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António Manuel Noronha

Bacar Tauabo Bacar

Donito Alberto

Fátima Adamo Ambasse

Rosema M. Negas Armando

As ciências humanas no século XX:

(o movimento psicanalítico e o estruturalismo).

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
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António Manuel Noronha

Bacar Tauabo Bacar

Donito Alberto

Fátima Adamo Ambasse

Rosema M. Negas Armando

As ciências humanas no século XX: (o movimento psicanalítico e o estruturalismo).

Curso de licenciatura ensino de Filosofia com Habilitações em Ética

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue no


Departamento de Letras e Ciências Sociais, no âmbito da
cadeira de HFC. 2° Ano 2° Semestre. Recomendado pelo:

Docente. dr: Faruk Abdul Amede

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
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Índice
Introdução........................................................................................................................................3

1. O movimento psicanalítico..........................................................................................................4

1.1. O estruturalismo........................................................................................................................5

1.2. Escolas Estruturalistas..............................................................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................7

Referência Bibliográfica..................................................................................................................8
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Introdução
O presente trabalho tem como tema de abordagem: As ciências humanas no século XX: (o
movimento psicanalítico e o estruturalismo). Dizer que o termo “estruturalismo” pode se
referir a um conjunto de diferentes elaborações teóricas que partilham uma concepção
imanentista da linguagem verbal. O estruturalismo se manifesta, principalmente, através de dois
princípios: o da estrutura e o da autonomia. O trabalho consiste em fazer uma confrontação de
obras na elaboração do mesmo, e as obras consultadas estão devidamente citadas. Em
fundamentação deste trabalho foi erradicada, por em função do tempo e dos critérios de
elaboração e publicação de trabalhos científicos característicos da Universidade Rovuma. Quer
dizer, o nosso trabalho engloba todos elementos do cientificismo, sobretudo, ao modelo autor-
data ou APAs, implementadas pela nossa Universidade. De natureza académica o trabalho trás
consigo os seguintes objectivos.

Objectivos

Geral

 Compreender nitidamente o movimento psicanalítico e o estruturalismo.

Específicos

 Identificar o movimento psicanalítico;


 Explicar sobre o estruturalismo;
 Descrever as escolas estruturalistas.

Metodologia

Metodologia usada perante na elaboração sintética deste trabalho, foi basicamente a consulta de
referência bibliográfica, num processo que tanto resultou no confronto das mesmas de modo a
obter a veracidade do essencial adquirido. A estrutura do trabalho, é composta por seguintes
elementos: pré-textuais (capa, folha de rosto e índice); textuais (introdução, desenvolvimento e
conclusão) e pós-textuais (fontes bibliográficas).
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As ciências humanas no século XX: (o movimento psicanalítico e o estruturalismo)

1. O movimento psicanalítico
A história do movimento psicanalítico, Freud nos relata que durante dez anos seu trabalho foi
solitário; de início, não aceitaram a natureza peculiar das descobertas principalmente por
revelarem o papel fundamental da sexualidade na etiologia das neuroses. O que a psicanálise
descobria é que o sexual não pode ser tratado somente por seu carácter biológico, e que uma
ampliação desta concepção se fazia necessária.

Segundo Jorge (2020, p. 94), sustenta que:

A psicanálise assenta sua prática sobre o pensamento freudiano no que responde à


necessária abertura para a compreensão do sujeito psíquico em sua natureza. A dialéctica
entre Inconsciente↔Consciente e suas manifestações surgirão no interior do setting e terá
a personalidade do analista como seu guardião.

No entanto, em 1914, em seu artigo “A história do movimento psicanalítico”, Freud expõe


dificuldades inerentes a uma ciência que, ao se inclinar sobre a actividade mental inconsciente,
abordará inevitavelmente dois fenómenos na prática clínicos e, penso eu, institucional:
transferência e resistência.

O autor destaca ao final:

Os homens são fortes enquanto representam uma ideia forte; se enfraquecem quando se
opõem a ela. A psicanálise sobreviverá a essa perda e a compensará com a conquista de
novos partidários. Para concluir, quero expressar o desejo de que a sorte proporcione um
caminho de elevação muito agradável a todos aqueles que acharam a estada no submundo
da psicanálise desagradável demais para seu gosto. E possamos nós, os que ficamos,
desenvolver até o fim, sem atropelos, nosso trabalho nas profundezas. (Freud, 1996, p.
73).

A teoria da psicanálise é uma tentativa de explicar dois fatos surpreendentes e inesperados que se
observam sempre que se tenta remontar os sintomas de um neurótico a suas fontes do passado:
transferência e resistência.

Todavia, a psicanálise apareceria, pouco a pouco, como uma ferramenta para pensar os destinos
do ser humano diante da crueldade que surgia no pós-guerra. Paradoxalmente, porém, era
também utilizada como discurso para assentar os excluídos. Jargões como “histérica”, “sádico”,
“masoquista” e “perverso” revelavam o uso de uma nova “nosografia”.
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1.1. O estruturalismo

Ao longo dos anos 50 e 60, as produções intelectuais francesas viveram o que se denominou
retroactivamente de momento estruturalista, esperança de um espírito científico para as Ciências
Humanas e contraponto à Fenomenologia, o chamado programa estrutural suscitou o interesse e
a dedicação de pensadores tão distintos entre eles, Lévi-Strauss, Lacan, Foucault, Althusser ou
Roland Barthes.

Tem origem múltipla europeia e americano. Geralmente, seu nascimento é identificado com a
publicação do Cours de linguistique génerale, de Saussure, em 1916. Os estruturalistas
procuram pôr em prática a fórmula que encerra o Cour: “a Linguística tem por objecto a língua
considerada em si mesma, e por si mesma” (Borges neto, 2004, p. 95).

O termo estruturalismo se aplicou, conforme as pessoas e os momentos, a escolas


linguísticas bastante diferentes. Esta palavra é utilizada muitas vezes para designar uma
dentre elas; outras vezes, para designar várias delas e, noutras, ainda, para designar a
totalidade delas. Tem em comum certo número de concepções e de métodos que
implicam a definição de estrutura em linguística (Dubois, 1978, p. 248).

Quer dizer, o estruturalismo um conjunto de diferentes elaborações teóricas que compartilham


uma concepção imanentista da linguagem verbal isto é, a linguagem assumida como um objecto
autónomo, definido por relações puramente linguísticas, internas.

“Tarefa inglória de querer conceituar estruturalismo”. Poderíamos dizer, como vemos


tantas vezes dito, que o estruturalismo é um “método”, ou uma “atitude”, que consiste em
proceder à explicação científica em termos de estruturas (Borges neto, 2004, p, 96).

Os estruturalistas recusam a descrição imanente, por acreditar que um método científico não
pode se esgotar em operações práticas e singulares. Ao contrário, deve voltar-se para o exame da
estrutura do discurso literário, abstractamente concebido, do qual as obras concretas não passam
de particularizações. Em última análise, a crítica estrutural preocupa-se com a criação de uma
poética, não no sentido clássico de conjunto de normas ou preceitos para a conquista da
adequação das obras aos respectivos géneros, mas no sentido de uma teoria da estrutura e do
funcionamento do discurso literário.

Para Saussure, a matéria linguística pode ser estudada sob dois pontos de vista: sincrónico e
diacrónico.
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A explicação sincrónica difere da diacrónica ou histórica por ser estrutural em vez de


causal: ela fornece um tipo de resposta diferente à pergunta “Por que as coisas são como
são?”. Em vez de investigar o desenvolvimento histórico de determinadas formas ou
sentidos, ela demonstra de que maneira todas as formas e sentidos estão inter-
relacionados num determinado sistema linguístico, em determinado ponto no tempo
(Lyons, 1987, p. 203).

Entretanto, Coube ao estruturalismo estabelecer as bases teóricas da Linguística, a partir do


momento que se preocupou em descrever o funcionamento da linguagem. Essa descrição foi feita
através das distinções introduzidas por Saussure: sincronia/diacronia; língua/fala; relações
sintagmáticas/relações paradigmáticas.

1.2. Escolas Estruturalistas

A Escola de Praga e a Escola de Genebra:

Escola de Praga - os linguistas desta Escola formularam o princípio de que as mudanças da


língua deveriam ser verificadas tendo por base o sistema afectado por elas. Para eles, os estudos
diacrónicos incluíam os sincrónicos.

Os linguistas de Praga (...) pouco interrogaram o texto do Curso de Linguística Geral. Sua
crítica é bastante superficial. Contudo, foi o pensamento de Saussure assim
esquematizado que para eles desempenhou o papel de iniciação à pesquisa. Desta forma,
é correcto situar seu empreendimento na herança saussuriana” (Fontaine, 1978).

Abordagem sistémica da diacronia (Principes de phonologie historique), desenvolveu


extensamente a perspectiva sistémica da dinâmica da mudança (Économie des chagements
phonétiques).

Escola de Genebra - esta Escola é formada pelos seguidores directos de Saussure, Charles Bally
e Albert Sechehaye (os dois discípulos que publicaram o livro póstumo do mestre). No início,
adoptou o nome de “estruturalismo”, depois identificou-se com a Glossemática de Hjelmslev. Os
linguistas desta escola destacam que “língua é forma e não substância”.

Glossemática - é a teoria que considerava a língua como uma unidade fechada em si mesma.

1) A língua não é substância, mas forma; 2) Toda língua é ao mesmo tempo expressão e
conteúdo.

Quando as substâncias (sons da língua) entram na composição dos elementos da primeira


articulação (morfemas), então afirmamos que eles adquirem uma forma (fonema). Cada
fonema apresenta seu lado material, ou seja, seu elemento físico e seu lado intelectual, ou
melhor, seu valor para a formação de uma estrutura maior, o morfema, ” (Ducrot;
Todorov, 1988, p. 31).
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Conclusão
Feito o trabalho foram várias ilações que tivemos perante na elaboração sintética do mesmo, no
que tange o estudo do movimento psicanalítico e o estruturalismo, No que tange a estas
pesquisas a psicanálise nasce e, como disciplina leiga e racional, desponta no cenário médico,
causa turbulências e oferece ao indivíduo seu lugar por natureza a fronteira entre o consciente e o
inconsciente, o espaço da escuta e da fala, expressão para um inconsciente que não se curva à
política de vigilância e a normas de higienização. Olhando pelo estruturalismo, a língua é
considerada uma estrutura constituída por uma rede de elementos, em que cada elemento tem
valor funcional determinado. A teoria de análise linguística que desenvolveu, herdeira das ideias
de Saussure, foi denominada estruturalismo.
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Referência Bibliográfica
Borges neto, J. (2004), Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In:
Ensaios de filosofia da linguística. São Paulo: Parábola.

Dubois, J. (1978), Dicionário de Linguística. São Paulo: Cultrix.

Ducrot, O; Todorov, T. (1988), Dicionário enciclopédia das ciências da linguagem. 2ª. ed. São
Paulo: Perspectiva.

Fontaine, J. (1978), O Círculo Linguístico de Praga. São Paulo: Cultrix.

Freud, S. (1996). A história do movimento psicanalítico. Vol. 14. In obras psicológicas completas. São
Paulo.

Jorge, S. T. O. F. (2020), Inquietantes movimentos na psicanálise, Jornal de Psicanálise. São


Paulo. Jornal de Psicanálise

Lyons, J. (1987), Linguagem e linguística. Rio de Janeiro.

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