 1200
crentes. Doutra feita, lançaram 800 crentes. Os crentes estavam morrendo por causa da
sua fé.
• Como entender o amor de Deus no meio da perseguição? Como entender o amor do
Pai pelo seu Filho quando o entregou como sacrifício? Onde é sacrificado o amado, o
amor se oculta. Isso é a Sexta-Feira da Paixão: Não ausência, mas ocultação do amor de
Deus.
2. Pobreza
• A pobreza não é maldição. Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres” (Lc 6:20). Tiago
diz que Deus elege os pobres do mundo para serem ricos na fé (Tg 2:5). Havia duas
palavras para pobreza: ptochéia e penia. A primeira é pobreza total, extrema. Era
representada pela imagem de um mendigo agachado. Penia é o homem que carece do
supérfluo, enquanto ptocheia é o que não tem nem sequer o essencial.
• A pobreza dos crentes era um efeito colateral da tribulação. Ela vinha de algumas
razões: 1) Os crentes eram procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos.
Os primeiros cristãos sabiam o que era pobreza absoluta; 2) Os crentes eram saqueados
e seus bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10:34); 3) Os crentes haviam
renunciado aos métodos suspeitos e por sua fidelidade a Cristo, perderam os lucros
fáceis que foram para as mãos de outros menos escrupulosos.
3. Difamação
• Os judeus estavam espalhando falsos rumores sobre os cristãos. As mentes estavam
sendo envenenadas. Os crentes de Esmirna estavam sendo acusados de coisas graves. O
diabo é o acusador. Ele é o pai da mentira. Aqueles que usam a arma das acusações
levianas são Sinagoga de Satanás. Havia uma forte e influente comunidade judaica em
Esmirna. Eles não apenas estavam perseguindo os crentes, mas estavam influenciando
os romanos a prender os crentes.
• Os judeus foram os principais inimigos da igreja no primeiro século. Perseguiram a
Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13:50), em Icônio (At 14:2,5), em Listra Paulo foi
apedrejado (At 14:19) e em Tessalônica (At 17:5), em Corinto Paulo tomou a decisão de
deixar os judeus e ir para os gentios (At 18:6). Quando retornou para Jurusalém, os
judeus o prenderam no templo e quase o materal. O livro de Atos termina com Paulo em
Roma sendo perseguido por eles.
• Eles se consideravam o genuíno povo de Deus, os filhos da promessa, a comunidade
da aliança, mas ao rejeitarem o Messias e perseguirem a igreja de Deus, estavam se
transformando em Sinagoga de Satanás (Rm 2:28-29). A religião deles foi satanizada.
Tornou-se a religião do ódio, da perseguição, da rejeição da verdade. Quem difama
Cristo ou o degrada naqueles que o confessam promove a obra de Satanás e guerreia as
guerras de Satanás.
• Os crentes passaram a sofrer várias acusações levianas:1) Canibais – por celebrarem a
ceia com o pão e o vinho, símbolos do corpo de Cristo; 2) Imorais, por celebrarem a
festa do Ágape antes da Eucaristia; 3) Divididor de famílias, uma vez que as pessoas
que se convertiam a Cristo deixavam suas crenças vãs para servirem a Jesus. Jesus veio
trazer espada e não a paz; 4) Acusavam os crentes de Ateísmo, por não se dobrarem
diante de imagens dos vários deuses; 5) Acusavam os crentes de deslealdade e
revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor.
4. Prisão
• Alguns crentes de Esmirna estavam enfrentando a prisão. A prisão era a ante-sala do
túmulo. Os romanos não cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente os prisioneiros
morriam de fome, de pestilências, ou de lepra.
• Vistas de um bastião mais elevado, as detenções acontecem para serdes postos à
prova. Os crentes estavam prestes a serem levados à banca de testes. Deverá ser testada
a sua fidelidade. Mas Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas
forças. Ele superviona o nosso teste.
1. A igreja de Esmirna era uma igreja pobre: pobre porque os crentes vinham das classes
mais baixas. Pobre porque muitos dos membros eram escravos. Pobres porque seus bens
eram tomados, saqueados. Pobres porque os crentes eram perseguidos e até jogados nas
prisões. Pobres porque os crentes não se corrompiam. Era uma igreja espremida,
sofrida, acuada.
2. Embora a igreja fosse pobre financeiramente, era rica dos recursos espirituais. Não
tinha tesouros na terra, mas os tinha no céu. Era pobre diante dos homens, mas rica
diante de Deus. A riqueza de uma igreja não está na pujança do seu templo, na beleza de
seus móveis, na opulência do seu orçamento, na projeção social dos seus membros. A
igreja de Laodicéia considerava-se rica, mas Jesus disse para ela que ela era pobre. A
igreja de Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta. A
igreja de Esmirna, era pobre, mas aos olhos de Cristo ela era rica.
3. Enquanto o mundo avalia os homens pelo ter, Jesus os avalia pelo ser. Importa ser
rico para com Deus. Importa ajuntar tesouros no céu. Importa ser como Pedro: “Eu não
tenho ouro e nem prata, mas o que eu tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Nazareno
anda”. A igreja de Esmirna era pobre, mas fiel. Era pobre, mas rica diante de Deus. Era
pobre, mas possuía tudo e enriquecia a muitos.
4. Nós podemos ser ricos para com Deus, ricos na fé, ricos em boas obras. Podemos
desfrutar das insondáveis riquezas de Cristo. À vista de Deus há tantos pobres homens
ricos como ricos homens pobres. É melhor ser como a igreja de Esmirna, pobre
materialmente e rica espiritualmente, do que como a igreja de Laodicéia, rica, mas
pobre diante de Cristo.
5. Outro grupo ostentava uma falsa percepção de si mesmo. “Se dizem judeus, mas não
são, sendo antes sinagoga de Satanás” (v. 9). Não é judeu quem o é
exteriormente…judeu é quem o é interiormente (Rm 2:28-29). Eles afirmam que são
judeus, mas isso não é verdade. Eles afirmam que vocês são pobes, mas isso não é
verdade. O mundo vê a aparência, Deus o interior.
1. Aqueles crentes eram pobres, perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo
encorajados a enfrentar a própria morte, se fosse preciso. Não é ser fiel até o último dia
da vida. É ser fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a
Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até à coroa. Essa
linha também foi traçada para a igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a
coroa da vida”.
3. A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas os crentes são chamados a serem fiéis a
Jesus. A cidade de Esmirna tinha a pretenção de ser a primeira, mas Jeus diz: “Eu sou o
primeiro e o último”. Somos chamados a sermos fiéis até às últimas consequências,
mesmo num contexto de hostilidade e perseguição. O bispo da igreja Policarpo,
discípulo de João, foi martirizado no dia 25/02/155 d.C. Ele foi apanhada, arrastado
para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo. Ele
respondeu ao procônsul: “Vocês me ameaçam com um fogo que pode queimar apenas
por alguns instantes, respeito do fogo do juízo vindouro e do castigo eterno, reservado
para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo que têm de fazer.” Seus algozes
tentaram forçá-lo a blasfemar contra Cristo, mas ele respondeu: “Eu o sirvo a 86 anos e
ele sempre me fez bem. Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor, que me
salvou?” Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e
agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir.
4. Hoje Jesus espera do seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos
negócios, na fé. Não venda o seu senhor por dinheiro, como Judas. Não troque o seu
Senhor, por um prato de lentilhas como Esaú. Não venda a sua consciência por uma
barra de ouro como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu
emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são
perseguidos por amor a ele são bem-aventurados (Mt 5:10-12). O servo não é maior do
que o seu senhor. O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.
5. A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo será
perseguido (2 Tm 3:12). Paulo diz: “A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em
Cristo, mas também de sofrer por ele” (Fp 1:29). Dietrich Bonhoeffer enforcado no
campo de concentração de Flossenburg na Alemanha, em 9 de abril de 1945 escreveu
que o sofrimento é o sinal do verdadeiro cristão. Enquanto estamos aqui, muitos irmãos
nossos estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo.
6. Aqueles que forem fiéis no pouco, serão recebidos pelo Senhor com honras: “Bom
está servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do
teu senhor.”
2. Jesus permite o sofrimento com um propósito, para lhe provar, e não para lhe
destruir – v. 10
• A intenção do inimigo é destruir a sua fé, mas o propósito de Jesus é provar você. Os
judeus estão furiosos. O diabo está por trás do aprisionamento. Mas quem realiza seus
propósitos é Deus. O fogo das provas só consumirão a escória, só queimará a palha,
porém tornará você mais puro, mais digno, mas fiel. Jesus estava peneirando a sua
igreja para arrancar dela as impurezas. O nosso adversário tenta para destruir; Jesus
prova para refinar. Precisamos olhar para além da provação, para o glorioso propósito
de Jesus. Precisamos olhar para o além do castigo, para o seu benefício. Exemplo: Davi
– Foi-me bom passar pela aflição para aprender os teus decretos.
• O Senhor não o poupa da prisão, mas usa a prisão para fortalecer você. Ele não nos
livra da fornalha, mas nos purifica nela.
3. Jesus controla tudo o que sobrem à sua vida
• Nunhum sofrimento pode nos atingir, exceto com a sua expressa permissão. Ele
adverte os crentes de Esmirna sobre o que está por acontecer, ele fixa um limite aos seus
sofrimentos. Jesus sabe quem está por trás de todo ataque à sua vida (v. 10). O inimigo
que que nos ataca não pode ir além do limite que Jesus estabelece. A prisão será breve.
E Jesus diz: “Não temas as cousas que tens de sofrer.” Três verdades estão aqui
presentes: a primeira é que o sofrimento é certo; a segunda é que será limitado; a
terceira é que será breve.
• Assim como aconteceu com Jó, Deus diria para o diabo em Esmirna: “Até aqui e não
mais”. O diabo só pode ir até onde Deus o permite. Quem está no controle da nossa vida
é o Rei da glória. Não tenha medo!
CONCLUSÃO
1. Quem tem ouvidos, ouça o Espírito diz às igrejas – Cada igreja tem necessidade de
um sopro especial do Espírito de Deus. A palavra para a igreja de Esmirna era:
considerem-se candidados à vida. Sob tribulação, pobreza e difamação continuem fiéis.
Não olhem para o sofrimento, mas para a recompensa. Só mais um pouco e ouviremos
nosso Senhor nos chamando de volta para Casa: “Vinde, benditos de meu Pai, entrem
na posse do Reino…”, aqui não tem mais morte, nem prato, nem luto, nem dor!
2. O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte - Podemos enfrentar a morte e
até o martírio, mas escaparemos do inferno que é a segunda morte (v. 11), e entraremos
no céu, que é a coroa da vida (v. 10). Podemos precisar ser fiéis até à morte, mas então a
segunda morte não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas então a coroa da
vida nos será dada.
INTRODUÇÃO
1. O céu não é aqui. Aqui não pisamos ruas de ouro, mas cruzamos vales de lágrimas.
Aqui não recebemos os galardões, mas bebemos o cálice da dor.
2. Paulo foi a maior expressão do cristianismo de todos os tempos. Viveu uma vida
superlativa. Homem de oração e jejum. Pregador incomum, teólogo incomparável,
plantador de igrejas sem paralelos. Viveu perto do Trono, mas ao tempo foi açoitado,
preso, algemado, degolado.
3. Tombou como mártir aqui, levantou-se como príncipe no céu. Sua vida muito nos
ensina. Seu exemplo nos inspira. Aprendemos do que a graça de Deus não nos livra:
1. Variados sofrimentos
• Deus lhe disse: “Eu lhe mostrarei o quanto importa sofrer pelo meu nome” (At 9:26).
• Foi perseguido em Damasco;
• Foi rejeitado em Jerusalém;
• Foi esquecido em Tarso;
• Foi apedrejado em Listra;
• Foi açoitado e preso em Filipos;
• Foi escorraçado de Tessalônica e Beréia;
• Foi chamado de tagarela em Atenas;
• Foi chamado de impostor em Corinto;
• Foi duramente atacado em Éfeso;
• Foi preso em Jerusalém;
• Foi acusado em Cesaréia;
• Foi vítima de naufrágio indo para Roma;
• Foi picado por uma serpente em Malta
• Foi preso e degolado em Roma.
• Ele disse para a igreja da Galácia: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl 6:17).
Ele falou de lutas por dentro e temores por fora. Ele falou de trabalhos, prisões, açoites,
perigos de morte, fustigado com varas, apedrejado, naufrágio, fome, sede, nudez,
preocupação com todas as igrejas.
• O nosso sofrimento não é sinal de que estamos longe de Deus, de que estamos fora da
sua vontade. As pessoas que andaram mais perto de Deus foram aquelas que mais
sofreram. “Eu tenho por certo que o sofrimento do tempo presente, não podem ser
comparados com as glórias por vir a serem reveladas em nós.” Diz ainda: “A nossa leve
e momentânea tribulação, produz para nós eterno peso de glória”.
1. Paulo sofreu a dor da solidão - Gente precisa de Deus. Mas gente também precisa
de gente. Ele pediu para Timóteo: 1) Procura vir ter comigo depressa (v. 9); 2) Toma
contigo a Marcos e traze-o contigo (v. 11); 3) Apressa-te a vir antes do inverno (v. 21).
2. Paulo sofreu a dor do abandono – Na hra que mais Paulo precisou de ajuda foi
abandonado e esquecido na prisão. Caminhou sozinho para o Getsêmani do seu
martírio, assistido apenas pela graça de Deus. Diz ele: “Demas, tendo amado o presente
século me abandonou…” (v. 10). Na hora que estamos sofrendo, precisamos de amigos
por perto.
3. Paulo sofreu a dor da ingratidão – Paulo diz: “Na minha primeira defesa, ninguém
foi a meu favor; antes, todso me abandonaram” (v. 16). Paulo deu sua vida pelos outros;
agora, que precisa de ajuda ninguém se arrisca por ele. De que Paulo devia estar sendo
acusado? 1) Ateísmo – porque se abstinha do culto ao imperador e idolatria; 2)
Canibalismo – porque os crentes falavam em comer a carne e beber o sangue de Cristo
quando celebravam a Ceia do Senhor.
4. Paulo sofreu a dor da perseguição – Paulo diz: “Alexandre, o latoeiro, causou-me
muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras” (v. 14). Este homem foi
quem delatou Paulo, culminando na sua segunda prisão e consequente martírio.
5. Paulo sofreu a dor da resistência – No v. 15 somos informados que Alexandre, o
latoeiro, resistiu fortemente às palavras de Paulo. Ele era um opositor do ministério de
Paulo. Não só perseguia o apóstolo, mas também se opunha ao evangelho.
6. Paulo sofreu a dor do frio – Ele pediu para Timóteo levar a sua capa (v. 13). As
prisões romanas eram frias, insalubres, escuras. Os prisioneiros morriam de lepra, de
doenças contagiosas. O inverno estava se aproximando (v. 21) e Paulo precisa de uma
capa quente para enfrentá-lo.
7. Paulo sofreu a dor de não ter os pergaminhos – Paulo estava na ante-sala do
martírio, mas queria aprender mais, queria estudar mais, queria examinar mais os livros,
os pergaminhos, a Palavra de Deus. Paulo precisa de amigos, de roupa e de livros. Tinha
necessidades da alma, da mente e do corpo.
2. Deus não nos livra das provas, mas nos dá poder e forças para cumprirmos o
nosso ministério mesmo nas provas – v. 17
• Deus revestiu Paulo de forças para que continuasse pregando a Palavra. O vaso é de
barro, mas a Palavra é poderosa. Paulo foi preso, mas a Palavra espalhou-se por todos
os gentios.
CONCLUSÃO
• O pastor que foi visitar o crente em estado terminal: “irmão, você está preparado para
morrer? Não, eu estou preparado para viver. Eu estou preparado para ver Jesus. Eu
estou preparado para entrar na Casa do Pai. Eu estou preparado para entrar no gozo do
meu Senhor.”
1. De todas as cartas às igrejas da Ásia, esta é a mais severa. Jesus não faz nenhum
elogio à igreja de Laodicéia.
2. A única coisa boa em Laodicéia era a opinião da igreja sobre si mesma e, ainda
assim, completamente falsa.
3. A cidade de Laodicéia foi fundada em 250 a.C., por Antíoco da Síria. A cidade era
importante pela sua localização. Ficava no meio das grandes rotas comerciais. Era uma
cidade rica e opulenta.
4. Jesus revelou que um crente morno em vez de ser o seu prazer, lhe provoca
náuseas – v. 16
• Você só vomita, o que ingeriu. Só joga fora o que está dentro. A igreja de Laodicéia
era de Cristo, mas em vez de dar alegria a Cristo estava provocando náuseas nele. Uma
religião morna provoca náuseas. Jesus tinha muito mais esperança nos publicanos e
pecadores do que orgulhosos fariseus.
• Fomos salvos para nos deleitarmos em Deus e sermos a delícia de Deus. Somos filhos
de Deus, herdeiros de Deus, a herança de Deus, a menina dos olhos de Deus, a delícia
de Deus. Mas, quando perdemos nossa paixão, nosso fervor, nosso entusiasmo,
provocamos dor em nosso Senhor, náuseas no nosso Salvador.
• Cristo repudiará totalmente aqueles cuja ligação com ele é puramente nominal e
supercial. A igreja de Laodicéia desapareceu. Da cidade só restam ruínas. A igreja
perdeu o tempo da sua oportundade.
3. Cristo convida a igreja para a ceia, uma profunda comunhão com ele – v. 20
• Triste situação – Cristo, o Senhor da igreja, está do lado de fora. A igreja não tem
comunhão com ele. Ilustração: o homem que não conseguia ser membro da igreja.
• Este é um convite pessoal – A salvação é uma questão totalmente pessoal. Enquanto
muitos batiam a porta no rosto de Jesus, outros são convidados por ele. Cristo vem
visitar-nos. Coloca-se em frente da porta do nosso coração. Ele bate. Ele deseja entrar. É
uma visita do Amado da nossa alma.
• Uma decisão pessoal – “Estou à porta e bato, se alguém abrir a porta entrarei…”. Jesus
bate através de circunstâncias e chama através da sua Palavra. Embora Cristo tenham
todas as chaves, ele prefere batar à porta. A PORTA – a famosa pintura de Holman
Hunt, Cristo batendo à porta, mas a porta não tinha maçaneta do lado de fora. Ilustração:
O Pai e o Filho. O menino diz para o pai: eles não ouvem porque estão ocupados com
outras coisas no quartinho dos fundos. Aqui vemos uma amostra sublime da soberania
de Cristo e da responsabilidade humana.
• A insistência de Jesus – “Estou à porta e bato”. De que maneira ele bate? Através das
Escrituras, sermão, hino, acidente, doença. É preciso ouvir a voz de Jesus.
• Um convite para cear – Que ele nos convide a vir e cear com ele é demasiada honra;
mas que ele deseje participar da nossa humilde mesa e cear conosco é tão admirável que
ultrapassa nossa compreensão finita. O hóspede transforma-se em anfitrião. Não somos
dignos que ele fique embaixo do nosso teto e ele ainda vai sentar-se à nossa mesa?
Somos convidados para o banquete do casamento do Cordeiro.
3. Jesus tem poder para conduzir os vencedores ao seu trono de glória – v. 21,22
• Quando Cristo entra em nossa casa recebemos a riqueza do Reino. Recebemos vestes
brancas de justiça. Nossos olhos são abertos. Temos a alegria da comunhão com o Filho
de Deus. Mas temos, também, a promessa que excede em glória a todas as outras
promessas ao vencedor. Reinaremos com ele. Assentaremos em tronos com ele. Um
trono é símbolo de conquista e autoridade.
• A comunhão da mesa secreta é transformada em comunhão de trono pública.
• Como Cristo participa do trono do Pai, também participaremos do trono de Cristo.
Quando abrimos a porta para Cristo entrar em nossa casa, recebemos a promessa de
entrar na Casa do Pai. Quando recebemos Cristo à nossa mesa, recebemos a promessa
de sentarmos com ele em seu trono.
CONCLUSÃO
• Mas a história não termina aqui. Com o capítulo 4 de Apocalipse passamos da Igreja
sobre a terra à igreja no céu. Os olhos de João são arrancados dos companherios em
tribulação para o trono do universo. Diante desse trono estão querubins, os anjos e a
igreja glorificada. O livro da história está nas mãos do Cordeiro e nenhuma calamidade
pode sobrevir à humanidade enquanto Cristo não quebrar os selos. Além disso, os
ventos do juízo não recebem permissão para soprar sobre aqueles que foram selados
pelo Espírito Santo. A segurança da igreja está garantida
• Assim, depois de combatermos aqui o bom combate e completarmos a nossa carreira,
emergiremos da grande tribulação e não mais sofreremos. Iremos nos juntar à Igreja
triunfante, na grande multidão que ninguém poderá contar, vinda de toda nação, tribo,
povo e língua e ali estaremos com eles perante o trono de Deus. Ali nossas lágrimas
serão enxugadas, depositaremos nossas coroas diante do trono e adoraremos Àquele que
é digno, para sempre.
• Possa o Senhor nos ajudar a ouvir o que o Espírito diz às igrejas!
Reavivamento ou sepultamento
INTRODUÇÃO
1. A história da igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes. A
glória de Sardes estava no seu passado. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C.,
viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades mais magníficas do
mundo nesse tempo.
2. Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e
inexpugnável. Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos
inimigos. De fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus
habitantes eram orgulhosos, arrogantes, e auto-confiantes.
3. Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este
cercou a cidade por 14 dias, e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou
com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a
cidade. Mais tarde, em 218 a.c., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. E
isso por causa da auto-confiança e falta de vigilância dos seus habitantes. Os membros
dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: “Sede
vigilantes! … senão virei como ladrão de noite”.
6. Quando Jão escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente
degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se agora aos
encantos de uma vida de luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de
influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A
igreja não era nem perigosa nem desajável para a cidade de Sardes.
7. É nesse contexto que vemos Jesus enviando esta carta à igreja. Sardes era uma
poderosa igreja, dona de um grande nome. Uma igreja que tinha nome e fama, mas não
vida. Tinha performance, mas não integridade. Tinha obras, mas não dignidade.
9. Não é diferente o estado da igreja hoje. Ao sermos confrontados por aquele que anda
no meio dos candeeiros, precisamos também tomar conhecimento da nossa necessidade
de reavivamento hoje. Devemos olhar para esta carta não como uma relíquia, mas como
um espelho, em que nos vemos a nós mesmos.
I. A NECESSIDADE DO REAVIVAMENTO
1.Quando há crentes que só têm o nome no rol da igreja, mas ainda estão mortos
espiritualmente, ou seja, ainda não são convertidos – v. 1
A igreja parecia mais um cemitério espiritual, do que um jardim cheio de vida – Não
nos enganemos acerca de Sardes. Ela não é o que o mundo chamaria de igreja morta.
Talvez ela seja considerada viva mesmo pelas igrejas irmãs. Nem ela própria tinha
consciência do seu estado espiritual. Todos a reputavam como igreja viva, florescente;
todos, com exceção de Cristo. Parecia estar viva, mas na verdade estava morta. Tinha
um nome respeitável, mas era só fachada. Quando Jesus examinou a igreja mais
profundamente, disse: “Não achei as suas obras íntegra diante do meu Deus” (v. 2). J. I.
Packer diz que há igrejas cujos cultos são solenes, mas são como um caixão florido, lá
dentro tem um defunto.
A reputação da igreja era entre as pessoas e não diante de Deus – A igreja tinha fama,
mas não vida. Tinha pompa, mas não Pentecoste. Tinha exuberância de vida diante dos
homens, mas estava morta diante de Deus. Deus não vê como vê o homem. A fama
diante dos homens nem sempre é glória diante de Deus. Aquela igreja estava se
transformando apenas em um clube.
A fé exercida pela igreja era apenas nominal – O Cristianismo da igreja era apenas
nominal. Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração.
Tinham fama de vivos; mas na realidade estavam mortos. Fisicamente vivos,
espiritualmente mortos. Ilustração: O pastor que anunciou o funeral da igreja. E colocou
espelho no fundo do caixão.
3.Quando há crentes que embora estejam em atividade na igreja, levam uma vida sem
integridade – v. 2
Esses crentes têm vida dupla – Suas obras não são íntegras. Eles trabalham, mas apenas
sob as luzes da ribalta. Eles promovem seus próprios nomes e não o de Cristo. Buscam
a sua própria glória e não a de Cristo. Honram a Deus com os lábios, mas o coração está
longe do Senhor (Is 29:13). Os cultos são solenes, mas sem vida, vazios de sentido. A
vida dos seus membros estava manchada pelo pecado.
Esses crentes são como os hipócritas – dão esmolas, oram, jejuam, entregam o dízimo,
com o fim da ganhar a reputação de serem religiosos. Eles são como sepulcros caiados.
Ostentam aparência de piedade, mas negam seu poder (2 Tm 3:5). É formalidade sem
poder, reputação sem realidade, aparência externa sem integridade interna,
demonstração sem vida.
Esses crentes vivem um simulacro da fé, uma faz-de-conta da religião – Cantam hinos
de adoração, mas a mente está longe de Deus. Pregam com ardor, mas apenas para
exibir sua cultura. Deus quer obediência, a verdade no íntimo. Caim ofertou a Deus,
mas sua vida e seu culto foram rejeitados. O povo na época de Isaías comparecia ao
templo, mas Deus estava cansado de suas cerimônias pomposas sem o acompanhamento
da vida santa. Ananias e Safira ofertam, mas para a promoção de seus próprios nomes.
Em Sardes os crentes estão falsamente satisfeitos e confiantes; são falsamente ativos,
falsamente devotos e falsamente fiéis.
A causa da morte da igreja de Sardes era não a perseguição, nem a heresia, mas o
mundanismo – Onde reina a morte pelo pecado, não há morte pelo martírio. A maioria
dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é um símbolo da corrupção. O
pecado tinha se infiltrado na igreja. Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável
congregação havia impureza escondida na vida de seus membros.
Viviam uma vida moralmente frouxa – O mundo estava entrando dentro da igreja. A
igreja estava se tornando amiga do mundo, amando o mundo e se conformando com ele.
O fermento do mundanismo estava se espalhando na massa e contaminando a maioria
dos crentes. Os crentes não tinham coragem de ser diferentes. Eram como Sansão (Jz
14:10) e não como Daniel (Dn 1:8), que resolveu firmemente em seu coração não se
contaminar.
O que é que eles ouviram e deviam lembrar, guardar e voltar? A Pavra de Deus – A
igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. O reavimamento é resultado dessa
lembrança dos tempos do primeiro amor e dessa volta à Palavra. Uma igreja pode ser
reavivada quando ela volta ao passado e lembra os tempos antigos, do seu fervor, do seu
entusiasmo, da sua devoção a Jesus. Deixemos que a história passada nos desafie no
presente a voltarmo-nos para a Palavra de Deus.
Quando uma igreja experimenta um reavivamento ela passa a ter fome da Palavra – O
primeiro sinal do reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. Os crentes passam
a ter fome de Deus e da sua Palavra. Começam a se dedicar ao estudo das Escrituras.
Abandonam o descaso e a negligência com a Palavra.
A Palavra torna-se doce como o mel. As antigas veredas se fazem novas e atraentes. A
Palavra torna-se viva, deleitosa, transformadora.
Avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com culto festivo,
inovações litúrgicas, obras abundantes, dons carismáticos, milagres extraordinários. O
reavivamento é bíblico ou não vem de Deus.
Sardes caiu porque não vigiou – A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas
vezes porque se sentia muito segura e não vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não
vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Para
aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia
de trevas e não de luz (Mt 7:21-23).
A igreja precisa estar vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do pecado
– Fuja de lugares, situações, pessoas. Cuidado com a vaidade do mundo.
Os crentes fiéis (v. 4) precisam fortalecer os que estavam com um pé na cova e arrancar
aqueles que estavam se contaminando com o mundo – Precisamos vigiar não apenas a
nós mesmos, mas os outros também. Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria
da morte espiritual. Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava
para morrer (v. 4).
Precisamos vigiar e orar – Os tempos são maus. As pressões são muitas. Os perigos são
sutis. O diabo não atacou a igreja de Sardes com perseguição nem com heresia, mas
minou a igreja com o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do
mundo, mas pela amizade com o mundo.
A igreja de Sardes não era uma igreja herética e apóstata – Não havia heresias nem
falsos mestres na igreja. A igreja não sofria perseguição, não era perturbada por
heresias, não era importunada por oposição dos judeus. Ela era ortodoxa, mas estava
morta. O remanescente fiel devia estar vigilante para não cair em pecado e também para
preservar uma igreja decadente da extinção, restabelecendo sua chama e seu ardor pelo
Senhor.
O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos – Ainda havia algumas pessoas
que permaneciam fiéis a Cristo. Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns
poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo.
A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendas obras
íntegras diante de Deus.
Jesus conhece as obras da igreja – Ele conhece a nossa vida, nosso passado, nossos atos,
nossas motivações. Seus olhos são como chama de fogo. Ele vê tudo e a tudo sonda.
A vê que a igreja de Esmirna é pobre, mas aos olhos de Deus é rica. Ele vê que na igreja
apóstata de Tiatira, havia um remanescente fiel. Ele vê que a igreja que tem uma grande
reputação de ser viva e avivada como Sardes, está morta. Ele vê que uma igreja que tem
pouca força como Filadélfia tem uma porta aberta. Ele vê que uma igreja que se
considera rica e abastada como Laodicéia não passa de uma igreja pobre e miserável.
Jesus conhece também esta igreja. Sabe quem somos, como estamos e do que
precisamos.
Ele tem as sete estrelas – As estrelas são os anjos das sete igrejas. As estrelas estão nas
mãos de Jesus. A igreja pertence a Jesus. Ele controla a igreja. Ele tem autoridade e
poder para restaurar a sua igreja. Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam
contra a sua igreja. Ele pode levantar a igreja das cinzas. Ele tem tudo em suas mãos.
Cristo é o dono da igreja. Ele tem cuidado da igreja. Ele a exorta, consola, cura e
restaura.
Jesus é quem envia o Espírito à igreja para reavivá-la – O Espírito Santo é o Espírito de
vida para uma igreja morta. Quando ele sopra, a igreja morta e moribunda levanta-se.
Quando ele sopra nossa adoração formal passa a ter vida exuberante. Quando ele sopra
os crentes têm deleite na oração. Quando ele sopra os crentes são tomados por uma
alegria indizível. Quando ele sopra os crentes testemunham de Cristo com poder.
A Palavra diz que devemos orar no Espírito, pregar no Espírito, adorar no Espírito,
viver no Espírito e andar no Espírito. Uma igreja inerte só pode ser reavivada por ele.
Uma igreja sonolenta só pode ser despertada por ele. Uma igreja fraca, fortalecida. Uma
igreja morta, receber vida.
Oh! que sejamos crentes cheios do Espírito de Cristo. Uma coisa é possuir o Espírito,
outra é ser possuído por ele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio do
Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito presidente.
A maioria dos crentes de Sardes tinha contaminado suas vestiduras, isto é, tornaram-se
impuros pelo pecado. O vencedor receberia vestes brancas, símbolo de festa, pureza,
felicidade e vitória. Sem santidade não há salvação. Sem santificação ninguém verá a
Deus. Sem vida com Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu. Sem santidade na
terra não há glória no céu.
2.Quem não se envergonha de Cristo agora, terá seu nome proclamado no céu por
Cristo – v. 5
Quando uma pessoa morre, tiramos o atestado de óbito. Tira o nome do livro dos vivos.
Os nomes dos mortos não constam no registro dos vivos. O salvo jamais será tirado do
rol do céu.
Aqueles que estão mortos espiritualmente e negam a Cristo nesta vida não têm seus
nomes escritos no livro da Vida. Mas aqueles que confessam a Cristo, e não se
envergonham do seu nome, terão seus nomes confirmados no livro da vida e seus nomes
confessados por Cristo diante do Pai. Os crentes fiéis confessam e são confessados.
Nosso nome pode constar do registro de uma igreja sem estar no registro de Deus. Ter
apenas a reputação de estar vivo é insuficiente. Importa que o nosso nome esteja no
livro da vida a fim de que seja proclamado por Cristo no céu (Mt 10:32).
CONCLUSÃO
1. Quem tem ouvidos, ouça o que Espírito diz às igrejas! Que Deus envie sobre nós,
nestes dias, um poderoso reavivamento!
INTRODUÇÃO
1. Visitei várias igrejas nos Estados Unidos, Canadá e Europa que são chamadas
“igrejas mortas”. Estão mortas porque deixaram a fonte da vida. Sem o Espírito Santo a
igreja morre. Sem o Espírito não há vida na igreja.
2. É possível a igreja hoje ser revestida com o poder do Espírito Santo? É possível
sermos revigorados pelo poder do alto? É possível sermos tomados de uma profunda
convicção de pecado e uma intensa sede de Deus?
3. Ao longo da história, várias vezes, Deus visitou o seu povo: a igreja primitiva,
Valdenses, Reforma, Morávios, Puritanos, Missões, Avivamentos.
4. Vamos observar algumas verdades importantes do texto em apreço: A igreja estava
com as portas fechadas, com medo dos judeus. Jesus estava ausente. Os discípulos
estavam em crise. Hoje estamos também assim: cheios de tensões, fechados, com medo,
acovardados. Precisamos, também, de experimentar o derramamento do Espírito Santo.
1. Uma igreja cheia do Espírito Santo tem compromisso com a Palavra de Deus – v. 42
• Eles tinham prazer de estudar a Palavra. Eles tornaram-se crentes firmes nas
Escrituras. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos.
6. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que tem a simpatia dos homens e a bênção
do cresciemento numérico por parte de Deus – v. 47
• Essa igreja é simpática, amável. Ela é sal e luz. Ela é perfume de Cristo. Ela é carta de
Cristo. Ela é boca de Deus e monumento da graça de Deus no mundo.
• Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Ela cresce para o alto e também para
os lados. Ela tem vida e também números.
CONCLUSÃO
1. Você é um crente cheio do Espírito Santo? Você é um crente de oração? Você tem
falado das grandezas de Deus? Você tem experimentado o poder de Deus? Você tem
pregado a palavra de Deus?
2. Hoje, você pode transbordar. Jesus prometeu: “Quem crêr em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva fluirão do seu interior”.
3. Você quer tomar posse hoje dessa vida superlativa?
INTRODUÇÃO
3. Jesus, o Deus feito carne que revela o Pai – v. 27 – Jesus mostra aqui, que ele é Deus.
Ele é o criador do universo, o Rei imortal, que veio para nos revelar quem é Deus.
4. Jesus, o Deus redentor que oferece descanso para a nossa alma – v. 28-30 – Essas
palavras tem trazido calma, cura e salvação para milhões de pessoas aflitas ao longo dos
séculos. Aqui nós temos a oferta do Evangelho:
I. O CONVITE DE JESUS – V. 28
Observe que você não está sendo convidado para analisar uma denominação, uma
igreja, uma doutrina, mas você está sendo convidado para um encontro e uma
experiência com Cristo.A verdadeira salvação é encontrada somente em uma Pessoa. Na
Pessoa de Jesus Cristo.
Esse convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que
estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo.
Esse convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é
religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é misticismo. Não
é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele que é a vida, a paz, a
alegria, a salvação.
2. Experiência com Cristo – “Vinde a mim todos vós que estais cansados e
sobrecarregados e eu vos aliviarei”.
Há milhares e milhares de pessoas que são controladas pelo pecado. Vivem sob a
opressão do medo, do vício, do pecado.
2.1. A escravidão do pecado – “Todos vós que estais cansados”. O pecado cansa. O
pecado é um fardo. O pecado destrói as pessoas. O pecado é um fardo esmagador.
Muitas pessoas não aguentam mais conviver com seus vícios. São escravas. São cativas.
Estão carregando um peso cruel sobre as costas.
2.2. O peso do pecado – “… e oprimidos”. O Peregrino ao ver a cruz, seu fardo caiu de
suas costas e ele ficou livre. Quando vamos a Jesus encontramos descanso para a nossa
alma. Jesus oferece não apenas descanso espiritual, mas descanso físico, mental e
emocional. “Deixo-vos a paz e a minha vos deu”.
Relembre que Jesus foi um carpinteiro em Nazaré. Certamente ele fez muitas cangas
para colocar debaixo do mesmo jugo os animais de trabalho. Ao usar essa metáfora,
Jesus está nos falando sobre duas coisas. Esta obrigação é para:
Há muitas pessoas que buscam se deleitar nos benefícios do evangelho, mas sem
compromisso de um estreito relacionamento com Cristo. Eles desejam conhecer a paz, o
perdão, o poder e propósitos em suas vidas, mas não querem compromisso com Jesus.
Eles não entendem que não há cristianismo sem compromisso com Jesus. Aquele que se
une com o Senhor torna-se um só espírito com ele.
Tomar o jugo de Cristo é uma profunda experiência. A escravidão de Cristo nos liberta.
O jugo de Cristo é o sinal da libertade. Quanto mais escravo de Cristo você é, mais livre
você se sente.
Quando você toma o jugo de Cristo você conhece a paz com Deus e a paz de Deus.
2. Assumir uma responsabilidade com Cristo – v. “Tomai sobre vós o meu jugo”.
O jugo fala também do serviço sob o senhorio de Cristo. Assim como dois bois
trabalham debaixo do mesmo jugo, o Senhor Jesus deseja que estejamos ligados a ele no
serviço do Reino de Deus. Veja Marcos 16:20.
Vir a Jesus e tomar sobre nós o jugo é algo que acontece quando cremos. Mas o
aprendizado é um processo. Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós
desfrutamos da sua paz.
Devemos aprender sobre a mansidão de Cristo. Mansidão não é fraqueza, mas poder sob
controle.
Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós descansamos nele. Quanto mais nós
temos intimidade com Cristo, mais nós encontramos descanso para as nossas almas.
Paulo diz isso de outra forma: “Agora já não sou eu mais quem vive, mas Cristo é quem
vive em mim”.
Devemos lançar não apenas a nossa ansiedade sobre ele, mas toda a nossa vida, a nossa
alma. Cristo é o nosso descanso. Ele é a nossa paz. Ele é a nossa cidade refúgio.
A palavra fé é colocar toda a sua alma, seu peso, seu fardo, sua vida sobre Cristo.
Ilustração: Quando John Paton, o missionário que viveu nas Novas Hébridas, estava
traduzindo a Bíblia para a língua nativa ele estava tentando encontrar uma palavra
própria para descrever fé. Um dia, depois de um tempo de trabalho árduo, chegou em
sua casa cansado e jogou todo o seu peso sobre a cadeira. Instantaneamente ele gritou:
Achei a palavra para descrever fé.
CONCLUSÃO
Conversão.
Serviço.
Discipulado.
O drama da redenção
INTRODUÇÃO
João Batista sintetizou essa verdade, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo” (Jo 1:29).
O drama da redenção é representado: pela Ceia, pela Agonia, pelo Julgamento; pela
Crucificação.
Jesus se reúne com seus discípulos no Cenáculo para passar-lhes suas últimas lições:
b) Ele lhes dá um novo mandamento: amar uns aos outros como ele os amou.
c) Ele lhes consola falando da vinda do Espírito Santo e da sua segunda vinda.
f) Ele alerta a Pedro: “Jamais cantará o galo antes que me negues três vezes”.
2. A instituição da Ceia
Jesus começou a entristecer-se (v. 37); confessou aos discípulos sua tristeza (v. 38);
clamou ao Pai para se possível passar dele aquele cálice?
Por que Cristo está triste? Que cálice era esse que Jesus pediu ao Pai para passar dele?
a) Era porque sabia que Judas estava liderando a turba assassina que viria prendê-lo?
e) Era porque sabia que seria escarnecido pela multidão e seria pregado na cruz como
um malfeitor?
Não! Esse cálice não simbolizava nem a dor física de ser açoitado e crucificado, nem a
aflição mental de ser desprezado e rejeitado até mesmo por seu próprio povo; antes, a
agonia espiritual de levar os pecados do mundo, de suportar o juízo divino que esses
pecados mereciam.
Foi desse contato com o pecado humano que sua alma sem pecado recuava. Da
experiência de alienação de seu Pai que o juízo sobre o pecado trazia, que ele se afastou
horrorizado.
Jesus começou cada oração: “se possível passe de mim esse cálice” e terminou cada
oração, dizendo: “Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Não foi
possível passar o cálice de Jesus. O propósito de Deus em salvar o pecador incluía
necessariamente a morte do seu Filho. Dessa oração ele emergiu confiante: “Não
beberei, porventura, o cálice que o meu Pai me deu?” (Jo 18:11).
c) Aspecto moral – O Filho de Deus seria cuspido pelos homens e crucificado como um
criminoso.
2. O drama da solidão – v. 39
Muita gente já havia abandonado a Cristo. Seus discípulos o iam abandonar agora. Mas,
em breve, o próprio Pai vai desampará-lo. Muita coisa Jesus disse à multidão. Quando
falou do traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses disse: “A minha
alma está profundamente triste”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava
completamente sozinho.
3. O drama da oração
A oração de Jesus foi marcada por: 1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos,
com o rosto em terra, prostrado. 2) Intensidade – A luta era tão intensa que ele começou
a suar sangue. Ele agonizou em oração. 3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e
progressivamente. 4) Submissão – Ele se rendeu à vontade do Pai. Ele se rendeu ao
plano do Pai. Não havia outro caminho para salvar-nos a não ser que ele bebesse o
cálice amargo da ira de Deus contra o pecado. Ele aceitou ser traspassado pelas nossas
transgressões.
4. O drama da rendição
Jesus veio para dar sua vida. Ele veio para morrer. Ele veio como Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo. Ele veio como nosso fiador e representante. Ele veio para se
fazer pecado e maldição por nós. Ele veio para ser a propiciação pelos nossos pecados.
Ele veio nos reconciliar com Deus. Pelo seu sangue ele nos remiu, nos lavou e nos
reconciliou com Deus.
Não havia outro meio. Não havia outro método. Foi preciso que ele bebesse o cálice e
ele se rendeu!
a) Acusado de sedição política (v. 37) – Os judeus por inveja colocaram Cristo contra o
Estado, contra Roma, contra César. Acusaram-no de ser “o rei dos judeus”. Grafaram
essa acusação do topo da sua cruz em língua hebraica, grega e latina.
b) Acusado de blasfêmia (v. 40b) – Os judeus julgaram-no digno de morte quando se
apresentou como o Filho de Deus. Os membros do sinédrio disseram: “Blasfemou”.
Depois acusaram-no de impostor (v. 40) e embusteiro (v. 43).
Quatro vezes Pilatos reconheceu a inocência de Cristo: quando o recebeu, depois que
Herodes o devolveu, depois de ser açoitado e ainda pela advertência da sua mulher.
c) Tentou fazer a coisa certa da maneira errada – Soltar a Jesus pela escolha da
multidão. A multidão preferiu Barrabás.
d) Tentou protestar sua inocência – Lavou as mãos, dizendo: “Estou inocente do sangue
deste justo” (v. 24). Pilatos entregou Jesus para ser crucificado.
Três expressões da narrativa de Lucas iluminam o que Pilatos fez: 1) “o seu clamor
prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entregou à
vontade deles” (Lc 23: 23-25). O clamor deles, o pedido deles, a vontade deles. Ele
deseja soltar a Jesus, mas também desejava contentar a multidão (Mc 15:15). A
multidão venceu! Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de
César; todo aquele que se faz rei é contra César” (Jo 19:12). A escolha era entre honra e
ambição, entre o princípio e a conveniência. Sua consciência afogou-se nas altas vozes
da racionalização. Ele fez concessões por ser covarde.
A morte de Cristo foi o mais horrendo crime. Gentios e judeus, os líderes religiosos e os
políticos mancomunaram-se com o povo para o condenar. Pedro denuncia as
autoridades judaicas no Pentecostes: “Vós crucificastes o autor da Vida. Vós com mãos
iníquas o matastes”.
Mas, também a morte de Cristo foi a mais alta expressão de amor. Cristo não foi a cruz
porque os judeus o entregaram por inveja, porque Judas o traiu por ganância, porque
Pilatos o condenou por covardia, porque os soldados o pregaram na cruz por crueldade.
Foi o Pai quem entregou Jesus por amor (Jo 3:16; Rm 5:8).
Mas Cristo não foi à cruz como um mártir. Cristo não foi arrastado à cruz. Ele deu a sua
vida. Ele foi para a cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele foi
como um rei caminha para a sua coroação. Ele morreu pelos nosssos pecados.
b) Ele suportou as trevas: Douglas Wesbter disse que “No nascimento do Filho de Deus
houve luz à meia-noite; na morte do Filho de Deus, houve trevas ao meio-dia”.
c) Ele suportou a zombaria dos homens: Eles disseram: “desça da cruz”, “ah salvou os
outros, a si mesmo não pode salvar”. “Oh tu que destróis o santuário e em três dias o
reedificas, desça da cruz e creremos em ti”.
e) Ele suportou o peso dos nossos pecados – Ele levou sobre o corpo no madeiro os
nossos pecados. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi moído e
traspassado pelas nossas iniquidades. Ele se fez pecado por nós. Não havia beleza nele.
Ele foi feito maldição.
a) Ele conquistou a redenção para o seu povo – Ele disse: “Está consumado”. A dívida
foi paga. A justiça foi satisfeita. Agora o seu povo está quites com a lei. Agora já
nenhuma condenação há para aqueles que estáo em Cristo Jesus.
b) Ele conquistou livre acesso à presença de Deus – O véu do santuário rasgou de alto a
baixo (v. 51). Agora todos somos sacerdotes. Ele abriu um novo e vivo caminho para
Deus.
c) Ele conquistou a vitória sobre a morte – Quando ele morreu, os mortos ressuscitaram.
Ele entrou nas entranhas da morte, arrancou seu aguilhão, tirou o seu poder e venceu a
morte, ressuscitando dentre os mortos.
CONCLUSÃO
Nada revela a gravidade do pecado como a cruz. O que enviou Cristo a cruz não foi a
ambição de Judas, nem a inveja dos sacerdotes, nem covardia vacilante de Pilatos, mas
os nossos pecados. Ele morreu pelos nossos pecados. É impossível encararmos a cruz
sem sentirmos vergonha de nós mesmos. Eu estava lá. Você estava lá. Não apenas como
um expectador, mas como um assassino. Nós levamos Cristo a cruz.
Não havia uma outra forma de Deus perdoar os nossos pecados a não ser que o Filho de
Deus fosse morto na cruz.
Deus poderia nos abandar à nossa própria sorte. Ele seria justo se todos nós fôssemos
condenados, visto que o salário do pecado é a morte. Mas ele não nos abandonou. Ele
nos amou e veio nos buscar. Ele estava em Cristo reconciliando-nos com ele. Ele não
apenas nos amou, mas nos amou graciosamsente e graça é amor aos que não merecem.
3. Aquele que rejeita a oferta da graça só lhe resta uma horrível expectativa de
juízo
A salvação é Deus. É gratuita. É pela fé. É para você. É urgente. É para hoje. Se hoje
você ouvir a voz de Deus não endureça o seu coração. Hoje é o dia oportuno. Hoje é o
dia da salvação. Venha a Cristo agora mesmo. Ele chama: Vinde a mim. Ele agora abre
os braços, e diz: Vem. O céu o espera. O pai o aguarda. A noiva diz: Vem. O Espírito
diz: vem!
INTRODUÇÃO
a) 1 Pe 1:18-20 –
b) Ap 13:8 –
c) At 2:23
2. O Calvário não foi um acidente, mas um plano divino. Cristo veio para morrer. A
morte na cruz sempre esteve em sua agenda: ele profetizou várias vezes que veio para
morrer. Ele não morreu como um mártir. Ele voluntáriamente deu a sua vida. Ele é o
Cordeiro que tira o pecado (Jo 1:29). Ele é como a serpente levantada (Jo 3:14). Ele é o
pastor que dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11-18). Ele é o grão de trigo que cai e
morre para produzir muitos frutos (Jo 12:20-25).
3. Cristo foi para a cruz não apenas porque os judeus o entregaram por inveja. Não
apenas porque Judas o traiu por dinheiro. Não apenas porque Pilatos o condenou por
covardia. Cristo foi para a cruz porque o Pai o entregou por amor. Cristo foi para a cruz
porque ele se entregou a si mesmo por nós.
4. O calvário é o maior drama da história. O calvário é o palco da justiça de Deus: seu
consumado repúdio ao pecado e também é o palco do infinito amor de Deus: pois ali ele
não poupou o seu próprio Filho para nos salvar. A cruz de Cristo é o nosso êxodo, a
nossa libertação.
Jesus foi acusado pelo Estado e pela Religião. O povo amotinado e insuflado pediu sua
condenação. Chamaram-se testemunhas. Ele foi acusado, julgado, sentenciado e
condenado à pena de morte. Mas as acusações eram falsas, as testemunahas foram
subornadas e a condenação o mais perverso erro judicial da história.
A acusação contra Cristo é que ele era o “Rei dos judeus”. Essa acusação foi pregada
em sua cruz em três idiomas: hebraico, grego e latim. O Hebraico é a língua da religião.
O grego é a língua da filosofia e o latim é a língua da lei romana. Tanto a religião, como
a filosofia e a lei se uniram para condenar a Jesus, mas ele fez da sua cruz um
instrumento para salvar homens do mundo inteiro.
Eles não tinham olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, nem corações para entender o
que Jesus falava. Eles pensavam que Cristo se referia ao templo de Herodes, enquanto
Jesus falava do seu corpo, de sua morte e ressurreição (Jo 2:19).
“Salvou os outros e a si mesmo não pode salvar”. Mas se Jesus salvasse a si mesmo, não
poderia nos salvar. Ele morreu para vivermos.
Eles pensavam que Jesus era um embusteiro (v. 63), um mentiroso, um lunático que
procurava enganar os fracos ao afirmar que confiava em Deus e que Deus lhe queria
bem.
O mesmo povo que viu seus gloriosos milagres, que o viu levantando os paralíticos,
curando os cegos, purificando os leprosos e ressuscitando os mortos, agora zombam de
Cristo, agora escarnecem do Filho de Deus.
3. Jesus foi desamparado pelos ladrões que foram crucificados com ele – v. 44
a) Palavra de perdão – “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem” (Lc
23:34).
c) Palavra de afeição – “Mulher, eis aí o teu filho – Eis aí tua mãe” (Jo 19:25-27).
a) Palavra de desemparo – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt
27:45-49). Houve trevas sobre toda a terra ao meio dia. Sede, desamparo e agonia são
um símbolo do próprio inferno. Foi na cruz que Cristo desceu ao inferno. Foi ali que ele
se fez pecado. Foi ali que ele bebeu o cálice da ira de Deus por nós. Foi ali que ele
suportou o justo castigo que os nossos pecados merecem. A nova praga do Egito foram
três dias de trevas, seguido da última praga, a morte dos primogênitos (Ex 10:22-11:9).
As trevas no calvário foram uma proclamação de que o Cordeiro de Deus seria imolado
pelos pecados do mundo. Os homens pensaram que Cristo clamava por Elias. Havia não
apenas trevas na terra, mas também em suas mentes e corações.
c) Palavra de rendição – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23:46).
Agora judeus e gentios têm livre acesso a Deus por meio de Cristo. Agora não
precisamos de um sacerdote, de um mediador para entrarmos no santo dos santos.
Agora um novo e vivo caminho foi aberto para o céu, para o trono de Deus.
O véu rasgado simboliza a consumação da obra de Cristo. O caminho para Deus foi
aberto. Jesus conclui a obra da salvação na cruz. O véu rasgado significa que Cristo
venceu o pecado.
Quando a lei foi dada no Sinai, houve um terremoto. Agora o terremoto significa que as
demandas da lei foram cumpridas na morte de Cristo. O terremoto significa que a
maldição da lei foi abolida para sempre por causa da morte de Cristo. A morte de Cristo
provocou não apenas um terremoto físico, não apenas um abalo sísmico, mas também a
morte de Cristo abalou e mudou todas as estruturas da sociedade. As estruturas
políticas, econômicas, sociais, morais e espirituais foram mudadas.
Não apenas as pedras se fenderam, mas os homens pedras têm seus corações também
quebrados com a morte de Cristo. Pela morte de Cristo homens como Saulo, Agostinho,
Lutero são transformados em homens santos, cheios do Espírito.
1. Cristo matou a morte com a sua morte. É a morte da morte na morte de Cristo. A
morte já não tem a última palavra. Cristo com sua morte tirou o aguilhão da morte.
Agora a palavra final não é da sepultura. Cristo entrou nas entranhas da morte e venceu
a morte e todo aquele que nele crê não morrerá eternamente. Os túmulos abertos
signicam que Cristo venceu a morte.
CONCLUSÃO
O centurião reconheceu que Cristo de fato é o Filho de Deus (v. 54). O povo saiu do
calvário batendo nos peitos e lamentando. A cruz não foi uma derrota. Ela é o nosso
triunfo.
Na cruz Jesus venceu o diabo – lá ele expôs o diabo e suas hostes ao desprezo e triunfou
sobre eles (Cl 2:14). Lá ele desfez as obras do diabo (1 Jo ).
Na cruz Jesus nos justificou, nos perdoou, nos reconciliou com Deus, e nos deu a sua
paz.
A cruz de Cristo é a nossa morte para o pecado. Ela é a nossa mensagem, a nossa glória!
INTRODUÇÃO
4. Não temos nenhum outro relato bíblico de um culto tão impressionante como esse,
quando o povo pelo exemplo de seus líderes reúne-se durante um mês para estudar a
Palavra e acertar a sua vida com Deus.
O povo caminhou da festa (8:13-18) para o jejum (9:1-3). O povo jejuou e cobriu-se
com pano de saco. Esse é um símbolo de contrição, arrependimento e profundo
quebrantamento. O povo reconheceu o seu pecado. Reavivamento começa com choro,
com humilhação, com quebrantamento diante de Deus (2 Cr 7:14). Não podemos adorar
o Rei da glória antes de contemplarmos a triste condição do nosso pecado.
Qual foi a última vez que você jejuou para se quebrantar diante de Deus? Qual foi a
última vez que você jejuou por causa dos pecados do povo de Deus?
O problema aqui não é racial, mas teológico (10:28). Unir-se aos outros povos era
transigir com a fé, era aceitar o sincretismo, era uma espécie de ecumenismo.
Quando somos iluminados pela verdade da Palavra, deixamos de nos justificar e então,
reconhecemos nossos pecados e os pecados dos nossos pais. Confissão é o maior sinal
do arrependimento (Pv 28:13).
Quando um membro sofre, todos se entristecem com ele. Quando um membro cai, os
outros devem corrigi-lo com espírito de brandura.
Os levitas têm uma visão gloriosa da transcendente majestade de Deus (v. 5b).
A teologia alcança suas alturas mais culminantes nas orações do povo de Deus. A mais
profunda teologia de Paulo está nas suas orações. Esdras 9; Neemias 9, Daniel 9, são
exemplos de gloriosos lampejos da teologia através da oração.
Como Deus é descrito nessa oração dos levitas? Eles contemplam a majestade de Deus,
exaltam seu poder e descrevem seus gloriosos feitos.
1. Deus é o criador – v. 6
Quando a Bíblia afirma que Deus é o criador, ela está destruindo as bases do ateísmo,
agnosticismo, panteísmo e deísmo.
2. Deus é o preservador – v. 6
“…e tu preservas a todos com vida”. Deus não só criou todas as coisas, mas sustenta
toda a criação. Ele que faz a semente brotar. Ele é quem renova a face da terra (Sl
104:30; At 17:25,28).
Ele dá chuva e o sol. Ele não é como o relojoeiro que dá corda e vai embora. Ele está
presente, ele atua na obra da criação.
Ele é o Deus que alimenta os pássaros, veste as flores, abastece as fontes, enche a terra
da sua bondade. Dele vem o pão que está em nossa mesa, a saúde para saborearmos o
pão, a força para trabalhar.
3. Deus é o Senhor – v. 6
Ele é o soberano que está no trono e faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade.
Ele está sentado na sala de comando do universo e dirige as nações. Ele levanta reinos e
abate reinos. Ele levanta reis e abate reis. Ele está no trono e o Cordeiro está com o livro
da história nas mãos. A história está segura nas suas mãos (Ap 4,5).
Deus não nos elegeu porque previu que iríamos crer, nem porque éramos santos, ou
praticávamos boas obras. Cremos porque ele nos elegeu. Fomos eleitos para as boas
obras e não por causa delas.
Deus não apenas elegeu Abrão, mas tirou-o de Ur dos Caldeus. Tirou-o da sua idolatria.
Tirou-o dos seus ídolos. Deus mudou seu coração, seu caminho, sua vida, seu futuro,
sua eternidade.
As ovelhas de Cristo ouvem a sua voz. Deus abre o coração. A bondade de Deus conduz
ao arrependimento e a fé é dom de Deus. Tudo provém de Deus.
Deus mudou o nome de Abrão (grande pai), para Abraão (pai de uma grande nação).
Abraão esperou 25 anos até Isaque nascer. Depois Deus mandou Abraão sacrificar
Isaque. Abraão confiou que Deus poderia ressuscitar o seu filho. Deus então lhe
prometeu uma descendência numerosa como as estrelas do céu. Nós os que cremos
somos filhos de Abraão. Todos os remidos, em todos os lugares, em todos os tempos
são filhos de Abraão (Rm 2:28-29: Gl 3:29; Fp 3:3).
Deus muda a nossa sorte, a nossa vida, o nosso coração. O poder não vem de dentro,
mas do alto.
Deus achou o coração de Abraão fiel e fez uma aliança com ele. Ele vela pela sua
Palavra em a cumprir. Passa o céu e a terra, mas a sua Palavra não passará. Ele não é
homem para mentir. Mesmo quando somos infiéis, ele permanece fiel, porque não pode
negar a si mesmo.
Estamos numa relação pactual com Deus. Ele prometeu ser o nosso Deus e o Deus dos
nossos filhos para sempre. Deus prometeu a Abraão e sua descendência bênçãos
pessoais, nacionais e universais.
Deus vê e Deus ouve. Ele é o Deus presente. Ele se importa conosco. Ele viu a aflição
do povo no Egito. Ele ouviu o seu clamor. Ele desceu. Ele libertou o povo com mão
forte e poderosa.
A ênfase está nas ações de Deus em favor do seu povoescolhido: “viste, ouviste, fizeste,
dividiste, lançaste, guiaste, desceste, falaste, deste, juraste”.
9. Deus é aquele que opera milagres para revelar o seu poder – v. 10-11
Deus não apenas tirou o seu povo do Egito, mas derrubou os deuses do Egito. Deus
enviou dez pragas. Cada praga foi dirigida contra uma divindade no Egito. Deus estava
revelando ao mundo que só ele é Deus.
Os milagres não são o Evangelho, mas podem abrir portas para ele. O nome de Deus foi
exaltado através dos milagres operados no Egito.
Quando o povo ficou encurralado, cercado por todos os lados, Deus abriu um caminho
no meio do mar. Ele continua abrindo caminhos na tormenta.
10. Deus é aquele que guia o seu povo com sua presença – v. 12
Tanto a coluna de fogo como a coluna de nuvem eram símbolos da presença de Deus
com o seu povo. A presença de Deus protege, aquece, refrigera e orienta.
O Senhor está conosco sempre. Sua presença é o nosso alento para a caminhada da vida
até entrarmos na terra prometida.
11. Deus é aquele que fala ao seu povo através da sua Palavra – v. 13-14
Deus fala do céu e Deus desce. Com letras de fogo na pedra, o dedo de Deus escreveu
as tábuas da Lei. Deus deu juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons.
Deus fala pela Palavra. Ele trouxe sua Palavra a Moisés. Esdras e os levitas estão lendo
essa Palavra ao povo. Hoje a maior necessidade da igreja é da Palavra de Deus. Deus
continua falando ao seu povo pela sua Palavra.
Não devemos buscar outras vozes, subjetividades, profecias forâneas às Escrituras, mas
devemos buscar a Palavra de Deus.
Cerca de 2 milhões de pessoas perambulam pelo deserto, com suas crianças, animais,
velhos. A roupa não envelheceu no corpo. A sandália não envelheceu no pé. Da rocha
brotou água. Do céu caiu maná (Sl 105:40; 78:24) e codornizes. Deus sustentou seu
povo com abundante provisão.
Precisamos confiar no provedor mais do que na provisão.
CONCLUSÃO
É tempo da igreja reunir-se sob a Palavra de Deus para renovar sua aliança com o
Senhor. Precisamos ter esse senso da glória de Deus em nossos cultos, arrependimento,
confissão, adoração e percepção clara quem é Deus e o que ele faz.
Precisamos olhar para o passado e ver as lições da história: pois o mesmo Deus que fez,
faz e fará maravilhas na vida do seu povo.
INTRODUÇÃO
Deus é santo, o homem é pecador, logo nenhum homem pode ser justo aos olhos de
Deus. Pode o imundo ser puro aos olhos de Deus. Pode o pecador justificar-se diante de
Deus. Pode, porventura o etíope mudar a sua pele e o leopardo as suas manchas.
Quem obedecer a lei, pela lei viverá. Mas todos pecaram. Não há justo sequer um.
Todos se desviaram. Logo, ninguém jamais poderá entrar no céu por seus méritos.
3. Para o homem entrar no céu é preciso que Deus o justifique e para Deus
justifica-lo precisa ainda continuar justo
Como Deus pode ser justo e ainda justificar o pecador. Como Deus pode justificar o
pecador sem abrir mão da sua justiça.
1. O que é justificação
A justificação não é algo que Deus faz em nós, mas por nós. Não acontece dentro de
nós, mas fora de nós.
A justificação é um ato e acontece uma única vez. Não há graus na justificação. O
homem é justificado por completo ou não é justificado em absoluto. Ela é instantânea,
completa e final.
Todos somos pecadores e todos nós vamos ter que comparecer diante do tribunal de
Deus para prestar conta da nossa vida.
3. A base da justificação
A base da justificação não são nossas obras, nem nossa fé, nem mesmo nosso exemplo,
mas a obra expiatória de Cristo na cruz em nosso favor. Ele morreu a nossa morte. Ele
pagou a nossa dívida. Ele rasgou o escrito de dívida que era contra nós. Ele levou no seu
corpo no madeiro os nossos pecados. Foi traspassado e moído pelas nossas iniqüidades.
O castigo que nos trás a paz estava sobre ele.
4. O instrumento da justificação
Nós não somos justificados com base na fé, mas com base no sacrifício perfeito e eficaz
de Cristo. Mas pela fé nós nos apropriamos da justificação. A fé é o instrumento. A fé é
a mão estendida de um mendigo a tomar posse do presente do Rei.
A fé não expia a culpa, não remove o castigo. Ela é o instrumento de apropriação dos
benefícios da redenção.
1. Passado – Paz – v. 1
Cristo morreu e pelo seu sangue nos reconciliou com Deus. Agora não somos mais réus,
nem inimigos de Deus. Estamos quites com as demandas da lei.
2. Presente – Graça – v. 2
c) O termo prosagoge traz também a idéia de porto, cais – Significa que por mais que
tratemos de depender de nossos próprios esforços somos varridos pela tempestade,
como marinheiros que enfrentam impotentes um mar revolto que os ameaça destruir
totalmente. Mas, agora, temos ouvido a Palavra de Cristo, temos alcançado o porto da
graça. Por meio de Cristo temos entrado à presença de Deus e encontrado segurança no
porto da graça.
3. No futuro – Glória – v. 2
Quem foi justificado não teme a morte, não teme o amanhã, não teme a eternidade, ele
tem garantia do céu.
Aqueles que não foram reconciliados com Deus têm medo da morte. Mas o salvo
entende se gloria na esperança da glória de Deus.
Miguel Gonçalves Torres – Eu vou lhes ensinar como morrer bem. “Querida, eu pensei
que quando eu fosse morrer eu iria para o céu. Não foi o céu que veio me buscar”.
O apóstolo Paulo – Está na masmorra, na ante-sala do martírio. Ele não está com medo
da guilhotina, mas diz: “Eu sei em quem eu tenho crido. Chegou a hora da minha
partida. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da
justiça me está guardada”.
A mãe da Isabel – Depois que foi convertida seu rosto passou a resplandecer.
O enfermo – “O senhor está preparado para morrer. Não, eu estou preparado para
viver”.
Não nos gloriamos no sofrimento ou por causa do sofrimento, mas por causa dos seus
frutos, dos seus resultados.
O cristão não olha para vida com uma visão romântica, pessimista ou irreal. Ele não
nega a existência da dor e do sofrimento.
Paulo diz que nos gloriamos com grande e intenso júbilo, sabendo que Deus está
trabalhando em nós, esculpindo a imagem do seu Filho.
A palavra grega é hupomone = paciência vitoriosa, que não se entrega, que não é
passiva, mas que triunfa. É paciência com as circunstâncias. É saber que Deus está no
controle. Que Ele está trabalhando em nós. Ele está esculpindo em nós o caráter de
Cristo.
As grandes lições da vida nós as aprendemos no vale da dor. Salmo 119:71 – “Foi me
bom ter passado pela aflição para que aprendesse os teus decretos”.
A palavra grega é dokime = provado – metal que era passado pelo cadinho e provado
como legítimo, puro. A palavra significa caráter provado e aprovado como resultado de
um teste de julgamento.
Davi não quis a armadura de Saul porque nunca a havia provado, não havia submetido à
prova.
Não podemos ter uma fé de segunda mão. O Deus que agiu na vida de Abraão, Moisés,
Davi, Paulo tem agido na sua vida. Você conhece a Deus, tem experiência com ele: da
sua bondade, livramento.
Como saber que esta esperança não é uma ficção: Porque o amor de Deus é derramado
em nossos corações. Há uma efusão do amor de Deus. O céu desce à terra.
CONCLUSÃO
Habacuque 3 – Ainda que falte oliveira na vida e gado no curral, ainda assim me
alegrarei no Deus da minha salvação.
Romanos 8:31-39.
INTRODUÇÃO
A minha vida, a sua vida, a nossa família, a nossa igreja estão precisando de
restauração. Não estamos sendo tudo o que deveríamos ser. Algo está faltando: está
faltando poder espiritual, unção do Espírito Santo, fome de Deus, paixão pelas almas
perdidas. Precisamos de restauração.
NARRAÇÃO
Este Salmo 126 fala-nos de Restauração. Ele descreve três períodos na vida do povo de
Israel.
1) O passado (v. 1-3) – Temos uma história de salvação a contar, um passado de glória a
agradecer;
1. Nós somos uma igreja histórica, mas não vivemos apenas de história. Nós não
moramos no passado. O nosso Deus fez, faz e fará maravilhas. Não vivemos apenas de
lembranças. A intervenção de Deus é contemporânea.
5) A crise da mágoa incurável – No Salmo 137:5,6 diz que eles olhavam para o futuro
apenas para pedir um holocausto, para pedir vingança.
c) Essas grandes coisas foram feitas por nós e não contra nós.
Eles estão alegres pelas vitórias do ontem, mas ao olharem para o presente, a vida está
como um deserto.
As vitórias do ontem não são suficientes para hoje. Temos que andar com Deus hoje.
Temos que ser cheios do Espírito Santo hoje. Temos que evangelizar hoje. Temos que
investir na família hoje. Não podemos apenas celebrar as vitórias do passado.
Antigas bênçãos não são suficientes para a vida hoje, assim como antigas mágoas não
devem estragar o presente. Sansão eram um jovem cheio do Espírito Santo, mas cedeu
ao pecado e terminou sua vida preso e cego. Davi era um homem segundo o coração de
Deus, mas por não vigiar, adulterou, mentiu e assassinou.
Os lugares dos grandes avivamentos ontem hoje são palcos de igrejas mortas: a) Igreja
de Éfeso; b) Igreja Presbiteriana John Calvino em Toronto.
Quem sabe ontem você foi um homem cheio do Espírito Santo, uma bênção, mas o
coração agora está murcho, seco, vazio.
Ilustração: Falta pão na casa do pão = reunimo-nos para contar que havia pão… a)
Quando falta pão na casa do pão o povo foge; b) Quando falta pão na casa do pão, o
povo perece; c) Quando tem pão na casa do pão o povo retorna.
É tempo da igreja fazer como Elias – subir à presença de Deus e meter a cabeça entre os
joelhos para orar até chegar o tempo de restauração.
a) Atos 2 – Os discípulos estão com as portas trancadas, com medo, mas o Espírito
Santo veio e eles se levantaram.
Lemos livros sobre oração, pregamos sobre oração, temos uma boa teologia sobre
oração, mas oramos pouco.
Koréia do Sul – Igrejas presbiterianas que crescem. Paul Young Cho: 70% do tempo em
oração. O telefonema do presidente da Koréia.
Esse é um tempo de orarmos pela restauração da nossa família, filhos. Exemplo: Pastor
Tim Cimbala orando pela filha.
O deserto fica 11 meses seco. Mas no mês das chuvas, as águas correm das montanhas e
formas wadis e correntes fluentes de águas e abrem as areias do deserto.
O Deus que fez a vara seca de Arão florescer pode fazer o seu deserto tornar-se uma
fonte.
Isaías 44.3-5.
III. A SEMEADURA COM LÁGRIMAS É O PRELÚDIO CERTO DE UMA
COLHEITA ABUNDANTE (V.5,6).
2. Precisamos pregar aos ouvidos e aos olhos: Antonio Vieira, fala sobre as razões do
pequeno resultado da pregação.
a) David Hume
b) Magready Garrick
b) Alexandre Duff.
Sem a ação do Espírito Santo não haveria nenhum crente e nenhuma igreja existiria.
O Espírito Santo é quem aplica a obra de Cristo em nosso coração. Ele é quem gera
vida: biológica e espiritual.
O Credo Apostólico dá pouca ênfase ao Espírito Santo. Diz apenas: “Creio no Espírito
Santo”, mas nada fala de seus atributos nem de suas obras.
No período dos pais da igreja e durante a Idade Média nenhum obra de vulto foi escrita
sobre o Espírito Santo.
João Calvino foi chamado “o teólogo do Espírito Santo”. Ele teve uma visão orgânica
da Pessoa e Obra do Espírito Santo, embora não tenha escrito nenhuma obra específica.
O puritano inglês, John Owen, maior teólogo da Inglaterra, escreveu uma obra clássica
sobre o Espírito Santo.
Abraham Kuiper, teólogo, político e educador holades, escreveu uma obra de grande
vulto sobre o Espírito Santo e disse: “Se os ministros não derem crédito à obra do
Espírito Santo, darão pedra em vez de pão ao seu rebanho”.
John Stott diz que o maior problema da igreja hoje é a polarização. Uns distocem a
doutrina do Espírito Santo; outros só falam dela. Outros, ainda, apagam o Espírito.
J. I. Packer, no seu livro Na Dinâmica do Espírito, falou que o Espírito Santo tem o
ministério do holofote. Disse ele: “O Espírito age como um holofote oculto que focaliza
a sua luz no Salvador, fazendo-o resplandecer. A mensagem do Espírito para nós nunca
é: olhe para mim; escute-me; venha a mim; conheça-me; mas sempre é: olhe para Jesus
e veja a sua glória; ouça-o e escute as suas palavras; vá a ele e tenha vida. Conheça-o e
prove o seu dom de alegria e paz.
O Espírito é o aplicador da obra de Cristo. Sem o Espírito Santo a obra de Cristo não
poderia nos valer. Ilustração: Uma pessoa pode morrer dentro de uma farmácia se o
remédio eficaz para a sua cura não lhe for aplicado. A obra do Espírito Santo é tão
importante como a obra de Cristo.
1. No século XVII surgiu um grande conflito: um grupo que depois foi cognominado de
QUAKES afirmava que “nada importava a não ser a autoridade do Espírito; nada
importava senão a luz interior, a experiência íntima”. As Escrituras não eram
necessárias. Isso é um engano. “O Espírito Santo dirá tudo o que tiver ouvido…” (Jo
16:13). O Espírito Santo nos guia pela Palavra.
A idéia do culto solene – Logo depois, introduziu-se outra idéia e as pessoas começaram
a falar acerca de um culto solene – a ênfase era a capacidade intelectual do pastor, mais
importante do que sua consagração e enchimento do Espírito.
O medo do Espírito Santo – NO SPS quando os seminaristas se reuniam para orar eram
vigiados com medo que se tornassem pentecostais. Dr. Oto Guanães Dourado disse que
recebemos uma herança anti-pentecostal, anti-espiritual e anti-Espírito Santo.
a) A Palavra de Deus era a verdade na boca de Elias. Na boca de muita gente a Palavra
de Deus não tem o poder da verdade.
b) O bordão profético na mão do Geazi não teve poder para ressuscitar o menino morto,
mas na mão de Eliseu sim.
4.1. No final do século XVII e começo do século XVIII a igreja começou a sentir que
estava perdendo sua autoridade:
Mas, não foram as preleções de BOYLE, nem as obras de BUTLER que restabeleceram
a posição da igreja e restauraram a sua antiga autoridade. Foi através do Espírito Santo
na vida de George Whitefield e John Wesley na Inglaterra e Jonathan Edwards, nos
Estados Unidos. O que as preleções não puderam fazer o Espírito Santo fez.
4.2. No início do século XIX, a igreja sentiu mais uma vez a perda do poder. O que
fazer?
Conferir mais autoridade ao pregador. Afastá-lo mais das pessoas. Precisa investí-lo de
uma aura de autoridade. O pregador deverá vestir-se de uma maneria diferente.
Puxaram-no para um lugar mais alto, o altar. Assim as pessoas o escutariam.
Mas o poder não veio por este canal. Veio quando o Espírito Santo foi derramado em
1857 na América. Foi Deus intervindo com o seu Espírito e não as tentativas dos
homens que reergueram a igreja.
Hoje estamos a perguntar: como podemos atingir as massas que estão lá fora? Como
causar impacto? Publicidade? Propaganda? Preocupação social mais ativa? Fazer mais
uso do rádio e TV. O método de Deus é o mesmo: através do poder do seu Espírito.
O Espírito Santo é livre – Ele sopra aonde quer. O Espírito Santo onde jamais
sopraríamos. Ele apanha as coisas loucas para envergonhar as fortes. Exemplo: O
colportor do Rio que foi convertido em Bangu I lendo um dos meus livros.
O Espírito Santo é soberano – Ninguém pode deter o vento. Ele chama e chama
irresistivelmente. O Espírito Santo dirige, fala, escolhe, separa.
O Espírito Santo é incompreensível – Não sabes de onde vem nem para onde vai. Ele
não pode ser domesticado, controlado.
O Espírito Santo é sobrenatural – O homem não pode soprá-lo nem produzí-lo. “O que é
nascido da carne é carne”. O homem não pode mudar a si mesmo.
3. O Espírito Santo é quem nos santifica – (Lc 3:3-6; 2 Ts 2:13; 1 Co 6:11; Ef 1:4).
O Espírito Santo nos transforma. Não é reforma, apenas uma caiação, um verniz.
Maratma Gandi disse: “No vosso Cristo eu creio, eu só não creio no vosso
cristianismo”.
Êxodo 25:8 diz que Deus fez um santuário para habitar no meio do povo.
Esse santuário foi feito de acácia. Depois corpo de ouro. Lá estava a arca da aliança
onde a glória de Deus se manifestava. Onde ia o santuário, ia transportando a presença
de Deus. Deus habita em nós. Onde você vai, você vai transportando a presença de
Deus.
Seu corpo é um templo. Sua vida um culto. Suas ações uma liturgia.
5. O Espírito Santo é o nosso intercessor espiritual (Rm 8:26-27)
O Espírito Santo nos assiste em nossa fraqueza. Temos fraquezas. A força não vem de
dentro, mas do alto. Ele não nos escorraça porque somos fracos, mas nos assiste.
Só mediante a força, o poder do Espírito Santo pode crucificar a carne com suas paixões
e desejos. Só quando somos cheios do Espírito Santo podemos vencer o pecado que
tenazmente nos assedia.
Deus tem para nós uma fonte que jorra para a vida eterna.
Os crentes que foram cheios do Espírito Santo no Pentecoste viveram uma vida
superlativa, abundante: oração, Palavra, comunhão, testemunho.
9. O Espírito Santo é quem nos dá poder (Lc 3:16; 3:21-22; 4:1; 4:14; 4:17-18; 24:49;
At 1:3-5,8; 2:4; 4:8; 4:31; 1 Co 2:3-5; 1 Ts 1:5)
A igreja apostólica não abriu mão do poder. Os discípulos já eram regenerados. Eles já
possuíam o Espírito Santo, mas eles não estavam cheios do Espírito Santo. Eles
precisavam ser revestidos com o poder do Espírito Santo.
Nós, que cremos, também temos o Espírito Santo, mas precisamos do revestimento do
poder para testemunhar, para viver, para morrer, para perdoar, para fazer a obra (Zc
4:6).
CONCLUSÃO
Conclamo a nossa igreja a honrarmos o Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
a) Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida
resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5:1: “Ferirão com vara
a face ao juiz de Israel” e Mt 26:67: “O esbofetearam” e Jo 18:22: “Um dos guardas deu
uma bofetada em Jesus”.
b) Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. A laceração
dos tecidos era o resultado dos açoites e estes finham-se tornado uma fina arte entre os
romanos. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma
com uma ponteira de metal. “Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo”. Seu corpo foi
todo lacerado. Sua carne foi rasgada.
c) Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento
pontiagudo. Esse ferimento foi causado pela coroa de espinhos que fez sangrar sua
cabeça (Jo 19:2). “tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça” (Mt 27:30).
d) Perfuração = Perfurar vem do latim “passar através de”. As mãos e os pés de Jesus
foram traspassados. Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos seprando-os sem
quebrá-los.
e) Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. “Um dos
soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19:34).
2. Ele não abriu a boca para pedir vingança aos seus algozes
• “e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (v. 7).
• Ele se entregou. Ele voluntariamente foi a cruz. Jesus não se rebelou ao ser preso,
julgado, espancado, pregado na cruz. Ele não bradou por vingança ou por socorro.
INTRODUÇÃO
• Existem três formas de um homem ter um grande nome: 1) Por herança; 2) Por
doação; 3) Por conquista. O nome de Jesus é o mais excelente por essas três causas.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
• Paulo, nesta cessão prática, falou sobre a unidade e a pureza da igreja. Agora, vai falar
sobre novos relacionamentos. No restante da carta, ele concentra-se em mais duas
dimensões do viver cristão.
• A primeira diz respeito aos relacionamentos práticos (lar e trabalho) e a segunda
dimensão diz respeito ao inimigo que enfrentamos. Essas duas responsabilidades (o lar e
o trabalho de um lado, e o combate espiritual do outro) são bem diferentes entre si. O
marido e a esposa, os pais e os filhos, os senhores e os servos são seres humanos
visíveis e tangíveis, ao passo que o diabo e suas hostes dispostos a trabalhar contra nós
são seres demoníacos, invisíveis e intangíveis. Nossa fé deve estar à altura dessas duas
dimensões.
• Paulo introduz essas duas dimensões com um imperativo e quatro particípios: enchei-
vos + falando + louvando + dando graças + submetendo.
1. Seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida:
Paulo já falou que somos selados pelo Espírito (1:13-14) e que não devemos entristecer
o Espírito (4:30). Agora nos ordena a sermos cheios do Espírito (5:18).
2. É o Espírito Santo que nos convence do pecado. É ele que opera em nós o novo
nascimento. É ele quem nos ilumina o coração para entendermos as Escrituras. É ele
quem nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. É ele quem nos
batiza no corpo de Cristo. É ele quem testifica com o nosso Espírito que somos filhos de
Deus. É ele quem habita em nós.
3. Todavia, é possível ser nascido do Espírito, ser batizado com o Espírito, habitado
pelo Espírito, selado pelo Espírito e estar ainda sem a plenitude do Espírito. Nós que já
temos o Espírito, que somos batizados no Espírito, devemos agora, ser cheios do
Espírito.
1. A semelhança superficial
• Uma pessoa que está bêbada, dizemos, está sob a influência do álcool; e certamente
um cristão cheio do Espírito está sob a influência e sob o poder do Espírito Santo.
• Em ambas as proposições, há uma mudança de comportamento: a personalidade da
pessoa muda quando ela está bêbada. Ele se desinibe; não se importa com o que os
outros pensam dela. Abandona-se aos efeitos da bebida! O crente cheio do Espírito se
entrega ao controle do Espírito e sua vida fica livre e desinibida.
2. O contraste profundo
• Na embriaguez o homem perde o controle de si mesmo; no enchimento do Espírito ele
não perde, ele ganha o controle de si, pois o domínio próprio é fruto do Espírito.
• O Dr. Martyn Lloyd-Jones, médico e pastor disse: “O vinho e o álcool,
farmacologicamente falando não é um estimulante, é um depressivo. O álcool sempre
está classificado na farmacologia entre os depressivos. O álcool é um ladrão de
cérebros. A embriaguez deprimindo o cérebro tira do homem o autocontrole, a
sabedoria, o entendimento, o julgamento, o equilíbrio e o poder para aquilatar. Ou seja,
a embriaguez impede o homem de agir de maneira sensata.
• O que o Espírito Santo faz é exatamente o oposto. Ele não pode ser colocado num
manual de Farmacologia, mas ele é estimulante, anti-depressivo. Ele estimula a mente, o
coração e a vontade.
3. O resultado oposto
• O resultado da embriaguez é a dissolução (asotia). As pessoas que estão bêbadas
entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perdem o pudor, perdem
a vergonha, conspurcam a vida, envergonham o lar. Trazem desgraças, lágrimas,
pobreza, separação e opróbrio sobre a família. Buscam uma fuga para os seus problemas
no fundo de uma garrafa, mas o que encontram é apenas um substituto barato, falso,
maldito e artificial para a verdadeira alegria. A embriaguez leva à ruína. Ilustração: a
lenda do vinho feito da mistura do sangue do pavão, leão, macaco e porco.
• Todavia, os resultados de estar cheio do Espírito são totalmente diferentes. Em vez de
de nos aviltarmos, embrutecermos, o Espírito nos enobrece, nos enleva e eleva. Torna-
nos mais humanos, mais parecidos com Jesus. O apóstolo agora, alista os quatro
benefícios de se estar cheio do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
• Você é um crente cheio do Espírito Santo? Os sinais da plenitude do Espírito têm sido
vistos em sua vida?
• Você tem adorado a Deus, relacionado com seus irmãos, agradecido a Deus e se
sujeitando uns aos outros e feito a obra de Deus com poder?
• Ilustração: o moço de Eliseu que perdeu o machado no rio. Eliseu orou e o machado
boiou. Muitos hoje estão tentando cortar as árvores com o cabo do machado.
Precisamos mais dos recursos de Deus do que dos recursos do homem. A igreja
primitiva quando ficou cheia do Espírito Santo tornou-se uma força invencível!
INTRODUÇÃO
O louvor é o principal objetivo da nossa vida. Deus nos criou para a adoração. Deus nos
criou para o maior de todos os prazeres: glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
O louvor precisa ser trinitário. Paulo enfatiza a Trindade na adoração. Adoramos o Pai,
por meio do Filho, no poder do Espírito. Essa ordem deve ser preservada.
II. O QUE DEUS FEZ POR NÓS NA ETERNIDADE NOS LEVA A ADORAÇÃO
– v. 3
A nossa salvação vem inteiramente de Deus. Todavia, por estarmos tão concentrados
em nós mesmos, passando o tempo todo tomando o nosso próprio pulso, temos um
pequeno entendimento daquilo que Deus fez por nós. Se desejamos louvar a Deus,
precisamos compreender o seu conselho eterno entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Esse plano glorioso foi feito na eternidade (v. 4). A nossa salvação foi planejada antes
mesmo de Deus ter lançado os fundamentos da terra. É a percepção deste fato que faz
com que a pessoa fique na ponta dos pés e grite louvores a Deus.
Antes de criar o mundo, Deus fez uma aliança, um juramento de salvar você em Cristo.
Esse plano não pode ser frustrado. Aquele que começou boa obra em você vai
completá-la até o dia de Cristo Jesus.
As bênçãos vêm exclusivamente por meio de Cristo. Ele não tem nenhum assistente.
“Nenhum outro nome é dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos”
(At 4.12). Toda bênção está nele e não vem de nenhuma outra fonte. Ele é o único
canal. Ele é o único mediador (1 Tm 2.5). Buscar bênção espiritual em qualquer outra
pessoa, em qualquer outro caminho, em qualquer religião é negar a Jesus. Ele é o
caminho, a verdade e a vida. Ele é a videira verdadeira. Ele é o bom pastor. Ele é a
plenitude da divindade. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento. Ele é o canal exclusivo por meio do qual as bênçãos nos vêm. Ele é a
cabeça do corpo. Todo o corpo é suprido, alimentado, guiado por ele.
A aplicação da obra de Cristo é feita pelo Espírito. Seu propósito é glorificar o Senhor
Jesus. O próprio Senhor Jesus não abriu mão do poder do Espírito enquanto viveu entre
nós. Ele foi concebido pelo Espírito. Revestido com o Espírito no batismo, guiado pelo
Espírito no deserto, cheio do Espírito voltou à Galiléia e disse: “O Espírito do Senhor
está sobre mim”.
O Espírito é quem nos vivifica, nos regenera, nos santifica, nos transforma, nos capacita
com poder. As bênçãos que temos em Cristo não sumamente bênçãos espirituais. O
homem sem Cristo está preocupado apenas com as coisas terrenas: carros, casas,
dinheiro, sucesso, fama, prosperidade. Ele não discerne as coisas espirituais. Elas são
loucura para ele. Mas quando somos convertidos, pensamos nas coisas lá do alto,
buscamos em primeiro lugar o Reino, e nos deleitamos em Deus.
Isso não significa que nos tornamos alienados, monges, eremitas e anacoretas. Somos
uma colônia do céu na terra. Aqui somos peregrinos e forasteiros (1 Pe 2.11). Embora
este mundo é de Deus, aqui não é o nosso lar. O crente não se apega a este mundo, não
se amolda a ele, pois busca uma Pátria superior.
CONCLUSÃO
O apóstolo conclui dizendo que somos abençoados com toda sorte de bênção espiritual.
Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais. Essas bênçãos incluem tudo que
necessitamos. As bênçãos para esta vida e para a vindoura. Tudo já está preparado.
Em Efésios 1 Paulo fala que Deus nos elegeu em Cristo, que ele nos adotou na sua
família, que nos remiu com o sangue de Cristo, que ele nos selou com o Espírito Santo.
Ele nos deu poder para vivermos vitoriosamente. As bênçãos daqui são apenas o
penhor, a entrada, a garantia de que coisas maiores virão. Agora somos filhos de Deus,
mas ainda não se manifestou o que havemos de ser, porque quando ele se manifestar
seremos semelhantes a ele. Teremos um corpo de glória. Veremos a sua face e
reinaremos com ele para todo o sempre. Oh! Bênção gloriosa. Oh! Deus bendito!
INTRODUÇÃO
1. Meu coração arde pela possibilidade de você hoje ouvir a voz de Deus. A voz de
Deus é poderosa, faz tremer o deserto, despede chama d fogo.
2. Meu coração tem a grande expectativa de Deus possa se manifestar a nós nesta noite.
Porque quando Deus age ninguém pode deter a sua mão.
3. Meu coração anseia ardentemente que a Palavra de Deus seja o bastão profético na
mão de Eliseu, a fim de que aqueles que hoje dormem o sono da morte possam ser
despertados.
4. Oh! meu profundo desejo é eu que não seja apenas um eco, mas uma voz. Que os
céus se rasguem, que Deus desça, que ele inflame o seu coração como o fogo inflama os
gravetos.
5. Em 1992, estava pregando em Salvador e a repórter me perguntou: “O senhor crê no
que prega?” Respondi: sim. “o Senhor crê em avivamento?” Que evidências?
a) Inglaterra do século XVIII.
b) Romênia de Ceaucescu em 1989 (15/12/1989 a 25/12/1989) – Ver. Toderik em
Timmisoara.
1. Conversões abundantes – v. 4
• Quando Deus fende os céus e inflama a igreja, e põe fogo nos gravetos secos, até lenha
verde começa a arder. Os corações mais duros se derretem.
• Em 1966 Erlo Stegen diz que os feiticerios vinham chorando, confessando seus
pecados.
• Ronaldo Lidório entre os komkonbas diz que depois da cura daquela criança, não
passou um dia sequer sem que pelo menos uma pessoa fosse convertida.
• No Pentecoste quando Pedro se levantou para pregar, cheio do Espírito Santo, quase
três mil pessoas foram convertidas e agregadas à igreja.
• O evangelho é o poder de Deus. É dinamite que esplode a pedra mais dura. Quando
Deus age não existe caso difícil para Deus. Saulo era o maior perseguidor da igreja;
Jesus o transformou no maior apóstolo!
• Quando George Whitefield pregava, multidões se acotovelavam para ouvi-lo e
milhares de pessoas eram convertidas.
• Quando João Wesley pregava nas minas de carvão, só se via um filete branco de
lágrimas descendo dos rostos encarvoados.
• Quando Jonathan Edwards pregou, depois de orar e jejuar alguns dias “Pecadores nas
mãos de um Deus irado”, 500 pessoas foram salvas!
2. Testemunho ousado da Palavra
• Ah! Como anseio ver essa igreja como um exército cheio do Espírito a testemunhar do
nome de Cristo! Cada médico, cada engenheiro, cada professor, cada enfermeiro, cada
advogado, cada professor, cada comerciante, cada profissional liberal, cada estudante,
cada dona de casa, cada aposentado.
• Cada crente dizendo: “Eu sou do Senhor”!
• Levante-se! Abra a tua boca! O Evangelho é o poder de Deus.
• Minha experiência na Escola de Cadetes de Campinas com João Miguel Corpas/ com
a mulher que ia para Campinas/ com a senhora espírita que ia para Toronto.
CONCLUSÃO
• Estamos vendo tantos escândalos no meio evangélico: pastores e líderes caindo.
• Estamos vendo tantas pessoas mercadejando o evangelho, vendendo a graça de Deus.
• Estamos vendo tantas pessoas se desviando da sã doutrina.
• Estamos vendo tantas pessoas abraçando uma ortodoxia morta.
• Estamos vendo tantos crentes sendo amigos do mundo.
• Estamos vendo a sociedade transtornada, de cabeça para baixo: corrupção, injustiça,
violência. Não há esperança para a nação a não ser que Deus sopre sobre nós o seu
Espírito e levante a igreja como voz profética.
• Precisamos de um avivamento!
INTRODUÇÃO
a)Não é adoração centrada em lugares sagrados (Jo 4:20) – Não é neste monte nem
naquele. Não existe lugar mais sagrado que outro. Não é o lugar que autentica a
adoração, mas a atitude do adorador.
b)Não é adoração sem entendimento (Jo 4:22) – Os samaritanos adoravam o que não
conheciam. Havia uma liturgia desprovida de entendimento. Havia um ritual vazio de
compreensão.
a)A adoração precisa ser bíblica (Jo 4:24) – O nosso culto é bíblico ou é anátema. Deus
não se impressiona com pompa, ele busca a verdade no íntimo.
b)A adoração precisa ser sincera (Jo 4:24) – Ela precisa ser em espírito, ou seja, de todo
o coração. Precisa ter fervor. Não é um culto frio, árido, seco, chocho, sem vida.
1.O adorador precisa entender que a sua vida é a vida da sua adoração
Não está procurando adoração, mas adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
Exemplo: Caim – Deus rejeitou a vida de Caim antes de rejeitar a oferta e o culto da
Caim. Se a nossa vida não estiver certa com Deus, o nosso culto será uma ofensa a
Deus.
Isaías 1:14 – “As vossas festas de lua nova e as vossas solenidades, a minha alma as
aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer.”
E.M.Bounds disse: “Nós estamos procurando melhores métodos. Deus está procurando
melhores homens. Deus não unge métodos, Deus unge homens.
Não é a grandes talentos que Deus usa, mas a homens piedosos – Vocês são as suas
próprias ferramentas. Mantenham-nas afiadas. Mantenham sempre vestes alvas e
tenham sempre óleo fresco sobre a cabeça.
2.O adorador precisa entender que a adoração não é uma questão de performance
diante dos homens, mas de sinceridade diante de Deus
O profeta Isaías levantou a sua voz em nome de Deus e disse: “Este povo me honra com
os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
O apóstolo Paulo diz que o culto racional não é apenas um tempo de louvor e de
ministramos que temos na igreja, mas a oferta do nosso corpo a Deus na dinâmica da
vida (Rm 12:1).
O profeta Jeremias denunciou o perigo de uma reforma externa sem uma transformação
interna e a falsa confiança no templo, no culto, na liturgia. Jeremias 7:1-15
4.O adorador precisa entender que se Deus não for honrado no culto, ele é tempo
perdido
O profeta Malaquias fala dos sacerdotes que não honravam a Deus. Eles desprezavam o
culto. Eles não ofereciam o seu melhor. Eles faziam a obra do Senhor relaxadamente.
Muitos pastores têm fome de livro e muitos músicos têm fome de partitura musical, mas
não têm fome de Deus. Se não formos homens e mulheres de oração, nossa adoração
será vazia.
Josafá antes de ver o milagre de Deus através da música, convocou o povo para jejuar. 2
Cr 20:22: “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o Senhor emboscada
contra…”. John Piper fala que jejum é ter fome de Deus.
O adorador é uma pessoa que arde no altar. Ele está inflamado pelo fogo de Deus. Ele
está face a face com Deus. Ele está diante da shekiná de Deus. Ele lida com o sublime.
Adoração sem paixão, sem calor, sem entusiasmo não é adoração. Estar diante de Deus
sem profundo senso de quebrantamento e admiração é uma impossibilidade.
O adorador vem do santos dos santos para a presença do povo. Seu rosto deve
resplandecer. Sua alma deve estar em chamas. Seu louvor deve ser um aroma suave.
INTRODUÇÃO
Você não é reconciliado com Deus por suas obras, méritos ou religiosidade, mas por
meio do sangue de Jesus.
O sonho de João Wesley: “Aqui no céu só há aqueles que foram remidos e lavados no
sangue de Jesus”.
Hoje muitas pessoas pensam que podem comprar a graça de Deus com dinheiro, com
obras. Mas foi Deus quem nos comprou. Ele não usou os tesouros do mundo, mas o
sangue do seu Filho: “…a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio
sangue” (At 20:28).
a) Gênesis 3:21: “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os
vestiu”. Essa é a primeira indicação de sangue. Aqui é o inocente sacrificado a favor do
culpado.
b) Gênesis 4:4 – Abel leva o sangue e é aceito; Caim leva o fruto da terra e é rejeitado.
c) Êxodo 12:13 – Deus pôs toda a nação de Israel sob o sangue. Deus não disse:
“quando eu vir suas obras, suas lágrimas, seu sofrimento, passarei por vós, mas quando
vir o sangue.
Não foi o Cordeiro, foi o sangue – O Cordeiro precisou ser imolado. Não somos
salvos pela vida do Cordeiro, mas por sua morte!
Os bons e os maus pereceram igualmente se não estavam debaixo do sangue – Todo
aquele que estava sem a proteção do sangue do Cordeiro pereceu. Ilustrações:
1) O sangue é o bilhete – Quando você vai viajar de Avião, ninguém pergunta se você é
rico ou pobre. Eles querem ver o bilhete. O bilhete é o sinal. O sangue é o bilhete para
entrar no céu.
2) Joe Kerkofsky – Perdeu o braço aos 6 anos. Rejeitado para o serviço militar na
segunda guerra. Campeão em doação de sangue. Doou 250 vezes. Doou 120 litros de
sangue. Disse ele: “Dinheiro não pode pagar a alegria de doar sangue a alguém
necessitado. Isso é dar vida a alguém que está morrendo”.
1) Ele é o Cordeiro de Deus (Is 53:7) – A suprema submissão de Jesus até a morte e
morte de cruz é um dos grandes aspectos da sua obra redentora.
2) Ele não morreu como mártir – Ele entregou-se voluntariamente por você (Jo 10:18).
1) Ele é o Cordeiro sem mácula – Por isso sua morte pôde ser vicária, substitutiva. Só
Cristo poderia morrer por nós!
Ele não conheceu pecado – 2 Co 5:21
Nele não havia pecado – 1 Jo 3:5
Nenhuma culpa foi encontrada em sua boca – 1 Pe 2:22.
Ilustração: Finney e o homem assassino, ladrão e adúltero: Há perdão para mim? Sim, o
sangue de Jesus pode lhe purificar de todo o pecado!
Que tipo de pecado ainda está acorrentando a sua vida? Cigarro, álcool, drogas, sexo
ilícito, impureza da sua mente? Adultério? Mentira? Mau gênio? O sangue de Cristo
pode libertar você do poder desse pecado!
2. Há poder no sangue de Jesus para lidar com a punição do pecado
O salário do pecado é a morte (Rm 6:23).
A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:4).
Cristo assumiu o nosso lugar. Ele foi à cruz como nosso fiador, substituto e
representante. Ele morreu a nossa morte. Ele sofreu o nosso castigo. Ele pagou a nossa
dívida. Ele morreu por nós.
“Tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5:9).
Você não precisa temer mais o inferno, a condenação, o juízo. Cristo morreu sua morte.
Ele carregou seus pecados. Ele pagou sua dívida. Você está quites com a lei de Deus,
com as demandas da justiça. Nenhuma condenação há mais para você. Seus pecados
foram jogados no fundo do mar.
Ilustração: A Rainha Vitória visitou uma fábrica de papel e viu uma sala com um monte
de papel velho, sujo. Para que serve isso? Para fazer os mais limpos e lindos papéis.
Como você lidado com a sua mente, internet? Seu coração não precisa mais ser um poço
de impureza. Você não precisa mais ser um escravo da impureza sexual. Você pode ser
limpo de coração. Você agora pode ter a mente de Cristo!
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Jesus está vivendo sua última semana em Jerusalém. Esta semana é a culminação de
todo o seu ministério e a concretização do projeto eterno de Deus. Ele veio para esse
fim.
Diferentes reações a Jesus são vistas nesta semana: as autoridades religiosas querem
matá-lo, enquanto o povo simpatizava-se com ele; uma mulher anônima demonstra seu
amor a ele, enquanto Judas o trai e Pedro é advertido sobre sua arrogante autoconfiança.
Desta maneira Marcos confronta o leitor com a necessidade de tomar uma posição;
ninguém pode ficar neutro diante de Jesus.[1]
O texto aborda vários aspectos apontando para o fato de que Jesus já está vivendo à
sombra da cruz.
I. UM PLANO FRUSTRADO
Jesus queria morrer no dia da Páscoa. Adolf Pohl diz que a relação da morte de Jesus
com a Páscoa faz parte evidente dos pensamentos de Deus, e assim, das suas
disposições. Por isso Paulo pôde escrever mais tarde: “Pois Cristo, nosso Cordeiro
pascal, foi imolado” (1Co 5.7).[4]
Os líderes religiosos de Israel decidiram que Jesus seria morto depois da Páscoa, mas
Deus já havia determinado que seria durante a Páscoa, na época em que a cidade estava
mais apinhada de gente. As coisas não aconteceram como haviam planejado. “Não
durante a festa”, diziam os conspiradores. “Na festa”, disse o Todo-poderoso. Este era o
decreto divino, diz William Hendriksen.[6]
Nem Marcos nem Mateus nos informam o nome da mulher que ungiu Jesus, mas João
nos conta que ela era Maria de Betânia, a irmã de Marta e Lázaro (Jo 12.1-3). Jesus
estava em casa de Simão, o leproso na cidade de Betânia, participando de um jantar.
Esse jantar possivelmente foi motivado pela gratidão de Simão e Maria. Esta, num gesto
pródigo de gratidão e amor quebrou um vaso de alabastro e derramou o preciosíssimo
perfume de nardo puro sobre a cabeça de Jesus. O perfume havia sido extraído do puro
nardo, isto é, das folhas secas de uma planta natural do Himalaia.[7]
Maria aparece apenas três vezes nos evangelhos e em todas as ocasiões estava aos pés
de Jesus para aprender (Lc 10.39), para chorar (Jo 11.32,33) e para agradecer (Jo 12.1-
3).
Aquele perfume foi avaliado por Judas em trezentos denários (Jo 12.5). Representava o
salário de um ano de trabalho. Judas e os demais discípulos ficaram indignados com
Maria e considerando seu gesto um desperdício. Eles culparam Maria de ser perdulária e
de administrar mal os recursos. Eles murmuraram contra ela, dizendo que aquele alto
valor deveria ser dado aos pobres. Warren Wiersbe diz que Judas criticou Maria por
desperdiçar dinheiro, mas ele desperdiçou sua própria vida.[8]
O que Maria fez foi único em criatividade, régio em sua generosidade e maravilhoso em
sua intemporalidade, diz William Hendriksen.[9]
Maria demonstrou seu amor a Jesus de forma sincera e não ficou preocupada com a
opinião das pessoas à sua volta. Ela não buscou aprovação ou aplauso das pessoas nem
recuou diante das suas críticas. O amor é extravagante, ele sempre excede!
Maria demonstrou seu amor generoso a Jesus antes da sua morte e antecipou-se a ungi-
lo para a sepultura (14.8). As outras mulheres também foram ungir o corpo de Jesus,
mas quando elas chegaram lá, ele já não estava mais lá, pois havia ressuscitado (16.1-6).
Muitas vezes demonstramos o nosso amor como Davi a Absalão, tarde demais. Muitas
vezes enviamos flores depois que a pessoa morre, quando já não pode mais sentir seu
aroma.
Jesus chamou o ato de Maria de boa ação (14.6) e disse que seu gesto deveria ser
contado no mundo inteiro para que sua memória não fosse apagada (14.9). William
Barclay comenta esse episódio assim,
Jesus disse que o que a mulher havia feito era bom. No grego há duas palavras para
diferentes para definir bom. A primeira é agathos que descreve uma coisa moralmente
boa. A segunda é kalos que descreve algo que não só é bom, mas também formoso.
Uma coisa pode ser agathos e ainda ser dura, austera e sem atrativo. Mas uma coisa que
é kalos é atrativa e bela, com certo aspecto de encanto.[11]
Judas Iscariotes era um dos doze. Foi amado por Jesus, andou com Jesus, ouviu Jesus,
viu os milagres de Jesus, mas perdeu a maior oportunidade da sua vida. Sabendo da
trama dos principais sacerdotes em prender e matar Jesus, o entregou.
Jesus vai com seus discípulos para o cenáculo, para comer a Páscoa. E Judas está entre
eles. No Cenáculo Jesus demonstrou seu amor por Judas, lavando-lhe os pés (Jo 13.5),
mesmo sabendo que o diabo já tinha posto no coração de Judas o propósito de traí-lo (Jo
13.2). Judas não se quebranta nem se arrepende, ao contrário, finge ter plena comunhão
com Cristo, ao comer com ele (14.18). Nesse momento o próprio Satanás entra em
Judas (Jo 13.27) e ele sai da mesa para unir-se aos inimigos de Cristo e entregar Cristo a
eles. William Hendriksen diz que o que causou a ruína de Judas foi sua indisposição de
orar pela renovação da sua vida. A sua destruição deveu-se à sua impenitência.[13]
Jesus já havia dito que seria traído (9.31; 10.33), mas agora declara especificamente que
será traído por um amigo. O traidor não é nomeado; pelo contrário, a ênfase está na
participação dele na comunhão como um dos doze. Toda comunhão à mesa é, para o
oriental, concessão de paz, fraternidade e confiança. Comunhão à mesa é comunhão de
vida. A comunhão à mesa com Jesus tinha o significado de salvação e comunhão com o
próprio Deus.[14] Abalados e entristecidos com isso, os discípulos estão confusos. Cada
um preocupa-se com a acusação como se fosse contra si. Um a um perguntam:
“Porventura sou eu?” (14.19). Sua autoconfiança fora abalada.[15]
Judas trai a Jesus à surdina, na calada da noite, mas Jesus o desmascara na mesa da
comunhão. Jesus acentua sua ingratidão, de estar traindo seu Senhor e seu hóspede.
Jesus declara que ele sofrerá severa penalidade por atitude tão hostil ao seu amor: “… ai
daquele por intermédio de quem o Filho do homem está sendo traído! Melhor lhe fora
não haver nascido!” (14.20,21).
Mulholland diz que o traidor participa cumprindo o plano de Deus. Ele o faz por livre
vontade, não como um robô. A soberania divina não diminui a responsabilidade
humana.[16] Somos responsáveis pelos nossos próprios pecados. William Barclay
ilustra esse fato,
A lenda grega conta de dois famosos viajantes que passaram pelas rochas aonde
cantavam as sereias. Essas se sentavam nas rochas e cantavam com tal doçura que
atraíam irresistivelmente os marinheiros para sua ruína. Ulisses navegou a salvo frente a
essas rochas. Seu método foi tapar os ouvidos dos marinheiros para que não pudessem
ouvir, e ordenou que o atassem firmemente com cordas no mastro do navio a fim de que
em hipótese algum pudesse desvencilhar-se. O outro viajante foi Orfeu, o mais
encantador dos músicos. Seu método foi tocar e cantar com tal doçura que mesmo o
barco passando em frente às rochas das sereias, o canto dessas não era ouvido diante da
música excelente que ele entoava. Seu método foi responder ao atrativo da sedução com
um atrativo maior ainda. Este método é o método divino. Deus não nos impede
forçosamente de pecar, mas nos insta a amá-lo de tal forma que sua voz seja mais doce
aos nossos ouvidos que a voz de sedução.[17]
Esta cena é um dos pontos teológicos mais vibrantes no Evangelho de Marcos. Aqui
Jesus interpreta o significa último da sua morte, diz Donald Senior.[18]
Jesus abençoa e parte o pão; toma o cálice e dá graças. Pão e vinho são os símbolos do
seu corpo e de seu sangue. Com estes elementos Jesus instituiu a Ceia do Senhor.
A questão da Ceia tem sido motivo de acirrados debates na história da igreja. Não é
unânime o entendimento desses símbolos. Há quatro linhas de interpretação:
Em quarto lugar, o meio de graça. O calvinismo entende que a Ceia é mais do que um
memorial, mas também, um meio de graça, de tal forma que somos edificados pela
participação digna da Ceia.
A redenção não é universal. Ele derramou seu sangue para remir a muitos e não para
remir a todos (Is 53.12; Mt 1.21; 20.28; Mc 10.45; Jo 10.11,14,15,27,28; 17.9; At 20.28;
Rm 8.32-35; Ef 5.25-27). Se fosse para remir a todos, ninguém poderia se perder.
A Ceia do Senhor aponta para o passado e ali vemos a cruz de Cristo e seu sacrifício
vicário em nosso favor. Mas ela também aponta para o futuro e ali vemos o céu, a festa
das bodas do Cordeiro, quando ele vai nos receber como Anfitrião para o grande
banquete celestial. Adolf Pohl diz que a ênfase está na reunião festiva com ele, não na
duração ou dificuldade do tempo de espera. O crucificado será, vivo, o centro do
banquete que Deus vai oferecer (Is 25.6; 65.13; Ap 2.7), e o sem-número de Ceias
desembocará na “ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19.9).[20]
Jesus, citando o profeta Zacarias fala que todos os apóstolos, sem exceção, vão se
escandalizar com ele, quando ele for ferido. A atitude covarde dos discípulos fugindo no
Getsêmani, depois da sua prisão não apanhou Jesus de surpresa.
Jesus predisse que todos se escandalizariam dele (14.27). Todos disseram que isso
nunca aconteceria (14.31). Um pouco mais tarde, todos o abandonaram e fugiram
(14.50).
Em primeiro lugar, fala sobre sua morte. Jesus veio para morrer e ele caminha para a
cruz como um rei caminha para a coroação.
Em segundo lugar, fala sobre sua ressurreição. A morte não teria o poder de retê-lo na
sepultura. Ele triunfaria sobre a morte.
Em terceiro lugar, fala sobre seu plano na vida dos apóstolos. Jesus se apressa em
acrescentar que nem sua morte nem a fuga dos discípulos será definitiva. Ele
ressuscitará e irá antes deles para a Galiléia. “O lugar do começo deles (3.14) haveria de
ser também o lugar do novo começo deles (16.7)”.[21] O cristianismo não é um
corolário de crenças e dogmas, mas uma Pessoa. Ser cristão é seguir a Cristo. Ele vai
adiante de nós. Ele nos encontra e nos restaura nos lugares comuns da nossa vida.
Pedro considerou-se uma exceção. Ele julgou-se melhor dos que seus condiscípulos. Ele
pensou ser mais crente, mais forte, mais confiável que seus pares. Ele queria ser uma
exceção na totalidade apontada por Jesus. Pensou jamais se escandalizar com Cristo.
Achou que estava pronto para ir para a prisão e até para a morte. Jesus, entretanto,
revela a Pedro que naquela mesma noite, sua fraqueza seria demonstrada e suas
promessas serias quebradas. Os outros falharam, mas a falta de Pedro foi maior. Nas
palavras de Schweizer: “Aquele que se sente seguro e se considera diferente de todos os
demais cairá ainda mais profundamente”.[22] O apóstolo Paulo exorta: “Aquele, pois,
que pensa estar em pé, veja que não caia” (1Co 10.12). A Palavra de Deus alerta: “O
que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28.26).
INTRODUÇÃO
Duas perguntas são feitas antes de se fechar um negócio: Quanto ganharei se fechar esse
negócio? Quanto perderei se deixar de fechar esse negócio?
O dinheiro é ídolo que tem o maior número de adoradores neste mundo. Pessoas se
casam, divorciam, matam e morrem pelo dinheiro. No sermão do monte Jesus disse que
não podemos servir a Deus e às riquezas ao mesmo tempo.
De todas as pessoas que vieram a Cristo, este homem é o único que saiu pior do que
chegou. Ele foi amado por Jesus, mas, mesmo assim, desperdiçou a maior oportunidade
da sua vida. A despeito do fato de ter vindo à pessoa certa, de ter abordado o tema certo,
de ter recebido a resposta certa, ele tomou a decisão errada. Ele amou mais o dinheiro
do que a Deus, mais a terra do que o céu, mais os prazeres transitórios desta vida do que
a salvação da sua alma.
Esse jovem possuía tudo que este mundo podia lhe oferecer: casa, bens, conforto, luxo,
banquetes, festas, jóias, propriedades, dinheiro. Ele era dono de muitas propriedades.
Embora jovem, já era muito rico. Certamente era um jovem brilhante, inteligente e
capaz.
Lucas diz que ele era um homem de posição (Lc 18.18). Ele possuía um elevado status
na sociedade. Ele tinha fama e glória. Apesar de ser jovem, já era rico; apesar de ser
rico, era também líder famoso e influente na sociedade. Talvez ele fosse um oficial na
sinagoga. Tinha reputação e grande prestígio.
“Tudo isso tenho observado, que me falta ainda?”. Aquele jovem julgava ser portador
de excelentes predicados morais. Ele se olhava no espelho da lei e dava nota máxima
para si mesmo. Considerava-se um jovem íntegro. Não vivia em orgias nem saqueava os
bens alheios. Vivia de forma honrada dentro dos mais rígidos padrões morais. Possuía
uma excelente conduta exterior. Era um modelo para o seu tempo. Um jovem que a
maioria das mães gostaria de ter como genro.
“Que me falta ainda?”. Ele tinha tudo para ser feliz, mas seu coração ainda estava vazio.
Na verdade, Deus pôs a eternidade no coração do homem e nada deste mundo pode
preencher esse vazio. Seu dinheiro, reputação e liderança não preencheram o vazio da
sua alma. Estava cansado da vida que levava. Nada satisfazia seus anseios. Ser rico não
basta; ser honesto não basta; ser religioso não basta. Nossa alma tem sede de Deus.
Sua pergunta foi enfática: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Ele
estava ansioso por algo mais que não havia encontrado no dinheiro. Ele sabia que não
possuía a vida eterna, a despeito de viver uma vida correta aos olhos dos homens. Ele
não queria enganar a si mesmo. Ele queria ser salvo.
Ele foi a Jesus; buscou o único que pode salvar. Ele já tinha ouvido falar de Jesus. Sabia
que ele já salvara muitas pessoas. Sabia que Jesus era a solução para a sua vida, a
resposta para o seu vazio. Ele não buscou atalhos, mas entrou pelo único que leva ao
céu.
“… e ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”
(10.17). Esse jovem se humilhou caindo de joelhos aos pés de Jesus. Ele demonstrou ter
um coração quebrantado e uma alma sedenta. Não havia dureza de coração nem
qualquer resistência. Ele se rende aos pés do Senhor.
“E Jesus, fitando-o, o amou” (10.21). Jesus viu o seu conflito, o seu vazio, a sua
necessidade; viu o seu desespero existencial e se importou com ele e o amou.
As virtudes do jovem rico eram apenas aparentes. Ele superestimava suas qualidades.
Ele deu a si mesmo nota máxima, mas Jesus tirou sua máscara e revelou-lhe que a
avaliação que fazia de si, da salvação, do pecado, da lei e do próprio Jesus eram muito
superficiais.
Ele viu a salvação como uma questão de mérito e não como um presente da graça de
Deus. Ele perguntou: “… Bom Mestre, que farei de bom para herdar a vida eterna?”
(10.17). Seu desejo de ter a vida eterna era sincero, mas estava enganado quando à
maneira de alcançá-la. Ele queria obter a salvação por obras e não pela graça.
Todas as religiões do mundo ensinam que o homem é salvo pelas suas obras. Na Índia
multidões que desejam a salvação deitam sobre camas de prego ao sol escaldante;
balançam-se sobre um fogo baixo; sustentam uma mão erguida até se tornar imóvel;
fazem longas caminhas de joelhos. No Brasil, vemos as romarias, onde pessoas sobem
conventos de joelhos e fazem penitência pensando alcançar com isso o favor de Deus.
Muitas pessoas pensam que no dia do juízo Deus vai colocar na balança as obras más e
as boas obras e a salvação será o resultado da prevalência das boas obras sobre as obras
más. Mas a salvação não consiste daquilo que fazemos para Deus, mas do que Deus fez
por nós em Cristo Jesus.
O jovem rico não tinha consciência de quão pecador ele era. O pecado é uma rebelião
contra o Deus santo. Ele não é simplesmente uma ação, mas uma atitude interior que
exalta o homem e desonra a Deus.[1] O jovem rico pensou que suas virtudes externas
podiam agradar a Deus. Porém, a Escritura diz que todos somos como o imundo, e todas
as nossas justiças, como trapo da imundícia aos olhos do Deus santo (Is 64.6).
O jovem rico pensou que guardava a lei, mas havia quebrado os dois principais
mandamentos da lei de Deus: amar a Deus e ao próximo. Ele era idólatra. Seu deus era
o dinheiro. Seu dinheiro era apenas para o seu deleite. Sua teologia era baseada em não
fazer coisas erradas, em vez de fazer coisas certas.
Jesus disse para o jovem rico: “… só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-
o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me” (10.21). O que faltava a
ele? O novo nascimento, a conversão, o buscar a Deus em primeiro lugar. Ele queria a
vida eterna, mas não renunciou os seus ídolos. Hurtado diz que o jovem rico não foi
chamado à pobreza como um fim, mas ao discipulado de Jesus”.[2]
Ele mediu sua obediência apenas por ações externas e não por atitudes internas. Aos
olhos de um observador desatento ele passaria no teste, mas Jesus identificou a cobiça
em seu coração. Este é o mandamento subjetivo da lei. Ele não pode ser apanhado por
nenhum tribunal humano. Só Deus consegue diagnosticá-lo. Jesus viu no coração desse
homem o amor ao dinheiro como a raiz de todos os seus males (1Tm 6.10). O dinheiro
era o seu deus; ele confiava nele e o adorava.
Ele chama Jesus de Bom Mestre, mas não está pronto a obedecer-lho. Ele pensa que
Jesus é apenas um rabi e não o Deus verdadeiro, feito carne. Jesus queria que o jovem
se visse a si mesmo como um pecador antes de ajoelhar-se diante do Deus santo. Não
podemos ser salvos pela observância da lei, pois somos rendidos ao pecado. A lei é
como um espelho; ela mostra a nossa sujeira, mas não remove as manchas. O propósito
da lei é trazer o pecador a Cristo (Gl 3.24). A lei pode trazer o pecador a Cristo, mas não
pode fazer o pecador semelhante a Cristo. Somente a graça pode fazer isso.[3]
Depois de perturbar a complacência do homem com a constatação de que uma coisa lhe
faltava, Jesus o desafia com uma série de cinco imperativos: “Vai, vende tudo o que
tens, dá-o aos pobres e vem, e segue-me” (10.21). Esses cinco imperativos são apenas
uma ordem que exige uma só reação. Ele deve renunciar aquilo que se constitui no
objeto de sua afeição antes de poder viver debaixo do senhorio de Deus.[4]
O jovem rico perdeu a riqueza eterna, por causa da riqueza temporal. Ele preferiu ir para
o inferno a abrir mão do seu dinheiro. Mas que insensatez, ele não pode levar um
centavo para o inferno. Ele rejeita a Cristo e a vida eterna. Agarrou-se ao seu dinheiro e
com ele pereceu. Saiu triste e pior, por ter rejeitado a verdadeira riqueza, aquela que não
perece. O homem rico se torna o mais pobre entre os pobres.
Jesus não está condenando a riqueza, mas a confiança nela. A raiz de todos os males não
é o dinheiro, mas o amor a ele (1Tm 6.10). Há pessoas ricas e piedosas. O dinheiro é um
bom servo, mas um péssimo patrão. A questão não é possuir dinheiro, mas ser possuído
por ele.
1. A abnegação (10.28)
“Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos” (10.28).
Seguir a Cristo é o maior projeto da vida. Vale a pena abrir mão de tudo para ganhar a
Cristo. Ele é a pérola de grande valor.
2. A motivação (10.29)
Não basta deixar tudo por amor a Cristo, é preciso fazê-lo pela motivação certa. Jesus é
claro em sua exigência: “… por amor de mim e por amor do evangelho” (10.29).
Precisamos fazer a coisa certa com a motivação certa. O objetivo da abnegação não é
receber recompensa. Não servimos a Deus por aquilo que ele dá, mas por quem ele é
(Dn 3.16-18).
Muitos hoje pregam um evangelho de barganha com Deus. Você dá, para receber de
volta. Você oferece algo para Deus para receber uma recompensa maior. O homem
continua sendo o centro de todas as coisas. Mas Jesus fala que precisamos deixar tudo
por amor a ele e por causa do evangelho (At 20.24).
3. A recompensa (10.30)
Jesus garante aos seus discípulos que todo aquele que o segue não perderá o que
realmente é importante, quer nesta vida quer na vida por vir. Jesus fala de duas
recompensas e duas realidades.
Em segundo lugar, há uma recompensa futura. No mundo por vir, receberemos a vida
eterna. Esta é uma vida superlativa, gloriosa, feliz, onde não há dor, sem lágrimas, sem
morte. Receberemos um novo corpo, semelhante ao corpo da glória de Cristo.
Reinaremos com ele para sempre.
Em quarto lugar, há uma realidade surpreendente. Jesus foi categórico: “Porém muitos
primeiros serão últimos; e os últimos primeiros” (10.31). Para o público em geral, o rico
ocupa um lugar de proeminência e os pobres discípulos, o último lugar. Mas Deus vê as
coisas na perspectiva da eternidade – e o primeiro se torna o último enquanto o último
se torna o primeiro.[8]
CONCLUSÃO
Quanto você ganhará se fechar esse negócio? A vida eterna! Quanto perderá se deixar
de fechar esse negócio? Perderá a vida, o céu!
INTRODUÇÃO
Todo o contexto deste texto mostra que Jesus é a esperança dos desesperançados. O
impossível pode acontecer quando Jesus intervém. Ele acalmou o mar e fez cessar o
vento, quando os discípulos estavam quase a perecer (Mc 4.35-41). Ele libertou um
homem enjeitado pela família e pela sociedade de uma legião de demônios e fez dele
um missionário (Mc 5.1-20). Ele curou uma mulher hemorrágica, depois que todos os
recursos humanos haviam se esgotado (Mc 5.25-34). Agora, Jesus ressuscita a filha
única de um líder religioso, mostrando que ele também tem poder sobre a morte (Mc
5.35-43).
Jairo tinha uma causa urgente para levar a Jesus. Sua filhinha estava à morte. Lucas nos
informa que ela era filha única e tinha doze anos (Lc 8.42). Desta maneira a linhagem
de Jairo estava-se extinguindo.
Segundo o costume uma menina judia se convertia em mulher aos doze anos. Essa
menina estava precisamente no umbral dessa experiência. Era como uma flor que estava
secando antes mesmo de desabrochar plenamente.
Todos os outros recursos para salvar sua filha haviam chegado ao fim. Jairo, então,
busca a Jesus com um profundo senso de urgência. O sofrimento muitas vezes
pavimenta o nosso caminho para Deus. Ernesto Trenchard diz que a aflição é
frequentemente a voz de Deus. As aflições tornam-se fontes de bênçãos quando elas nos
trazem a Jesus.
Jairo crê que se Jesus for com ele e impor as mãos sobre sua filhinha ela será salva e
viverá. Jairo crê na eficácia do toque das mãos de Jesus. Ele confia que Jesus é a
esperança para a sua urgente necessidade.
II. JESUS VAI COM JAIRO LEVANDO ESPERANÇA PARA O SEU DESPERO
1. Quando Jesus vai conosco podemos ter a certeza que ele se importa com a nossa dor
Jesus sempre se importa com as pessoas: ele fez uma viagem pelo mar revolto à região
de Gadara para libertar um homem louco e possesso. Agora, ele caminha espremido
pela multidão para ir à casa do líder da sinagoga. Mas, no meio do caminho pára para
conversar com uma mulher anônima e libertá-la do seu mal.
Jesus se importa com você. Sua causa toca-lhe o coração. Warren Wiersbe diz que as
três palavras de Jesus neste episódio é que fazem toda a diferença.
Em primeiro lugar, a palavra da fé. “Não temas, crê somente” (5.36). Era fácil para Jairo
crer em Jesus enquanto sua filha estava viva, mas agora a desesperança bateu à porta do
seu coração. Quando as circunstâncias fogem do nosso controle, também somos levados
a desistir de crer.
Em segundo lugar, a palavra da esperança. “A criança não está morta, mas dorme”
(5.39). Para o cristão a morte é um sono passageiro, quando o corpo descansa e o
espírito sai do corpo (Tg 2.26), para habitar com o Senhor (2 Co 5.8) e estar com Cristo
(Fp 1.20-23). Não é a alma que dorme, mas o corpo que aguarda a ressurreição na
segunda vinda de Cristo (1 Co 15.51-58).
Em terceiro lugar, a palavra de poder. “Menina, eu te mando, levanta-te” (5.41). Toda
descrença e dúvida foram vencidas pela palavra de poder de Jesus. A menina levantou-
se não apenas da morte, mas também da enfermidade.
2. Quando Jesus vai conosco os imprevistos humanos não podem frustrar os propósitos
divinos
Enquanto a mulher com hemorragia recebe graça, o pai da moribunda vive o inferno,
diz Adolf Pohl. Jairo deve ter ficado aflito quando Jesus interrompeu a caminhada à sua
casa para atender uma mulher anônima no meio da multidão. Seu caso requeria
urgência. Ele não podia esperar. Mas Jesus não estava tratando apenas da mulher
enferma, mas também de Jairo. A demora de Jesus é pedagógica.
Algumas vezes parece que Jesus está atrasado. Os discípulos já tinham esgotado todos
os seus recursos, jogados de um lado para o outro por uma terrível tempestade no Mar
da Galiléia. Era a quarta vigília da noite e o naufrágio parecia inevitável. Mas quando a
desesperança parecia vencer, Jesus apareceu andando sobre as águas, trazendo vitória
para seus discípulos. Quando Jesus chegou à aldeia de Betânia, Lázaro já estava
sepultado há quatro dias. Marta pensou que Jesus estava atrasado, mas Jesus levantou
Lázaro da sepultura. Nada apanha Jesus de surpresa. Os imprevistos dos homens não
frustram os propósitos divinos. Os impossíveis dos homens são possíveis para ele.
Quando ele parece estar atrasado é porque está fazendo algo melhor e maior para nós.
Jairo recebe um recado de sua casa: sua filha já morreu. Agora é tarde, não adianta mais
incomodar o mestre. Na visão daqueles amigos as esperanças haviam se esgotado. Eles
pensaram: “há esperança para os vivos; nenhuma para os mortos”.
A causa parecia perdida. Jairo está atordoado e abatido. A última faísca de esperança é
arrancada do coração de Jairo. O mundo desabou sobre a sua cabeça. Uma solidão
incomensurável abraçou a sua alma. Mas Jesus, sem acudir às palavras dos mensageiros
que vinham da casa de Jairo, não reconhece a palavra da morte como palavra final,
contrapõe-lhe a palavra da fé e diz-lhe: “Não temas, crê somente”. Adolf Pohl diz que
no evangelho de Marcos a fé não resulta dos milagres, mas os milagres vêm da fé, sim,
do milagre da fé. Exatamente quando a fé se torna ridícula é que se torna séria.
Na hora que os nossos recursos acabam, Jesus nos encoraja a crer somente. As más
notícias podem nos abalar, mas não abalam o nosso Senhor. Elas podem pôr um fim nos
nossos recursos, mas não nos recursos de Jesus. Jesus disse para Marta: “Se creres verás
a glória de Deus”. As nossas causas irremediáveis e perdidas têm solução nas mãos de
Jesus.
A morte é o rei dos terrores, mas Jesus é mais poderoso do que a morte. As chaves da
morte estão na sua mão. Um dia ele tragará a morte para sempre (Is 25.8). A confiança
na presença, na promessa e no poder de Jesus é a única resposta plausível para a nossa
desesperança. Quantos as coisas parecem totalmente perdidas, com Jesus elas ainda não
estão perdidas. Deus providenciou um cordeiro para Abraão no Monte Moriá, abriu o
Mar Vermelho para o povo de Israel passar quando este estava encurralado pelos
egípcios. A palavra de Jesus ainda deve ecoar em nossos ouvidos: “Não temas, crê
somente”!
No meio da crise, a fé tem que sobrepor às emoções. C. S. Lewis diz que “o grande
inimigo da fé não é a razão, mas as nossas emoções”. Tanto Marcos como Lucas falam
do temor sentido por Jairo. Há algo temível na morte. Ela nos infunde pavor (Hb 2.15).
Quando Jairo recebeu o recado da morte da sua filha seu coração quase parou, seu rosto
empalideceu e Jesus viu a desesperança tomando conta do seu coração. Jesus, então, o
encoraja a crer, pois a fé ignora os rumores de que a esperança morreu.
4. Quando Jesus vai conosco não precisamos nos impressionar com os sinais da morte –
v. 39
Dewey Mulholland diz que os que estão ali lamentando, aqueles que informaram Jairo,
e os próprios pais, sabem que a criança está morta. Jesus diz que ela está apenas
dormindo, pois ele faz um prognóstico teológico e não um diagnóstico físico. Muitos
dizem que a morte é o fim. Mas a morte não é permanente. Do ponto de vista de Deus, é
um sono para o qual há um despertar. Mas Jesus promete mais do que isso. Embora
esteja morta, sua condição não é mais permanente do que o sono; ele vai trazê-la de
volta à vida. O culto à morte é declarado sem sentido e a morte denunciada. “Ela
morreu” é uma palavra à qual Deus não se curva. “Deus não é Deus de mortos, e sim de
vivos; porque para ele todos vivem” (Lc 20.38; Mc 12.27).
Os homens continuam divertindo-se, referindo-se a fé religiosa como se fosse uma
superstição ou um mito. Mas esse abuso não fez Jesus parar. Ao longo dos séculos os
incrédulos riram e escarneceram, mas Jesus continua operando milagres extraordinários,
trazendo esperança para aqueles que já tinham se capitulado ao vozerio estridente da
desesperança.
Nós olhamos para uma situação e dizemos: não tem jeito! Colocamos o selo da
desesperança e dizemos: impossível! Então, somos tomados pelo desespero e a nossa
única alternativa é lamentar e chorar. Mas Jesus olha para o mesmo quadro e diz: é só
mais um instante, isso é apenas passageiro, ainda não é o fim, eu vou estancar suas
lágrimas, vou aliviar sua dor, vou trazer vida nesse cenário de morte!
5. Quando Jesus vai conosco, a morte não tem a última palavra – v. 40-42
Os mensageiros que foram a Jairo e a multidão que estava em sua casa pensaram que a
morte era o fim da linha, uma causa perdida, um situação irremediável, mas a morte
também precisa bater em retirada diante da autoridade de Jesus.
Os que estavam na casa riram de Jesus. Nada sabiam do Deus vivo, por isso, riram o
riso da descrença. Mas Jesus entra na risada e a expulsa (5.40). Diante do coral da
morte, ergue-se o solo da ressurreição: “Tomando-a pela mão, disse: Talita cumi, que
quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e
pôs-se a andar…” (5.41-42). “Talita cumi” era uma expressão em aramaico, que a
pequena menina podia entender, pois o aramaico era a sua língua nativa. Assim Jesus
estava demonstrando a ela não apenas seu poder, mas também, sua simpatia e seu amor.
Jesus não usou nenhum encantamento nem palavra mágica. Somente com sua palavra
de autoridade, sem uma luta ofegante, sem meios nem métodos, se impõe à morte.
Diante da voz do onipotente Filho de Deus, a morte curva sua fronte altiva, dobra seus
joelhos e prostra-se, vencida, perante o criador!
Para Jesus não tem causa perdida. Ele dá vista aos cegos, levanta os paralíticos, purifica
os leprosos, liberta os possessos, ressuscita os mortos, quebra as cadeias dos cativos e
levanta os que estão caídos. Hoje ele dá vida aos que estão mortos em seus delitos e
pecados. Ele arranca os escravos do diabo do império das trevas e faz deles
embaixadores da vida. Ele arranca um ébrio, um drogado, um criminoso do porão de
uma cadeia e faz dele um arauto do céu. Ele apanha uma vida na lama da imoralidade e
faz dela um facho de luz. Ele apanha uma família quebrada e faz dela um jardim
engrinaldado e perfumado de singela alegria.
Aonde Jesus chega, entra a cura, a libertação e a vida. Onde Jesus intervém, o lamento e
o desespero são estancados. Diante dele, tudo aquilo que nos assusta precisa bater em
retirada. A morte com seus horrores não pode mais ter a palavra final. A morte foi
tragada pela vitória. Na presença de Jesus há plenitude de alegria. Só ele pode acalmar
os vendavais da nossa alma, aquietar nosso coração e trazer-nos esperança no meio do
desespero.
Marcos registra que imediatamente a menina se levantou e pôs-se a andar. A
ressurreição restaurou tanto a vida como a saúde. Nenhum resquício de mal, nenhum
vestígio de preocupação. O milagre foi completo, a vitória retumbante, a alegria
indizível.
CONCLUSÃO
Jesus é a esperança dos desesperançados. Ele mostrou isso para o homem que não podia
ser subjugado (5.1-20); para a mulher que não podia ser curada (5.25-34); e para o pai
que recebeu a informação de que não poderia mais ser ajudado (5.21-24,35-43).
Coloque a sua causa também aos pés de Jesus, pois ele ainda caminha conosco e tem
todo o poder para transformar o cenário de desesperança em celebração de grande
alegria.
O toque da fé
INTRODUÇÃO
Jesus foi expulso de Gadara, mas foi calorosamente recebido por uma multidão do outro
lado do mar, em Cafarnaum. A multidão o comprimia, mas apenas duas pessoas de
destacam nesse relato entrelaçado: Jairo e a mulher hemorrágica. Warren Wiersbe diz
que esses dois personagens ensinam-nos alguns contrastes:
1) Jairo era um líder da sinagoga; ela uma mulher anônima;
2) Jairo era um líder religioso; ela era excluída da comunidade religiosa;
3) Jairo era rico; ela perdera todos os seus bens em vão buscando saúde;
4) Jairo teve a alegria de conviver 12 anos com sua filhinha que agora está à morte; ela
sofre há 12 anos uma doença que a impede de ser mãe;
5) Jairo faz um pedido público a Jesus; ela aproxima-se de Jesus com um toque
silencioso e anônimo;
6) Jesus atende a ambos, mas a atende primeiro.
A mulher hemorrágica ensina-nos sobre as marcas de uma fé salvadora: 1) Uma fé
nascida do desengano (v. 26); 2) uma fé reflexiva (v. 28); 3) uma fé resoluta (v. 27); 4)
uma fé que estabelece contato com Cristo (v. 27); 5) uma fé sincera (v. 33); 6) uma fé
confessada em público (v. 33) e 7) uma fé recompensada (v. 34).
William Hendriksen comentando esse episódio, fala sobre três características da fé
dessa mulher: fé escondida, fé recompensada e fé revelada.
1. Um sofrimento prolongado – v. 25
Aquela mulher hemorrágica buscou a cura durante doze anos. Foi um tempo de busca e
de esperança frustrada. Foram doze anos de enfraquecimento constante; anos de
sombras espessas da alma, de lágrimas copiosas, de noites indormidas, de madrugadas
insones, de sofrimento sem trégua. Talvez você também esteja sofrendo há muito tempo
apesar de ter buscado solução em todos os caminhos. A Bíblia diz que a esperança que
adia adoece o coração (Pv 13.12).
O Talmud dava onze formas de cura para a hemorragia. Ela buscou todas. Ela procurou
todos os médicos. Aquela mulher gastou tudo que tinha com vários médicos. Era uma
mulher batalhadora e incansável na busca da solução para sua vida. Ela não era passiva
nem omissa. Ela não ficou amuada num canto reclamando da vida, antes correu atrás da
solução. Ela bateu em várias portas, buscando uma saída para o seu problema. Mas,
apesar de todos os seus esforços, perdeu não só o seu dinheiro, mas também
progressivamente a sua saúde. Ela ficava cada vez pior.
A sua doença era crônica e grave. A medicina não tinha resposta para o seu caso. Os
médicos não puderam ajudá-la.
Aquela mulher perdia sangue diariamente. Ela tinha uma anemia profunda e uma
fraqueza constante. O sangue é símbolo da vida. Seu diagnóstico era sombrio; ela
parecia morrer pouco a pouco; a vida parecia esvair-se aos borbotões do seu corpo. Ela
não apenas estava perdendo a vida, como não podia gerar vida. Seu ventre em vez de ser
um canteiro de vida, tinha se tornado o deserto da morte. Essa mulher havia chegado à
“estação desesperança”. Foi então que ouviu falar de Jesus.
A mulher hemorrágica enfrentou pelo menos três tipos de segregação, por causa da sua
enfermidade:
Em primeiro lugar, a segregação conjugal. Segundo a lei judaica, a mulher com fluxo de
sangue não podia relacionar-se com o marido. Se ela era solteira não podia casar-se; se
era casada, não podia relacionar-se com o marido e possivelmente seu casamento já
estava abalado. A mulher menstruada era niddah (impura) e proibida de ter relações
sexuais. Os rabinos ensinavam que se os maridos teimassem em relacionar-se com elas
nesse período, a maldição viria sobre os filhos. O rabino Yoshaayah ensinou que um
homem devia se afastar de sua mulher já quando ela estivesse próxima da menstruação.
O rabino Shimeon bar Yohai, ao comentar Levítico 15.31, afirmou que “ao homem que
não se separa da sua mulher perto da menstruação dela, mesmo que tenha filhos como
os filhos de Arão, estes morrerão”. Mulheres menstruadas transferiam sua impureza a
tudo que tocavam inclusive utensílios domésticos e seus conteúdos. Toda cama sobre
que se deitar durante os dias do seu fluxo e toda coisa sobre que se assentar será
imunda. Os rabinos decretavam que até o cadáver de uma mulher que morreu durante
sua menstruação devia passar por uma purificação especial com água.
Em segundo lugar, a segregação social. Uma mulher com hemorragia não podia
relacionar-se com as pessoas; antes, devia viver confinada, na caverna da solidão, no
isolamento, sob a triste realidade do ostracismo social. Essa mulher era tratada quase
como se estivesse com lepra. Por doze anos ela não pudera abraçar nenhum familiar
sem causar-lhe dano. Doze anos sem ir ao culto. Ela vivia possuída de vergonha, com a
auto-estima amassada. Por isso, chegou anonimamente para tocar em Jesus, como medo
de ser rejeitada, pois quem a tocasse ficaria cerimonialmente impuro.
Em terceiro lugar, a segregação religiosa. Uma mulher com fluxo de sangue não podia
entrar no templo nem na sinagoga para adorar. Ela estava proibida de participar do culto
público, visto que estava em constante condição de impureza ritual (Lv 15.25-33). Era
considerada impura, portanto, impedida de participar das festas e dos cultos.
1. Os nossos problemas não apenas nos afligem, eles também nos arrastam aos pés de
Jesus – v. 27
A mulher hemorrágica depois de procurar vários médicos, sem encontrar solução para o
seu problema, buscou a Jesus. Ela ouvira falar de Jesus e das maravilhas que ele fazia
(5.27). A fé vem pelo ouvir (Rm 10.17). O que ela ouviu produziu tal espírito de fé que
dizia para si: “Se tocar tão somente em seu manto ficarei curada” (5.28). Ele não
somente disse que seria curada se tocasse nas vestes de Jesus, mas de fato ela tocou e foi
curada. Por providência divina, às vezes, somos levados a Cristo por causa de um
sofrimento, de uma enfermidade, de um casamento rompido, de uma dor que nos aflige.
Essa mulher rompeu todas as barreiras e foi tocar nas vestes de Jesus.
A mulher ouviu sobre a fama de Jesus (5.27). Quando tudo parece estar perdido, ainda
há uma saída, com Cristo. Ela ouviu sobre a fama de Jesus: que ele dava vista aos cegos
e purificava os leprosos; que libertava os cativos e levantava os coxos; que ressuscitava
os mortos e devolvia o sentido da vida aos pecadores que se arrependiam. Então, ela foi
a Jesus e foi curada.
Jesus estava atendendo a uma urgente necessidade: indo à casa de Jairo, um homem
importante, para curar a sua filha que estava à morte; mas Jesus pára para cuidar dessa
mulher. Ela pode não ter valor nem prioridade para a multidão, mas para Jesus ela tem
todo o valor do mundo.
O jornal The American em abril de 1912 comentou o naufrágio do Titanic e noticiou em
uma página a morte de John Jacob Astor e mais de 1.800 pessoas. Só esse homem tinha
valor para o articulista do jornal. Para Jesus não é assim.
3. Quando nós tocamos as vestes de Jesus com fé, podemos ter a certeza da cura – v. 28,
29
No meio da multidão que comprimia a Jesus, a mulher tocou em suas vestes e ele
perguntou: “Quem me tocou nas vestes?” (5.30). O que houve de tão especial no toque
dessa mulher? Larry Richards destaca quatro características do toque dessa mulher nas
vestes de Jesus:
Em primeiro lugar, foi um toque intencional. Ela não tocou em Jesus acidentalmente;
ela pretendia tocá-lo.
Em segundo lugar, foi um toque proposital. Ela deseja ser curada do seu mal que a
atormentava há doze anos.
Em terceiro lugar, foi um toque confiante. Ela foi movida pela fé, pois acreditava que
Jesus tinha poder para restaurar sua saúde.
Em quarto lugar, foi um toque eficaz. Quando ela tocou em Jesus, ficou imediatamente
livre do seu mal. Sua cura com completa e cabal. Ela recebeu três curas distintas: A
primeira cura foi física. O fluxo de sangue foi estancado. A segunda cura foi emocional.
Jesus não a desprezou, mas a chamou de filha (5.34) e lhe disse: “Tem bom ânimo” (Mt
9.22). A terceira cura foi espiritual. Jesus lhe disse: “A tua fé te salvou” (5.34).
Jesus frequentemente estava no meio da multidão. Ele sempre a atraiu, não obstante a
maioria das pessoas que o buscava não tinha um contato pessoal com ele. Muitos
seguem a Jesus por curiosidade, mas não auferem nenhum benefício dele. Jesus conhece
aqueles que o tocam com fé no meio da multidão.
Agostinho comentando essa passagem disse que uma multidão o aperta, mas só essa
mulher o toca. Williams Lane disse corretamente: “foi o alcance de sua fé, e não o toque
de sua mão, que lhe assegurou a cura que buscava”. Não foi o toque da superstição, mas
da fé. Pela fé nós cremos, vivemos, permanecemos firmes, andamos e vencemos. Pela fé
nós temos paz e entramos no descanso de Deus. A multidão vem e a multidão vai, mas
só essa mulher o toca e só ela recebe a cura. Aos domingos, a multidão vem à igreja.
Aqui e ali alguém é encontrado chorando por seus pecados, regozijando-se em Cristo
pela salvação e então Jesus pergunta: quem me tocou?
Muitas pessoas vêm à igreja porque estão acostumadas a vir. Acham errado deixar de
vir. Mas estar em contato real com Jesus não é o que esperam acontecer no culto. Elas
continuam vindo e vindo até Jesus voltar, mas só despertarão tarde demais, quando já
estiverem diante do tribunal de Deus para darem contas da sua vida.
Alguns vêm para orar, mas não tocam em Jesus pela fé. Outros se assentam ao redor da
mesa do Senhor, mas não têm comunhão com Cristo. São batizados, mas não com o
batismo do Espírito Santo. Comem o pão e bebem o vinho, mas não se alimentam de
Cristo. Cantam, oram, ajoelham, ouvem, mas isso é tudo; eles não tocam o Senhor nem
vão para casa em paz.
Oh, possivelmente esse seja o maior número na igreja: é como a multidão que
comprime Jesus, mas não o toca pela fé. Vêm à igreja, mas não se encontram com Jesus.
Não abra mão de tocar hoje nas vestes de Jesus. Não se contente apenas em orar
mecanicamente, toque em Jesus pela fé. Não se contente em apenas ouvir um sermão,
toque hoje nas vestes de Jesus. A mulher hemorrágica não estava apenas no meio da
multidão que apertava Jesus, ela tocou em Jesus pela fé e foi curada! Seu toque pode ser
descrito de quatro formas:
Em primeiro lugar, ela tocou em Jesus sob grandes dificuldades. Havia uma grande
multidão embaraçando seu caminho. Ela estava no meio da multidão apesar de estar
doente, fraca, impura e rejeitada.
Em segundo lugar, ela tocou em Jesus secretamente. Vá a Jesus, mesmo que a multidão
não o perceba ou que sua família não saiba, pois ele pode libertar você do seu mal.
Em terceiro lugar, ela tocou em Jesus sob um senso de indignidade. Por ser
cerimonialmente impura, estava coberta de vergonha e medo. Conforme o ensinamento
judaico, o toque dessa mulher deveria ter tornado Jesus impuro, mas foi Jesus quem a
purificou.
Em quarto lugar, ela tocou em Jesus humildemente. Ela o tocou por trás,
silenciosamente. Ela prostrou-se trêmula aos seus pés. Quando nos humilhamos, Deus
nos exalta. Ela não tocou Pedro, João ou Tiago, mas Jesus e foi liberta do seu mal.
Jesus perguntou: “Quem me tocou nas vestes?” (5.30). Você pode ser uma pessoa
estranha para a multidão, mas não para Jesus. Seu nome pode ser apenas “alguém” e
Jesus saberá quem é você. Se você o tocar haverá duas pessoas que saberão: você e
Jesus. Se você tocar em Jesus agora, talvez seus vizinhos possam não ouvir isto, mas
isto será registrado nas cortes do céu. Todos os sinos da Nova Jerusalém irão tocar e
todos os anjos irão se regozijar (Lc 15.10) tão logo eles souberem que você nasceu de
novo.
O evangelista Lucas registra: “Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder”
(Lc 8.46). Talvez muitos não saberão o seu nome, mas ele estará registrado no Livro da
Vida. O sangue de Cristo estará sobre você. O Espírito de Deus estará em você. A
Bíblia diz que Deus conhece os que são seus (2 Tm 2.19). Se você tocar em Jesus, o
poder da cura tocará em você e você será conhecido no céu.
4. Aqueles que tocam em Jesus devem fazer isto conhecido aos outros – v. 33
Você precisa contar aos outros tudo o que Cristo fez por você. Jesus quer que você torne
conhecido aos outros o que ele fez em você e por você. Não se esgueire no meio da
multidão secretamente. Não cale a sua voz. Não se acovarde depois de ter sido curado.
Talvez você já conheça o Senhor há anos e ainda não o fez conhecido aos outros.
Rompa o silêncio e testemunhe! Vá e conte ao mundo o que Jesus fez por você. Saia do
anonimato! William Hendriksen diz que quando as bênçãos descem dos céus, elas
devem retornar em forma de ações de graça por parte dos que foram abençoados.
CONCLUSÃO
Jesus disse para mulher: “Vai-te em paz, e fica livre do teu mal” (5.34). A bênção com
que Jesus despediu a mulher é uma promessa para você agora. Talvez, você iniciou essa
leitura com medo, angústia e uma hemorragia existencial. Mas, agora, você pode voltar
para casa livre, curado, perdoado, salvo. Vai em paz e fica livre do seu mal!
INTRODUÇÃO
a) Honra militar – “Naamã, comandante do exército do rei da Síria… era ele herói de
guerra”. Ele era comandante em chefe das forças armadas da Síria. Ele era um herói
nacional. Sua farda estava cheia de condecorações. Seu nome ocupava as manchetes dos
jornais de Damasco. Ele o grande ídolo da nação. Era aplaudido nas praças. Seu nome
era tema de canções populares. Estava no topo da fama e da glória pessoa. Tinha
atingido o mais alto grau na carreira militar. Ele era o máximo.
b) Honra política – “Era grande homem diante do seu senhor”. Ocupava o primeiro
escalão do governo. Era o braço direito do rei. O homem de maior prestígio no palácio.
O homem forte da Síria. O responsável pelas vitórias militares e a mais estrela do seu
país.
c) Honra popular – “E de muito conceito”. Naamã era um homem admirado, amado,
aplaudido, de sucesso e total aprovação popular. O povo o tinha em alta conta. Ele era
um vitorioso. Seu caminho era pontilhado de sucesso. O próprio Deus que ele não
conhecia o abençoava em suas esplêndidas vitórias.
I. UM GRANDE SOFRIMENTO – V. 1
· “… Porém, leproso”.
1. O sofrimento da doença – v. 1
· Naamã tinha sucesso público, mas fracasso pessoal.
· Naamã era um vencedor, um herói, um grande homem em público, mas no recesso do
seu lar, na intimidade, quando tira a armadura era um leproso.
· Talvez esse seja o retrato da sua vida: você também é um vencedor no seu trabalho,
nos seus estudos, na sua empresa. Você é reconhecido. Tem diplomas, sucesso
financeiro. É amado e prestigiado. Passou em todas as provas e concursos, mas você
tem uma lepra dentro de você. Sua lepra não é física, é espiritual.
· A lepra tinha cinco características:
a) A lepra separa – O leproso tinha que ser tirado da família, da sociedade e jogado
numa caverna ou numa aldeia de leprosos. O pecado separa você de Deus.
b) A lepra insensibiliza – A lepra deixa a pessoa insensível. Assim é o pecado. Ele
endurece, cauteriza, calcifica a alma.
c) A lepra deforma – A lepra deixa marcas e deformidades. Ela mutila e deixa cicatrizes
profundas. Assim é o pecado. Ele deixa marcas profundas na mente, na alma, no corpo.
d) A lepra contamina – A lepra é contagiosa. O pecado também contamina. Ele pega.
Fuja de más influências, de lugares perigosos.
e) A lepra mata – A lepra era uma doença incurável. O pecado é uma doença mortal.
2. O sofrimento da duplicidade – v. 1
· Naamã era um herói de guerra lá fora, mas dentro de casa era um leproso. No recesso
do lar, não podia abraçar sua esposa nem colocar seus filhos no colo. Lá fora um
vencedor, em casa um doente derrotado.
· Talvez esta é sua situação. Tem fama de um homem de Deus, piedoso, de uma mulher
de oração, de um jovem puro, mas dentro de seu lar, você é outra pessoa. Vive com
máscara. Vive de aparência. Na igreja tem cara de gente santa, mas dentro de casa, na
rua você vive alimentando seu coração de impureza. Lá fora um herói, dentro de casa,
um leproso.
3. O sofrimento da impotência – 1
a) A medicina tem limitações (v. 7) – A lepra era como a própria morte, só Deus podia
reverter a situação. O rei de Israel rasgou suas roupas porque sabia que nenhum recurso
da medicina podia reverter àquela situação.
b) O dinheiro tem limitação (v. 5) – O dinheiro não compra tudo. O seu dinheiro pode
lhe comprar remédio, mas não saúde. Pode lhe comprar uma casa nova, mas não um lar.
Pode lhe dar conforto, mas não felicidade.
c) A política tem limitações (v. 5,7) – O poder político não resolve todos os problemas.
O rei da Síria pensou que podia resolver o problema da lepra com uma canetada. A
agenda de Deus não está nas mãos dos poderosos.
2. Pensar que as bênçãos de Deus podem ser compradas com dinheiro – v. 5,15,16
· Naamã levou 350 Kg de prata, muito ouro e dez vestes festivais. Mas a graça de Deus
não tem preço. A cura e a salvação não podem ser compradas com ouro ou prata.
· Eliseu não se impressionou com a riqueza da comitiva de Naamã. Depois que Naamã
foi curado, ele não aceitou os presentes de Naamã. Salvação não é um negócio. A graça
de Deus não é um produto. O evangelho não é uma mercadoria. A igreja não é uma
empresa.
· O céu é de graça. As bênçãos de Deus não são vendidas. Os religiosos que
comercializam o sagrado são filhos de Geazi e não discípulos de Eliseu.
3. Pensar que no Reino de Deus as glórias humanas podem nos colocar em posição
especial – v. 9-12
· Naamã esperou que Eliseu saísse ao seu encontro com reverência, colocando tapete
vermelho para ele pisar. Ele queria ser honrado. Ele estava acostumado a ser estrela. Ele
não queria descer do seu pedestal.
· Mas Eliseu nem saiu de casa para recebê-lo. Mandou-lhe um recado. Não o bajulou.
Naamã ficou furioso ao não ser recebido com pompas.
1. Uma menina escrava pode ser usada por Deus para a salvação do homem mais
poderoso da Síria – v. 2,3
Ø Deus ama a todos, os poderosos, os reis, os ricos, os generais, os imperadores, os que
estão no trono com o cetro do poder nas mãos.
Ø Naamã adorava o deus Hinon. Ele era um homem idólatra, pagão. Politicamente
inimigo de Israel. Talvez hoje alguns pregadores dissessem para ele: 1) Você precisa
primeiro queimar suas imagens de Hinon; 2) Você precisa fazer uma oração de renúncia
e rejeitar os pactos que você fez.
Ø O milagre de Deus começou quando essa menina escrava se colocou nas mãos de
Deus para testemunhar. Para isso, ele venceu três barreiras:
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
· Enquanto Davi calou o seu pecado, a sua vida murchou, os seus ossos secaram,a
alegria de salvação foi embora, porque a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de
noite.
· Não há libertação, cura nem restauração, onde não há arrependimento.
3. O terceiro passo da restauração é confessar que tudo isso é feito contra Deus e diante
de Deus – v. 4
· Davi pecou contra Bate-Seba, contra Urias, contra sua família, contra a nação, contra
os homens que foram mortos na batalha, mas ele confessa: “Contra ti somente pequei”.
· Por que contra Deus? Porque sempre que pecamos contra alguém, estamos pecando
contra Deus que criou esse alguém. Estamos ferindo alguém amado por Deus. Estamos
nos intromentendo na obra da criação e da providência de Deus.
· Davi violou sua consciência, desobedeceu a Palavra, ultrajou a santidade de Deus,
escarneceu do seu amor, pisou a sua graça, cuspiu em sua bondade.
· Sempre que pecamos, nos insurgimos contra Deus.
CONCLUSÃO
DATA: 01/05/2005
ESTUDO:
INTRODUÇÃO
1. Segundo os historiadores católicos já tivemos 266 papas. A morte de João Paulo II, o
terceiro mais longo pontificado da história, reacendeu na mente do povo o dogma da
legitimidade e infalibilidade do papa. 200 chefes de Estado estiveram no funeral, que foi
acompanhado por mais 2 milhões de pessoas. A imprensa deu larga cobertura à questão
do pontificado romano.
2. Em virtude desse momento de transição, urge-se esclarecer essa momentosa questão à
luz das Escrituras e da História.
3. A Igreja Católica Apostólica Romana não é um seguimento legítimo do Cristianismo
Bíblioc – Precisamos iniciar com uma questão de definição. O nome Igreja Católica
Apostólica Romana é uma impropriedade gritante: Ela não é igreja, nem católica, nem
apostólica. É apenas Romana. Calvino diz: “Roma não é uma igreja e o papa não é um
bispo. Não pode ser mãe das igrejas, aquela que não é igreja, e nem pode ser príncipe
dos bispos, aquele que não é bispo.” (Institutas p. 903).
4. O catolicismo romano não é a primeira igreja cristã – A igreja cristã, de onde
procedem todas as outras. Até o quarto século não havia denominações. O catolicismo
romano é um desvio da religião cristã e a Reforma uma volta ao cristianismo bíblico.
5. O papado é a espinha dorsal do catoliscimo romano – Todo o edifício está construído
sobre um falso fundamento de que Pedro é a pedra sobre a qual a igreja de Cristo está
fundada e que Pedro foi o primeiro papa e que os papas são sucessores legítimos de
Pedro.
6. Neste estudo vamos examinar esse importante assunto à luz da Bíblia, da teologia e
da história.
1. O texto básico usado para provar o primado de Pedro está mal interpretado pelo
catolicismo romano
Para os romanistas, Mateus 16:18 é a carta magna do papado. Três são interpretações
sobre quem é a pedra: 1) Pedro; 2) A declaração de Pedro; 3) Cristo.
Vamos examinar este texto deticadamente para tirarmos nossas conclusões:
2. A afirmação de que Cristo entregou as chaves do Reino apenas para Pedro está
equivocada
1) Pedro não nomeia apóstolo para o lugar de Judas – O único caso de substituição de
apóstolo, Matias no lugar de Judas, não foi uma escolha de Pedro (At 1:15-26).
2) Pedro obedece ordens dos apóstolos – Pedro é enviado juntamente com João pelos
apóstolos a Samaria em vez de Pedro enviar alguém. Ele obedece ordens, em vez de dar
ordens (At 8:14-15).
3) Pedro não dirige o primeiro concílio da igreja – As decisões doutrinárias da igreja
não decidas por Pedro. Ainda, o primeiro concílio da igreja cristã em Jerusalém foi
dirigido por Tiago e não por Pedro (At 15:13-21).
4) Todas as vezes que os discípulos discutiram quem era o mais importante entre eles,
recebeu de Cristo severa exortação – Em três circunstâncias os discípulos discutiram a
questão da primazia entre eles, e Cristo os repreendeu (Mc 9:35; Mt 20:25-28; Lc
22:24).
5) O ministério de Pedro foi designado por Deus como dirigido principalmente aos
judeus e não aos gentios – O apóstolo dos gentios foi Paulo enquanto Pedro foi o
apóstolo dos judeus (Gl 2:7-8).
6) Pedro não é primaz de Jerusalém – Paulo o chama de coluna da igreja, juntamente
com outros apóstolos, mas não o menciona em primeiro lugar (Gl 2:9).
7) O pastor das igrejas gentílicas não é Pedro e sim Paulo – Paulo não se considera
inferior a nenhum apóstolo (2 Co 12:11) e diz que sobre ele pesa a preocupação com
todas as igrejas (2 Co 11:28).
8) Pedro é repreendido pelo apóstolo Paulo – Pedro tornou-se repreensível em
Antioquia, no que é duramente exortado por Paulo (Gl 2:11-14).
9) No Novo Testamento os apóstolos se associam como iguais em autoridade –
Nenhuma distinção foi feita em favor de Pedro (1 Co 12:28; Ef 2:20). Paulo não deu
prioridade a Pedro quando combateu a primazia dada por um grupo a Pedro,
equiparando-o a si e a Apolo, dando suprema importância apenas a Cristo (1 Co 1:12).
1) Pedro não aceitou veneração de homens – Quando Cornélio ajoelhou diante de Pedro,
e o adorou, ele imediatamente Pedro o levantou e disse: “Ergue-te, que eu também sou
homem” (At 10:26). Nem mesmo Pedro tentou perdoar pecados (At 8:22).
2) Pedro autodenominou-se apenas servo e apóstolo de Cristo – Quando Pedro escreveu
suas cartas, se fosse papa, teria que defender seu primado, mas não o fez (1 Pe 1:1; 2 Pe
1:1).
3) Pedro considerou-se presbítero entre e não acima dos demais – Pedro reprovou a
atitude de dominar sobre o rebanho e chamou a si mesmo de presbítero entre e não
acima dos demais (1 Pe 5:1-4).
6. Pedro não foi bispo da Igreja de Roma e possivelmente nem tenha estado em Roma
· De acordo com a tradição do catoliscimo romano, Pedro foi bispo da igreja de Roma,
25 anos, de 42 a 67, quando foi crucificado de cabeça para baixo por ordem de Nero.
1) A Bíblia não tem nenhuma palavra sobre o bispado de Pedro em Roma – A palavra
Roma aperece apenas 9 vezes na Bíblia e Pedro nunca foi mencionado em conexão com
ela. Não há nenhuma alusão a Roma em nenhuma de suas epístolas. O livro de Atos
nada mais fala de Pedro depois de Atos 15, senão que ele fez muitas viagens com sua
mulher (1 Co 9:5). A versão católica Confraternity Version traduz esposa por irmã, mas
a palavra grega é gune e não adelphe.
2) Não há nenhuma menção de que Pedro tenha sido o fundador da igreja de Roma –
Possivelmente os romanos presentes no Pentecoste (At 2:10-11) foram os fundadores da
igreja.
3) No ano 60 d.C., quando Pedro escreveu sua primeira Carta, não estava em Roma –
Pedro escreveu essa carta do Oriente e não do ocidente – Ele estava na Babilônia,
Assíria e não em Roma (1 Pe 5:13). Flávio Josefo diz que na província da Babilônia
havia muitos judeus.
4) Paulo escreve sua carta à igreja de Roma em 58 d.C. e não menciona Pedro
· Nesse período, Pedro estaria no auge no seu pontificado em Roma, mas Paulo não
dirige sua carta a Pedro e dirige a carta à igreja como seu instrutor espiritual (Rm 1:13).
· No capítulo 16, Paulo faz 26 saudações aos mais destacados membros da igreja de
Roma e não menciona Pedro.
· Se Pedro já era bispo da igreja de Roma há 16 anos (42-58), porque Paulo diz:
“Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para
que sejais confirmados” (Rm 1:11)? Não seria um insulto gratuito a Pedro? Não seria
presunção de Paulo com o papa da igreja?
· Se Pedro fosse Papa da igreja de Roma por que Paulo diz que não costumava edificar
sobre o fundamento de outrem: “esforçando-me deste modo por pregar o evangelho, não
onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15:20)?
Paulo diz isso que Pedro não estivera nem estava em Roma.
6) Não há nenhum fato bíblico ou histórico em que Pedro transfira seu suposto posto de
papa a um outro sucessor
· Não apenas está claro à luz da Bíblia e da história que Pedro não foi papa, como
também não há nenhuma evidência bíblica ou histórica de que os papas são sucessores
de Pedro.
1) O papa usurpa o lugar de Deus Pai, quando se chama Papa, pai da igreja – A palavra
papa, significa pai e nesse sentido Jesus disse que não podemos chamar a ninguém de
pai (Mt 23:9).
2) O papa usurpa o lugar de Deus Pai, quando se diz infalível – o dogma romano diz
que o papa, ao falar ex cathedra é infalível. Como pode ser infalível aquele que criou
tantos dogmas contrários às Escrituras: veneração de imagens, intercessão pelos mortos,
canonização de santos, confessionário, transubstanciação, purgatório, confessionário,
culto a Maria, etc. Em 1870, no concílio vaticano, foi firmado o dogma da infalibilidade
do papal.
2) O papa usurpa o lugar de Cristo quando se diz Sumo Pontífice – A palavra sumo
significa supremo e pontífice, vindo do latim pontifix = construtor de pontes. Sumo
pontífice é supremo mediador. Isso contraria o ensino bíblico de 1 Tm 2:5; Jo 14:6.
3) O papa usurpa o lugar de Cristo quando se diz cabeça e chefe da igreja – A teologia
do catolicismo romano ensina que o papa é o cabeça e chefe da igreja militante,
purgante e triunfante. Isso contraria o ensino da Bíblia (Ef 1:22; 5:23). O próprio Pedro
chama Jesus de supremo pastor (1 Pe 5:4). Se a igreja pode ter duas cabeças, então a
mulher pode ter dois maridos (Ef 5:23).
4) O papa usurpa o lugar de Cristo quando reinvindica preeminência jurisdicional – O
único que têm preeminência na igreja é Cristo (Cl 1:18).
1) O papa usurpa o lugar do Espírito Santo quando ele se diz o Vigário de Cristo na
terra – a palavra vigário significa substituto. O substituto de Cristo é o Espírito Santo e
não o papa (Jo 14:16,17,26; 15:26; 16:7-11,13).
2) A presença de Cristo no meio da igreja (Mt 18:20; 28:20) dá-se não pela presença do
papa, mas pela presença do Espírito Santo – O papa está em Roma, não tem a
capacidade de estar em todo lugar, em todo o tempo. Mas o Espírito Santo sim, está em
nós e conosco, sempre!
3) A Bíblia fala de um vigário espúrio de Cristo – O anticristo também é um subsituto
espúrio de Cristo (2 Ts 2:4,9,10). O prefixo anti = am vez de, em lugar de. O papa está
mais para o papel de anticristo, do que para o papel de legítimo substituto de Cristo,
uma vez que esse é o papel do Espírito Santo.
1. Até o quarto século a igreja cristã nada tinha a ver com o catolicismo romano
· A igreja primitiva ou cristã não era romana. Não havia nenhuma denominação. A
igreja era fiel à doutrina apostólica. Era uma igreja ortodoxa, fiel, santa e mártir.
· John Wycliff considerou o bispo de Roma não como vigário de Cristo, mas como o
homem do pecado.
· John Huss acusou os doutores da igreja de colocar o papa em paridade com o Espírito
Santo.
· Lutero dizia que as falsas pretenções do papa concorda tanto com o governo dos
apóstolos como Lúcifer com Cristo, o Inferno com o céu, a noite com o dia.
· Calvino entendiam que o papa é uma figura do anticristo.
· Tyndale chamava o papa de anticristo e o catolicismo romano como a prostituta de
Babilônia.
· O prefácio da Bíblia King James, 1611, chama o papa de “o homem do pecado”.
· A Confissão de Fé de Westminster fala que o papa é o anticristo, o homem do pecado,
o filho da perdição.
CONCLUSÃO
Um retrato da igreja
Ø Este texto serve para nós de um modelo para entendermos o que é a igreja.
Ø Vivemos numa época de despersonalização, de massificação. A igreja, porém, é lugar
onde pulsa a vida de Deus.
CONCLUSÃO
Esta é a família de Deus. Lugar de comunhão, de vida, onde Deus há de ordenar a sua
vida e a sua bênção. Esteja conosco. Não se afaste como Demas. Não se ausente como
Tomé. Caminhe conosco até entrarmos juntos em Sião. Ninguém deverá ficar para trás.
2. Soberania de Deus
2.1. Princípio regulador puritano = “A glória de Deus” = casavam, trabalhavam,
comiam, descansavam, escolhiam profissão, pregavam, criavam filhos, educavam,
ganhavam dinheiro, gastavam – tudo para a glória de Deus (corrigir a falta de temor a
Deus).
2.2. Soberania na salvação = TULIP (corrigir um evangelho centrado no homem para
melhorá-lo, fazê-lo sentir-se bem – Antigo X Novo Evangelho).
2.3. Soberania nos acontecimentos – Providência = (corrigir distorção da teologia da
prosperidade) Ter X Ser = Abrão era e tinha; Elias era e não tinha; outros têm, mas não
são.
Referência: JOÃO 11
As crises são inevitáveis = Lázaro mesmo sendo amigo de Jesus, amado por Jesus, ficou
doente.
As crises podem aumentar = Lázaro procurou todos os recursos, inclusive Jesus, mas
chegou a morrer. Parece que tem hora que uma tempestade desaba sobre a nossa cabeça.
Nosso lar é fuzilado com artilharia pesada. Perdas. Prejuízos. Acidentes. Luto. Oramos
e nada acontece. Aliás, piora. Queremos alívio e a dor aumenta. Queremos subir, e
afundamos ainda mais.
Este texto fala-nos de Jesus: sua amizade, onisciência, coragem, compaixão, ira e seu
poder. Este é o retrato de Deus. Este é o nosso assunto.
Elas sabiam que Jesus viria. Sabiam que Jesus as atenderia. Sabiam que bastava este
recado para mover e remover Jesus. Bastava este recado para que Jesus mudasse toda a
sua agenda e todo o seu calendário.
Isso era o panlógico. O óbvio. O normal. O previsível. O natural. Ilustração:
ANDREWS FALA DE DOIS AMIGOS QUE LUTARAM JUNTOS NA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL – “Eu sabia que você viria…”
Aos invés de cancelar seus programas e ir logo a Betânia, manda um recado para Marta
e Maria que aquela enfermidade não era para a morte, e Lázaro morreu!
Marta entra em angústia com a situação. Sua fé vacila. Passa por três provas:
d) Ausência de Jesus = Todos podiam ter faltado, menos Jesus. “Senhor, se estiveras
aqui, meu irmão não teria morrido.”
e) A demora de Jesus = Jesus não teve pressa. Adiou a viagem.
f) A morte de Lázaro = Agora não adianta mais. Agora é tarde. Agora não tem mais
jeito.
Marta não crê no Jesus que age AGORA = PRESENTE. Então Jesus lhe diz EU SOU –
v. 25
Coré também enfrentou este problema da demora de Deus. “Onde está o teu Deus?” =
Seus inimigos punham o seu Deus no banco dos réus e perguntavam-lhe: “Onde está
Deus que não evitou a tragédia, o acidente, o prejuízo, a doença, a morte…?”
Talvez essa é a sua angústia = Você tem orado pelo seu casamento e o vê mais perto da
dissolução. Você tem orado pelo seu cônjuge e o vê mais insensível. Você tem orado
pelos seus filhos e eles continuam mais distantes de Deus. Você tem orado pelo seu
emprego e ele ainda não surgiu. Você tem orado por um namorado(a) crente e ele(a) não
aparece. Você tem orado pela sua igreja e ainda há corações duros como uma pedra que
resistem ao Senhor.
Os olhos daquele que vira Adão escondido no Éden; os olhos daquele que vira a
intenção dos construtores de Babel. Os olhos daquele que sonda os corações estava
atento ao seu amigo Lázaro. Nada escapa ao seu controle. Aquele enfermidade era para
a glória de Deus. Ressuscitar um morto é algo mais estupendo do que curar um
enfermo. Ressuscitar um morto de quatro dias é mais extraordinário do que ressuscitar
um que acabou de morrer. Os discípulos creriam. Marta e Maria seriam consoladas.
Jesus não age pela pressão, pelo calendário humano. Ele sai da Galiléia certo de que
seria preso, morto, crucificado. Mas nada o detém. Ele não levou em conta a vergonha
da cruz.
V. O CHORO DE JESUS – v.
Jesus não o Deus distante dos DEITAS; nem o Deus impessoal dos PANTEISTAS; nem
o Deus iracundo e caprichoso dos FEITICEIROS; nem o Deus fatalista dos ESTOICOS;
nem o Deus bonachão dos EPICUREUS. Jesus não é o Deus morto, fixado na madeira,
na pedra, no mármore, carregado no ombro pelos seus fiéis. Jesus não é o Deus
legalista, xerife cósmico dos FARISEUS.
Jesus é o Deus que sofre conosco. Que chora pela nossa dor. Ele é o Deus que vê, que
ouve, que sente e que intervém.
Jesus sabe o que é a dor do sem teto = pois ele não tinha onde reclinar a cabeça. Jesus
sabe o que é dor da pobreza. Ele conhecia a linguagem dolorida do salário mínimo.
Jesus sabe o que é a dor da solidão = Nas horas mais difíceis ele estava só. No
Getsêmani foi deixado só. Para a cruz foi só. Todos o deixaram.
Jesus sabe o que é a dor da perseguição = Perseguido pelo diabo, pelo sanguinário
Herodes, pelos fariseus e pelos escribas.
Jesus sabe o que é a dor da traição = Traído pela multidão que o aplaudiu. Traído por
Judas, seu amigo. Negado por Pedro, seu apóstolo.
Jesus sabe o que é a dor da humilhação = Preso, espancado, cuspido, rasgado, pregado
na cruz debaixo de zombaria.
Jesus sabe o que é a dor da enfermidade = Ele tomou sobre si nossas enfermidades e
nossas dores.
Jesus sabe o que é a dor da morte = Ele mergulhou a sua alma na morte para matar a
morte com a sua morte e tirar o aguilhão da morte com a sua ressurreição.
Jesus solidarizou-se com a sua dor. Ele sofre com você. Ele chora com você. Ele tem
compaixão de você. Descem lágrimas dos olhos de Deus. Ele se sensibiliza com os
nossos sofrimentos e traumas. É um Deus apaixonado. Isso terapeutiza a minha dor.
“Ele se agitou em espírito” = Jesus se revolta contra as causas que nos fazem sofrer. Ele
sentiu náuseas da morte. Sua ira acendeu-se contra o pecado, que é a causa primeira da
morte. Sentiu indignação contra os efeitos terríveis do pecado.
Choro por ter chamado Lázaro do descanso do paraíso, para uma realidade terrena, onde
está presente o mal e o pecado.
A palavra impossível não tem no dicionário de Jesus. Ele é o Senhor das causas
perdidas.
Lázaro já está morto há quatro dias: MORTO = sem vida; GELADO = sem calor;
SEPULTADO = preso entre quatro paredes; JÁ CHEIRA MAL = decomposição;
ATADO = preso e imobilizado.
Marta vacila na fé. Agora não adianta mais. Já cheira mal. É caso perdido.
SE CRERES VERÁS A GLÓRIA DE DEUS = Crer para ver e não ver para crer.
A onipotência divina não anula a responsabilidade humana = TIRAI A PEDRA (V. 39)
+ DESATAI-O E DEIXAI-O IR (v. 44). Deus fez o impossível, mas o homem deve
fazer o possível.
A ordem para a morte: “LÁZARO, VEM PARA FORA!” = A morte lhe obedece. Os
mortos ouvem a sua voz. Jesus é especialista em causas perdidas. Qual é a sua causa
perdida? Conversão familiares? Restauração do casamento? Cura de uma enfermidade?
Um novo emprego? Uma igreja mais santa, amorosa e dinâmica?
CONCLUSÃO
Idolatria
Santidade do sexo
7. O alerta de Paulo
7.1. Aos Romanos – Rm 1.24-28
7.2. Aos Gregos – I Ts 4.1-8
1. O sexo foi criado pelo Deus santo – Gn 1.27-28; I Co 12.18 = Tudo que Deus faz é
santo. Deus criou as partes do corpo e não criou algumas boas e outras más. O sexo é
ordenado antes do pecado. O fruto proibido não é o sexo.
2. O sexo é bom – Gn 1.31
3. O sexo é recomendado por Deus – Gn 2.22-25; 4.1
4. Jesus ratifica a santidade do sexo – Mt 19.5
5. O sexo no casamento é honroso – Hb 13.4 = A palavra grega é “KOITE”= coabitar –
“O coito no casamento é honroso e sem mácula.”
6. O sexo no casamento é importante e traz felicidade – Dt 24.5 = um ano de lua de mel
7. O sexo no casamento é para prazer do casal – Pv 5.15-21; Ec 9.9
8. O sexo no casamento requer carícias – Gn 26.8; Ef. 5.29 (I Ts 2.7)
9. O sexo no casamento requer entrega – I Co 7.3-5
1. O amor tem gosto – Ct 1.2 (Sl 104.15) = O amor conjugal deve ser um banquete de
alegria e prazer. O amor é delicioso Ct 7.6
b) Tais pessoas parecem desafiar as estações do ano – A figueira produz os frutos antes
das folhas. Certas pessoas parecem muito adiantadas em comparação com as pessoas ao
seu redor, mas é só fachada, só aparência.
d) Tais pessoas usualmente atraem a atenção dos outros – Segundo Mc 11.14 Nosso
Senhor viu de longe essa árvore. As demais árvores ainda não tinham folha. Essa árvore
era a única que estava em destaque. Essas pessoas não têm nenhuma modéstia, tocam
trombetas e anunciam frutos que não possuem.
e) Tais pessoas não somente atraem o olhar, como também freqüentemente atraem o
convívio de homens bons – Jesus e os discípulos foram até a figueira. Ela os atraiu.
Existem pessoas que fascinam outras pela sua super-espiritualidade de trombeteiam.
Parecem ser piedosos, fervorosos, mas é só folhas.
a) Ele procurará fruto – Ele perscruta profundamente a nossa vida para ver se tem fruto,
alguma fé genuína, algum amor verdadeiro, algum fervor na oração. Se ele não ver
frutos não ficará satisfeito.
b) Jesus tem o direito de esperar fruto quando Ele vem procurá-lo – Ele tinha direito de
encontrar fruto porque o fruto aparece primeiro, depois as folhas. Aquela árvore estava
fazendo propagando de algo que ela não possuía. Jesus tem encontrado fruto em você?
Conforme João 15.8 o Pai é glorificado quando produzimos muito fruto e essa é a prova
de que somos discípulos de Jesus.
c) Fruto e o que o Senhor deseja ardentemente – Jesus teve fome. Ele procurava fruto e
não folhas. Ele não se satisfaz com folhas. Ele sente necessidade de sermos santos.
d) Quando Jesus se aproxima de uma alma Ele se aproxima com discernimento agudo –
Dele não se zomba. A Ele não podemos enganar. Já pensei ser figo aquilo que não
passava de folha. Mas Jesus não comete engano. Ele não julga segundo a aparência.
III. O Resultado da vinda de Cristo será terrível para quem fez uma profissão fervente,
mas sem fruto
a) Onde deveria achar fruto, achou somente folhas – Se eu professo a fé sem a possuir
não se trata de uma mentira? Se eu professo arrependimento sem tê-lo não é uma
mentira? Se eu participo de ceia, mas estou em pecado e não amo aos meus irmãos não
é isso uma mentira? A profissão de fé sem a graça divina é a pompa funerária de uma
alma morta.
b) Jesus condenou a árvore infrutífera – Jesus não apenas a amaldiçoou, ela já era uma
maldição. Ela não servia para o revigoramento de ninguém.
c) Ele pronunciou a sentença contra ela – A sentença foi fica como está, estéril, sem
fruto. Continue sem a graça. Jesus dirá no dia final APARTAI-VOS para aqueles que
viveram a vida toda apartados. Continue o imundo sendo imundo.
INTRODUÇÃO
• A vida dos dois primeiros reis de Israel tem muitas lições a nos ensinar. Havia
diferenças gritantes entre esses dois líderes. Mas vamos ver primeiro suas semelhanças:
a) O nome de ambos tinha forte significado – Davi (amado por Deus); Saul (pedido a
Deus).
b) Ambos tinham boa aparência – Davi era ruivo, tinha belos olhos e era formoso. Saul
era forte e muito belo, e sobressaía a todos do ombro para cima.
c) Ambos foram ungidos reis por intermédio do profeta Samuel – Ambos reinaram
quarenta anos.
• Muitas foram as diferenças entre esses dois reis, esses dois líderes. Eles tomaram
caminhos diferentes, fizeram coisas diferentes, viveram de forma diferente, colheram
resultados diferentes e morreram de forma diferente.
• Nesta mensagem vamos explorar essas diferenças e extrair lições para a nossa vida:
I. A ESCOLHA DIVINA
• Davi foi escolhido por Deus, Saul foi pedido pelos homens, fora da hora e da
prioridade de Deus. Saul foi pedido porque o povo rejeitou a Deus; Davi foi escolhido,
porque Saul rejeitou a Deus.
2. 1 Samuel 15.9 – Saul desobedece mais uma vez. Deus deu uma ordem para ele
destruir tudo dos amalequitas, mas ele não cumpriu a ordem de Deus.
• Vejamos o que Deus disse dessa atitude de Saul: 1 Samuel 15.10-23:
a) Arrependendo-me de ter constituído Saul como rei porque deixou de me seguir e
cumprir as minhas palavras;
b) A rebelião é como o pecado da feitiçaria;
c) Visto que rejeitaste as palavras do Senhor, ele também te rejeitou a ti para que não
seja rei.
INTRODUÇÃO
1. Nossa nação está vivendo uma profunda crise institucional. As CPI’s estão abrindo as
entranhas infectas das instuituições políticas. O parlamento está nu. O governo
cabisbaixo. A nação está coberta de vexame e opróbrio.
2. A crise política e moral chegou a níveis insuportáveis. A crise espiritual não é menor.
O enriquecimento ilícito em nome da fé tornou-se notícia quente da imprensa brasileira.
Homens maus escondem-se atrás dos púlpitos e fazem da igreja uma empresa, do
púlpito um balcão, do evangelho um produto e dos crentes incautos consumidores.
3. A nação de Israel também estava em crise semelhante. Dos seis reis que haviam
precedido a Acabe dois haviam sido assassinados e outro havia se suicidado.
4. Israel teve 19 reis, em 8 dinastias. Nenhum deles andou com Deus. Acabe é o pior de
todos. Se isso não bastasse, ele casou-se com a pior mulher do mundo: assassina,
feiticeira e mandona. Jezabel foi a mulher que disseminou em Israel o culto a baal.
5. É nesse contexto que Deus levanta um homem. Em tempo de crise Deus não levantou
uma denominação, um partido, mas um homem.
- A mensagem de Elias é urgente, contundente, poderosa. Não vai chover durante três
anos e meio, segundo sua palavra. Isso seria quebrar a espinha dorsal da credibilidade
de baal.
- A origem de Elias é um golpe no orgulho dos poderosos. Ele vem de Tisbé, um lugar
obscuro, desconhecido. Ele vem de lugar nenhum. É um ilustre desconhecido, sem
títulos, sem diplomas na parede. Ele não é um figurão.
- Ele orou com instância para não chover e entregou a mensagem a Acabe. Quem ora
prega com poder. Quem ora prega com eficácia. Só podemos ter êxito em público, se
temos intimidade com Deus em secreto.
- Sem oração teremos apenas luz na mente, mas não fogo no coração. Pregação é lógica
em fogo e precisa vir de homem que está em fogo. Wesley dizia: “ponha fogo no seu
sermão, ou ponha o seu sermão no fogo”.
3. Elias tem autoridade de aparecer na presença dos homens, porque ele anda na
presença de Deus
- Elias era um homem semelhante a nós: teve medo, sentiu solidão, fugiu, pediu para
morrer, ficou deprimido. Mas Elias também aprendeu a viver na presença de Deus. A
maior necessidade da igreja hoje é de pastores, de homens que vivam na presença de
Deus.
- Deus tira o profeta do palco, debaixo dos holofotes, debaixo das luzes da ribalta e o
envia para o deserto, para a solidão. No deserto Deus nos prova. Ele nos manda para a
solidão do deserto para nos desmamar do mundo.
- Deus fez isso com Paulo. Deus o tirou de Jerusalém e o enviou a Tarso, onde ficou dez
anos no anonimato.
- Além de viver na solidão do deserto, Elias devia confiar totalmente em Deus para o
seu sustento. É mais confiar em nós em tempo de fartura. É fácil confiar em Deus
quando estamos no palco.
- Foi Deus quem mandou Elias para Querite. O deserto não é um acidente, mas um
apontamento. Deus trabalha em nós, antes de trabalhar através de nós.
4. Quando a sua fonte secar, os recursos de Deus continuarão disponíveis para você
- Elias estava onde Deus mandou ele estar, no tempo que Deus ordenou, mas a fonte
secou. Mas, quando a fonte seca, Deus sabe onde você está, como está, para onde dever
ir e o que deve fazer.
- Deus tirou Elias do deserto e o jogou na fornalha. Sarepta significa fornalha, cadinho.
Antes de Deus usar você, Deus vai depurar você. O fogo só vai queimar a escória.
- A fornalha faz parte da agenda de Deus na sua vida. Ele mesmo vai matricular você na
escola do quebrantamento.
- Ir a Sarepta era um perigo. Fica a mais de 150 Km. Nesse tempo Elias era o homem
mais procurado, vivo ou morto em Israel.
- Deus parece ter senso de humor. Ele manda Elias a Sarepta para ser sustentado para
uma mulher viúva. Se Deus tivese mandado Elias sustentar uma mulher viúva, ele
poderia pensar que, pelo menos teria um ministério.
- Elias sai de Querite para não morrer de sede e quase morre de fome, pois a mulher que
deveria lhe sustentar está para morrer de fome.
- A viúva não apenas era pobre, mas agora está enlutada do seu único filho. O menino
morre e a mulher coloca a culpa em Elias. Você já foi acusado de algo que não fez?
- Elias não se defende. Ele apenas disse: “mulher transfere para mim a sua dor, ponha
em meus braços o seu filho morto”.
- Se queremos ver os meninos mortos ressuscitando, precisamos falar com Deus mais
do que nos defendermos das acusações.
- Elias ora, Deus ressuscita o menino, mas ele não capitaliza com isso. Não faz um
discurso de auto-elogio.
- Agora eu sei que és um homem de Deus e que a Palavra de Deus na sua boca é
verdade.
- Uma coisa é proferir a Palavra de Deus, outra coisa é ser boca de Deus.
- O pastor é um homem em fogo. Pregação é lógica em fogo. Ponha fogo no seu sermão
ou ponha o seu sermão no fogo.
- David Hume e George Whitefield. A Palavra de Deus tem sido verdade em sua boca?
- Deus fala que vai chover, mas Elias ora humildemente, perseverantemente,
triunfantemente. O mesmo fez Daniel no cativeiro, conforme o capítulo 9.
- Deus manda Elias aparecer, ele aparece. Deus manda Elais se esconder, ele se
esconde. Deus manda Elias ir para a fornalha, ele vai. Deus manda Elias aparecer e ele
aparece. Ele está pronto, batendo continência para a ordem de Deus.
- Elias confronta o rei, o povo e os profetas de baal. Ele não se intimida, não negocia
sua consciência. Não vende seu ministério. Ele não quer ser popular, mas fiel. Elias diz
ao povo que obediência dividida é tão errada quanto idolatria declarada.
- Elias retirou o baal do caminho de Israel. No caminho das torrentes de Deus havia um
obstáculo. Esse monstruoso ídolo se colocara entre a terra e o céu, entre as chuvas e a
terra seca, entre as bênçãos e o povo. Não adianta dar nome diferente a baal, nem trocá-
lo de lugar. O baal precisa ser removido. Precisamos tirar o entulho, antes do fogo de
Deus descer!
4. Elias antes de pedir intervenção do céu, restaura o altar que está em ruínas
- O ministério de Elias foi timbrado pela manifestação do poder de Deus. Ele não
apenas fala do poder, mas também o experimentava. Ele viu os corvos voando a Querite
para lhe levar alimento. Ele viu a farinha da viúva se multiplicando. Ele viu o menino
morto ressuscitando. Ele viu o fogo descendo e a chuva caíndo. Ele pediu fogo e quando
o fogo caiu, o povo caiu de joelhos! Hoje perdemos a expectativa do sobrenatural.
Nossa teologia é a teologia da Marta, do Deus que fez e que fará, mas não do Deus que
faz.
- Você nunca é tão vulnerável como quando depois de uma grande vitória. As vitórias
de ontem não são garantias de sucesso hoje. Todo dia você precisa ser cheio do Espírito.
a) As causas da depressão
1) Olhar para circunstância em vez de olhar para Deus (19:2-3) – A vida dele dependia
de Deus e não de Jezabel. Sua vida depende de Deus e não do conselho, da igreja, do
salário.
2) Afastar-se das pessoas mais próximas na hora que você mais precisa delas – (19:3b)
– A solidão não é um bom remédio para quem está deprimido. Gente precisa de Deus,
mas gente também precisa de gente.
3) A auto-piedade mascara a sua visão da vida (19:4,9) – Elias pensou que estava
sozinho.
4) O esgotamento físico-emocional (19:4,5) – Elias estava cansado fisicamente e
exausto emocionalmente.
- Elias foi levado para o céu como um símbolo da igreja: No último dia, quando a
trombeta soar, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós, os vivos, os que
ficarmos seremos transformados e arrebatados para encontar o Senhor nos ares e assim
estaremos para sempre com o Senhor.
a) “Onde está o Senhor Deus de Elias?” (2 Rs 2:14). Ele é apenas o Deus que agiu
ontem? Ele age ainda hoje? Ele opera maravilhas ainda hoje? Ele reaviva a sua igreja
ainda hoje? Ele abre portas ainda hoje? Ele transforma vidas ainda hoje?
- Eliseu lançou a capa de Elias e as águas do Jordão se abriram. O Deus de Elias está
aqui. Ele é o nosso Deus. Ele está no trono. Ele reina. Ele é o Deus da igreja, da sua
família, da sua vida.
b) “Onde estão os Elias de Deus?” – Os Elias de Deus estão aqui? Eles estão em nosso
meio? Você é um Elias de Deus? Está pronto a ser levantado por Deus, quebrantado por
Deus, lapidado por Deus, usado por Deus? Está pronto a sair da caverna e ser
poderosamente usado por Deus?
INTRODUÇÃO
- Muitas vezes o amor e o ódio caminham lado a lado: “Vós que amais o Senhor,
detestai o mal” (Sl 97:10). “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos
ao bem” (Rm 12:9). O mesmo João que nos falou que o amor é a marca do verdadeiro
cristão (1 Jo 2:10), agora nos diz que a marca do verdadeiro cristão é não amar o mundo
(1 Jo 2:15).
1. A transitoriedade do mundo – v. 17
• Outra razão porque não devemos amar o mundo é que chegou a nova era, e a era
presente está condenada. O mundo com suas trevas já está se dissipando (2:8) e os
homens com sua concupiscência mundana passarão com ele.
• O mundo não é permanente. Um dia esse sistema passará. Seus prazeres e encantos
passarão. Um cristão maduro considera-se estrangeiro e peregrino sobre a terra (Hb
11:13). Ele não tem cidade permante aqui, mas procura a cidade que está por vir (Hb
13:14). Não podemos nos sentir em casa aqui neste mundo.
• João está contrastando dois tipos de vida: a vida vivida para a eternidade e a vida
vivida para o tempo. Uma pessoa mundana vive para os prazeres da carne, mas um
cristão dedicado para as alegrias do Espírito. Um crente mundano vive para as coisas
que pode ver, os desejos dos olhos; mas um crente espiritual live para as realidades
invisíveis de Deus (2 Co 4:16-18).
• O homem que se apega aos caminhos mundanos, está entregando sua vida a coisa
qwue literalmente não têm futuro. O homem do mundo está condenado ao desengano, à
desilusão. O mundo é um beco sem saída.
CONCLUSÃO
• O cristão está no mundo (Jo 17:11), mas não é do mundo (Jo 17:14). O cristão é
chamado do mundo e enviado de volta ao mundo como luz e testemunho (Jo 17:18). •
Temos que ter cuidado porque o mundo entra no cristão pela porta do coração: “Não
ameis o mundo…” (1 Jo 2:15).
• Devemos sempre nos lembrar que o amor ao mundo é o amor que Deus odeia!
INTRODUÇÃO
1. O apóstolo João está fazendo nesta carta uma distinção entre o verdadeiro crente e o
falso crente. Para isto, ele criou três provas: a) A prova moral (2:6); b) A prova social
(2:10) e a prova doutrinária (2:23).
2. A heresia tem solapado as igrejas hoje. Muitas pessoas dizem que não importa o que
você crê, o importante é ser sincero. Mas é a sinceridade um ingrediente mágico que
transforma o falso em verdadeiro? Se isso pode ser aplicado no campo religioso, deveria
também ser válido em outras áreas da vida.
4. O apóstolo João já havia advertido a igreja sobre o conflito entre luz e trevas (1:5-
2:6) e entre amor e ódio (2:7-17). Agora, João os adverte sobre o terceiro conflito: o
conflito entre verdade e erro. Não é suficiente ao cristão andar na luz e no amor, ele
deve também andar na verdade.
• Duas coisas devem permanecer nos crentes verdadeiros: A Palavra (v. 24) e a Unção
do Espírito (v. 27).
CONCLUSÃO
1. O apóstolo João nos dá três marcas do falso mestre que dissemina heresias na
igreja:
a) Ele abandona a comunhão da igreja – v. 18,19 – Eles saíram de nosso meio, mas não
eram dos nossos.
b) Ele nega a fé – v. 20-25 – A grande pergunta do Cristianismo é quem é Jesus? Um
exemplo, um bom homem, um grande mestre ou ele é Deus feito carne? Os falsos
mestres diziam que eles tinham um novo conhecimento e uma nova unção. Mas João
rebate dizendo que os crentes é que têm o verdadeiro conhecimento e a verdadeira
unção. Negar a encarnação de Cristo é negar sua morte, sua ressurreição e sua obra
expiatória. É esvaziar o cristianismo. Isso é satanismo (Mt 16:23).
c) Ele tenta enganar os fiéis – v. 26-29 – Os falsos mestres são proselitistas. Eles não
vão atrás dos perdidos. O alvo deles são os cristãos. Os hereges não permanecem na
verdade. O segredo para não ser enganado é permanecer (2:6,10,14,17,24,27,28).
2. O apóstolo João nos diz que o verdadeiro crente é aquele que em vez de ser
enganado pelos anticristos prepara-se para a segunda vinda de Cristo – v. 28-29
• Os homens reagirão à segunda vinda de Cristo de duas formas: Uns terão confiança,
outros ficarão envergonhados.
• Os falsos crentes ou anticristos vão ficar envergonhados na manifestação gloriosa de
Cristo em sua segunda vida.
• A única maneira de aguardar a vinda de Cristo é vivendo como ele viveu, em justiça –
v. 29.
• A pessoa que professa ser um cristão, mas não vive em obediência, amor e verdade
está enganado e é um enganador. Pertence não às fileiras de Cristo, mas às fileiras do
anticristo e na segunda vinda de Cristo ficará envergonhada.
INTRODUÇÃO
2. A Festa do Ágape, uma distorção que fez mal à igreja (1Co 11.17-22)
Na igreja primitiva, antes da celebração da Ceia havia uma refeição onde todos os
crentes participavam. Eles traziam de casa a sua comida e faziam um “ajunta pratos”. O
objetivo desta festa era a manifestação do amor solidário e a demonstração da
comunhão fraternal. Quem tinha mais ajudava quem tinha menos. Assim, os crentes
mais pobres podiam usufruir as benesses de uma mesa mais farta. Esta prática, porém,
perdeu seu propósito original, uma vez que os crentes de Corinto perderam de vista a
solidariedade e conseqüentemente a comunhão fraternal. O resultado Paulo denuncia:
Em segundo lugar, eles tinham divisões dentro da igreja quando se reuniam (11.18).
Possivelmente os quatro partidos da igreja (Paulo, Apolo, Cefas e Cristo) podiam ser
vistos na reunião da Ceia.
Em terceiro lugar, eles se reuniam para pior, pois pervertiam o significado da Ceia do
Senhor (11.17,20). Ao reproduzirem uma caricatura da Ceia do Senhor e distorcerem
seu significado, eles se reuniam para pior e não para melhor. Eles saíam da igreja mais
culpados, mais longe de Deus e uns dos outros. Eles pecaram contra os irmãos (11.22) e
contra Cristo (11.27).
INTRODUÇÃO
1. O pecado foi o maior desastre que aconteceu na nossa história. O pecado divide,
desintegra, separa. A queda foi muito mais profunda do que jamais poderíamos
imaginar:
a) Provocou um abismo espiritual – separou o homem de Deus;
b) Provocou um abismo social – separou o homem do próximo;
c) Provocou um abismo psicológico – separou o homem de si mesmo;
d) Provocou um abismo ecológico – separou o homem da natureza: depredador ou
adorador.
a) Israelenses e Palestinos
b) Islâmicos radicais e Americanos
c) Guerras tribais, fratricidas, religiosas.
3. Nesse mundo empapuçado de ódio, ferido pelo pecado, onde famílias estão em pé de
guerra, onde os corações estão sem paz, onde os homens estão longe de Deus, a
reconciliação é mensagem mais importante, urgente e necessária.
• Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Todos nos desviamos. Todos
teremos que comparecer diante de Deus para sermos julgados.
2. Você precisa se reconciliar com Deus porque todo o impulso do seu coração é
contra Deus
• Por natureza somos filhos da ira. A inclinação da nossa carne é inimizade contra Deus.
Aquele que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. Sem Deus
estamos cegos, perdidos, cativos, mortos. O nosso pecado é pior do que a pobreza, a
doença e a morte. Esses males não podem nos afastar de Deus, mas o pecado nos afasta
de Deus agora e na eternidade.
• “Tudo provém de Deus” (v. 18). É a parte ofendida que toma a iniciativa da
reconciliação. O evangelho não é o homem buscando a Deus, mas Deus buscando o
homem. Foi o homem quem caiu, desobedeceu, se afastou e rebelou-se. Mas é Deus
quem busca. É Deus quem corre para abraçar. “Com amor eterno eu te amei e com
benignidade eu te atrai” (Jr 31:3).
• Deus poderia ter nos tratado como tratou os anjos rebeldes, conservados em prisões
eternas, mantendo-os em estado de perdição. Mas Deus providenciou para nós um
caminho de volta para ele.
• É o Deus ofendido que toma a iniciativa da reconciliação. Jesus não veio para
abrandar o coração de Deus, mas revelar o seu coração amoroso.
• Não foi a cruz de Cristo que gerou o amor no coração de Deus, mas foi o amor de
Deus que gerou a cruz de Cristo. A cruz não é causa, mas consequência do amor de
Deus. A cruz estava escrustrada no coração de Deus (Ap 13:8).
a) João 3:16
b) Romanos 5:8
c) Romanos 8:32
d) 1 João 4:10
3. A cruz de Cristo foi o preço que Deus pagou para nos reconciliar consigo
• Deus nos amou e deu-nos o seu Filho. Deus nos amou e Cristo se encarnou. Deus nos
amou e Cristo sofreu em nosso lugar. Deus nos amou e Cristo morreu por nós. A cruz é
o maior arauto do amor de Deus por nós. A cruz é a prova de que Deus está de braços
abertos para nos receber de volta ao Lar Paterno. Ilustração: O jovem rebelde que
desejou voltar para a casa do Pai e pediu um sinal, um lenço branco sobre a laranjeira.
• Jesus é o único caminho que nos liga a Deus. Ele é a única porta de entrada no céu.
Ele é o único mediador entre Deus e os homens. Ele é a escada mística de Jacó liga o
céu à terra.
• Isso implica que nada nem ninguém mais pode nos reconciliar com Deus: nem
religião, nem Maria, nem os santos, nem nossas obras.
• Quando Deus foi criar o universo, ele falou e tudo se fez. Quando Deus foi criar o
homem, ele pegou no barro e o fez à sua imagem e semelhança, soprando em suas
narinas o fôlego da vida. Quando Deus foi reconciliar o homem consigo, Deus na
pessoa do seu Filho esvaziou-se, assumiu a forma humana, sofreu, chorou, foi cuspido e
morreu na cruz.
• O preço da reconciliação foi muito alto. Jesus clamou: “Pai, se possível passa de mim
esse cálice”. Não havia outro meio de sermos reconciliados com Deus.
• “Cristo fez a reconcilação pelo sangue da sua cruz”. Ilustração: A mãe que uniu a mão
do pai e do filho sobre o seu peito e morreu.
• Como o Deus justo pode ser reconciliado com o homem pecador? – Como, se o nosso
pecado faz separação entre nós e Deus? Como, se Deus é luz e o nosso pecado é treva?
Como, se Deus é benigno e nosso pecado maligníssimo? Como, se o pecado provoca a
sua santa ira?
• Deus não pode fazer vistas grossas ao pecado – A justiça violada precisa ser satisfeita.
A alma que pecar, essa morrerá. Deus não inocentará o culpado.
• Deus não pode ter prazer no pecado – Deus é santo e não pode reagir favoravelmente
ao pecado.
• O que Deus fez, então? – “Ele não imputou aos homens as suas transgressões” (v. 19).
Essa figura é bancária. Deus não fez o lançamento da nossa dívida em nossa conta. Ele
não puniu o nosso pecado em nós. Ilustração: O czar: quem pode pagar tanto?
• Cristo que não conheceu pecado, foi feito pecado por nós. Nossa culpa foi lançada
sobre ele. Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moídos pelas nossas iniquidades. O
castigo que nos trás a paz estava sobre ele.
• Deus depositou na conta de Cristo todos os nossos pecados. Ele foi feito pecado e
maldição por nós. Ele sofreu o castigo da lei que deveríamos sofrer. Ele bebeu o cálice
da ira de Deus que deveríamos beber.
• Quando os nossos pecados foram lançados sobre ele, ele deu um grande brado na cruz:
TETÉLESTAI – ESTÁ PAGO! Agora estamos quites com a lei. Já nenhuma
condenação há sobre aqueles que estão em Cristo Jesus. Deus olha para nós como se
nunca tivéssemos pecado. Isso é justificação!
3. Deus depositou em nossa conta a infinita justiça de Seu Filho Jesus Cristo – v. 21
• Deus não só pagou a nossa conta. Ele nos tornou ricos. “Pois conheceis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre, por amor de vós, para que pela
sua pobreza vos tornásseis ricos” (2 Co 8:9).
• Deus não só perdoou os nossos pecados, mas depositou a infinita justiça de Cristo em
nossa conta. Ilustração: a dívida de um milhão de reais.
• Agora, Deus olha para você e não vê o seu pecado, mas a infinita justiça do Seu Filho
depositada em sua conta. É por isso, que Paulo exclama: Romanos 8:1,31-39!
• Você tem um glorioso ministério nesse mundo ferido e esquizofrenizado pelo diabo: o
ministéro da reconciliação.
• Você tem uma sublime missão nesse mundo onde famílias estão quebradas, onde
cônjuges estão se separando, onde filhos estão contra os pais: o ministério da
reconciliação.
• “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”.
• Algum credor já instou com um devedor arruinado para receber o perdão completo da
sua dívida?
• Ah! O Deus Todo-poderoso apela a você. Ele clama ao seu coração. Ele exorta a você
com ternura! Não deixe de ouvir a sua voz. Como escaparemos se negligenciarmos tão
grande salvação?
• Deus está esperando por você. A festa já foi preparada. Tudo está pronto. Volte para
casa!
CONCLUSÃO
• Depois de tudo o que Deus já fez por você, da morte do seu Filho, do seu clamor para
que você se reconcilie com ele, se você desprezar essa oferta de amor, você está
recebendo a graça de Deus em vão. Isso seria consumada ingratidão e rebeldia.
b) Cuidado para você não adiar essa decisão. Hoje é o dia oportuno para você se
reconciliar com Deus – 6:2
• Hoje Deus está falando com você. Amanhã Deus pode estar silencioso. Hoje o Espírito
está apelando a você. Amanhã o Espírito Santo pode não mais apelar a você. Hoje as
portas da graça estão abertas, amanhã podem estar fechadas. Hoje, ainda é tempo
oportuno para você se reconciliar com Deus, amanhã pode ser tarde demais!
• Ilustração: Os dois ladrões da cruz – um voltou-se para Deus; o outro rejeitou a oferta
e pereceu.
INTRODUÇÃO
• O assunto é um daqueles que o mais sábio dos homens pode apenas arranha-lo. Não
temos olhos para vê-lo completamente nem mente para compreendê-lo, mas mesmo
assim, não devemos desconsiderá-lo. Haverá um dia em que as estrelas cairão do
firmamento, o sol não dará mais sua claridade e a lua converter-se-á em sangue. Haverá
um dia em que os céus se precipitarão em estrepitoso estrondo, mas a eternidade se
estenderá para sempre.
• Este assunto não pode ser considerado sem termos a Escritura nas mãos. Vejamos o
que ela nos diz?
- Um homem deve ser muito cego para não perceber isso. Todas as coisas ao nosso
redor estão morrendo e caminhando para o seu fim. A matéria não é eterna. Tudo o que
é criado está sujeito à morte. Tudo sobre nós está morrendo, exceto nossa alma. Nós
estamos indo para a eternidade. Nossa vida é como um sopro, uma flor que logo murcha
e seca, como um corredor veloz como um breve pensamento. Tudo passa rapidamente e
nós voamos.
1. A beleza é temporária - Sara era uma mulher bonita e desejada aos 60 anos de idade
na corte do Egito, mesmo assim chegou o dia em que Abraão, seu marido, precisou
comprar um campo para sepultá-la (Gn 23.4).
2. A força do corpo é temporária – Davi foi um pastor e um guerreiro forte. Ele matou
um leão, um urso e venceu um gigante e fez tombar diante da sua valente exércitos
inimigos. Mas um dia ficou velho e precisou ser cuidado no leito da morte como uma
criança.
- Humilhantes e dolorosas como essas verdades podem soar, mas precisamos considerá-
las. A casa onde vivemos, o lar que amamos, as riquezas que acumulamos, a profissão
que abraçamos, os planos que formulamos, as relações que mantemos são somente por
um breve tempo “O que vemos e temporal” (2 Co 4..17).
- Cuidado com o que você está fazendo. Considere as coisas à luz da eternidade antes
que seja tarde demais. AS coisas com que você lida agora são todas temporais: o prazer,
os investimentos, a recreação, o lucro, os cuidados terrenos que absorvem toda a sua
atenção, que dominam sua mente e assaltam a sua alma de preocupação são coisas
passageiras que em breve vão deixar de existir. OH! Não ponha o seu coração nelas.
Não se agarre as elas tão intensamente. Não faça delas um ídolo. Você não pode
conservá-las para sempre nem leva-las consigo quando partir deste mundo. Você entrou
nu e sairá nu deste mundo. Você não pode levar seu dinheiro, sua casa, seu carro, suas
jóias. Não há caminhão de mudança em funeral. Busque em primeiro lugar o Reino de
Deus. Busque as coisas lá do alto, pois o mundo e os seus desejos passam.
- O mesmo pensamento deve alegrar a sua alma: suas tribulações e angústias também
são temporárias. Em breve elas irão terminar. E mesmo agora, elas trabalham para o seu
bem. “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória”.
Receba-as pacientemente, suporte-as confiadamente. Olha para cima. A sua redenção se
aproxima. Em breve o Senhor enxugará dos seus olhos toda lágrima. Em breve a dor
não mais existirá. Há um descanso para o povo de Deus. Há bálsamo em Gileade. Em
breve a cruz será trocada pela coroa e você irá se assentar com Abraão, Isaque e Jacó no
Reino de Deus.
- As coisas que não vemos, que estão além da sepultura são eternas. Tanto a bem-
aventurança dos salvos quanto a condenação dos ímpios é eterna. Na eternidade não
haverá mudança de status. Na eternidade não haverá fim, mudança, nem alteração, nem
aniquilação. O que está além da sepultura é eterno. Quando a última trombeta tocar e os
mortos se levantarem da sepultura, todos enfrentarão a eternidade.
- Nós não podemos alcançar isso plenamente. O contraste entre o agora e o eterno, entre
este mundo e o próximo é tão grande que a mente mais brilhante não pode explaná-lo.
Como nós vivemos aqui no mundo traz conseqüência no próximo, portanto,
consideremos as coisas que não se vêem.
1. Fixemos na verdade de que a futura felicidade daqueles que são salvos é eterna –
Essa felicidade é como um festa de casamento que nunca vai acabar. E uma felicidade
que jamais ficará velha, jamais vai murchar, jamais vai morrer. Deus irá encher-nos com
sua alegria, pois na presença de Deus há plenitude de alegria (Sl 16.11).
- Ninguém falou tanto das penalidades eternas como JESUS. Foi ele quem falou sobre o
fogo que não se apaga e do bicho que jamais deixa de roer. Foi ele quem disse que os
justos vão para a vida eterna e os ímpios para a condenação eterna.
- O apóstolo PAULO falou sobre a eterna destruição dos ímpios (2 Ts 1.9). O apóstolo
JOÃO falou sobre a eterna destruição dos ímpios (Ap 16.7; 21.8).
- A antiga serpente continua destilando seu veneno, dizendo aos homens: certamente
você não vai morrer |(Gn 3.4). O diabo ainda continua usando suas velhas armas,
tentando iludir os homens, dizendo-lhes que eles não vão morrer, que eles não terão que
enfrentar o juízo de Deus, que depois da morte eles serão aniquilados, que poderão sair
do suposto purgatório para o céu ou que vão se reencarnar. Mas a bíblia diz que aos
homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo (Hb 9.27). O diabo
ainda diz na boca dos liberais que ao fim todos os homens serão salvos e que todos irão
para o céu. OH! Fuja dessas antigas mentiras do diabo. Apegue-se à verdade de Deus.
Fuja da ira vindoura. Volte-se para Deus enquanto é tempo. Busque-o enquanto está
perto.
2. Sejamos fiéis por causa da santidade e moralidade – Não h á nada que agrade a
nossa carne mais do que a teoria de que nós podemos vier no pecado e ainda escapar da
condenação eterna; que podemos viver e morrer no pecado que ainda iremos para o céu.
Porque deveria eu negar-me a mim mesmo, tomar a minha cruz se posso entrar no céu
sem arrependimento?
3. Sejamos fiéis por causa da esperança comum de todos os santos – Não podemos
falar de bem-aventurança eterna se negamos o tormento eterno. Essas duas verdades
caminham lado a lado. Se cremos na Bíblia não podemos negar nenhuma nem outra. E
mais fácil falar somente do amor de Deus, mas e quanto a sua ira, sua justiça e sua
santidade?
- A vida que vivemos sobre a terra em breve chegará ao fim (Sl 90.9). Somos como uma
névoa, como um breve pensamento. Mas a vida que está diante de nós, quando sairmos
deste mundo, é eterna. E como um mar sem fundo e como um oceano sem praia. Para o
Senhor mil anos são como um dia. Naquele mundo não haverá mais tempo. Mas apenas
da vida curta e da eternidade sem fim lá, a vida que vivemos aqui definirá a eternidade.
Não há nada que você possa fazer para mudar o seu destino depois da morte. Hoje é o
dia oportuno. Hoje é o dia da salvação. Ler Romanos 2.6-8.
- Estamos aqui como num estado de probaçao. Estamos semeando sementes que vão
crescer e amadurecer. Há conseqüências eternas resultantes de todas as nossas palavras,
ações e pensamentos. Nossos pensamentos são contados, nossas palavras pesadas,
nossas obras julgadas. Seremos pesados na balança de Deus. Ele colocará seu prumo
sobre nós. Aquilo que o homem semear isso ele ceifará. O que nós vivemos nesta vida,
vamos colher depois da morte por toda a eternidade.
- Não há engano mais fatal do que pensar que se pode viver aqui como um ímpio e
acordar na ressurreição como um santo. Estar sem Cristo nesta vida e passar a
eternidade com ele. A Bíblia é clara: o que nós somos quando morrermos: se
convertidos ou inconversos, se crentes ou descrentes, se piedosos ou profanos é isso que
seremos quando a última trombeta tocar. Não há arrependimento na sepultura. Não há
conversão depois da morte. Agora é o tempo de se voltar para Deus. Agora é o tempo de
se reconciliar com Deus. Agora é o tempo de sair do império das trevas para o Reino da
luz. A noite em breve virá quando não se pode mais trabalhar. Se você sair desse mundo
sem pôr sua confiança em Cristo, descobrirá que melhor lhe fora nunca ter nascido.
- Se hoje você ouvir a sua voz não endureça seu coração. Não adie mais a sua entrega a
Cristo. Há um abismo ou um paraíso à sua frente. Para onde você está indo? O caminho
para o céu é Jesus. A porta do céu é Jesus. E o inferno, onde fica? Fica no final de uma
vida sem Cristo!
- Lembre-se: quando você for tentado a praticar o mal e sua mente for seduzida a
pensar: “isso não tem nada a ver”, “todo mundo faz”, olhe para além deste mundo, para
o que é invisível. Quando o bispo reformado Hooper estava sendo martirizado na
Inglaterra, seu algoz tentou demove-lo, dizendo-lhe: abandone sua fé, preserva sua vida,
a vida é doce, mas a morte é amarga. Hooper respondeu: isso é verdade. Mas é mais
verdade ainda que a vida eterna é mais doce e a morte eterna é mais amarga.
IV. O SENHOR JESUS É O ÚNICO QUE PODE LHE SALVAR E LHE DAR
GARANTIA AQUI E NA ETERNIDADE
- Jesus veio para desfazer as obras do diabo. Ele veio para destruir o seu cativeiro. Veio
para triunfar sobre o pecado, o diabo e a morte. Ele veio para trazer luz e imortalidade
(2 Tm 1.10). Ele veio para libertar os que vivem com medo da morte (Hb 2.15).
- Jesus comprou-nos, remiu-nos e libertou-nos com seu sangue. Ele se tornou nosso
substituto. Ele carregou os nossos pecados em seu corpo. Ele foi moído e traspassado
pelas nossas iniqüidades. Ele se fez pecado por nós.
- Tudo o que ele comprou para nós, oferece-nos gratuitamente. Aqueles que se voltam
para ele são perdoados. Ele convida agora a você: Eu sou a luz do mundo, quem me
segue não andará em trevas. Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e
eu vos aliviarei. Se alguém tem sede vem a mim e beba. Todo aquele que vem a mim,
jamais eu o lançarei fora.
- Aquele que tem Cristo tem a vida. Cristo voltou para o céu. Ele preparou um lugar
para nós. Quando você sair deste mundo, há uma cora de vida para você. Então você
pode gritar: “Onde está ó morte a tua vitória?”
CONCLUSÃO
1) Como você está usando o seu tempo? – A vida é curta e incerta. Você não conhece o
seu amanhã. Projetos, sonhos em como ganhar dinheiro, gastar dinheiro, comer e beber,
casar e dar-se em casamento, tudo isso pode acabar para você num piscar de olhos. E
você o que tem feito por sua alma imortal? Você está desperdiçando o seu tempo ou
usando-o sabiamente/? Você está preparado para encontrar-se com Deus?
2) Onde você estará na eternidade? – A eternidade está vindo, vindo, mui rapidamente
sobre você. Você está indo muito rápido para ela. Mas onde você estará? Do lado direito
ou esquerdo no tribunal de Deus? Estará você entre os perdidos ou os salvos? Não
descanse sua alma enquanto não estiver seguro nos braços de Jesus. Creia nele e você
terá a vida eterna!
3) Você deseja ser salvo agora e por toda a eternidade? – Então, renda-se a Cristo. Creia
nele. Venha como você está. Busque-o enquanto está perto. A porta do céu está aberta.
Há um trono de graça. Hoje ainda não é tarde. Jesus convida você para vir à fonte das
águas.