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Docentes:
Gil Carlos Silveira Porto
Sérgio Henrique de Oliveira Teixeira
Discente: Lara Mendes da Silva
Data: 24/06/2023
RESUMO
O método analítico dialético consiste em uma análise da busca da verdade, nessa busca tem-se como
fundamento a busca da verdade por meio do détour, sendo esse caminho o único para a humanidade
acessar a verdade. O homem ele por si não possui a capacidade de acessar a verdade, nesse sentido, é
necessário ele promover esse desvio assim como se distanciar da coisa para possa acessar a coisa em si, a
sua essência. Entende-se que as coisas não se manifestam como verdadeiramente são, de imediato tem-se
o fenômeno com a sua aparência externa e por meio de uma investigação dialética chega-se à essência
desse fenômeno. Essa resenha possui relevância na apuração no debate do método dialético, para que o
pesquisador geográfico cumpra com a análise material, evitando análises vazias e especulativas da
realidade.
1.INTRODUÇÃO
Essa resenha refere-se à disciplina de Metodologia da Pesquisa em Geografia do
Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Alfenas. Ela tem
como objetivo trazer um debate e possíveis contribuições acerca da temática do
materialismo dialético, desse modo, trazer brevemente como se constitui a materialidade
da realidade reconhecendo o humano-social enquanto produtor dela.
Entende-se, desse modo, que a teoria materialista do conhecimento, diferente do
positivismo e do idealismo, alcança o caráter ambíguo da consciência enquanto
reprodução espiritual da realidade (KOSIK, 1995). Para isso, será trabalhado o primeiro
capítulo do livro Dialética do concreto do autor Karel Kosik sustentando a ideia de que
o homem-social pode mudar a realidade de modo revolucionário assim como é produtor
da mesma, com contribuições do capítulo O trabalho do autor Leandro Konder em que
faz a síntese dessa ideia a partir de Hegel e Kant
2.DISCUSSÕES
Kosik (1995) traz que o ser humano não tem a capacidade de ver as coisas
diretamente na sua essência justamente por elas não se mostrarem diretamente como
3.CONCLUSÕES
Com fim de fazer uma análise apurada na verdade, entende-se que é necessário o
pesquisador ter claro que a manifestação dos fenômenos não segue uma regra geral no
todo. Visto que o humano transforma a realidade ativamente, deve-se ter claro que sua
transformação se expressa de forma diversificada sustentada por uma pluralidade
cultural, o que resulta em uma diversificação na produção da realidade. Admite-se que
existe uma estrutura por trás das coisas, mas ressalta-se que ela gera realidades plurais
justamente pelo fato do ser humano ser ator principal de construção dela.
Certamente a dialética é o caminho mais possível de compreender essa
diversificação de realidades. Por meio da decomposição do todo, acredita-se que a
essência encontrada manifesta a diferença dos fenômenos no todo, fugindo das análises
especulativas vazias como traz Kosik (1995). Vale ressaltar a necessidade ao cuidado de
colocar uma estrutura geral em todos os fenômenos, reduzindo-os a um único tipo de
manifestação na realidade.
No contexto da geografia, usando do método dialético, compreende-se que a
manifestação plural dos fenômenos, como citado acima nessa conclusão, manifesta-se
como uma pluralidade de espaços geográficos. Tem-se uma estrutura geral das coisas,
mas ela se manifesta de formas plurais, mostrando que se deve atentar-se ao fazer
análise para as especificidades dos espaços. Assim como, é trabalho do geógrafo se
aproximar do seu objeto de pesquisa colocando-se como parte dele, ao invés de colocá-
lo como algo distante da sua realidade. Acredita-se, que por meio desse caminho, o
geógrafo alcança maior função social com sua pesquisa, pois junto dela (entendendo
como ele está inserido na realidade de seu objeto) ele está modificando a realidade de
modo revolucionário.
REFERÊNCIAS
KONDER, Leandro. O trabalho. In: O que é dialética. 2. ed. São Paulo: Brasiliense,
1981.