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2
Sobre este material
Caro aluno(a)!
A partir de agora acompanharemos a
Assistência ao Parto Normal, focando
nas DIRETRIZES NACIONAIS DE
ASSISTÊNCIA AO PARTO 2017 e
2022. Essa temática será abordada de
forma resumida e didática e assim, irá
auxiliar você a estudar para qualquer
prova de concurso.
A utilização de resumos como
estratégia nos estudos facilita na hora
de intercalar as disciplinas e
compreender os conteúdos.
Sumário
PARTO NORMAL ......................................................................................................................................04
Diagnóstico de trabalho de parto ...................................................................................................................04
Duração do trabalho de parto ativo ............................................................................................................... 04
POLÍTICAS NA ADMISSÃO PARA O PARTO..................................................................................................05
LOCAL DE ASSISTÊNCIA AO PARTO .......................................................................................................... 05
MEDIDAS DE ASSEPSIA PARA O PARTO VAGINAL........................................................................................ 06
PROFISSIONAL DE ASSISTE O PARTO ........................................................................................................ 06
CUIDADOS DURANTE O TRABALHO DE PARTO ........................................................................................... 06
Dieta durante o trabalho de parto ................................................................................................................. 07
ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO .................................................................................................. 07
Analgesia inalatória .................................................................................................................................. 08
Analgesia endovenosa e intramuscular .......................................................................................................... 08
Cuidados na administração de opióides ......................................................................................................... 08
Analgesia regional .................................................................................................................................... 08
RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS NO TERMO................................................................................... 09
ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO........................................................................................................................10
FASES CLÍNICAS DO PARTO ...................................................................................................................... 10
1ª fase: Dilatação ...................................................................................................................................... 10
Monitoramento da fase da dilatação .............................................................................................................. 11
Uso do partograma ......................................................................................................................................11
Avaliação do bem-estar fetal..........................................................................................................................11
Intervenções e rotinas no primeiro período do parto ............................................................................................11
Falha de progressão da fase de dilatação ......................................................................................................... 11
2ª fase: Expulsão ...................................................................................................................................... 12
Descida do polo cefálico .............................................................................................................................. 12
Duração da segunda fase ............................................................................................................................. 13
Falha do progresso ..................................................................................................................................... 14
Cuidados com o períneo .............................................................................................................................. 14
3ª fase: Dequitação ................................................................................................................................... 15
Mecanismos de dequitação .......................................................................................................................... 15
4ª fase: Greenberg .................................................................................................................................... 16
CUIDADOS MATERNOS APÓS O PARTO....................................................................................................... 17
Trauma perineal/genital .............................................................................................................................. 17
CUIDADOS COM O PERÍNEO (NOVO)...........................................................................................................18
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO ............................................................................................................19
MECANISMO DE PARTO ............................................................................................................................21
QUESTÕES ............................................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................29
4
PARTO NORMAL Momento ideal para internação
Contrações uterinas
regulares
Fase ativa
e
(franco trabalho Nas primíparas dura
dilatação cervical Nas multíparas dura
de parto) em média 8 horas e
progressiva a partir em média 5 horas e
é pouco provável que
dos 4 cm. é pouco provável que
dure mais que 18
dure mais que 12
horas.
horas.
(GOOGLE, 2023)
(GOOGLE, 2023)
6
MEDIDAS DE ASSEPSIA PARA O A assistência ao parto de baixo risco por
enfermeira obstétrica ou obstetriz apresenta
PARTO VAGINAL
vantagens em relação à redução de
intervenções e maior satisfação das
mulheres.
ANALGESIA Aumento na
ENDOVENOSA E INTRAMUSCULAR complexidade
da assistência
ao parto
Os opióides não devem ser utilizados de
rotina pois estes oferecem alívio limitado
da dor e apresentam efeitos colaterais
significativos como :
ANALGESIA REGIONAL
Analgesia combinada
raqui-peridural é
igualmente eficaz à
anestesia peridural.
9
Uma vez alterado deve-se instalar CTG, assim
A gestante sob analgesia peridural,
como proceder a cuidados habituais como
quando se sentir confortável e
decúbito lateral esquerdo e avaliar
segura, deve ser encorajada a
necessidade de otimização das condições
deambular e adotar posições mais
respiratórias e circulatórias.
verticais.
RUPTURA PREMATURA DE
A solicitação materna por analgesia de MEMBRANAS (RPM) NO TERMO
parto compreende indicação suficiente
Não realizar exame especular se o
para sua realização.
diagnóstico de ruptura das membranas for
evidente.
Antes da realização da analgesia regional
de parto deve haver acesso venoso pré-
Se houver dúvida em relação ao
estabelecido e a pré-hidratação não deve
diagnóstico de ruptura das membranas
ser utilizada de forma rotineira.
realizar um exame especular. Evitar toque
vaginal na ausência de contrações.
Toda gestante após analgesia regional
deve ser avaliada quanto à ocorrência de
hipotensão arterial. O risco de infecção neonatal grave é de
1%, comparado com 0,5% para mulheres
com membranas intactas.
Após confirmados os 10 cm de dilatação,
não se deve incentivar a gestante a
realizar puxos.Se necessário, orientá-los 60% das mulheres com ruptura precoce
sempre durante a contração. de membranas no termo entrará em
trabalho de parto dentro de 24 horas.
Após constatado 10 cm de dilatação,
devem ser estabelecidas estratégias para
que o nascimento ocorra em até 4 horas, A indução do trabalho de parto é
independente da paridade. apropriada dentro das 24 horas após a
ruptura precoce das membranas.
Toda gestante submetida a analgesia de
parto deverá estar com monitorização
básica previamente instalada (Pressão Avaliar a movimentação fetal e a
Arterial Não Invasiva - PANI a cada 5 frequência cardíaca fetal na consulta
minutos e oximetria de pulso). inicial e depois a cada 24 horas após a
ruptura precoce das membranas, enquanto
a mulher não entrar em trabalho de
Toda parturiente submetida a início de
parto, e aconselhá-la a comunicar
analgesia regional ou doses adicionais de
imediatamente qualquer diminuição nos
resgate, deve ser submetida a ausculta
movimentos fetais.
intermitente da FCF de 5 em 5 minutos
por no mínimo 30 minutos.
10
Até que a indução do trabalho de parto seja
Não existem evidências para
iniciada ou se a conduta expectante for
recomendar ou não recomendar a
escolhida pela gestante para além de 24
cesariana apenas pela eliminação isolada
horas:
de mecônio durante o trabalho de
- aconselhar a mulher a aguardar em
parto.
ambiente hospitalar;
- medir a temperatura a cada 4 horas
durante o período de observação e observar Se houver eliminação disponibilizando-se
qualquer alteração na cor ou cheiro das significativa de profissionais
perdas vaginais; mecônio deve ser treinados em suporte
- se a mulher optar por aguardar no assegurado, à avançado de vida
domicílio manter as mesmas recomendações parturiente, cuidados neonatal para
anteriores e informá-la que tomar banho em ambiente assistência no
não está associado com um aumento da hospitalar momento do parto.
infecção, mas ter relações sexuais pode
estar.
FASES CLÍNICAS DO PARTO
Se o trabalho de parto não se iniciar dentro
de 24 horas após a ruptura precoce das 1ª FASE: DILATAÇÃO
membranas, a mulher deve ser aconselhada
a ter o parto em uma maternidade baseada Incorporação do
em hospital, com serviço de neonatologia. Esvaecimento canal cervical
do colo ao
corpo do útero.
A profilaxia antibiótica para RPM
no termo é recomendada em
mulheres com período de latência
superior a 12 horas. Afastamento
Dilatação progressivo das
do colo bordas da cérvice
ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO no nível do
orifício externo.
Tanto a monitoração eletrônica contínua da
frequência cardíaca fetal, se disponível, como
a ausculta fetal intermitente, seguindo Inicia-se com as primeiras
técnicas padronizadas, podem ser utilizadas contrações dolorosas, que têm a
para avaliação do bem-estar fetal diante da finalidade de promover a modificação
eliminação de mecônio durante o trabalho do colo uterino até atingir uma
de parto. dilatação de 10cm.
ATENÇÂO!!!
14
FALHA DO PROGRESSO CUIDADOS COM O PERÍNEO
Se houver prolongamento
Aplicação de compressas
mornas
REALIZAR AMNIOTOMIA
Técnica de mãos sobre
(proteger o períneo) - orientar
Após a avaliação a mulher a não empurrar
obstétrica inicial, durante a deflexão da cabeça
manter a revisão a
cada 15-30
Técnica de mãos prontas
minutos.
(mãos sem tocar o períneo)
Um médico
obstetra deve
avaliar a mulher
antes do uso
de ocitocina.
NÃO SE RECOMENDA:
Trombotamponagem
A ocitocina é preferível, pois está
associada com menos efeitos colaterais.
É a segunda linha de defesa contra a
A tração controlada do cordão, como parte hemorragia, quando o estágio de contração fixa
da conduta ativa, só deve ser realizada do útero ainda não foi alcançado. Caracteriza-
após administração de ocitocina e sinais se pela formação de trombos nos grandes
de separação da placenta. vasos uteroplacentários.
• Lóquios e contrações
uterinas;
• Examinar a placenta
Primeiro grau:
Avaliar e membranas;
lesão apenas da pele
e mucosas.
• Avaliação precoce
das condições Segundo grau:
emocionais; lesão dos músculos
• Micção bem sucedida. perineais sem atingir o
esfínciter anal.
Terceiro grau:
lesão do períneo
envolvendo o complexo do
esfíncter anal:
- 3a – laceração de
menos de 50% da
espessura do esfíncter anal
- 3b – laceração de mais
LÓQUIOS
de 50% da espessura do
esfíncter anal
- 3c – laceração do
esfíncter anal interno.
GLOBO DE PINARD
18
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
CUIDADOS COM O PERÍNEO
A episiotomia deve ser reservada para
Assegurar analgesia efetiva partos com alto risco de laceração
com a infiltração de até perineal grave, ou necessidade de facilitar
20 ml de lidocaína 1% ou o parto de feto com sinais de
equivalente durante o comprometimento da oxigenação.
reparo perineal.
Insinuação
Desprendimento
Descida
22
MECANISMO DE PARTO 90º nas transversais: occipitoesquerda
transversa e occipitodireita transversa. Faz
INSINUAÇÃO: passagem do maior uma rotação maior para ir para OP. 135º
diâmetro da apresentação pelo estreito nas posteriores: occipitoesquerda posterior
superior da bacia materna. Nas e occipitodireita posterior. Neste caso, o
apresentações cefálicas, este diâmetro é o ponto de referência está na região sacral
biparietal (DBP). da pelve materna (occipiossacra, OS), o
que torna o trabalho de parto mais difícil.
O bebê insinuado não é móvel, quando
realizado o 4º tempo da Manobra de
Leopold-Zweifel, podemos afirmar que ele não
DESPRENDIMENTO: a cabeça do feto se
“sobe” ou “flutua”. Quando se inicia a desprende do estreito inferior pelo
passagem pelo estreito superior, ele ainda não movimento de deflexão. Ocorre uma
está totalmente fletido, e o diâmetro retropulsão coccígea, a fronte do bebê
occipitofrontal é apresentado, com a flexão rechaça o cóccix, causando um aumento
cefálica, diâmetros menores são apresentados, do diâmetro anteroposterior. O feto é
como o suboccipitofrontal e o impulsionado para fora do canal de parto
suboccipitobregmático, moldando-se para por meio das contrações uterinas e da
diminuir o estreito da cabeça e baixar
resistência perineal, quando esta
facilmente. O assinclitismo pode ocorrer neste
resistência é vencida, a cabeça fetal faz
momento.
um movimento de extensão, exteriorizando
o bregma, a fronte, o nariz e o mento.
DESCIDA: passagem do polo cefálico do
estreito superior para o estreito inferior da Quando a rotação é posterior (porque o
pelve materna. Esse é um processo que occipício está alinhado com o sacro da mãe),
ocorre concomitantemente à insinuação, a extensão cefálica tem que ser ainda maior
assim como a rotação interna. A divisão para vencer a resistência, e por isso o
dos tempos é feita apenas para fins de desprendimento cefálico em OS é lento e
pode precisar de alocação de fórceps.
aprendizado.O feto precisa se adaptar ao
canal de parto para que possa passar, e
por isso, faz movimentos de flexão, ROTAÇÃO EXTERNA: fora da genitália, a
rotação interna e cavalgamento ósseo. cabeça faz um movimento retornando o
occipital para onde se encontrava na
insinuação, simultaneamente, ocorre
ROTAÇÃO INTERNA: o polo cefálico tem
rotação interna das espáduas, esse
que ficar posicionado sob o púbis. Em
processo é chamado de restituição ou
apresentações cefálicas fletidas, o occipício
rotação externa da cabeça. O movimento
é o ponto de referência, e a rotação se dá
ocorre para que o ombro anterior se
nos seguintes graus, considerando a
posicione sob a arcada púbica e o
variedade de posição: 45º nas anteriores:
posterior se volte para o assoalho pélvico,
occipitoesquerda anterior e occipitodireita
empurrando o coccige materno para trás.
anterior. Inicia apontando o lambda
anteriormente para o púbis, rotaciona para
As espáduas se desprendem quando o
ficar occipitopúbica (OP).
anterior transpõe a arcada pélvica, e o
posterior acompanha o tronco quando este
faz flexão lateral, progredindo até a saída.
23
Hora de exercitar
01. (AOCP/EBSERH/2015) Segundo a Portaria n. 02. (IBFC/PREFEITURA DE SÃO PAULO –
11, de 7 de Janeiro de 2015, parto normal é SP/2016) Revisão Cochrane foi realizada, sobre os
considerado como o: banhos mornos na primeira fase do trabalho de
a) trabalho de parto de início espontâneo, sem parto, é correto afirmar que:
indução, sem aceleração, sem utilização de a) Provocam aumento na duração do trabalho de
intervenções como fórceps ou cesariana e sem uso parto, mas diminuem a dor.
de anestesia geral, raquiana ou peridural durante o b) Diminuem a duração do trabalho de parto, mas
trabalho de parto e o parto. aumentam a necessidade de anestesia peridural.
b) trabalho de parto de início espontâneo, podendo c) Reduzem a necessidade de analgesia peridural,
ser induzido se necessário. sem afetar negativamente a duração do trabalho de
c) trabalho de parto de início espontâneo, sem parto.
indução. Se necessário, uso de anestesia geral, d) Reduzem as taxas de parto cirúrgico, mas
raquiana ou peridural durante o trabalho de parto e aumentam a necessidade de analgesia peridural.
o parto. e) Diminuem a duração do trabalho de parto e as
d) trabalho de parto de início espontâneo, sem taxas de parto cirúrgico.
indução. Se necessário, acrescentar aceleração,
Letra c.
sem utilização de intervenções como fórceps ou
O Ministério da saúde recomenda que sempre que
cesariana.
possível deve ser oferecido à mulher a imersão em
e) trabalho de parto de início espontâneo. Se
água para alívio da dor no trabalho de parto.
necessário indução, aceleração, utilização de
intervenções como fórceps ou cesariana, uso de 03. (AOCP/EBSERH/2015) O diagnóstico do
anestesia geral, raquiana ou peridural durante o trabalho de parto pode ser considerado de forma
trabalho de parto e o parto. esquemática como:
a) contrações dolorosas que duram de 20 a 40
Letra a. segundos, e perda do tampão mucoso.
Questão apenas literal do conceito de parto normal. b) contrações dolorosas, rítmicas (no mínimo 2 em
10 minutos) com duração de 50 a 60 segundos.
Colo apagado, nas primíparas e dilatado para 2 cm,
nas multíparas semi-apagado e com 3 cm de
dilatação. Formação da bolsa das águas. Perda do
tampão mucoso.
c) perda do tampão mucoso, colo apagado e dilatado
e contrações uterinas.
24
d) formação da bolsa das águas, colo dilatado em 1 06. (FUNRIO/IF-BA/2016) A ocitocina é um
cm e contrações dolorosas com duração de 30 medicamento muito utilizado em serviços de
segundos. obstetrícia. A finalidade de sua administração é:
e) colo dilatado nas primíparas e apagado nas a) controlar a pressão arterial em pré-eclâmpsia.
multíparas e contrações dolorosas. b) induzir ou aumentar o trabalho de parto.
Letra b. c) inibir o trabalho de parto prematuro.
d) manter analgesia durante o trabalho de parto.
e) diminuir sangramento puerperal.
04. (EBSERH/IAOCP/2014) A evolução clínica do
parto pode ser dividida em 4 períodos. Assinale a Letra b.
alternativa correta para a sequência destes
períodos.
a) Período de Greenberg; Dequitação; Dilatação;
Expulsão. 07. (CETRO/2013) Na assistência humanizada ao
b) Dequitação; Dilatação; Expulsão; Período de parto natural, deve-se estimular a parturiente a:
Greenberg. a) dar preferência à posição vertical, deambulando
c) Período de Greenberg; Dilatação; Expulsão; durante o trabalho de parto.
Dequitação. b) permanecer em repouso absoluto.
d) Dilatação; Expulsão; Dequitação; Período de c) evitar alimentar-se durante o trabalho de parto.
Greenberg. d) evitar banhos de imersão.
e) Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg; Letra a.
Dequitação. O MS recomenda que a gestante adote a posição que
Letra d. ela achar melhor, orienta a deambulação para
contribuir com o trabalho de parto. A dieta leve pode
05. (NUCEPE/2017) A duração do trabalho de
ser oferecida à gestante sem risco adicional e banho
parto ativo nas primíparas é em média de:
de imersão é indicado.
a) 5 horas e é pouco provável que dure mais que
12horas.
b) 4 horas e é pouco provável que dure mais que 10
horas.
c) 3 horas e é pouco provável que dure mais que 7
horas.
d) 8 horas e é pouco provável que dure mais que 12
horas.
e) 8 horas e é pouco provável que dure mais que 18
horas.
Letra e.
25
08. (AOCP/EBSERH/2015) Em relação ao manejo 10. (IBFC/PREF SP/2016) Segundo a Organização
da dor no parto humanizado, assinale a alternativa Mundial de Saúde (2014), a hemorragia pós parto é
INCORRETA. a principal causa primária de quase um quarto de
a) O alívio pode ser obtido apenas com um suporte todas as mortes maternas no nível global. Sobre a
físico e emocional adequado. hemorragia pós parto, é correto afirmar que:
b) A deambulação deve ser restrita, pois não a) Sua ocorrência é tarde, frequentemente na
contribui com o alívio da dor e aumenta o risco do segunda semana após o parto.
nascimento do bebê fora do centro obstétrico. b) Para sua prevenção, indica-se gestão ativa da
c) Quando for constatada a necessidade, ou houver terceira fase do parto, a qual inclui o clampeamento
solicitação da mulher, os métodos farmacológicos de precoce do cordão umbilical e a tração controlada do
alívio da dor devem ser utilizados. cordão.
d) As massagens corporais também devem ser c) Todas as parturientes devem receber uterotônicos
utilizadas para alívio da dor. durante a terceira fase do parto para sua prevenção.
e) Os banhos, de chuveiro ou imersão, também d) A ergotamina é a droga de primeira escolha para
devem ser utilizados para o alívio da dor. sua prevenção, por ser mais barata e efetiva.
Letra b. e) Recomenda-se a massagem uterina continua em
sua prevenção, especialmente se a parturiente
09. (NUCEPE/2017) A dequitação corresponde ao recebeu ocitocina profilática.
terceiro período clínico do parto, se caracteriza por
Letra c.
ser:
O uso de uterotônico faz parte do manejo ativo do
a) O período de dilatação total do colo, cabeça do
trabalho de parto, indicado para redução da
bebê visível, contrações de expulsão ou esforço
hemorragia pós-parto.
materno ativo.
b) O período que as contrações uterinas ainda
possuem intensidade e frequência mínimas.
c) A primeira hora após ao nascimento da criança. 11. (AOCP/EBSERH/HUCAM-UFES/2014) Sobre
d) O momento desde o nascimento da criança até a os cuidados de enfermagem nas primeiras horas pós-
expulsão da placenta e membranas. parto, assinale a alternativa correta.
e) O período de dilatação cervical quase total (9cm) a) Estimular deambulação tardia.
até a saída do feto. b) Orientar a puérpera para trocar absorvente a cada
Letra d. 2 horas.
c) Atentar para presença de Globo de segurança de
Pinard.
d) Orientar a puérpera a deambular imediatamente
após o parto.
Letra c.
26
12. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS d) nesta fase, devem-se considerar as seguintes
CAMPOS-SP/2015) Nas primeiras 24 horas após o questões: verificação constante da contração uterina
parto, considera-se normal que o fundo uterino (a cada quatro horas), revisão do canal de parto
esteja situado: sendo desnecessária a reparação das lesões
a) à altura da cicatriz umbilical, firmemente porventura existentes, por tornar o processo mais
contraído. traumático.
b) à altura do escavado gástrico, com consistência e) a remoção da puérpera para a sala de recuperação
firme. (quando necessária) e enfermaria de alojamento
c) cinco centímetros acima da cicatriz umbilical, conjunto somente deverá ser efetuada durante o
amolecido. quarto período.
d) dentro da cavidade pélvica, impalpável. Letra a.
e) abaixo da cicatriz umbilical, com consistência
pastosa. b) O quarto período é o maior o risco materno, com
possibilidade de hemorragias, principalmente por
Letra a.
atonia uterina.
c) São 15 minutos em média.
13. (AOCP/EBSERH/2014) A assistência de
d) A verificação da contração uterina é constante.
enfermagem é importante durante todo o período do
parto e pós-parto. Com relação ao quarto período,
podemos afirmar que: 14. (AOCP/EBSERH/2014) O Ministério da Saúde
a) denomina-se quarto período do parto (ou de tem orientações específicas sobre a assistência ao
Greenberg) ao período de pós-parto imediato, após a parto em todas as suas fases. Assinale a alternativa
dequitação. Não há na literatura consenso sobre sua correta.
duração exata, entretanto, inicia-se após a a) A presença de acompanhante na sala de parto
dequitação da placenta. deve ser desencorajada, pois facilita a ocorrência de
b) é período de menor risco materno, com infecção puerperal.
possibilidade de pequenas hemorragias, b) A ocitocina deverá ser utilizada rotineiramente
principalmente por atonia uterina. durante o trabalho de parto, pois aumenta o número
c) os sinais vitais, especialmente pressão arterial e de contrações, abreviando o período expulsivo.
pulso, devem ser mensurados a cada quatro horas. c) A realização de episiotomia deve ser reservada
Da mesma forma, deverá ser feito controle somente para os casos onde haja possibilidade de
praticamente contínuo da retração uterina e do rotura perineal e/ou lacerações, não sendo
sangramento. recomendado seu uso rotineiro.
27
d) O Fleet enema são procedimentos fundamentais na 16. (FEPESE/2017) A atonia uterina é uma das
prevenção das infecções puerperais e, portanto, causas de hemorragia pós-parto que pode colocar em
devem ser realizados rotineiramente. risco a vida da mulher. Identifique abaixo as
Letra c. afirmativas em (V) ou (F) em relação ao assunto.
( ) A massagem uterina rotineira durante o período
de Greenberg é recomendada para a prevenção da
15. (FEPESE/2017) A Hemorragia Pós-Parto (HPP)
atonia uterina.
é uma das principais causas de morte materna.
( ) Após a dequitação, o útero se encontra acima da
No que se refere à prevenção da HPP:
cicatriz umbilical.
1) Todas as parturientes devem receber uterotônicos
( ) O manejo ativo do terceiro período do parto é
durante a 3ª fase do parto, sendo a ocitocina
recomendado para a prevenção de hemorragia pós-
recomendada como o fármaco preferencial.
parto.
2) A massagem uterina contínua é recomendada para
( ) O risco aumentado de atonia uterina ocorre nas
prevenir a HPP em mulheres que receberam ocitocina
gestações gemelares, no polidrâmnio e na
profilática, pois reduz a perda de sangue.
macrossomia.
3) O clampeamento precoce do cordão umbilical (< 1
Assinale a alternativa que indica a sequência correta.
minuto após o nascimento) não é recomendado, a
a) V • V • F • V
menos que o neonato esteja asfixiando e precise ser
b) V • F • F • F
reanimado.
c) F • V • V • F
4) A avaliação do tônus uterino abdominal pós-parto
d) F • V • F • V
para a identificação precoce da atonia uterina é
e) F • F • V • V
recomendada somente para as multíparas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas Letra e.
corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
Letra b.
28
17. (IBFC/2020) Uma das preocupações essenciais 18. (IBFC/2020) A realização rotineira de
das diretrizes de humanização e boas práticas de episiotomia é uma prática recomendada. Quando
assistência ao parto e nascimento é acolher o recém- realizada e feita médio-lateral de forma correta, são
nascido, de forma a suavizar os impactos da transição seccionados determinados músculos. Sobre quais
para a vida extrauterina. Imediatamente após o são os músculos e qual o seu grau de laceração,
nascimento, o recém-nascido com boa vitalidade deve assinale a alternativa correta
ser colocado em contato pele-a-pele com sua mãe,
adiando procedimentos como medidas a) Piriforme e bulbocavernoso; laceração grau 1
antropométricas, afim de garantir a primeira hora de b)Transverso superficial do períneo e coccígeo;
vida em contato com a mãe. Dentre todos os cuidados laceração grau 2
com o recém-nascido no pós-parto, analise as c)Bulbocavernoso e transverso superficial do
afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou períneo; laceração grau 2
Falso (F): d)Puborretal e transverso profundo do períneo;
laceração grau 3
( ) Os parâmetros avaliados no boletim do APGAR e)Bulbocavernoso e transverso superficial do
são: FC, FR, temperatura, cor e irritabilidade reflexa. períneo; laceração grau 3
( ) O clâmpeamento do cordão, se não houver
contraindicações, deve ser realizado após 1 minuto. Letra c.
( ) O cordão umbilical é composto por 2 artérias e 1
veia.
( ) A aplicação de 1mg de vitamina K intramuscular
para todos os recém-nascidos não é uma prática
recomendada.
( ) Manter o recém-nascido aquecido e promover o
primeiro banho com pelo menos 48h de vida.
NÃO PARE POR AQUI !
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CONTINUE ESTUDANDO !
correta de cima para baixo:
a) V, F, V, F, V
b) F, V, V, F, F
c) F, V, F, V, V
d) F, V, F, V, F
e) V, V, F, V, F
Letra b.
29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. Diretriz nacional de assistência ao parto normal: versão preliminar. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2022.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e
Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
MONTENEGRO, C.A.B.; REZENDE, J.F. Obstetrícia Fundamental. 13 ed,. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
ZUGAIB, M.; VIEIRA, R. P. Z. Obstetrícia. 4. ed. São Paulo: Manole, 2020. ISBN.