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Desde Betânia Ah! se eu pudesse, agora, a Tua face ver!

I Té quando esperarei por Ti, ó meu Senhor?


Desde Betânia, quando nos deixaste, V
Saudade imensa inundou meu ser. Tu lembras que buscar-me prometeste,
Não tenho mais tocado a minha harpa – E junto a Ti em breve me levar?
Como tocar, se a Ti não posso ver? Mas tantos dias e anos já passaram,
Na solidão da noite tão profunda, Cansado estou e peço-Te lembrar.
Fico em silêncio e calmo a meditar Tuas pegadas vejo tão distantes,
Nessa distância, pois de mim tão longe estás E quanto tempo ainda vai passar?
E há quanto tempo prometeste regressar! Ansioso clamo a Ti, e peço, ó Salvador:
II Oh, não demores! Vem, Senhor, me arrebatar.
Sem lar, recordo Tua manjedoura, VI
Olhando a cruz não posso me alegrar. O dia nasce e morre, e assim as noites.
E Tu me lembras o meu lar futuro, E quantos santos já não estão aqui
Mas é a Ti quem mais quero encontrar. Tanto esperaram pela Tua volta,
Sem Ti não tem sabor minha alegria; E há muito tempo estão dormindo em Ti.
Doçura, encanto, aos hinos vêm faltar, Ó meu Senhor, por que não Te manifestas?
Vazios são meus dias, pois aqui não estás. Espesso véu está a Te ocultar –
Senhor, Te peço, não demores a voltar. Quantos remidos Teus estão a Te esperar!
III Será que a nossa espera não vai mais findar?
Embora aqui Tua presença eu goze, VII
De Ti saudade estou sempre a sentir. Sei que também anseias por voltares
Mesmo gozando o Teu amor imenso, E arrebatar os redimidos Teus.
Anseio pelo dia em que hás de vir. Por isso peço não mais demorares;
Mesmo na paz me sinto tão sozinho; Depressa vem levar-nos para Deus.
Por Ti suspiro em meio do prazer. Ó vem, Senhor, a Tua Igreja clama;
Jamais minha alma tem satisfação total, Não ouves Tua Noiva a Te chamar?
Pois o Teu rosto amado não consigo ver. Olhando o céu, saudosa, diz a suspirar:
IV “Amado Noivo, não demores a voltar!”
Com sua terra sonha o peregrino, https://www.youtube.com/watch?v=mGh5yMpZ7ww
Com sua pátria, o exilado, além.
Distante, o noivo pensa em sua amada.
De amados pais, saudade os filhos têm.
Assim também anelo ver Teu rosto,
Ó meu querido e amado Salvador.

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