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Assistência ao Parto Normal

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Enfe

Por: Diego inacio


Lais Noleto

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2
Sobre este material

Caro aluno(a)!
A partir de agora acompanharemos a
Assistência ao Parto Normal, focando
nas DIRETRIZES NACIONAIS DE
ASSISTÊNCIA AO PARTO 2017 e
2022. Essa temática será abordada de
forma resumida e didática e assim, irá
auxiliar você a estudar para qualquer
prova de concurso.
A utilização de resumos como
estratégia nos estudos facilita na hora
de intercalar as disciplinas e
compreender os conteúdos.
Sumário
PARTO NORMAL ......................................................................................................................................04
Diagnóstico de trabalho de parto ...................................................................................................................04
Duração do trabalho de parto ativo ............................................................................................................... 04
POLÍTICAS NA ADMISSÃO PARA O PARTO..................................................................................................05
LOCAL DE ASSISTÊNCIA AO PARTO .......................................................................................................... 05
MEDIDAS DE ASSEPSIA PARA O PARTO VAGINAL........................................................................................ 06
PROFISSIONAL DE ASSISTE O PARTO ........................................................................................................ 06
CUIDADOS DURANTE O TRABALHO DE PARTO ........................................................................................... 06
Dieta durante o trabalho de parto ................................................................................................................. 07
ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO .................................................................................................. 07
Analgesia inalatória .................................................................................................................................. 08
Analgesia endovenosa e intramuscular .......................................................................................................... 08
Cuidados na administração de opióides ......................................................................................................... 08
Analgesia regional .................................................................................................................................... 08
RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS NO TERMO................................................................................... 09
ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO........................................................................................................................10
FASES CLÍNICAS DO PARTO ...................................................................................................................... 10
1ª fase: Dilatação ...................................................................................................................................... 10
Monitoramento da fase da dilatação .............................................................................................................. 11
Uso do partograma ......................................................................................................................................11
Avaliação do bem-estar fetal..........................................................................................................................11
Intervenções e rotinas no primeiro período do parto ............................................................................................11
Falha de progressão da fase de dilatação ......................................................................................................... 11
2ª fase: Expulsão ...................................................................................................................................... 12
Descida do polo cefálico .............................................................................................................................. 12
Duração da segunda fase ............................................................................................................................. 13
Falha do progresso ..................................................................................................................................... 14
Cuidados com o períneo .............................................................................................................................. 14
3ª fase: Dequitação ................................................................................................................................... 15
Mecanismos de dequitação .......................................................................................................................... 15
4ª fase: Greenberg .................................................................................................................................... 16
CUIDADOS MATERNOS APÓS O PARTO....................................................................................................... 17
Trauma perineal/genital .............................................................................................................................. 17
CUIDADOS COM O PERÍNEO (NOVO)...........................................................................................................18
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO ............................................................................................................19
MECANISMO DE PARTO ............................................................................................................................21
QUESTÕES ............................................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................29
4
PARTO NORMAL Momento ideal para internação

Trabalho de Parto Ativo


Parto de início espontâneo, baixo risco no
início do trabalho de parto, permanecendo
assim durante todo o processo, até o Evita intervenções
nascimento. O bebê nasce espontaneamente, desnecessárias
em posição cefálica de vértice, entre 37 e 42
semanas completas de gestação. Após o Benefícios
nascimento, mãe e filho permanecem em
boas condições. (OMS, 2016) Propicia melhores
resultados perinatais

DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO


Rotura de membranas, mesmo sem
Contrações uterinas trabalho de parto, é um critério
Fase latente
dolorosas para internação.
(não
e
necessariamente
alguma modificação
contínuo)
cervical, incluindo
apagamento e
dilatação até 4 cm.

DURAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO ATIVO

Contrações uterinas
regulares
Fase ativa
e
(franco trabalho Nas primíparas dura
dilatação cervical Nas multíparas dura
de parto) em média 8 horas e
progressiva a partir em média 5 horas e
é pouco provável que
dos 4 cm. é pouco provável que
dure mais que 18
dure mais que 12
horas.
horas.

De acordo com a Diretriz Nacional de


Assistência ao Parto Normal de 2022, na fase
Em relação a duração do trabalho de
latente há dilatação de até 5 cm, para
parto ativo houve uma mudança. Nas
nulíparas e multíparas e na fase ativa há
multíparas geralmente não se estende
dilatação mais rápida de 5 cm até a dilatação
além de 10 horas e nas nulíparas
completa para nulíparas e multíparas.
geralmente não se estende além de 12
horas.
ONDE TEM NÚMERO TEM QUESTÃO!!!
5
POLÍTICAS NA ADMISSÃO Mulheres que optem por parto em
PARA O PARTO Centro de Parto Normal (CPN)
Até que mais evidências estejam
Devem estar cientes dos riscos e
disponíveis, uma gestante que se
benefícios;
apresenta às instalações de saúde em
trabalho de parto deve ser admitida e
apoiada adequadamente, mesmo no Devem ser apoiadas em sua decisão.
início do trabalho de parto, a menos
que sua preferência seja aguardar o
trabalho de parto ativo em casa.
Assistência ao parto no domicílio
(PD)
Para as mulheres admitidas durante a
fase latente do primeiro período, as Não faz parte das políticas atuais de
intervenções médicas para acelerar o saúde no país, logo não há como
trabalho de parto e o parto devem ser recomendar;
evitadas se o bem-estar materno e
Não se deve desencorajar o planejamento
fetal estiver assegurado.
do PD, desde que todas as mulheres que
optarem tenham acesso em tempo hábil
e oportuno a uma maternidade, se
A pelvimetria clínica de rotina na
houver necessidade de transferência.
admissão da parturiente não é
recomendada para gestantes saudáveis
de risco habitual. As mulheres devem receber
informações sobre o local de parto
A cardiotocografia de rotina não é
recomendada para a avaliação do Acesso à equipe médica;
bem-estar fetal na admissão do parto
de início espontâneo, em gestantes
Acesso ao cuidado no trabalho de
saudáveis de risco habitual.
parto e parto por enfermeiras
obstétricas ou obstetrizes;

Acesso a métodos de alívio da


LOCAL DE ASSISTÊNCIA AO PARTO
dor, incluindo os não
farmacológicos;
Deve-se informar às gestantes de baixo
risco que o parto normal é geralmente A probabilidade de ser transferida
muito seguro tanto para a mulher quanto para uma maternidade (se esse
para a criança. não for o local escolhido), as
razões porque isso pode acontecer
e o tempo necessário para tal.

(GOOGLE, 2023)

(GOOGLE, 2023)
6
MEDIDAS DE ASSEPSIA PARA O A assistência ao parto de baixo risco por
enfermeira obstétrica ou obstetriz apresenta
PARTO VAGINAL
vantagens em relação à redução de
intervenções e maior satisfação das
mulheres.

Não é recomendada a limpeza vaginal de


rotina com clorexidina durante o trabalho
CUIDADOS DURANTE O
de parto com a finalidade de prevenir
morbidades infecciosas. TRABALHO DE PARTO
Mulheres em TP devem ser tratadas com
respeito, ter acesso às informações
baseadas em evidências e serem incluídas
na tomada de decisões
A água e sabão podem ser usada para a
limpeza vulvar e perineal se houver
necessidade, antes do exame vaginal.
Verificar se a mulher Avaliar o que a
tem dificuldades mulher sabe sobre
para se comunicar estratégias de alívio
da forma proposta; da dor e oferecer
Medidas de higiene, incluindo higiene padrão informações;
das mãos e uso de luvas únicas não
necessariamente estéreis, são apropriadas para
reduzir a contaminação cruzada entre as
mulheres, crianças e profissionais.
O profissional
DEVE:
PROFISSIONAL QUE ASSISTE O
PARTO

Solicitar permissão à Envolver a mulher


mulher antes de na transferência
A assistência ao parto e
qualquer procedimento de cuidados para
nascimento de baixo risco
e observações; outro profissional.
que se mantenha dentro
dos limites da normalidade
pode ser realizada tanto
por médico obstetra quanto
por enfermeira obstétrica e
obstetriz.
7
DIETA DURANTE O Acupuntura e hipnose podem ser oferecidas
TRABALHO DE PARTO às mulheres que desejarem usar essas
técnicas durante o TP, se houver
profissional habilitado e disponível para tal;

• Mulheres em TP podem ingerir líquidos, Os métodos não farmacológicos de alívio da


de preferência soluções isotônicas ao dor devem ser oferecidos à mulher antes da
invés de somente água; utilização de métodos farmacológicos;
• Mulheres em TP que não estiverem
A deambulação e livre movimentação
sob efeito de opióides ou não
materna é permitida, notadamente no
apresentarem fatores de risco iminente
primeiro e segundo período do trabalho de
para anestesia geral podem ingerir uma
parto;
dieta leve;

• Os antagonistas H2 e antiácidos não Técnicas como massagem ou aplicação de


devem ser utilizados de rotina para compressas mornas são recomendadas para
mulheres de baixo risco para anestesia parturientes de risco habitual que desejam
geral durante o TP. alívio da dor durante o trabalho de parto,
dependendo da preferência da mulher;

Métodos como bolas de parto, técnicas de


respiração e relaxamento, banhos de chuveiro
As mulheres que e musicoterapia podem proporcionar redução
receberem opióides ou na dor, mesmo que modesta e com baixxos
apresentarem fatores de níveis de evidência, com custo e risco
risco que aumentem a mínimos, podendo ser utilizados de maneira
chance de uma anestesia associada e conforme disponibilidade e desejo
geral devem receber da mulher.
antagonistas H2 ou
antiácidos. Tentar retardar ou evitar a
progressão do trabalho de parto com
métodos de alívio da dor não é
ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO recomendado.

Sempre que possível deve ser oferecido à


mulher a imersão em água para alívio da
ABORDAGEM FARMACOLÓGICA
dor no TP; DA DOR
O bloqueio de nervo pudendo pode ser
A injeção de água estéril não deve ser
utilizado para aliviar a dor da distensão
usada para alívio da dor no parto;
perineal e como complemento à analgesia
peridural.
A estimulação elétrica transcutânea não
deve ser utilizada em mulheres em TP O bloqueio paracervical não é
estabelecido; recomendado.
CUIDADOS NA 8
ANALGESIA INALATÓRIA ADMINISTRAÇÃO
DE OPIÓIDES (EV
OU IM)
O óxido nitroso a
Utilizar
50% em veículo
concomitantemente
específico pode ser
um anti-emético
oferecido para alívio
da dor no TP.

Efeitos colaterais: Até duas horas após a


administração de opióides ou se
náusea, tonteiras, sentirem sonolentas, as mulheres
vômitos e alteração não devem entrar em piscina ou
da memória. banheira

ANALGESIA Aumento na
ENDOVENOSA E INTRAMUSCULAR complexidade
da assistência
ao parto
Os opióides não devem ser utilizados de
rotina pois estes oferecem alívio limitado
da dor e apresentam efeitos colaterais
significativos como :
ANALGESIA REGIONAL

Náusea, sonolência e tonteira


(para a mulher);
É mais eficaz para
alívio da dor que os Está associada com
Depressão respiratória ao nascer e
opióides; aumento na duração
sonolência que pode durar vários
do segundo período
dias (para a criança);
do parto e na chance
de parto vaginal
Interferência negativa no aleitamento
instrumental;
materno.
Necessita de nível
mais elevado de
monitoração e a
mobilidade pode ser
A analgesia farmacológica está reduzida.
restrita ao ambiente hospitalar.

Analgesia combinada
raqui-peridural é
igualmente eficaz à
anestesia peridural.
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Uma vez alterado deve-se instalar CTG, assim
A gestante sob analgesia peridural,
como proceder a cuidados habituais como
quando se sentir confortável e
decúbito lateral esquerdo e avaliar
segura, deve ser encorajada a
necessidade de otimização das condições
deambular e adotar posições mais
respiratórias e circulatórias.
verticais.

RUPTURA PREMATURA DE
A solicitação materna por analgesia de MEMBRANAS (RPM) NO TERMO
parto compreende indicação suficiente
Não realizar exame especular se o
para sua realização.
diagnóstico de ruptura das membranas for
evidente.
Antes da realização da analgesia regional
de parto deve haver acesso venoso pré-
Se houver dúvida em relação ao
estabelecido e a pré-hidratação não deve
diagnóstico de ruptura das membranas
ser utilizada de forma rotineira.
realizar um exame especular. Evitar toque
vaginal na ausência de contrações.
Toda gestante após analgesia regional
deve ser avaliada quanto à ocorrência de
hipotensão arterial. O risco de infecção neonatal grave é de
1%, comparado com 0,5% para mulheres
com membranas intactas.
Após confirmados os 10 cm de dilatação,
não se deve incentivar a gestante a
realizar puxos.Se necessário, orientá-los 60% das mulheres com ruptura precoce
sempre durante a contração. de membranas no termo entrará em
trabalho de parto dentro de 24 horas.
Após constatado 10 cm de dilatação,
devem ser estabelecidas estratégias para
que o nascimento ocorra em até 4 horas, A indução do trabalho de parto é
independente da paridade. apropriada dentro das 24 horas após a
ruptura precoce das membranas.
Toda gestante submetida a analgesia de
parto deverá estar com monitorização
básica previamente instalada (Pressão Avaliar a movimentação fetal e a
Arterial Não Invasiva - PANI a cada 5 frequência cardíaca fetal na consulta
minutos e oximetria de pulso). inicial e depois a cada 24 horas após a
ruptura precoce das membranas, enquanto
a mulher não entrar em trabalho de
Toda parturiente submetida a início de
parto, e aconselhá-la a comunicar
analgesia regional ou doses adicionais de
imediatamente qualquer diminuição nos
resgate, deve ser submetida a ausculta
movimentos fetais.
intermitente da FCF de 5 em 5 minutos
por no mínimo 30 minutos.
10
Até que a indução do trabalho de parto seja
Não existem evidências para
iniciada ou se a conduta expectante for
recomendar ou não recomendar a
escolhida pela gestante para além de 24
cesariana apenas pela eliminação isolada
horas:
de mecônio durante o trabalho de
- aconselhar a mulher a aguardar em
parto.
ambiente hospitalar;
- medir a temperatura a cada 4 horas
durante o período de observação e observar Se houver eliminação disponibilizando-se
qualquer alteração na cor ou cheiro das significativa de profissionais
perdas vaginais; mecônio deve ser treinados em suporte
- se a mulher optar por aguardar no assegurado, à avançado de vida
domicílio manter as mesmas recomendações parturiente, cuidados neonatal para
anteriores e informá-la que tomar banho em ambiente assistência no
não está associado com um aumento da hospitalar momento do parto.
infecção, mas ter relações sexuais pode
estar.
FASES CLÍNICAS DO PARTO
Se o trabalho de parto não se iniciar dentro
de 24 horas após a ruptura precoce das 1ª FASE: DILATAÇÃO
membranas, a mulher deve ser aconselhada
a ter o parto em uma maternidade baseada Incorporação do
em hospital, com serviço de neonatologia. Esvaecimento canal cervical
do colo ao
corpo do útero.
A profilaxia antibiótica para RPM
no termo é recomendada em
mulheres com período de latência
superior a 12 horas. Afastamento
Dilatação progressivo das
do colo bordas da cérvice
ELIMINAÇÃO DE MECÔNIO no nível do
orifício externo.
Tanto a monitoração eletrônica contínua da
frequência cardíaca fetal, se disponível, como
a ausculta fetal intermitente, seguindo Inicia-se com as primeiras
técnicas padronizadas, podem ser utilizadas contrações dolorosas, que têm a
para avaliação do bem-estar fetal diante da finalidade de promover a modificação
eliminação de mecônio durante o trabalho do colo uterino até atingir uma
de parto. dilatação de 10cm.

Considerar a realização de amnioinfusão


diante da eliminação de mecônio moderado
a espesso durante o trabalho de parto, se
não houver disponibilidade de monitoração
eletrônica fetal contínua. (GOOGLE, 2023)
(GOOGLE, 2023)
MONITORAMENTO DA FASE DA AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR FETAL
11
DILATAÇÃO

Realizar a ausculta antes, durante e


• Frequência das contrações uterinas de 1 em
imediatamente após uma contração,
1 hora;
por pelo menos 1 minuto e a cada 30
• Pulso de 1 em 1 hora;
minutos, registrando como uma taxa
• Temperatura e PA de 4 em 4 horas;
única;
• Frequência da diurese;
• Exame vaginal de 4 em 4 horas ou se
houver alguma preocupação com o progresso
do parto ou em resposta aos desejos da Registrar acelerações e
mulher (após palpação abdominal e avaliação desacelerações, se
de perdas vaginais); ouvidas;
• Utilizar partograma;
• Transferir a paciente quando necessário.

Palpar o pulso materno se alguma


Frequência Cardíaca Fetal anormalidade for suspeitada para
de 30 em 30 minutos diferenciar os batimentos fetais e
da mãe.
USO DO PARTOGRAMA

Para parturientes com início de trabalho de INTERVENÇÕES E MEDIDAS DE ROTINA


parto espontâneo, o limite da taxa de dilatação NO PRIMEIRO PERÍODO DO PARTO
cervical de 1 cm/hora, durante a fase ativa do
Não se recomenda:
primeiro estágio é impreciso para identificar
mulheres em risco de resultados adversos no
Ocitocina para prevenção de atraso no TP;
parto e, portanto, não é recomendado para esse
Agentes antiespasmódicos para prevenção de
fim.
atraso no TP;
Um partograma com linha de ação de 4 horas Fluidos intravenosos para encurtar a duração
deve ser utilizado para o registro do progresso do TP.
do parto, modelo da OMS ou equivalente.
Devem ser
encorajadas a se
movimentarem e
As mulheres adotarem as posições
que lhes sejam mais
PARTOGRAMA confortáveis.

Não são medidas a


serem utilizadas de
forma rotineira:
Enema, tricotomia
e amniotomia
precoce.
12
FALHA DE PROGRESSO DA
2ª FASE: EXPULSÃO
FASE DE DILATAÇÃO

Suspeitar de falha quando: Dilatação total do colo


• Dilatação menor que 2 cm em sem sensação de puxo
Fase
4 horas de TP (em primíparas e involuntário ou parturiente
multíparas) e/ou progresso lento inicial ou
com analgesia e a cabeça
(multíparas); passiva do feto ainda
• Mudança no padrão de relativamente alta na
contrações uterinas. pelve.

Dilatação total do colo,


cabeça do bebê visível,
CONSIDERAR:
contrações de expulsão ou
Fase esforço materno ativo após
Realização de ativa a confirmação da dilatação
amniotomia se as completa do colo do útero,
membranas Se a amniotomia for ou na ausência das
estiverem íntegras não realizada, realizar um contrações de expulsão.
exame vaginal após 2
horas e confirmar falha
de progresso se a
dilatação progredir menos DESCIDA DO POLO CEFÁLICO
que 1 cm.
Fase cefálica: quando a
apresentação se encontra
acima do plano +3 de De
Se a ocitocina for utilizada
Lee.
assegurar que os incrementos
na dose não sejam mais
frequentes do que a cada
Fase pélvica: apresenta a
30 minutos. Aumentar a dose
cabeça rodada e em um
de ocitocina até haver 4-5
plano inferior a +3 de De
contrações em 10 minutos.
Lee.
Realizar exame
vaginal 4 horas
após o início da
ocitocina.

a paciente deverá ser


assistida por um médico
obstetra.
13
ATENÇÃO!!! DURAÇÃO DA 2ª FASE

Com analgesia epidural, o segundo


EM MULTÍPARAS
período de parto pode se prolongar em até
uma hora, quando comparado com a
mulher sem analgesia. Cerca de 0,5–2,5 Até 1 hora sem
horas sem peridural peridural e 2
Deve-se desencorajar a mulher a ficar em e 1–3 horas com horas com
posição supina, decúbito dorsal horizontal, peridural. peridural.
ou posição semi-supina no segundo
período do trabalho de parto. A mulher
deve ser incentivada a adotar qualquer
outra posição que ela achar mais EM PRIMÍPARAS
confortável incluindo as posições de
cócoras, lateral ou quatro apoios.

Deve-se apoiar a realização de puxos EM MULTÍPARAS


espontâneos no segundo período do
trabalho de parto em mulheres sem
analgesia, evitando os puxos dirigidos. Pode se estender Pode se estender
entre período inferior de meia hora até
a 1 hora até 3 horas, 2 horas, sem
A manobra de Kristeller não deve ser
sem analgesia analgesia epidural.
realizada no segundo período do trabalho
epidural.
de parto.

Informar às mulheres que não há


evidências suficientes e de qualidade para EM NULÍPARAS
apoiar o segundo período do parto na
água, sendo que o mesmo deve ficar
restrito a ensaios clínicos.

A duração das fases do


TP cai muito em prova!

ATENÇÂO!!!
14
FALHA DO PROGRESSO CUIDADOS COM O PERÍNEO

Se houver prolongamento

(Nulíparas - após 1 hora de segundo


Não se recomenda a
periodo ativa /Multíparas - após 30 min.
massagem perineal

Aplicação de compressas
mornas
REALIZAR AMNIOTOMIA
Técnica de mãos sobre
(proteger o períneo) - orientar
Após a avaliação a mulher a não empurrar
obstétrica inicial, durante a deflexão da cabeça
manter a revisão a
cada 15-30
Técnica de mãos prontas
minutos.
(mãos sem tocar o períneo)

Um médico
obstetra deve
avaliar a mulher
antes do uso
de ocitocina.
NÃO SE RECOMENDA:

Considerar o uso de Massagem perineal, aplicação de


parto instrumental spary de lidocaína e episiotomia
(vácuo-extrator ou de rotina.
fórceps) e utilizar
anestesia efetiva.

FÓRCEPS / VÁCUO-EXTRATOR / OCITOCINA


15
3ª FASE: DEQUITAÇÃO MECANISMOS DE DEQUITAÇÃO

O terceiro período do Mecanismo de


parto é o momento Baudelocque Ducan
desde o nascimento da (25% dos casos)
criança até a expulsão da
placenta e membranas. Se a placenta estiver
localizada na parede lateral
do útero, a desinserção
A conduta fisiológica no começa pela borda inferior.
terceiro período do parto Aqui, o sangue se
envolve: exterioriza antes da
- sem uso rotineiro de placenta, que, por
uterotônicos; deslizamento, se apresenta Face materna
- clampeamento do ao colo pela borda ou pela
cordão após parar a face materna.
pulsação;
- expulsão da placenta
por esforço materno.

A conduta ativa envolve:


-uso rotineiro de
Mecanismo de
substâncias uterotônicas;
Baudelocque - Schutze
- clampeamento e secção
(75% dos casos)
precoce do cordão
umbilical;
Ocorre quando a placenta
- tração controlada do
inserida na parte superior
cordão após sinais de
do útero inverte-se, e se
separação placentária.
desprende pela face fetal,
em formato de guarda
chuva. Nesse caso, o
Considerar terceiro período prolongado
hematoma retro-placentário
após decorridos 30 minutos.
inicia-se no centro da Face fetal
inserção e fica prisioneiro
O manejo ativo do terceiro período deve da massa placentária.
ser adotado em todos os partos
institucionais.

A massagem uterina sustentada não é


recomendada como intervenção para
prevenir HPP em mulheres que receberam
ocitocina profilática.
16
IMPORTANTE!!!
4ª FASE: GREENBERG
A conduta ativa está associada com Inclui a primeira hora após o parto.
menor risco de hemorragia e transfusão
sanguínea.
Eventos importantes na
Se uma mulher com baixo risco de primeira hora pós -parto
hemorragia pós-parto solicitar conduta
expectante, apoiá-la em sua escolha.
Miotamponamento
Para a conduta ativa, administrar 10 UI
de ocitocina intramuscular após o Primeira linha de defesa contra a hemorragia,
desprendimento da criança, antes do em que a contração do útero causa oclusão dos
clampeamento e corte do cordão. vasos miometriais.

Trombotamponagem
A ocitocina é preferível, pois está
associada com menos efeitos colaterais.
É a segunda linha de defesa contra a
A tração controlada do cordão, como parte hemorragia, quando o estágio de contração fixa
da conduta ativa, só deve ser realizada do útero ainda não foi alcançado. Caracteriza-
após administração de ocitocina e sinais se pela formação de trombos nos grandes
de separação da placenta. vasos uteroplacentários.

Na expulsão da placenta, à medida que a


Indiferença uterina
ela emerge da vagina, recomenda-se girar
lentamente a placenta, para evitar que as
membranas se rompam e possivelmente É caracterizada por contração e relaxamento
fiquem retidas na cavidade uterina. das fibras miometriais.
manobra de jacob dublin

Mudar da conduta expectante para a Contração fixa


conduta ativa se ocorrer:

O útero adquire maior tônus e assim se


• Hemorragia;
mantém auxiliando no retomo do útero ao
• A placenta não dequitou 1 hora após o
estado pré-gravídico.
parto.

Há maior risco de hemorragias neste


período.
Essas
observações são Nos manuais do parto normal de 2017 e 2022,
muito cobradas esse período não é referenciado, mas, em outros
em provas. manuais do MS é relatado com detalhes e
classifica esse período como maior risco materno,
ATENÇÂO!!! principalmente por atonia uterina.
17
TRAUMA PERINEAL / GENITAL
CUIDADOS MATERNOS APÓS O
PARTO
• Temperatura, pulso
e pressão arterial;

• Lóquios e contrações
uterinas;
• Examinar a placenta
Primeiro grau:
Avaliar e membranas;
lesão apenas da pele
e mucosas.
• Avaliação precoce
das condições Segundo grau:
emocionais; lesão dos músculos
• Micção bem sucedida. perineais sem atingir o
esfínciter anal.

Terceiro grau:
lesão do períneo
envolvendo o complexo do
esfíncter anal:
- 3a – laceração de
menos de 50% da
espessura do esfíncter anal
- 3b – laceração de mais
LÓQUIOS
de 50% da espessura do
esfíncter anal
- 3c – laceração do
esfíncter anal interno.

PLACENTA E MEMBRANAS Quarto grau:


lesão do períneo
envolvendo o complexo do
esfíncter anal (esfíncter
anal interno e externo) e o
epitélio anal.

GLOBO DE PINARD
18
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
CUIDADOS COM O PERÍNEO
A episiotomia deve ser reservada para
Assegurar analgesia efetiva partos com alto risco de laceração
com a infiltração de até perineal grave, ou necessidade de facilitar
20 ml de lidocaína 1% ou o parto de feto com sinais de
equivalente durante o comprometimento da oxigenação.
reparo perineal.

A episiotomia pode ser utilizada quando


Se houver necessidade de houver dificuldade para introduzir o
sutura da pele, parede fórceps ou vácuo-extrator, e na distocia
vaginal e músculo, de ombros, para facilitar as manobras
utilizar uma técnica internas.
subcutânea contínua.
Após desprendimento do polo cefálico,
deve-se verificar a presença de circular
Não há necessidade de cervical de cordão umbilical, que deve ser
sutura da pele se as suas desfeita realizando-se alça anterior,
bordas se apõem após a passando pela cabeça ou pelo corpo do
sutura do músculo, em feto, à medida que é expulso. Na
trauma de segundo impossibilidade da retirada da circular,
grau ou episiotomia. realizar o pinçamento e secção do cordão
umbilical.

É recomendado que se aguarde a rotação


externa espontânea da cabeça fetal para
ATENÇÃO!!! desprendimento dos ombros, com leves
movimentos de lateralização do corpo
fetal. Deve-se evitar uso excessivo de
força e de movimentos de tração lateral
Recomenda-se oferecer do feto, pois estas também são causas de
supositórios retais de Após reparo trauma perineal.
anti-inflamatórios não perineal, inserir
esteróides rotineiramente um cateter vesical
após o reparo do trauma permanente por
perineal de primeiro e de 24 horas para
segundo grau, desde que evitar retenção
esses medicamentos não urinária.
sejam contraindicados.

GERALMENTE NÃO OBSERVAMOS EM NOSSA


REALIDADE DE TRABALHO!
19
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO Realizar o clampeamento do
cordão umbilical entre 1 a 5
ASSISTÊNCIA IMEDIATAMENTE minutos ou de forma fisiológica
APÓS O PARTO quando cessar a pulsação, exceto
se houver alguma contra
O atendimento ao recém-nascido consiste indicação em relação ao cordão ou
na assistência por profissional capacitado, necessidade de reanimação
médico (preferencialmente pediatra ou neonatal.
neonatologista) ou profissional de
enfermagem (preferencialmente enfermeiro
obstétrico/obstetriz ou neonatal), desde o A profilaxia da oftalmia neonatal
período imediatamente anterior ao parto, deve ser realizada de rotina nos
até que o RN seja encaminhado ao cuidados com o recém-nascido.
Alojamento Conjunto ou Unidade Neonatal.
O tempo de administração da
profilaxia da oftalmia neonatal
pode ser ampliado em até 4
É recomendada a presença horas após o nascimento.
de um médico pediatra
adequadamente treinado Recomenda-se a utilização da
em todos os passos da pomada de eritromicina a 0,5%
reanimação e, como alternativa, tetraciclina
neonatal. a 1% para realização da
profilaxia da oftalmia neonatal.
Em situações onde não é A utilização de nitrato de prata
possível a presença de um a 1% deve ser reservado apenas
médico pediatra, é em caso de não se dispor de
recomendada a presença de eritromicina ou tetraciclina.
um profissional
médico ou de enfermagem
adequadamente treinado em Adiar o clampeamento do
reanimação neonatal. cordão umbilical ao menos 60
segundos para recém-nascidos
com 34 semanas ou mais que
IMPORTANTE!!! não demandem ressuscitação
imediata.
Realizar o índice de Apgar ao primeiro e
quinto minutos de vida, rotineiramente.

Coletar sangue de cordão para análise de


pH em recém-nascidos com alterações
clínicas, tais como respiração irregular e
tônus diminuído. Não fazer a coleta de
maneira rotineira e universal.
20
Todos os recém-nascidos devem NÃO SE RECOMENDA:
receber vitamina K para a
profilaxia da doença hemorrágica. Aspiração orofaringeana e nem
nasofaringeana sistemática e
passagem sistemática de sonda
A vitamina K deve ser nasogástrica e nem retal para
administrada por via descartar atresias no recém-
intramuscular, na dose única de nascido saudável.
1 mg, pois este método
apresenta a melhor relação de
custo-efetividade. Ao nascimento, avaliar as
condições do recém-nascido –
Se os pais recusarem a especificamente a respiração,
administração intramuscular, frequência cardíaca e tônus.
deve ser oferecida a
administração oral da vitamina K Se o recém-nascido necessitar de
e eles devem ser advertidos que ressuscitação básica, iniciar com
este método deve seguir as ar ambiente.
recomendações do fabricante e Minimizar a separação do recém-
exige múltiplas doses. nascido e sua mãe, levando em
consideração as circunstâncias
clínicas.
A dose oral é de 2 mg ao
Estimular as mulheres a terem
nascimento ou logo após,
contato pele-a-pele imediato com
seguida por uma dose de 2 mg
a criança logo após o nascimento.
entre o quarto e o sétimo dia.

Cobrir a criança com um campo


Para recém-nascidos em
ou toalha morna para mantê-la
aleitamento materno exclusivo,
aquecida enquanto mantém o
em adição às recomendações para
contato pele-a-pele.
todos os neonatos, uma dose de
2 mg via oral deve ser Evitar a separação mãe-filho na
administrada após 4 a 7 semanas, primeira hora após o nascimento
por causa dos níveis variáveis e para procedimentos de rotina.
baixos da vitamina K no leite
materno e a inadequada produção
Estimular o início precoce do
endógena.
aleitamento materno, idealmente
na primeira hora de vida.

Registrar a circunferência cefálica,


temperatura corporal e peso após
a primeira hora de vida.
21

MECANISMO DE PARTO (MOVIMENTOS DO FETO)

O Mecanismo de Parto é caracterizado pelos seguintes tempos: insinuação, descida e


desprendimento e rotação externa. Neste resumo, abordaremos apenas o mecanismo de parto
nas apresentações cefálicas fletidas em bacia ginecóide.

Insinuação

Desprendimento

Descida
22
MECANISMO DE PARTO 90º nas transversais: occipitoesquerda
transversa e occipitodireita transversa. Faz
INSINUAÇÃO: passagem do maior uma rotação maior para ir para OP. 135º
diâmetro da apresentação pelo estreito nas posteriores: occipitoesquerda posterior
superior da bacia materna. Nas e occipitodireita posterior. Neste caso, o
apresentações cefálicas, este diâmetro é o ponto de referência está na região sacral
biparietal (DBP). da pelve materna (occipiossacra, OS), o
que torna o trabalho de parto mais difícil.
O bebê insinuado não é móvel, quando
realizado o 4º tempo da Manobra de
Leopold-Zweifel, podemos afirmar que ele não
DESPRENDIMENTO: a cabeça do feto se
“sobe” ou “flutua”. Quando se inicia a desprende do estreito inferior pelo
passagem pelo estreito superior, ele ainda não movimento de deflexão. Ocorre uma
está totalmente fletido, e o diâmetro retropulsão coccígea, a fronte do bebê
occipitofrontal é apresentado, com a flexão rechaça o cóccix, causando um aumento
cefálica, diâmetros menores são apresentados, do diâmetro anteroposterior. O feto é
como o suboccipitofrontal e o impulsionado para fora do canal de parto
suboccipitobregmático, moldando-se para por meio das contrações uterinas e da
diminuir o estreito da cabeça e baixar
resistência perineal, quando esta
facilmente. O assinclitismo pode ocorrer neste
resistência é vencida, a cabeça fetal faz
momento.
um movimento de extensão, exteriorizando
o bregma, a fronte, o nariz e o mento.
DESCIDA: passagem do polo cefálico do
estreito superior para o estreito inferior da Quando a rotação é posterior (porque o
pelve materna. Esse é um processo que occipício está alinhado com o sacro da mãe),
ocorre concomitantemente à insinuação, a extensão cefálica tem que ser ainda maior
assim como a rotação interna. A divisão para vencer a resistência, e por isso o
dos tempos é feita apenas para fins de desprendimento cefálico em OS é lento e
pode precisar de alocação de fórceps.
aprendizado.O feto precisa se adaptar ao
canal de parto para que possa passar, e
por isso, faz movimentos de flexão, ROTAÇÃO EXTERNA: fora da genitália, a
rotação interna e cavalgamento ósseo. cabeça faz um movimento retornando o
occipital para onde se encontrava na
insinuação, simultaneamente, ocorre
ROTAÇÃO INTERNA: o polo cefálico tem
rotação interna das espáduas, esse
que ficar posicionado sob o púbis. Em
processo é chamado de restituição ou
apresentações cefálicas fletidas, o occipício
rotação externa da cabeça. O movimento
é o ponto de referência, e a rotação se dá
ocorre para que o ombro anterior se
nos seguintes graus, considerando a
posicione sob a arcada púbica e o
variedade de posição: 45º nas anteriores:
posterior se volte para o assoalho pélvico,
occipitoesquerda anterior e occipitodireita
empurrando o coccige materno para trás.
anterior. Inicia apontando o lambda
anteriormente para o púbis, rotaciona para
As espáduas se desprendem quando o
ficar occipitopúbica (OP).
anterior transpõe a arcada pélvica, e o
posterior acompanha o tronco quando este
faz flexão lateral, progredindo até a saída.
23
Hora de exercitar
01. (AOCP/EBSERH/2015) Segundo a Portaria n. 02. (IBFC/PREFEITURA DE SÃO PAULO –
11, de 7 de Janeiro de 2015, parto normal é SP/2016) Revisão Cochrane foi realizada, sobre os
considerado como o: banhos mornos na primeira fase do trabalho de
a) trabalho de parto de início espontâneo, sem parto, é correto afirmar que:
indução, sem aceleração, sem utilização de a) Provocam aumento na duração do trabalho de
intervenções como fórceps ou cesariana e sem uso parto, mas diminuem a dor.
de anestesia geral, raquiana ou peridural durante o b) Diminuem a duração do trabalho de parto, mas
trabalho de parto e o parto. aumentam a necessidade de anestesia peridural.
b) trabalho de parto de início espontâneo, podendo c) Reduzem a necessidade de analgesia peridural,
ser induzido se necessário. sem afetar negativamente a duração do trabalho de
c) trabalho de parto de início espontâneo, sem parto.
indução. Se necessário, uso de anestesia geral, d) Reduzem as taxas de parto cirúrgico, mas
raquiana ou peridural durante o trabalho de parto e aumentam a necessidade de analgesia peridural.
o parto. e) Diminuem a duração do trabalho de parto e as
d) trabalho de parto de início espontâneo, sem taxas de parto cirúrgico.
indução. Se necessário, acrescentar aceleração,
Letra c.
sem utilização de intervenções como fórceps ou
O Ministério da saúde recomenda que sempre que
cesariana.
possível deve ser oferecido à mulher a imersão em
e) trabalho de parto de início espontâneo. Se
água para alívio da dor no trabalho de parto.
necessário indução, aceleração, utilização de
intervenções como fórceps ou cesariana, uso de 03. (AOCP/EBSERH/2015) O diagnóstico do
anestesia geral, raquiana ou peridural durante o trabalho de parto pode ser considerado de forma
trabalho de parto e o parto. esquemática como:
a) contrações dolorosas que duram de 20 a 40
Letra a. segundos, e perda do tampão mucoso.
Questão apenas literal do conceito de parto normal. b) contrações dolorosas, rítmicas (no mínimo 2 em
10 minutos) com duração de 50 a 60 segundos.
Colo apagado, nas primíparas e dilatado para 2 cm,
nas multíparas semi-apagado e com 3 cm de
dilatação. Formação da bolsa das águas. Perda do
tampão mucoso.
c) perda do tampão mucoso, colo apagado e dilatado
e contrações uterinas.
24
d) formação da bolsa das águas, colo dilatado em 1 06. (FUNRIO/IF-BA/2016) A ocitocina é um
cm e contrações dolorosas com duração de 30 medicamento muito utilizado em serviços de
segundos. obstetrícia. A finalidade de sua administração é:
e) colo dilatado nas primíparas e apagado nas a) controlar a pressão arterial em pré-eclâmpsia.
multíparas e contrações dolorosas. b) induzir ou aumentar o trabalho de parto.
Letra b. c) inibir o trabalho de parto prematuro.
d) manter analgesia durante o trabalho de parto.
e) diminuir sangramento puerperal.
04. (EBSERH/IAOCP/2014) A evolução clínica do
parto pode ser dividida em 4 períodos. Assinale a Letra b.
alternativa correta para a sequência destes
períodos.
a) Período de Greenberg; Dequitação; Dilatação;
Expulsão. 07. (CETRO/2013) Na assistência humanizada ao
b) Dequitação; Dilatação; Expulsão; Período de parto natural, deve-se estimular a parturiente a:
Greenberg. a) dar preferência à posição vertical, deambulando
c) Período de Greenberg; Dilatação; Expulsão; durante o trabalho de parto.
Dequitação. b) permanecer em repouso absoluto.
d) Dilatação; Expulsão; Dequitação; Período de c) evitar alimentar-se durante o trabalho de parto.
Greenberg. d) evitar banhos de imersão.
e) Dilatação; Expulsão; Período de Greenberg; Letra a.
Dequitação. O MS recomenda que a gestante adote a posição que
Letra d. ela achar melhor, orienta a deambulação para
contribuir com o trabalho de parto. A dieta leve pode
05. (NUCEPE/2017) A duração do trabalho de
ser oferecida à gestante sem risco adicional e banho
parto ativo nas primíparas é em média de:
de imersão é indicado.
a) 5 horas e é pouco provável que dure mais que
12horas.
b) 4 horas e é pouco provável que dure mais que 10
horas.
c) 3 horas e é pouco provável que dure mais que 7
horas.
d) 8 horas e é pouco provável que dure mais que 12
horas.
e) 8 horas e é pouco provável que dure mais que 18
horas.
Letra e.
25
08. (AOCP/EBSERH/2015) Em relação ao manejo 10. (IBFC/PREF SP/2016) Segundo a Organização
da dor no parto humanizado, assinale a alternativa Mundial de Saúde (2014), a hemorragia pós parto é
INCORRETA. a principal causa primária de quase um quarto de
a) O alívio pode ser obtido apenas com um suporte todas as mortes maternas no nível global. Sobre a
físico e emocional adequado. hemorragia pós parto, é correto afirmar que:
b) A deambulação deve ser restrita, pois não a) Sua ocorrência é tarde, frequentemente na
contribui com o alívio da dor e aumenta o risco do segunda semana após o parto.
nascimento do bebê fora do centro obstétrico. b) Para sua prevenção, indica-se gestão ativa da
c) Quando for constatada a necessidade, ou houver terceira fase do parto, a qual inclui o clampeamento
solicitação da mulher, os métodos farmacológicos de precoce do cordão umbilical e a tração controlada do
alívio da dor devem ser utilizados. cordão.
d) As massagens corporais também devem ser c) Todas as parturientes devem receber uterotônicos
utilizadas para alívio da dor. durante a terceira fase do parto para sua prevenção.
e) Os banhos, de chuveiro ou imersão, também d) A ergotamina é a droga de primeira escolha para
devem ser utilizados para o alívio da dor. sua prevenção, por ser mais barata e efetiva.
Letra b. e) Recomenda-se a massagem uterina continua em
sua prevenção, especialmente se a parturiente
09. (NUCEPE/2017) A dequitação corresponde ao recebeu ocitocina profilática.
terceiro período clínico do parto, se caracteriza por
Letra c.
ser:
O uso de uterotônico faz parte do manejo ativo do
a) O período de dilatação total do colo, cabeça do
trabalho de parto, indicado para redução da
bebê visível, contrações de expulsão ou esforço
hemorragia pós-parto.
materno ativo.
b) O período que as contrações uterinas ainda
possuem intensidade e frequência mínimas.
c) A primeira hora após ao nascimento da criança. 11. (AOCP/EBSERH/HUCAM-UFES/2014) Sobre
d) O momento desde o nascimento da criança até a os cuidados de enfermagem nas primeiras horas pós-
expulsão da placenta e membranas. parto, assinale a alternativa correta.
e) O período de dilatação cervical quase total (9cm) a) Estimular deambulação tardia.
até a saída do feto. b) Orientar a puérpera para trocar absorvente a cada
Letra d. 2 horas.
c) Atentar para presença de Globo de segurança de
Pinard.
d) Orientar a puérpera a deambular imediatamente
após o parto.
Letra c.
26

12. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS d) nesta fase, devem-se considerar as seguintes
CAMPOS-SP/2015) Nas primeiras 24 horas após o questões: verificação constante da contração uterina
parto, considera-se normal que o fundo uterino (a cada quatro horas), revisão do canal de parto
esteja situado: sendo desnecessária a reparação das lesões
a) à altura da cicatriz umbilical, firmemente porventura existentes, por tornar o processo mais
contraído. traumático.
b) à altura do escavado gástrico, com consistência e) a remoção da puérpera para a sala de recuperação
firme. (quando necessária) e enfermaria de alojamento
c) cinco centímetros acima da cicatriz umbilical, conjunto somente deverá ser efetuada durante o
amolecido. quarto período.
d) dentro da cavidade pélvica, impalpável. Letra a.
e) abaixo da cicatriz umbilical, com consistência
pastosa. b) O quarto período é o maior o risco materno, com
possibilidade de hemorragias, principalmente por
Letra a.
atonia uterina.
c) São 15 minutos em média.
13. (AOCP/EBSERH/2014) A assistência de
d) A verificação da contração uterina é constante.
enfermagem é importante durante todo o período do
parto e pós-parto. Com relação ao quarto período,
podemos afirmar que: 14. (AOCP/EBSERH/2014) O Ministério da Saúde
a) denomina-se quarto período do parto (ou de tem orientações específicas sobre a assistência ao
Greenberg) ao período de pós-parto imediato, após a parto em todas as suas fases. Assinale a alternativa
dequitação. Não há na literatura consenso sobre sua correta.
duração exata, entretanto, inicia-se após a a) A presença de acompanhante na sala de parto
dequitação da placenta. deve ser desencorajada, pois facilita a ocorrência de
b) é período de menor risco materno, com infecção puerperal.
possibilidade de pequenas hemorragias, b) A ocitocina deverá ser utilizada rotineiramente
principalmente por atonia uterina. durante o trabalho de parto, pois aumenta o número
c) os sinais vitais, especialmente pressão arterial e de contrações, abreviando o período expulsivo.
pulso, devem ser mensurados a cada quatro horas. c) A realização de episiotomia deve ser reservada
Da mesma forma, deverá ser feito controle somente para os casos onde haja possibilidade de
praticamente contínuo da retração uterina e do rotura perineal e/ou lacerações, não sendo
sangramento. recomendado seu uso rotineiro.
27

d) O Fleet enema são procedimentos fundamentais na 16. (FEPESE/2017) A atonia uterina é uma das
prevenção das infecções puerperais e, portanto, causas de hemorragia pós-parto que pode colocar em
devem ser realizados rotineiramente. risco a vida da mulher. Identifique abaixo as
Letra c. afirmativas em (V) ou (F) em relação ao assunto.
( ) A massagem uterina rotineira durante o período
de Greenberg é recomendada para a prevenção da
15. (FEPESE/2017) A Hemorragia Pós-Parto (HPP)
atonia uterina.
é uma das principais causas de morte materna.
( ) Após a dequitação, o útero se encontra acima da
No que se refere à prevenção da HPP:
cicatriz umbilical.
1) Todas as parturientes devem receber uterotônicos
( ) O manejo ativo do terceiro período do parto é
durante a 3ª fase do parto, sendo a ocitocina
recomendado para a prevenção de hemorragia pós-
recomendada como o fármaco preferencial.
parto.
2) A massagem uterina contínua é recomendada para
( ) O risco aumentado de atonia uterina ocorre nas
prevenir a HPP em mulheres que receberam ocitocina
gestações gemelares, no polidrâmnio e na
profilática, pois reduz a perda de sangue.
macrossomia.
3) O clampeamento precoce do cordão umbilical (< 1
Assinale a alternativa que indica a sequência correta.
minuto após o nascimento) não é recomendado, a
a) V • V • F • V
menos que o neonato esteja asfixiando e precise ser
b) V • F • F • F
reanimado.
c) F • V • V • F
4) A avaliação do tônus uterino abdominal pós-parto
d) F • V • F • V
para a identificação precoce da atonia uterina é
e) F • F • V • V
recomendada somente para as multíparas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas Letra e.
corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.

Letra b.
28
17. (IBFC/2020) Uma das preocupações essenciais 18. (IBFC/2020) A realização rotineira de
das diretrizes de humanização e boas práticas de episiotomia é uma prática recomendada. Quando
assistência ao parto e nascimento é acolher o recém- realizada e feita médio-lateral de forma correta, são
nascido, de forma a suavizar os impactos da transição seccionados determinados músculos. Sobre quais
para a vida extrauterina. Imediatamente após o são os músculos e qual o seu grau de laceração,
nascimento, o recém-nascido com boa vitalidade deve assinale a alternativa correta
ser colocado em contato pele-a-pele com sua mãe,
adiando procedimentos como medidas a) Piriforme e bulbocavernoso; laceração grau 1
antropométricas, afim de garantir a primeira hora de b)Transverso superficial do períneo e coccígeo;
vida em contato com a mãe. Dentre todos os cuidados laceração grau 2
com o recém-nascido no pós-parto, analise as c)Bulbocavernoso e transverso superficial do
afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou períneo; laceração grau 2
Falso (F): d)Puborretal e transverso profundo do períneo;
laceração grau 3
( ) Os parâmetros avaliados no boletim do APGAR e)Bulbocavernoso e transverso superficial do
são: FC, FR, temperatura, cor e irritabilidade reflexa. períneo; laceração grau 3
( ) O clâmpeamento do cordão, se não houver
contraindicações, deve ser realizado após 1 minuto. Letra c.
( ) O cordão umbilical é composto por 2 artérias e 1
veia.
( ) A aplicação de 1mg de vitamina K intramuscular
para todos os recém-nascidos não é uma prática
recomendada.
( ) Manter o recém-nascido aquecido e promover o
primeiro banho com pelo menos 48h de vida.
NÃO PARE POR AQUI !
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CONTINUE ESTUDANDO !
correta de cima para baixo:
a) V, F, V, F, V
b) F, V, V, F, F
c) F, V, F, V, V
d) F, V, F, V, F
e) V, V, F, V, F
Letra b.
29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Diretriz nacional de assistência ao parto normal: versão preliminar. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e
Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.

MONTENEGRO, C.A.B.; REZENDE, J.F. Obstetrícia Fundamental. 13 ed,. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.

ZUGAIB, M.; VIEIRA, R. P. Z. Obstetrícia. 4. ed. São Paulo: Manole, 2020. ISBN.

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