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CURSO: FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE: teoria e clínica

TURMA: LONDRINA – 2022


ALUNO: FERDINANDO VINICIUS DOMENES ZAPPAROLI
MÓDULO: HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
OS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE

Para Peter Gay (2000), o mais superficial levantamento da bibliografia dessa natureza
mostra confusões em torno de conceitos psicanalíticos apontados como sendo de uma
psicologia. Freud é um dos autores influentes nesses psico-historiadores que compreendem a
psicanálise como sendo uma psicologia. É necessário que se faça distinções entre esses dois
campos de conhecimentos. A psicanálise desde o século XIX demonstra ser um instrumento
essencial para a investigação do passado humano e do presente e não tem relação nenhuma
com o que se define como psicologia.
Desde sempre, a história recorreu às mais diversas ciências auxiliares no intuito de
melhor conhecer o seu objeto. A psicanálise não faz parte de uma disciplina, não é uma
disciplina a mais, ela é um corte nesse discurso. Em geral, os historiadores que simpatizam
com a psicanálise são mais ajudados pelas perguntas que Freud os habilita a fazer do que
pelas respostas que ele lhes permite dar. Isso quer dizer que a propensão para a análise
permite que os historiadores fiquem atentos a certas nuances que provavelmente passariam
despercebidas aos seus colegas não analíticos (Gay, 2000), pois a relação entre ciência e
ficção traz o corpus freudiano para a sua ciência e faz uma diferença entre história e
historiografia, “elabora uma diferenciação entre as maneiras como a historiografia e a
psicanálise trabalha a relação passado e presente” (GAY, 2000, p. 108).
Koselleck (1993) renova alguns fundamentos da psicanálise a partir da estruturação
com a linguagem em uma articulação com o significante e quando citando que:
“o inconsciente é esse capítulo de minha história que é marcado por uma
lacuna (blanc) ou ocupado por uma mentira: é o capítulo censurado” ele traz lugares
se valendo de metáforas próprias do pensamento histórico, tais como monumentos,
documentos de arquivos e tradições para legitimar sua teoria sobre o inconsciente”
(LACAN, 2009, p. 124).

REFERÊNCIAS

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