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Discente: Antonio Moura dos Santos e Francisco Jose De Medeiros Menezes

Docente: CECILIA DE CAMPOS FRANÇA

Apac e suas contribuições;

O Apac teve seu primeiro desenvolvimento na década de 70, na região paulista,


entidade civil de direito privado e sem fins lucrativos. E a ideia principal veio por meio
de um grupo cristão e liderado pelo jurista/jornalista Dr. Mário Ottoboni, a ideia
principal era não só busca uma “mão” de apoio aos presidiários, e sim mostrar que
são seres humanos além de tudo, no período contemporâneo temos uma imagem que
relatada por documentários que os presídios estão em estado alarmante, o sistema
punitivo adequado pelo estado, porém, fica muito claro que além de um sistema de
punição da infração que ele cometeu.
Década atual completando mais de 50 anos que foi implementado esse projeto
do Dr. Mário Ottoboni um escritor que ficou para história, jornalista e advogado,
juntada profissão temos uma base profunda que o olhar que ele deve ter vivenciado e
olhando como acontecia já naquela época que temos pouco relato ou documentação
de comprovação de um sistema funcional. E junto com grupo religioso cristão ficou
lucido que ele estava olhando para futuro e olhando para seres humano com igual,
mediante a qualquer ato feito.
A principal visão que a sociedade tem do presidiário é que ele é um infrator ou
“melhor” ladrão corrompido, que a visão dialética que a sociedade tem é que um
bandido que não tem mais cura e precisa ser penalizado severamente pelo estado
pelas suas atitudes ilícitas. Pois precisam ser disciplinados, porém, severamente é
termo exacerbado que precisa ser contido. A ideia do jurista e o grupo cristão com a
Apac – Amando o próximo Amaras a Cristo e o termo técnico Associação de proteção
e Assistência aos Condenados, a entidade que eles criaram, buscaram olhar além do
termo social, isso na década de 70, e hoje é refletido até o momento atual. E essa
criação fundou uma ideia que busca dar uma rede de apoio ao encarcerado, aonde
na ideia da maioria é uma pessoa perdida entrando dentro presidio, porém, à ideia é
outra que mostra para ele o encarcerado e para sociedade que a pessoa tem sim
expectativa de futuro e sair daquela vida que ele entrou, que muitas das vezes foi sem
escapatória ou sem opção.
Apac trabalha com vários funcionários voluntários, que ênfase não busco viés
financeiros. E teve algumas reflexões de estudo jurídico, com isso, o estudante
Fernando Padilha “O objetivo da APAC é promover a humanização das prisões, sem
perder de vista a finalidade punitiva da pena.”, olhando nesse contexto viabilizamos a
ideia central de trazer a humanização ao presidiário, em termo social centralizamos
com termo descabido de preconceito como “bandido”, “bandido bom é bandido morto”,
“o presidio é uma escola das organizações criminosas”, os bordes que a sociedade
carrega é levada de tradição para tradição, e isso infelizmente, cria uma rotina para
os presidiários. Qual seria o termo de humanização? É trazer o sentimento o
presidiário que ele é um ser humano.
Em 1995 a Fraternidade brasileira de assistência aos condenados de sigla
“FBAC”, criou um estatuo para dar parâmetro a ideia de renovação e conscientização,
e acrescentou no Art.4 doze elementos fundamentais que doutrina sobre o que a Apac
e qual diretrizes precisa ter como parâmetro, lembrando que é uma ideia para rodar o
Brasil inteiro, não sendo assim, mas precisa seguir, são elas:

1. Participação da Comunidade:

A atividade inicial se concentra na busca pelas formas de despertar a


comunidade para a causa. A criação de APACs nos municípios passa
pela mobilização das forças locais, que legitimarão o processo de
implantação pelo envolvimento e participação.

2. Recuperando ajudando recuperando;

Despertar nos recuperandos (presos) um sentimento de ajuda mútua e


o despertar para os valores humanos. O recuperando deve perceber
que, além de ser capaz de não fazer o mal, deve também ser capaz de
praticar o bem. Este elemento do método consiste em cada recuperando
funcionar como base de sustentação de seus companheiros de
cumprimento de pena, ajudando-os a não caírem no erro.

3. Trabalho

O trabalho é obrigatório, objetivando a habilitação profissional, como


dever social e condição de dignidade humana, tendo finalidade educava
e produtiva, conforme diretrizes da Lei de Execução Penal.

4. Espiritualidade

A espiritualidade é considerada ponto importante do método, que


considera o homem no seu aspecto integral, cuja essência é espiritual.
Nesse contexto, todas as religiões têm idêntico espaço de atuação nas
APACs. Também não há impedimento para que qualquer preso seja
beneficiado pela metodologia, ainda que não professe qualquer religião

5. Assistência jurídica

A assistência judiciária é prestada somente aos condenados que


manifestem adesão à proposta da APAC, bem como aos familiares, no
que tange aos assuntos relativos a esse processo criminal. Todos os
recuperandos têm acesso à assistência jurídica gratuita, que é oferecida
por voluntários.
6. Assistência à saúde

A assistência à saúde compreende assistência médica, odontológica e


psicológica. A saúde configura um aspecto essencial na garantia da
dignidade da pessoa humana, devendo sempre ser priorizada, evitando
preocupações e aflições do recuperando e minimizando sofrimentos
físicos e morais. O atendimento dessas necessidades também é
realizado de forma gratuita, por voluntários.

7. Valorização Humana

Subdivide-se em três itens:

i) educação;

ii) cursos profissionalizantes

iii) terapia da realidade.

Realizam-se, ainda, atividades ligadas ao autoconhecimento do


recuperando, estimulando o companheirismo e amor ao próximo. Essa
valorização acontece em pequenos detalhes, como no tratamento do
recuperando pelo próprio nome, na compreensão da vida pregressa
dele, seus sonhos e anseios, incentivo ao estudo, conhecimento da
família e atendimento das suas necessidades básicas. Essa busca em
priorizar o ser humano tem por objetivo reformar a autoimagem do
recuperando, densificando sua aparência de “forte e perigoso” e
resgatando-o enquanto ser humano. Na essência, este elemento do
método leva à compreensão de que aquele que valoriza a sua vida
passa a valorizar a vida de seu semelhante.

8. Família

Ela é o elo entre o indivíduo encarcerado e a sociedade para além dos


portões dos presídios. É imprescindível à ressocialização que o apenado
não seja isolado do contato com o mundo externo, e a sua família
identifica o principal vínculo dele com a sociedade. A família do
recuperando é parceira da APAC, participando das dinâmicas
programadas para provocar a necessária reflexão de todo o núcleo
familiar, no sendo de que haja real transformação de valores, posturas e
comportamentos.

9. O Voluntário e o curso para sua formação;


Todo o trabalho da APAC é baseado na voluntariedade, ou seja, na ajuda
ao próximo. A APAC se mantém por meio de doações e convênios com
o Poder Público. A comunidade tem um importante papel na manutenção
da associação. O trabalho voluntário nas APACs é precedido de
preparação, viabilizada por um curso de formação com duração
aproximada de quatro meses, além de periódica reciclagem.

10. Centro de Reintegração Social – CRS

É a estrutura física, o prédio que abriga a APAC, normalmente composto


de três pavilhões destinados aos regimes fechado, semiaberto e aberto,
possibilitando ao recuperando o cumprimento integral da pena. O
recuperando estará sempre alojado próximo de sua família, se possível
na mesma cidade, tudo para que se viabilize a participação do núcleo
familiar no processo de reinserção.

11. Mérito

Será sempre através do mérito que o recuperando irá avançar no


cumprimento da pena. Um condenado apenas “obediente” não preenche
os requisitos para a progressão de pena. Para isso, ele tem que
desenvolver todas as atividades propostas, e apresentar, de fato, um
crescimento representado pela mudança de valores. Nas prisões
tradicionais o preso conseguirá a progressão de regime apenas por não
causar problemas. No sistema apaqueano, a fórmula é bem mais
complexa, e o reeducando tem que apresentar crescimento humano
para chegar à progressão.

12. Jornada de Libertação com Cristo;

Com a realização de encontros, palestras, testemunhos, músicas, entre


outras atividades, leva-se o recuperando a repensar o sendo de sua
vida. A Jornada de Libertação tem por objetivo a reconciliação do
recuperando consigo mesmo, com a sociedade e com Deus.

Enfim, Apac busca em seu contexto social incluir novamente o jovem/adulto a


sociedade e busca traçar uma expectativa de futuro, aonde é rotulado como um sem
futuro pela sociedade, e com isso a brilhante ideia do jurista e o grupo cristão que
mostrar uma opção de futuro que a sociedade tem, porém, hoje em d1ia foi
efetivamente encarado como devida proporção que poderia ter tomado, muito por
causa de uma sociedade encarcerada mentalmente sobre os valores da vida.
Referências bibliográficas:

 https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noti
cias/2022/23102022-Apac-a-dignidade-como-ferramenta-de-
recuperacao-do-preso.aspx

 https://www.mpgo.mp.br/portal/arquivos/2019/11/28/09_23_22_
455_Estudo_Preliminar_A_Metodologia_APAC_e_a_Criacao_d
e_vagas_no_Sistema_Prisional.pdf

 https://fbac.org.br/o-que-e-a-apac/

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